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AVALIAÇÃO 
PSICOPEDAGÓGICA CLÍNICA 
Aula 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Genoveva Ribas Claro 
 
 
 
 
 
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CONVERSA INICIAL 
 Chegamos no momento da etapa final da avaliação, em que reuni todas 
as informações coletadas apontando para prognóstico e recomendações. Caso 
ainda tenha alguma suspeita, pode, ainda, realizar visitas a instituição, 
entrevistar os responsáveis pela instituição, aplicar testes complementares e 
verificar laudos de outros profissionais. 
Após o psicopedagogo se certificar de todos os aspectos de sua análise 
sobre os resultados, faz-se uma síntese de todas as informações levantadas, 
chamada de síntese diagnóstica, que é apresentada pelo informe 
psicopedagógico, na entrevista devolutiva entregues para o sujeito, a instituição 
e aos pais ou responsáveis. O parecer diagnóstico é o ponto de partida para 
projetar as futuras intervenções. Tem como finalidade resumir as conclusões a 
que se chegou na busca de respostas a queixa apresentada, para isso, deve ter 
uma postura ética na sua divulgação. 
Nesta aula, temos como objetivos: 
 compreender a síntese diagnóstica; 
 elaborar o informe psicopedagógico; 
 identificar a entrevista devolutiva; 
 investigar o projeto de intervenção; 
 realizar um informe psicopedagógico sobre um estudo de caso. 
TEMA 1 – SÍNTESE DIAGNÓSTICA 
A síntese diagnóstica é uma manifestação baseada suscintamente em 
uma questão central da área da psicopedagogia e tem como propósito alcançar 
um resultado conclusivo ou indicativo com base na avaliação psicopedagógica. 
Nesse momento, faz-se necessária a formulação de uma hipótese única, 
para, com base na análise e coleta de dados, indicar um prognóstico e definição 
de ações. Essa etapa é fundamental para a consistência e eficácia da entrevista 
devolutiva. 
No diagnóstico não se deve rotular o sujeito, mas, sim, sintetizar uma 
compreensão global da sua forma de aprender e dos desvios nesse processo de 
aprendizagem. Pain (1992) cita que a síntese diagnóstica é recolher todas as 
informações, avaliando o peso de cada fator na ocorrência dos problemas da 
 
 
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aprendizagem, ou seja, é o momento em que é preciso formular uma única 
hipótese. 
Importante ter claro que nas dificuldades de aprendizagem estão inseridos 
os atrasos no desempenho acadêmico, as dificuldades de aprendizagem são 
uma disfunção no processo natural da aquisição de aprendizagem e os 
transtornos/distúrbios de aprendizagem é uma disfunção na região frontal do 
cérebro que provoca perturbação no sujeito. 
No processo de aprendizagem, os distúrbios se caracterizam como 
disfunções no processamento e armazenamento de informações, por 
conseguinte, na elaboração da resposta. Apresenta-se como uma característica 
orgânica e individual que se manifesta em déficits nas habilidades de linguagem, 
ou seja, a fala, a leitura e a escrita. 
Constitui-se dessa maneira, em uma disfunção na região parietal do 
cérebro, cujos resultados são: falha de atenção; lentidão no processamento do 
estímulo e na resposta. Porém, o comprometimento comportamental não é 
aparente, tendo como exemplo mais comum a dislexia. 
Decorrentes de uma disfunção localizada na parte frontal do cérebro, os 
transtornos dela advindos se manifestam como perturbações, que são 
decorrentes da fala na recepção do estímulo e do tratamento das informações, 
o que compromete a atenção seletiva, gera impulsividade e dificuldades 
visomotoras. São exemplos dessas perturbações a hiperatividade e o transtorno 
do déficit de atenção. 
Essas dificuldades se manifestam, por exemplo, no desempenho escolar 
e, normalmente, são vistas como falta de interesse, perturbação emocional. No 
entanto, outras questões inerentes ao ambiente escolar precisam ser 
consideradas, como possível inadequação metodológicas ou padrões de 
exigência escolares divergentes da idade do sujeito em análise. 
Vale ressaltar que, conforme Pain (1992), esses sintomas não podem ser 
vistos como empecilhos ou um aspecto negativo do sujeito em relação à 
aprendizagem, mas algo que pode representar a busca de novas formas de 
interagir e construir conhecimentos e atender a necessidades educacionais 
individuais. 
 
