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Prévia do material em texto

Caso 
O.S. 
83 anos 
Aposentada 
Anamnese 
Queixa principal 
Idosa com redução da mobilidade que iniciou após fratura de fêmur devido a queda. 
Histórico do problema atual 
Equipe da Estratégia de Saúde da Família (ESF) realiza Visita Domiciliar (VD) a O.S. 
que se queixa de redução da mobilidade. Encontram-na acamada, em uso de fraldas, em 
péssimas condições de higiene corporal, depressiva, e com o membro inferior direito 
(MID) elevado. A idosa relata dor em membro inferior direito que se iniciou há três 
dias. Realizou cirurgia para colocação de prótese devido fratura de fêmur à direita, após 
colisão com o cão de seu sobrinho há seis meses. Em decorrência disso, apresenta 
dificuldade para sair da cama, medo de cair, constipação intestinal e emagrecimento. 
Sobrinho de O.S. relata que a idosa mantém-se sonolenta na maior parte do dia. A partir 
dos problemas levantados a equipe conversa com o cuidador sobre os cuidados que 
devem ser prestados à idosa. 
Revisão de sistemas 
Presença de eritema, calor, dor, edema e empastamento de panturrilha em MID. 
Acamada por períodos prolongados, em uso de fraldas, mobilidade reduzida e 
emagrecida. Eliminação vesical presente em fraldas e presença de constipação 
intestinal. Relata perda de pequena quantidade de urina ao tossir ou espirrar. Faz uso de 
fraldas durante o turno da noite. Não evacua há quatro dias, urina concentrada em 
fralda. 
Histórico 
História social 
Senhora O.S. reside sozinha em uma casa de alvenaria, muito humilde, localizada nos 
fundos do pátio de seu sobrinho. O domicílio é pequeno, com péssimas condições de 
higiene, pouca iluminação natural, tornando o ambiente úmido. O.S. permanece a maior 
parte do tempo em seu quarto, sai da cama com ajuda de uma bengala, para se dirigir até 
o banheiro e cozinha. A casa apresenta apenas três cômodos, quarto, cozinha e banheiro. 
A idosa é supervisionada pelo seu sobrinho que permanece pouco tempo em casa, 
devido a sua profissão, o que dificulta o cuidado com a idosa. O.S. tem três filhos que 
residem em outro estado e pouco a visitam. As refeições da idosa são preparadas pela 
vizinha diariamente a pedido do seu sobrinho. 
Antecedentes pessoais 
O.S. tem Diabetes Mellitus (DM) desde os 56 anos. Parou de fumar há 18 anos. 
Medicações em uso 
Insulina NPH, 20 UI pela manhã e 15 UI à noite. 
Antecedentes familiares 
Sem antecedentes familiares de risco. 
Exame Físico 
 
Lúcida, orientada e comunicativa 
PA: 120/80 mmHg 
Peso: 52 kg 
Estatura: 1,62 m 
IMC= 19.8 kg/m2 
Glicemia capilar: 246 mg/dL 
Temperatura: 37,6ºC 
FR: 25 mrpm 
FC: 74 bpm 
Ausculta cardíaca: bulhas normofonéticas, 2 tempos, sem sopros. 
Ausculta pulmonar: murmúrios vesiculares diminuídos bilateralmente. 
Abdômen: presença de ruídos hidroaéreos diminuídos, distendido e doloroso à 
palpação. 
Membro inferior direito com presença de edema 3+/4+, hiperemia e calor em terço 
distal, força reduzida. Membro inferior esquerdo inalterado. 
Saiba Mais 
 
Modalidades de Atenção Domiciliar 
 
“Modalidade AD1 Atenção Básica: Destina-se a pacientes que possuam problemas de 
saúde controlados/compensados e com dificuldade ou impossibilidade física de 
locomoção até uma unidade de saúde; e/ou pacientes que necessitem de cuidados de 
menor intensidade, incluídos os de recuperação nutricional, de menor frequência de 
visitas, com menor necessidade de recursos de saúde e dentro da capacidade de 
atendimento de todos os tipos de equipes que compõem a atenção básica. 
 
