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Dicionário
da Dor
@dorecoluna
DICIONÁRIO DA DOR
2ª
Edição
Antes de iniciar a leitura do dicionário da dor, levanto uma dúvida.
Como pesquisar e abordar uma condição, nesse caso a dor, na 
ausência de entendimento mínimo necessário acerca dos seus 
conceitos atuais mais básicos?
Sendo assim, visando minimizar o desconhecimento acerca de 
conceitos básicos, na segunda edição do dicionário da dor 
objetivo trazer os principais termos baseados em evidências 
científicas do vasto campo da dor que todo o profissional da 
saúde precisa compreender para o manejo adequado dessa 
condição.
Desfrute o conteúdo,
Olá, seja bem-vindo(a)
Msc. Pt. Leonardo Avila 
Doutorando em Neurociências
DICIONÁRIO DA DOR
2ª
Edição
Dor: Uma experiência sensitiva e emocional desagradável, 
associada, ou semelhante àquela associada, a uma lesão tecidual 
real ou potencial."
Nota(s): a) A dor sempre é uma experiência pessoal que é influenciada, em graus variáveis, por fatores 
biológicos, psicológicos e sociais; b) Dor e nocicepção são fenômenos diferentes. A dor não pode ser 
determinada exclusivamente pela atividade dos neurônios sensitivos; c) Através das suas experiências 
de vida, as pessoas aprendem o conceito de dor; d) O relato de uma pessoa sobre uma experiência 
de dor deve ser respeitado; e) Embora a dor geralmente cumpra um papel adaptativo, ela pode ter 
efeitos adversos na função e no bem-estar social e psicológico; f) A descrição verbal é apenas um dos 
vários comportamentos para expressar a dor; a incapacidade de comunicação não invalida a 
possibilidade de um ser humano ou um animal sentir dor.
A MAIOR PARTE DOS PROFISSIONAIS DA 
SAÚDE TEM POUCA DISPOSIÇÃO EM ACEITAR 
E ENTENDER A MODERNA NEUROCIÊNCIA DA 
DOR PORQUE SUA LINGUAGEM, QUE 
TRANSCENDE O RACIOCÍNIO CARTESIANO, É 
DE ÁRDUA COMPREENSÃO HAJA VISTA SUA 
FORMAÇÃO. APESAR DISSO, SEU 
ENTENDIMENTO É IMPRESCINDÍVEL.
DICIONÁRIO DA DOR
2ª
Edição
É FUNDAMENTAL 
RECONHECER A DOR 
COMO UM PRODUTO 
(OUTPUT) DO SNC.
DICIONÁRIO DA DOR
2ª
Edição
Dor crônica: Dor crônica é aquela que dura ou se repete por mais 
de 3 meses (há 3 subcategorias temporais).
Dor crônica primária: É definida como dor em uma ou mais 
regiões anatômicas que persiste ou se repete por mais de três 
meses e está associada a sofrimento emocional significativo ou 
incapacidade funcional e que não pode ser melhor explicada por 
outra condição de dor crônica (existe 1 subcategoria de dor 
crônica primária).
Dor crônica secundária: As síndromes de dor crônica secundária 
estão ligadas a outras doenças como causa subjacente, para as 
quais a dor pode inicialmente ser considerada um sintoma 
(existem 6 subcategorias de dor crônica). Em síntese, há um 
evento/condição desencadeador, e mesmo após a cura da 
condição prévia, a dor persiste.
DICIONÁRIO DA DOR
2ª
Edição
A DOR CRÔNICA É UM 
FANTASMA DO NOSSO 
TEMPO: UMA CONDIÇÃO 
GRAVE, MAL-ENTENDIDA, 
MAL DIAGNOSTICADA E 
SUBTRATADA.
DICIONÁRIO DA DOR
2ª
Edição
Dor neuropática: Dor causada por uma lesão ou doença do sistema 
nervoso somatossensorial (periférico ou central). Nota: A dor 
neuropática é uma descrição clínica (e não um diagnóstico) que 
requer uma lesão demonstrável ou uma doença que satisfaça os 
critérios de diagnóstico neurológico estabelecidos. O termo lesão é 
comumente usado quando investigações de diagnóstico (por 
exemplo, imaginologia, neurofisiologia, biópsias, testes de laboratório) 
revelam uma anormalidade ou quando houve trauma óbvio. O termo 
doença é comumente usado quando a causa subjacente da lesão é 
conhecida (por exemplo, acidente vascular cerebral, vasculite, 
diabetes mellitus, anormalidade genética). Somatossensorial refere-se 
a informações sobre o corpo em si, incluindo órgãos viscerais, em vez 
de informações sobre o mundo externo (por exemplo, visão, audição 
ou olfação). A presença de sintomas ou sinais (por exemplo, dor 
evocada pelo toque) por si só não justifica o uso do termo 
neuropático. Algumas entidades patológicas, como neuralgia do 
trigêmeo, são atualmente definidas por sua apresentação clínica e não 
por testes diagnósticos objetivos. Outros diagnósticos, como 
neuralgia pós-herpética, são normalmente baseados na história. É 
comum ao investigar a dor neuropática que o teste diagnóstico possa 
produzir dados inconclusivos ou mesmo inconsistentes. Nesses casos, 
é necessário julgamento clínico para reduzir a totalidade dos achados 
em um paciente em um diagnóstico putativo ou em um grupo 
conciso de diagnósticos.
