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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ FEDERAL DA 26º VARA DO JUIZADO
ESPECIAL FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
PROCESSO: 0026071-92.2019.4.01.3400
AUTORA: THAIS ANGELA SOUZA OLIVEIRA
RÉ: CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
THAIS ANGELA SOUZA OLIVEIRA, devidamente qualificada nos autos
em epígrafe, vem por intermédio dos procuradores do NÚCLEO DE PRÁTICA
JURÍDICA NPJ/UDF, à presença de Vossa Excelência, apresentar
RÉPLICA
à Contestação apresentada pela CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, já qualificada
nos autos do processo em epígrafe, pelos fundamentos fáticos e jurídicos que passa
a expor.
Trata-se de ação de indenização, com pedido de antecipação dos efeitos
da tutela para que o nome da autora seja excluído de cadastros restritivos, com
pedido de indenização por danos morais e por repetição de indébito.
Todavia, a CAIXA, em Contestação, afirma que a pretensão da tutela
provisória não atenderia aos requisitos legais previstos no artigo 294 e seguintes do
Código de Processo Civil, em razão da inexistência de qualquer prova e/ou
preenchimento de nenhum dos requisitos, sobretudo probabilidade de direito,
havendo, segundo a empresa, apenas conjecturas infundadas e inúmeras dúvidas
Do cabimento da tutela
A autora requer a antecipação dos efeitos da tutela para que todos os
seus dados sejam retirados dos serviços de proteção ao crédito. O artigo 300 do
Código de Processo Civil nos traz que: “a tutela de urgência será concedida quando
houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e perigo de dano ou o
risco ao resultado útil do processo”.
Além disso, a ré alega, em sua contestação, a inocorrência dos danos
morais, pois meros aborrecimentos e desconfortos da vida cotidiana não abalam a
moral a ponto de fazer com que se perca o ânimo pela vida, não havendo, portanto,
razões para que ocorresse a reparação, ante a carência de provas que demonstrem
a sua culpa.
É evidente, nesse ponto, que a tese arguida pela ré não merece
prosperar, uma vez que, para a configuração do dano moral, não é necessária a
ocorrência de prejuízo que tire o ânimo da vida da pessoa prejudicada,
caracterizando-se por atos que tenham o condão de ferir a moral e dignidade da
pessoa lesada, fato que resta claro no presente caso, uma vez que a parte autora,
tendo cumprido devidamente suas obrigações perante a empresa, teve que arcar
com o ônus de se deparar com seu nome inscrito em cadastro restritivo de créditos,
como se má pagadora fosse.
Neste ponto, aliás, faz-se importante enfatizar o posicionamento
consolidado pelas cortes brasileiras, como já explicitado na peça inicial, de que o
próprio fato da inserção indevida de nome em cadastro de inadimplentes já
configura o dano moral, sendo este o entendimento, inclusive, do Superior Tribunal
de Justiça:
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 1.379.761 - SP (2011/0004318-8)
RELATOR : MINISTRO LUIS FELIPE SALOMÃO AGRAVANTE : BANCO
SANTANDER BRASIL S/A ADVOGADO : CECILIA DE OLIVEIRA CRESPI E
OUTRO (S) AGRAVADO : MARIA LÚCIA RIBEIRO ALVES ADVOGADO :
MARCOS ROBERTO RIBEIRO DA SILVA E OUTRO (S) DECISÃO. Cuida-se
de agravo de instrumento tirado de decisão que inadmitiu recurso especial
interposto com fulcro no art. 105, III, �a� e �c�, da Constituição Federal, no
qual se alegou afronta aos arts. 472 do CC e 884 do CC, bem como dissídio
jurisprudencial, no tocante ao reconhecimento dos danos morais e em relação
ao valor fixado a título de indenização. 2. Decido. 2.1. A conclusão a que
chegou o Tribunal a quo, acerca do reconhecimento da ocorrência de danos
morais indenizáveis, decorreu de convicção formada em face dos elementos
fáticos existentes nos autos. Rever os fundamentos do acórdão recorrido
importaria necessariamente no reexame de provas, o que é defeso nesta fase
recursal (Súmula 7/STJ) e impede o conhecimento do recurso por ambas
alíneas. 2.2. Nos termos da jurisprudência consolidada no Superior Tribunal
de Justiça, a revisão de indenização por danos morais só é possível em recurso
especial quando o valor fixado nas instâncias locais for exorbitante ou ínfimo,
de modo a afrontar os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. No
caso, a quantia mantida pelo acórdão impugnado, qual seja, R$10.000,00
(dez mil reais) não se revela excessiva, considerando-se os parâmetros
adotados por este Tribunal Superior, que preleciona ser razoável a
condenação em valor equivalente a até 50 (cinqüenta) salários mínimos por
indenização decorrente de danos morais, no caso de inscrição indevida em
cadastro de inadimplentes (REsp 295.130/SP, Rel. Min. Humberto Gomes de
Barros, DJ 04.04.2005). Nesse sentido: PROCESSUAL CIVIL � EMBARGOS
DE DECLARAÇÃO � CARÁTER INFRINGENCIAL � RECEBIMENTO COMO
AGRAVO REGIMENTAL � FUNGIBILIDADE RECURSAL �
POSSIBILIDADE � PROTESTO INDEVIDO DE DUPLICATAS � DANOS
MORAIS � QUANTUM INDENIZATÓRIO RAZOAVELMENTE
ESTABELECIDO À ESPÉCIE. I � Em nome dos princípios da fungibilidade
recursal e da economia processual, é admissível receber, como agravo
regimental, os embargos de declaração de caráter nitidamente infringente,
desde que comprovada a interposição tempestiva da irresignação e verificada
a inexistência de erro grosseiro ou má-fé do recorrente. Precedentes. II � O
quantum, a título de danos morais, equivalente a até 50(cinquenta) salários
mínimos, tem sido o parâmetro adotado para a hipótese de ressarcimento de
dano moral em diversas situações assemelhadas (e.g.: inscrição ilídima em
cadastros; devolução indevida de cheques; protesto incabível). Precedentes.
III � EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONHECIDOS COMO AGRAVO
REGIMENTAL, PARA SE NEGAR PROVIMENTO A ESTE.(EDcl no Ag
811.523/PR, Rel. Ministro MASSAMI UYEDA, QUARTA TURMA, julgado em
25/03/2008, DJe 22/04/2008)"AGRAVO INTERNO. AGRAVO DE
INSTRUMENTO. RESPONSABILIDADE CIVIL. INSCRIÇÃO INDEVIDA NA
SERASA. PROVA DO DANO. DESNECESSIDADE. DANOS MORAIS. VALOR
DA CONDENAÇÃO. RAZOABILIDADE. I - A exigência de prova de dano
moral se satisfaz com a demonstração da existência de inscrição
indevida nos cadastros de inadimplentes. II - É possível a intervenção
desta Corte para reduzir ou aumentar o valor indenizatório por dano moral
apenas nos casos em que o quantum arbitrado pelo acórdão recorrido se
mostre irrisório ou exagerado, situação que não se faz presente no caso
concreto. Agravo improvido." (AgRg no Ag n. 979.810/SP, relator Ministro
Sidnei Beneti, Terceira Turma, DJ de 1º.4.2008.)"PROCESSUAL CIVIL -
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO
DE INSTRUMENTO - RESPONSABILIDADE CIVIL � DANO MORAL -
INDENIZAÇÃO - OMISSÃO - OCORRÊNCIA - EMBARGOS ACOLHIDOS �
EFEITO MERAMENTE ACLARADOR. 1 - Tem sido de cinquenta salários
mínimos a indenização por danos morais, resultante de situações semelhantes
como a inscrição inadvertida em cadastros de inadimplentes, a devolução
indevida de cheques, o protesto incabível de cambiais, etc, conforme
inúmeros julgados desta Turma. 2 - Destarte, o valor da indenização fixado no
v. acórdão ora embargado é devido a cada autor. 3 - Embargos de declaração
acolhidos nos termos supracitados." (Edcl no AgRg no Ag n. 497.149/RJ,
relator Ministro Jorge Scartezzini, Quarta Turma, DJ de 5.12.2005.) 3. Ante o
exposto, nego provimento ao agravo de instrumento. Publique-se.
Intimem-se. Brasília, 23 de março de 2011. MINISTRO LUIS FELIPE
SALOMÃO Relator
(STJ - Ag: 1379761, Relator: Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, Data de
Publicação: DJ 30/03/2011)
Desse modo, mostra-se necessário que a tese levantada pela ré não
prospere, uma vez que está evidenciada a ocorrência do dano moral.
Outrossim, a parte ré aventa a possibilidade da condenação por danos
morais, caso em que defende que não prospere o quantum da indenização por dano
moral pleiteado pela autora, alegando que ocorreria enriquecimento indevido por
parte desta.
Nesse ponto, para afastar o argumento da ré, buscando-se demonstrar a
razoabilidade do quantum da indenização por dano moral, cumpre se socorrer de
posicionamentos firmados pelo Superior Tribunalde Justiça:
PROCESSUAL CIVIL – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – CARÁTER
INFRINGENCIAL – RECEBIMENTO COMO AGRAVO REGIMENTAL –
FUNGIBILIDADE RECURSAL – POSSIBILIDADE – PROTESTO
INDEVIDO DE DUPLICATAS – DANOS MORAIS – QUANTUM
INDENIZATÓRIO RAZOAVELMENTE ESTABELECIDO À ESPÉCIE.