Modalidade AD2/ AD3- Melhor em Casa (SAD): Destina-se, na modalidade AD2, a 
usuários que possuam problemas de saúde e dificuldade ou impossibilidade física de 
locomoção até uma unidade de saúde e que necessitem de maior frequência de cuidado, 
recursos de saúde e acompanhamento contínuo, podendo ser oriundos de diferentes 
serviços da rede de atenção, com necessidade de frequência e intensidade de cuidados 
maior que a capacidade da rede básica. A modalidade AD3 destina-se aos usuários 
semelhantes aos da AD2, mas que façam uso de equipamentos específicos. São 
pacientes de maior complexidade que dificilmente terão alta dos cuidados domiciliares. 
 
Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar (EMAD) 
 
Modalidade AD2: aos usuários que possuam problemas de saúde e dificuldade ou 
impossibilidade física de locomoção até uma UBS e que necessitem de maior frequência 
de cuidado, recursos de saúde e acompanhamento contínuos, podendo ser provenientes 
de diferentes serviços da rede de atenção. A prestação de assistência à saúde na 
modalidade AD2 é de responsabilidade da equipe multiprofissional de atenção 
domiciliar (EMAD) e da equipe multiprofissional de apoio (EMAP). 
 
Modalidade AD3: destinada aos usuários que possuam problemas de saúde e 
dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma unidade de saúde, com 
necessidade de maior frequência de cuidado, recursos de saúde, acompanhamento 
contínuo e uso de equipamentos, podendo ser oriundos de diferentes serviços da Rede 
de Atenção à Saúde. A prestação de assistência à saúde na modalidade AD2 é de 
responsabilidade da equipe multiprofissional de atenção domiciliar (EMAD) e da equipe 
multiprofissional de apoio (EMAP), ambas designadas para essa finalidade. 
 
A EMAD é a principal responsável pelo cuidado do paciente domiciliado. A diferença 
entre as EMADs e as equipes de atenção básica está no tipo de atendimento prestado 
(especializado para pacientes domiciliados) e na composição da equipe profissional, que 
deverá conter, minimamente: 
 
I. 1 ou 2 profissionais médicos, com somatório de carga horária semanal (CHS) de, no 
mínimo, 40 (quarenta) horas; 
II. 1 ou 2 profissionais enfermeiros, com somatório de CHS de, no mínimo, 40 
(quarenta) horas; 
III. 3 ou 4 (pois pode ser 3 profissionais de 40h ou 4 profissionais de 30h); 
IV. Profissional fisioterapeuta e/ou assistente social, com somatório de CHS de, no 
mínimo, 30 (trinta) horas. 
 
No caso dos fisioterapeutas e assistentes sociais, poderão ser adotados outros arranjos. 
Veja na Portaria GM/MS 1.533, de 16 de julho de 212. Porém, atenção: nenhum 
profissional componente da EMAD poderá ter carga horária semanal inferior a 20 
(vinte) horas. 
 
Equipe Multiprofissional de Apoio (EMAP) 
 
Modalidade AD2: aos usuários que possuam problemas de saúde e dificuldade ou 
impossibilidade física de locomoção até uma UBS e que necessitem de maior frequência 
de cuidado, recursos de saúde e acompanhamento contínuos, podendo ser oriundos de 
diferentes serviços da rede de atenção. A prestação de assistência à saúde na modalidade 
AD2 é de responsabilidade da equipe multiprofissional de atenção domiciliar (EMAD) e 
da equipe multiprofissional de apoio (EMAP), ambas designadas para esta finalidade. 
 
Modalidade AD3: àqueles que possuam problemas de saúde e dificuldade ou 
impossibilidade física de locomoção até uma unidade de saúde, com necessidade de 
maior frequência de cuidado, recursos de saúde, acompanhamento contínuo e uso de 
equipamentos, podendo ser oriundos de diferentes serviços da Rede de Atenção à 
Saúde. A prestação de assistência à saúde na modalidade AD2 é de responsabilidade da 
equipe multiprofissional de atenção domiciliar (EMAD) e da equipe multiprofissional 
de apoio (EMAP), ambas designadas para essa finalidade. 
 