DICIONÁRIO DA DOR
2ª
Edição
Dor nociceptiva: Dor que surge de dano real ou potencial ao tecido 
não-neural e é devida à ativação de nociceptores. Nota: Este termo foi 
criado para contrastar com a dor neuropática. O termo é usado para 
descrever a dor que ocorre com um sistema nervoso somatossensorial 
que funciona normalmente para contrastar com a função anormal 
observada na dor neuropática.
Dor nociplástica: Dor que surge da nocicepção alterada, apesar de 
não haver evidência clara de dano tecidual real ou potencial, 
causando a ativação de nociceptores periféricos ou evidência de 
doença ou lesão do sistema somatossensorial que causa a dor. Nota: 
Os pacientes podem ter uma combinação de dor nociceptiva e 
nociplástica
Dor mista: Uma sobreposição complexa dos diferentes mecanismos 
neurofisiológicos conhecidos de dor (nociceptiva, neuropática e 
nociplástica) em qualquer combinação, agindo simultaneamente e/ou 
concomitante para causar dor na mesma área do corpo. Qualquer um 
dos mecanismos pode ser mais predominante clinicamente em 
qualquer ponto do tempo. A dor mista pode ser aguda ou crônica.
DICIONÁRIO DA DOR
2ª
Edição
Dor neurogênica: dor iniciada ou causada por uma lesão primária, 
disfunção ou perturbação transitória no sistema nervoso periférico ou 
central
Dor referida: Dor espontânea fora da área da lesão.
Dor irradiada: Dor ao longo de um trajeto dermatomal específico.
Primeira dor: A primeira dor (“forte”) é transmitida pelas fibras A!, 
que levam informações de nociceptores térmicos ou mecânicos 
“alterados" ao sistema nervoso central (SNC) após um estímulo 
nocivo. É mediada pelo glutamato, um neurotransmissor excitatório 
abundante no SNC.
Segunda dor: Dor prolongada, às vezes, ardente (“lenta/surda”) é 
transmitida pelas fibras C, que transmitem sinais de nociceptores 
polimodais ao sistema nervoso central (SNC) após um estímulo 
nocivo. É mediada pela substância P e o peptídeo relacionado ao 
gene da calcitonina. Ambos, liberados como cotransmissores 
excitatórios por muitos nociceptores com axônios amielínicos.
DICIONÁRIO DA DOR
2ª
Edição
É IMPRESCINDÍVEL 
DOMINAR A LÍNGUA 
(TERMOS) DA DOR PARA 
MELHOR ENTENDER, 
INVESTIGAR E TRATAR 
ESSE SINAL.
DICIONÁRIO DA DOR
2ª
Edição
Aferente: Adjetivo que qualifica um elemento que chega a um ponto 
de referência qualquer do sistema nervoso.
Alodinia: Dor devido a um estímulo que normalmente não provoca 
dor. Isso é, sensação de dor resultante de um estímulo inicialmente 
inócuo. Nota: O estímulo leva a uma resposta inesperadamente 
dolorosa. Este é um termo clínico que não implica um mecanismo, 
mas sim um fenômeno neurofisiológico. A alodinia pode ser 
observada após diferentes tipos de estímulos somatossensitivos 
aplicados a muitos tecidos diferentes.
