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Leia o texto a seguir.


 


“A expressão guerras culturais sugere encarniçadas batalhas entre populistas e elitistas, defensores do cânone e devotos da diferença, homens brancos mortos e os injustamente marginalizados. O choque entre a Cultura e a cultura, porém, já não é apenas uma simples batalha de definições mas um conflito global. É uma questão de política real, não apenas de política acadêmica. Não se trata apenas de uma disputa entre Stendhal e Seinfeld, ou entre os rústicos que se encontram nos corredores dos departamentos de Inglês e estudam rimas em Milton e os jovens iluminados que escrevem livros sobre masturbação. As guerras culturais são um elemento constitutivo da política mundial do novo milênio. Ainda que a cultura, como veremos, não seja ainda politicamente soberana, é já intensamente relevante num mundo no qual a riqueza conjunta dos três indivíduos mais ricos é igual à riqueza combinada de 600 milhões dos mais pobres. A questão é outra: as guerras culturais que interessam dizem respeito a questões como a limpeza étnica e não aos méritos relativos de Racine e das telenovelas”.


A partir do excerto apresentado, é possível:


Compreender as disputas culturais, ainda que estejam sempre em pauta no desenvolvimento da civilização, não como situações que envolvam relações de poder, mas um aspecto constitutivo da sociedade.


Entender os conflitos e as guerras culturais sem uma intenção determinada, mas por um reconhecimento das diferenças entre os grupos que compõem a sociedade.


Concluir os conflitos culturais como reflexo das disputas relacionadas às diferenças e à subjetividade dos grupos, o que não inclui a questão da riqueza ou a detenção de capital do qual eles fazem parte.


Assimilar as disputas culturais mencionadas no trecho como parte de uma batalha restrita entre um grupo e outro, não constituindo um conflito que se amplie a uma política mundial no período em que vivemos.


Perceber o uso da palavra Cultura, com a inicial maiúscula, e cultura, com a inicial minúscula, pelo autor, como forma de enfatizar uma disputa entre as crenças e expressões de um grupo dominante que detém privilégios (Cultura) e outro grupo marginalizado (cultura).



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Bianca Cerino

há 2 meses

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há 2 meses

A partir do excerto apresentado, a opção mais adequada é: Perceber o uso da palavra Cultura, com a inicial maiúscula, e cultura, com a inicial minúscula, pelo autor, como forma de enfatizar uma disputa entre as crenças e expressões de um grupo dominante que detém privilégios (Cultura) e outro grupo marginalizado (cultura). Essa interpretação destaca a diferença entre as duas noções de cultura e como elas se relacionam com questões de poder e privilégio na sociedade.

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