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Aula 03
Comércio Internacional p/ AFRFB - 2016 (com videoaulas)
Professor: Ricardo Vale
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AULA 03: INTEGRAÇÃO REGIONAL 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1-Palavras Iniciais 1 - 2 
2- O processo de integração regional 3 - 20 
3- O Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA) 20 - 30 
4- Associação Latino-Americana de Integração (ALADI) 30 - 42 
5- Comunidade Andina de Nações (CAN) 42 – 47 
6- Comunidade do Caribe (CARICOM) 47 - 49 
7- Questões Comentadas 49 - 55 
7- Lista de Questões e Gabarito 56 - 69 
Olá, amigos tudo bem? Como vão os estudos? 
É sempre uma grande satisfação estar aqui com vocês! 
Espero que tudo esteja ficando claro até agora! Caso tenham 
dúvidas, lembro que estarei sempre à disposição! 
Nas duas aulas anteriores, nós comentamos sobre o sistema 
multilateral de comércio (administrado pela OMC) e sobre os sistemas 
preferenciais: SGP e SGPC. 
Ao estudarmos sobre a OMC, nós comentamos que um dos pilares do 
sistema multilateral de comércio é o princípio da não-discriminação, que se 
desdobra em dois outros princípios: a cláusula da nação mais favorecida e o 
princípio do tratamento nacional. 
A cláusula da nação mais favorecida está prevista no art. I do 
GATT e tem como objetivo evitar a discriminação entre países. Por essa 
cláusula, se um membro da OMC concede uma preferência tarifária a qualquer 
país, deverá imediata e incondicionalmente estender essa mesma preferência a 
todos os outros membros da OMC. Vocês estão lembrados? 
Ocorre que, de acordo com o art. XXIV do GATT, é possível que os 
países excepcionem a cláusula da nação mais favorecida no âmbito de 
acordos regionais de comércio. Também é possível que ela seja 
excepcionada com base na Cláusula de Habilitação. Com amparo nesses 
dois dispositivos (art. XXIV do GATT e Cláusula de Habilitação) é que ocorre o 
processo de integração regional. 
Na aula de hoje, vamos abordar os seguintes tópicos sobre 
integração regional: 
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“4. Integração comercial: zona de preferências tarifárias; área de livre 
comércio; união aduaneira. 4.1 Acordos regionais de comércio e a 
Organização Mundial de Comércio (OMC): o Artigo 24º do GATT; a 
Cláusula de Habilitação. 4.2. Integração comercial nas Américas: 
ALALC, ALADI, MERCOSUL, Comunidade Andina de Nações; o Acordo 
de Livre Comércio da América do Norte; CARICOM.” 
Vamos em frente! 
Um abraço, 
Ricardo Vale 
ricardovale@estrategiaconcursos.com.br 
http://www.facebook.com/rvale01 
 
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1- O PROCESSO DE INTEGRAÇÃO REGIONAL: 
1.1- Estágios de Integração: 
Hoje em dia é muito comum ouvir falar em “blocos econômicos” e 
“processo de integração regional”. Não é para menos! Com a globalização 
e o aprofundamento das relações internacionais, o tema da integração 
econômica vem ganhando cada vez maior importância no âmbito do direito 
internacional público. 
Mas, afinal de contas, qual é o conceito de integração regional? 
Quando é que se falou pela primeira vez nisso? E por que os países decidiram 
integrar-se economicamente? 
Responder a essas perguntas com rigor acadêmico é algo bastante 
complexo, mas de uma forma bem simples, a integração regional pode ser 
entendida como um fenômeno por meio do qual países formam blocos 
econômicos regionais com o objetivo de obter desenvolvimento econômico 
conjunto. Para Raúl Granillo Ocampo, o processo de integração regional é um 
“fenômeno de interação entre Estados por meio do qual estes aumentam sua 
interdependência e aprofundam seu relacionamento mútuo, transformando-se 
de unidades previamente separadas em partes componentes de um sistema 
coerente.”1 Trata-se de um processo complexo, voluntário, dirigido a um fim 
específico e que pode se manifestar no campo econômico, social e político. 