I – Em nome dos princípios da fungibilidade recursal e da economia
processual, é admissível receber, como agravo regimental, os embargos
de declaração de caráter nitidamente infringente, desde que comprovada
a interposição tempestiva da irresignação e verificada a inexistência de
erro grosseiro ou má-fé do recorrente. Precedentes.
II – O quantum, a título de danos morais, equivalente a até 50
(cinquenta) salários mínimos, tem sido o parâmetro adotado
para a hipótese de ressarcimento de dano moral em diversas
situações assemelhadas (e.g.: inscrição ilídima em cadastros;
devolução indevida de cheques; protesto incabível).
Precedentes.
III – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONHECIDOS COMO AGRAVO
REGIMENTAL, PARA SE NEGAR PROVIMENTO A ESTE.
(EDcl no Ag 811523/PR, Rel. Ministro MASSAMI UYEDA, QUARTA
TURMA, julgado em 25/03/2008, DJe 22/04/2008) - grifo nosso
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.
DANO MORAL. INSCRIÇÃO INDEVIDA. DISSÍDIO
JURISPRUDENCIAL NÃO DEMONSTRADO.
1. O Tribunal de origem, apreciando as peculiaridades fáticas da causa,
julgou procedente o pedido de indenização por dano moral deduzido em
desfavor do agravante, haja vista a inscrição indevida do nome do
agravado nos cadastros de proteção ao crédito.
2. A revisão do valor fixado a título de danos morais com fundamento em
dissídio jurisprudencial, por vezes, mostra-se infecunda, tendo em vista
que as razões que levaram as instâncias ordinárias a fixar a indenização
por danos morais relacionam-se diretamente às especificidades do caso
concreto. Assim, fica dificultada, ou até mesmo impossibilitada, a
realização de uma análise comparativa entre as circunstâncias fáticas que
envolvem os precedentes citados e o caso ora em análise.
3. "O quantum, a título de danos morais, equivalente a até 50
(cinqüenta) salários mínimos, tem sido o parâmetro adotado
para a hipótese de ressarcimento de dano moral em diversas
situações assemelhadas (e.g.: inscrição ilídima em cadastros;
devolução indevida de cheques; protesto incabível)" (EDcl no
Ag 811.523/PR, Relator o Ministro MASSAMI UYEDA, DJe de
22.4.2008).
4. Agravo regimental a que se nega provimento.
(AgRg no AREsp 157460/SP, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA
TURMA, julgado em 12/06/2012, DJe 28/06/2012) - grifo nosso
Dessa forma, mostra-se que o pedido de indenização por dano moral,
apresentado pela parte autora, está dentro dos parâmetros fixados pela
Jurisprudência, não havendo o que se falar em enriquecimento ilícito, como arguido
na contestação.
Ademais, a empresa alega a impossibilidade de deferimento do pedido de
repetição de indébito em dobro, argumentando não ter ocorrido o pagamento ou
cobrança indevida, nem má-fé no caso em comento.
A tese da empresa não merece lograr êxito, uma vez que, conforme
comprovantes apresentados, o pagamento das parcelas foram devidamente
realizados e, em razão do registro indevido nos cadastros restritivos de crédito, a
autora teve que realizar novo pagamento, com a finalidade de retirar seu nome do
cadastro negativo.
Com isso, resta evidenciado que o caso em tela se amolda perfeitamente
às disposições do artigo 42, parágrafo único, do Código de Defesa do Consumidor,
transcrito abaixo:
Art. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não será
exposto a ridículo, nem será submetido a qualquer tipo de constrangimento
ou ameaça.
Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia indevida tem
direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em
excesso, acrescido de correção monetária e juros legais, salvo hipótese de
engano justificável.
Assim, a contestação apresentada não tem o condão de afastar o pedido
demonstrado na inicial, sendo assim uma peça processual apresentada como mero
exercício de retórica.
Reitera-se a inicial e todos seus pedidos.
Por fim, que as intimação para o NPJ/UDF ocorram via E-CINT.
Nestes termos, pede deferimento.
Brasília, 20 de maio de 2021.
SARA DA SILVA FERNANDES
OAB/DF 56.300
FELIPE ALMEIDA DE MORAIS
RGM: 1014978
Estagiário – NPJ/UDF
CAROLINE BORGES ALVES
RGM: 20136315
Estagiária – NPJ/UDF
KATHLEEN BRITO
RGM: 25057596
Estagiária – NPJ/UDF
VITOR FERREIRA DA COSTA LEAL
RGM: 17630541
Estagiário – NPJ/UDF
ERIKA COSTA BEZERRA
RGM: 26363908
Estagiária – NPJ/UDF

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