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das
A
Gabarito
utoatividades
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Prof.ª Eliane Dalmora
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GABARITO DAS AUTOATIVIDADES DE
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
UNIDADE 1
TÓPICO 1
1 Observe o conceito de EA e educação ecológica, justificando por 
que a Educação Ambiental é mais do que uma disciplina derivada da 
Biologia.
R.: Na proposta da Conferência de 1972, a Educação Ambiental deixa de ser 
uma educação ecológica com atribuição restrita aos professores de Ciências 
e Biologia, na qual era definida como a ciência que ensinava a conservação, 
as relações dos seres vivos entre si e destes com o mundo. Com uma 
visão mais abrangente, a Educação Ambiental passa a ser referenciada 
pelas contribuições múltiplas das ciências, em especial pela perspectiva 
que integra uma rede de relações sociais, culturais e naturais (CARVALHO, 
2004). A Educação Ambiental é mais do que uma disciplina derivada da 
Biologia, porque a Educação Ambiental assume sua maioridade em relação 
à Biologia. As questões ambientais, para serem compreendidas, dependem 
das contribuições da Física, Química, Biologia e Socioeconomia, entre outras 
áreas do conhecimento. Constitui-se a leitura dos modos de apropriação 
social dos recursos naturais, numa perspectiva sistêmica. A perspectiva 
sistêmica busca identificar todos os componentes da realidade, compreender 
as interações, retroações, emergências e imposições que ocorrem entre os 
componentes (MORIN, 1977). A abordagem é adequada para compreender as 
questões que não estão vinculadas a uma área específica do conhecimento. 
Refere-se a fenômenos naturais ou sociais que não são somente biológicos, 
econômicos ou religiosos, mas resultam da interação de todos estes campos. 
2 Faça uma síntese da evolução da EA e explique a importância 
dos encontros internacionais na promoção do desenvolvimento 
sustentável.
R.: Em 1975, ocorre, em Belgrado, o Workshop em Educação Ambiental, 
promovido pela UNESCO. A Carta de Belgrado define os princípios e as 
orientações para um programa internacional de EA e se tornou um documento 
de referência para a questão ambiental. Questiona a natureza fragmentária. 
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Faz, além disso, um chamamento às responsabilidades individuais quanto 
ao uso dos recursos e aos estilos de vida, clamando por uma ética global. 
Questiona, também, as bases de consumo entre nações ricas e pobres. 
Em 1977, em Tbilisi (na Geórgia), realiza-se a I Conferência Intergovernamental 
sobre Educação Ambiental, organizada pela UNESCO/Pnuma (Programa 
das Nações Unidas para o Meio Ambiente). Institui-se, então, a primeira 
fase do Programa Internacional de Educação Ambiental, acordado em 
1975, pela Unesco/Pnuma. Na ocasião, estabelece-se a permanência, 
a multidisciplinaridade e a integração dos conteúdos às questões do 
local. Também são definidos os objetivos, características e estratégias de 
implementação da EA.
Em 1980, em Budapeste, na Hungria, a UNESCO promove o Seminário 
Internacional sobre o Caráter Interdisciplinar da EA no ensino de Primeiro e 
Segundo Graus. 
A expressão Educação Ambiental (Environmental Education) é cunhada, 
pela primeira vez, na Inglaterra, em 1965, sendo indicada nas escolas como 
integrante da educação geral e atribuição de todas as disciplinas afins. 
(DIAS, 2004). Em 1968, na Conferência de Educação, realizada na Grã-
Bretanha, funda-se a Sociedade para a Educação Ambiental. Já em 1970, 
nos Estados Unidos, é implementada a Lei sobre Educação Ambiental. Em 
1972, uma equipe de pesquisadores coordenados por Dennis e Donella 
Meadows publica o relatório Limits to growth. Na ocasião, em Estocolmo, é 
realizada a Conferência das Nações Unidas para o meio ambiente. A ideia 
de desenvolvimento sustentável começa a ser estruturada ao se reforçar as 
dificuldades das nações do Sul em seguirem os padrões de desenvolvimento 
dos países do Norte. Mais especificamente, a conferência apresenta, na 
recomendação nº 96, que a Educação Ambiental (EA) é essencial para a 
formação de uma nova consciência planetária e para ampliar o compromisso 
no combate à crise mundial. 
Os encontros internacionais destacados no Caderno de Estudos tiveram 
a importância de definir a abrangência da EA e a difusão de uma proposta 
que foi gradativamente estruturada, tendo a contribuição de pesquisadores, 
ambientalistas, ativistas políticos e educadores das mais diversas nações. 
São estabelecidos os princípios da EA e os espaços escolarizados e 
não escolarizados responsáveis pela sua promoção. As conferências de 
Belgrado e de Tbilisi foram um marco na definição da EA como um processo 
multidisciplinar, permanente, presente em todos os níveis de ensino, inclusive 
na formação profissional. A proposta de EA é finalizada com as contribuições 
da Carta da Terra e do Tratado de Educação Ambiental para Sociedades 
Sustentáveis e Responsabilidade Global. 
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3 Defina a educação como responsável pela formação de cidadãos 
críticos e atuantes, corresponsáveis pela sustentabilidade planetária. 
Resposta primeira: o objetivo maior da Educação Ambiental é a formação de 
um novo olhar do mundo e um pensar diferente, constituinte de uma grande 
solidariedade planetária, ou seja, o desenvolvimento sustentável que visa à 
promoção da vida; o equilíbrio dinâmico; a sensibilidade social e a consciência 
planetária. Também, a EA tem como objetivo ajudar a sociedade a superar 
o analfabetismo ambiental.
Resposta segunda: a finalidade da EA é edificar os pilares das sociedades 
sustentáveis que envolvem a colaboração dos sistemas sociais para 
incorporar a dimensão ambiental nas suas atividades de produção e consumo, 
nos sistemas jurídicos que consolidam normas e condutas e no sistema 
político-cultural que consolida os espaços democráticos.
Cabe à Educação Ambiental ajudar a sociedade a superar o analfabetismo 
ambiental, que consiste no desconhecimento ou ignorância dos problemas 
ambientais, das ameaças da (in)sustentabilidade dos ecossistemas e da 
própria condição de vida da humanidade (DIAS, 2004). O objetivo maior da 
Educação Ambiental é ousado, por pressupor um novo olhar do mundo e um 
pensar diferente, constituinte de uma grande solidariedade planetária. Em 
síntese, a Educação se integra à proposta do desenvolvimento sustentável 
visando à promoção da vida, ao equilíbrio dinâmico, à sensibilidade social e 
à consciência planetária.
Atualmente, a Educação Ambiental é, efetivamente, apresentada como 
necessária para todas as nações, devendo ser permanente na formação 
do cidadão e presente em todos os níveis de ensino. Desde as primeiras 
formulações, projetos e experiências foram se configurando e originaram um 
amplo coletivo de educadores, que tem feito diferença no modo como cada 
cidadão convive e se apropria dos recursos naturais.
4 Escreva sobre a responsabilidade dos educadores e os possíveis 
impasses para desenvolver a educação ambiental nas escolas.
R.: O PRONEA sugere as seguintes formas de atuação para o educador 
ambiental na educação não formal:
• Influenciando no planejamento das políticas públicas, participando dos 
espaços participativos (conselhos, fóruns, comitês).
• Promovendo a transversalidade da questão ambiental, disseminando-a nos 
diferentes setores da gestão pública e privada (secretarias de obras, turismo, 
saneamento, saúde, educação, urbanismo, agricultura, indústria e comércio).
• Construindo e implementando a Agenda 21, nas mais diversas esferas de 
atuação (município, escolas, nações e regiões).
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• Estimulando a formação, qualificação e aperfeiçoamento em Educação 
Ambiental dos trabalhadores e da população em geral.
• Realizando diagnósticos socioambientais, inserindo matrizes de 
acompanhamento e monitoramento dos impactosambientais gerados pelos 
empreendimentos.
Impasses: desvalorização do educador, formação fragmentária, ausência 
de capacitações, ausência de planejamento integrado nas escolas, 
desvalorização do profissional da educação, educação bancária, entre outras.
5 Apresente os princípios que orientam as novas relações sociedade/
natureza, destacando as possíveis dificuldades para a sua efetiva 
concretização.
R.: Visando consolidar uma proposta de caráter universal, coesa e coerente 
com a proposta do desenvolvimento sustentável, são definidos os princípios 
da Educação Ambiental, resumidos a seguir:
a) A EA é um direito de todos. Visa formar cidadãos com consciência global e 
planetária e respeito à soberania dos povos (recupera, reconhece e respeita 
a história indígena e culturas locais, promovendo a sociobiodiversidade). 
Dificuldade: relações capitalistas sempre levam à desigualdade, globalização 
da economia acaba com as culturas e as especificidades de cada local.
b) A base é o pensamento crítico e inovador, em qualquer tempo e lugar 
(da educação formal a não formal), integrando conhecimentos, aptidões, 
valores, atitudes e ação. Dificuldade: tendências educacionais que ficam na 
educação bancária, da repetição, do ajuste social e da alienação. Sociedade 
de massas sem criticidade. 
c) A EA é um ato político e de transformação social com o desenvolver do 
pensamento crítico e inovador. Dificuldade: repete-se a visão de formar para 
adestrar, com conteúdos sem relação com a realidade e o debate político e 
da sociedade.
d) A abordagem pressupõe o conhecimento holístico e sistêmico, com caráter 
multi e interdisciplinar. Dificuldade: divisão do conhecimento em disciplinas, 
sem planejamento integrado entre educadores e currículo desconectado, 
sem transversalidade. 
e) Os valores a serem preconizados são relativos à solidariedade, à igualdade 
e à democracia - como participação equitativa nos processos de decisão 
política. Dificuldade: democracia é lenta no Brasil, sem cultura política para 
participar, cidadania não é ativa. 
f) O objetivo é promover a cultura da paz, da cooperação, do diálogo e da 
austeridade feliz (consiste no atendimento igualitário às necessidades básicas, 
combatendo a fome de muitos e o consumismo das populações ricas). 
Dificuldade: reprodução da violência em todas as esferas da sociedade. 
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g) A comunicação é um processo democrático e visa à emancipação da 
informação, opondo-se às tentativas de uso dos meios como forma de 
dominação e alienação política e cultural. Dificuldade: assim como na 
educação, predomina a comunicação unilateral, próximo ao difusionismo.
h) A abordagem é da ética do respeito a todas as formas de vida, valorizando 
e conservando a dinâmica, diversidade e a integridade de seus ecossistemas 
(GADOTTI, 2004). Dificuldade: sociedade antropocêntrica tende a não 
considerar o direito das demais formas de vida em existir. 
6 A preocupação com o ensino de “bons comportamentos” está 
presente nos objetivos de muitos educadores. Quais os problemas 
que esta postura pode originar? 
R.: Ao se estabelecer parâmetros de inserção para a EA, pretende-se romper 
com uma visão ingênua e até mesmo simplista da questão ambiental, a qual 
tende a banalizar a sua inserção nos planos educacionais, como ressalta 
Carvalho (2004, p.152): “a Educação Ambiental passou a ser usada como 
termo genérico para algo que se aproximaria de tudo o que pudesse ser 
acolhido sob o guarda-chuva de boas práticas ambientais”. Sem a definição 
dos princípios éticos que balizam as relações da sociedade com a natureza, 
os educadores podem banalizar sua proposta em comportamentos esparsos 
restritos, descontextualizados da própria complexidade da problemática 
ambiental (sistêmica e global). Acabam apontando a atos isolados, tais 
como: atitudes de separação de lixo doméstico, plantio de árvores, mutirões 
de limpeza de rios e áreas públicas, redução do consumo individual de água 
e resíduos. Sem critérios claros do que seriam “os bons comportamentos” é 
elencado um conjunto de temas que se repetem em distintas realidades, sem 
gerar questionamentos mais amplos sobre as reais questões da crise ecológica, 
a origem do problema e as responsabilidades quanto a possíveis soluções.
Visando superar a aplicação inicial da educação ecológica, começa a se 
estruturar uma nova roupagem, resultado de experiências, reflexões e 
pesquisas efetivadas nas mais diversas situações pedagógicas e nações. 
Como resultado: um ensino moralizante não garante a continuidade de 
ações por falta de compreensão das bases que estruturam o comportamento 
buscado, fica sujeito a outras influências, sem chegar às causas do problema. 
Paralelamente, impactos ambientais se replicam, se conjugam e se estendem 
pelos continentes, gerando preocupações no campo acadêmico, político 
e social. Torna-se consensual a necessidade de redefinir as formas como 
conscientemente a economia capitalista e a sociedade armamentista e tecnológica 
geram impactos, comprometendo a existência da vida no planeta Terra. 
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TÓPICO 2
1 Faça uma síntese dos artigos mais importantes da Lei no 9.755/99, 
comentando sobre possíveis impasses para implementar os 
pressupostos legais. 
R.: Não estabelece limites nem de idade nem de gênero, etnia, raça, religião 
ou outra categoria, devendo estar presente, de forma articulada, em todos 
os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não 
formal (art. 2º, da Lei nº 9.394). Como parte do processo educativo mais 
amplo, todos têm direito à Educação Ambiental, incumbindo: ao poder 
público definir políticas públicas que incorporem a dimensão ambiental, 
promover a Educação Ambiental em todos os níveis de ensino e o engajamento 
da sociedade na conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente; às 
instituições educativas, promover a educação ambiental de maneira integrada aos 
programas educacionais; às empresas, entidades de classe, instituições públicas 
e privadas, promover programas destinados à capacitação dos trabalhadores; à 
sociedade como um todo, manter atenção permanente à formação de valores, 
atitudes e habilidades que propiciem a atuação individual e coletiva voltada para 
a prevenção, a identificação e a solução de problemas ambientais. 
No Brasil, a regulamentação da EA se efetivou com a instituição da Política 
Nacional do Meio Ambiente, prevista na Lei nº 6.938/81, de 31/08/81. O Artigo 
2º, inciso X destaca a “Educação Ambiental a todos os níveis de ensino, 
inclusive a educação da comunidade”; a Constituição Federal de 1988 reitera 
a necessidade da EA a todos os cidadãos. Já o Decreto nº 4.281, de 25/06/02, 
detalha as competências, atribuições e mecanismos definidos para a PNEA. 
Impasses: muitas ações têm sido pouco incisivas ou sem a continuidade 
que a política pública poderia garantir. Isto é resultado da própria situação 
de precariedade enfrentada pela educação pública brasileira, traduzida em 
investimentos insuficientes e o estilo de formação dos licenciados, cuja 
atuação se restringe a repassar conteúdos, sem refletir sobre o planejamento 
mais amplo e o propósito do ato de ensinar. Como resultado, a postura 
do profissional educador está aquém do enfrentamento aos desafios da 
educação do mundo contemporâneo. Uma sociedade da informação dual 
marcada, por um lado, pelo estudante com acesso amplo e ilimitado às novas 
tecnologias da informação e, do outro, o estudante excluído, enfrentando 
níveis de analfabetismo dados pelas novas formas de desigualdade social 
e educacional.
2 No Brasil, a legislação, muitas vezes, tende a regular as situações 
ideais sobre a forma como a sociedade deve proceder. Porém, no 
campo ambiental há grande distanciamento entre os princípios legais 
e a sua execução efetiva. Como a consulta participativa na elaboração 
do PRONEA pode ajudara solucionar estes impasses? 
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R.: A Política Nacional de Educação Ambiental está se consolidando no 
Brasil como resultado da organização em rede dos educadores ambientais 
na busca pela aprovação da Lei de Educação Ambiental, bem como sua 
regulamentação e divulgação nos mais diversos territórios e instâncias 
educacionais. A Educação Ambiental é assumida como permanente, 
democrática, interdisciplinar e sistêmica. Seus propósitos são ousados, 
por sugerir uma práxis educativa, de formação humanista para sociedades 
sustentáveis, de responsabilidade local/global e intergeracional. Sugere 
a redefinição das bases de consumo e produção, buscando redefinir 
consciências e o compromisso compartilhado das empresas, governos, 
educadores e meios de comunicação. 
3 Em que consiste o planejamento educacional numa perspectiva 
processual?
R.: O art. 1º da Lei da EA define como um processo por meio do qual 
o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, 
habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio 
ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida 
e sua sustentabilidade. Entendida como processo, a EA terá abertura para 
a construção de relações, distanciando-a da proposta de gerar um produto 
único, onde as pessoas são treinadas, capacitadas ou formadas para 
assumirem comportamentos tidos como os mais adequados para com o meio 
ambiente. A preocupação é de gerar possibilidades; de elaborar e reelaborar 
programas amplos de educação; coadunada com as próprias mudanças 
nas relações da sociedade com o conhecimento e as configurações mais 
contemporâneas de ensino/aprendizagem. Enquanto processo, e não um 
produto preestabelecido, a educação pode ser atualizada no seu tempo e no 
espaço. No espaço, considera-se que as sociedades locais são ora resultado 
de um território e ora estruturantes deste território, resultando em dinâmicas 
específicas de uso e apropriação dos recursos naturais. 
Neste contexto, um programa de Educação Ambiental começa com 
a investigação da realidade apresentada em cada sociedade e visa 
problematizar as relações instituídas no meio ambiente, seja na esfera do 
trabalho, no espaço doméstico ou no lazer. Como nos indica Freire (1987, 
p. 68) “ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se 
educam entre si, mediatizados pelo mundo”. 