O ideal integracionista não é algo recente. Ele teve sua origem no 
pensamento do filósofo Immanuel Kant e sua esperança de encontrar a “paz 
perpétua” por meio de uma federação de Estados livres ou, ainda, no 
pensamento de líderes como Simon Bolívar, que defendia a associação dos 
recém-independentes Estados latino-americanos como forma de evitar possível 
recolonização por parte das potências européias. 
Embora o ideal integracionista não seja recente, o processo de 
integração regional somente foi sistematizado e descrito teoricamente na 
década de 60, pelo economista húngaro Bela Balassa. 
Segundo Bela Balassa, os processos de integração regional 
distinguem-se em cinco estágios, os quais, ordenados em ordem crescente 
de integração, são os seguintes: área de livre comércio, união aduaneira, 
mercado comum, união econômica e integração econômica total. É 
fundamental que vocês guardem isso, meus amigos! 
 
1 . OCAMPO, Raúl Granillo. Direito Internacional Público da Integração. Rio de Janeiro: 
Campus, 2008. pp. 21-22 
 
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Mas o que pressupõe cada um desses estágios de integração? 
a) A área de livre comércio é o primeiro dos estágios de 
integração, isto é, o estágio que apresenta o menor nível de integração. Sua 
característica principal é a livre circulação de mercadorias e serviços entre 
os países que a integram. No âmbito de uma área de livre comércio, não há 
direitos aduaneiros incidentes sobre a circulação de bens. Para visualizarmos 
melhor como funciona esse tipo de bloco econômico, vamos a um exemplo! 
Imagine que três países (A, B e C) formem uma área de livre comércio. Se o 
país A exporta uma mercadoria para o país B, não será cobrado imposto nessa 
importação. Da mesma forma, se o país B exporta para o país C, não incidirá 
imposto de importação nessa operação. 
Mas será que é possível uma liberalização completa do fluxo de bens 
e serviços? Ou melhor: será que, para a configuração de uma área de livre 
comércio, é necessária uma completa liberalização do fluxo de bens e serviços? 
Excelente pergunta, meu amigo! A liberalização completa do fluxo de 
bens e serviços, mesmo em uma área de livre comércio, é algo que não existe. 
Mesmo no âmbito de áreas de livre comércio, é possível que os países 
imponham restrições à livre circulação de bens e serviços. 
Segundo o art. XXIV do GATT, existe uma área de livre comércio 
entre países quando são eliminadas tarifas e outras regulações restritivas 
sobre “substancialmente todo o comércio”. Definir a expressão 
“substancialmente todo o comércio” é uma das maiores polêmicas da literatura 
que trata dos acordos regionais. Para alguns países, deve-se levar em conta 
aspectos quantitativos (existência de um percentual de comércio coberto 
pelo acordo); para outros, devem ser considerados aspectos qualitativos 
FASES DA 
INTEGRAÇÃO 
REGIONAL 
(Visão de Bela 
Balassa) 
- Área de Livre Comércio 
- União Aduaneira 
- Mercado Comum 
- União Econômica 
- Integração Econômica Total 
Grau de Integração 
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(nenhum setor econômico deve estar de fora da abrangência do acordo).2 Em 
que pese estas duas correntes divergentes, não há definição sobre o tema. Até 
mesmoo Órgão de Apelação da OMC, quando teve a oportunidade de se 
manifestar sobre o assunto e definir o significado de “substancialmente todo o 
comércio”, ele preferiu ficar em cima do muro e não chegou a nenhuma 
conclusão substancial.3 
Outra questão que suscita dúvidas é quanto ao tipo de restrições 
comerciais que podem ser mantidas no âmbito de uma área de livre 
comércio. Segundo o art. XXIV do GATT, “entende-se por área de livre 
comércio um grupo de dois ou mais territórios aduaneiros entre os quais os 
direitos aduaneiros e outras regulamentações restritivas das trocas comerciais 
(com exceção, na medida necessária, das restrições autorizadas nos termos 
dos artigos XI, XII, XIII, XIV, XV e XX) são eliminados para substancialmente 
todo o comércio.” 