A EMAP deverá oferecer apoio à EMAD, bem como às equipes de atenção básica 
(inclusive equipes de Saúde da Família e Núcleos de Apoio à Saúde da Família). Sua 
composição mínima deverá conter 3 (três) profissionais de nível superior, escolhidos 
entre oito diferentes ocupações: 
 
I. Assistente social; 
II. Fisioterapeuta; 
III. Fonoaudiólogo; 
IV. Nutricionista; 
V. Odontólogo; 
VI. Psicólogo; 
VII. Farmacêutico; e 
VIII. Terapeuta ocupacional” 
(BRASIL, 2013) 
Questão 1 
Escolha múltipla 
Quais os problemas levantados durante a Visita 
Domiciliar a Sra. O.S.? 
 Síndrome da ImobilidadeIncontinência urinária 
 Constipação intestinal 
 Incapacidade funcional 
 Glicemia capilar baixa 
 
100 / 100 acerto 
A idosa apresenta glicemia capilar de 246 mg/dl o que está acima do preconizado que é 
100 mg/dl. A incontinência urinária é uma condição comumente encontrada nos idosos, 
especialmente entre as mulheres. Existem vários tipos de incontinência urinária que 
demandam diferentes abordagens terapêuticas. A constipação intestinal se associa com 
hábitos de vida, principalmente a inatividade física e alimentação não saudável. No caso 
de O.S., a imobilidade pode promover ou agravar a constipação. A mudança de atitude e 
limitações encontradas pela paciente após a fratura de fêmur evidenciam a síndrome da 
imobilidade, que por sua vez, está correlacionada e é uma consequência da incapacidade 
funcional. O fato de possuir somente o sobrinho como cuidador, mostra a rede de apoio 
limitada. 
Saiba mais 
 
Incontinência Urinária (IU) 
 
A incontinência urinária (IU) é definida como a eliminação involuntária de urina em 
qualquer quantidade e frequência suficientes para provocar prejuízos sociais ou à saúde. 
Sua prevalência aumenta com o envelhecimento e é maior em mulheres. É considerada 
um “gigante da geriatria”, pois pode trazer inúmeras consequências sociais, como 
depressão, redução da autoestima, afastamento de atividades sociais e mesmo do 
relacionamento íntimo, e repercussões clínicas como quedas, fraturas, infecções 
cutâneas e úlceras por pressão. (CHAIMOWICZ, 2013, p. 73). 
 
A IU pode ser dividida em: 
 
- Incontinência urinária transitória: tem causa específica e potencialmente reversível 
como constipação intestinal, fecaloma, confusão mental, dificuldade de locomoção, 
infecções do trato urinário, entre outras. 
- Incontinência urinária estabelecida: pode ser classificada em incontinência urinária 
funcional, de urgência, de esforço e de transbordamento. A incontinência urinária 
funcional pode surgir subitamente após uma fratura, AVC ou qualquer doença 
debilitante aguda, como uma gripe forte, e a partir daí pode se tornar incontinência 
urinária estabelecida quando a situação que a desencadeou se tornar crônica como a 
osteoartrose grave, a Doença de Parkinson e a hemiplegia após um AVC. Muitas vezes, 
além da dificuldade de locomoção, o tempo disponível para chegar ao banheiro esta 
diminuído pela presença de urgência urinária. 
 
O tratamento da incontinência urinária é dividido em quatro etapas: 
 
- 1º etapa: diagnosticar a incontinência urinária fazendo perguntas aos pacientes idosos, 
como: O senhor (ou a senhora) costuma perder um pouco de urina na roupa? É um 
pouquinho, quando tosse, espirra, levanta-se ou da uma corridinha? Acontece às vezes 
uma vontade tão forte que quase não dá para chegar ao banheiro? Caracterize se há 
prejuízo social ou à saúde e estará feito mais um diagnóstico de incontinência urinária. 
- 2º etapa: definir o tipo de incontinência urinária: questione se há sensação de urgência 
precedendo a perda. 
- 3º etapa: identificar e tratar causas predisponentes se há causas de incontinência 
urinária transitória incluindo uso de medicamentos. 
- 4º etapa: tratamento não-farmacológico: restrição de ingesta líquida e elevar membros 
inferiores para iniciar a reabsorção do edema, e assim reduzir a nictúria. Também pode-
se realizar os exercícios de Kegel. O ginecologista Arnold H. Kegel, nascido em 1894, 
desenvolveu uma técnica tão simples e eficiente que até hoje é a principal estratégia 
para tratar IU de esforço. Ela fortalece o músculo pubococcígeo (MPC) que circunda o 
ânus, uretra e vagina e pode interromper voluntariamente a micção. (CHAIMOWICZ, 
2013, p. 79-80). 
 
