Logo Passei Direto
Material
Study with thousands of resources!

Text Material Preview

ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA 
Atividade 1 – Referente às aulas 1, 2, 3 e 4
Disciplina: Planejamento e Gestão Ambiental
Profa. MSc. Danielle Cristine Pedruzzi
AULA 1: INTRODUÇÃO À GESTÃO AMBIENTAL
1- A gestão ambiental é de suma importância para nações, municípios e empresas. Quais foram os principais eventos que auxiliaram na conceituação da gestão ambiental?
A conceituação e desenvolvimento da gestão ambiental foram influenciados por vários eventos e marcos importantes ao longo do tempo. Aqui estão alguns dos principais eventos que ajudaram a moldar e auxiliar na conceituação da gestão ambiental:
Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano (Estocolmo, 1972): 
Foi a primeira conferência global sobre meio ambiente organizada pelas Nações Unidas. Ela estabeleceu princípios para a proteção ambiental e reconheceu a necessidade de uma abordagem integrada para lidar com questões ambientais globais.
Relatório "Nosso Futuro Comum" (1987): 
Também conhecido como Relatório Brundtland, foi publicado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento da ONU. Esse relatório popularizou o conceito de desenvolvimento sustentável, destacando a importância de equilibrar as dimensões social, econômica e ambiental do desenvolvimento.
Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio de Janeiro, 1992): 
Conhecida como Rio-92 ou Cúpula da Terra, foi um marco importante no desenvolvimento da gestão ambiental. Ela resultou na Agenda 21, um plano de ação abrangente para o desenvolvimento sustentável, e na criação da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima e da Convenção sobre Diversidade Biológica.
ISO 14001: 
A publicação da norma ISO 14001 em 1996 estabeleceu um padrão internacional para sistemas de gestão ambiental. Essa norma fornece diretrizes para as organizações implementarem e aprimorarem seus sistemas de gestão ambiental, promovendo práticas ambientais responsáveis.
Protocolo de Kyoto (1997):
Este tratado internacional foi adotado sob a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima e estabeleceu compromissos de redução de emissões de gases de efeito estufa para os países desenvolvidos. O Protocolo de Kyoto trouxe maior atenção para a questão das mudanças climáticas e a necessidade de ações globais para enfrentá-las.
Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio de Janeiro, 2012):
Também conhecida como Rio+20, foi uma conferência que marcou o 20º aniversário da Rio-92. Ela reafirmou o compromisso com o desenvolvimento sustentável e resultou na criação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Esses eventos desempenharam papéis cruciais no desenvolvimento e na conceituação da gestão ambiental, influenciando a forma como governos, municípios e empresas abordam questões ambientais e buscam soluções sustentáveis.
2- Como podemos definir gestão ambiental? Onde ela pode ser aplicada?
A gestão ambiental pode ser definida como um conjunto de práticas e processos que visam a utilização racional e sustentável dos recursos naturais, a proteção do meio ambiente e a minimização dos impactos ambientais negativos decorrentes das atividades humanas. Ela engloba a coordenação de ações, políticas, estratégias e medidas para promover a sustentabilidade ambiental.
A gestão ambiental pode ser aplicada em diversos níveis e contextos, incluindo:
Nível Nacional: Os governos nacionais podem desenvolver políticas e leis ambientais, estabelecer órgãos reguladores e agências ambientais, e promover a implementação de programas de gestão ambiental em todo o país.
Nível Municipal: Os governos locais, como prefeituras e administrações municipais, desempenham um papel fundamental na gestão ambiental. Eles podem elaborar planos de desenvolvimento urbano sustentável, promover a coleta seletiva de resíduos, criar áreas verdes e parques, e implementar programas de educação ambiental para a população local.
Setor Empresarial: Empresas de todos os tamanhos e setores podem adotar a gestão ambiental como parte de suas práticas de negócios. Isso envolve a implementação de sistemas de gestão ambiental, a adoção de tecnologias limpas, a redução do consumo de recursos naturais, a minimização da geração de resíduos e a avaliação dos impactos ambientais de suas operações.
Setor Industrial: A gestão ambiental é particularmente relevante para as indústrias, que geralmente têm um impacto significativo no meio ambiente. As indústrias podem adotar práticas de produção mais limpas, implementar medidas de controle de poluição, otimizar o uso de energia, tratar efluentes e resíduos de forma adequada, e buscar certificações de sustentabilidade.
Setor Agrícola: A agricultura sustentável e a gestão ambiental estão intimamente ligadas. Os agricultores podem adotar práticas agrícolas sustentáveis, como a agricultura orgânica, o manejo integrado de pragas, a conservação do solo e da água, e a proteção da biodiversidade em suas propriedades.
Além desses contextos, a gestão ambiental também pode ser aplicada em áreas como turismo, transporte, construção civil, planejamento de áreas protegidas, gestão de recursos hídricos e muitos outros setores nos quais as atividades humanas têm impacto sobre o meio ambiente.