Pela leitura desse dispositivo, percebe-se que são possíveis as 
seguintes restrições comerciais em virtude de um acordo regional: 
- Art. XI: imposição de restrições quantitativas 
- Art. XII: imposição de restrições em razão de déficits no Balanço de 
Pagamentos. 
- Art. XIII: obriga que as cotas sejam aplicadas de forma não-
discriminatória. 
- Art. XIV: em virtude de déficits no Balanço de Pagamentos, admite 
que sejam aplicadas cotas de maneira discriminatória. 
- Art. XV: o cumprimento de obrigações perante o FMI pode ensejar 
o descumprimento de normas do GATT. 
- Art. XX: admite restrições comerciais para: i) proteger a segurança 
e a saúde de pessoas, plantas e animais; ii) para proteger a moralidade 
pública; iii) para proteção ambiental; etc. 
Aí é que entram duas perguntas: 
 
2 PRAZERES, Tatiana. A OMC e os Blocos Regionais. São Paulo: Aduaneiras, 2008, 
pp. 285-286. 
3 Segundo o Órgão de Apelação “substantially all the trade is not the same as all the 
trade, and also that substantially all the trade is something considerable more than 
merely some of the trade.” Em tradução livre, “substancialmente todo o comércio não 
é o mesmo que todo o comércio, e também ‘substancialmente todo o comércio’ é 
consideravelmente superior a apenas algum comércio.” 
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1) É possível a aplicação de medidas de defesa comercial (direitos 
antidumping, medidas compensatórias e medidas de salvaguarda) entre os 
membros de um bloco comercial? 
2) É possível a aplicação de restrições comerciais por razões de 
segurança nacional? 
Respondendo à primeira pergunta, pela literalidade do art. XXIV, 
os integrantes de blocos regionais não podem aplicar entre si medidas de 
defesa comercial. No entanto, o que se vê na prática é que, em boa parte 
dos acordos regionais existentes (NAFTA e MERCOSUL, por exemplo), são 
aplicadas medidas de defesa comercial intrabloco. Com efeito, parte da 
doutrina entende que a lista de restrições definida pelo art. XXIV do GATT seria 
meramente exemplificativa (e não taxativa). Todavia, segundo Tatiana 
Prazeres, o entendimento tecnicamente mais correto seria o de que a lista de 
restrições do art. XXIV é taxativa (“numerus clausus”).4 Em que pese esse 
entendimento da ex-Secretária de Comércio Exterior, pode-se afirmar 
categoricamente que não há ambiente político para que seja impedida a 
imposição de medidas de defesa comercial entre os membros de blocos 
regionais. 5 
Quanto à segunda pergunta, o entendimento predominante é o de 
que, apesar de não estar relacionada no art. XXIV, é possível a aplicação de 
restrições comerciais por razões de segurança nacional no interior de 
blocos regionais (art. XXI). Segundo a doutrina majoritária, o art. XXI do 
GATT representa uma exceção que se sobrepõe à lista do art. XXIV. 6 
b) A união aduaneira, por sua vez, se caracteriza pela livre 
circulação de mercadorias e serviços entre seus integrantes e, ainda, pela 
harmonização da política comercial em relação a terceiros países. 
Assim, os países-membros desse bloco comercial estabeleceriam as mesmas 
regras alfandegárias em relação a terceiros não-membros. Em outras palavras, 
as normas de comércio exterior seriam essencialmente as mesmas em todos 
os países, aplicando-se, inclusive, uma Tarifa Externa Comum (TEC). Com 
efeito, a TEC é considerada um instrumento que materializa a existência de 
uma política comercial comum em relação a terceiros países. 
