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O MODELO DINÂMICO DE ANÁLISE 
ECONÔMICO-FINANCEIRA DE 
EMPRESAS: UMA APLICAÇÃO NAS 
COMPANHIAS DISTRIBUIDORAS DE 
ENERGIA ELÉTRICA DO SUL DO 
BRASIL 
 
Saulo Fabiano Amâncio Vieira (UEL) 
saulo@uel.br 
Wellington Bueno (UEL) 
admwb@yahoo.com.br 
 
 
 
A presente pesquisa buscou realizar a aplicação do Modelo Dinâmico 
de Administração do Capital de Giro (Modelo Fleuriet) para analisar 
como ocorreu o processo de administração do capital de giro. O 
estudo pode ser classificado como descritiivo e explicativo. Utilizou-se 
demonstrativos contábeis coletados junto ao site da Bovespa das 
concessionárias de distribuição de energia elétrica do sul do Brasil, no 
período de 1998 a 2007. As demonstrações financeiras e contábeis 
anuais foram ajustadas a valor presente e atualizadas pelo método da 
correção monetária integral, sendo que na seqüência utilizou-se o 
software Microsoft Excel para o cálculo: da Necessidade de Capital de 
Giro (NCG), do Capital de Giro (CDG), do Saldo de Tesouraria (T), e 
do Indicador de Liquidez para a análise do Efeito Tesoura. Verificou-
se que a AES Sul e a Celesc, a partir de 2002, e a Copel, a partir de 
2005, apresentaram Indicadores de Liquidez positivos ou levemente 
negativos, evidenciando a diminuição do risco de insolvência, sendo 
que a AES Sul experimentou o efeito tesoura no período 1999 a 2001, a 
Copel de 2002 a 2004 e a Gerasul a partir de 2004. Evidenciando um 
descompasso entre a evolução do CDG e da NCG. 
 
Palavras-chaves: Modelo Dinâmico, capital de giro, liquidez, efeito 
tesoura. 
XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 
A integração de cadeias produtivas com a abordagem da manufatura sustentável. 
Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2008 
 
XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 
A integração de cadeias produtivas com a abordagem da manufatura sustentável. 
Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2008 
 
 
 
 
 
 
 
2
 
1. Introdução 
Nas últimas décadas o mundo dos negócios tem sofrido muitas mudanças o que vem 
acarretando alterações em seus modelos de gestão. Acontecimentos como a crise do petróleo 
na década de setenta, a abertura aos mercados mundiais e o desenvolvimento tecnológico 
acelerado, impulsionaram as organizações a assumirem uma nova forma de fazer negócios e, 
por conseguinte, mudarem a na maneira de se administrar uma organização. 
Tem-se que na essência do conceito de administrar esta o processo de tomada de decisão. Da 
qualidade das decisões tomadas depende a continuidade de qualquer negócio. Assim, 
administrar é decidir, conforme descreve Assaf Neto (2005). Segundo o autor, o 
administrador financeiro passou a ser mais exigido. Identificando uma necessidade cada vez 
maior de atualização e especialização. Como forma de auxiliar os gestores financeiros em 
seus processos de tomada de decisão, surgem ferramentas e métodos de análise, dentre as 
quais pode-se destacar o Modelo Dinâmico de análise econômico-financeira. Este método 
diferencia-se dos convencionais por considerar a dinâmica operacional com relação à questão 
do capital de giro e, como ele está sendo empregado pelos gestores financeiros para garantir a 
continuidade da empresa. 
Os fatos descritos acima podem ser transpostos para o setor de Energia Elétrica que foi 
escolhido para ilustrar a aplicação do Modelo Dinâmico. No que tange ao referido setor, 
verifica-se que o mesmo é estratégico para o desenvolvimento do país por ser uma das 
principais fontes energéticas do setor produtivo. 
Outro fato relevante está relacionado às mudanças para o mercado elétrico brasileiro que 
foram incluídas no novo marco regulatório do setor, instituído em 2004, ano no qual as 
concessionárias de distribuição correspondiam a 95% do fornecimento de energia elétrica, 
segundo (ROCHA, BRAGANÇA e CAMACHO, 2006). Os autores complementam dizendo 
que muitos dos investimentos a serem feitos no setor envolvem recursos privados, assim eles 
estimam que para sustentar um crescimento anual da ordem de 4,5% até 2010, o setor 
demandará US$ 6 bilhões de investimentos por ano, 50% destinados à geração, 15% à 
transmissão e 35% à distribuição de energia elétrica. Assim, tem-se no setor de distribuição o 
gerador de caixa que custeará os novos investimentos necessários à expansão do sistema, a 
atratividade de novos investimentos e a adimplência do setor. 
Conforme relatam Rocha, Bragança e Camacho (2006) há uma tendência para a recuperação 
do setor desde 2005 devido à recuperação na demanda, as revisões tarifárias e a diminuição 
nos níveis de endividamento. Complementada pela demanda de US$ 6 bilhões em 
investimentos anuais o estudo sobre a análise da saúde financeira das concessionárias de 
distribuição de energia elétrica tem sua relevância acentuada. 
Tendo como base o exposto acima, a presente pesquisa buscou realizar a aplicação do Modelo 
Dinâmico de Analise Econômico-Financeiro (Modelo Fleuriet) nas concessionárias de 
distribuição de energia elétrica do sul do Brasil, no período de 1998 a 2007, para analisar 
como ocorreu o processo de administração do capital de giro. 
2. Modelo Dinâmico de Análise Econômico-Financeira (Modelo Fleuriet) 
Neste item é apresentado o modelo dinâmico de análise econômico-financeira, modelo este 
que surgiu com o enfoque de mudança na análise das empresas, passando da estática analise 
 
XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 
A integração de cadeias produtivas com a abordagem da manufatura sustentável. 
Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2008 
 
 
 
 
 
 
 
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dos indicadores de liquidez e capital de giro, para uma base dinâmica, utilizando dados 
contábeis atualizados, visando enxergar a capacidade de captação de recursos e a sua 
utilização para a obtenção de retornos maximizados. A base para a formulação desta sessão 
foi à obra de Fleuriet, Kehdy e Blanc (2003) por ser uma reedição e atualização da obra 
original que lançou o método em 1978. 
O modelo dinâmico de análise econômico-financeira ou Modelo Fleuriet, foi desenvolvido 
pelo Prof. Michael Fleuriet, juntamente com colaboradores brasileiros e o seu principal 
objetivo era o de elaborar técnicas de gerenciamento financeiro e um modelo de análise que 
considerasse a realidade econômica brasileira e permitisse uma tomada rápida de decisão, 
permitindo elaborar o planejamento financeiro a curto e longo prazo. 
O modelo dinâmico considera que as contas devem ser classificadas de acordo com o seu 
ciclo. Desta forma três grupos principais de reclassificação das contas contábeis são definidos 
por Fleuriet, Kehdy e Blanc (2003), a saber: 
− Permanente ou Não cíclico: devido a sua lenta movimentação. (Realizável a longo prazo; 
Investimentos; Reserva de lucros, etc.); 
− Contínuo ou cíclico: pois estão relacionadas com o ciclo operacional do negócio. (Estoques, 
Clientes, Fornecedores, etc.); 
− Descontínuo ou errático: onde se abrigam as contas que não estão diretamente relacionadas 
com a operação da empresa. (Disponível, Títulos negociáveis, Duplicatas descontadas, etc.). 
Os autores destacam que a estrutura estática do modelo tradicional de análise das 
demonstrações financeiras evidencia vários índices, esses indicadores são calculados através 
dos grupos contábeis e para que uma boa análise seja desenvolvida, esses índices devem ser 
analisados em conjunto. O modelo dinâmico utiliza essencialmente três indicadores: a 
Necessidade de Capital de Giro (NCG); o Capital de Giro (CDG) e o Saldo de Tesouraria (T). 
O conceito, a aplicação e, o cálculo destes indicadores é apresentado mais adiante, juntamente 
com os Tipos de Balanços que são formados através da utilização do modelo, permitindo uma 
análise em conjunto dos indicadores, e da situação financeira da empresa. 
A realidade dinâmica da empresa é evidenciada com essa reclassificação nas contas do Ativo 
e do Passivo. A Figura 1 ilustra a nova estrutura do Balanço Patrimonial após a 
reclassificaçãodas contas e como ficam assim dispostos os novos grupos de contas. 
 
