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INSTITUTO FEDERAL DE MATO GROSSO – CAMPUS RONDONÓPOLIS 
Disciplina: Língua Portuguesa 
Professora: Arlete Fonseca de Oliveira Assunto: Gêneros textuais (Artigo de Opinião) 
Aluno: Lukas Matias Lopes					Série/Curso: 3º Informática 
Texto I para responder às questões de 01 a 10. Observação: as questões de 1 a 9 devem ser respondidas em forma de texto, conectando as partes de forma a forma uma unidade de sentido. 
Tempos loucos – Parte 2 
Os adultos que educam hoje vivem na cultura que incentiva ao extremo o consumo. Somos levados a consumir de tudo um pouco: além de coisas materiais, consumimos informações, ideias, estilos de ser e de viver, conceitos que interferem na vida (qualidade de vida, por exemplo), o sexo, músicas, moda, culturas variadas, aparência do corpo, a obrigatoriedade de ser feliz etc. Até a educação escolar virou item de consumo agora. A ordem é consumir, e obedecemos muitas vezes cegamente a esse imperativo. 
Quem viveu sem usar telefone celular por muito tempo não sabe mais como seria a vida sem essa inovação tecnológica, por exemplo. O problema é que a oferta cria a demanda em sociedades consumistas, que é o caso atual, e os produtos e as ideias que o mercado oferece passam a ser considerados absolutamente necessários a partir de então. 
A questão é que temos tido comportamento exemplar de consumistas, boa parte das vezes sem crítica alguma. Não sabemos mais o que é ter uma vida simples porque almejamos ter mais, por isso trabalhamos mais etc. Vejam que a ideia de lazer, hoje, faz todo sentido para quase todos nós. Já a ideia do ócio, não. Ou seja: para descansar de uma atividade, nos ocupamos com outra. A vadiagem e a preguiça são desvalorizadas. 
Bem, é isso que temos ensinado aos mais novos, mais do que qualquer outra coisa. Quando uma criança de oito anos pede a seus pais um celular e ganha, ensinamos a consumir o que é oferecido; quando um filho pede para o pai levá‐la ao show do RBD, e este leva mesmo se considera o espetáculo ruim, ensinamos a consumir, seja qual for a estética em questão; quando um jovem pede uma roupa de marca para ir a uma festa e os pais dão, ensinamos que o que consumimos é mais importante do que o que somos. 
Não há problema em consumir; o problema passa a existir quando o consumo determina a vida. Isso é extremamente perigoso, principalmente quando os filhos chegam à adolescência. Há um mercado generoso de oferta de drogas. Ensinamos a consumir desde cedo e, nessa hora, queremos e esperamos que eles recusem essa oferta. Como?! 
Na educação, essa nossa característica leva a consequências sutis, mas decisivas na formação dos mais novos. Como exemplo, podemos lembrar que estes aprendem a avaliar as pessoas pelo que elas aparentam poder consumir e não por aquilo que são e pelas ideias que têm e que o grupo social deles é formado por pares que consomem coisas semelhantes. Não é a toa que os pequenos furtos são um fenômeno 
presente em todas as escolas, sejam elas públicas ou privadas. 
Nessa ideologia consumista, é importante considerar que os objetos perdem sua primeira função. Um carro deixa de ser um veículo de transporte, um telefone celular deixa de ser um meio de comunicação; ambos passam a significar status, poder de consumo, condição social, entre outras coisas. 
A educação tem o objetivo de formar pessoas autônomas e livres. Mas, sob essa cultura do consumo, esses dois conceitos se transformaram completamente e perderam o seu sentido original. Os jovens hoje acreditam que têm liberdade para escolher qualquer coisa, por exemplo. Na verdade, as escolhas que fazem estão, na maioria das vezes, determinadas pelo consumo e pela publicidade. Tempos loucos, ou não? 
SAYÃO, Rosely. Tempos loucos – Parte 2. In: http://blogdaroselysayao.blog.uol.com.br/arch2006‐10‐ 01_2006‐10‐15.html. Acesso em: dezembro de 2015.) IN: HERNANDES, Roberta; MARTIN, Vima Lia. Veredas da Palavra. 1.ed., São Paulo, Ática:2016. 
Estrutura do Artigo de Opinião. 
INTRODUÇÃO: 
1. apresentação do tema a ser discutido. 
2. Apresentação da tese, evidenciando o seu posicionamento. 
DESENVOLVIMENTO 
1. Apresentação de argumentos que justifiquem a tese. 
2. Apresentação de contra-argumentos para rebater argumentos contrários do seu. 
CONCLUSÃO 
1. Retomada da posição assumida ou apresentação de uma posição intermediária que concilie dois ou mais pontos de vista. 
Com base na leitura do texto acima, responda às questões abaixo.
Observação: as questões de 1 a 9 devem ser respondidas em forma de texto, conectando as partes de forma a forma uma unidade de sentido. 