O termo alodinia foi originalmente introduzido para separar 
hiperalgesia e hiperestesia, as condições observadas em pacientes 
com lesões do sistema nervoso em que o toque, pressão leve ou frio 
ou calor moderado evocam dor quando aplicados em pele 
aparentemente normal. Allo significa "outro" em grego e é um prefixo 
comum para condições médicas que divergem do esperado. Odynia 
é derivado da palavra grega "odune" ou "odyne", que é usado em 
"pleurodinia" e "coccydynia" e é similar em sentido a raiz da qual 
deriva palavras com -algia ou -algesia. A alodinia foi sugerida após 
discussões com o professor Paul Potter, do Departamento de História 
da Medicina e Ciência da Universidade de Western Ontario. As 
palavras "pele normal"foram usadas na definição original, mas 
posteriormente foram omitidas para remover qualquer sugestão de 
que a alodinia se aplicava apenas à dor referida. Originalmente, 
também, o estímulo que provocava dor era descrito como "não 
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2ª
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nocivo". No entanto, um estímulo pode ser nocivo em alguns 
momentos e não em outros, por exemplo, com pele intacta e pele 
queimada pelo sol, e também, os limites da estimulação nociva 
podem ser difíceis de delimitar. Como o Comitê (IASP) visava 
fornecer termos para uso clínico, não desejava defini-los por referência 
às características físicas específicas da estimulação, por exemplo, 
pressão em kilopascais por centímetro quadrado. Além disso, mesmo 
na pele intacta, existem poucas evidências, de uma maneira ou de 
outra, de que uma forte e dolorosa picada em uma pessoa normal 
cause ou não danos aos tecidos. Consequentemente, considerou-se 
preferível definir alodinia em termos de resposta a estímulos clínicos e 
apontar que a resposta normal ao estímulo quase sempre podia ser 
testada em outras partes do corpo, geralmente em uma parte 
correspondente. Além disso, considera-se que a alodinia se aplica a 
condições que podem dar origem a sensibilização da pele, por 
exemplo, queimaduras solares, inflamação ou trauma. É importante 
reconhecer que a alodinia envolve uma mudança na qualidade de 
uma sensação, seja tátil, térmica ou de qualquer outro tipo. A 
modalidade original é normalmente inútil, mas a resposta é dolorosa. 
Existe, portanto, uma perda de especificidade de uma modalidade 
sensorial. Por outro lado, a hiperalgesia representa uma resposta 
aumentada em um modo específico, a saber, dor. Em outras 
modalidades cutâneas, hiperestesia é o termo que corresponde à 
hiperalgesia e, assim como na hiperalgesia, a qualidade não é alterada. 
Na alodinia, o modo de estímulo e o modo de resposta diferem, 
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diferentemente da situação com hiperalgesia. Essa distinção não deve 
ser confundida pelo fato de que alodinia e hiperalgesia podem ser 
plotadas com sobreposição ao longo do mesmo continuum de 
intensidade física em determinadas circunstâncias, por exemplo, com 
pressão ou temperatura.
Analgesia: Ausência de dor em resposta à estimulação que 
normalmente seria dolorosa. Nota: Como na alodinia, o estímulo é 
definido por seus efeitos subjetivos usuais.
Anestesia dolorosa: Dor em uma área ou região que é anestésica.
Anti-nociceptivo: Espectro clínico onde os circuitos endógenos de 
modulação da dor possuem a capacidade de reduzir a magnitude 
percebida dos estímulos nocivos aferentes.
Autonômico: Relativo ao sistema nervoso autônomo, parte do 
sistema nervoso que se encarrega das funções vegetativas, 
controlando a atividade de vísceras, vasos sanguíneos e glândulas.
Causalgia: Síndrome de dor em queimação sustentada, alodinia e 
hiperpatia após uma lesão nervosa traumática, geralmente combinada 
com disfunção vasomotora e sudomotora e alterações tróficas 
posteriores.
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Edição
Comportamento da dor: Padrão de ações audíveis ou observáveis, 
ou seja, postura, face, verbalizações e outras expressões (por exemplo, 
pode ser adaptativo ou mal adaptativo).
Disestesia: Sensação anormal desagradável, espontânea ou evocada. 
Nota: Compare com dor e parestesia. Casos especiais de disestesia 
incluem hiperalgesia e alodinia. Uma disestesia deve sempre ser 
desagradável e uma parestesia não deve ser desagradável, embora se 
reconheça que o limite pode apresentar algumas dificuldades quando 
se trata de decidir se uma sensação é agradável ou desagradável. 
Sempre deve ser especificado se as sensações são espontâneas ou 
evocadas.
Eferente: Adjetivo que qualifica um elemento que sai de um ponto 
de referência qualquer do sistema nervoso.
Estímulo nocivo: Um estímulo que danifica ou gera ameaça de dano 
aos tecidos normais.
Estímulo nociceptivo: Um evento real ou potencialmente prejudicial 
aos tecidos, transduzido e codificado por nociceptores.
Generalização: A codificação imprecisa do evento multissensorial 
leva à generalização de forma que a resposta condicionante (dor) 
também é acionada por eventos que compartilham algumas 
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características com o evento multissensorial de condicionamento. 
Algum grau de generalização é biologicamente vantajoso, mas a 
generalização excessiva se manifestará em uma ampla gama de 
eventos desencadeadores, alodínia e hiperalgesia, como é observado 
em grande parte dos estados de dor crônica. Ou seja, a generalização 
excessiva faz com que a dor seja evocada por eventos que não são de 
fato perigosos, e o organismo torna-se "superprotegido".
Habituação: Redução em uma resposta quando um estímulo é 
apresentado repetidamente. Nota: Habituação é antagônico a 
sensibilização nos níveis moleculares e comportamentais.