Exercícios de Kegel 
 
Primeiramente, deve-se localizar o músculo pubococcígeo (MPC) tentando interromper 
a micção. Além de interromper a micção, ele é o músculo utilizado para evitar a 
eliminação de gases. Se ocorrer dúvidas, deve-se introduzir um dedo na vagina e tentar 
contrair o músculo; se perceber a contração ao redor do dedo encontrou o músculo 
certo. Em seguida, na posição deitada, fazer contrações do MPC enquanto apalpa o 
abdome, nádegas e coxas. Se estiver contraindo somente o MPC (o que é necessário 
para os exercícios) não perceberá contração desses outros grupos musculares. Uma vez 
por mês deverá repetir a manobra para certificar-se de que continua exercitando a 
musculatura correta. Mas, atenção: o procedimento de interromper o jato urinário 
deverá ser usado somente para esta finalidade; se repetido muitas vezes favorece o 
surgimento de cistite. Mantendo-se na posição deitada fazer 10 contrações lentas do 
MPC, durando três segundos cada. Em seguida, fazer 10 contrações rápidas; nestas não 
manter a contração e relaxar completamente após cada contração. Fazer quatro séries 
(10 rápidas e 10 lentas) por dia, variando a posição (de pé, sentada e deitada). E aos 
poucos, ir aumentando a duração das contrações lentas e o número de contrações lentas 
e rápidas em cada série. 
(CHAIMOWICZ, 2013, p. 80-81). 
Questão 2 
Escolha múltipla 
Quais os fatores predisponentes da Síndrome de 
Imobilidade apresentados pela idosa? 
 Isolamento social 
 Depressão 
 Restrição física 
 Fratura óssea 
 Emagrecimento 
 Glicemia capilar elevada 
 
100 / 100 acerto 
As causas do comprometimento da mobilidade são multifatoriais, predominando as 
neurológicas e musculoesqueléticas. Os principais fatores predisponentes e de risco para 
a síndrome de imobilidade envolvem a polipatogenia, aspectos econômicos, ambientais, 
psicológicos e sociais. Entre esses fatores, no caso de O.S. destacam-se a fratura óssea 
que a levou ao repouso prolongado no leito, o isolamento social, e a depressão. O 
emagrecimento apresentado pela idosa não é fator de risco para a Síndrome de 
Imobilidade e sim uma consequência desta. A glicemia capilar elevada não é fator 
predisponente da Síndrome da Imobilidade. 
Saiba mais 
 
Imobilidade é definida como a incapacidade de um indivíduo de se deslocar sem o 
auxílio de outras pessoas, com a finalidade de atender as necessidades da vida diária e 
inclui um conjunto de sinais e sintomas decorrentes da imobilidade, restrição a uma 
poltrona ou ao leito, por tempo prolongado, associada a múltiplas causas e com 
implicações físicas e psicológicas que pode levar ao óbito. 
 
É caracterizada por sinais e sintomas resultantes da limitação de movimentos e da 
capacidade funcional que provocam empecilho a mudança postural e a translocação 
corporal. Alguns idosos apresentam tendência a permanecer deitados por muito tempo 
quando suas dificuldades de locomoção estão aumentadas. A imobilidade pode ser 
temporária e crônica. É definida como temporária no caso de fraturas, cirurgias, 
internações, doenças agudas e infecções. E pode ser crônica, nos casos de demências, 
depressão grave, astenia, doenças cardiorrespiratórias, dor crônica, neoplasias, fraturas e 
suas complicações, distúrbios de marcha, fobia de queda e sequela de AVC. 
 