3- Defina e explique os quatro níveis de gestão ambiental.
a) Gestão de Processos – envolvendo a avaliação da qualidade ambiental de todas as atividades, máquinas e equipamentos relacionados a todos os tipos de manejo de insumos, matérias-primas, recursos humanos, recursos logísticos, tecnologias e serviços de terceiros. 
b) Gestão de Resultados – envolvendo a avaliação da qualidade ambiental dos processos de produção, através de seus efeitos ou resultados ambientais, ou seja, emissões gasosas, efluentes líquidos, resíduos sólidos, particulados, odores, ruídos, vibrações e iluminação. 
c) Gestão de Sustentabilidade (Ambiental) – envolvendo a avaliação da capacidade de resposta do ambiente aos resultados dos processos produtivos que nele são realizados e que o afetam, através da monitoração sistemática da qualidade do ar, da água, do solo, da flora, da fauna e do ser humano. 
d) Gestão do Plano Ambiental – envolvendo a avaliação sistemática e permanente de todos os elementos constituintes do plano de gestão ambiental elaborado e implementado, aferindo-o e adequando-o em função do desempenho ambiental alcançado pela organização.
4- Quais são os benefícios da aplicação da gestão ambiental dentro de instituições?
Segundo Cagnin (1999), os benefícios da gestão ambiental dentro das instituições podem ser separados em benefícios econômicos e benefícios estratégicos:
BENEFICIOS ECONOMICOS
Economia de custos
· Redução do consumo de água. energia e outros insumos;
· Reciclagem, venda e aproveitamento de resíduos, e diminuição de efluentes;
· Redução de multas e penalidades por poluição.
Incremento de Receita
· Aumento da contribuição marginal de "produtos verdes”, que podem ser vendidos a preços mais altos;
· Aumento da participação no mercado, devido à inovação dos produtos e à menor concorrência;
· Linhas de novos produtos para novos mercados;
· Aumento da demanda para produtos que contribuam para a diminuição da poluição.
BENEFICIOS ESTRATÉGICOS
· Melhoria da imagem institucional;
· Renovação da carteira de produtos;
· Aumento da produtividade;
· Alto comprometimento do pessoal;
· Melhoria nas relações de trabalho;
· Melhoria da criatividade para novos desafios;
· Melhoria das relações com os órgãos governamentais, comunidade e grupos ambientalistas;
· Acesso assegurado ao mercado externo;
· Melhor adequação aos padrões ambientais.
AULA 2: POLÍTICAS AMBIENTAIS BRASILEIRAS
1- As políticas ambientais tiveram um desenvolvimento tardio se comparado às demais políticas setoriais brasileiras, explique as quatro fases de sua evolução. 
As políticas ambientais no Brasil passaram por quatro fases distintas em seu desenvolvimento:
Primeira fase (1970): Esta fase foi marcada pela criação da Secretaria Especial de Meio Ambiente da Presidência da República,em 1970. Essa iniciativa foi tomada como uma resposta à crescente preocupação com a poluição e estabeleceu uma estrutura de planejamento e gestão ambiental no país.
Segunda fase (1981): A segunda fase teve início com a promulgação da Lei Nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, que estabeleceu a Política Nacional de Meio Ambiente. Essa lei tinha como objetivo principal a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental no país, visando ao desenvolvimento socioeconômico, à segurança nacional e à proteção da vida humana. A legislação introduziu diretrizes gerais para a política ambiental e estabeleceu o licenciamento ambiental como um requisito para atividades que utilizam recursos naturais e têm potencial poluidor.
Terceira fase (1988): A terceira fase teve início com a criação do programa "Nossa Natureza" durante o governo de José Sarney, em 1988. Esse programa estabeleceu a Política de Desenvolvimento Sustentado e deu origem ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (IBAMA), por meio da Lei Federal nº 7.735, de 22 de fevereiro de 1989. O IBAMA foi criado como uma entidade autárquica com autonomia administrativa e financeira, responsável pela execução das políticas nacionais de meio ambiente, incluindo a preservação, conservação e uso sustentável dos recursos ambientais.
Quarta fase (1988 em diante): A quarta fase teve início com a promulgação da Constituição Federal de 1988, que dedicou um capítulo inteiro às questões ecológicas e estabeleceu o direito fundamental de todos os cidadãos a um ambiente sadio. A Constituição reconheceu a interligação entre desenvolvimento social, econômico e qualidade ambiental. Após a Constituição de 1988, algumas leis foram alteradas para fortalecer a proteção do meio ambiente, como a Lei nº 9.605, de 1998, que trata dos crimes ambientais. Além disso, destacou-se a aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos em 2010, após 21 anos de tramitação no Congresso Nacional, que passou a regular a gestão dos resíduos sólidos no país.
Em resumo, as quatro fases da evolução das políticas ambientais no Brasil envolveram a criação de estruturas de gestão ambiental, a promulgação de legislações ambientais abrangentes, o fortalecimento de órgãos como o IBAMA e a ênfase na proteção do meio ambiente na Constituição Federal, além do avanço na regulamentação da gestão de resíduos sólidos.
2- Escreva um breve texto sobre a legislação ambiental brasileira nos dias atuais.
