No livro, os capítulos são nomeados por dias da semana. Essa representação do tempo e o modo como os eventos são abordados contribuem para construir uma narrativa baseada no seguinte aspecto:
Na relação entre o menino Cláudio e seu Amigo, a pintura é tratada como uma forma de linguagem, cuja leitura pode ser aprendida. Nesse contexto, as cores adquirem significações, como se observa em:
(A) eu só pensava na Janaína vestida naquele vermelhão todo. (p. 19) (B) mas fui amarelando lá pro fim da tarde. (p. 45) (C) no dia seguinte amanheceu um céu azul bonito mesmo. (p. 46) (D) falou de verde: forte, fraco, verde de tudo que é tom. (p. 62)
No trecho, o narrador critica uma fala do síndico sobre a arte. A afirmação que reforça a crítica do narrador está presente em:
(A) quanto mais a gente prestava atenção numa cor, mais coisa saía de dentro dela. (p. 11) (B) Porque ele era um cara quieto demais, tinha mania de só fazer coisa que não faz barulho: (p. 12-13) (C) cada batida que o relógio ia batendo dava mais a impressão que todo mundo tinha se enganado (p. 14) (D) eu sentia dentro de mim uma coisa diferente que eu não entendia o que que era. (p. 19)
No primeiro sonho relatado no livro, o narrador se encontra em um teatro e acaba subindo ao palco para contar uma história. Pode-se inferir que a história contada manifesta o seguinte desejo do narrador em relação a seu Amigo Pintor:
(A) revelar a extensão de sua coragem (B) conquistar atenção para seu talento (C) encontrar explicação para sua morte (D) compreender a significação de sua arte