“Mas, Ricardo, o que significa dizer que as normas de comércio 
exterior seriam essencialmente as mesmas?” 
 
4
!PRAZERES, Tatiana. A OMC e os Blocos Regionais. São Paulo: Aduaneiras, 2008, 
pp. 292-293 
5
!PRAZERES, Tatiana. A OMC e os Blocos Regionais. São Paulo: Aduaneiras, 2008, pp. 
295-296!
6
!PRAZERES, Tatiana. A OMC e os Blocos Regionais. São Paulo: Aduaneiras, 2008, pp. 
294-295!
!
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Excelente pergunta, meu amigo! Em uma união aduaneira ideal, é 
como se os países que a integram formassem um território aduaneiro único. 
Como formam um território aduaneiro único, as regras aplicáveis às operações 
de comércio exterior – classificação fiscal, valoração aduaneira, regimes 
aduaneiros, controle aduaneiro, tributação, etc – também deveriam ser únicas. 
“Ah, Ricardo, mas isso é utopia!” 
É, meu amigo, a formação de uma união aduaneira ideal não é 
realmente algo fácil! Justamente por isso, quando citamos exemplos de uniões 
aduaneiras – MERCOSUL e Comunidade Andina – temos que dizer que elas são 
consideradas uniões aduaneiras imperfeitas. 
O fator primordial para considerarmos que esses blocos comerciais 
são exemplos de uniões aduaneiras é a existência de uma Tarifa Externa 
Comum (TEC), que nada mais é do que uma tabela que estabelece as 
alíquotas do I.I para os produtos importados de terceiros países. Todavia, as 
imperfeições dessas uniões aduaneiras ficam visíveis quando verificamos que 
as normas de comércio exterior nesses países não são essencialmente 
unificadas e que ainda persistem inúmeras exceções à Tarifa Externa Comum 
(TEC). Falaremos mais à frente sobre o caso específico de cada um desses 
blocos comerciais. 
A Tarifa Externa Comum (TEC) é determinada discricionariamente 
pelos órgãos decisórios do bloco regional. Todavia, as regras da OMC (art. 
XXIV, parágrafo 5º) estabelecem que as tarifas e outras regulações de 
comércio impostas por ocasião da formação da união aduaneira “não podem 
ser mais restritivas em seu conjunto do que as restrições aplicáveis pelos seus 
integrantes antes da constituição do bloco regional”. 
c) O mercado comum é o estágio de integração que se caracteriza 
pela livre circulação de mercadorias e serviços, harmonização da 
política comercial em relação a terceiros países e, ainda, pela livre 
circulação dos fatores de produção. Perceba, caro amigo, que as 
características da união aduaneira estão presentes no mercado comum, 
somadas ainda à sua característica peculiar: livre circulação de fatores de 
produção. 
“Mas, Ricardo, o que seria essa tal livre circulação dos fatores de 
produção?” 
Ótima pergunta! Em primeiro lugar, precisamos saber o que são 
“fatores de produção”, conceito que retiramos da Bem, 
podemos dizer que fatores de produção são os elementos básicos utilizados na 
produção de bens e serviços. São considerados fatores de produção a terra, o 
trabalho, o capital, a capacidade empresarial e, modernamente, a tecnologia. 
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Pois bem, a livre circulação de fatores de produção (característica do 
mercado comum) implicaria na possibilidade de que um trabalhadorpudesse 
exercer suas atividades livremente em qualquer dos países do bloco. Ou ainda, 
que não houvesse restrições aos investimentos intrabloco, sendo possível a 
livre circulação de capitais. Com base nessa lógica é que se diz que, no 
mercado comum, estão presentes as chamadas “quatro liberdades” do 
mercado: livre circulação de bens, serviços, capitais e mão-de-obra. 