A legislação ambiental brasileira nos dias atuais é composta por um conjunto abrangente de leis, regulamentos e normas que têm como objetivo proteger o meio ambiente e promover o desenvolvimento sustentável. Essa legislação reflete o reconhecimento cada vez maior da importância da conservação dos recursos naturais e da promoção de práticas ambientalmente responsáveis.
Uma das leis mais importantes nesse contexto é a Lei da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº 6.938/1981), que estabelece os princípios e diretrizes para a proteção, melhoria e recuperação do meio ambiente. Ela define a responsabilidade do poder público, da sociedade e dos setores produtivos na preservação ambiental e estabelece instrumentos de gestão, como o licenciamento ambiental e as áreas protegidas.
Além disso, o Brasil possui legislações específicas que abordam temas como o desmatamento, a conservação da biodiversidade, a gestão dos recursos hídricos, o controle da poluição e a mitigação das mudanças climáticas. Destacam-se a Lei da Mata Atlântica (Lei nº 11.428/2006), a Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998) e o Código Florestal (Lei nº 12.651/2012), que estabelece diretrizes para a proteção das florestas e a utilização sustentável dos recursos naturais.
Além das leis, o Brasil também conta com órgãos governamentais dedicados à gestão ambiental, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), responsáveis pela fiscalização, monitoramento e execução das políticas ambientais.
Apesar de uma legislação ambiental robusta, o Brasil enfrenta desafios na implementação e fiscalização das leis, como a falta de recursos, burocracia, pressão econômica e falta de conscientização ambiental. Para garantir a efetividade da legislação, é necessário superar esses obstáculos. Além disso, a legislação ambiental brasileira busca alinhar-se a compromissos internacionais, como o Acordo de Paris, visando enfrentar desafios globais como as mudanças climáticas e a perda de biodiversidade, promovendo a redução de emissões de gases de efeito estufa e a transição para uma economia de baixo carbono.
Em suma, a legislação ambiental brasileira nos dias atuais reflete a importância crescente da proteção ambiental e do desenvolvimento sustentável. No entanto, é necessário continuar avançando na implementação efetiva dessas leis, bem como na conscientização e engajamento da sociedade como um todo para garantir a preservação do meio ambiente para as futuras gerações.
3- A Política Nacional do Meio Ambiente é o principal instrumento de proteção ambiental em âmbito nacional. Escreva um parágrafo comentando sobre essa importante lei. 
A Política Nacional do Meio Ambiente, instituída pela Lei nº 6.938/1981, é um marco fundamental para a proteção ambiental no Brasil. Essa lei estabelece os princípios, diretrizes e instrumentos para a preservação, melhoria e recuperação do meio ambiente, reconhecendo a sua importância estratégica para o desenvolvimento sustentável. A Política Nacional do Meio Ambiente define a responsabilidade do poder público, da sociedade e dos setores produtivos na proteção ambiental, promovendo a integração entre desenvolvimento econômico e preservação dos recursos naturais. Além disso, essa legislação estabelece instrumentos como o licenciamento ambiental, a criação de áreas protegidas e a fiscalização das atividades que possam causar impacto ambiental. A Política Nacional do Meio Ambiente é essencial para a busca de um equilíbrio entre as atividades humanas e a conservação do meio ambiente, garantindo um futuro sustentável para as presentes e futuras gerações.
AULA 3: LICENCIAMENTO AMBIENTAL
1- O que é o licenciamento ambiental? Caso o empreendimento não tenha licenciamento ambiental quais penas ele pode sofrer?
O licenciamento ambiental é um processo pelo qual um empreendimento ou atividade potencialmente poluidora ou degradadora do meio ambiente deve passar para obter a autorização dos órgãos ambientais competentes, em conformidade com a legislação ambiental vigente. Esse processo tem como objetivo avaliar e controlar os impactos ambientais que a atividade pode gerar, garantindo a adequada proteção e preservação do meio ambiente.
Caso um empreendimento não tenha o licenciamento ambiental exigido por lei, ele pode estar sujeito a uma série de penalidades previstas na Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98) e em outras legislações pertinentes. Essas penalidades podem incluir:
· Advertência: A empresa pode receber uma advertência formal por não possuir a licença ambiental necessária.
· Multas: A falta de licenciamento ambiental pode resultar em multas aplicadas pelo órgão ambiental competente. O valor da multa pode variar dependendo da gravidade da infração e do porte do empreendimento.
· Embargos: O órgão ambiental pode determinar o embargo das atividades do empreendimento, ou seja, sua paralisação temporária, até que a empresa regularize sua situação e obtenha a licença ambiental necessária.
· Paralisação temporária ou definitiva das atividades: Em casos mais graves ou recorrentes de descumprimento das normas ambientais, o órgão ambiental pode determinar a paralisação temporária ou definitiva das atividades do empreendimento.
Além dessas penalidades, é importante mencionar que a falta de licenciamento ambiental também pode acarretar outras consequências indiretas. Por exemplo, a empresa pode ter dificuldades em obter financiamentos e incentivos governamentais, uma vez que muitas instituiçõesfinanceiras e programas de apoio exigem a apresentação da licença ambiental como requisito para concessão de recursos.
