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Desafio A empresa brasileira X é controladora de uma sociedade Y cuja localização é no exterior, em um país cuja tributação não possui incentivos fiscais. Tendo em vista que a empresa Y obteve lucros no ano-calendário de 2015, a Receita Federal do Brasil, em um processo de fiscalização questionou a motivação pela qual tais valores não foram tributados no Brasil. Como resposta aos questionamentos realizados pelo Fisco, a sociedade informou que os lucros não foram disponibilizados, considerando que eles foram reinvestidos no país de origem. Diante desta situação, responda ao desafio: a empresa X está com seu entendimento correto, evitando com isso o pagamento de infração pela não apropriação do lucro de sua controlada? Justifique sua resposta. Sua resposta A empresa geradora de lucros é que deve arcar com as despesas, por isso a empresa Y é que deve arcar com as despesas, a empresa brasileira só é a controladora. Primeiramente é importante esclarecer que o tema é complexo e gera dúvidas entre as empresas com participação de capital no exterior. Sobre o tema há o artigo 77 da Lei nº 12.973/2014 que trata sobre a questão: "Artigo 77: A parcela do ajuste do valor do investimento em controlada, direta ou indireta, domiciliada no exterior equivalente aos lucros por ela auferidos antes do imposto sobre a renda, excetuando a variação cambial, deverá ser computada na determinação do lucro real e na base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL da pessoa jurídica controladora domiciliada no Brasil, observado o exposto no artigo 76". Considerando as informações da própria Lei que rege o tema, entende-se que a empresa está equivocada, podendo sofrer uma infração do Fisco a partir do entendimento que "os lucros auferidos por controlada ou coligada no exterior serão considerados disponibilizados para a controladora ou coligada no Brasil na data do balanço no qual tiverem sido apurados".