Para que seja possível a livre circulação de fatores de produção, é 
necessário, todavia, a harmonização das políticas previdenciária, 
trabalhista e de capitais entre os integrantes do bloco. Vale ressaltar que no 
mercado comum existirá, assim como na união aduaneira, uma harmonização 
da política comercial intrabloco (comércio livre de barreiras entre seus 
integrantes) e extrabloco (regras de comércio exterior unificadas, incluindo 
tributação). 
d) A união econômica é o quarto estágio de integração econômica, 
em que, além das características do mercado comum, há harmonização das 
políticas econômicas dos países do bloco. Quando dizemos que as políticas 
econômicas são harmonizadas, estamos nos referindo às políticas cambial, 
monetária e fiscal. 
Destaque-se que a literatura considera como fator essencial ao 
sucesso de uniões econômicas e mercados comuns a proximidade 
geográfica entre seus membros. Tal característica não é considerada, todavia, 
um diferencial importante para o sucesso de áreas de livre comércio e zonas 
de preferências tarifárias. 
e) A integração econômica total é o estágio de integração mais 
avançado, que se caracteriza pela unificação ou equalização das políticas 
econômicas de seus integrantes. Vejam, caros amigos, que, no caso da 
integração econômica total, não há uma simples harmonização das políticas 
econômicas. Estas são, ao contrário, conduzidas de forma unificada. 
Para que as políticas econômicas possam ser conduzidas de forma 
unificada, é necessário que exista um órgão supranacional com essa 
responsabilidade. Todavia, para que ele possa exercer tal competência, cada 
um dos integrantes do bloco econômico deverá abdicar de parcela de sua 
soberania em prol do poder central. 
Cabe esclarecer aqui a diferença entre “órgãos intergovernamentais” 
e “órgãos supranacionais”. Órgãos intergovernamentais são aqueles cujas 
decisões necessitam ser internalizadas ao ordenamento jurídico dos Estados 
para que, só então, entrem em vigor. Por outro lado, órgãos supranacionais 
são aqueles que emanam decisões que não precisam ser incorporadas ao 
ordenamento jurídico interno dos Estados para entrarem em vigor e já gozam, 
desde o momento em que emitidas, de eficácia e aplicabilidade imediatas. A 
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supranacionalidade pressupõe cessão de soberania em prol de um poder 
central; a intergovernamentabilidade pressupõe a existência de mecanismos 
de mera cooperação internacional. 
Questão interessante, que suscita largos debates doutrinários, é 
acerca do estágio atual de integração da União Europeia. Embora parcela 
da literatura considere que a U.E alcançou o estágio de “integração econômica 
total”, a doutrina majoritária entende que trata-se de uma união econômica 
e monetária.7 
De nossa parte, entendemos que a União Europeia é, inegavelmente, 
uma união econômica e monetária, uma vez que apenas a política cambial e 
monetária são conduzidas de forma unificada pelo Banco Central 
Europeu. As políticas econômicas “latu sensu” da União Europeia são objeto de 
mera coordenação. Com efeito, é possível afirmar que uma das causas da 
recente crise econômica na U.E é a inexistência de uma política fiscal 
unificada, o que levou alguns países a exacerbarem seus gastos públicos. 
Vejamos o quadro abaixo! 
Estágio de Integração Características 
Área de Livre Comércio Livre circulação de mercadorias e serviços em 
relação ao substancial do comércio. 
União Aduaneira Livre circulação de mercadorias e serviços em 
relação ao substancial do comércio e política 
comercial comum em relação a terceiros 
países 
Mercado Comum Livre circulação de mercadorias e serviços em 
relação ao substancial do comércio, política 
comercial comum em relação a terceiros 
países e livre circulação dos fatores de 
produção 
União Econômica Harmonização das políticas econômicas. 
Integração Econômica 
Total 
Unificação das políticas econômicas 
Existe ainda outro tipo de acordo regional, o qual não é, todavia, 
enquadrado como um estágio de integração pela doutrina desenvolvida por 
Bela Balassa.8 Trata-se das zonas de preferências tarifárias (ou acordos de 
 
7
!PORTELA, Paulo Henrique Gonçalves. Direito Internacional Público e Privado. Salvador: 
Editora Juspodium, 2009, pp. 802-803 !