É importante ressaltar que as penalidades podem variar de acordo com a legislação específica de cada estado e município, além das normas federais. 
2- Explique e diferencie a licença prévia, de instalação e de operação. Qual o prazo máximo e mínimo de cada uma delas? 
O licenciamento ambiental no Brasil é composto por três fases distintas: licença prévia, licença de instalação e licença de operação. Cada uma dessas etapas possui objetivos e prazos específicos.
A licença prévia (LP) é a primeira etapa do licenciamento e tem como finalidade avaliar a viabilidade ambiental do empreendimento. Nessa fase, são analisados os estudos de impacto ambiental e o respectivo relatório (EIA/RIMA), que fornecem informações sobre os possíveis impactos ambientais da atividade proposta e as medidas mitigadoras a serem adotadas. O prazo máximo para emissão da LP é de até seis meses, mas pode variar de acordo com a complexidade do projeto e a região.
Após a obtenção da licença prévia, segue-se para a licença de instalação (LI). Nessa fase, são avaliados os projetos técnicos e os planos de controle ambiental, que detalham como o empreendimento será implementado do ponto de vista ambiental. A LI autoriza o início das obras e construções. O prazo máximo para emissão da LI é de até seis meses, mas também pode variar dependendo da complexidade do projeto e do local.
Por fim, a licença de operação (LO) é a última etapa do processo de licenciamento. Nessa fase, é verificado se o empreendimento está em conformidade com todas as medidas ambientais e condicionantes estabelecidas nas fases anteriores. A LO permite o início das atividades do empreendimento. O prazo mínimo de validade da LO é de dois anos, podendo ser estendido de acordo com a análise do órgão ambiental competente.
3- Explique os procedimentos necessários para realização da licença ambiental nos casos:
a) Do empreendimento já estar em atividade.
No caso de empresas que tenham sido implantadas antes do Sistema de Licenciamento, ou já operam suas atividades sem a licença, deverão ser apresentados conjuntamente documentos, estudos e projetos para as fases de licença provisória (LP) e licença de instalação (LI).
Ou seja, é necessário realizar o processo de regularização ambiental. Os procedimentos necessários podem variar dependendo da legislação ambiental específica do país ou região, mas geralmente envolvem as seguintes etapas:
Levantamento de informações: O empreendedor deve reunir todos os dados e informações relevantes sobre o empreendimento, incluindo características técnicas, localização, atividades desenvolvidas, potenciais impactos ambientais e medidas de controle adotadas.
Estudos complementares: Podem ser necessários estudos ambientais complementares, como a elaboração de um Relatório Ambiental Simplificado (RAS) ou de um Estudo de Impacto Ambiental (EIA), dependendo do porte e dos impactos do empreendimento.
Elaboração de plano de adequação: Com base nas informações coletadas, o empreendedor deve elaborar um plano de adequação ambiental, no qual serão propostas as medidas corretivas e mitigadoras necessárias para regularizar a situação ambiental do empreendimento.
Solicitação de licença ambiental: Com o plano de adequação em mãos, o empreendedor deve apresentar uma solicitação de licença ambiental aos órgãos competentes. A documentação exigida pode incluir formulários, estudos ambientais, plano de adequação e outros documentos específicos determinados pela legislação local.
Análise e vistoria: Os órgãos ambientais irão analisar a documentação apresentada e, se necessário, realizar uma vistoria no local do empreendimento para verificar as condições ambientais e a implementação das medidas propostas.
Emissão da licença: Após a análise e a vistoria, caso todas as exigências tenham sido atendidas, a licença ambiental correspondente será emitida, regularizando a situação do empreendimento perante a legislação ambiental.
b) Do empreendimento ainda não estar em atividade. 
No caso de um empreendimento que ainda não está em atividade, é necessário dar entrada na:
· licença provisória (LP): para planejamento e concepção da localização da empresa;
· licença de instalação (LI): para início da implantação das instalações ou ampliação das unidades da empresa;
· licença de operação (LO): para operação plena da atividade.
O procedimento para obtenção da licença ambiental normalmente segue as seguintes etapas:
Estudos ambientais: O empreendedor deve realizar os estudos ambientais necessários, como o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), que avaliam os possíveis impactos da atividade planejada.
Elaboração do plano de controle ambiental: Com base nos resultados dos estudos ambientais, deve-se elaborar um plano de controle ambiental, que descreve as medidas preventivas e mitigadoras que serão adotadas para minimizar os impactos ambientais.
Solicitação de licença ambiental: Com os estudos ambientais e o plano de controle em mãos, o empreendedor deve apresentar uma solicitação de licença ambiental aos órgãos responsáveis. A documentação exigida pode incluir os estudos ambientais, o plano de controle e outros documentos específicos requeridos pela legislação aplicável.
Análise e vistoria: Os órgãos ambientais irão analisar a documentação apresentada, realizar eventuais audiências públicas e, se necessário, conduzir vistorias no local do empreendimento para avaliar as condições ambientais e a adequação das medidas propostas.