 
 
 
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TEMA 2 – O INFORME PSICOPEDAGÓGICO CLÍNICO 
O informe psicopedagógico se caracteriza como um documento que traz 
o registro do processo das fases do processo de avaliação de forma sucinta e 
enfoca a questão central do campo da psicopedagogia. Seu resultado poder ser 
apenas indicativo ou já conclusivo e deve ser claro, esclarecendo as dúvidas que 
estão interferindo na aprendizagem decisão, levando em consideração a queixa 
Após uma visão geral obtida ao final do diagnóstico, o psicopedagogo 
pode relacionar as características do indivíduo ao contexto da família, da escola 
e de outros meios sociais com os quais ele interage. Desse modo, pode analisar 
o modelo de aprendizagem com o qual o indivíduo se deparou, quais são as suas 
dificuldades sob o ponto de vista afetivo e social. Pode considerar, também, os 
recursos que ele já possui e se os mobiliza ou não para a aprendizagem e o que 
motivação apresenta para a aprendizagem. 
Destaca-se também, a dimensão ética e a necessidade de sigilo em 
relação às informações registradas no decorrer da investigação e busca do 
diagnóstico. Nessa fase, é importantíssimo o registro das conclusões a que se 
chega tendo em vista a busca de respostas as indagações iniciais que marcaram 
o diagnóstico. Para a realização desse registro, apresentam-se, a seguir, 
algumas questões norteadoras, ou seja, que indicam apenas o caminho, mas 
que podem ser adaptadas ou reformuladas de acordo com o caso em análise: 
I. Dados pessoais 
II. Motivo da requisição de avaliação. 
III. Previsão do número de sessões e período de realização a avaliação. 
IV. Instrumentos e testes a serem utilizados/aplicados. 
V. Tipos de sessão a ser indicada: familiar; lúdica; dramatização; etc. 
VI. Resultados buscados nas áreas: corporal; cognitiva; afetivo-social; 
pedagógica. 
Tendo como referência essas questões, descrevem-se os resultados 
obtidos com os testes, entrevistas, produções dos sujeitos nas atividades 
realizadas. É importante o registro detalhado de todo o processo, pois, às vezes, 
os detalhes, por menores que sejam, podem apresentar a essência de todas as 
questões em análise. Quanto à abordagem pedagógica, parte-se do nível global 
do indivíduo e busca-se a análise das suas especificidades em diferentes 
 
 
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campos, por exemplo, na escrita, nos cálculos e na leitura. Para isso, 
consideram-se as seguintes estruturas: 
 cognitiva: envolve as estruturas de pensamento, suas características, 
defasagens, a capacidade de assimilação, acomodação e equilibração. 
 afetivo-social: a disponibilidade para a interação que manifesta; como se 
relaciona nos meios sociais nos quais está inserido, como na escola, por 
exemplo. Na análise da dimensão afetivo-social, é fundamental considerar 
a estrutura familiar, ou seja, com quais membros da família o sujeito 
interage; quais são mais presentes; com qual tem mais proximidade; quais 
os papéis exercidos por esses membros; quais as condições econômicas 
e culturais dos familiares; a preocupação dos familiares com a 
aprendizagem; se são participativos, ou não, da vida escolar do sujeito. 
Todos esses aspectos podem ser indicativos de peculiaridades do sujeito 
na aprendizagem. 
 corporal: envolve a psicomotricidade e o uso de corpo em diversas 
situações que envolve o desenvolvimento de esquemas de ações físicas, 
como exemplo, a coordenação motora e a disposição para atividades que 
movimentam o corpo. 
I. Síntese dos resultados: parte da questão inicial e considerando a queixa, 
estabelece relações entre as dimensões apontadas no item VI. Nessa 
fase, reelaboram-se a análise de dados e suas interligações, como o 
propósito de ampliar a visão das especificidadesdo sujeito ao um nível 
mais global, mas com destaque para a aprendizagem ou desempenho 
escolar. 
II. Prognóstico: consiste em relatar a hipótese sobre o futuro do sujeito tendo 
como referência o momento do diagnóstico. Trata-se de uma perspectiva 
condicional, pois pressupõe os resultados que podem ser atingidos pelo 
sujeito a partir das indicações e recomendações atuais. São exemplos: 
maior capacidade de interação social; melhorar o nível de desempenho 
escolar; ampliar a capacidade de abstração. 
III. Orientações ou indicações: se referem às indicações aos pais, 
responsáveis ou às instituições, sobre as reformulações, adaptações 
curriculares, atribuição de responsabilidades ou ainda a procura de outros 
profissionais, como fonoaudiólogo, psicólogo etc. 
 