Os principais fatores predisponentes e de risco para a Síndrome de Imobilidade 
envolvem a polipatogenia, aspectos econômicos, ambientais, psicológicos e sociais. 
Entre esses fatores, destacam-se o repouso prolongado no leito, doenças neurológicas 
que se acompanham de contraturas, limitação da marcha e do equilíbrio; depressão e 
demência; cardiopatias e pneumopatias crônicas, que restringem as atividades. Doenças 
reumáticas podem provocar um quadro doloroso e deformidades, levando o idoso a 
permanecer no leito e desencadeando a síndrome. Há ainda os idosos com estado 
nutricional precário, uso excessivo de medicamentos ou problemas decorrentes de 
iatrogenia evidenciados por fraqueza muscular, tonteira e insegurança na locomoção. 
 
Na síndrome de imobilidade é comum a constatação de várias complicações, como a 
dependência para realizar as atividades da vida diária, levando à institucionalização, à 
desintegraçãofamiliar e social. As complicações não ocorrem isoladamente; é preciso 
abordar o idoso em sua integralidade e especificidade. (CHAIMOWICZ, 2013). 
 
Complicações físicas da síndrome de imobilidade 
 
- Sistema tegumentar: dermatites, principalmente dermatite amoniacal, dermatofitoses; 
atrofia da pele, escoriações e equimoses; úlcera por pressão (mais comuns nas 
proximidades das proeminências ósseas: maléolos, escápulas, calcanhares, ombros, 
côndilos dos joelhos, cotovelos, trocanter, orelhas, sacro e tuberosidade dos ísquios). 
- Sistema músculo esquelético: perda de massa; perda de força muscular; 
- Sistema articular: redução da amplitude dos movimentos; rigidez articular; tendência à 
contratura em flexão. 
- Sistema cardiovascular: trombose venosa profunda (edema unilateral, eritema, dor, 
empastamento da panturrilha, aumento da temperatura local): hipotensão postural. 
- Sistema urinário: retenção urinária e 'bexigoma'; infecções do trato urinário; 
incontinência urinária. 
- Sistema digestivo: anorexia; constipação intestinal e formação de fecaloma; 
incontinência fecal. 
- Sistema neuropsíquico: diminuição da tolerância à dor; alterações do sono, ansiedade, 
agitação, irritabilidade; delirium; depressão. 
- Sistema respiratório: diminuição da capacidade respiratória, aumento das secreções e 
diminuição do reflexo de tosse; pneumonia de aspiração e broncopneumonia. 
(CHAIMOWICZ, 2013, p. 148) 
Questão 3 
Escolha múltipla 
Quais são consideradas ações de prevenção da 
síndrome de imobilidade? 
 Identificar fatores de risco 
 Evitar atividade física 
 Evitar a restrição no leito 
 Estimular a independência 
 Controle e uso correto de medicações 
 Estimular a mobilidade 
 
100 / 100 acerto 
É fundamental que os fatores de risco para Síndrome da Imobilidade sejam identificados 
assim que possível. Assim, o estímulo à mobilidade e evitar que a paciente fique restrita 
ao leito contribui para prevenir que se desenvolvam complicações. A atividade física 
deve ser estimulada na velhice, e não evitada, em virtude de seus inúmeros benefícios. 
A polifarmácia é frequentemente observada em idosos, sendo uma consequência da 
sobrecarga de doenças nesta faixa etária. Além do grande número de medicações 
utilizadas, problemas visuais, auditivos e cognitivos colaboram para erros na 
administração das medicações que promovem a imobilidade e perda da capacidade 
funcional. Este fator poderia ser reduzido com a orientação adequada e revisão de todas 
as medicações em uso quando o idoso for atendido por um profissional de saúde, assim 
como avaliar a capacidade funcional do paciente, suas limitações físicas e cognitivas e, 
nos casos apropriados, identificar um familiar ou outra pessoa que possa supervisionar 
diariamente as medicações do paciente. 
Saiba mais 
 
Importância da Atividade Física na velhice 
 
O envelhecimento da população é um dos maiores triunfos da humanidade e também 
um dos nossos grandes desafios. Ao entrarmos no século XXI, o envelhecimento global 
causará um aumento das demandas sociais e econômicas em todo o mundo. No entanto, 
as pessoas da 3ª idade são, geralmente, ignoradas como recurso quando, na verdade, 
constituem recurso importante para a estrutura das nossas sociedades. (WORLD 
HEALTH ORGANIZATION, 2005, p.8). 
 