Emissão da licença: Após a análise completa e a verificação de que todas as exigências foram atendidas, a licença ambiental correspondente será emitida, autorizando o início das atividades do empreendimento, desde que cumpridos os prazos e condicionantes estabelecidos.
 
4- Descreva quais são os órgãos competentes em realizar o licenciamento ambiental. Explique em quais casos cada um deles pode atuar. 
No Brasil, o licenciamento ambiental é realizado pelos órgãos ambientais competentes, que podem variar de acordo com o âmbito da atuação e a esfera governamental. Os principais órgãos envolvidos no licenciamento ambiental são:
Órgão ambiental federal: O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) é responsável pelo licenciamento de empreendimentos de impacto nacional ou que envolvam recursos hídricos de domínio da União, como projetos de infraestrutura, indústrias de grande porte e atividades de exploração e produção de petróleo e gás.
Órgãos ambientais estaduais: Cada estado brasileiro possui um órgão ambiental próprio, como a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, que é responsável pelo licenciamento de empreendimentos e atividades de impacto regional ou local, como indústrias, obras de infraestrutura, atividades agropecuárias, entre outras.
Órgãos ambientais municipais: Os municípios também podem ter órgãos ambientais próprios ou atuar em parceria com os órgãos estaduais para realizar o licenciamento de atividades de menor porte ou impacto local, como comércios, serviços, pequenas indústrias e empreendimentos de construção civil.
Cabe ressaltar que em casos de sobreposição de competências ou atividades que abrangem mais de uma esfera governamental, pode ocorrer a necessidade de uma atuação conjunta entre os órgãos ambientais, como o IBAMA, os órgãos estaduais e municipais, para garantir a devida análise e licenciamento ambiental.
Em todas as esferas, a atuação dos órgãos ambientais envolve a análise dos estudos ambientais, a avaliação dos impactos ambientais, a definição de condicionantes, a emissão das licenças ambientais e a fiscalização do cumprimento das medidas estabelecidas. A distribuição das competências entre os órgãos busca garantir uma gestão ambiental eficiente e adequada às características de cada região do país.
	Atividades que cada órgão compete licenciar, de acordo com a RESOLUÇÃO Nº 237, de 19/12/97
	Nacional (IBAMA)I - localizadas ou desenvolvidas conjuntamente no Brasil e em país limítrofe; no mar territorial; na plataforma continental; na zona econômica exclusiva; em terras indígenas ou em unidades de conservação do domínio da União.
II - localizadas ou desenvolvidas em dois ou mais Estados;
III - cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites territoriais do País ou de um ou mais Estados;
IV - destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar, transportar, armazenar e dispor material radioativo, em qualquer estágio, ou que utilizem energia nuclear em qualquer de suas formas e aplicações, mediante parecer da Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN;
V - bases ou empreendimentos militares, quando couber, observada a legislação específica. 
	Estadual
	I - localizados ou desenvolvidos em mais de um Município ou em unidades de conservação de domínio estadual ou do Distrito Federal;
II - localizados ou desenvolvidos nas florestas e demais formas de vegetação natural de preservação permanente relacionadas no artigo 2º da Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, e em todas as que assim forem consideradas por normas federais, estaduais ou municipais;
III - cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites territoriais de um ou mais Municípios;
IV - delegados pela União aos Estados ou ao Distrito Federal, por instrumento legal ou convênio.
	Municipal
	Compete ao órgão ambiental municipal, ouvidos os órgãos competentes da União, dos Estados e do Distrito Federal, quando couber, o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades de impacto ambiental local e daquelas que lhe forem delegadas pelo Estado por instrumento legal ou convênio
5- Explique a organização do Sistema Nacional do Meio Ambiente em relação à instância, órgão e atribuição. 
O Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) é uma estrutura organizacional do Brasil que visa promover a gestão ambiental e a proteção dos recursos naturais. É composto por instâncias, órgãos e entidades com atribuições específicas relacionadas à gestão ambiental. A seguir, são apresentadas as principais categorias dentro do SISNAMA:
Instâncias:
Órgão Superior: O Conselho de Governo, responsável por assessorar o Presidente da República na formulação de políticas e diretrizes para o meio ambiente.
Órgão Consultivo e Deliberativo: O Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), responsável por estabelecer normas e critérios para a proteção do meio ambiente, além de deliberar sobre licenciamento ambiental e outras questões relacionadas.
Órgãos Ambientais:
Órgão Central: O Ministério do Meio Ambiente (MMA), responsável pela formulação e implementação de políticas e diretrizes ambientais em âmbito nacional, além de coordenar o SISNAMA.
Órgãos Executivos: São os órgãos ambientais dos estados e dos municípios, responsáveis pela gestão ambiental em suas respectivas jurisdições. Os órgãos estaduais são vinculados às Secretarias Estaduais de Meio Ambiente, enquanto os órgãos municipais podem variar de acordo com as estruturas locais.
Entidades Vinculadas:
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA): É o órgão federal responsável por exercer o poder de polícia ambiental em âmbito nacional, além de fiscalizar, controlar e monitorar atividades que possam causar impacto significativo no meio ambiente.
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio): É responsável pela gestão de unidades de conservação federais e pela proteção da biodiversidade.
