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@ellen.a.silve 1. Considerando as discussões da aula acerca da definição de texto, julgue as afirmativas em V (verdadeiras) ou F (falsas): Ainda que existam muitos tipos de texto, o mais correto é o texto escrito em parágrafos alinhados, com aproximadamente 30 linhas e contendo um título criativo. A unidade é uma característica essencial de todo texto, visto que é necessário que os sentidos percorram uma linearidade projetada pelo autor e que indiquem um fechamento, uma organização. O ineditismo não é uma característica essencial de um texto, pois, para haver uma comunicação efetiva, é necessário que os sentidos circulantes no texto sejam comuns aos interlocutores, ou seja, o autor não inaugura os sentidos. Um texto pode se materializar por meio de natureza verbal (contendo palavras de modo escrito ou oral) e de natureza não verbal (contendo imagens, gestos, expressões...); e sempre quem fala, escreve, desenha, compõe... é o autor do texto. Agora, assinale a alternativa que indica a ordem correta da análise feita: Escolha uma opção: A. VFVV B. FVVV C. FVFV D. VVFV Feedback A afirmação “Ainda que existam muitos tipos de texto, o mais correto é o texto escrito em parágrafos alinhados, com aproximadamente 30 linhas e contendo um título criativo” é a única que está incorreta. Discutimos durante a aula que devemos desconstruir o imaginário que temos sobre a noção de texto, que está ligada a escrever uma dissertação em uma folha em branco. Ele é somente um tipo de texto; contudo, a noção de texto é bem ampla sendo “o recorte de sentidos já circulantes na sociedade e organizados em unidade (verbal e/ou não verbal) pelo autor”. Assim, um texto pode ser uma pintura, uma conversa, um sorriso, ou um TCC, e, embora os sentidos não sejam inéditos, a organização dos sentidos pelo autor é única. 2. Vamos considerar uma situação comunicativa real, ocorrida em uma universidade em Itajubá. Os alunos do primeiro período de todos os cursos de graduação participaram de uma palestra ministrada por um professor de português, que atualmente é um dos responsáveis pelo recrutamento e seleção de estagiários de uma empresa multinacional em São Paulo. O palestrante enfatizou a importância de conhecer a língua portuguesa, nos domínios verbal e não verbal, não somente no processo de seleção, mas também na atuação profissional, independentemente da área. Em relação à situação narrada, analise cada afirmativa abaixo e assinale a que apresenta uma incorreção acerca dos elementos do esquema de comunicação: Escolha uma opção: A. O texto foi elaborado de forma verbal oral, porém pode apresentar traços de escrita, uma vez que muitas palestras são escritas, a fim de que o autor se organize melhor e de modo seguro. Oral ou escrito, podemos afirmar que o código da mensagem é a língua portuguesa, e, se o palestrante fez uso de imagens durante sua exposição, há também presença de código não verbal. B. O referente pode ser considerado o contexto universitário que compreende o espaço (auditório da universidade) e a situação (alunos ingressantes que ainda não participaram de um processo seletivo de estágio). Além disso, a experiência do autor ou emissor contribui para que muitas informações sobre o contexto universitário sejam discutidas (o “mundo” acadêmico e profissional é trazido no texto). C. Como o texto produzido pelo emissor é uma palestra, em que o professor certamente manteve-se à frente, falando ao público de alunos que o escutou, o receptor pode ser considerado cada universitário. Neste caso, não houve interação alguma do receptor no processo, pois a situação supõe silêncio e passividade do público. D. O emissor da mensagem é o palestrante que, de acordo com nossas discussões anteriores, pode também ser chamado de autor, visto que organiza sentidos já circulantes sobre “português, carreira, mercado de trabalho, estágio...” em uma linearidade própria, ou seja, na unidade textual “palestra”. Feedback @ellen.a.silve A afirmação “Como o texto produzido pelo emissor é uma palestra, em que o professor certamente manteve-se à frente, falando ao público de alunos que o escutou, o receptor pode ser considerado cada universitário. Neste caso, não houve interação alguma do receptor no processo, pois a situação supõe silêncio e passividade do público” apresenta uma incorreção acerca da atuação do receptor. Discutimos que há muitas formas de se comunicar que ultrapassam o uso de palavras. Assim, mesmo que os alunos fiquem em silêncio durante a palestra, eles estão interagindo com expressões faciais, movimentos da cabeça, olhares atentos. O receptor nunca é passivo em um processo comunicativo; ao contrário, todo emissor espera uma resposta do emissor, seja verbal, seja não verbal. 