1. Qual o tema do artigo de opinião? Ele pode ser considerado polêmico? Explique.
2. Releia com atenção o título. O que ele revela sobre o tema a ser desenvolvido? 
3. O consumismo pode ser definido como um consumo ilimitado, supérfluo. Busque no texto outras características do consumismo apresentadas pela autora. 
4. A posição central trabalhada pelo texto é de que vivemos numa sociedade consumista e alimentamos a ideia de que o importante é consumir com nossas ações, conscientes ou não. Que exemplos de consumismo juvenil a autora utiliza para confirmar sua posição. 
5. No quinto parágrafo, Rosely Sayão trabalha a contra-argumentação. Qual é o contra- argumento trabalhado por ela? Explique. 
6. Segundo a autora, quais seriam as consequências de criar os jovens dentro de uma sociedade conduzida pelos valores consumistas? 
7. Segundo a autora, os objetivos da educação se chocam com a ideia que o jovem tem, hoje, do que seja liberdade. Por que há esse choque? Explique. 
8. Um dos aspectos determinantes de um artigo de opinião é o uso adequado de conectivos para ligar as partes do texto, construindo sua coesão. Levando isso em consideração: 
a) retire um exemplo de conectivo empregado e a função coesiva que ele apresenta. 
b) o texto de Rosely Sayão, por ser veiculado em Blog, na internet, apresenta linguagem formal e informal. Indique aspectos formais e informais utilizados. 
9. Rosely Sayão, psicóloga e educadora, escreve sobre questões contemporâneas. Comprove com um trecho do texto o argumento de autoridade da autora. 
10. Agora você, utilizando os mesmos argumentos da autora, continue este parágrafo de introdução, respeitando a clareza, a coesão e coerência: Viver em uma sociedade em que o valor maior é o consumo significa viver em “tempos loucos”.
 
Elabore a proposta do exercício 10, em até 15 linhas, obedecendo a estrutura do artigo de opinião. Coloque-se no lugar de um autor que esteja escrevendo um texto para ser divulgado no jornal de sua cidade. 
Bibliografia: 
HERNANDES, Roberta; MARTIN, Vima Lia. Veredas da Palavra. 1.ed., São Paulo, Ática:2016.
TEXTO DAS RESPOSTAS 1 a 9
 O objeto de estudo é embasado na questão do consumismo atual. O texto, que explana uma análise das nossas ações e atitudes, pode ser considerado polêmico a partir da captação dessa “brincadeira subconsciente”, a investigação das nossas vivências é extremamente pertinente na sociedade, pois proporciona reflexão aos indivíduos sobre as suas maneiras de agir.
 Meditação esta que pode ser obtida de forma clara, a partir do título “tempos loucos”, que já exprime a forte possibilidade do conteúdo do artigo se tratar de alguma forte crítica social. A autora expõe o seu posicionamento sobre a temática, caracterizando a ideologia do consumo como algo que o mercado nos vende, passando a ideia de ser absolutamente necessário e, conscientes ou não, alimentamos o pensamento de que o que realmente importa é o consumo. O objeto que consumimos, na sociedade de consumo, perdem a sua primeira função e passam a ser sinônimo de status e condição social. A autora exemplifica o seu pensamento citando exemplos juvenis, como na educação, quando pequenos furtos acontecem e, o responsável por tal ação é bem avaliado, dito que as suas posses traduzem a condição social.
	Rosely Sayão explica que o consumo não é um problema, mas se torna um quando começaa ditar a vida do indivíduo, ou seja, essa filosofia determina todo o estilo de vida da pessoa. Deve haver um cuidado com essa convicção numa sociedade intrinsecamente dominada por pensamentos consumistas, porque, conforme a autora, quando uma criança recebe toda oferta que deseja, ensina-se a consumir tudo o que é oferecido, hábito este que pode desenvolver-se, de maneira negativa, na adolescência, quando a pessoa recebe uma oferta grande de drogas. Nessa realidade, a liberdade e autonomia do “eu” perdem o seu sentido, porque a pessoa acredita ser livre para escolher o que bem entender. No entanto, estas escolhas são diretamente influenciadas pelas redes sociais e grandes canais midiáticos.
10.
 Consuma. Não importa se é um produto ou uma ideia, apenas consuma. Este é o lema da sociedade atual. Em decorrência da expansão desenfreada da globalização e suas comunicações, nossas instituições sociais são moldadas e definidas por convicções capitalistas, inerentemente, crescentes pensamentos consumistas. Uma pesquisa do portal G1 mostrou que 76% dos cidadãos brasileiros não praticam consumo consciente. Não é difícil imaginar o motivo deste percentual, já que os super estímulos do mundo moderno, através das redes sociais e grandes canais midiáticos, à todo momento nos vendem maneiras de nos tornar felizes, baseado em ideologias consumistas. Em conseguinte, intensificam-se ideais individualistas e narcisistas, na medida em que o indivíduo busca, a qualquer custo, melhorar seu auto-retrato para se encaixar nos padrões de aprovação consumistas e o acelerado anseio pela felicidade ilusória através do consumo.

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