Instituto Estadual de Meio Ambiente (INEA), Fundação Estadual de Proteção Ambiental (FEPAM), entre outros: São exemplos de órgãos estaduais responsáveis pela execução das políticas e programas ambientais.
As atribuições dos órgãos e entidades envolvidos no SISNAMA incluem a elaboração de políticas, a regulamentação de normas, o licenciamento ambiental, a fiscalização, o monitoramento, a proteção de áreas naturais, a educação ambiental, entre outras atividades relacionadas à gestão ambiental. Essa estrutura busca garantir uma abordagem integrada e descentralizada da gestão ambiental no país, visando à proteção e preservação do meio ambiente de forma eficiente e sustentável.
AULA 4: AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL
1- O que é um impacto ambiental? Quais são os tipos de impactos? 
Impacto ambiental refere-se às alterações ou modificações que ocorrem no meio ambiente como resultado de atividades humanas ou naturais. Essas mudanças podem ter efeitos positivos ou negativos sobre os recursos naturais, ecossistemas, biodiversidade, qualidade do ar, água e solo, entre outros componentes ambientais. Existem diversos tipos de impactos ambientais, que podem ser classificados de diferentes maneiras. Abaixo estão alguns exemplos dos principais tipos de impactos:
	IMPACTO
	CARACTERÍSTICA 
	Positivo 
	Quando a ação resulta na melhoria da qualidade de um fator ou parâmetro ambiental.
	Negativo 
	Quando a ação resulta em um dano à qualidade de um fator ou parâmetro ambiental.
	Indireto
	Resultante de uma reação secundária, ou quando é parte de uma cadeia de reações.
	Regional
	Quando a ação se faz sentir além das imediações do sítio.
	Local
	Quando a ação afeta o próprio sítio e suas imediações.
	Direto
	Resultado da simples ação causa e efeito.
	Estratégico
	Quando a ação tem relevância no âmbito regional e nacional.
	A médio e longo prazo
	Quando os efeitos da ação são verificados posteriormente.
	Temporário
	Quando o feito da ação tem duração determinada.
	Permanente
	Quando o impacto não pode ser revertido.
	Cíclico
	Quando os efeitos se manifestam em intervalos de tempo determinados.
	Reversível 
	Quando cessada a ação, o ambiente volta à sua forma original.
2- O que é e qual a diferença entre o EIA e RIMA? 
O EIA (Estudo de Impacto Ambiental) e o RIMA (Relatório de Impacto Ambiental) são instrumentos utilizados no processo de avaliação de impacto ambiental, comumente exigidos em projetos e empreendimentos que podem causar alterações significativas no meio ambiente. Ambos são importantes ferramentas de planejamento e gestão ambiental, mas possuem finalidades distintas.
O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) é um documento técnico-científico que analisa e descreve detalhadamente os impactos ambientais que podem ser causados por uma determinada atividade ou empreendimento. Ele identifica e avalia os possíveis efeitos positivos e negativos nas diversas áreas ambientais, como recursos naturais, ecossistemas, qualidade do ar, água e solo, biodiversidade, entre outros. O EIA também apresenta medidas mitigadoras e compensatórias para reduzir ou eliminar os impactos negativos, bem como planos de monitoramento e acompanhamento.
Por outro lado, o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) é um documento de caráter mais acessível e compreensível, elaborado com base nas informações contidas no EIA. O RIMA sintetiza as principais informações do EIA de forma clara e objetiva, buscando facilitar o entendimento e a participação da sociedade no processo de tomada de decisão. O objetivo do RIMA é apresentar, de maneira transparente e acessível, os principais impactos ambientais previstos, as medidas propostas para mitigação dos impactos e os programas de monitoramento e controle ambiental.
Em resumo, o EIA é um estudo técnico detalhado que analisa os impactos ambientais de um empreendimento, enquanto o RIMA é um documento mais resumido e acessível que apresenta as informações mais relevantes do EIA para informar a sociedade e possibilitar sua participação nas decisões relacionadas ao projeto. O EIA é a base para a elaboração do RIMA, e ambos são fundamentais para garantir uma avaliação adequada dos impactos ambientais e subsidiar a tomada de decisões para a gestão ambiental dos empreendimentos.
3- Explique as diretrizes para elaboração de um estudo de impacto ambiental. 
A elaboração de um Estudo de Impacto Ambiental (EIA) segue diretrizes e metodologias estabelecidas para garantir a qualidade e a abrangência da análise dos impactos ambientais. A seguir estão algumas diretrizesgerais comuns para a elaboração de um EIA:
Informações gerais.
Caracterização do empreendimento: Descrever detalhadamente o empreendimento, incluindo suas características físicas, tecnológicas e operacionais.
Área de influência: localização, área de abrangência, infraestrutura, fluxos de materiais, energia e resíduos.
Diagnóstico ambiental: Realizar um diagnóstico das condições ambientais da área de influência do empreendimento, considerando aspectos como clima, hidrologia, geologia, biodiversidade, uso do solo, qualidade do ar e da água, entre outros. Identificar e descrever os recursos ambientais afetados pelo empreendimento.
