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Mariana Machado Modelos de ensino na Medicina Modelo Flexneriano: baseado nas avaliações de ensino de Abraham Flexner, professor e estudioso do ensino universitário estadunidense. Criado em 1910, aplicado por meio de visitas nos laboratórios das Faculdades de Medicina do Canadá e dos Estados Unidos. Consegue padronizar o ensino médico, mas acaba o elitizando e o distanciando do contexto no qual o paciente está inserido. Modelo Preventivista: surgido na década de 60, mas aplicado na década de 80, traz o pensamento médico-social, integrando a realidade do paciente ao atendimento e estudo médico. Buscando prevenir patologias através de medidas socioeducativas que visam prevenir a doença, promover a saúde, proteger o indivíduo e reabilitar seu bem-estar quando necessário. No Brasil, os livros: Dilema Preventivista, de Sérgio Arouca e Medicina e Sociedade, de Cecília Donnangelo, impulsionaram o movimento. Diferença entre os modelos: Flexneriano: foco na doença, estudante deve vivenciar o cotidiano do hospital, divisão entre ciclo básico e clínico, viés positivista, defesa do patriotismo médico. Preventivista: foco na prevenção, estudante deve vivenciar a aprender além do hospital, visão ampliada acerca do contexto no qual o paciente está inserido, viés cientificista e mais humanizado. Ambos os modelos possuíram ou possuem funcionalidade na Medicina, mas atualmente, o mundo adota o modelo Preventivista baseando-se no custo benefício e na qualidade de vida. Assim, a prevenção hodierna auxilia também na superação de problemáticas socioeconômicas, acompanhando de modo mais próximo a realidade do indivíduo. O Sistema Único de Saúde e o método de ensino PBL seguem o modelo Preventivista.