A Organização Mundial da Saúde define Envelhecimento Ativo como um processo de 
produzir condições apropriadas para o melhor desenvolvimento de oportunidades de 
saúde, participação e segurança, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida à 
medida que as pessoas ficam mais velhas. A participação em atividades físicas regulares 
e moderadas pode retardar declínios funcionais, além de diminuir o aparecimento de 
doenças crônicas em idosos saudáveis ou doentes crônicos. Por exemplo, uma atividade 
física regular e moderada reduz o risco de morte por problemas cardíacos pode reduzir 
substancialmente a gravidade de deficiências associadas à cardiopatia e outras doenças 
crônicas. Uma vida ativa melhora a saúde mental e frequentemente promove contatos 
sociais. (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2005). 
 
A inatividade física é um dos fatores de risco mais importantes para as doenças 
crônicas, associadas à dieta inadequada e uso do fumo. É bastante prevalente a 
inatividade física entre os idosos. O estilo de vida moderno propicia o gasto da maior 
parte do tempo livre em atividades sedentárias, como por exemplo, assistir televisão. É 
preciso lembrar que saúde não é apenas uma questão de assistência médica e de acesso a 
medicamentos. A promoção de 'estilos de vida saudáveis' é encarada pelo sistema de 
saúde como uma ação estratégica. (BRASIL, 2007, p. 21). 
 
A atividade física regular pode ajudar pessoas idosas a ficarem independentes o máximo 
possível, por período de tempo mais longo. Também pode reduzir o risco de quedas. 
Portanto, há importantes benefícios econômicos quando os idosos são fisicamente 
ativos. Portanto, faz-se fundamental propiciar áreas seguras para caminhadas e apoiar 
atividades comunitárias culturalmente apropriadas que incentivem a atividade física e 
que sejam organizadas e lideradas pelos próprios idosos. (WORLD HEALTH 
ORGANIZATION, 2005, p.23). 
Questão 4 
Escolha múltipla 
Quais as orientações referentes ao cuidado da 
Sra. O.S. poderão ser realizadas à idosa e seu 
cuidador? 
 Rever o uso da insulina NPH 
 Proibir a idosa de sair de casa 
 Estimular a higiene corporal 
 Iniciar tratamento para depressão e trombose venosa profunda 
 Evitar o uso prolongado do leito 
 Buscar a independência nas atividades da vida diária 
 
100 / 100 acerto 
A idosa está sofrendo exclusão social, logo deve ser estimulada a sair de casa e andar na 
rua, como forma de interagir com outras pessoas, pois apresenta condições físicas e 
mentais para tal ação. É preciso evitar a permanência prolongada no leito, devido, entre 
outros fatores, ao risco de úlcera por pressão. Devido ao precário estado de higiene 
apresentado pela idosa, é necessário orientar sobre a importância da higiene corporal, 
estimulando a realização da mesma. O fato de O.S. apresentar níveis glicêmicos 
elevados, mesmo em uso de insulina duas vezes ao dia, o quadro depressivo e os sinais 
e sintomas de Trombose Venosa Profunda tornam necessário à revisão no uso da 
insulina, assim como o inicio do tratamento para depressão e trombose. A 
independência nas atividades da vida diária trará mais autonomia e estimulará a 
recuperação. 
Saiba mais 
 
A exclusão social na velhice é muito comum, pois as pessoas idosas apresentam maior 
probabilidade de perder parentes e amigos, de ser mais vulneráveis à solidão, 
isolamento social e de ter um menor grupo social. O isolamento social e a solidão na 
velhice estão ligados a um declínio de saúde tanto física como mental. As autoridades, 
organizações não governamentais, indústrias privadas e os profissionais de serviço 
social e de saúde podem ajudar a promover redes de contatos sociais para as pessoas 
idosas a partir de sociedades de apoio tradicionais e grupos comunitários liderados pelos 
idosos, trabalho voluntário, ajuda da vizinhança, monitoramento e visitas em parceria, 
cuidadores familiares, programas que promovam a interação entre as gerações, e 
serviços comunitários. Neste sentido a inclusão social do idoso é uma meta a ser 
alcançada pela sociedade civil. (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2005, p. 29). 
Questão 5 
Escolha múltipla 
Quais os fatores de risco apresentados pela idosa 
para Trombose Venosa Profunda? 
 Ex-tabagista 
 Uso prolongado de ACO 
 Diabetes Mellitus 
 Idade 
 Fratura óssea 
 Cirurgia traumatológica prévia 
 