Análise dos impactos ambientais: Identificar, descrever e avaliar os impactos ambientais que serão gerados pelo empreendimento. Essa avaliação deve considerar os impactos diretos e indiretos, temporários e permanentes, positivos e negativos. Utilizar metodologias adequadas, como matrizes de impacto, análise de cadeias causais e modelagem.
Medidas mitigadoras e compensatórias: Propor medidas mitigadoras para reduzir ou eliminar os impactos negativos identificados. Essas medidas devem ser tecnicamente viáveis e ambientalmente eficazes. Além disso, quando necessário, devem ser propostas medidas compensatórias para garantir a preservação, a recuperação ou o monitoramento de recursos ambientais afetados.
Programas de monitoramento e controle: Estabelecer programas de monitoramento para acompanhar os impactos ambientais durante as fases de implantação e operação do empreendimento. Esses programas devem definir indicadores, métodos de coleta de dados e frequência de monitoramento, garantindo a avaliação contínua dos impactos e a efetividade das medidas propostas.
Participação pública: Promover a participação da sociedade no processo de elaboração do EIA, por meio de audiências públicas e consultas, garantindo a transparência e a inclusão das diferentes partes interessadas.
Revisão e atualização: Revisar e atualizar o EIA conforme necessário, considerando novas informações, mudanças nas condições ambientais ou no projeto do empreendimento.
4- Quais são as metodologias de avaliação de impactos ambientais? Explique cada uma dela.
A Avaliação de Impactos Ambientais é necessária para realização do EIA/RIMA, e ela pode ser elaborada com o auxílio de metodologias preestabelecidas. Podemos citar os principais métodos utilizados: 
Ad Hoc 
O método Ad Hoc envolve reuniões com especialistas que possuem conhecimento teórico e prático sobre o tema em discussão. Os impactos são identificados por meio de brainstorming e apresentados em tabelas ou matrizes. Esse método é adequado quando há escassez de dados e a avaliação precisa ser realizada em um curto espaço de tempo. Ele é indicado para uma análise preliminar dos impactos prováveis de um projeto e auxilia na definição da melhor alternativa a ser adotada.
Vantagens: 
· Possibilidade de estimativa rápida da evolução de impactos de forma organizada; 
· Realizado em curto espaço de tempo; 
· Proporciona menores gastos; 
· Facilmente compreensível pelo público em geral. 
Desvantagens: 
· Possui grande subjetividade já que se baseia na opinião e julgamento humano; 
· Alto risco à tendenciosidade no momento de avaliação dos impactos; 
· Dificuldade de examinar todos os impactos
Checklist
São relações padronizadas de fatores ambientais, que permitem detectar os impactos provocados por projetos específicos, assim podem-se utilizar diversas listas de acordo com a natureza da atividade. Os checklists costumam ser apresentados em forma de questionário a ser preenchido, visando direcionar a avaliação. A finalidade das listagens é a padronização dos prováveis impactos para a utilização por determinados tipos de empreendimentos. As listagens possuem variantes, são elas: 
· Listagem Descritiva, que relaciona ação e atributos do ambiente que podem sofrer alteração; 
· Listagem Comparativa, na qual é adicionada a relevância do impacto, ou seja, o nível de significância, por meio de letras ou números; 
· Listagem em Questionário, este leva em consideração a interdependência dos impactos; 
· Listagem Ponderal (Método Battelle), no qual a cada parâmetro ambiental é atribuído um peso.
Vantagens: 
· Simplicidade de aplicação; 
· Número reduzido de dados necessários; 
· Identificação e enumeração dos impactos; 
· Serve de guia para o levantamento de dados e informações. 
Desvantagens: 
· Não permite projeções e previsões – avaliação qualitativa e não quantitativa; 
· Não permite identificar impactos de segunda ordem; 
· Não considera relações de causa e efeito
Matrizes de Interação
As matrizes de interação são utilizadas para identificar as possíveis interações entre os componentes de um projeto e os elementos do meio ambiente. Elas são mais adequadas para projetos com impactos que se estendem por amplas extensões, sendo menos específicas para projetos urbanos. Essas matrizes possuem uma estrutura com colunas que listam as ações que têm alta propensão de modificar o ambiente, e linhas que contêm os elementos do sistema ambiental. O resultado é obtido pela interação entre as ações e os elementos do meio. Uma das primeiras ferramentas nesse formato é a Matriz de Leopold, desenvolvida em 1971 para avaliar os impactos associados a diversos tipos de projetos. Segundo Leopold et al. (1971), o método deve estabelecer uma escala de 1 a 10 para avaliar a magnitude e importância de cada impacto, identificando-os como positivos ou negativos. A magnitude é objetiva ou empírica, pois se refere ao grau de alteração causado pela ação no ambiente, enquanto a importância é subjetiva ou normativa, envolvendo a atribuição de peso relativo aos fatores afetados pelo projeto.
Vantagens:
· Fácil compreensão do público em geral;
· Aborda fatores biofísicos e sociais;
· Acomoda dados qualitativos e quantitativos;
· Fornece boa orientação para a realização de estudos e introduz a multidisciplinaridade.