Hiperalgesia: Aumento da dor resultante de um estímulo que 
normalmente provoca dor, por outra forma, resposta exacerbada de 
um estímulo que geralmente justifica a dor. Nota: A hiperalgesia reflete 
aumento da dor na estimulação do supra-limiar. Este é um termo 
clínico que não implica um mecanismo. Para a dor evocada por 
estímulos que geralmente não são dolorosos, o termo alodinia é 
preferido, enquanto a hiperalgesia é mais apropriadamente usada para 
casos com uma resposta aumentada em um limiar normal ou em um 
limiar aumentado, por exemplo, em pacientes com neuropatia. 
Também deve-se reconhecer que, com alodinia, o estímulo e a 
resposta estão em modos diferentes, enquanto com hiperalgesia 
estão no mesmo modo. As evidências atuais sugerem que a 
hiperalgesia é uma consequência da perturbação do sistema 
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2ª
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nociceptivo com sensibilização periférica ou central, ou ambas, mas é 
importante distinguir entre os fenômenos clínicos, enfatizados por esta 
definição, e a interpretação, que pode mudar conforme o 
conhecimento avança. A hiperalgesia pode ser observada após 
diferentes tipos de estimulação somatossensorial aplicados a 
diferentes tecidos.
Hiperestesia: Maior sensibilidade à estimulação, excluindo os 
sentidos especiais. Nota: O estímulo e o locus devem ser 
especificados. A hiperestesia pode se referir a vários modos de 
sensibilidade cutânea, incluindo toque e sensação térmica sem dor, 
bem como dor. A palavra é usada para indicar um limiar diminuído 
para qualquer estímulo e uma resposta aumentada a estímulos 
normalmente reconhecidos. Alodinia é sugerida para dor após 
estimulação que normalmente não é dolorosa. A hiperestesia inclui 
alodinia e hiperalgesia, mas os termos mais específicos devem ser 
usados onde quer que sejam aplicáveis.
Hiperpatia: Síndrome dolorosa caracterizada por uma reação 
anormalmente dolorosa a um estímulo, especialmente um estímulo 
repetitivo, além de um limiar aumentado. Nota: Pode ocorrer com 
alodinia, hiperestesia, hiperalgesia ou disestesia. Identificação e 
localização incorretas do estímulo, atraso, sensação de irradiação e 
pós-sensibilização podem estar presentes, e a dor geralmente é de 
caráter explosivo.
DICIONÁRIO DA DOR
2ª
Edição
Hipoalgesia: Dor diminuída em resposta a um estímulo normalmente 
doloroso. Nota: A hipoalgesia foi anteriormente definida como 
sensibilidade reduzida à estimulação nociva, tornando-se um caso 
particular de hipoestesia. No entanto, agora se refere apenas à 
ocorrência de relativamente menos dor em resposta à estimulação 
que produz dor. A hipoestesia cobre o caso de sensibilidade reduzida 
à estimulação que normalmente é dolorosa. As implicações de 
algumas das definições acima podem ser resumidas por 
conveniência, a seguir: O estímulo limiar da alodinia e o modo de 
resposta diferem; Hiperalgesia aumento do estímulo de resposta e 
modo de resposta são os mesmos; Limiar aumentado da hiperpatia: o 
aumento do estímulo de resposta e o modo de resposta podem ser 
iguais ou diferentes; Limiar elevado de hipoalgesia: estímulo de 
resposta reduzido e modo de resposta são os mesmos; O essencialdas definições acima não precisa ser simétrico e não é simétrico no 
momento. Limiar reduzido pode ocorrer com alodinia, mas não é 
necessário. Além disso, não há categoria para limiar e resposta 
reduzidos - se isso ocorrer.
Hipoestesia: Diminuição da sensibilidade à estimulação, excluindo os 
sentidos especiais. Nota: Estimulação e locus a serem especificados.
Interneurônio: Neurônio de circuito local, com axônio curto, que 
estabelece conexão dentro de uma mesma região ou núcleo, ou entre 
regiões ou núcleos vizinhos. Alguns são inibitórios, outros são 
excitatórios.
DICIONÁRIO DA DOR
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Edição
Limiar: Potencial de membrana a partir do qual uma despolarização 
provoca a deflagração de um potencial de ação. É mais baixo na zona 
de disparo do axônio, o que torna mais fácil e frequente a ocorrência 
de potenciais de ação nessa região.
Limiar de dor: A intensidade mínima de um estímulo que é 
percebido como doloroso. Nota: Tradicionalmente, o limiar costuma 
ser definido, como o definimos anteriormente, ou seja, como a menor 
intensidade de estímulo na qual um sujeito percebe a dor. 