 
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IV. Observações: quando necessário, acrescentam-se informações 
consideradas relevantes, como: peculiaridades do histórico de vida; 
dinâmica familiar; interferências ocorridas durante o processo; 
interrupções; características do ambiente escolar e proposta pedagógica. 
TEMA 3 –A ENTREVISTA DEVOLUTIVA 
A entrevista devolutiva é uma entrevista em que consiste em comunicar o 
informe psicopedagógico e indicar a melhor terapêutica. Essa entrevista é 
realizada com todos os envolvidos no processo, o avaliado, os pais e ou 
responsáveis e para a instituição e cada uma delas deve ser específica a cada 
situação. 
Na devolução, o psicopedagogo retoma os motivos da consulta e a 
maneira como ocorreu o processo de avaliação, explica as principais questões 
trabalhadas, assinalando o que foi possível pensar e vivenciar. 
Como é um momento que gera muita ansiedade, fale primeiramente dos 
aspectos menos comprometidos do sujeito, para depois expor o que pode gerar 
algum desconforto. Deve refletir junto com o sujeito, buscando orientar e fazer 
os devidos encaminhamentos, encerrando com um prognóstico. 
Perceba que as orientações para os envolvidos são fundamentais para o 
desempenho escolar do sujeito e para um resultado terapêutico satisfatório. 
Como já foi mencionado, o psicopedagogo deve realizar a devolutiva na 
instituição e principalmente para o sujeito que fez avaliação, pois foi realizado 
um vínculo com ele, e é importante fazer o fechamento desta etapa. 
TEMA 4 – O PROJETO DE INTERVENÇÃO 
A intervenção é um plano de ação psicopedagógica que faz a mediação 
entre o sujeito e seus objetivos no campo da aprendizagem. Nesse momento, o 
psicopedagogo deve oferecer recursos de ajuda e apoio ao sujeito, direcionando 
a intervenção mais adequada ao diagnóstico, são vários procedimentos de 
intervenção que podem ser utilizados pelo psicopedagogo. 
A intervenção, não necessariamente, precisa ocorrer com o 
psicopedagogo que realizou o diagnóstico. 
 Visca idealizou a caixa de trabalho para se trabalhar com as dificuldades 
de aprendizagem. Ela seria composta de brinquedos e materiais escolhidos para 
 
 
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representarem o mundo interno das crianças, suas fantasias inconscientes frente 
ao mundo (Barbosa, 2000), para isso é disponibilizado um material disparador 
que pode ser um jogo, um brinquedo específico, uma história, entre outros. 
A cada atendimento buscar novos materiais disparadores que promovam 
desafios e superação, fazendo a intervenção de acordo com o que ela vai 
apresentando durante o processo terapêutico. 
Existem diversas atividades para estimular o desenvolvimento da 
aprendizagem. O psicopedagogo pode utilizar recursos como jogos, desenhos, 
brinquedos, brincadeiras, conto de histórias, computador e outras situações que 
forem oportunas. 
Compreender o que é intervenção é o primeiro passo na elaboração de 
uma proposta de intervenção, etimologicamente a palavra intervenção vem de 
intervir, que significa “colocar-se no meio”, “interferir”, “mediar”. Assim, a 
intervenção pode ser entendida como a intervenção do profissional da 
psicopedagogia na aprendizagem e/ou no desenvolvimento de um sujeito que 
está enfrentando dificuldades. 
O processo de intervenção tem uma relação intrínseca com o diagnóstico, 
pois uma intervenção eficaz depende de um diagnóstico bem elaborado, assim, 
a importância da avaliação psicopedagógica para direcionar as práticas que 
serão desenvolvidas durante o processo de intervenção. 
Importante elaborar um planejamento de sua intervenção, desenvolvendo 
um projeto, contendo a queixa, os objetivos que pretendem e os recursos que 
pretende utilizar para o tratamento dos problemas de aprendizagem. 
A atuação psicopedagógica na intervenção tem como possibilidades tirar 
o sujeito do lugar estereotipado e torná-lo único, abrindo possibilidades de 
mudanças a partir da diferenciação. Deve resgatar o prazer de aprender e 
construir junto com a família e o sujeito estratégias para o desempenho de sua 
aprendizagem. 
Evidencia-se, assim, a contribuição da psicopedagogia para o resgate da 
autonomia, do prazer, da criatividade e da vontade em aprender por indivíduos, 
antes com síndromes e outras dificuldades. 
 