8 Embora Bela Balassa não tenha mencionado as zonas de preferências tarifárias, vários outros 
autores as consideram como um estágio de integração regional. Em provas de concursos 
públicos, devemos admitir como corretas alternativas que mencionem as ZPT’s como estágio 
de integração regional. 
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preferências tarifárias). As zonas de preferências tarifárias são acordos 
comerciais, em que os integrantes se outorgam mutuamente preferências 
tarifárias (reduções do imposto de importação). Diz-se, portanto, que os 
integrantes desse tipo de acordo concedem entre si uma margem de 
preferência nas importações. 
 
Embora Bela Balassa, criador da teoria da integração 
regional, não tenha feito qualquer menção às zonas de 
preferências tarifárias, é razoável considerar que, 
atualmente, elas também são um estágio de integração. 
Assim, é plenamente possível que a ESAF considere que as 
zonas de preferência tarifária são o estágio menos avançado 
de integração. O CESPE já se posicionou nesse sentido, mas, 
infelizmente, a ESAF não tem nenhuma questão que nos 
demonstre exatamente a sua posição. 
Assim, o melhor posicionamento para concursos é o 
seguinte: 
1) Se a banca examinadora fizer menção à teoria da 
integração de Bela Balassa, você não deve considerar as 
zonas de preferências tarifárias como estágio de integração. 
2) Se não for feita menção a nenhum autor específico, 
considere as zonas de preferências tarifárias como um 
estágio de integração. 
Na medida em que há avanço do processo de liberalização 
comercial e as economias dos membros de um acordo regional se tornam 
mais integradas, faz-se necessário a coordenação de políticas 
macroeconômicas. Muitos economistas argumentam, inclusive, que a falta 
de coordenação macroeconômica no âmbito do MERCOSUL foi a grande 
causadora da crise econômica argentina entre 1999 e 2001. 
Vejamos como esse assunto pode ser cobrado em prova! 
 
1. (AFRF-2003)- Uma união aduaneira pressupõe a livre 
movimentação de bens, capital e mão de- obra e a adoção de uma 
tarifa externa comum entre dois ou mais países. 
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Comentários: 
Em uma união aduaneira, não há livre circulação de capital e mão-de-
obra. Essas são características de um mercado comum. Questão errada. 
2. (AFRF – 2002.1 – adaptada)- O que define, essencialmente, uma 
área de livre comércio é a livre circulação de bens e serviços através 
das fronteiras. 
Comentários: 
A área de livre comércio fica caracterizada quando há livre circulação 
de bens e serviços em relação ao substancial do comércio. Questão correta. 
3. (ACE-2002 – adaptada)- Acordos Comerciais Preferenciais são 
acordos nos quais Estados uniformizam o tratamentoa ser dispensado 
às importações oriundas de terceiros países. 
Comentários: 
O tratamento dispensado às importações oriundas de terceiros 
países é uniformizado em uma união aduaneira (e não em uma zona de 
preferências tarifárias!). Pode-se afirmar, inclusive, que, no âmbito de uma 
união aduaneira, existe harmonização da política comercial extrabloco. Por 
meio de acordos comerciais preferenciais, os países outorgam-se mutuamente 
preferências tarifárias. Questão errada. 
4. (AFRF-2000)- Dois países, ao reduzirem suas tarifas de 
importação entre si ao nível mais baixo possível com vistas a uma 
liberalização integral do comércio recíproco dentro de dez anos, sem, 
entretanto, estabelecerem uma tarifa externa comum para as 
importações de terceiros países, pretenderam criar uma zona de livre 
comércio. 