Devidamente definido, o limiar é realmente a experiência do 
paciente, enquanto a intensidade medida a um evento externo. Tem 
sido um uso comum para a maioria dos pesquisadores de dor definir o 
limiar em termos de estímulo, e isso deve ser evitado. No entanto, o 
estímulo limiar pode ser reconhecido como tal e medido. Na 
psicofísica, limiares são definidos como o nível em que 50% dos 
estímulos são reconhecidos. Nesse caso, o limiar da dor seria o nível 
em que 50% dos estímulos seriam reconhecidos como dolorosos. O 
estímulo não é dor e não pode ser uma medida de dor.
Limiar de dor a pressão: A intensidade mínima que um estímulo 
mecânico (pressórico) é percebido como doloroso.
Mecanismo: Os processos físicos ou químicos fundamentais 
envolvidos ou responsáveis por uma 1) ação, 2) reação ou outro 3) 
fenômeno natural.
DICIONÁRIO DA DOR
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Mecanismo neurofisiológico da dor: Termo que concebe fatores 
que podem contribuir para o 1) desenvolvimento, 2) manutenção ou 
3) intensificação da dor.
Modulação condicionada da dor (repouso e ativa): Os circuitos 
endógenos de modulação da dor possuem a capacidade de 
aumentar ou reduzir a magnitude percebida dos estímulos nocivos 
aferentes. No cenário experimental, a analgesia endógena é 
predominantemente investigada usando o paradigma psicofísico da 
modulação condicionada da dor (do inglês conditioned pain 
modulation), que é caracteristicamente testada usando uma variedade 
de modelos onde busca-se (1) “inibir a dor através da dor” (teste em 
repouso) ou (2) através do exercício (teste ativo), via um estímulo 
nocivo chamado de estímulo condicionador, modulando outro, o 
estímulo de teste.
DICIONÁRIO DA DOR
2ª
Edição
DENTRE OS 
MECANISMOS 
CENTRAIS DE 
MODULAÇÃO DA DOR, 
OS INIBITÓRIOS SÃO 
DENOMINADOS 
COLETIVAMENTE 
COMO ANALGESIA 
ENDÓGENA.
Neuralgia: Dor na distribuição de um nervo ou nervos. O uso comum, 
especialmente na Europa, geralmente implica uma qualidade 
paroxística, mas a nevralgia não deve ser reservada para dores 
paroxísticas.
Neurite: Inflamação de um nervo ou nervos. Nota: Não deve ser 
usado, a menos que se pense que há inflamação.
Neuropatia: Um distúrbio de função ou alteração patológica em um 
nervo: em um nervo, mononeuropatia; em vários nervos, 
mononeuropatia múltipla; se difusa e bilateral, polineuropatia. Nota: A 
neurite é um caso especial de neuropatia e agora está reservada para 
processos inflamatórios que afetam os nervos.
Neurotransmissor: Substância de baixo peso molecular sintetizada 
pelo neurônio, armazenada em vesículas e liberada para o espaço 
extracelular com a função de transmitir informações entre um neurônio 
e outra célula.
Nocicepção: Processo neural de codificação de estímulos nocivos. 
Nota: As consequências da codificação podem ser autonômicas (por 
exemplo, pressão arterial elevada) ou comportamentais (reflexo de 
retirada motor ou comportamento nocifensivo mais complexo). A 
sensação de dor não está necessariamente implícita.
Nocicepção (4 fases): Transdução é o processo de converter 
estímulos em potenciais de ação neuronal no receptor sensorial. 
Transmissão refere-se à propagação de potenciais de ação ao longo 
dos neurônios do receptor periférico para a medula espinal e, em 
seguida, centralmente para o cérebro. A percepção ocorre 
contemporaneamente à integração do sinal no nível cortical do 
cérebro. Esse processo envolve várias regiões corticais, denominadas 
matriz da dor, que influenciam todos os componentes da sensação de 
dor. O complexo mecanismo pelo qual a transmissão sináptica de 
sinais dolorosos é modificada é chamado de modulação.
Neurônio nociceptivo: Neurônio central ou periférico do sistema 
nervoso somatossensorial, capaz de codificar estímulos nocivos.
Nociceptor: Receptor sensitivo de alto limiar do sistema nervoso 
somatossensorial periférico capaz de transduzir e codificar estímulos 
nocivos.
Nível de tolerância à dor: A intensidade máxima de um estímulo que 
produz dor que um sujeito está disposto a aceitar em uma 
determinada situação. Nota: Assim como no limiar da dor, o nível de 
tolerância à dor é a experiência subjetiva do indivíduo. Os estímulos 
que normalmente são medidos em relação à sua produção são os 
estímulos do nível de tolerância à dor e não o nível em si. Assim, o 
mesmo argumento se aplica ao nível de tolerância à dor e ao limiar da 
dor, e não é definido em termos da estimulação externa como tal.
DICIONÁRIO DA DOR
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Edição
Neuralgia: Dor na distribuição de um nervo ou nervos. O uso comum, 
especialmente na Europa, geralmente implica uma qualidade 
paroxística, mas a nevralgia não deve ser reservada para dores 
paroxísticas.