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A integração de cadeias produtivas com a abordagem da manufatura sustentável. 
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Figura 1 – Estrutura do Balanço Patrimonial após a reclassificação 
Após essa reestruturação nas contas do Balanço Patrimonial os indicadores NCG, CDG e T 
são calculados. Os próximos passos são: a classificação num dos Tipos de Balanço, o cálculo 
do Indicador de Liquidez e a verificação da ocorrência do Efeito Tesoura. 
2.1 A Necessidade de Capital de Giro (NCG) 
A Necessidade de Capital de Giro expressa à diferença entre as contas do ativo cíclico (soma 
das contas cíclicas do Ativo) e do passivo cíclico (soma das contas cíclicas do Passivo). Desta 
forma: NCG = ativo cíclico – passivo cíclico. Quando as saídas de caixa ocorrem antes das 
entradas de caixa cria-se uma necessidade de aplicação permanente de fundos, evidenciada 
por uma diferença positiva entre o ativo cíclico e o passivo cíclico, conforme demonstrado 
pela Figura 2. A essa necessidade permanente de fundos denomina-se de Necessidade de 
Capital de Giro, segundo (FLEURIET, KEHDY e BLANC, 2003, 7). 
Ativo Cíclico 
Passivo Cíclico 
NCG 
Fonte: adaptado de Fleuriet, Kehdy e Blanc (2003, 9) 
Figura 2 – Necessidade de Capital de Giro (NCG) 
Fleuriet, Kehdy e Blanc (2003) destacam os seguintes pontos sobre a NCG: a NCG difere do 
Capital Circulante Líquido (CCL), devido ao fato da mesma ser composta por apenas uma 
parte do ativo e do passivo circulantes; a NCG refere-se ao saldo de contas cíclicas (ligadas a 
operação da empresa). Assim, sua medida pode variar, de acordo com as informações 
disponíveis para o analista sobre os ciclos operacional e financeiro da empresa; a NCG 
 
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A integração de cadeias produtivas com a abordagem da manufatura sustentável. 
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depende, basicamente, da natureza dos negócios (determinada pelo ciclo financeiro) e do 
nível de atividades da empresa (função das vendas); contas do ativo e do passivo ligadas às 
operações da empresa e que representam aplicações ou fonte de fundos compõem a NCG; 
uma NCG negativa evidencia que as saídas de caixa ocorrem depois das entradas de caixa. 
Constituindo o passivo cíclico como uma fonte de fundos para a empresa; quando a NCG é 
financiada com recursos de curto prazo, o risco de insolvência aumenta; e de modo geral, a 
NCG, quando positiva, deve ser financiada com uma parte dos fundos permanentes 
(patrimônio líquido e certas contas do Exigível a longo prazo) utilizados pela empresa. 
2.2 O Capital de Giro (CDG) 
Uma parte dos fundos permanentes é utilizada para financiar a Necessidade de Capital de 
Giro, visto que esses recursos são normalmente utilizados para financiar as aplicações 
permanentes (Ativo permanente e certos itens do Realizável a Longo Prazo). A parte do 
passivo permanente (contas não cíclicas do passivo) que não esteja financiando o ativo 
permanente (contas não cíclicas do ativo) compõe o Capital de Giro. Desta forma: CDG = 
Passivo permanente – Ativo permanente. O ativo permanente é constituído pelo Realizável a 
Longo Prazo somado ao Ativo Permanente e, o Passivo permanente somado ao Patrimônio 
Líquido, segundo (FLEURIET, KEHDY e BLANC, 2003, 11). 
CDG 
Passivo Permanente 
Ativo Permanente 
Fonte: adaptado de Fleuriet, Kehdy e Blanc (2003, 11) 
Figura 3 – Capital de Giro (CDG) 
No que tange ao Capital de Giro tem-se: apesar de apresentarem conceitos diferentes, o 
Capital de Giro e o Capital Circulante Líquido obtêm resultados idênticos; novos 
investimentos em ativo permanente geralmente são realizados por meio de Autofinanciamento 
(recursos que são gerados pela empresa e que são conservados para seu financiamento 
interno), empréstimos a Longo Prazo e aumento no capital social, que acabam por 
aumentarem o passivo permanente. Assim, o CDG apresenta-se razoavelmente estável ao 
longo do tempo; um CDG negativo ocorre quando o ativo permanente é maior que o passivo 
permanente e, significa que a empresa está financiando parte de seus ativos permanente com 
fundos de curto prazo. Aumentando o risco de insolvência; mesmo com um CDG negativo a 
empresa pode se desenvolver desde que tenha uma NCG negativa, segundo (FLEURIET, 
KEHDY E BLANC, 2003). 
2.3 O Saldo de Tesouraria (T) 
O Saldo de Tesouraria é determinado pela diferença entre o ativo e o passivo erráticos, assim 
como apresentado na Figura 4. Tanto o ativo como o passivo errático representam contas do 
circulante que se alteram de forma aleatória, ou seja, não estão diretamente ligadas com a 
operação da empresa. Assim temos: T = Ativo errático – Passivo errático. O Saldo de 
Tesouraria também representa a diferença entre o Capital de Giro e a Necessidade de Capital 
de Giro, portanto, outra expressão pode ser utilizada para representá-lo: T = CDG – NCG, 
segundo (FLEURIET, KEHDY e BLANC, 2003, 13). 
 
