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32 negociado como mercadoria, diferentemente do traba- lhador no sistema capitalista, facilmente descartado e substituído. II. As sociedades existentes antes da Revolução Indus- trial eram quase todas de caráter aristocrático e hierar- quizadas. A economia era primordialmente agrícola, em que o comércio ocupava um papel complementar. O ob- jetivo máximo era suprir as necessidades da sociedade como um todo. Com o advento da economia de mer- cado capitalista, o objetivo era a obtenção do lucro, mesmo que fosse necessário transformar a força de tra- balho em mercadoria. III. A sociedade capitalista é uma organização social re- gida pelas necessidades das leis de mercado, não ape- nas para satisfazer às necessidades humanas. Nelas os trabalhadores modernos são livres, pois não estão su- jeitos à autoridade de um senhor, como antigamente, porém, na economia de mercado atual, os empregados só têm participação como vendedores de sua força de trabalho. Assinale a) se somente a I estiver correta. b) se somente a I e a II estiverem corretas. c) se somente a I e a III estiverem corretas. d) se somente a II e a III estiverem corretas. e) se todas estiverem corretas. 104. (FUVEST/2019) Os comentadores do texto sagrado (…) reconhecem a submissão da mulher ao homem como um dos momentos da divisão hierárquica que re- gula as relações entre Deus, Cristo e a humanidade, en- contrando ainda a origem e o fundamento divino da- quela submissão na cena primária da criação de Adão e Eva e no seu destino antes e depois da queda. CASAGRANDE, C., A mulher sob custódia, in: História das Mulhe- res, Lisboa: Afrontamento, 1993, v. 2, p. 122-123. O excerto refere-se à apreensão de determinadas pas- sagens bíblicas pela cristandade medieval, especifica- mente em relação à condição das mulheres na socie- dade feudal. A esse respeito, é correto afirmar: a) As mulheres originárias da nobreza podiam ingressar nos conventos e ministrar os sacramentos como os homens de mesma condição social. b) A culpabilização das mulheres pela expulsão do Paraíso Terrestre servia de justificativa para sua subordinação so- cial aos homens. c) As mulheres medievais eram impedidas do exercício das atividades políticas, ao contrário do que acontecera no mundo greco-romano. d) As mulheres medievais eram iletradas e tinham o acesso à cultura e às artes proibido, devido à sua condição social e natural. e) A submissão das mulheres medievais aos homens es- teve desvinculada de normatizações acerca da sexuali- dade. 105. (IFBA/2019) “Mas é verdade que a cidade medieval, por sua lógica econômica fundada mais no dinheiro do que na terra, por seu sistema de valores no qual, em face do ideal aristocrático de hierarquia vertical, de du- ração, de ociosidade e de largueza, impunha a si mesmo outra concepção, outro ideal de hierarquia ho- rizontal, do tempo, do trabalho e do cálculo, podia mi- nar por dentro o sistema feudal para transformá-lo em sistema capitalista. Foi preciso, entretanto, esperar pela revolução industrial.” LE GOFF, Jacques. O Apogeu da Cidade Medieval. São Paulo, Martins Fontes, 1992. p.58. Em relação ao trabalho, a cidade feudal diferia do campo, entre outras razões, por: a) Na cidade feudal, na sua maioria, o capital na forma de máquina estava no domínio da burguesia. b) Na cidade o trabalho das corporações de ofício era exe- cutado pelo trabalhador na condição de escravo. c) Na cidade feudal, na sua maioria, o trabalho era livre, ainda que as cidades sofressem a opressão senhorial. d) Na cidade o trabalho das corporações de ofício era exe- cutado pelo trabalhador na condição servil. e) A presença do maquinário fabril, nas cidades feudais, era o diferenciador do trabalho do campo, realizado de forma manual pelo camponês. 106. (Mackenzie SP/2019) Leia o documento abaixo: “É permitido a qualquer, sem punição, auxiliar o seu se- nhor, se alguém o ataca, e obedecer-lhe em todos os casos legítimos, exceto no roubo, no assassinato e na- quelas coisas que não são consentidas a ninguém, sendo reconhecidas como infames pelas leis. O senhor deve proceder da mesma maneira com o conselho e a ajuda; e deve ir em auxilio do seu homem em todas as vicissitudes, sem malícia. É permitido a todo o senhor convocar o seu homem que deve estar à sua direita no tribunal; e mesmo que seja residente no mais distante mansus de quem o protege, deverá ir ao pleito se o seu senhor o convocar” (Pedrero-Sanchez, M. Guadalupe. História da Idade Média: textos e testemunhos. São Paulo: Unesp, 1999, p. 95) O trecho acima foi extraído de um documento inglês do século XI e diz respeito a uma típica relação feudal. A relação em evidência é a a) Vassalagem: relação recíproca entre senhores em que fica acordado a proteção por parte do Suserano e o trabalho nos campos por parte do Vassalo. b) Servidão: relação vertical entre senhores e camponeses que, uma vez presos à terra, não podem abandonar suas obrigações nos feudos. c) Vassalagem: relação horizontal entre senhores a qual cria uma teia de alianças políticas e uma maior descentrali- zação do poder. d) Servidão: relação entre senhores e servos a qual estabe- lece um acordo de proteção e ajuda econômica em troca de terras para o plantio. e) Vassalagem e Servidão: relações equivalentes entre no- bres e servos em que os vassalos asseguram o trabalho nas terras senhoriais.