4 Quais são as contribuições de Paulo Freire para uma proposta de 
educação voltada para a formação de novos valores de sociedade e 
sua relação com o ambiente? 
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R.: Como eixo norteador de sua prática pedagógica, é possível a formação 
ética dos educadores, conscientizando-os sobre a importância de estimular o 
educando a uma reflexão crítica da realidade em que está inserido. Ao abordar 
a questão ambiental na educação, há que se considerar sistemicamente 
as relações entre o global e o local que ora se distinguem e ora interagem 
e interatuam, como refere o art. 4o da Lei nº 9.795, que define para a EA 
uma abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais, 
nacionais e globais. A tendência da educação foi de apresentar os problemas 
sociais e ambientais, sem situá-los espacialmente e socialmente; eram 
problemas distantes da realidade do educando, tornando o processo ensino-
aprendizagem sem foco de interesse. O conteúdo ministrado é apreendido 
mecanicamente, como uma informação curiosa, mas que não gera um debate, 
uma compreensão significativa e uma conexão com a sua própria vida, 
capaz de suscitar um questionamento sobre o estilo de desenvolvimento, o 
compromisso da sociedade e dos indivíduos quanto à degradação ambiental 
em curso. De outro lado, ao localizar um problema, situando-o no contexto 
do educando, perde-se a universalidade da questão ambiental no mundo 
contemporâneo, simplificando a questão com soluções pequenas e individuais 
de comportamentos, no qual são descolados.
5 Por que a EA valoriza uma formação de um agente ativo, capaz de 
decisão política e de exercício da cidadania? 
R.: A Educação Ambiental visa lançar questionamentos sobre a forma como 
os indivíduos e as coletividades se posicionam neste mundo, gerando 
profundas transformações nas condições de vida do planeta Terra. Ao 
propor a contextualização do cotidiano, a dialogicidade, a relação da teoria 
com a prática, o objetivo da proposta de Paulo Freire é passar de uma visão 
de mundo baseada no senso comum para uma visão crítica da realidade, 
capaz de estimular a transformação, gerando-se então uma ação pedagógica 
fundamentalmente libertadora. A educação é o lócus da reflexão, o que implica 
relacionar o mundo vivido e as experiências cotidianas às teorias.
6 A perspectiva da práxis pedagógica é amplamente conhecida entre os 
educadores, porém poucos fazem a opção por esta proposta. Quais os 
possíveis esforços pessoais e mudanças institucionais para que os 
educadores optem pela proposta freiriana de ensino-aprendizagem? 
R.: Os educadores devem rever suas concepções de ensino-aprendizagem 
e sua ação imitativa, sem deixar explícitas suas intencionalidades na prática 
pedagógica.
Compreender criticamente a realidade dos problemas ambientais envolve 
uma leitura da realidade local, mas interpretada sob referenciais teóricos mais 
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amplos proporcionados pela Pedagogia da Autonomia e da Libertação (ver 
Figura 2), como ressalta Paulo Freire na obra Pedagogia da Autonomia (2002). 
Esta perspectiva se distancia da educação adestradora, cujo aprendizado 
ocorre por condicionamento de respostas operantes, apresentada por 
Burrhus F. Skinner. Entende-se que o comportamento é ensinado por meio de 
esforços imediatos e contínuos a uma resposta aos estímulos, que induzirão 
o indivíduo a ter a resposta cada vez mais adequada. A fundamentação deste 
entendimento está nos experimentos realizados com animais em laboratórios, 
nos quais identifica respostas do tipo reflexo, condicionadas ou não, que 
são emitidas devido a estímulos sensoriais, como a salivação em resposta 
à comida e a contração da pupila diante da luz.
TÓPICO 3
1 Com base no questionamento apresentado pelo texto: “O que 
aprendeu hoje na escola?”, faça as seguintes atividades: 
a) As instituições de ensino que você compartilha (seus amigos, irmãos, 
filhos ou sobrinhos) têm superado esta visão de mundo acrítica, descolada 
da natureza socioeconômica e política tão presente na sociedade 
contemporânea?
Resposta Pessoal. Na minha instituição não há clareza quanto ao 
posicionamento que o professor das ciências sociais em especial deve ter. 
Não há uma proposta político-pedagógica que defina o perfil do estudante 
que se almeja. Não se discutem as abordagens, nem os currículos com base 
em um objetivo maior definido no grupo. O currículo muda, os regimentos 
também, mas sem gerar reflexões sobre os impasses da formação dos 
conteúdos desencaixados da realidade. 
b) Perceba que a escola, ao passar as informações de modo positivo, 
acaba construindo uma falsa impressão de realidade, marcando um mundo 
idealizado de ordem e progresso conferido por atuações nem sempre 
democráticas, dando inclusive uma falsa impressão de liberdade, paz, ética 
na política, respeito à hierarquia e status social. Faça um comentário sobre 
esta afirmação destacando o quanto estes ensinamentos reafirmam o status 
social de uma sociedade marcada pelas desigualdades, o clientelismo político, 
a reprodução da violência e a alienação social.
R.: Ao considerar o mundo sem problemas, as pessoas não se mobilizam 
para reivindicar direitos, por simplesmente não se perceberem como parte 
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do problema, acreditam no mundo com a teoria que aprenderam, sem 
conflitos, sem impactos.Gera um sentido de acomodação das pessoas e 
uma falsa impressão de realidade. Desmobiliza para não pensar nas questões 
fundamentais da realidade, romantizando-a e não preparando as pessoas 
para enfrentar o mundo e atuar como agente de transformação social, capaz 
de identificar as relações de exploração e injustiças sociais. 
c) Como estes ensinamentos positivos e acríticos podem estar distantes dos 
propósitos da Educação Ambiental?
O que aprendeu hoje na escola?
Que aprendeu hoje na escola, 
Querido filhinho meu?
Que aprendeu hoje na escola, 
Querido filhinho meu?
Aprendi que Washington nunca mentiu, 
Aprendi que um soldado quase nunca morre,
Aprendi que todo mundo é livre, 
Foi isso que o mestre me ensinou,
E foi o que aprendi hoje na escola, 
Foi o que na escola eu aprendi.
Que aprendeu hoje na escola, 
Querido filhinho meu?[...]
Aprendi que o policial é meu amigo, 
Aprendi que a justiça nunca morre,
Aprendi que o assassino tem o seu castigo,
Mesmo que a gente se equivoque às vezes,
E foi o que aprendi hoje na escola, 
Foi o que na escola eu aprendi.
Que aprendeu hoje na escola, 
Querido filhinho meu?[...]
Aprendi que o nosso governo deve ser forte,
Que está sempre certo e nunca erra,
Que os nossos chefes são os melhores do mundo
E que os elegemos uma e outra vez,
E foi o que eu aprendi na escola,
Foi o que na escola eu aprendi.
Que aprendeu hoje na escola, 
Querido filhinho meu? [...]
Aprendi que a guerra não é tão ruim assim,
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Aprendi sobre as grandes em que entramos,
Que lutamos na França e na Alemanha,
E que, talvez um dia, eu tenha uma chance,
E foi o que eu aprendi na escola,
Foi o que na escola eu aprendi.
*Neil Postman e Charles Weingartner. Trad. Álvaro Cabra
FONTE: Disponível em: <http://professoreducacional.blogspot.com/2010_10_01_archive.html>. 
Acesso em: 24 mar. 2011.
R.: A questão ambiental tem a política como a responsável por grandes 
impactos gerados, como o caso de desmatamentos legalizados pelos 
parlamentares, construção de usinas atômicas como modelo de crescimento 
do setor energético, estradas em áreas de conservação. Enfim, uma educação 
que simplifica a realidade histórica e social da sociedade, reproduz a posição 
acrítica do cidadão, que não se responsabiliza, nem se sensibiliza. Trata os 
problemas de forma superficial, sem compreender as causas e os riscos 
imbuídos nas tecnologias. Não há como pensar que se realiza a EA numa 
escola dessa natureza. 
 
2 Defina os coletivos jovens, destacando a importância da participação 
social na consolidação de novos compromissos da sociedade com 
o meio ambiente. 
R.: Consiste na formação de educandos (coletivos jovens) para a participação; 
constituição de Conselhos de Meio Ambiente e Qualidade de Vida nas 
Escolas, estabelecendo o controle social da Educação Ambiental na escola 
e a implementação da Agenda 21 Escolar, dando suporte a atividades 
curriculares e extracurriculares das escolas para construir projetos coletivos 
de intervenção transformadora, incluindo a pesquisa-ação e a formação de 
um banco de dados. 
Busca-se uma formação com base nos princípios ecológicos, visando à 
compreensão real da dinâmica de interações possíveis nos ecossistemas 
livres da manipulação planejada para os desígnios humanos. A EA, ao realizar 
a alfabetização ecológica, estimulará a consciência ecológica, que vincula os 
jovens em redes de cooperação solidária engajadas nas questões ambientais.
TÓPICO 4
1 Comente a afirmativa: “Na educação de adultos, a realidade do 
educando é o ponto de partida para se estruturar o processo de 
aprendizagem”. 
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R.: Ao trazer para os conteúdos de aprendizagem temas do contexto ou 
situações que fazem parte do universo de preocupações do educando, coloca-
se a própria complexidade da realidade em debate, o que não se encaixa 
nas abordagens cartesianas que tendem a compartimentalizar, fragmentar e 
afastar o conteúdo a ser apreendido da realidade de vida de quem aprende.
Além disso, quando os conteúdos tratam de ecossistemas ou situações em que 
o educando não se identifica, não há o chamado para a responsabilidade e, 
portanto, se distancia de uma educação para a cidadania. Esse deslocamento 
de realidade resulta no desinteresse do educando pelo espaço escolar ou 
no descolamento dos conteúdos de ensino às aplicações do que fazer no 
cotidiano é um dos grandes motivadores da evasão escolar. Ao se dissociar 
o conteúdo da realidade social e o mundo do trabalho, o aprender perde o 
sentido para as classes populares que apresentam muitas necessidades 
imediatas a serem satisfeitas. 
Freire apresenta uma grande contribuição para o paradigma da educação 
popular no Brasil e no mundo. Seus pressupostos de ensino-aprendizagem 
se baseiam no diálogo, na articulação da escola com a sociedade e no 
desenvolvimento da consciência crítica através da abordagem histórica. 
 
2 Como diagnosticar a realidade do educando para compor seus 
conteúdos de ensino? 
R.: O ponto de partida para o desencadeamento do aprendizado do educando 
requer o estudo da sua realidade, de como ele a percebe e a sente, o que vai 
além de um simples levantamento da situação local. Consiste num processo 
contínuo de problematização da realidade, englobando as dimensões política, 
econômica, social, cultural e ecológica como forma de busca de uma visão 
não fragmentada de mundo. 
Nesta forma de conhecer a realidade, as questões ambientais podem ser 
identificadas sem cair no erro da simplificação. 
Nas práticas de Educação Ambiental, o diagnóstico da realidade corresponde 
a duas etapas: a) sensibilização, onde é identificada a percepção espacial 
e temporal dos indivíduos e da sociedade sobre o ambiente local e global, 
e também se levanta quais são as representações sociais, as ideias de 
natureza que sustentam as práticas dos indivíduos com o meio ambiente; 
b) conhecimento e habilidades, onde o educador faz o levantamento 
(participativo) dos problemas ambientais que fazem parte do contexto dos 
estudantes e provoca a redefinição do problema na perspectiva da práxis 
pedagógica (interação dialética teoria/prática).
3 Explique como deveria ser a definição dos temas geradores para 
desencadear um trabalho de educação ambiental nas comunidades. 
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R.: O autor sugere que a aprendizagem se constitui mais facilmente, caso 
for utilizado o próprio universo vocabular do contexto do educando. Uma 
primeira tarefa do educador é compreender esse universo, identificando temas 
geradores e, assim, aproximando os conteúdos de ensino ao mundo vivido 
do educando. Na tematização, busca-se a representação de um aspecto 
da realidade, de uma situação existencial construída pelo educando que o 
interpreta e constitui significado. 
O cotidiano é o instrumental de leitura da realidade para que o indivíduo a 
compreenda e possa interferir sobre ela. A leitura do cotidiano é o início da 
abertura para a reflexão. Após seu reconhecimento, é preciso realizar um 
exercício de reflexão, como destaca Freire (1980): qualquer lugar em que 
tomo distância do contexto concreto exercemos uma reflexão crítica sobre a 
prática, temos nele um contexto teórico, uma escola no sentido radical que 
a palavra deve ter. 
4 Tendo como base a expressão de Simon Rodriguez (apud GUTIÉRREZ; 
PRADO, 1999), o que não se faz sentir não se entende, e o que não 
se entende não interessa, reflita sobre os seus momentos de maior 
entusiasmo de aprendizagem. Qual é a base teórica que destaca 
a importância do significado dos conteúdos trabalhados para o 
aprendizado? 
R.: Os conteúdos contextualizados dão sentido à caminhada do educando, 
ou seja, uma educação onde o sentimento, a intuição, a emoção, a vivência 
e a experiência são o móvel da formação do cidadão ativo e corresponsável.
As aprendizagensmais significativas podem envolver metodologias que 
envolvam o lúdico, tais como: práticas de laboratório e de campo, viagens 
técnicas, teatro, música, literatura, vídeos, debates e dinâmicas de grupo. 
O mais importante é o vínculo do conteúdo com as preocupações da realidade 
do educando. No caso da Educação Ambiental podem ser visitas a locais da 
cidade, como lixões, aterros sanitários, estações de tratamento de esgotos, 
parques, áreas verdes, propriedades rurais, entre outros. 
As experiências práticas desenvolvidas no mundo do trabalho constituem uma 
forma única de apreender habilidades e coordenação motora. Pode ocorrer 
na indústria, no comércio, na agricultura, nos serviços. 
Quanto à base teórica, a expressão educar é caminhar com sentido foi 
desenvolvida por Gutièrrez e Prado (1999) e, posteriormente, é reconfigurada 
no contexto da sociopoética desenvolvida por Jacques Gauther (CARVALHO, 
2004). 
5 Faça uma síntese das abordagens pedagógicas que influenciaram a 
obra de Paulo Freire. 
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R.: O pensamento de Paulo Freire pode ser relacionado com o de muitos 
educadores contemporâneos, a seguir enumerados: 
a) Célestin Freinet (1896-1966), um revolucionário educador francês, assim 
como Freire, acredita na capacidade de o aluno organizar sua própria 
aprendizagem.
b) Com Carl Rogers (1912-1987), apesar das divergências quanto à direção 
dos conteúdos, há pontos comuns no que diz respeito à liberdade de 
expressão individual, à crença na possibilidade de os homens resolverem, 
eles próprios, seus problemas, desde que motivados interiormente para isso.
c) Com Ivan Illich (1926), o filósofo austríaco, compartilha da crítica da escola 
tradicional burocrática que impede os educadores de se autodesenvolver e 
de se libertar da alienação das escolas. Porém, Paulo Freire, ao contrário 
de Illich, acredita na escola. Ela pode mudar e deve ser mudada, pois joga 
um papel importante na transformação social.
d) A influência de John Dewey (1859-1952) e seu discípulo Anísio Teixeira 
(1900-1971), se refere ao excessivo centralismo, ligado ao autoritarismo e ao 
elitismo da educação brasileira. O que a pedagogia de Paulo Freire aproveita 
do pensamento de John Dewey é a ideia de "aprender fazendo", o trabalho 
cooperativo, a relação entre teoria e prática, o método de iniciar o trabalho 
educativo pela fala (linguagem) dos alunos.
e) Há muita semelhança com Lev Vygotsky (1896-1934), o pedagogo russo, 
e o psicólogo suíço Jean Piaget (1896-1980). Apesar de Freire e Vygotsky 
terem vivido em tempos e hemisférios diferentes, a abordagem de ambos 
enfatiza aspectos das mudanças sociais e educacionais que se interpenetram. 
Enquanto Vygotsky enfoca a dinâmica psicológica, Freire se concentra no 
desenvolvimento de estratégias pedagógicas e na análise da linguagem. A 
teoria da escrita de Vygotsky contém uma descrição dos processos internos 
que caracterizam a produção das palavras escritas.
f) Paulo Freire estava de acordo com a tese de Piaget e insistia: necessitamos 
desenvolver a “curiosidade” do aprendiz para poder desenvolver o ato de 
aprendizagem. Piaget sustenta que aprendemos somente quando queremos 
e somente quando o que aprendemos é significativo para nós mesmos. 
Também o papel da ação é fundamental para o desenvolvimento da criança, 
porque é a característica essencial do pensamento lógico para ser operativo. 
g) O pensamento humanista de Freire foi inspirado no personalismo de 
Emmanuel Mounier (1905-1950) e pelo existencialismo (Martin Buber), pela 
fenomenologia (Georg Hegel) e pelo marxismo (Antonio Gramsci e Jürgen 
Habermas). 
6 Comente acerca da maneira como a escola e a comunidade podem 
promover a aprendizagem para que o cotidiano de cada um seja 
transformado.