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Ativo Errático 
Passivo Errático 
T 
Fonte: adaptado de Fleuriet, Kehdy e Blanc (2003, 14) 
Figura 4 – Saldo de Tesouraria (T) 
Em relação ao Saldo de Tesouraria verifica-se que: se o Saldo de Tesouraria for negativo, 
significa que o Capital de Giro é insuficiente para financiar a Necessidade de Capital de Giro. 
Indicando que a empresa financia parte de sua NCG e/ou o ativo permanente com fundos de 
curto prazo, aumentando o risco de insolvência; e se o T for positivo, significa que a empresa 
dispõe de fundos de curto prazo que, podem ser aplicados em títulos de liquidez imediata. 
Aumentando sua segurança financeira. Entretanto, isto pode evidenciar que a empresa não 
esteja aproveitando adequadamente suas oportunidades de investimento, segundo 
(FLEURIET, KEHDY E BLANC, 2003) 
2.4 Os Tipos de Balanço 
Uma vez realizada a reclassificação das contas e apurados o CDG, a NCG e o T é possível 
classificar a empresa em um dos seis tipos de balanços, conforme proposto por Vieira (2005), 
iniciando-se o processo de análise da empresa. 
Apesar de Fleuriet, Kehdy e Blanc (2003) apresentarem os tipos de balanços, eles enumeram 
apenas quatro deles, considerando serem aqueles os que mais freqüentemente aparecem nas 
empresas nacionais. Sendo assim, para a elaboração deste trabalho, utilizou-se a classificação 
apresentada por Vieira (2005, 109), que certamente conduz ao mesmo conjunto de análise, 
embora, com os seis tipos, e está disposta numa seqüência de liquidez, iniciando com as 
empresas que apresentam um alto risco financeiro (tipo 1) para uma situação considerada 
como sólida (tipo 6). A Tabela 1 descreve as possíveis classificações. 
Tipo NCG CDG T 
1 >0 <0 <0 
2 <0 <0 <0 
3 <0 <0 >0 
4 >0 >0 <0 
5 >0 >0 >0 
6 <0 >0 >0 
Fonte: adaptado Vieira (2005) 
Tabela 1 – Identificação da estrutura financeira da empresa 
Portanto, de acordo com Vieira (2005), as estruturas financeiras das empresas podem ser 
assim consideradas: 
− Tipo 1: evidencia a pior situação financeira, pois a NCG positiva precisa ser financiada, 
como o CDG está negativo o T acaba sendo o responsável pelo financiamento de ambas, 
ocasionando um alto risco devido a grande dependência de empréstimos de curto prazo. 
− Tipo 2: é uma situação muito delicada, apesar da NCG negativa, constituindo uma fonte de 
recursos para a empresa, o financiamento do CDG, também negativo, precisa ser 
complementado pelo T, deixando a empresa muito exposta as flutuações externas. 
 