Neurite: Inflamação de um nervo ou nervos. Nota: Não deve ser 
usado, a menos que se pense que há inflamação.
Neuropatia: Um distúrbio de função ou alteração patológica em um 
nervo: em um nervo, mononeuropatia; em vários nervos, 
mononeuropatia múltipla; se difusa e bilateral, polineuropatia. Nota: A 
neurite é um caso especial de neuropatia e agora está reservada para 
processos inflamatórios que afetam os nervos.
Neurotransmissor: Substância de baixo peso molecular sintetizada 
pelo neurônio, armazenada em vesículas e liberada para o espaço 
extracelular com a função de transmitir informações entre um neurônio 
e outra célula.
Nocicepção: Processo neural de codificação de estímulos nocivos. 
Nota: As consequências da codificação podem ser autonômicas (por 
exemplo, pressão arterial elevada) ou comportamentais (reflexo de 
retirada motor ou comportamento nocifensivo mais complexo). A 
sensação de dor não está necessariamente implícita.
Nocicepção (4 fases): Transdução é o processo de converter 
estímulos em potenciais de ação neuronal no receptor sensorial. 
Transmissão refere-se à propagação de potenciais de ação ao longo 
dos neurônios do receptor periférico para a medula espinal e, em 
seguida, centralmente para o cérebro. A percepção ocorre 
contemporaneamente à integração do sinal no nível cortical do 
cérebro. Esse processo envolve várias regiões corticais, denominadas 
matriz da dor, que influenciam todos os componentes da sensação de 
dor. O complexo mecanismo pelo qual a transmissão sináptica de 
sinais dolorosos é modificada é chamado de modulação.
Neurônio nociceptivo: Neurônio central ou periférico do sistema 
nervoso somatossensorial, capaz de codificar estímulos nocivos.
Nociceptor: Receptor sensitivo de alto limiar do sistema nervoso 
somatossensorial periférico capaz de transduzir e codificar estímulos 
nocivos.
Nível de tolerância à dor: A intensidade máxima de um estímulo que 
produz dor que um sujeito está disposto a aceitar em uma 
determinada situação. Nota: Assim como no limiar da dor, o nível de 
tolerância à dor é a experiência subjetiva do indivíduo. Os estímulos 
que normalmente são medidos em relação à sua produção são os 
estímulos do nível de tolerância à dor e não o nívelem si. Assim, o 
mesmo argumento se aplica ao nível de tolerância à dor e ao limiar da 
dor, e não é definido em termos da estimulação externa como tal.
DICIONÁRIO DA DOR
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Edição
Neuralgia: Dor na distribuição de um nervo ou nervos. O uso comum, 
especialmente na Europa, geralmente implica uma qualidade 
paroxística, mas a nevralgia não deve ser reservada para dores 
paroxísticas.
Neurite: Inflamação de um nervo ou nervos. Nota: Não deve ser 
usado, a menos que se pense que há inflamação.
Neuropatia: Um distúrbio de função ou alteração patológica em um 
nervo: em um nervo, mononeuropatia; em vários nervos, 
mononeuropatia múltipla; se difusa e bilateral, polineuropatia. Nota: A 
neurite é um caso especial de neuropatia e agora está reservada para 
processos inflamatórios que afetam os nervos.
Neurotransmissor: Substância de baixo peso molecular sintetizada 
pelo neurônio, armazenada em vesículas e liberada para o espaço 
extracelular com a função de transmitir informações entre um neurônio 
e outra célula.
Nocicepção: Processo neural de codificação de estímulos nocivos. 
Nota: As consequências da codificação podem ser autonômicas (por 
exemplo, pressão arterial elevada) ou comportamentais (reflexo de 
retirada motor ou comportamento nocifensivo mais complexo). A 
sensação de dor não está necessariamente implícita.
Nocicepção (4 fases): Transdução é o processo de converter 
estímulos em potenciais de ação neuronal no receptor sensorial. 
Transmissão refere-se à propagação de potenciais de ação ao longo 
dos neurônios do receptor periférico para a medula espinal e, em 
seguida, centralmente para o cérebro. A percepção ocorre 
contemporaneamente à integração do sinal no nível cortical do 
cérebro. Esse processo envolve várias regiões corticais, denominadas 
matriz da dor, que influenciam todos os componentes da sensação de 
dor. O complexo mecanismo pelo qual a transmissão sináptica de 
sinais dolorosos é modificada é chamado de modulação.
Neurônio nociceptivo: Neurônio central ou periférico do sistema 
nervoso somatossensorial, capaz de codificar estímulos nocivos.
Nociceptor: Receptor sensitivo de alto limiar do sistema nervoso 
somatossensorial periférico capaz de transduzir e codificar estímulos 
nocivos.