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R.: A leitura do cotidiano é o início da abertura para a reflexão. Após seu 
reconhecimento é preciso realizar um exercício de reflexão, como destaca 
Freire (1983): qualquer lugar em que tomo distância do contexto concreto, 
exercemos uma reflexão crítica sobre a prática, temos nele um contexto 
teórico, uma escola no sentido radical que a palavra deve ter. Ao abrir-se 
para o universo do conhecimento, o sujeito começa a vislumbrar outras 
possibilidades e sempre novas necessidades de conhecer. O resultado é a 
construção da cidadania, coberta de uma nova consciência e um novo saber 
que o insere num contexto social mais amplo, assumindo uma consciência 
planetária de ser e de estar no mundo.
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 Defina desenvolvimento sustentável. 
R.: O desenvolvimento sustentável apresenta várias dimensões, conforme 
Sachs (2000): social (progresso no sentido da equidade e justiça social); 
cultural (conscientização e valorização dos ecossistemas, a integração 
dos povos e a não violência); do meio ambiente; de distribuição territorial 
equilibrada dos assentamentos e atividades humanas; econômica (visando 
a satisfação das necessidades humanas básicas); política (reconciliando 
e integrando o desenvolvimento com a conservação da biodiversidade, 
participação e autonomia).
2 Defina meio ambiente, ressaltando as consequências de uma 
definição que tende a ignorar a sua própria influência humana na 
transformação do meio ambiente. 
R.: São muitas as definições de meio ambiente, revelando que há um caráter 
difuso, com muitas possibilidades de entendimento de meio ambiente, 
abrangendo os mais diversos modos de pensar de cada sociedade. Portanto, 
para Reigota, meio ambiente é uma representação social.
As definições restritas excluem a influência dos componentes humanos do 
meio, o que leva à falsa ideia de que é possível a existência de ambientes 
naturais cuja dinâmica não é afetada pela ampla e definitiva interferência 
humana, em especial da sociedade industrial. 
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Para evitar esta visão, Jollivét e Pavé (1997, p. 65) definem meio ambiente 
como: 
 
O conjunto de meios naturais (milieux naturels) ou artificializados da ecosfera 
onde o homem se instalou e que ele explora, que ele administra, bem como o 
conjunto dos meios não submetidos à ação antrópica e que são considerados 
necessários à sua sobrevivência. Esses meios são caracterizados: por sua 
geometria, seus componentes físicos, químicos, biológicos e humanos e pela 
distribuição espacial desses componentes; pelos processos de transformação, 
de ação ou de interação envolvendo esses componentes e condicionando sua 
mudança no espaço e no tempo; por suas múltiplas dependências em relação 
às ações humanas; por sua importância tendo em vista o desenvolvimento 
das sociedades humanas. 
3 O que são representações sociais? Quais os tipos mais comuns de 
representações do meio ambiente?
R.: As representações sociais, conforme Reigota (1994, p. 70), são modos de 
pensar que orientam as condutas dos indivíduos na sociedade e equivalem 
a “um conjunto de princípios construídos interativamente e compartilhados 
por diferentes grupos que através delas compreendem e transformam a 
realidade”.
Algumas representações sociais de meio ambiente são categorizadas, 
segundo Sauvé (apud SATO, 2004), como: natureza (que devemos apreciar 
e respeitar); recurso (água, energia, resíduos, biodiversidade); problema 
(contaminação, danos ambientais, irregularidades climáticas, ameaças de 
destruição); meio de vida (a casa, o trabalho e seu entorno, tudo o que 
nos rodeia); sistema (ambiente como um grande sistema, os efeitos das 
transformações se inter-relacionam e não podem ser isolados); biosfera (visão 
de totalidade, da unidade cósmica e da unicidade da vida); projeto de vida 
(interdependência sociedade/meio ambiente, responsabilidade e capacidade 
de transformação socioambiental). 
4 Quando os educadores possuem o entendimento de meio ambiente 
restrito, no qual o homem não faz parte da natureza,cometem-se alguns 
equívocos quanto à avaliação do problema e à busca de soluções. 
Faça uma análise dos equívocos resultantes, comentando sobre o 
descompromisso das pessoas quanto à situação ambiental local. 
R.: As sociedades que simplesmente visualizam o meio ambiente como 
recursos têm dificuldade para compreender o contexto atual e definir a 
problemática decorrente do utilitarismo imbuído nos modos predatórios de 
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apropriação. A população tende a se retrair nas situações em que o meio 
ambiente se encontra degradado e os ecossistemas descaracterizados, 
resultando em efeitos encadeados e trágicos que afetam a economia e a 
qualidade de vida. As pessoas diretamente afetadas tendem a se afastar da 
natureza, principalmente quando perdem as referências de um meio ambiente 
dinâmico, biodiverso, estável e produtivo. A compreensão efetiva do problema 
depende de referenciais positivos das dinâmicas naturais e as bases sociais 
de convivência possível e equilibrada com o meio a ser traduzida em beleza, 
alimentação abundante e variada, serviços ambientais de lazer e alimentação 
saudável, rica e abundante. 
5 Por que é importante o educador ambiental identificar as 
representações sociais do educando?
R.: Ao compreender o que o educador e educando pensam do meio ambiente é 
possível saber quais são os conceitos, valores e crenças a serem redefinidos ou 
considerados no processo educativo. Isto porque os conteúdos escolares, os 
meios de comunicação, a família e o mundo do trabalho ainda estão distantes 
de uma visão sistêmica, holística, de biosfera e de compromisso planetário. 
Cabe ao educador ambiental identificar, primeiramente, quais são as 
representações sociais do educando. Com este diagnóstico, o educador 
pode estabelecer metas e, mais facilmente, atingir resultados na orientação 
do educando, pois estará ciente do modo como o meio ambiente é percebido 
e vivido pelas comunidades. A definição de cada um tem vínculo com os 
interesses científicos, artísticos, políticos, filosóficos, religiosos e profissionais 
que permeiam a sua vida.
6 Por que o desenvolvimento sustentável não tem uma grande 
penetração na sociedade? Em que medida a falta de participação e 
engajamento político dos cidadãos impede a implementação de uma 
política para o desenvolvimento? 
R.: O desenvolvimento sustentável não obteve grandes avanços porque não 
pode ser implementado apenas pelas agências representantes de alianças 
nacionais e internacionais sensibilizadas pelas efetivas ameaças globais. 
Também é difícil pela própria complexidade da questão. A proposta do 
desenvolvimento sustentável se complexifica com o próprio entendimento 
sistêmico da questão ambiental, sua implementação engloba múltiplas 
dimensões (SACHS, 2000).
As tentativas de imposição de cima para baixo não possibilitam o crescimento 
orgânico a partir das respostas das pessoas. Vai depender de uma contínua 
criação de espaços políticos e sociais em que o poder das pessoas 
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possa, efetivamente, ser exercido e construído a partir do conhecimento 
e representações já existentes. Também se trata de decidir quem tem o 
poder de realizar as reformas institucionais necessárias. O debate sobre 
as estratégias de promoção do desenvolvimento sustentável reconhece a 
necessidade de se contar com uma participação ativa das populações-alvo, 
no planejamento e na implementação das atividades definidas para melhorar 
o seu bem-estar, como destaca Guivant (2006): o empowerment destas 
pessoas através de sua participação é um elemento-chave, combinado com 
um claro conhecimento dos limites ambientais e dos requisitos para atingir a 
satisfação das necessidades básicas. 
No entanto, a participação pode se constituir apenas como uma resistência 
frente aos contrapontos encontrados, pois este conceito é tão aberto que pode 
permitir que interesses estabelecidos ignorem suas implicações radicais e se 
contentem com ajustes menores. As implicações mais radicais desta proposta 
podem ser ameaçadas quando as máquinas institucionais do desenvolvimento 
dominante perceberem seus poderes ameaçados. As ações de cogestão 
incorporam, portanto, as inter-relações, globais e de longo prazo, entre o 
sistema socioeconômico e o sistema ecológico, refletindo a adoção de novas 
opções de desenvolvimento e a preocupação pela renovação dos recursos 
no longo prazo. Esse conceito sistêmico de gestão para o desenvolvimento 
alimenta todas as esferas de tomada de decisão política, enfatizando a 
corresponsabilidade e a valorização da ética e da cultura. 
TÓPICO 2
1 Quais são as contribuições da teoria da complexidade para as ciências 
ambientais?
R.: A teoria permite identificar os componentes da realidade na sua totalidade, 
sem perder a individualidade ou a especificidade de cada fenômeno ou 
entidade. Isto porque permite compreender as interações, retroações, 
emergências e imposições que ocorrem entre os componentes (MORIN, 
1977). A abordagem é adequada à compreensão das questões que não 
estão vinculadas a uma área específica do conhecimento. Refere-se a 
fenômenos naturais ou sociais, que não são somente biológicos, econômicos 
ou religiosos, mas resultam da interação de todos estes campos. A perspectiva 
visa, portanto, romper com as abordagens dos especialistas que tendem a 
compartimentalizar e simplificar a complexidade da realidade.
É adequada para problemas de natureza sistêmica, como: doenças 
originadas pela interação de múltiplos fatores ou não localizadas num órgão 
específico. Atualmente, tem importância fundamental em todos os campos 
do conhecimento da Física, da Economia, da Medicina e da Ecologia. 
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2 Caracterize uma problemática ambiental de natureza global. Faça 
uma lista de problemas ambientais locais, mas que se replicam por 
muitos continentes do planeta Terra. 
R.: São problemáticas que se repetem nos territórios, podendo ou não estar 
relacionadas. Geralmente, fazem interfaces com o modelo de desenvolvimento 
que prioriza os capitais e gera desigualdades sociais:
• Gestão dos recursos hídricos (envolvendo todas as tributárias de uma 
grande bacia hidrográfica, incluindo territórios que se estendem para outras 
nações).
• Recursos de propriedade comum, tais como: o ar atmosférico, as florestas, 
as áreas de proteção dos mananciais, o carvão.
• A fertilidade dos solos e a exploração agrícola. 
• A questão das patentes e das sementes.
• O conhecimento ecológico tradicional e o direito dos povos.
• A poluição das megalópoles, os problemas de deslocamento.
• O consumismo, os desperdícios e a geração de lixo.
• A contaminação do meio ambiente e a qualidade de vida dos agricultores 
e demais usuários de tecnologias. 
• Os riscos da radiação e da energia nuclear. 
• A questão energética. 
3 Quais são as características do ambiente entendido como unidade 
complexa, tal como define Edgar Morin?
R.: O ambiente concebido como biótopo e de uma biocenose é plenamente 
um sistema, isto é, um todo se organizando, a partir das interações entre 
constituintes (biológicos e geofísicos). Uma unidade complexa, ou Unitas 
multiplex, que comporta uma extraordinária diversidade de espécies [...]; é 
um sistema que produz as suas emergências, não só ao nível global, mas 
também ao nível dos seres que o constituem, os quais manifestam qualidade 
de que não disporiam isoladamente [...].
Características: 
As relações entre o todo e as partes são de uma extrema ambiguidade e 
complexidade no princípio de que o todo é, ao mesmo tempo, superior ou 
inferior ao todo, de que as partes são superiores e inferiores às partes, de 
que há cisões, buracos negros, zonas de penumbra no interior do todo, e 
também nas inter-relações entre partes. 
Como todo o sistema ativo, o ecossistema é, ao mesmo tempo, constituídoe dilacerado pelas suas interações internas (MORIN, 1980).
Um terceiro elemento dos sistemas complexos é quanto à questão da 
organização dos organismos, enquanto unidade constituída a partir da 
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multiplicidade. Cada ponto do holograma possui toda a informação do objeto 
e todo o holograma possui informação de um só ponto do objeto - “não só 
a parte está no todo, mas o todo está na parte.” (MORIN, 1997, p. 181). 
Esse tipo de organização está presente nos organismos vivos, mesmo uma 
célula epidérmica com papel de proteção contém a informação genética do 
ser global.
A qualidade eco-organizadora: não é manter incessantemente, em condições 
iguais, através de nascimentos e mortes, o estado estacionário do clima, é 
ser igualmente capaz de produzir ou inventar novas organizações a partir de 
transformações irreversíveis que sobrevêm no biótipo ou na biocenose. O 
mais importante não é a estabilidade em si, mas a capacidade de construir 
estabilidades novas, em que a evolução pode ocorrer com a interrupção de 
condições favoráveis e das desorganizações daí decorrentes. (Figura 6). 
4 Quais são os parâmetros para se realizar uma educação que aborde 
a problemática ambiental na sua dimensão sistêmica e complexa? 
Quais são os impasses que os educadores devem enfrentar e superar 
para realizar esta abordagem?
R.: A Educação Ambiental se refere a um campo do conhecimento integrado 
e diverso que, por ser sistêmico, não nega as disciplinas específicas 
(Química, Biologia, Física, Matemática, Economia, Artes e Engenharias), 
mas requer o diálogo destes saberes, marcados pelas inter-relações. 
A questão ambiental constitui-se, na contemporaneidade, num espaço 
complexo de relações e interações sociais, o qual evidencia diversos 
interesses, em especial vinculados ao crescimento econômico da sociedade 
de consumo e ao privilégio de setores detentores do capital, o qual traduz 
interesses conflitantes ao bem comum, à qualidade de vida e à conservação 
dos ecossistemas. Nesta ótica, são múltiplas as dimensões da questão 
ambiental, traduzida em um campo de disputas de atores sociais e de 
interesses de poder, que também se traduz na educação, refém das políticas 
públicas. A teoria da complexidade passou a ser valorizada, recentemente, 
entre o meio acadêmico, devido à crise do paradigma científico vigente, em 
resolver problemáticas da realidade de natureza sistêmica. Esta crise se 
manifesta nos mais diversos campos do conhecimento: Saúde, Ecologia, 
Astronomia, Engenharia, Economia e Psiquiatria.
A teoria da complexidade vem preencher as seguintes lacunas do 
conhecimento:
Frente à questão da incompletude da ciência, à simplificação da realidade e 
à sua mutilação, se buscam a articulação, a identidade e a diferença de todos 
os aspectos físicos, biológicos, sociais, culturais, psíquicos e espirituais. 
A ambição da complexidade é resgatar estas articulações perdidas e 
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fragmentadas pelos recortes entre disciplinas, categorias cognitivas e tipos 
de conhecimento.
O rompimento com a simplificação, enunciada através de leis e princípios 
reducionistas, presos a análises de causas e efeitos, a busca de objetos 
determinantes e a regularidade dos fenômenos observáveis.
Um segundo erro, o da abstração universalista, o qual tende a dissimular 
a singularidade, a localidade e a temporalidade. O singular e o local não 
podem ser esquecidos ou apagados pela totalidade. A compreensão do local 
é fundamental no estudo das ciências ambientais, o qual não pode perder 
de vista como esta singularidade se manifesta na sua relação com o todo, 
considerando seu papel na constituição de determinados ecossistemas.
 
5 Os ecossistemas apresentam possibilidades de recuperação 
conforme o grau de perturbações a eles impostas. Porém, a 
intensidade de pressão pode desencadear um processo de desordem 
em cadeia, ficando difícil a evolução do sistema para estágios 
anteriormente estabelecidos. Faça um comentário sobre os processos 
de coevolução dos ecossistemas relacionando com situações dos 
ecossistemas degradados que você presencia na sua cidade. 
R.: A qualidade eco-organizadora: não é manter incessantemente, em 
condições iguais, através de nascimentos e mortes, o estado estacionário do 
clima, é ser igualmente capaz de produzir ou inventar novas organizações 
a partir de transformações irreversíveis que sobrevêm no biótipo ou na 
biocenose. O mais importante não é a estabilidade em si, mas a capacidade 
de construir estabilidades novas, em que a evolução pode ocorrer com a 
interrupção de condições favoráveis e das desorganizações daí decorrentes 
(Figura 6). 
Nesta direção, Morin (1980, p. 38) questiona as noções que restringem 
os processos evolutivos a atributos da espécie: “[...] a ecoevolução está 
marcada por inúmeras mutações ecológicas, isto é, reestruturações novas 
sob efeito de perturbações a longo e em curto prazo: submersões, emersões, 
enrugamentos, elevações, erosões, tropicalizações, glaciações, migrações 
e aparecimento de espécies novas”. 
Observe que a harmonia na natureza, nos ecossistemas, clímax, dificilmente 
se manifesta de modo permanente, ao contrário da ideia de estabilidade 
altamente difundida no meio acadêmico no século XX.
Nesta visão de coevolução, define-se a estabilidade do ecossistema em 
termos de situações transitórias onde podem se manifestar estados de 
equilíbrios. Esta estabilidade é decorrente de um estágio avançado da 
sucessão vegetal, e ocorre quando as exigências impostas às condições 
do meio natural tornam-se insignificantes frente à capacidade de tolerância 
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e adaptação das espécies. As interações entre os seres vivos atingem 
autonomia na condição de reprodução da vida indefinidamente, a partir da 
sua própria sustentação. Assim, o equilíbrio apresenta um ideal regulativo, 
e os conceitos de estado e de dinâmica permitem uma abordagem mais 
condizente com a realidade observada. 
Compreende-se que a ecosfera não está e nunca esteve em equilíbrio no 
sentido usual do termo. O que ocorre são processos de evolução de estados 
de equilíbrio temporário em situações de um clímax dinâmico, no qual, por 
exemplo, o equilíbrio de um agrupamento florestal é considerado como um 
mosaico composto por diferentes estágios de desenvolvimento, considerando 
a heterogeneidade das formações vegetais tropicais. Variações de natureza 
estocástica devem ser consideradas, tais como: as microclimáticas, 
pedológicas e ainda aquelas de natureza biótica (polinização, atrativos aos 
dispersores, predação, perturbações antrópicas e existência de um grande 
número de espécies raras). 
