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Ao contrário da Antiguidade, atualmente o ceticismo não está identificado com uma doutrina sobre a vida boa (ética), mas com uma posição ou, menos ainda, um conjunto de procedimentos, no interior da Teoria do Conhecimento. Marque a alternativa que apresenta o objetivo último do ceticismo antigo.

Alcançar a felicidade por meio da tranquilidade (ataraxia).
Interromper a investigação (sképsis).
Provar a conquista de uma certeza (zéstesis).
Tornar-se um filósofo dogmático.
Destruir as falsas verdades.

Questões para Estudantes

ano passado

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ano passado

Exercício 6

ESDHC

Respostas

Ed

ano passado

O objetivo último do ceticismo antigo é "Alcançar a felicidade por meio da tranquilidade (ataraxia)". O ceticismo buscava a ataraxia como um estado de paz interior, livre de perturbações e angústias.

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Exercício 6

ESDHC

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Segundo Sexto Empírico, principal nome do ceticismo antigo, O resultado natural de qualquer investigação é que aquele que investiga ou bem encontra o objeto da sua da sua busca, ou bem nega que seja encontrável e confessa ser ele inapreensível, ou ainda, persiste na busca. O mesmo ocorre com os objetos investigados pela filosofia, e é provavelmente por isso que alguns afirmaram ter descoberto a verdade, outros que a verdade não pode ser apreendida, enquanto outros continuam buscando (EMPIRICO, 1997, p.115). Com base nessa afirmação, é possível afirmar corretamente

a filosofia pode ser dividida em duas correntes, a dogmática e a acadêmica.
ao contrário da definição moderna, o ceticismo antigo não negava a possibilidade do conhecimento, mas admitia que a sua busca deveria continuar indefinidamente por meio da investigação.
os filósofos dogmáticos são aqueles que para quem a verdade não pode ser alcançada em nenhuma hipótese, uma vez que toda opinião é relativa.
o conceito moderno de ceticismo pode ser aplicado sem ressalvas ao ceticismo antigo.
a ideia de que o conhecimento precisava ser continuamente buscado caracteriza as posições dogmáticas.

Oswaldo Porchat (1933-2017) foi importante pensador cético brasileiro cuja posição pode ser classificada como “neopirrônica”, isto é, uma reatualização do ceticismo antigo. Em sua obra “Rumo ao Ceticismo” ele afirma o seguinte: A crítica pirrônica é dirigida expressamente contra os que pretendem ter encontrado a verdade, são eles os filósofos chamados de “dogmáticos” (cf. Sexto, H.P. I, 2-3), os que pensam ter um conhecimento exato de como as coisas são por natureza (cf. H.P. II, 11). Os dogmáticos põem como realmente existentes as coisas sobre as quais discorrem (cf. H.P. I, 14), seu discurso se pretende a expressão verdadeira de uma realidade como tal conhecida (PORCHAT, 2007, p.147). Com base nessa afirmação, é possível afirmar corretamente:

a crítica pirrônica se dirige à tese de que a verdade está à disposição do filósofo.
o dogmatismo filosófico assume uma posição humilde diante da verdade.
o ceticismo deve ser tomado como uma filosofia dogmática.
ao rejeitar o dogmatismo o cético (pirrônico) rejeita a realidade.
o dogmatismo é a única fonte da verdade da realidade.