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7− Tipo 3: nesta situação a NCG negativa é suficiente para financiar o CDG, também negativo, 
formando um excedente em T, agora positivo. Esta estrutura ainda envolve riscos que 
precisam ser gerenciados. 
− Tipo 4: evidencia uma demanda operacional, NCG positiva, que é financiada pelo CDG e 
pelo T. 
− Tipo 5: os recursos do CDG, positivo, são suficientes para financiar a NCG, também 
positiva, gerando ainda um excedente no T. Essa estrutura é bastante confortável do ponto 
de vista financeiro. 
− Tipo 6: evidencia a melhor situação financeira, pois a NCG negativa torna-se numa fonte de 
recursos para a empresa, que somados aos recursos gerados pelo CDG, são aplicados no T. 
É uma estrutura sólida, evidenciando uma gestão para voltada para baixos níveis de risco 
financeiro. 
2.5 O Indicador de Liquidez 
Uma das considerações feitas a respeito da Necessidade de Capital de Giro, quando positiva, é 
a de que ela deve ser financiada com recursos de longo prazo. Quando esses recursos de longo 
prazo não são suficientes para financiar a Necessidade de Capital de Giro o restante desta será 
financiado com recursos de curto prazo, ou seja, com parte do Saldo de Tesouraria. Esta 
prática de financiamento, apesar de arriscada, é utilizada com freqüência pela “maior parte 
das empresas” brasileiras, merecendo assim um constante monitoramento, segundo (VIEIRA, 
2005). 
Vieira (2005) ressalta que, neste contexto, a utilização dos recursos financeiros do Saldo de 
Tesouraria, representados principalmente pelos empréstimos e financiamentos bancários de 
curto prazo, no financiamento da demanda operacional de recursos indicada pela Necessidade 
de Capital de Giro, representa um certo distúrbio ou desequilíbrio e se torna um dos pilares 
para a avaliação do risco financeiro e da liquidez da empresa. 
O Indicador de Liquidez (ILNCG) expressa à proporção entre o Saldo de Tesouraria em relação 
à Necessidade de Capital de Giro, e atende ao objetivo de monitorar a utilização de recursos 
de curto prazo no financiamento das operações da empresa, conforme indicado por (VIEIRA, 
2005, 119). 
Indicador de Liquidez (ILNCG) = 
Ainda segundo Vieira (2005, 119 e 131), quanto mais negativo for o valor do indicador, pior 
tenderá a ser situação financeira da empresa e, a análise de tendência, evidenciada por este 
indicador, ao longo de pelo menos três anos, verifica a existência do efeito tesoura. 
2.6 O Efeito Tesoura 
As empresas que operam com Saldo de Tesouraria negativo financiam sua Necessidade de 
Capital de Giro com fundos de curto prazo. Caso esses recursos de curto prazo não sejam 
renovados essas empresas podem ser levadas ao estado de insolvência, conforme discorrem 
(FLEURIET, KEHDY e BLANC, 2003). 
Para Vieira (2005, 121) “o efeito tesoura se instala quando ocorre um descompasso entre a 
evolução das fontes disponíveis de longo prazo (CDG) e as aplicações que precisam ser 
financiadas (NCG)”, conforme evidenciado na Figura 5. 
 
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Fonte: adaptado de Vieira (2005)
CDG
NCG
Tempo
$
T
 
Figura 5 – Efeito Tesoura 
Vieira (2005) descreve ainda que as principais causas do efeito tesoura são: 
a) Crescimento muito elevado das vendas; 
b) Investimentos elevados com retorno a longo prazo; 
c) Crescimento expressivo do ciclo financeiro; 
d) Baixa geração de lucros; 
e) Investimentos com baixos retornos; 
f) Inflação elevada; 
g) Distribuição de resultados elevada com alto percentual de dividendos; 
h) Redução das vendas. 
De acordo com Fleuriet, Kehdy e Blanc (2003, 42) para evitar o efeito tesoura a empresa deve 
planejar a evolução do Saldo de Tesouraria, que depende de variáveis que afetam o 
Autofinanciamento, a Necessidade de Capital de Giro e o Capital de Giro. Fazendo com que o 
Autofinanciamento seja suficiente, pelo menos, para financiar os aumentos da NCG. 
3. Procedimentos Metodológicos 
Devido a suas características relevantes, este trabalho se classifica como uma pesquisa 
descritiva e explicativa. Para Cooper e Schindler (2003, 31): “Um estudo descritivo tenta 
descobrir respostas para as perguntas quem, o que, quando, onde, e, algumas vezes, como”. 
Assim, uma exposição do desempenho econômico e financeiro das empresas objeto de estudo 
foi realizada. Apoiado na pesquisa descritiva, esse trabalho procurou identificar e discutir as 
determinantes do desempenho destas companhias, para Vergara (2004, 47), a investigação 
explicativa “visa, portanto, esclarecer quais fatores contribui de alguma forma, para a 
ocorrência de determinado fenômeno”. 
A pesquisa empírica foi desenvolvida através dos demonstrativos contábeis, das empresas que 
compõem a amostra deste estudo, coletados junto ao site da Bovespa e acessados através do 
software “Divulgação Externa”, disponibilizado gratuitamente pela própria Bovespa. Foram 
realizados os downloads das Demonstrações Financeiras Padronizadas (DFP) referentes aos 
anos de 1.998 a 2.007 de cada empresa. 
Como premissa, todo estudo estatístico, requer a definição de população, que de acordo com 
Vieira (1999, 8) “é o conjunto de elementos sobre o qual desejamos obter informação” e da 
amostra, que “é todo subconjunto de elementos retirados da população para obter a 
informação desejada”. Neste contexto, a população do estudo é formada por todas as 
empresas distribuidoras de energia elétrica do Brasil. Tal escolha se deu, dentre outros 
 