As perturbações da sociedade atual são definitivas, velozes e incisivas, não 
permitindo atuação do tempo para regular novas formas de organização do 
sistema. Um somatório de interrupções tem levado à extinção definitiva de 
espécies. O meio urbano é excludente, insustentável, dependente de grandes 
inversões de insumos e emissor de calor, causando intervenções de natureza 
global, similar a uma grande mudança climática. As tentativas de conter este 
processo são tímidas, frente ao ritmo de imposições que afetam a integridade 
e a dinâmica autônoma dos ecossistemas. 
6 Por que se diz que os sistemas florestais atingem um estágio de 
desenvolvimento do tipo “clímax” apenas temporariamente? 
R.: Primeiramente, havia o entendimento no campo da ecologia de que 
as florestas significavam o topo da evolução dos ecossistemas, assim, 
naturalmente, tinham uma estabilidade intrínseca na sua estrutura e 
composição e apenas a ação antrópica intervinha sobre o seu estado 
permanente de equilíbrio. Atualmente, se consideram as interações das 
populações mais dinâmicas, reguladas por variações na estrutura adaptativa, 
em resposta às imposições domeio. Novamente, a contribuição da teoria 
da complexidade nos coloca um novo entendimento da dinâmica dos 
ecossistemas, onde a ordem obtida através de um estado “clímax” de sistemas 
florestais é apenas temporalmente definida e está sujeita a instabilidades e 
transformações intrínsecas. 
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TÓPICO 3
1 Como a EA pode ser instrumento para a construção de uma noção 
de conservação como dever coletivo, considerando os impactos 
ambientais diferenciados em situações em que a desigualdade social 
é um imperativo? 
R.: O educador ambiental precisa introduzir uma concepção distante do 
que, usualmente, os detentores do capital costumam exercer. Busca-se o 
ideário de que cada indivíduo em particular, enquanto participante, vivente 
e atuante no planeta, tem uma responsabilidade com o coletivo, enquanto 
direito de acesso aos recursos naturais e para com os ecossistemas e os 
demais seres vivos, quanto à integridade e qualidade de vida no planeta Terra, 
além do propiciado pela privatização do bem. A Educação Ambiental tem 
o desafio de avaliar e romper com concepções arraigadas e contraditórias, 
quanto à noção de patrimônio e recursos de bem comum, que prevê a política 
ambiental para a biodiversidade em ecossistemas florestais estratégicos como 
a Mata Atlântica, Cerrado e Floresta Amazônica. É importante destacar que 
a Educação Ambiental faz parte de um programa mais amplo, sendo apenas 
suporte para implementação da gestão ambiental integrada, sozinha, não 
poderá realizar uma revolução cultural de tamanha envergadura. Esta também 
envolve a redefinição da noção de patrimonialidade e implica a disseminação 
de um discurso que apela menos para uma humanidade abstrata e mais para 
o comprometimento das pessoas, com a geração da qualidade de vida nas 
suas localidades e com aquilo que deve ser legado para as gerações futuras 
(WEBER, 1997).
2 Quais as consequências advindas da noção de meio ambiente, como 
sendo um bem de uso comum e patrimônio da humanidade?
R.: O maior impacto desta noção está para os agentes econômicos, que 
utilizam e exploram os recursos indistintamente, como se fossem objetos de 
sua única e exclusiva posse, portanto, de livre iniciativa para seu uso, extração 
e transformação. O ambiente, como bem comum, numa sociedade capitalista, 
que preserva a propriedade privada, tradicionalmente, entra em contradição 
com os interesses coletivos e da natureza. Então se propõe uma grande 
evolução conceitual, pois passa do direito individual para o direito coletivo. 
Há que se ter claro que são muitas as resistências quando, por meios legais 
e efetivos, se pretende regular a forma de acesso e estabelecer regras sobre 
as formas de utilização dos recursos apropriados privadamente.
Esta noção contrapõe-se às tentativas de mercantilização da natureza, pois 
restabelece o pertencimento da natureza como um bem comum. No início 
de um processo que visa à educação patrimonial, é preciso reconhecer que 
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na percepção das populações e dos governos persistem antagonismos entre 
conservação e desenvolvimento. Tal abordagem é contrária às posições 
centralizadoras do decisor individual, apelando para o envolvimento e a 
responsabilidade dos múltiplos atores sociais interessados na utilização dos 
recursos naturais. 
3 Quais são os riscos que podem impedir o desenvolvimento de 
programas que promovam o pluralismo, ou seja, o envolvimento e a 
responsabilização dos múltiplos atores sociais?
R.: - A marginalização de alguns grupos (mulheres, jovens e alguns atores 
econômicos), ameaçando a equidade.
- A perda da eficiência na gestão dos projetos e das ações, por uma tomada 
de decisão lenta, um debate falseado pelo acirramento dos conflitos e pelos 
custos de transações e de controle elevados.
- A presença de agentes governamentais dependentes das pressões do 
mercado e das oportunidades. 
O respeito ao pluralismo pressupõe a negociação de diferentes representações 
e ideologias sociopolíticas. Reconhece que não há uma solução única e 
definitiva para os problemas relacionados à apropriação dos recursos naturais 
e que, ao serem explicitadas as divergências em termos de valores e objetivos, 
o trabalho de gestão pode ser desenvolvido com base na responsabilização 
dos atores sociais envolvidos.
4 Qual a importância da negociação entre atores sociais em situação 
de conflitos de uso dos recursos naturais? Quais os procedimentos 
da gestão patrimonial nestes casos?
R.: A gestão patrimonial requer uma organização que permita a negociação 
entre os atores envolvidos na resolução não violenta de conflitos 
socioambientais. O processo de negociação baseia-se na elaboração de 
diagnósticos socioambientais, na construção de cenários e na negociação 
de situações, rompendo-se assim com as formas tradicionais de gestão mais 
ou menos autoritárias, e no uso e adequação dos mais diversos meios para 
a gestão (regulamentos, incentivos financeiros, informações) como resultado 
de decisões negociadas e coletivas. 
A gestão ambiental deve apreender as diversas preocupações subjacentes 
à intervenção pública para além de preferências particulares ou individuais 
de consumidores e usuários. No regime atual, a população desconhece os 
negócios do Estado e os grupos que se mobilizam acabam se fragmentando, 
tendo pouca eficácia em termos de oposição às medidas tomadas. É preciso 
recriar e multiplicar os espaços do cidadão, de modo que a população 
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estimulada seja capaz de se mobilizar para orientar a qualquer momento a ação 
do Estado. Isso exige muito mais do que as atuais instituições representativas 
têm oferecido em termos de engajamento das coletividades nas decisões. 
Trata-se de fomentar uma democracia ampliada, usando-se, para isso, as novas 
técnicas de informação e de comunicação e educação ambiental.
Como instrumento de estímulo à conservação, é importante manter uma 
perspectiva interligada que alie a valorização econômica à ambiental. 
Inovações começam a ser apresentadas em muitos países envolvendo a 
iniciativa privada e a ação governamental. Também se deve considerar a 
integração entre as políticas educacionais, de formação dos profissionais, 
de gestão do território e outras políticas setoriais que incidem direta ou 
indiretamente sobre as florestas. Antes das soluções técnicas, é preciso 
efetuar as escolhas de ordem política, econômica e social de modo partilhado 
e aplicar o critério da equidade. Nestas condições, uma gestão efetiva se pode 
instaurar coadunada com os esforços dos educadores ambientais.
5 Como a fragilidade do avanço da democracia brasileira afeta as 
conquistas no campo ambiental e compromete os avanços da 
proposta de desenvolvimento sustentável?
R.: As causas da desordem ecológica residiram na própria formação social 
da política brasileira, cujos elementos mais importantes são a hierarquia, 
o paternalismo, a repressão e o autoritarismo. Do paternalismo resulta 
uma sociedade formalista, em que regras e regulamentos são muito mais 
importantes que fatos, mas, quando oportuno, elas são ignoradas para 
favorecer os interesses particulares (FERREIRA, 1993). 
Ao centrar sua atuação em uma legislação ambiental estabelecida, sem buscar 
a legitimação mais ampla da comunidade, o governo acaba estimulando a 
competição ativa entre os grupos que pretendem beneficiar-se dos recursos 
do meio ambiente, gerando um hiato entre a lei ditada e o cumprimento efetivo 
da legislação e acirrando as competições pelo território e apropriação de seus 
recursos, ao invés de incentivar seu uso corresponsável. 
O predomínio da tecnocracia e a defesa aos interesses da elite propiciam uma 
orientação voltada para a alocação privada dos recursos naturais, exprimindo a 
primazia da dimensão econômica sobre a conservação. O clientelismopolítico 
permite o não discernimento do que contorna a vida pública e a privada, o 
familiar e o habitual, além de fortalecer os muros que separam drasticamente 
a ciência, a pesquisa e as esferas de gestão ambiental. O resultado é a face 
trágica de devastação que atingiu o Brasil em todas as esferas da produção 
(agricultura e indústria, em especial), afetando a qualidade de vida de seus 
habitantes (seja pelo processo segregador da urbanização brasileira, seja 
pelos efeitos da Revolução Verde, que contaminam os habitantes do meio 
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rural). Neste sentido, uma das marcas registradas da política ambiental 
brasileira é a perspectiva da democracia delegativa – que busca manter 
a fragilidade das instituições públicas, permitindo a coexistência de um 
comportamento político-administrativo ora moderno ora tradicional. O Estado 
mantém uma posição defensiva ao priorizar a dinâmica econômica, não a 
problematizando como a origem dos problemas socioambientais gerados 
durante o período do Milagre do Crescimento Econômico. 
Deste modo, nos anos de 1980 a criação do Sistema Nacional do Meio 
Ambiente não atende prontamente aos desafios para a disseminação de 
uma gestão ambiental efetiva. Da mesma forma, os órgãos de fiscalização 
não configuram um modelo institucional adaptado a esses novos desafios. O 
modelo de gestão ambiental usado pelos órgãos estaduais também entrou em 
crise: prefeituras de grandes e médias cidades procuram atender à população 
que está mais atenta às questões ambientais, mas as demandas locais são 
muitas e os órgãos ambientais são insuficientes. A transição democrática fica 
muitas vezes ameaçada pela forma tradicional de gestão pública, centrada 
no poder do coronelismo, do chefe de repartição e da discriminação social. 
Experiências de descentralização, municipalização, desburocratização, 
parcerias e terceirização têm avanços mais lentos devido à indefinição dos 
espaços institucionais. A crise é política, não há equilíbrio de forças, não 
há harmonia concertada no sentido de um planejamento ou de uma política 
claramente definida para atender a critérios ambientais de longo prazo. 
Em consequência, o sistema político brasileiro atual reflete a hegemonia 
de uma democracia restrita, pois nele não há igualdade de oportunidades, 
constituindo-se num instrumento para diminuir as diferenças sociais. Como 
as práticas políticas são muito incipientes, as políticas são veiculadas de cima 
para baixo, sem um controle social efetivo. 
6 Quais são os mecanismos institucionais e legais que visam constituir 
e estabelecer uma gestão ambiental integrada e genuinamente 
participativa?
R.: Nos anos de 1980, houve a criação do Sistema Nacional do Meio 
Ambiente, a ser gerido pelos órgãos de fiscalização de alcance local e regional. 
Experiências de descentralização, municipalização, desburocratização, 
parcerias e terceirização são espaços institucionais interessantes para o 
equilíbrio de forças políticas locais - uma política claramente definida para 
atender a critérios ambientais de mais longo prazo com controle social efetivo. 
No campo ambiental, sinalizam-se indicativos de avanços referentes à 
participação democrática a partir da criação dos órgãos colegiados, que 
abrangem as instâncias regionais e locais do país – são os Conselhos de 
Meio Ambiente e que implicam a representação dos mais diversos setores 
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da sociedade, a realização de audiências públicas para o licenciamento de 
empreendimentos, nos quais passa a ser exigido um Estudo de Impacto 
Ambiental (EIA), e o apoio do Fundo Nacional de Meio Ambiente, entre outros. 
Por outro lado, os movimentos ecológicos, universidades, oligarquias, 
empresas e o poder público são fundamentais para avançar de forma 
convergente na consolidação de uma agenda ambiental global referendada 
pelas parcerias entre o setor público e o privado e concretizar a Agenda 21 
Nacional aprovada pelas organizações governamentais e não governamentais 
e a correspondente execução e convergência com as Agendas 21 locais. No 
contexto apresentado de restrição da prática democrática, a educação ativa, 
não neutra, pode alertar o educando para conquistar e multiplicar os espaços 
de modo que a população possa mobilizar-se a qualquer tempo à ação do 
Estado. 
Isso exige muito mais do que as atuais instituições representativas podem 
oferecer – uma poderosa esfera pública, nem puramente privada, nem 
puramente estatal, que opere entre a multidão dispersa, de um lado, e o poder 
concentrado no Estado, de outro, ampliando os espaços da participação e 
usando, para isso, os recursos que o avanço das técnicas de informação e 
de comunicação propiciam. Poderemos sair, assim, da democracia restrita 
para a ampliada, refletindo em uma gestão ambiental preventiva e integrada. 
TÓPICO 4
1 Em que consiste a alfabetização ecológica? Observe que muitos 
estudantes frequentaram todo o Ensino Fundamental, mas não 
obtiveram nas aulas de Ciências, História, Geografia, conceitos, 
informações, trocas de experiências e vivências estruturantes para 
uma base sólida para a compreensão da questão ambiental. 
R.: A alfabetização ambiental inclui, além de um processo de codificação e 
decodificação da palavra escrita, o domínio do conhecimento quanto aos 
fenômenos naturais e à dinâmica de transformação social e cultural a ele 
inscrita (MELLO; TRABJER, 2007).
O distanciamento da educação aos conteúdos significativos tem 
desinteressado os estudantes para seu próprio aprendizado. A educação 
bancária não focaliza sua prática para o desenvolvimento de conteúdos 
procedimentais, voltados para a formação de sujeitos comprometidos com a 
transformação social. Associado a isto, a tendência crescente de urbanização 
das pessoas as têm distanciado da convivência com os ecossistemas naturais. 
De um modo geral, os contatos das pessoas se restringem a ambientes 
construídos, geralmente, com fins de lazer (jardins, animais de estimação, 
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parques e praças revitalizados, hotéis-fazendas, parques aquáticos e praias). 
Tais experiências não dão suporte suficiente para a compreensão real da 
dinâmica de interações possíveis nos ecossistemas livres da manipulação 
planejada para os desígnios humanos. Como resultado, são crescentes as 
incompreensões das pessoas quanto aos fenômenos ecológicos, o que 
aumenta o desafio da pedagogia. Ela precisa dar conta da complexidade 
ambiental para efetivar a alfabetização ecológica (usualmente denominada 
de consciência ecológica) que consiste em redefinir o olhar sobre o mundo 
e o modo de nele se relacionar, articulando redes de cooperação solidária 
que originam as comunidades de aprendizagens.
2 Quais são as mudanças a serem estruturadas na sua vida e no espaço 
de trabalho se orientadas pelos princípios da alfabetização ecológica?
R.: Este conhecimento pressupõe uma abordagem somente recentemente 
redefinida no campo da ecologia e biologia, em especial. Cabe ressaltar que o 
educador precisa saber distinguir a Educação Ambiental, enquanto conteúdos 
e informações do campo da ecologia e a educação, enquanto educação 
política de ação para a transformação da sociedade (PELICIOLI, 2004). 
a) Romper com a racionalidade dominante da sociedade moderna, redefinindo 
o próprio conceito que temos de capacidade de autossustentação do planeta 
Terra. 
b) Assumir que somos os principais responsáveis pela gestão dos 
ecossistemas, e podemos construir jardins democráticos, diversos, 
harmônicos, produtivos.
c) A base de conhecimento ecológica preconizada para o bom desempenho 
do educador ambiental pode ser buscada no próprio conhecimento popular, 
além do adquirido no meio acadêmico.
d) Além da integração de conteúdos entre as disciplinas, a Educação 
Ambiental requer a integraçãoentre saberes científicos e populares, sendo 
esta a base para o diálogo com a realidade socioambiental do educando. 
Também implica aprender com a realidade (uma perspectiva vivencial) e não 
sobre a realidade (numa perspectiva de quem trata a realidade como objeto 
do pesquisador). 
3 Por que nos PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais) o meio 
ambiente é reconhecido como um tema transversal?
R.: A emergência da questão ambiental tem levado a um engajamento da 
sociedade em geral e, inclusive, das instituições que coordenam as políticas 
públicas. O tema “Meio Ambiente”, pela própria urgência e gravidade 
de alcance dos problemas, foi incluído nas orientações curriculares do 
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Ministério da Educação como um tema transversal que permeia toda a prática 
educacional. 
4 O que significa trabalhar um conteúdo de forma transversal?
R.: A transversalidade constitui, conforme Yus (1998, p. 21), “numa forma 
de entender o tratamento de determinados conteúdos educativos que 
não fazem parte das disciplinas ou áreas clássicas do saber e da cultura”. 