Desvantagens:
· Não há uma exibição clara da base matemática utilizada nos cálculos das escalas de pontuação de importância e magnitude;
· Baixa eficiência na avaliação de impactos indiretos;
· Não apresenta as características temporais e a dinâmica dos sistemas.
Redes de Interação
As Redes de Interação tem por objetivo orientar as medidas propostas para o gerenciamento dos impactos identificados, recomendando medidas mitigadoras, que podem ser aplicadas desde o momento de efetivação das ações causadas pelo empreendimento, além de propor programas de manejo, monitoramento e controle ambientais. São apresentadas através de gráficos ou diagramas, permitindo traçar o conjunto de ações que o causaram direta e indiretamente, estabelecendo uma sequência de impactos ambientais desencadeados por uma determinada ação, além de permite avaliar medidas mitigadoras.
Vantagens:
· Evidenciam os impactos indiretos;
· Permite boa visualização de impactos secundários e demais ordens, sobretudo, quando computadorizadas, e a possibilidade de introdução de parâmetros probabilísticos, mostrando tendências.
Desvantagens:
· Não detectam a importância relativa dos impactos, os aspectos temporais e espaciais e a dinâmica dos sistemas
Superposição de Cartas
A metodologia de superposição de cartas consiste na montagem de uma série de mapas temáticos, esses mapas auxiliam em atividades que são relacionadas ao uso do solo, cobertura vegetal, recursos hídricos, delimitação da área de influência, entre outros. Como resultados tem-se a verificação de regiões de maior fragilidade a impactos ambientais. Essa metodologia é adequada para realização de diagnósticos e definições de áreas para implantação de determinadas atividades, além do planejamento territorial. A superposição de cartas também pode ser utilizada para reconhecer e proteger áreas de mananciais, e auxiliar no processo de expansão urbana.
Vantagens:
· Simples, rápida e com precisão superior aos métodos anteriores;
· Apresenta visualização espacial e geográfica dos fatores ambientais, tal como da extensão dos impactos e proporciona fácil comparaçãode alternativas.
Desvantagens:
· Subjetividade dos resultados; 
· Limitação na quantificação dos impactos;
· Difícil integração de impactos socioeconômicos;
· Não considera a dinâmica dos sistemas ambientais; 
· Alto custo;
· Não avalie a magnitude do impacto.
Modelos de Simulação
 O método de modelos de simulação busca a representação e funcionamento do sistema ambiental e sua interação com os meios biológicos, físicos e socioeconômicos. O método é utilizado para diversas atividades se destacando no âmbito da autodepuração de recursos hídricos e na dispersão de poluentes atmosféricos. Nos modelos de simulação pode ser caracterizado o estado ambiental antes e depois da ação humana.
Vantagens:
· Possibilita o estudo das relações entre fatores físicos, biológicos e socioeconômicos;
· Auxilia a tomada de decisão através de indicadores e tendências;
· Método mais moderno em termos AIA, sendo usado para diagnósticos e prognósticos da qualidade ambiental.
Desvantagens:
· Exige dados e operadores capacitados;
· Alto custo;
· Exige equipamentos específicos;
· Representação imperfeita de qualidade ambiental;
· Possibilidade de induzir o processo decisório.
5- Quais são os critérios para escolha de método de avaliação de impacto ambiental? 
A escolha da metodologia aplicada caso a caso dependerá de vários fatores, tais como, a disponibilidade de dados, os requisitos legais dos termos de referência, os recursos técnicos e financeiros e o tempo e as características dos empreendimentos. A escolha do método de avaliação de impacto ambiental (AIA) deve levar em consideração diversos critérios, como:
Abrangência: O método deve ser capaz de abranger todos os aspectos relevantes do empreendimento e seus potenciais impactos ambientais, considerando tanto os aspectos bióticos (fauna, flora, ecossistemas) quanto abióticos (água, solo, ar).
Relevância: O método deve ser adequado para avaliar os impactos que são mais relevantes para o empreendimento em questão, considerando sua localização, escala, natureza das atividades e características ambientais.
Precisão: O método deve fornecer resultados precisos e confiáveis, utilizando técnicas e dados adequados para avaliar e quantificar os impactos ambientais de forma objetiva.
Adaptabilidade: O método deve ser adaptável às particularidades do empreendimento e à legislação ambiental aplicável, permitindo sua aplicação efetiva em diferentes contextos.
Viabilidade: O método deve ser viável em termos de recursos humanos, financeiros e de tempo disponíveis para a elaboração do Estudo de Impacto Ambiental (EIA).
Aceitação científica: O método deve ser embasado em fundamentos científicos sólidos e contar com o reconhecimento e a aceitação da comunidade científica e dos órgãos ambientais competentes.
Legislação e regulamentação: A escolha do método também deve levar em consideração as diretrizes e exigências estabelecidas pela legislação ambiental do país, estado ou município em que o empreendimento está localizado.
Participação pública: O método deve permitir a participação efetiva da sociedade e das partes interessadas, garantindo transparência e acesso às informações relevantes para a avaliação dos impactos ambientais.