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motivos, pelo fato da remuneração dos novos investimentos em geração de energia elétrica 
passa pelas empresas distribuidoras, classificadas como o caixa do sistema de energia elétrica, 
conforme analisaram (ROCHA, BRAGANÇA e CAMACHO, 2006). Assim, esses 
investimentos estabelecem um campo propício a analise no Modelo Dinâmico. 
Em relação à amostra, definiu-se como sendo as empresas de distribuição de energia elétrica, 
localizadas no sul do país e que disponibilizaram suas demonstrações financeiras e contábeis 
no site da Bovespa no período de 1998 a 2007, sendo selecionadas para formarem a amostra 
pesquisada seis empresas: AES SUL, CEEE e RGE do Rio Grande do Sul; CELESC e 
Tractebel Energia (Gerasul) de Santa Catarina e a COPEL do Paraná. Sendo que a empresa 
CEEE foi retirada da amostra, para que a uniformidade no período em análise fosse mantida. 
As demonstrações financeiras e contábeis anuais de cada uma das empresas pertencentes à 
amostra foram ajustadas a valor presente e atualizadas pelo método da correção monetária 
integral, de acordo com Matarazzo (1993) e Fipecafi (2007), conforme sugerido por Assaf 
Neto (2005, 104) e padronizadas no intuito de se proceder a reclassificação da rubricas 
contábeis conforme o modelo dinâmico. Na seqüência utilizou-se o software Microsoft Excel 
para a realização dos cálculos: da NCG, do CDG, e do T. No que tange ao processo de análise 
dos dados, foi realizada a classificação dos novos demonstrativos conforme os tipos de 
balanços, calculado o Indicador de Liquidez e verificado a existência do Efeito Tesoura, 
através da análise do Indicador de Liquidez, conforme proposto por (VIEIRA, 2005, 130). 
4. Análise dos Resultados 
Após os ajustes, atualizações e padronizações iniciais, os Balanços Patrimoniais de cada 
empresa foram organizados cronologicamente e o calculo dos indicadores forneceram o 
conjunto de dados apresentado nas tabelas abaixo. 
A NCG apresentou-se essencialmente positiva evidenciando a necessidade do seu 
financiamento com parte dos recursos de Longo Prazo. Com exceção da AES Sul que durante 
o período em análise manteve sua NCG essencialmente negativa, o que a torna uma fonte de 
recursos para a empresa. 
1998 1999 20002001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
AES Sul -109.810 -179.792 -340.173 101.121 -844.762 -886.023 -739.898 -975.874 -242.594 -258.851
Celesc 225.653 57.958 -88.068 -269.782 1.407 253.143 337.636 374.563 322.940 70.988
Copel 456.048 616.103 555.131 429.233 413.452 454.363 -109.648 -315.677 437.044 532.436
Gerasul 12.514 -40.924 19.416 998.552 380.629 403.820 653.368 330.320 325.099 21.954
RGE -69590 45243 60759 33794 64395 111520 128976 105690 136889 90266
Fonte: elaborado pelos autores com base nos resultados obtidos 
Tabela 2 – Necessidade de Capital de Giro 
O Capital de Giro manteve-se negativo na maioria dos resultados apurados, evidenciando que 
parte dos ativos permanentes foram financiados com fundos de curto prazo. Neste contexto a 
AES Sul manteve sua NCG essencialmente negativa diminuindo o impacto na sua liquidez. A 
Copel e a Celesc conseguiram manter o CDG essencialmente positivo a partir de 2002, o que 
somado a NCG também essencialmente positiva para esse período melhorou a liquidez destas 
empresas. 
 
XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 
A integração de cadeias produtivas com a abordagem da manufatura sustentável. 
Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2008 
 
 
 
 
 
 
 