O tratamento dos temas transversais, para o autor acima, pressupõe as 
seguintes orientações: a interdisciplinaridade, o pensamento complexo e 
holístico; a integração curricular; a elaboração de projetos; formação crítica 
e participativa; proximidade da escola com a comunidade.
Como exemplo, o tema ambiental terá um tratamento transversal, se 
desenvolvido na interface das disciplinas escolares, considerando os aspectos 
físicos e biológicos e, principalmente, os modos de interação do ser humano 
com a natureza, por meio de suas relações sociais, do trabalho, da ciência, 
da arte e da tecnologia.
5 Como as diversas áreas do conhecimento contribuem para o 
desenvolvimento de uma visão integrada e abrangente das questões 
ambientais?
R.: As áreas de Ciências Naturais, História e Geografia são as tradicionais 
parceiras para o desenvolvimento dos conteúdos da área ambiental, pela 
própria natureza dos seus objetos de estudo. Cada uma das demais áreas, 
dentro da sua especificidade, pode contribuir para que o aluno tenha uma 
visão mais integrada do ambiente. Língua Portuguesa, trabalhando as 
inúmeras “leituras” possíveis de textos orais e escritos, explicitando os 
vínculos culturais, as intencionalidades, as posições valorativas e as possíveis 
ideologias sobre meio ambiente embutidas nos textos; Educação Física, que 
tanto ajuda na compreensão da expressão e autoconhecimento corporal, da 
relação do corpo com ambiente e o desenvolvimento das sensações; Arte, 
com suas diversas formas de expressão e diferentes releituras do ambiente, 
atribuindo-lhe novos significados, desenvolvendo a sensibilidade por meio 
da apreciação e possibilitando o repensar dos vínculos do indivíduo com 
o espaço; além do pensamento matemático, que se constitui numa forma 
específica de leitura e expressão. São todas fundamentais, não só por se 
constituírem em instrumentos básicos para os alunos poderem conduzir o seu 
processo de construção do conhecimento sobre meio ambiente, mas também 
como formas de manifestação de pensamento e sensações. Elas ajudam os 
alunos a trabalhar seus vínculos subjetivos com o ambiente, permitindo-lhes 
expressá-los.
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6 Quais são as possíveis dificuldades enfrentadas pelas escolas para 
avançar na adoção da proposta da transversalização dos conteúdos?
R.: - A formação dos educadores é disciplinar e as formas de pensar são 
reducionistas.
- A escola não tem tempo para os professores planejarem, conjuntamente, 
suas atividades, estabelecendo o diálogo e as inter-relações dos conteúdos.
- Os projetos ficam igualmente limitados, pela falta de tempo dos professores 
horistas ou com excesso de horas em sala de aula. 
- Abrir-se para a realidade é um campo desconhecido e “trabalhoso”, não 
apropriado para a realidade das escolas. 
7 Como se integram os três blocos sugeridos nos PCN, permitindo uma 
visão abrangente e multi e interdisciplinar da questão ambiental? 
R.: Os conteúdos foram reunidos em três blocos: o caráter “cíclica” da 
natureza; sociedade e meio ambiente; manejo e conservação ambiental.
O primeiro bloco apresenta conteúdos que possibilitam ampliar e aprofundar o 
conhecimento da dinâmica das interações ocorridas na natureza. O segundo 
bloco trata de aspectos mais abrangentes da relação sociedade/natureza. O 
último bloco trata das possibilidades, positivas e negativas, de interferências 
dos seres humanos sobre o ambiente, apontando suas consequências. 
Estes são três aspectos das questões ambientais: os blocos não são estanques, 
nem sequenciais, mas aglutinam conteúdos relativos aos diferentes aspectos 
que configuram a problemática ambiental. Eles possibilitam enxergar de 
maneira mais consistente esses determinantes dos vários ambientes, como 
eles se configuraram e como poderiam ser modificados. 
TÓPICO 5
1 Como ocorre o desenvolvimento da inteligência na perspectiva 
piagetiana? Quais são e em que consistem os estágios de 
desenvolvimento? 
R.: Na perspectiva piagetiana de educação, o desenvolvimento da inteligência 
no indivíduo ocorre nas ações e nas percepções, nas imagens e na linguagem. 
O desenvolvimento é um processo adaptativo que se estende da adaptação 
biológica para a adaptação psicológica, seguindo estágios sucessivos. Cada 
estágio integra as aquisições anteriores e as reorganiza dentro de um contexto 
mais amplo, e assim as aquisições sensoriais da primeira e da segunda etapa 
de desenvolvimento se mantêm nos adultos, mas submetidas ao controle do 
pensamento formal. 
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Jean Piaget evidenciou regularidades traduzidas em estágios sucessivos 
de desenvolvimento que iniciam a partir do nascimento e vão se sucedendo 
até a adolescência. É na fase denominada pela escola piagetiana de 
Pré-Operatória que há o desenvolvimento da função semiótica, com o uso 
crescente dos símbolos e signos, no domínio da linguagem. Já no estágio 
das Operações Concretas da idade escolar, dos 7 aos 12 anos, ocorrem as 
operações mentais que permitem resolver problemas lógico/matemáticos 
como a classificação; constituem inferências características do raciocínio 
lógico. As crianças nesta fase estão lidando com noções de causa/efeito, nas 
brincadeiras, passam a combinar regras, com a capacidade de desenvolver 
esquemas, realizar o jogo até o final e retornar à situação inicial. Também a 
criança terá uma avaliação mais pormenorizada do todo e sua composição 
em partes, retornando ao todo através das partes.
Nesta fase ocorrem a sistematização e a estabilidade de muitas noções 
relacionadas aos objetos, tendo como referência o sujeito. É uma fase muito 
importante, pois é nela que ocorre o preparo para a alfabetização. Tudo aquilo 
que ela representou através da linguagem oral e de desenhos assume novas 
formas quando lida com essa nova representação. 
Neste período operatório, a criança passa a dissociar a ação da expressão 
oral: passa do conceito falado ao conceito escrito e lida com operações 
matemáticas. A criança distingue o desenho e a escrita fazendo uso de 
sinais gráficos para reproduzir letras, realiza a ordem linear dos elementos 
gráficos na escrita.
2 Quais as contribuições da abordagem piagetiana no planejamento 
da Educação Ambiental, em cada estágio de desenvolvimento do 
estudante? 
R.: A complexidade das ciências ambientais requer dos educadores cuidados 
quanto ao desenvolvimento dos temas, os quais devem ser introduzidos de 
modo evolutivo e por etapa, respeitando os tempos cíclicos de cada idade. 
Também é salutar a compreensão do processo de busca pela aprendizagem 
quando os sujeitos não se limitam a experimentar as influências do ambiente 
de forma passiva, mas ativamente buscam a informação e elaboram a conduta. 
No ato de conhecere transformar a realidade resulta sua possibilidade de 
transformar e reelaborar. Cada indivíduo apresenta uma motivação interna de 
busca do saber e desenvolve os seus próprios mecanismos de recompensas. 
 Considera-se a forma como a criança aprende e como é importante gerar a 
motivação para aprendizagem utilizando o lúdico como base de dados e como 
forma de despertar e cativar o interesse da criança pela temática, através da 
representação visual dos desenhos, teatro e redação podemos envolver as 
crianças de forma intensa e, assim, resgatar sua compreensão de mundo. 
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As relações indivíduo/sociedade resultam da interação dialética do homem 
e seu meio sociocultural, através da informação simbólica da linguagem e as 
vivências provenientes do meio cultural em que ela está inserida. Assim, ao 
proporcionar excursões e observações na realidade local (um riacho próximo 
ou uma praça), está-se despertando a criança para conhecer e pensar o 
mundo em que se insere. 
Na perspectiva construtivista cabe ao educador ambiental proporcionar à 
criança o sentido da observação, valorizando a percepção lúdica e sensitiva, 
sem se preocupar em trazer conceitos predefinidos situados em problemáticas 
complexas e abstratas. Com o desenvolvimento a criança passa a ter noção 
de tempo, espaço e ordem; é capaz de relacionar diferentes aspectos e 
abstrair dados da realidade. Já compreende regras e as cumpre, não mais 
se limita a uma representação imediata do mundo concreto; pode chegar à 
abstração e consegue representar uma ação. Neste período a criança está 
em constante formação estrutural da ideia, dá significado à realidade vivida. 
Cabe ao educador oportunizar as experiências de convivência com a natureza. 
As aulas de ciência, se compartilhadas em ecossistemas, hortas, pomares, 
praças, implicarão afetividades e conhecimento da natureza. 
Gradativamente utiliza-se de forma coerente e fluente da linguagem para 
acompanhar e apoiar seu raciocínio. Passa então a coordenar mentalmente 
mais de uma relação, justificando suas respostas e baseando-se em 
argumentos lógicos. Consegue assimilar o objeto que é percebido, separando 
as partes (elementos, propriedades ou relações) do todo, compreendendo 
de forma mais coerente e ágil. Nesta etapa, a dimensão da problemática 
ambiental pode então ser pedagogicamente tratada. São problemas comuns, 
nos campos e nas cidades, tais como: poluição, biodiversidade, erosão, 
doenças hídricas e perda dos benefícios múltiplos que o recurso hídrico pode 
oferecer (nadar, pescar, beber água, lavar e outros). 
Somente então se avança para as explicações de causas, consequências 
e a busca de responsabilidades. Convêm domínios do campo filosófico, 
político e social para evitar possíveis simplificações e posicionamentos 
normativos, característicos de uma educação acrítica, que prefere atribuir 
culpados à essência do homem genericamente definido, destituído de uma 
racionalidade e de um “espírito de bondade”. Propõem saídas baseadas 
em comportamentos individuais e ações pontuais, nada condizentes com 
a complexidade das questões ambientais. Ao se direcionar a educação 
ambiental para respostas apressadas e justificativas simplificadoras, impede-
se de realizar uma verdadeira alfabetização ecológica, formadora de sentidos 
expressos em dramatizações, poesia, literatura, práticas de laboratório, 
descobertas do universo e da dinâmica da natureza. 
Construções gramaticais específicas relatando a dramatização como ponto 
específico introduzem o cotidiano no sentido real da paisagem local, de modo 
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a expressar o sentido e atingir os alunos para a contribuição na formação 
de cidadãos e de profissionais docentes mais informados e comprometidos 
com ações que promovam a conscientização da preservação, conservação, 
recuperação ambiental como forma de garantir às gerações futuras 
desenvolvimento com qualidade de vida, surge como proposta de conteúdo da 
dramatização no que se refere à EA que informalmente pretende desenvolver.
3 Enumere um conjunto de exemplos de questões ambientais que 
podem despertar o interesse da comunidade em geral para o 
aprendizado e o engajamento. 
R.: Fazem parte da proposta de sensibilização da comunidade, em geral, 
frente a um problema ambiental evidente e abrangente, com potencial para 
originar risco de saúde pública e comprometimento da integridade dos 
ecossistemas locais. As campanhas podem envolver temáticas, como: 
- Denúncias contra desmatamentos, queimadas, ocupações de áreas de 
preservação permanente, caça predatória, maus-tratos com animais e perda 
da biodiversidade local.
- Esclarecimento quanto a riscos ambientais, tanto no que se refere a riscos 
individuais, como: alimentação e saúde do trabalhador, quanto a riscos 
coletivos, como a questão nuclear.
- Deposição irregular do lixo doméstico com coleta seletiva.
- Programas de envolvimento comunitário e empresas na conservação de 
recursos naturais no estilo “Adote uma árvore”, “adote uma praça”.
- Mutirões de limpeza de rios e terrenos, visando expor o problema da 
deposição irregular dos resíduos sólidos, os riscos para a saúde, a fauna e 
flora e a poluição visual.
- Combate a zoonoses devido ao uso inadequado dos recursos hídricos 
como depósito, o descuido com animais domésticos e a geração de focos de 
contaminação provenientes da deposição no ambiente de resíduos sólidos 
e esgoto cloacal.
4 Como gerar ações educativas que se estendem pela comunidade 
do entorno gerando um movimento pedagógico amplo de adultos e 
crianças? 
R.: As experiências neste campo têm demonstrado que a escola pode 
desencadear estas ações, mas se fortalecem quando ocorrem parcerias com 
empresas, associações de moradores, prefeituras e ONGs. É importante que 
educadoras(es) estejam atentas (os) quanto à forma como será a participação 
das turmas de estudantes, observando a integração dos conteúdos com as 
temáticas, de modo reflexivo e de acordo com o estágio de desenvolvimento 
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do educando. Adolescentes e crianças terão diferentes envolvimentos nas 
campanhas, o que poderá trazer resultados significativos para a aprendizagem 
ou não. O risco da atividade não ter êxito é maior quando o planejamento 
da campanha for realizado de modo não participativo. A mesma observação 
se estende para o respaldo na comunidade. O esclarecimento inicial dos 
envolvidos é uma etapa imprescindível, mais do que a própria campanha 
em si. O apoio de profissionais da área da educação pode ser fundamental. 
- Datas comemorativas e eventos 
Os eventos relacionados com as datas comemorativas, se incluídos na rotina 
dos educadores, podem ser mais um espaço para tratar de temas específicos. 
Esta ação tem importância, quando o tratamento da questão não se restringe 
a este dia homenageado.
O ideal seria correlacionar as datas com os acontecimentos da sala de aula 
para não fragmentar conteúdos ou gerar a impressão de descontinuidade do 
problema. São muitas datas: controle da poluição por agrotóxicos, turismo 
ecológico, datas comemorativas ao dia mundial da água, conservação do 
solo, índio, caatinga, mata atlântica, meio ambiente, combate à poluição, pela 
limpeza da água, limpeza de praias, mares, oceanos, árvore, cidade sem 
meu carro, entre outras. A escola precisa se organizar para decidir em quais 
destas datas vai realizar ações ou como realizará, de modo a garantir seu 
papel educativo e as atribuições quanto à sistematização dos conhecimentos 
e organização dos estudos dos educandos. 
Eventos que envolvam a comunidade escolar são importantes para o 
desenvolvimento de atividades de Educação Ambiental. Podem ser propostas 
atividades que promovam uma reflexão sobre as questões ambientais, através 
da formação de grupos de alunos com trabalhos, como:reciclagem, arte a 
partir dos resíduos sólidos, jornal ecológico, painéis, cartazes e maquetes, 
manejo de culturas e debates sobre problemas ambientais da comunidade. 
Os temas poderão ser resultados de atividades de grupos, envolvendo várias 
disciplinas e os estudantes. 
5 Qual a importância da música, da arte e da literatura para a Educação 
Ambiental? 
R.: A sala de aula precisa sair da sua rotina de quadro, conteúdo, apresentações 
de data-show e exposição oral, sempre demandando do estudante o silêncio, 
a repetição e a anotação. Desta forma, o espaço da sala de aula torna-se 
como um local frio e distante da capacidade criativa e exuberante que vive 
o adolescente. Uma das formas de tornar mais estimulante o ensino das 
ciências ambientais é aproximando mais intrinsecamente o professor e o aluno 
com o uso da música, a literatura, poesia, fotografias, pinturas que retratam 
e instigam a reflexão sobre as temáticas socioambientais. 
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Mais especificamente, através da música, temos uma possibilidade de 
despertar a curiosidade, imaginação e integração do ser. Através do canto, a 
interpretação, os aplausos, a sala de aula perde sua monotonia característica 
e são estimulados os domínios da leitura e da interpretação. Constitui-se 
numa forma de refletir sobre as questões da realidade e estimulando para 
que o educando se torne um sujeito mais crítico em suas escolhas pela vida. 
Temos o desenvolvimento socioafetivo, o estudante se identifica com grupos 
que traduzem suas linguagens e se descobre com os outros, melhorando 
sua socialização e seu sentido de pertencimento com a comunicação e a 
descontração. Atividades musicais desenvolvidas em grupos favorecem a 
afetividade, a participação e a autoestima do educando. 
6 Dê exemplos e caracterize os materiais literários e músicas que podem 
contribuir para gerar o aprendizado nas temáticas ambientais. 
R.: Não verás país nenhum, de Ignácio Loyola Brandão. Uma obra que pode 
ser trabalhada em conjunto com o professor de literatura. Pode instigar uma 
série de discussões, por apontar de modo realístico situações decorrentes do 
aquecimento global, da poluição e de segurança alimentar. Também leva ao 
questionamento sobre as consequências políticas e sociais de uma sociedade 
sujeita a situações de derradeira crise ecológica. 
Para ajudar esta reflexão é interessante assistir aos filmes: Home – Nosso 
Planeta, Nossa casa, de Yann Hartus Bertrand; O Dia depois de Amanhã, de 
Roland Hemmrech e, O Dia seguinte, de Nicholas Meyer. Todos estes temas 
são salutares para gerar um debate sobre as questões ambientais do mundo 
contemporâneo. Já a obra de José Saramago, Ensaio sobre a Cegueira, 
retrata a suscetibilidade do ser humano quanto ao sentido da visão, faz uma 
crítica aos valores sociais quando sem os sentidos tudo pode ser ocultado, 
inclusive no que se refere aos hábitos de higiene e da sexualidade. Neste 
caso, também há o filme de mesmo nome dirigido por Fernando Meirelles.
São muitas as músicas que podem ser introduzidas em sala de aula 
visando desenvolver a sensibilidade quanto à questão ambiental. Entre 
elas destacamos as seguintes: Luiz Gonzaga com Xote Ecológico, A Volta 
da Asa Branca, Assum Preto, Asa Branca e Boiadeiro; Legião Urbana com 
Índios; Roberto Carlos com: As Baleias, Progresso; Guilherme Arantes com: 
Planeta Água; Cio da Terra, com Milton Nascimento; e Beto Guedes com: 
O Sal da Terra. 