Comentários: 
O estágio de integração que os países pretenderam estabelecer por 
meio do acordo foi uma área de livre comércio, que se caracteriza pela 
liberalização do fluxo de bens e serviços em relação ao substancial do 
comércio. Se os países tivessem, adicionalmente, estabelecido uma tarifa 
externa comum, teríamos uma união aduaneira. Questão correta. 
5. (ACE-1997)- São Fases do Processo de Integração, em ordem 
crescente de complexidade: zona de livre comércio, mercado Comum, 
união aduaneira e união econômica. 
Comentários: 
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Em ordem crescente de complexidade temos: i) área de livre 
comércio; ii) união aduaneira; iii) mercado comum; iv) união econômica e; v) 
integração econômica total. Questão errada. 
6. (AFTN-1996 – adaptada)- União aduaneira e mercado comum são 
duas formas de integração econômica regional. O que diferencia essas 
duas formas é a inclusão dos fatores de produção no tratamento das 
relações econômicas entre os países-membros. 
Comentários: 
A união aduaneira se caracteriza pela livre circulação de bens e 
serviços e, ainda, pela política comercial comum em relação a terceiros países. 
Já o mercado comum, além das características da união aduaneira, é um 
estágio de integração que permite a livre circulação dos fatores de 
produção (capital e mão-de-obra). 
Portanto, está correto dizer que o que diferencia a união aduaneira do 
mercado comum é a inclusão dos fatores de produção no tratamento das 
relações econômicas entre os países membros. 
7. (AFRF – 2003)- Uma união aduaneira pressupõe a liberalização 
do comércio entre os países que a integram e a adoção de uma tarifa 
comum a ser aplicada às importações provenientes de terceiros países. 
Comentários: 
Essa é a exata definição de uma união aduaneira: livre circulação de 
bens e serviços e política comercial comum em relação a terceiros países, a 
qual se materializa na existência de uma tarifa externa comum. Questão 
correta. 
8. (INMETRO – 2007)- Uniões monetárias e mercados comuns, a 
exemplo dos acordos de preferência comerciais e áreas de livre 
comércio, dispensam a vizinhança entre países, para serem bem- 
sucedidos. 
Comentários: 
A literatura econômica reconhece que um dos fatores para o sucesso 
de uniões econômicas e monetárias e mercados comuns é a proximidade 
geográfica entre os países. Questão errada. 
9. (ACE-2001)- Em um processo de preferências comerciais 
diferenciadas entre dois países a tarifa externa comum a ser imposta a 
produtos de terceiros países deverá ser sempre a média ponderada 
das estruturas tarifárias dos dois países. 
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Comentários: 
Em uma área de preferências tarifárias, não há uma Tarifa Externa 
Comum (TEC). A existência de uma TEC é característica das uniões 
aduaneiras. Questão errada. 
10. (ACE-2001)- Em um processo de preferências comerciais 
diferenciadas entre dois países a proximidade geográfica é condição 
essencial para o êxito do processo. 
Comentários: 
A proximidade geográfica não é condição essencial para o sucesso de 
áreas de livre comércio e de zonas de preferências tarifárias. Questão errada. 
11. (ACE-2001)- Em um processo de preferências comerciais 
diferenciadas entre dois países haverá necessidade de alinhar as 
políticas macroeconômicas, no momento que as preferências 
negociadas compreenderem a maior parte da pauta de comércio 
bilateral. 
Comentários: 
Questão bastante difícil, que extrapola as características do estágio 
de integração regional e adentra em considerações doutrinárias sobre o tema! 
Digo isso porque não é características das ZPT’s a coordenação 
macroeconômica. 
Entretanto, o avanço da liberalização comercial e o aprofundamento 
da integração torna necessária a coordenação macroeconômica. Assim, quando 
as preferências tarifárias compreenderem a maior parte da pauta do comércio 
no interior de um bloco regional, a doutrina considera que será necessária a 
coordenação de políticas macroeconômicas. Questão correta. 