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1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
AES Sul -3.539 -208.495 -443.998 -194.766 -994.106 -1.087.889 -763.565 -958.080 -124.479 -206.839
Celesc -42.445 -375.133 -377.458 -358.903 44.958 215.773 371.347 388.398 295.344 392.775
Copel 92.952 -24.093 192.115 -5.114 275.982 97.042 -719.614 154.630 423.028 1.306.974
Gerasul -463.135 -329.621 -1.366.568 265.866 286.869 -210.385 -109.690 -425.905 -504.041 -213.831
RGE -30.068 -129.236 -82.408 -286.531 -418.676 -401.252 -175.506 -71.467 26.816 -109.446
Fonte: elaborado pelos autores com base nos resultados obtidos 
Tabela 3 – Capital de Giro 
O Saldo de Tesouraria também se manteve essencialmente negativo durante o período em 
análise, indicando que as empresas financiam parte de sua NCG e/ou de seus Ativos 
permanentes com recursos de curto prazo, aumentando o risco de insolvência. 
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
AES Sul 106.271 -28.703 -103.825 -295.888 -149.343 -201.866 -23.667 17.794 118.115 52.012
Celesc -268.098 -433.091 -289.391 -89.121 43.550 -37.370 33.711 13.835 -27.595 321.787
Copel -363.096 -640.196 -363.016 -434.347 -137.469 -357.322 -609.966 470.307 -14.016 774.538
Gerasul -475.648 -288.697 -1.385.984 -732.686 -93.760 -614.205 -763.058 -756.225 -829.140 -235.785
RGE 39.522 -174.479 -143.168 -320.326 -483.071 -512.772 -304.482 -177.156 -110.073 -199.712
Fonte: elaborado pelos autores com base nos resultados apurados 
Tabela 4 – Saldo de Tesouraria 
As estruturas financeiras, ou tipos de balanços, gerados pela classificação da NCG, do CDG e 
do T, das empresas objeto de análise, demonstram um alto risco de insolvência predominante 
até 2002. A AES Sul melhorou sua liquidez ao manter o Saldo de Tesouraria positivo a partir 
de 2005, embora o tipo 3 ainda envolva riscos e a necessidade de um melhor gerenciamento. 
A Celesc melhorou significativamente sua liquidez a partir de 2002 ao manter o CDG positivo 
e o T também essencialmente positivo. A Copel manteve o CDG e a NCG essencialmente 
positivos durante o período analisado, contudo sua melhora de estrutura financeira somente 
ocorreu a partir de 2005 com o T permanecendo positivo, ou levemente negativo. A Gerasul e 
a RGE apresentaram predominantemente a estrutura financeira do tipo 1, evidenciados pela 
NCG positiva, pelo CDG e T negativos, portanto com elevada dependência de empréstimos 
de curto prazo. 
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
AES Sul 3 2 2 1 2 2 2 3 3 3
Celesc 1 1 2 2 5 4 5 5 4 5
Copel 4 1 4 1 4 4 2 6 4 5
Gerasul 1 2 1 4 4 1 1 1 1 1
RGE 3 1 1 1 1 1 1 1 4 1
Fonte: elaborado pelos autores com base nos resultados obtidos 
Tabela 5 – Estrutura financeira 
Conforme mencionado anteriormente, o Indicador de Liquidez atende ao objetivo de 
monitorar a utilização de recursos de curto prazo no financiamento das operações da empresa, 
através da proporção de T em relação à NCG. Desta forma a tabela 6 demonstra que a AES 
Sul e a Celesc, a partir de 2002, e a Copel, a partir de 2005, apresentaram Indicadores de 
Liquidez positivos ou levemente negativos, evidenciando a diminuição do risco de 
insolvência. 
 