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TÓPICO 6
1 Se você tiver possibilidade, ouça e sinta a música do Raul Seixas. 
Observe a letra, teça comentários e destaque os versos mais 
significativos que expressam as características dos agrotóxicos.
R.: A música é um instrumento complementar, para reflexão das causas sociais, 
e ecológicas e técnicas do uso dos agroquímicos. Mais especificamente, 
pode ajudar na compreensão dos efeitos da intervenção humana na cadeia 
alimentar e a dinâmica de reprodução dos insetos. 
Observe que a mosca surge de um lugar desconhecido: a mosca que pintou 
pra lhe abusar. A princípio, nos vitimando, nos zombando, nos tirando a 
paciência (abusar), como um invasor que toma o alimento e o desafia com uma 
força maior que a nossa tecnologia, como diz: e não adianta vir me dedetizar, 
pois nem o DDT pode assim me exterminar. Porque você mata uma e vem 
outra em meu lugar. Coloca a facilidade de reprodução das moscas, que 
confere força à espécie. Também nos coloca que, por mais que as pessoas 
queiram se afastar das moscas, elas sempre estarão à sua volta: eu tô sempre 
junto de você e permanece no cotidiano até mesmo quando dorme – eu sou 
a mosca no seu quarto a zumbizar. Eu sou a mosca que perturba o seu sono. 
Concluindo, a letra do Raul pode ser um elemento motivador para um debate 
sobre o impacto dos agrotóxicos na saúde e no meio ambiente, colocando-
nos o questionamento sobre a tecnologia. 
2 Como a música e a literatura podem contribuir para o aprendizado 
em sala de aula? Quais os problemas que uma atividade lúdica ajuda 
a evitar no espaço da sala de aula? 
R.: Os instrumentos visuais e lúdicos são imprescindíveis para envolver e 
sensibilizar o educando. Aliar a linguagem técnica, das ciências sociais à 
literatura, é uma forma de tornar os conteúdos mais interessantes e próximos 
da realidade, tendo em vista que a dimensão ambiental passa pela percepção 
e o desenvolvimento dos sentidos de afetividade e amor pela natureza e pelo 
respeito ao direito de todos ao meio ambiente, com qualidade de vida. Também 
se evita o predomínio da racionalidade técnico-instrumental, característica 
do reducionismo do conhecimento científico.
3 Observe nas letras das músicas a seguir enumeradas quantas 
possibilidades de temáticas podem ser retratadas no espaço 
de ensino-aprendizagem. Faça uma lista de atividades a serem 
trabalhadas a partir das músicas. 
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MOSCA NA SOPA
 Raul Seixas 
Eu sou a mosca que posou em sua sopa
Eu sou a mosca que pintou pra lhe abusar
Eu sou a mosca que pousou em sua sopa
Eu sou a mosca que pintou pra lhe abusar
Eu sou a mosca que pousou em sua sopa
Eu sou a mosca que pintou pra lhe abusar
Eu sou a mosca que perturba o seu sono
Eu sou a mosca no seu quarto a zumbizar
Eu sou a mosca que perturba o seu sono
Eu sou a mosca no seu quarto a zumbizar
E não adianta vir me dedetizar
Pois nem o DDT pode assim me exterminar
Porque você mata uma e vem outra em meu lugar
Eu sou a mosca que pousou em sua sopa
Eu sou a mosca que pintou pra lhe abusar
Eu sou a mosca que pousou em sua sopa
Eu sou a mosca que pintou pra lhe abusar
Atenção, eu sou a mosca
A grande mosca
A mosca que perturba o seu sono
Eu sou a mosca no seu quarto
A zum-zum-zumbizar 
Olha do outro lado agora
Eu tô sempre junto de você
Água mole em pedra dura
Tanto bate até que fura
Quem, quem é?
A mosca, meu irmão
Eu sou a mosca no seu quarto a zumbizar
Eu sou a mosca que perturba o seu sono
Eu sou a mosca que pousou em sua sopa
Eu sou a mosca que pintou pra lhe abusar
Eu sou a mosca que pousou em sua sopa
Eu sou a mosca que pintou pra lhe abusar
E não adianta vir me dedetizar
Pois nem o DDT pode assim me exterminar 
Porque você mata uma e vem outra em meu lugar
Eu sou a mosca que pousou em sua sopa
Eu sou a mosca que pousou em sua sopa
Eu sou a mosca que pintou pra lhe abusar
Eu sou a mosca que pousou em sua sopa
Eu sou a mosca que pintou pra lhe abusar 
Eu sou a mosca que perturba o seu sono 
Eu sou a mosca no seu quarto a zumbizar
ÚLTIMO PAU DE ARARA
Luiz Gonzaga
( V e n â n c i o / C o r u m b á / J o s é 
Guimarães)
A vida aqui só é ruim
Quando não chove no chão
Mas se chover dá de tudo
Fartura tem de porção
Tomara que chova logo
Tomara, meu Deus tomara
Só deixo o meu Cariri
No último pau de arara
Enquanto a minha vaquinha
Tiver o couro e o osso
E puder com o chocalho
Pendurado no pescoço
Euvou ficando por aqui
Que Deus do céu me ajude
Quem sai da terra natal
Em outro canto não para
Só deixo o meu Cariri
No último pau de arara
É SÓ SAUDADE – Flávio José
(Oséas Lopes/Luiz Guimarães)
Vi o riacho correndo
Quando o inverno chegou
Vi também tudo morrendo
Quando o riacho secou
Foi aí que eu disse adeus!
A um pedacinho de terra
Que ficou lá bem distante
No sertão num pé de serra
E agora é só saudade
Que me invade o coração
Meu calor minha amizade
Ficou naquele sertão (BIS)
Eu quisera que a saudade
Fosse embora de uma vez
Ou que fosse me deixando
Cada dia em cada mês
Juro por Nossa Senhora
Do sertão nunca esqueci
Mas a seca me devora
Vou ficando por aqui
E agora é só saudade
Que me invade o coração
Meu calor minha amizade
Ficou naquele sertão (BIS)
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R.: O(A) professor(a) pode usar a música como uma forma de reflexão sobre 
um problema, como o caso dos sertanistas na música É SÓ SAUDADE. É 
preciso deixar sua terra para sobreviver, coloca a interdependência do homem 
com a natureza, a importância da água e o sentimento de descolamento do 
seu lugar.
A letra é oferecida aos estudantes para ouvirem e cantarem. Depois são 
lançadas questões visando interpretar e refletir. Como pode ter o homem 
saudade de uma terra que não lhe garante a sobrevivência? Quais são as 
alternativas de vida para quem não detém posses num país desigual? No 
final, pode colocar contrapontos apresentando a música de Luiz Gonzaga 
que retrata o homem que insiste em ficar, movido pela certeza de que um 
dia a chuva retorna, sua marca é a resistência. 
Podem-se retratar questões relacionadas com o aquecimento global e os 
riscos de grandes migrações pelos atingidos pelas mudanças climáticas, a 
migração, a desvalorização do agricultor, a questão da cultura regional. O 
aluno pode ser estimulado a realizar outras leituras sobre o tema. 
4 Faça uma reflexão comentando sobre como é a relação das pessoas 
com os animais indesejados (tais como ratos, raposas, capivaras, 
lagartos, formigas, gafanhotos, gatos e outros) no seu espaço de 
trabalho e de convivência (escola, comunidade, fábrica, igreja). 
R.: Tais relações variam, conforme o contexto socioeconômico das pessoas, 
bem como a sua opção de vida. De um modo geral, as pessoas tendem a 
ter um sentimento de negação aos animais que lhe causam algum tipo de 
dano. Até por uma questão de proteção e de sobrevivência, a humanidade 
estabeleceu inúmeros mecanismos de recusa e tentativas de extermínios. 
Alguns animais são realmente ameaçadores para integridade física dos seres 
humanos, mas muitos são mitos construídos. Portanto, é difícil as pessoas 
compreenderem que, entre os morcegos, apenas um grupo é transmissor 
da raiva. Isto também se estende para os ofídios (cobras peçonhentas e 
não peçonhentas), formigas e roedores. O desenvolvimento tecnológico 
da agricultura levou ao entendimento de que se deve combater todos os 
animais que representam algum tipo de dano econômico às lavouras. Em 
contrapartida, na agroecologia este entendimento está mudando, com o 
conceito de que não existe praga nas lavouras, existe planta mal alimentada, e 
de que é possível produzir buscando restabelecer as dinâmicas de interação 
ecossistêmicas, inclusive restabelecendo as cadeias alimentares. 
5 Como o educador pode introduzir assuntos que expressam conflitos 
entre os usuários, sem cair na condenação das más práticas? 
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R.: Há dois cuidados a serem tomados, quando educadores elencarem 
assuntos como o dos agrotóxicos: primeiro se deve considerar a questão 
cognitiva da criança e seus estágios de desenvolvimento e o segundo é 
relacionado com a fragmentação do conhecimento (estes temas abrangem 
questões econômicas, sociais, antropológicas, físicas, químicas e biológicas). 
Os conflitos se relacionam com a adoção de tecnologias dos pais agricultores 
e os impactos que ela gera no meio ambiente. Não necessariamente porque o 
tema problemático é parte da realidade, mas porque precisa ser abordado com 
todos os educandos. Há determinados temas mais apropriados para serem 
abordados na adolescência, considerando o suporte cognitivo (compreensivo) 
e a predisposição para o debate político e ético.
6 Como inserir temas transversais no currículo? O que é 
interdisciplinaridade?
R.: Ao final do século, os efeitos da fragmentação do saber refletem muitos dos 
problemas enfrentados pelos educadores. Para construir uma visão integral 
e totalizante do mundo, é preciso articular saber, conhecimento, vivência, 
escola, comunidade, meio ambiente. A metodologia do trabalho interdisciplinar 
implica integrar conteúdos, conceber o conhecimento como totalidade; integrar 
ensino e pesquisa e a complementaridade entre as ciências; e o ensino-
aprendizagem se constitui durante toda a vida do indivíduo.
7 Como as disciplinas vão sendo inseridas numa determinada unidade 
didática?
R.: Ao se inserir um tema transversal no currículo, é importante ressaltar que 
existem disciplinas que têm mais afinidades e relações entre si e com os 
temas, destacando-se que, conforme SEF (1997, p. 41): na “transversalidade 
os temas passam a ser parte integrante das áreas e não externos e/ou 
acoplados a elas, definindo uma perspectiva para o trabalho educativo que 
se faz a partir delas”. 
Ao situar a contribuição de cada disciplina para a temática é importante que o 
grupo de professores interaja e constitua a ideia do todo, evitando o tratamento 
em blocos isolados e os riscos de passar para o educando a tentativa da 
somatória das partes, que certamente perderá a visão da totalidade, que 
constitui a realidade da questão.
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UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 Em que consiste a Carta da Terra?
R.: A Carta da Terra é equivalente à Declaração Universal dos Direitos 
Humanos, no que concerne à sustentabilidade, à equidade e à justiça 
social. Deverá se constituir num documento vivo, apropriado pela sociedade 
planetária, e revisto, periodicamente, em amplas consultas globais.
2 Quais são os campos do conhecimento e os profissionais que 
contribuíram para elaborar a Carta da Terra?
R.: Pretende ser uma carta dos povos, um código universal de conduta para 
pessoas, para instituições e para Estados. A Carta da Terra é expressão 
deste novo movimento e resulta da interação de diversas referências do 
conhecimento, incluindo a ecologia e outras ciências contemporâneas, as 
tradições religiosas e as filosóficas. Ela é resultado de um processo mundial 
de consulta pública, que agregou o comprometimento de organizações e 
instituições governamentais e não governamentais de diferentes setores 
que influem no desenvolvimento sustentado. 
3 Entre os princípios da Minuta de referência da Carta da Terra, quais 
se referem especificamente à educação?
R.: A promoção e aplicação dos conhecimentos e tecnologias que facilitam 
o cuidado com a Terra. A educação universal para uma vida sustentada 
(FERRERO; HOLLAND, 2004). 
4 Que tipo de mudanças nos valores de consumo e de organização 
social a Carta da Terra pressupõe? 
R.: Pressupõe uma nova forma de existir no planeta Terra, em nova relação 
com os objetos de consumo, perguntando-nos o que é desnecessário, 
mudando nossa sensibilidade para com o outro e para com a Terra.
 O início da transformação individual: 
• valorizando e consumindo produtos locais e produzidos com o mínimo de 
ônus local; 
• buscando alimentos saudáveis, livres de contaminações, produzidos 
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por agricultores familiares, locais, de baixo uso de insumos externos e de 
combustíveis fósseis; 
• também podemos produzir parte dos alimentos;
• fazendo uso dos recursos renováveis e seguindo os princípios dos 3Rs 
(reduzir, reutilizar, reciclar); 
• evitando o consumode produtos florestais provenientes de desmatamentos 
predatórios;
• utilizando transportes coletivos e de baixo uso de energia. Fazendo 
caminhadas, andando de bicicleta, quando possível. Buscando residir mais 
próximo possível do trabalho. 
5 Quais as dificuldades a serem enfrentadas para as pessoas romperem 
com a cultura do consumo, considerando todo o apelo do mercado 
para o ciclo curto de durabilidade dos objetos?
R.: As maiores dificuldades para superar o padrão de consumo estão entre 
os habitantes urbanos, que tendem a ser dependentes de energia externa 
e distante da cidade, inclusos para questões fundamentais como água 
potável, deslocamento, trabalho, alimento, saneamento, entre outros. O 
conforto estabelecido e as tecnologias disponíveis estão voltados a uma 
ótica de consumo, aos supérfluos, ao descartável e à constante roda de 
obsolescência das tecnologias, movidas pela ótica de crescimento das 
indústrias. 
6 Como as experiências simples do cotidiano podem fazer a diferença 
na nossa forma de existir no planeta Terra? 
R.: A cidadania planetária supõe o reconhecimento e a prática da planetaridade, 
isto é, tratar o planeta como um ser vivo e inteligente. A planetaridade deve 
levar-nos a sentir e viver nossa cotidianidade, em conexão com o universo 
e em relação harmônica consigo, com os outros seres do planeta e com a 
natureza, considerando seus elementos e dinâmica. Trata-se de uma opção de 
vida por uma relação saudável e equilibrada com o contexto, consigo mesmo, 
com os outros, com o ambiente mais próximo e com os demais ambientes. 
A partir da problemática ambiental vivida cotidianamente pelas pessoas nos 
grupos e espaços de convivência e na busca humana da felicidade, processa-
se a consciência ecológica e opera-se a mudança de mentalidade. A vida 
cotidiana é o lugar do sentido da pedagogia, pois a condição humana passa 
inexoravelmente por ela. A ecopedagogia implica uma mudança radical de 
mentalidade em relação à qualidade de vida e ao meio ambiente, que está 
diretamente ligada ao tipo de convivência que mantemos com nós mesmos, 
com os outros e com a natureza.
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7 O que significa uma cultura de sustentabilidade?
R.: Uma biocultura, uma cultura da vida, da convivência harmônica entre 
os seres humanos e entre estes e a natureza. A cultura da sustentabilidade 
deve nos levar a saber selecionar o que é realmente sustentável em nossas 
vidas, em contato com a vida dos outros. Só assim seremos cúmplices nos 
processos de promoção da vida e caminharemos com sentido de compreender 
o sem sentido de muitas outras práticas que aberta ou solapadamente tratam 
de impor-se e sobrepor-se a nossas vidas cotidianamente.
8 Como o princípio da sustentabilidade contribui para orientar a prática 
pedagógica? 
R.: A sustentatibilidade deve ser um princípio interdisciplinar reorientador da 
educação, do planejamento escolar, dos sistemas de ensino e dos projetos 
político-pedagógicos da escola. Os objetivos e conteúdos curriculares devem 
ser significativos para o(a) educando(a) e também para a saúde do planeta. 
A ecopedagogia tem por finalidade reeducar o olhar das pessoas, isto é, 
desenvolver a atitude de observar e evitar a presença de agressões ao 
meio ambiente e aos viventes e o desperdício, a poluição sonora, visual, a 
poluição da água e do ar etc. para intervir no mundo no sentido de reeducar 
o habitante do planeta e reverter a cultura do descartável. Experiências 
cotidianas, aparentemente insignificantes, como uma corrente de ar, um 
sopro de respiração, a água da manhã na face, fundamentam as relações 
consigo mesmo e com o mundo. A tomada de consciência dessa realidade 
é profundamente formadora. O meio ambiente forma tanto, quanto ele é 
formado ou deformado. Precisamos de uma ecoformação para recuperarmos 
a consciência dessas experiências cotidianas. 
9 Quais são os aspectos comportamentais que podem ser mais 
imediatamente adotados pelas pessoas? 
R.: A ecopedagogia implica uma mudança radical de mentalidade em relação 
à qualidade de vida e ao meio ambiente, que está diretamente ligada ao tipo 
de convivência que mantemos com nós mesmos, com os outros e com a 
natureza. No seu cotidiano, as pessoas devem buscar viver de modo a não 
gerar poluição, consumo de energia e desperdício de materiais. 