 
 
 
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TEMA 5 – INFORME PSICOPEDAGÓGICO: UM ESTUDO DE CASO 
CLÍNICO 
Segue um relato adaptado de uma avaliação psicopedagógica clínica por 
Lindomara C. Abreu 
INFORME PSICOPEDAGÓGICO CLÍNICO 
I. DADOS DO AVALIANDO 
Nome: A.L.M. 
Data de Nascimento: 5 de fevereiro de 2003 
Idade na Avaliação: 9 anos 
No: 3º ANO 
II. MOTIVO DA AVALIAÇÃO 
Queixa escolar: Segundo a professora “O aluno apresenta dificuldade com a 
leitura e escrita com ênfase na ortografia”. 
Queixa familiar: Durante o diálogo com a mãe, foi possível perceber sua 
preocupação com a dificuldade da leitura e escrita. 
III. PERÍODO DE AVALIAÇÃO E NÚMERO DE SESSÕES 
A avaliação teve início: dia 02 de abril de 2012 
Término em: dia 27 de abril de 2012, (total de 12 sessões), assim descritos: 
1ª sessão: Entrevista com os pais; 
2ª sessão: Entrevista com a professora e registro da queixa; 
3ª sessão: Anamnese com a presença da mãe; 
4ª sessão: Informação social; 
5ª sessão: EOCA; 
6ª sessão: Provas piagetianas; 
7ª sessão: Provas piagetianas; 
8ª sessão: Provas projetivas; 
9ª sessão: Prova de leitura com imagem e sem imagem, ditado tipológico; 
10ª sessão: Provas pedagógicas envolvendo leitura e escrita; 
11ª sessão: Provas pedagógicas envolvendo matemática; 
12ª sessão: Tabela de Snellen/Análise do material escolar; 
IV. INSTRUMENTOS UTILIZADOS 
– Anamnese; 
– Informação social e ditado topológico; 
– EOCA – entrevista operativa centrada na aprendizagem; 
 
 
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– Provas piagetianas: conservação de quantificação da matéria; conservação de 
volume; classificação de inclusão de classes; seriação de pequenos conjuntos 
discretos de elementos; 
– Provas projetivas: parelha educativa: escolar e consigo mesmo; 
– Leitura com imagem, leitura sem imagem; 
– Provas pedagógicas envolvendo leitura e escrita; 
– Tabela de Snellen; 
– Análise do material escolar; 
V. ANÁLISE DOS RESULTADOS 
1- ÁREA PEDAGÓGICA 
Leitura: O educando não apresentou dificuldades para ler pequenos textos e 
palavras com caixa-alta. Postura, tom de voz e interpretação foram adequadas. 
O educando apresenta dificuldade para ler caixa-baixa, pois ele aproxima o livro 
na frente do rosto com algumas pausas, e gaguejava às vezes. 
Escrita: Seus textos não apresentam coerência e organização lógica; porém 
observam-se falhas ortográficas e de pontuação. Ele inicia a frase e nome 
próprio com letra minúscula apresentando trocas esporádicas em alguns 
fonemas como: lh/nh – m/n – c/s. 
Matemática: O educando assimila as unidades, dezenas e centenas, somas 
simples, diminuição simples. Apresenta dificuldades na multiplicação e divisão 
simples. 
Na geometria ele reconhece as figuras geométricas como círculo, quadrado, 
triângulo, retângulo. Assim, é necessário resgatar ou ensinar os conceitos lógico-
matemáticos aplicados da caixa operatória. 
2- ÁREA COGNITIVA: O educando apresenta bom nível cognitivo, alcançandonas provas piagetianas nível 3, demonstrando aquisição estável de noção, de: 
identidade, reversibilidade e compreensão, com argumentação. 
3- ÁREA AFETIVO-SOCIAL: Aparentemente, os vínculos afetivos e sociais em 
relação ao educando são de carência por parte da família. Nesse sentido, M.S.C. 
necessita de um referencial familiar para que se sinta seguro em seu processo 
de desenvolvimento cognitivo e afetivo. 
4- PSICOMOTORA: Por meio das atividades realizadas, aparentemente o 
educando apresenta uma boa coordenação motora, principalmente no que tange 
à noção de espaço. Quanto à lateralidade, o educando é destro para escrever e 
a sua dominância do corpo é a lateralidade esquerda. Porém, para algumas 
 