3. Analise a situação: "Marcelo é um estudante universitário prestes a se graduar que escreve um e-mail ao coordenador de seu curso, a fim de solicitar uma carta de recomendação a ser enviada a um programa de pós-graduação de uma universidade estrangeira." Agora, faça a associação correta, considerando os elementos comunicativos. Receptor Resposta 1 Mensagem Resposta 2 Emissor Resposta 3 – Marcelo. Feedback Considerada a situação descrita, Marcelo é o emissor do texto escrito no e-mail direcionado ao coordenador do curso (o receptor). A mensagem apresentada no e-mail refere-se a uma solicitação para que seja elaborada uma carta de recomendação. Então, apenas se o coordenador elaborar a carta, teremos um outro gesto de escrita, logo, uma outra situação comunicativa e um outro texto, no qual o emissor será o coordenador; o receptor, a universidade estrangeira; e a mensagem, a descrição do candidato (Marcelo). Desse modo, não se considera a possibilidade de " a descrição de Marcelo na carta de recomendação" ser um elemento comunicativo da situação em questão. A resposta correta é: Receptor → Coordenador, Mensagem → Pedido descrito no e-mail, Emissor → Marcelo. 1. Após assistir ao vídeo correspondente à aula, julgue a frase abaixo como verdadeira ou falsa: "Antes de se produzir um texto - oral ou escrito - quatro pontos devem ser considerados: o receptor, a finalidade, a intenção e os sinais de pontuação." Escolha uma opção: A. VERDADEIRO B. FALSO. Feedback Os sinais de pontuação não são um ponto a se considerar, visto que nem todo texto é de natureza escrita. Em textos orais, não há necessidade de inserir exclamação, ponto final ou interrogação, por exemplo, já que a entonação, o silêncio, entre outros recursos garantem a expressividade necessária à comunicação dos sujeitos. 2. Uma única pessoa é capaz de utilizar diferentes registros da língua (formais e informais). Porém, é importante destacar que, embora isso seja próprio da comunicação oral, todos os falantes que a utilizam precisam ter como principal estratégia, no momento do uso da modalidade, a: Escolha uma opção: A. Adequação à modalidade culta da língua aprendida na escola. B. Adequação aos princípios das variantes linguísticas regionais. C. Adequação à finalidade comunicativa, à intencionalidade e ao receptor. D. Adequação à condição socioeconômica do receptor (variante social). Feedback Adequação à finalidade comunicativa, à intencionalidade e ao receptor.”. Em todo ato comunicativo oral, o que deve prevalecer como estratégia no uso da língua é a finalidade comunicativa, que precisa ser clara, objetiva e de acordo com o contexto situacional. Além disso, a intencionalidade do texto (convencer, explicar, apoiar, gerar intimidade...) deve estar clara, a fim de adaptar o registro à situação. E, por fim, conhecer o receptor é essencial, já que, o texto se dirige a ele. Como discutimos anteriormente, não se deve fazer uso de linguagem extremamente formal a um sujeito falante da linguagem vulgar, pois a comunicação não será efetiva @ellen.a.silve 3. Considerando o estudo realizado sobre varianteslinguísticas, podemos considerar como fatores determinantes à existência de uma variante, exceto: Escolha uma opção: A. Profissão do falante B. Questões sociais C. Tempo decorrido D. Limite geográfico Feedback “Profissão do falante”. Algumas profissões podem apresentar jargões ou palavras que parecem fórmulas a formar um vocabulário específico que delimita e identifica a relação entre os profissionais, o que pode ser visto, em alguns casos, no interior de variantes sociais. No entanto, nenhuma profissão é um fator determinante para a formação de variante linguística específica de uma ou outra profissão. 