Além disso, algumas outras atitudes podem colaborar a reduzir os impactos 
da sociedade moderna:
- condenando toda a forma de comércio de animais silvestres e cativeiros 
domésticos que comprometem o bem-estar animal e a reprodução da 
espécie;
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- buscando trabalhos construtivos de uma sociedade melhor, cooperando 
com os colegas e evitando empregos com fins apenas utilitários; 
- promovendo a vida em comunidades, participando de movimentos contra 
o crescimento demográfico e a concentração urbana;
- participando e sendo voluntário em movimentos ambientalistas e outras 
organizações atentas às questões de injustiça.
10 Como a ecopedagogia orienta a questão da estrutura organizacional 
das escolas em termos de participação política?
R.: A ecopedagogia propõe uma nova forma de governabilidade, diante 
da ingovernabilidade do gigantismo dos sistemas de ensino, propondo a 
descentralização e uma racionalidade baseadas na ação comunicativa, na 
gestão democrática, na autonomia, na participação, na ética e na diversidade 
cultural. Entendida dessa forma, a ecopedagogia se apresenta como uma 
nova pedagogia dos direitos que associa direitos humanos – econômicos, 
culturais, políticos e ambientais – e direitos planetários, impulsionando o 
resgate da cultura e da sabedoria popular. Ela desenvolve a capacidade 
de deslumbramento e de reverência diante da complexidade do mundo e a 
vinculação amorosa com a Terra.
TÓPICO 2
1 Comente sobre a proposta de um novo projeto de civilização, 
argumentando como a dimensão da participação das pessoas é 
fundamental para a efetivação deste projeto. 
R.: Pensar um projeto de civilização significa redefinir as decisões orientando-
as para o futuro, o qual implica o planejamento dos valores objetivos, meios e 
as instituições no sentido da transcendência: considerando as trocas globais 
de mais longo prazo e a dimensão do local no espaço e tempo definido. Isso 
implica o engajamento efetivo dos cidadãos, no que tange à participação 
na tomada de decisões orientadas no sentido do futuro. A questão da 
participação é preciso ser problematizada, pois de um modo geral é difícil 
convidar as pessoas a participar de decisões orientadas ao futuro, com uma 
perspectiva que não seja apenas de curto prazo. Além disso, a participação 
que se preconiza vai além daquela restrita à abertura dos direitos à eleição 
dos representantes ou da centrada na delegação de atribuições e poder 
de decisão a supostas lideranças políticas. A participação ampla implica 
processos emancipatórios e de autonomia (de sentir que a coisa pertence a 
você), que se desencadeia num ambiente de diálogo, informação, linguagem 
inteligível, espaços de criatividade e de tomada de decisão.
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2 O que são espaços não escolarizados? 
R.: Espaços não escolarizados são “lócus” não formais de atividade 
educacional, que estão fora de ação direta da rede formal de ensino e que 
são ocupados pelos mais diversos atores; consiste na valorização dos saberes 
tradicionais das populações evoluídas e do desenvolvimento sustentável. 
(MMA/MEC, 2005). 
3 Como se constitui uma educação para o ecodesenvolvimento? 
R.: Todo o projeto de civilização comporta, nos termos de Sachs (1981), uma 
dimensão pedagógica essencial. Uma educação para o ecodesenvolvimento 
é de natureza emancipatória por visar à formação para o engajamento da 
cidadania, que, ao contar com suas “próprias forças” (autonomia), aposta 
num projeto dedesenvolvimento superador da dimensão restrita do mercado. 
A educação para o ecodesenvolvimento implica o próprio diagnóstico das 
possibilidades de sobrevivência, ultimamente desprezadas ou ignoradas, face 
ao apelo global de consumo. Um processo pedagógico de constituição de 
relações mais autônomas se constitui com a valorização das potencialidades 
ecossistêmicas de cada lugar e na capacidade das pessoas de potencializar 
essas especificidades.
Ou então: 
A educação transformadora, primeiramente, precisa interagir com a dimensão 
cultural de cada grupo social, visando lançar questionamentos quanto ao 
estilo de vida da sociedade de consumo, o desenvolvimento mimético alheio 
à satisfação das reais necessidades e o predomínio da urbanização e das 
paisagens construídas. Apostar na ideia de autonomia e de autoconfiança 
implica empoderamento das pessoas (SACHS, 1986), para o diagnóstico e 
tomada de decisão sobre as estratégias e ações de desenvolvimento local. A 
perspectiva do desenvolvimento local visa romper com as soluções miméticas 
e internalizar a dimensão das especificidades da região e a dinâmica dos 
ecossistemas, como resultado das interações historicamente instituídas 
entre sociedade/natureza. A autonomia local é resultado de um planejamento 
participativo, engajado, contextual e contratual. Essa perspectiva deve buscar 
compatibilizar os projetos locais entre si com os projetos de civilização 
nacional, respeitando as diferenças em termos de opções plurais e em 
transformação. (SACHS, 1986).
4 Qual a importância da mobilização da educação em espaços não 
escolarizados para contexto como o do Brasil, em que a população 
se distancia das leituras e da busca constante de uma cultura geral?
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R.: A educação transformadora, primeiramente, precisa interagir com a 
dimensão cultural de cada grupo social. Isto implica motivar as pessoas para 
um crescimento de cidadania, que engloba a democratização da educação e a 
ideia de que ela não está situada apenas nos trâmites dos muros escolares e 
das universidades. Implica a universalização do ensino e no incentivo ao lúdico 
como forma de aprendizado. O acesso amplo à cultura para todas as idades 
visa desenvolver o senso crítico, não meramente preparar para o trabalho, mas 
lançar questionamentos quanto ao estilo de vida da sociedade de consumo, 
o desenvolvimento mimético alheio à satisfação das reais necessidades 
além do predomínio da urbanização e das paisagens construídas. Apostar na 
ideia de autonomia e de autoconfiança implica empoderamento das pessoas 
(SACHS, 1986), para o diagnóstico e tomada de decisão sobre as estratégias 
e ações de desenvolvimento local. 
5 Argumente sobre a importância dos meios de comunicação para a 
educação ambiental.
R.: Os meios de comunicação são importantes para instituir um ambiente 
aberto de debate, enquanto espaços de informação para trazer a público 
os problemas emergentes. O desafio é realizar uma comunicação sobre o 
meio ambiente de modo emancipatório, noticiando as questões ambientais 
emergentes e mesmo assumindo um caráter de denúncia dos problemas 
ambientais, evidenciando sua relevância. 
6 Como a mídia tem gerado contrainformações quanto à questão 
ambiental e assim se distanciando do propósito de uma educação 
para o ecodesenvolvimento? 
R.: Quando a comunicação não é constituída num processo contínuo de 
esclarecimento e debate, se afasta da participação na Educação Ambiental. 
Isto porque, ao primar pela informação genérica, distancia-se da possibilidade 
de sair da evidência do problema para a corresponsabilidade na construção 
de novas relações sociais. 
Sem a prática do debate os meios de comunicação de massa parecem 
ocultar as questões polêmicas e contraditórias, como: a noção de progresso 
como crescimento econômico; as questões da fome e segurança alimentar; 
crescimento populacional e consumismo. 
Mantém-se a dualidade do discurso, posicionando-se favorável ao 
desenvolvimento sustentável, sem resolver a contradição do processo em 
curso que prioriza a produção baseada na utilização dos recursos naturais 
para a maximização do lucro, sem considerar os efeitos das novas tecnologias 
para a saúde da população, a perda da agrobiodiversidade e a destruição 
dos ecossistemas. 
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Nos meios de comunicação, o discurso ecológico, muitas vezes, é composto 
de informações parciais, de caráter fragmentário, permeadas de apelos 
românticos em nível de senso comum, restritas à enumeração de problemas 
do mundo contemporâneo, sem gerar questionamentos quanto ao modelo 
de desenvolvimento capitalista e da sociedade de consumo. Fica-se na 
constatação da existência de processos de degradação da qualidade de vida, 
mas obscurece-se a constituição histórico-social destes processos. 
A proposta educacional imbuída é meramente informativo-descritiva e tende a 
um apelo mágico de gerar mudança de atitude dos indivíduos para ocasionar 
soluções à "crise ecológica". Desta forma, se afasta da proposta da educação 
como ato político, o que pressupõe a busca ampla de consenso e bases 
de sustentação para as transformações sociais, caminho alternativo para 
soluções preconcebidas pela tecnocracia. Com o afastamento da prática 
política de debate e de diálogo, ficam limites para se passar da tomada de 
consciência da questão ambiental, para a articulação de ações concretas, 
ou seja, não se têm as bases para ultrapassar a fase de conhecimento do 
problema, no sentido da responsabilização pela construção de alternativas.
7 Quais os impactos da informação fragmentada da problemática 
ambiental veiculada pelos meios de comunicação? 
R.: O discurso ecológico, largamente propalado pelos meios de comunicação, 
composto de informações recortadas, de caráter fragmentário e permeadas 
de apelos românticos em nível de senso comum, não tem ido muito além 
da enumeração de problemas do mundo contemporâneo, provenientes 
da tecnociência, tornada autônoma. Fica-se na constatação da existência 
de processos de degradação da qualidade de vida, mas obscurece-se a 
constituição histórico-social destes processos.
TÓPICO 3
1 Elabore uma proposta de gincana ecológica para um grupo de 
estudantes, enfatizando a questão da biodiversidade. Planeje 
a atividade pensando em cada faixa etária, tempo de duração, 
envolvimento dos professores e comunidade, patrocinadores e 
premiação. Detalhe o passo a passo de cada uma das atividades, 
elucidando os objetivos a serem atingidos. 
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Exemplo de atividade: 
A RECANTA: está promovendo para alunos do Ensino Médio e Fundamental 
II, uma atividade de ecoturismo pedagógico abordando temas ambientais 
relacionados aos conteúdos escolares e do vestibular.
• De maneira lúdica e vivencial, os alunos terão a oportunidade de conhecer 
a maior floresta urbana do mundo, realizando a Gincana Ecológica Jovens 
da Floresta.
• Em meio à exuberante biodiversidade, jovens estarão experienciando um dia inteiro de 
trilhas na mata, danças circulares, a formação de equipes, banhos de 
cachoeira e gritos de guerra, entre outros. 
• As provas, realizadas em equipe, abrangerão aspectos geográficos, históricos, da 
biodiversidade e socioambientais, com o intuito de trazer para os 
adolescentes a importância da preservação ambiental e o interesse pelo 
mundo natural. 
VEJA AQUI A PROPOSTA PARA O ENSINO MÉDIO 
O trabalho das equipes, em meio a tão exuberante floresta, propiciará aos jovens um 
m o m e n t o ú n i c o d e d e s c o n t r a ç ã o e a p r e n d i z a g e m 
c o m s e u s c o l e g a s e p r o f e s s o r e s , p o d e n d o 
auxiliá-los também em sua preparação para o vestibular e demais provas.
Trilha da Cachoeira: A Trilha da Cachoeira, que possui aproximadamente 
5 km de extensão e em seu percurso de idae volta cruzaremos diversas 
vezes o Rio Engordador. Durante o percurso passaremos por três lindas 
cachoeiras. Ao longo da trilha, podemos nos deparar com inúmeras 
surpresas naturais, como o Cedro Rosa (Cedrela fissilis) e, por muitas 
vezes, bugios e micos.
Ao voltarmos ao início do núcleo, nos deparamos com a Represa do 
Engordador e casa das Bombas, um antigo sistema de bombeamento de 
água do século XIX, de maquinários muito bem conservados, que já foi 
responsável pelo abastecimento de água da cidade de São Paulo.
Monitoria RECANTA
Os monitores da RECANTA são jovens da floresta da ONG IDEAS (Instituto 
de Empreendedores Ambientais e Sociais). Conduzirão as trilhas, revelando 
aspectos da flora, história e biodiversidade da Cantareira. Durante a trilha 
da cachoeira (manhã), os participantes receberão informações que serão 
importantes para as provas da Gincana. Após o almoço, serão formadas 
as equipes de 6 a 8 participantes e será dado início à Gincana Ecológica. 
. Os conteúdos das provas devem ter conexão com os temas estudados 
na escola pelos alunos.
Premiação equipe vencedora
A Equipe vencedora ganhará camisetas Jovens da Floresta e chaveiros.
Participando da Gincana, você estará contribuindo para o trabalho realizado 
no entorno da Cantareira pela RECANTA. Saiba mais acessando o site: 
<www.recanta.org.br> e conheça a Amazônia paulistana!
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FONTE: Disponível em: <http://www.recanta.org.br/gincana_ecologica_pre_vestibular.html>. 
Acesso em: 15 set. 2011.
Sabemos que, diante do desafio global de garantir a qualidade de vida às 
gerações atuais e futuras, o setor econômico passou a discutir e elaborar 
mecanismos para incorporar a questão ambiental nas relações de mercado 
e no setor produtivo. O desenvolvimento econômico é algo muito mais amplo 
e profundo do que a economia. Suas raízes encontram-se fora da esfera 
econômica. Encontram-se na educação, na organização, na disciplina, no 
desenvolvimento sustentado e, mais do que isso, na independência política 
e numa consciência empresarial de autoconfiança.
Baseado neste preceito, o COATI (Centro de Orientação Ambiental Terra 
Integrada) desenvolveu um programa específico para as empresas, 
com ênfase na Educação Ambiental de funcionários e seus familiares e, 
principalmente, na sua interação com a sociedade, fazendo com que a 
certificação ambiental atinja seus propósitos, que é a participação da empresa 
na construção de um meio ambiente sustentável para todos.
 
PROGRAMAS ESPECIAIS PARA EMPRESAS E INSTITUIÇÕES DIVERSAS 
 
Palestras e cursos: profissionais de várias áreas (química, biologia, 
sociologia, comunicação) ministram palestras e workshops com temas 
específicos: ecologia; Serra do Japi e Mata Atlântica; biodiversidade; lixo, 
reciclagem e coleta seletiva; recursos hídricos; arborização e jardinagem; 
atmosfera; segurança e meio ambiente; animais; transgênicos; entre outros. 
 
Gincana Ecológica: desenvolvidas, especialmente, para filhos de 
funcionários e colaboradores, as gincanas são desenvolvidas de acordo 
com a necessidade e solicitação. É um conjunto de brincadeiras lúdicas que 
ensinam e divertem ao mesmo tempo.
FONTE: Disponível em:< http://www.coati.org.br/p_inicial/ProjetoEmpresas.htm>. Acesso em: 
15 set. 2011.
Gincana Ecológica
Tarefa
• Número 1: escolha dos nomes das equipes: (deve estar necessariamente 
ligado à biodiversidade da região).
• Número 2: cada equipe ficará responsável por criar uma fantasia de material 
reciclado que deverá ser usada no dia da apresentação das tarefas por um 
de seus integrantes.
Programa de Educação Ambiental em empresas
JUSTIFICATIVA: 
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• Número 3: elaborar com a participação de todos do grupo uma poesia com 
o tema:
“Destino do mundo, preservação ambiental”
• Número 4: para ajudar a escola, todos deverão tentar arrecadar latas e papel. 
Será dada a pontuação máxima para a equipe que trouxer a maior quantidade.
• Número 5: no decorrer das atividades, as equipes deverão criar uma 
mascote, a qual necessariamente deve ser toda de lixo. Lembrando que será 
escolhida por criatividade, nitidez. 
• Número 6: as equipes deverão se organizar e cantar uma música que 
contenha a palavra “VIDA”.
• Número 7: será de grande importância para o meio ambiente coletarmos 
todo o lixo tóxico. Para colaborar nesta tarefa vamos tentar trazer o número 
máximo de pilhas e baterias. Estará contando cada unidade que a equipe 
arrecadar.
• Número 8: entre uma das últimas tarefas estará a de trazer uma pessoa 
da comunidade com mais de 60 anos para se apresentar com a equipe no 
dia da revelação das tarefas. Porém, esta mesma pessoa deverá contar ao 
público presente como era a situação do lixo em sua infância e juventude.
• Número 9: a última tarefa consiste em trazer sementes nativas, para 
serem usadas na confecção de mudas. Serão avaliados os diferentes tipos 
conseguidos pelas equipes.
Autora: Carla Cristiane Mueller
FONTE: Disponível em: <www.comitepardo.com.br/educacao_ambiental/atividades_%20
diversas/gincana_carla.doc>. Acesso em: 12 jun. 2011.
 
2 São muitas as pesquisas que visam realizar o diagnóstico de uma 
determinada realidade. Qual a importância do diagnóstico para o 
planejamento escolar? 
R.: O objetivo é gerar sentido ao aprendizado, a partir da compreensão da 
problemática específica e suscitar no cidadão o compromisso de intervenção. 
Trata-se de uma técnica pedagógica onde educador e educando, com o 
envolvimento da comunidade local, irão pesquisar e avaliar um caso que 
reúna os problemas de maior interesse ambiental, para serem aprofundados, 
questionados e debatidos, até sugerirem propostas de solução.
A escolha da temática emerge do diagnóstico que aponte para a relevância 
da questão tanto para a escola como para a comunidade envolvida, e que 
seja de fácil apreensão e discussão. 