Nível de tolerância à dor: A intensidade máxima de um estímulo que 
produz dor que um sujeito está disposto a aceitar em uma 
determinada situação. Nota: Assim como no limiar da dor, o nível de 
tolerância à dor é a experiência subjetiva do indivíduo. Os estímulos 
que normalmente são medidos em relação à sua produção são os 
estímulos do nível de tolerância à dor e não o nível em si. Assim, o 
mesmo argumento se aplica ao nível de tolerância à dor e ao limiar da 
dor, e não é definido em termos da estimulação externa como tal.
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Neuralgia: Dor na distribuição de um nervo ou nervos. O uso comum, 
especialmente na Europa, geralmente implica uma qualidade 
paroxística, mas a nevralgia não deve ser reservada para dores 
paroxísticas.
Neurite: Inflamação de um nervo ou nervos. Nota: Não deve ser 
usado, a menos que se pense que há inflamação.
Neuropatia: Um distúrbio de função ou alteração patológica em um 
nervo: em um nervo, mononeuropatia; em vários nervos, 
mononeuropatia múltipla; se difusa e bilateral, polineuropatia. Nota: A 
neurite é um caso especial de neuropatia e agora está reservada para 
processos inflamatórios que afetam os nervos.
Neurotransmissor: Substância de baixo peso molecular sintetizada 
pelo neurônio, armazenada em vesículas e liberada para o espaço 
extracelular com a função de transmitir informações entre um neurônio 
e outra célula.
Nocicepção: Processo neural de codificação de estímulos nocivos. 
Nota: As consequências da codificação podem ser autonômicas (por 
exemplo, pressão arterial elevada) ou comportamentais (reflexo de 
retirada motor ou comportamento nocifensivo mais complexo). A 
sensação de dor não está necessariamente implícita.
Nocicepção (4 fases): Transdução é o processo de converter 
estímulos em potenciais de ação neuronal no receptor sensorial. 
Transmissão refere-se à propagação de potenciais de ação ao longo 
dos neurônios do receptor periférico para a medula espinal e, em 
seguida, centralmente para o cérebro. A percepção ocorre 
contemporaneamente à integração do sinal no nível cortical do 
cérebro. Esse processo envolve várias regiões corticais, denominadas 
matriz da dor, que influenciam todos os componentes da sensação de 
dor. O complexo mecanismo pelo qual a transmissão sináptica de 
sinais dolorosos é modificada é chamado de modulação.
Neurônio nociceptivo: Neurônio central ou periférico do sistema 
nervoso somatossensorial, capaz de codificar estímulos nocivos.
Nociceptor: Receptor sensitivo de alto limiar do sistema nervoso 
somatossensorial periférico capaz de transduzir e codificar estímulos 
nocivos.
Nível de tolerância à dor: A intensidade máxima de um estímulo que 
produz dor que um sujeito está disposto a aceitar em uma 
determinada situação. Nota: Assim como no limiar da dor, o nível de 
tolerância à dor é a experiência subjetiva do indivíduo. Os estímulos 
que normalmente são medidos em relação à sua produção são os 
estímulos do nível de tolerância à dor e não o nível em si. Assim, o 
mesmo argumento se aplica ao nível de tolerância à dor e ao limiar da 
dor, e não é definido em termos da estimulação externa como tal.
DOR E NOCICEPÇÃO 
NÃO SÃO SINÔNIMOS
Há dor sem nocicepção, assim como há nocicepção 
sem DOR. Ao perceber a nocicepção pode-se obter dor 
como resposta.
Nocicepção sem dor existe na ausência da percepção 
de ameaça nociceptiva.
Nocicepção não é o suficiente e nem necessária para 
uma experiência em dor.
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Parestesia: Sensação anormal, espontânea ou evocada. Nota: 
Compare com disestesia. Após muita discussão, concordou-se em 
recomendar que a parestesia seja usada para descrever uma sensação 
anormal que não é desagradável, enquanto a disestesia seja usada 
preferencialmente para uma sensação anormal que é considerada 
desagradável. O uso de um termo (parestesia) para indicar sensações 
espontâneas e outro para se referir a sensações evocadas não são 
favorecidos. Há um sentido em que, como parestesia se refere a 
sensações anormais em geral, pode incluir disestesia, mas o contrário 
não é verdadeiro. A disestesia não inclui todas as sensações anormais, 
mas apenas aquelas que são desagradáveis.
Pró-nociceptivo: Espectro clínico onde os circuitos endógenos de 
modulação da dor encontram-se disfuncionais sendo incapazes de 
reduzir a magnitude percebida dos estímulos nocivos aferentes;
Sensibilização: Maior capacidade de resposta dos neurônios 
nociceptivos à sua entrada normal e/ou recrutamento de uma resposta 
a entradas normalmente abaixo do limiar. Também pode ser 
entendida como uma resposta acentuada a uma ampla variedade de 
estímulos após a apresentação de um estímulo intenso ou nocivo. 