4. Sabemos que existem diferenças marcantes entre a modalidade oral e a modalidade escrita da língua, uma vez que ambas diferem no modo de aquisição, produção, uso e, essencialmente, na forma em que estão estruturadas. Assim, podemos destacar que: Escolha uma opção: A. A comunicação oral possui a mesma influência, em relação ao interlocutor (receptor), que a modalidade escrita. B. Na comunicação oral, não há interferências significativas, como intencionalidade e participação do receptor. C. Processo de comunicação oral não influencia o interlocutor, somente a modalidade escrita possui esta função. D. Na oralidade, há recursos que a escrita não consegue reproduzir em sua totalidade, como gestualidade e movimentos do corpo. Feedback Na oralidade, há recursos que a escrita não consegue reproduzir em sua totalidade, como gestualidade e movimentos do corpo.”. A oralidade é uma modalidade da língua assim como a escrita, e, como afirmam diferentes pesquisadores, é um equívoco dizer que a escrita seja sua derivada, pois são diferentes, com recursos próprios. Em relação às outras afirmações, percebemos equívocos, todos relacionados à influência e participação do interlocutor ou receptor (que ocorre em todas as situações comunicativas, mas de modo distinto na oralidade e na escrita). 5. Leia atentamente o trecho abaixo para, em seguida, fazer o que se pede. “A língua é um bem coletivo, e a interação social, sua principal razão de ser. O que cada pessoa sente, sabe, imagina, quer, sonha, é uma experiência individual, subjetiva e única. Por mais que seja um bem coletivo, porém, a língua que falamos não repassa tal experiência, na sua integridade e complexidade, a um interlocutor; ela reprocessa essa experiência, reorganizando-a nos termos de um código coletivo de representação e comunicação. Suas trocas são como moedas, que circulam como meio de trocas. Assim, como moedas, são portadoras de valor, as palavras são portadoras de sentidos. Tanto o valor quanto o sentido precisam ser compartilhados, ou a troca não pode acontecer. Esse ‘denominador comum’ é a garantia de intercompreensão e persiste por força de uma espécie de acordo tácito entre os falantes da língua”. AZEREDO, José Carlos de. Gramática Houaiss da Língua Portuguesa. 2. ed. São Paulo: Publifolha, 2008, p. 52. De acordo com os nossos estudos realizados até agora, podemos definir a língua como um bem social, porém altamente complexo. Sabendo disso, e considerando o trecho lido, podemos afirmar que:scolha uma opção: A. A interação comunicativa entre as pessoas é um acordo feito com “troca de conteúdo, de sentidos”, e, portanto, há uma definição de limites e de papeis que deve considerar sempre a situação comunicativa. B. A língua repassa em totalidade os valores coletivos de uma sociedade, e de todas as variantes linguísticas existentes, já que é uma moeda de troca. C. Como a língua é um bem coletivo, nenhum fator externo à conversação, por exemplo, pode interferir no ato comunicativo. D. Independentemente da situação comunicativa, a transmissão de mensagens pode acontecer em níveis de compreensão de ambas as partes, tanto emissor quanto receptor. Feedback A interação comunicativa entre as pessoas é um acordo feito com “troca de conteúdo, de sentidos”, e, portanto, há uma definição de limites e de papeis que deve considerar sempre a situação comunicativa.”. A interação comunicativa entre as pessoas é sempre um acordo feito com base na troca de conteúdos e de sentidos já circulantes, mesmo que de modo inconsciente. A comunicação se estabelece entre emissor e receptor, e deverá respeitar a situação comunicativa para que quem receba a mensagem seja capaz de fazer parte, efetivamente, do processo comunicativo, em outras palavras, fazer-se compreender na totalidade. Podemos tomar como exemplo a situação patrão-trabalhador, na qual há papeis definidos e uma limitação (das duas partes) do que se pode e deve falar; situação que deve ser considerada na produção dos textos de cada um dos envolvidos.