 
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atividades ele usa a lateralidade direita. Nesse sentido, necessita de um trabalho 
direcionado à área motora que envolva a escrita e uma investigação mais 
minuciosa. Foi descartada a possibilidade de dificuldades visuais após a 
aplicação do exame da Tabela de Snellen. 
5. PROGNÓSTICO: 
O educando possui bom nível intelectual, porém necessita maior estimulação 
frente às atividades que envolvem leitura e escrita das letras cursivas, fato que 
precisa ser investigado com mais tempo, assim como deve ser investigado o 
processo pedagógico ao qual está submetido a sua aprendizagem na escola em 
que está regularmente matriculado, com o objetivo de minimizar ou superar os 
obstáculos que desencadearam essa situação. Não se pode esquecer de que a 
referida criança entrou na escola sem frequentar a Educação Infantil, 
encontrando-se atualmente em um nível alfabetização não correspondente a que 
se espera para a sua faixa etária. 
INDICAÇÕES: 
1- À FAMÍLIA 
a-Horário de estudo; 
b- Momentos de lazer; 
c- Momentos em família; 
2- À ESCOLA 
a- Juntamente com a família, decisões sobre o processo de aprendizagem do 
educando, viabilizando conhecimento sistematizado a ele. Aumentando-se esse 
vínculo entre escola e pais, para a responsabilidade no aprendizado de M.S.C. 
b- Aulas de apoio para atender o educando com uma reeducação da escrita 
cursiva e leitura para verificar como está o processo de coordenação da 
lateralidade dominante. 
PARECER DIAGNÓSTICO CLÍNICO: 
Ao desenvolver o presente trabalho e subsidiado, também, pelo levantamento 
de dados escolares do educando, por meio de conversas com a professora 
regente e a aplicação dos instrumentos investigativos, conclui-se que o 
educando na área cognitiva, apresenta bom nível de desempenho; na área 
afetiva, ausência de um referencial familiar, que o torne apto para a vida 
cotidiana. Constatou-se que os obstáculos em seu desempenho de 
aprendizagem provavelmente são de ordem funcional e pouca estimulação 
 
 
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ambiental. Sendo que, o educando tem o desejo de aprender e anseia superar 
as suas dificuldades. 
Cidade, ____/____/ 2012. 
Assinatura___________________________________________________ 
Fonte: ABREU, L. C. Psicopedagogia clínica: relatório de estágio de psicopedagogiaclínica. 1 
jun. 2015. Disponível em: <https://lindomarapsicopedagoga.wordpress.com/psicopedagogia-
clinica/>. Acesso em: 7 jun. 2019. 
NA PRÁTICA 
Suponha a seguinte situação: você optou por trabalhar no campo da 
psicopedagogia clínica e está diante de um sujeito com as especificidades: a) 
sexo masculino; b) tem 10 anos de idade; c) está retido pela terceira vez no 
segundo ano, do ensino fundamental; d) apresenta como queixa: não 
compreende leitura e escrita; troca de letras com grafia semelhantes, tanto na 
leitura quanto na escrita; tem dificuldade com lateralidade; se esquiva das aulas 
de Educação Física; no recreio, procura cantinhos para “ficar escondido”; ao 
escrever, começa com letras grande e vai diminuindo logo em seguida; seu 
material escolar é desorganizado. 
FINALIZANDO 
Nesse momento, compreendemos sobre a síntese diagnóstica realizada 
logo após a coleta de dados na avaliação psicopedagógica. Aprendemos a 
elaborar o informe psicopedagógico, seguindo um modelo e uma experiência 
prática. Identificamos a importância da entrevista devolutiva e, finalmente, 
realizar um projeto de intervenção. 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
BARBOSA, l. M. S. Intervenção psicopedagógica no espaço da clínica. 
Curitiba: Ibpex, 2010. 
BOSSA, N. A. A. Psicopedagogia no brasil: contribuições a partir da prática. 
Porto alegre: Artes médicas, 2000. 
PAIN, S. Diagnóstico e tratamento e os problemas de aprendizagem. Porto 
alegre: Artmed, 1985. reimp. 2008. 
WEISS, M. L. L. Psicopedagogia clínica: uma visão diagnóstica dos problemas 
de aprendizagem escolar. Rio de Janeiro, DP&A, 2003.