100 / 100 acerto 
A idosa apresenta Diabetes Mellitus, porém esta patologia não é fator de risco para a 
trombose venosa profunda. 
Saiba mais 
 
Trombose Venosa Profunda (TVP) 
 
A trombose venosa profunda é uma doença frequente que pode acometer pacientes 
clínicos e cirúrgicose resulta da oclusão total ou parcial do sistema venoso profundo 
por um trombo. 
As principais queixas são a dor na panturrilha e o aumento de volume da região. Ao 
exame físico, frequentemente observam-se edema, aumento da temperatura do membro, 
empastamento e hipersensibilidade à compressão da panturrilha ou à dorsiflexão do pé. 
 
Recomendações para prevenir a recorrência de trombose venosa profunda: 
 
- Caso seja necessário ficar sentado por muito tempo, como em uma viagem longa, faça 
movimentos com os pés como se estivesse pedalando uma máquina de costura; 
- Fazer movimentos com os pés e as pernas quando ficar em pé por muito tempo; 
- Se estiver acamado por muito tempo, faça movimentos com os pés e pernas e, se 
necessário, solicite ajuda; 
- Parar de fumar; 
- Fazer uma atividade física como uma caminhada, por exemplo; 
- Reduzir o peso; 
- Usar meias elásticas. 
 
(MAFFEI et al., 2005) 
Saiba mais 
 
Tratamento da trombose venosa profunda 
 
O repouso com elevação do membro afetado e o início precoce da terapia 
anticoagulante promovem a redução da progressão da trombose e da incidência de 
embolia pulmonar. 
O tratamento de tromboses extensas exige internação hospitalar, sendo necessária uma 
dose diária de heparina não fracionada de 24.000 a 36.000 UI diariamente por via 
intravenosa sendo obrigatório realizar monitorização laboratorial. Se for utilizada a 
heparina de baixo peso molecular a dose é de 1 mg/kg de peso aplicado por via 
subcutânea duas vezes ao dia e não há necessidade de monitorização laboratorial. O 
tratamento deve ser instituído por, pelo menos, cinco dias. A heparina de baixo peso 
molecular tem eficácia similar a heparina não fracionada, além de apresentar, 
comparativamente, um menor risco de complicações hemorrágicas e na ocorrência de 
trombocitopenia. Apesar dos benefícios da heparina de baixo peso molecular, o alto 
custo para realização do tratamento restringe sua utilização. (DUNCAN, 2013) 
Após ter atingido a anticoagulação com heparina não fracionada ou com heparina de 
baixo peso molecular, o paciente deve iniciar tratamento com anticoagulante 
cumarínico, geralmente a varfarina, por via oral mantendo o tratamento parenteral 
concomitantemente por, pelo menos, cinco dias. Com o uso da varfarina a razão 
normalizada internacional (RNI), deverá ser verificada diariamente a partir do 3º dia. 
Quando o RNI estiver entre 2 e 3 por dois dias consecutivos a heparina pode ser 
suspensa. Se esta meta ainda não for alcançada, a heparina por via parenteral deve ser 
mantida com monitoramento diário do RNI. (DUNCAN, 2013; MAFFEI, 2005). 
Acompanhamento pela Equipe Multiprofissional 
de Atenção Domiciliar 
 
Durante o período de ajuste de doses em que o RNI deve ser verificado diariamente, a 
Equipe da Estratégia de Saúde da Família (ESF) pode solicitar que equipe 
multiprofissional de atenção domiciliar (EMAD) acompanhe o caso, respondendo a 
necessidade de monitoramento frequente dos sinais vitais e realizando a coleta para o 
exame laboratorial no domicílio até que seja alcançada a dose de manutenção do 
anticoagulante oral. 
Objetivos do Caso 
 
Caracterizar os fatores de risco e a prevenção da síndrome da imobilidade em idosos. 
Apresentar as opções de tratamento para incontinência urinária e identificar os fatores 
de risco para trombose venosa profunda. 
Referências 
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