Nota: A sensibilização pode incluir uma queda no limiar e um aumento 
na resposta do supra-limiar. Descargas espontâneas e aumentos no 
tamanho do campo receptivo também podem ocorrer. Este é um 
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termo neurofisiológico que só pode ser aplicado quando a entrada e a 
saída do sistema neural em estudo são conhecidas, por exemplo, 
controlando o estímulo e medindo o evento neural. Clinicamente, a 
sensibilização só pode ser inferida indiretamente a partir de 
fenômenos como hiperalgesia ou alodinia.
Sensibilização central: 1. Amplificação da sinalização neural dentro 
do Sistema Nervoso Central (SNC) que provoca hipersensibilidade à 
dor, é um fenômeno real ou não, e pode avaliar sua contribuição 
relativa para os distúrbios da dor inflamatória, neuropática e 
nociplástica disfuncional em pacientes. 2. Maior responsividade 
(sensibilidade e/ou atividade) dos neurônios (áreas do SNC) 
nociceptivos no sistema nervoso central ao seu input normal ou 
reduzido. Nota: Veja nota para sensibilização e neurônio nociceptivo.Isso pode incluir maior responsividade devido à disfunção dos 
sistemas endógenos de controle da dor. Neurônios periféricos estão 
funcionando normalmente; mudanças na função ocorrem apenas nos 
neurônios centrais.
Sensibilização periférica: Maior capacidade de resposta e limiar 
reduzido de neurônios nociceptivos na periferia à estimulação de seus 
campos receptivos. Nota: Veja a nota para sensibilização.
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SENSIBILIZAÇÃO DO 
SISTEMA NERVOSO À 
DOR, INVISÍVEL, MAS 
POSSIVELMENTE 
DETECTÁVEL.
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Somação temporal: Fenômeno sináptico que aumenta a amplitude 
de um potencial pós-sináptico quando dois impulsos de baixa fre-
quência (ou mais) chegam de forma sequencial na mesma sinapse.
Tratamento interdisciplinar: Tratamento multidimensional forneci-
do por uma equipe multidisciplinar que colabora na avaliação e trata-
mento usando um modelo e objetivos biopsicossociais compartilha-
dos. Por exemplo: a prescrição de um antidepressivo por um médico, 
juntamente com o tratamento físico de um fisioterapeuta, e o trata-
mento cognitivo-comportamental de um psicólogo, todos trabalhan-
do em estreita colaboração com reuniões regulares da equipe (pres-
enciais ou online), acordo sobre diagnóstico, objetivos terapêuticos e 
planos de tratamento e revisão.
Tratamento multidimensional: O uso simultâneo de intervenções 
terapêuticas separadas, com diferentes mecanismos de ação dentro 
de uma disciplina, visando diferentes mecanismos da dor. Por exemp-
lo: o uso de pregabalina e opióides para controle da dor por um 
médico; o uso de AINEs e órteses para o controle da dor por um 
médico; a prescrição de movimento por um fisioterapeuta para o con-
trole da dor, o uso de terapia manual para o controle da dor por um 
fisioterapeuta; o emprego da terapia cógnita-funcional por um psicólo-
go para controle da dor, etc.
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Tratamento unimodal: Intervenção terapêutica única direcionada a 
um mecanismo específico da dor ou diagnóstico da dor. Por exemplo: 
a prescrição de movimento por um fisioterapeuta para o controle da 
dor, a prescrição de uma droga para o controle da dor por um médico, 
etc.
Diagnósticos baseados em processos 
teciduais locais não são mais úteis 
quando a dor está relacionada ao 
controle disfuncional do sistema 
nervoso.
É imprescindível estabelecer um idioma 
comum para o melhor entendimento, 
investigação e tratamento da dor.
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Referências bibliográficas:
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Central Sensitization in Musculoskeletal Pain: Lost in Translation? JOSPT. 2020.
Freynhagem R. et. al. Current understanding of the mixed pain concept: a brief 
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Kandel E. R, Schawartz J. H, Jessell T. M. Principles of Neural Science. 2012. 5 
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Kosek E, Cohen M, Baron R, et al. Do we need a third mechanistic descriptor for 
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Lent. R. Cem Bilhões de Neurônios: Conceitos fundamentais de Neurociência. 2 
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The revised International Association for the Study of Pain definition of pain: 
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Treede R.D. et. al. Chronic pain as symptom or a disease: the IASP Classification of 
Chronic Pain for the International Classification of Diseases (ICD-11). PAIN. 2019.
Systematic Review and Synthesis of Mechanism-based Classification Systems for 
Pain Experienced in the Musculoskeletal System. Clinical Journal of Pain. 2020.
Dicionário
da Dor

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