Text Material Preview
34 b) a sacralização foi substituída pelos investimentos no de- senvolvimento da ciência, vista como meio de solucionar os problemas que afligiam o europeu medieval. c) a relação da sociedade medieval com a natureza era pa- cífica, porque o racionalismo indicava soluções práticas para os problemas cotidianos. d) a sensação de insegurança diante do inesperado fez com que essas sociedades medievais buscassem a solução no sobrenatural. e) a sociedade medieval, de valores antropocêntricos, viu na domesticação da natureza a solução para problemas sa- nitários. 112. (Mackenzie SP/2019) ‘“O que se deve chamar de feudalismo (modo de produção feudal, sociedade feu- dal, sistema feudal etc.) é o conjunto da formação social dominante no Ocidente da Idade Média Central, com suas facetas política, econômica, ideológica, institucio- nal, social, cultural, religiosa. Em suma, uma totalidade histórica, da qual o feudo foi apenas um elemento.” Franco Júnior, Hilário. A Idade Média: Nascimento do Ocidente. Entre os séculos IX e XIII, a Europa ocidental conheceu o auge do modo de produção feudal. Sobre o feuda- lismo, é INCORRETO afirmar que a) foi resultado de uma lenta transformação, que teve início no final do Império Romano, passou pelas invasões germâ- nicas e começou a estruturar-se após o período carolíngio. b) em sua formação, apresenta tanto raízes romanas (Vilas e Colonato) como raízes germânicas (Comitatus e Benefi- cium). c) sua sociedade era composta por três camadas fixas, ou seja, de difícil mobilidade: os sacerdotes, os guerreiros e os trabalhadores. d) a Vassalagem, representada pela relação entre senhores feudais e seus servos, apresenta como principal caracterís- tica a fidelidade do vassalo a seu suserano. e) os servos não eram trabalhadores livres, mas também não eram escravos. Estavam ligados à terra, não podendo ser retirados dela para serem vendidos. 113. (Univag MT/2019) A fome se limita, salvo exceção, à categoria dos pobres. Essa discriminação social das calamidades que atingem os pobres e poupam os ricos é tão normal na Idade Média que todos se surpreendem quando sobrevém um flagelo que mata todas as clas- ses indistintamente: a peste negra. Jacques Le Goff. A civilização do Ocidente medieval, 2016. Justifica-se essa interpretação do historiador pois a) os elevados pagamentos devidos pelos camponeses re- duziam sua fonte de sustento, tornando-os mais suscetíveis à fome, crônica na Idade Média. b) os progressos da medicina medieval, principalmente no século XIV, reduziram a mortalidade, amenizando os efeitos da nova epidemia. c) os senhores feudais tinham maior resistência às doenças por viverem sob melhores condições, sendo pouco atingi- dos pela peste negra. d) os rendimentos dos camponeses diminuíram na crise de mão de obra gerada pela peste negra, causando fome ge- neralizada até entre os senhores. e) os sacerdotes reforçavam a estratificação social ao con- siderarem o trabalho manual desonroso, condenando os servos à miséria na Idade Média. 114. (Famerp/2019) Enquanto nas cidades o poder ficou nas mãos dos bispos, nos campos, concentrou-se na dos grandes proprietários. O governo romano perdeu força: já não era capaz de cobrar os impostos de ma- neira eficiente, nem mesmo de pagar os exércitos. Em 476, o último imperador romano foi deposto. Era o fim do Império Romano e do mundo antigo e o início de uma nova era, a Idade Média. Carlos Augusto Ribeiro Machado. Roma e seu império, 2004. O texto alude à gênese de duas características impor- tantes da Idade Média Ocidental: a) o fim do comércio internacional e o crescimento do repu- blicanismo. b) a feudalização e o aumento do poder político da Igreja. c) o desaparecimento do poder real e a ruralização. d) a supressão dos exércitos nacionais e o avanço do isla- mismo. e) o igualitarismo social e a autossuficiência das proprieda- des rurais. 115. (FGV/2019) Vivendo num mundo agrícola, em que se percebe cotidianamente como alguns seres preci- sam morrer para que outros possam viver, convivendo com a constante ameaça da fome, das epidemias e das guerras, os medievais sentiam a onipresença da morte, mas isso não os incomodava. Eles tinham dela uma vi- são natural, tranquila, diferente da de seus descenden- tes dos séculos seguintes. (Hilário Franco Júnior, A Idade Média, nascimento do Ocidente) Para o homem medieval, a morte a) era o começo da vida eterna, conforme o cristianismo en- sinava e, chegado o momento, as pessoas procuravam se preparar, sendo que a grande tragédia não era morrer, mas morrer inesperadamente, sem ter se confessado. b) representava a ausência da graça divina e apresentava- se com vigor em momentos de descuido geral com as prá- ticas religiosas mais usuais, como no caso dos cultos e dos sacramentos, especialmente a confissão. c) mostrava a diferença entre os homens e apontava para a necessidade da acumulação de bens materiais e morais como uma garantia para se ter um lugar no paraíso, con- forme a doutrina consolidada na Idade Média ocidental. d) continuava sendo uma presença cotidiana mesmo após as modificações ocorridas com a Crise do Século XIV, com o notável desenvolvimento da mentalidade coletivista, já que a morte se tornou objeto de culto para todos os ho- mens. e) manifestava-se de forma macabra, mórbida e destrutiva e precisava ser antecedida de boas ações, caso das esmo- las e outras formas de caridade, para que os homens tives- sem a certeza de um justo julgamento divino.