Todos os estudos e resultados gerados poderão ser abertos à comunidade 
envolvida diretamente com o problema, discutindo com a mesma as 
informações que fazem parte do seu cotidiano. No final, pode haver a 
divulgação dos resultados gerando informações para a sociedade em geral, 
através dos debates em seminários, reportagens de jornais, rádio, televisão e 
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vídeos. É necessário um direcionamento de conteúdo que irá delinear mais 
ou menos o que se pretende aprofundar no estudo. 
3 Qual é a contribuição dos círculos de cultura para o educador?
R.: Os "Círculos de Cultura" são um método de diálogo com os adultos, 
permitem identificar como cada um pensa a sua própria realidade, motivados 
por imagens e fatos que estimulam o sentido de reconhecimento da identidade 
e de pertencimento. “Círculos de Cultura" como forma de diálogo, com os 
adultos na alfabetização, pode aqui ser resgatada como forma de pensar 
a sua própria realidade visando traduzir o seu mundo construído através 
do resgate de fotografias de cada tempo histórico, retratando familiares no 
espaço. (BRANDÃO, 2005). 
Através de fotografias contendo cenas de seu cotidiano, esses educandos 
são motivados a falar sobre o desenrolar de suas vidas reconstruindo sua 
história e assim são desafiados a se perceber enquanto sujeitos dessa história.
O professor, neste ato de investigação/ação, deixa de ser o detentor do saber 
para ser o animador de debates, com o papel de coordenar as discussões, 
precavendo para que ocorra a participação ampla com relatos diversos. 
Através de suas histórias, de seus "causos" e do diálogo constante, em 
parceria com o educando, cabe ao educador conhecer o universo do educando, 
compreendendo sua oralidade e sua bagagem cultural (BRANDÃO, 2005). 
Aspectos da realidade são gradativamente desvelados nos diálogos com o 
grupo, inclusos aspectos não tão perceptíveis se revelam e uma “readmiração”da realidade inicialmente discutida de modo superficial será realizada, porém 
gradativamente abre-se para uma visão mais crítica e ampla, necessária para 
a transformação socioambiental a qual é o desafio do educador.
4 Qual é a importância do estudo de caso? 
R.: Conhecer a realidade. Desenvolver a comunicação e habilidade de 
observação. Lidar com dados (entrevistas, registros fotográficos, análises 
de laboratório, consulta a especialistas, consulta a arquivos e registros 
jornalísticos, entre outros).
5 De um modo geral, as instituições de ensino não são habituadas 
a gerar atividades de ensino-aprendizagem que envolvam a 
comunidade, ou que acabem com os ritmos repetitivos dos horários/
aula, a disciplina do professor e seu planejamento individual de 
conteúdos orais e provas. 
a) Como as atividades de pesquisa podem contribuir para outras formas de 
aprendizado e de planejamento pedagógico? 
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R.: - Envolve o aprendizado do estudante para a organização de dados com 
tabulação, análise estatística, geração de tabelas e gráficos. 
- A etapa de análise dos dados poderá ser efetuada e ser discutida com a 
comunidade envolvida. Também é importante gerar uma síntese do estudo, 
com elaboração do relatório. 
- Domínio de linguagem e comunicação com a apresentação dos resultados 
poderá ser realizada através de painéis, dramatização, jogral e mural, entre 
outros meios.
O processo de avaliação sai das memorizações e “provas” estanques. A 
avaliação é constante, deve percorrer todos os momentos do estudo de caso, 
do planejamento aos resultados finais dos estudos. 
b) Como a escola pode romper seu preconceito quanto à pesquisa, redefinindo 
os valores da prática do professor limitados a reproduzir conhecimentos 
provenientes dos livros didáticos? 
R.: Este tipo de trabalho pode ter estranhamentos na instituição escolar, pois 
a tendência é encarar o processo pedagógico restrito ao espaço e tempo 
da sala de aula, não se reconhecendo a importância de outros tempos e 
interações com o espaço. 
 Os primeiros educadores que o fizerem terão certamente que mostrar como 
esta atitude provoca mudanças – com avanços significativos no aprendizado 
e na busca do professor por melhorias na sua base de conhecimento, 
visando interagir com o estudante e suas próprias representações. Este 
tipo de atividade gera um grande movimento da escola e da sala de aula, 
caracterizando a atitude de pesquisa no processo de conhecimento e de 
aperfeiçoamento da linguagem. 
A execução das atividades poderá envolver educandos e educadores em 
atividades extraclasse, o que pressupõe o engajamento do professor com 
reconhecimento institucional visando operacionalizar o projeto quanto a 
condições de trabalho. 
TÓPICO 4
1 Quem são os agentes promotores da EA nos espaços não 
escolarizados?
R.: A legislação ambiental prevê estratégias para garantir a continuidade da 
Educação Ambiental ao cidadão que não frequenta a escola. Primeiramente, 
os meios de comunicação, o poder público, os grupos, as associações, as 
cooperativas e ONGs são incumbidos de promover a participação do cidadão 
nos programas de gestão ambiental. 
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Cabe ao poder público incentivar a difusão nos meios de comunicação de 
massa de programas e campanhas de esclarecimento à população, em geral. 
A participação dos sindicatos, associações, empresas públicas e privadas na 
formulação e execução de programas competentes garantirá estes espaços 
nos mais diversos meios de comunicação (televisão, rádios comunitárias ou 
não e internet). 
2 Como a escola pode romper com o tradicional distanciamento da 
realidade do educando?
R.: A escola se abre para a sociedade quando a Educação Ambiental consiste 
em um projeto transversal que traz questões emergentes da realidade do 
educando e da comunidade. Nesta perspectiva, o educando não mais precisa 
despir-se da sua vida real, ao entrar na escola; ao contrário, ela é o espaço que 
permite a reflexão da realidade, trazendo a esperança da mudança. A escola, 
além de trazer informações, é suporte para o indivíduo atuar, colocando-se 
como ser histórico, que constrói e elabora a realidade. Esta ação educativa 
de inserção da escola na comunidade é composta de um sujeito que reflete 
a realidade vivida, o que se encaixa com a meta do movimento ambientalista 
de trazer as questões ambientais para o debate público.
3 Qual a importância dos meios de comunicação de massa no processo 
educativo?
R.: Os meios de comunicação podem realizar programas diários, relacionados 
com as questões ambientais, incluindo as referentes à realidade do público 
ouvinte. Para que os meios contribuam, é preciso mais aproximação entre 
o conhecimento formal e os saberes populares, auxiliando na orientação das 
práticas adequadas. 
4 Como foram definidas as palavras geradoras? O que elas expressam?
R.: Após realizar as reuniões, entrevistas, questionários e visitas a várias 
famílias, o grupo constituiu com a comunidade um nível de convivência 
suficiente para compreender como cada família estabelece suas relações 
cotidianas com o meio ambiente. Com essa convivência obtivemos os 
elementos básicos para gerar os conteúdos de Educação Ambiental, cujos 
eixos norteadores foram as características do Ribeirão Fruteira e as formas 
de apropriação por parte dos usuários. 
A problematização da realidade local, durante a qual a comunidade participou 
ativamente no processo de definição dos problemas, permitiu que os dados 
levantados fossem analisados pela comunidade em interação com os 
acadêmicos. Desse modo, foi definida, com maior clareza, a forma como os 
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aspectos econômicos, sociais e culturais influenciam nos modos de apropriação 
dos recursos naturais. As palavras geradoras identificadas expressaram o 
cotidiano, as relações da comunidade e os usos dos recursos hídricos.
5 Qual foi a representação social do ribeirão? Como o processo 
educativo pode contribuir para mudar o entendimento e as 
expectativas das pessoas? 
R.: O significado de rio na percepção dos moradores decorre da própria 
história de apropriação das vertentes hídricas. A descaracterização da mata 
ciliar e os assoreamentos resultantes das construções (barragens, represas, 
moradias, agricultura) são pressões que intensificam o dano. Gradativamente, 
com a descaracterização do ecossistema, a água do ribeirão deixa de ter o 
significado de fonte de vida. Ela passa a ser representada como sinônimo de 
problemas: enchentes, mau cheiro e risco de contaminação. Neste contexto, 
o processo educativo implica a redefinição do problema, identificando as 
causas e buscando ancorar outros significados para os recursos hídricos, 
inclusive a possibilidade de recuperação. 
6 Por que o grupo de animadores teve êxito na participação da 
comunidade na implementação das ações? 
R.: As técnicas de ensino-aprendizagem utilizadas tiveram o êxito almejado 
por envolver a dimensão do conhecimento e da mudança das ações. Nesse 
sentido, o resgate do conhecimento ecológico tradicional e o conhecimento 
dos limites socioeconômicos dos agricultores foram substanciais para gerar, de 
modo participativo, alternativas aos problemas diagnosticados. O envolvimento 
dos agricultores em todas as etapas do processo de pesquisa foi fundamental 
para que essas alternativas fossem assumidas como de propriedade dos 
próprios agricultores, e haverá continuidade das ações implementadas.
TÓPICO 5 
1 Em que consiste uma aprendizagem com sentido?
R.: A aprendizagem com sentido forma protagonistas, não repetidores de 
ideias. Os autores insistem muito no sem sentido da educação atual, que obriga 
crianças e jovens a repetir conhecimentos e informações, absolutamente sem 
qualquer relação com a vida deles e que nada significam ejamais significarão 
para o resto das suas vidas. Um referencial pedagógico deve se basear 
no próprio desenvolvimento simbólico e arquetípico da personalidade e 
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da cultura, para tornar o estudo naturalmente lúdico, emocional, cômico e 
dramático, atraente e emergente da relação transferencial amorosa entre o 
aluno, a classe e o professor.
A sensibilização é a primeira etapa do trabalho de EA, pois favorece o 
aprendizado com sentido. O aprendizado com sentido se desenvolve através 
de atividades lúdicas como a poesia, arte, literatura e teatro.
2 O que é ecopedagogia?
R.: A ecopedagogia tem por finalidade reeducar o olhar das pessoas, isto 
é, desenvolver a atitude de observar e evitar a presença de agressões ao 
meio ambiente e aos viventes e o desperdício, a poluição sonora, visual, a 
poluição da água e do ar etc., para intervir no mundo no sentido de reeducar 
o habitante do planeta e reverter a cultura do descartável. 
3 Qual a importância dos espaços públicos para convivência, lazer e 
brincadeira?
R.: A convivência com os elementos naturais proporciona o sentido da 
existência, na Terra, da solidariedade planetária e da sabedoria do cuidado. 
Os espaços públicos de livre acesso para o compartilhamento para as crianças 
brincarem favorecem o desenvolvimento da consciência ambiental. 
4 Qual o significado de uma infância repleta de experiências 
de convivência e brincadeiras em contato com ecossistemas 
conservados?
R.: As experiências vividas com intensidade podem fazer a grande diferença 
para o engajamento futuro do cidadão nas questões ambientais. Utilizando 
somente a razão, o ser humano aprende, mas, quando utiliza o sentimento e 
a emoção, ele apreende e se educa. Uma pessoa está sensibilizada quando 
se emociona pelo objeto e, por meio das informações recebidas, redireciona 
suas atitudes e ações de forma a manter o equilíbrio com o meio ambiente. 
A experiência positiva de convivência com a natureza na infância é decisiva 
no engajamento dos adultos na defesa da conservação do meio ambiente. 
5 Quais os reflexos que podemos ter ao constituir infâncias isoladas 
da convivência com os espaços naturais?
R.: A sociedade atual tem afastado as crianças dos espaços naturais, 
transformando a natureza em mercadoria, colocando em risco a possibilidade 
de compreensão do sentido da vida por parte de toda uma geração. Este 
afastamento pode levar à desvalorização dos ecossistemas conservados. 
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TÓPICO 6 
1 Quais são os espaços naturais a serem buscados pelo educador 
para desenvolver o sentido estético e o encantamento da criança 
pela natureza? 
R.: O desenvolvimento de uma série de atividades planejadas pode 
proporcionar à criança a oportunidade de encontro com a natureza, 
despertando a sua curiosidade e o sentido de observação. Os locais a 
serem buscados são os mais diversos: acampamentos, pescarias e outras 
tantas atividades de entretenimento em ambientes abertos; visitas à Unidade 
de Conservação e jardins zoológicos; convivência em áreas de produção 
agrícola; montagem e cuidados com jardins e hortas; adoção de animais de 
estimação e visitas em centros de reabilitação de animais silvestres. 
2 Por que é indicativo proporcionar às crianças experiências que vão 
além do mero diagnóstico dos problemas ambientais?
R.: Geralmente, os conteúdos programáticos de ciências são desenvolvidos 
nas escolas como se não houvesse mais nada de novo a ser descoberto, ou 
que esta é uma tarefa apenas indicada para os especialistas do assunto. Esse 
posicionamento tende a tornar os conteúdos desinteressantes, já que não há 
mais nada a questionar e todos os problemas têm uma solução previamente 
definida, que é ditada pelo professor. 
Gradativamente, ao se desenvolver a capacidade de questionamento, 
observação, comparação, vai se desvelando toda a complexidade da 
realidade, como destacam Herman, Passineau, Scimpf Treuer (1992, p. 70): 
“através da reflexão e observação, será possível estabelecer relações com 
outras experiências, ideias e informações, proporcionando-lhe a oportunidade 
de ampliar seu conhecimento. As descobertas são consequência natural da 
exploração, mas é esse momento de reflexão que as diferencia”. 
3 Como podemos estimular as crianças a perceberem mais amplamente 
o meio ambiente? 
R.: Se o objetivo é estimular a curiosidade das pessoas, explorando os 
espaços nem sempre visíveis ao olhar desatento dos transeuntes, utilize 
uma venda nos seus olhos, conduzindo-os sob a orientação do olfato e 
audição, desafiando-os a descobrir os elementos até então despercebidos. 
Uma experiência amplamente difundida é o projeto “Trilha da Vida: (Re)
Descobrindo a Natureza com os Sentidos”.
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Adicional às trilhas interpretativas, há os jogos que podem ser instrumentos 
para explorar os espaços do meio ambiente. Os jogos não competitivos 
desenvolvem a cooperação, a confiança e o cuidado, além de auxiliar na 
percepção sensorial e facilitar no ensino de conceitos de ecologia (tais como: 
cadeia alimentar, dinâmica populacional, diversidade biológica). 
4 Como a arte, a literatura e a pesquisa social podem contribuir para 
o fortalecimento da educação ambiental nas escolas?
R.: A literatura contribui para a formação de valores, desperta o interesse das 
crianças, facilitando os questionamentos sobre a importância da conservação 
da natureza, a forma como a mata se constitui pela interação com flora e fauna.
Por ter sido um material que propiciou a transposição da história, imaginária 
para a realidade vivenciada pelas crianças, apresenta um caráter de interação 
e resgate da subjetividade. Ao contrário de muitas cartilhas que acabaram 
descontextualizando os problemas por remeterem as crianças a lugares com 
os quais não se identificam.
A curiosidade e a imaginação da criança podem ser uma forma de você 
desenvolver um rico mundo de faz de conta, mais apropriado para crianças 
de até oito anos de idade. Aqui é importante reinventar os contos infantis, não 
mais cobertos por uma floresta perigosa, abrigo de monstros ameaçadores 
e devoradores de crianças indefesas. Como sugestão de literatura infantil, 
observe os contos infantis reelaborados em obras como a “Turma do Pererê, 
do Ziraldo”.
Desta forma, pode-se concluir que a literatura infantil é um dos instrumentos 
de maior alcance para a urgente conscientização ecológica das crianças, 
sendo complementar aos passeios realizados nos espaços com a natureza. 
5 Considerando as dificuldades para a inserção da preocupação 
ambiental no sistema econômico mundial, pode-se acreditar que um 
outro mundo ainda é possível?
R.: Sim, pois a história ainda somos nós que a constituímos e podemos sim 
fazer a diferença. Se não tivermos alcançado o êxito almejado, pelo menos 
não ficaremos com a certeza de que não houve oposições à lógica dominante 
de degradação dos ecossistemas. Os desafios são imensos, mas quanto 
mais projeção os educadores tiverem, formando pessoas atuantes e que 
sabem o sentido que querem dar para a vida e tudo o que a sustenta, mais 
possibilidades teremos para conter os processos predatórios. Também cabe 
destacar que a Educação Ambiental é parte de um movimento mais amplo de 
promoção do desenvolvimento sustentável. Ela sozinha não fará a diferença 
na composição das novas relações da sociedade para com o ambiente. 
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A composição dos acordos internacionais, a participação da economia na 
adoção dos princípios da Carta da Terra, serão os pilares estruturantes das 
novas bases de existência das populações no planeta Terra. 
6 Faça uma síntese sobre as possibilidades e os limites da educação 
ambiental projetar uma nova forma de existir da sociedade atual.R.: As possibilidades estão numa educação de perspectiva emancipatória. A 
ameaça a esta perspectiva é a escola que predomina – a do adestramento 
ambiental, fundada na repetição, nos conteúdos descontextualizados, na 
formação acrítica, nas disciplinas sem sentido, nos educadores despreparados 
e pouco ativos no pensar do próprio processo de ensino/aprendizagem. O 
que mais se repete em Educação Ambiental são os atos fragmentados de 
professores que heroicamente buscam realizações, sem eco numa escola 
que não se moderniza e não tem as respostas a que a sociedade clama 
cotidianamente. A escola precisa sair destes limites, ousar e construir o 
futuro. Inovar, pesquisar, ser criativa, ser provocadora de ideias, amar o 
conhecimento e os educandos e ser capaz de selecionar informações.

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