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1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
AES Sul 0,9678 -0,1596 -0,3052 -2,9261 -0,1768 -0,2278 -0,0320 0,0182 0,4869 0,2009
Celesc -1,1881 -7,4725 -3,2860 -0,3303 30,9428 -0,1476 0,0998 0,0369 -0,0855 4,5330
Copel -0,7962 -1,0391 -0,6539 -1,0119 -0,3325 -0,7864 -5,5629 1,4898 -0,0321 1,4547
Gerasul -38,0105 -7,0545 -71,3827 -0,7337 -0,2463 -1,5210 -1,1679 -2,2894 -2,5504 -10,7398
RGE 0,5679 -3,8565 -2,3563 -9,4787 -7,5016 -4,5980 -2,3608 -1,6762 -0,8041 -2,2125
Fonte: elaborado pelos autores com base nos resultados obtidos 
Tabela 6 – Indicador de Liquidez 
A deterioração do Indicador de Liquidez por pelo menos três anos evidencia o Efeito Tesoura, 
conforme citado anteriormente. Desta forma a AES Sul experimentou o efeito tesoura no 
período 1999 a 2001, a Copel de 2002 a 2004 e a Gerasul a partir de 2004. Evidenciando o 
descompasso entre a evolução do CDG e da NCG. 
5. Considerações Finais 
Em relação à Necessidade de Capital de Giro, esta apresentou-se essencialmente positiva 
evidenciando a necessidade do seu financiamento com parte dos recursos de Longo Prazo. 
Com exceção da AES Sul que durante o período em análise manteve sua NCG essencialmente 
negativa, o que a torna uma fonte de recursos para a empresa. 
Em relação ao Capital de Giro manteve-se negativo na maioria dos resultados apurados, 
evidenciando que parte dos ativos permanentes foram financiados com fundos de curto prazo. 
Neste contexto a AES Sul manteve sua NCG negativa diminuindo o impacto na sua liquidez. 
A Copel e a Celesc conseguiram manter o CDG essencialmente positivo a partir de 2002, o 
que somado a NCG também essencialmente positiva para esse período melhorou a liquidez 
destas empresas. 
No que tange ao Saldo de Tesouraria também se manteve essencialmente negativo durante o 
período em análise, indicando que as empresas financiam parte de sua NCG e/ou de seus 
Ativos permanentes com recursos de curto prazo, aumentando o risco de insolvência. 
Tem-se que as estruturas financeiras, ou tipos de balanços, gerados pela classificação da 
NCG, do CDG e do T, das empresas objeto de análise, demonstram um alto risco de 
insolvência predominante até 2002. A AES Sul melhorou sua liquidez ao manter o Saldo de 
Tesouraria positivo a partir de 2005, embora o tipo 3 ainda envolva riscos e a necessidade de 
um melhor gerenciamento. A Celesc melhorou significativamente sua liquidez a partir de 
2002 ao manter o CDG positivo e o T também essencialmente positivo. A Copel manteve o 
CDG e a NCG essencialmente positivos durante o período analisado, contudo sua melhora de 
estrutura financeira somente ocorreu a partir de 2005 com o T permanecendo positivo, ou 
levemente negativo. A Gerasul e a RGE apresentaram predominantemente a estrutura 
financeira do tipo 1, evidenciados pela NCG positiva, pelo CDG e T negativos, portanto com 
elevada dependência de empréstimos de curto prazo. 
Conforme mencionado anteriormente, o Indicador de Liquidez atende ao objetivo de 
monitorar a utilização de recursos de curto prazo no financiamento das operações da empresa, 
através da proporção de T em relação à NCG. A AES Sul e a Celesc, a partir de 2002, e a 
Copel, a partir de 2005, apresentaram Indicadores de Liquidez positivos ou levemente 
negativos, evidenciando a diminuição do risco de insolvência. 
A deterioração do Indicador de Liquidez por pelo menos três anos evidencia o Efeito Tesoura, 
conforme citado anteriormente.Desta forma a AES Sul experimentou o efeito tesoura no 
 
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A integração de cadeias produtivas com a abordagem da manufatura sustentável. 
Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2008 
 
 
 
 
 
 
 
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período 1999 a 2001, a Copel de 2002 a 2004 e a Gerasul a partir de 2004. Evidenciando o 
descompasso entre a evolução do CDG e da NCG. 
Referências 
ASSAF NETO, Alexandre. Finanças corporativas e valor. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2005. 
BOVESPA. Informações por empresa. Disponível em: <http://www.bovespa.com.br> Acesso em: 15/abril/ 
2008. 
COOPER, Donald R.; SCHINDLER, Pâmela S. Métodos de pesquisa em administração. 7.ed. Porto Alegre: 
Bookman, 2003. 
FIPECAFI. Manual de contabilidade das sociedades por ações: aplicável às demais sociedades / FIPECAFI; 
diretor responsável Sérgio de Iudícibus; coordenador técnico Eliseu Martins, supervisor de equipe de trabalho 
Ernesto Rubens Gelbcke. 7.ed. – 3. reimpr. São Paulo: Atlas, 2007. 
FLEURIET, Michael; KEHDY, Ricardo; BLANC, Georges. Modelo Fleuriet: A dinâmica financeira das 
empresas brasileiras: um método de análise, orçamento e planejamento financeiro. Belo Horizonte: Campus, 
2003. 
MATARAZZO, Dante Carmine. Análise Financeira de Balanços: abordagem clássica e gerencial. 3.ed. São 
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ROCHA, Kátia; BRAGANÇA, Gabriel Fiuza de; CAMACHO, Fernando. Remuneração de capital das 
distribuidoras de energia elétrica: uma análise comparativa. IPEA, 2006a (Texto para Discussão, 1.153). 
Disponível em:< http://www.ipea.gov.br/pub/td/2006/td_1153.pdf>. Acesso em: 01 nov. 2007. 
VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 5.ed. São Paulo: Atlas, 
2004. 
VIEIRA, Marcos Vilela. Administração estratégica do capital de giro. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2005. 
VIEIRA, Sônia. Princípios de Estatística. 1.ed. São Paulo: Pioneira, 1999.

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