 
1.2- Efeitos Econômicos da Integração Regional: 
Agora que já temos uma noção acerca dos estágios de integração 
econômica, precisamos nos aprofundar um pouco mais nos efeitos da formação 
de blocos econômicos regionais. 
Os efeitos econômicos da integração regional podem ser dinâmicos 
ou estáticos. Efeitos dinâmicos são os relacionados ao crescimento e 
desenvolvimento econômico. Efeitos estáticos, por sua vez, estão relacionados 
ao deslocamento geográfico da produção após a formação de um bloco 
regional. 
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 Os efeitos dinâmicos da integração são basicamente os mesmos 
efeitos que parte da literatura econômica defende como decorrentes do 
processo de liberalização comercial. Ao nível da produção e do comércio, a 
formação de um bloco regional tem como efeito imediato o aumento da 
concorrência e a ampliação do mercado consumidor. 
Em virtude de os produtos circularem livremente pelos países 
integrantes do bloco regional, pode-se afirmar que há um aumento da oferta 
de bens e, consequentemente, redução dos preços. Com a redução dos 
preços, pode-se afirmar que há aumento do bem estar do consumidor, que 
passa a ter maiores possibilidades de escolha e a preços mais baixos. 
O aumento da concorrência entre as empresas (em virtude da 
eliminação de tarifas) gera ganhos de eficiência, uma vez que estas 
precisam, para poder se manter no mercado, desenvolver novas tecnologias e 
novos processos. Passa a haver, então, maiores investimentos em P & D 
(incentivo à inovação), o que leva ao desenvolvimento tecnológico. 
A integração gera também ganhos de escala (economias de escala), 
uma vez que as empresas terão a possibilidade de explorar um mercado 
consumidor ampliado. Com efeito, haverá aumento do fluxo comercial 
(aumento da corrente de comércio) entre os membros do acordo regional, o 
que permitirá a especialização da produção e, portanto, a geração de 
complementaridade entre as economias dos países do bloco. O fluxo de 
investimento estrangeiro direto (IED) também tende a aumentar, uma 
vez que as empresas multinacionais (transnacionais) desejarão auferir os 
benefícios de um mercado ampliado. 
Outra efeito importante da celebração de um acordo regional é que, 
juntos, os países-membros do acordo adquirem maior poder de negociação 
em nível internacional e, com isso, podem obter maiores vantagens do 
comércio. Vamos entender melhor! 
A literatura econômica aponta que um país grande é capaz de 
afetar os preços dos exportadores estrangeiros. É fácil chegar a essa 
conclusão! Um país grande possui um enorme mercado consumidor e, 
portanto,se impuser restrições ao comércio, os exportadores estrangeiros 
terão que reduzir seus preços, pois não será fácil “arranjar” um novo mercado 
consumidor para seus produtos. Moral da história: quando um país grande 
impõe uma tarifa sobre suas importações, ele piora os termos de troca 
(relação valor das exportações / valor das importações) dos outros países e 
melhora seus próprios termos de troca. 
Por analogia, podemos transpor esse entendimento sobre o “país 
grande” para um “bloco comercial”. Nesse sentido, um acordo regional (mais 
especificamente uma união aduaneira) tem potencial para aumentar os 
termos de troca dos países-membros em detrimento de terceiros 
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países. Com efeito, caso uma união aduaneira imponha uma Tarifa Externa 
Comum elevada, ela irá piorar os termos de troca dos países não-membros. 
Logicamente, a imposição de tarifas tem seus custos (são os efeitos 
negativos do protecionismo!). Dessa forma, faz-se necessário analisar, caso a 
caso, se os benefícios dos termos de troca resultantes da imposição da tarifa 
superam seus custos (o que poderá ocorrer em certos casos). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os efeitos estáticos da integração, por sua vez, foram estudados 
com grande destaque por Jacob Viner e Paul Krugman. Eles estão relacionados 
ao deslocamento geográfico da produção (deslocalização da produção) 
após a formação de um acordo regional de comércio. Mas como assim 
deslocamento geográfico da produção? 
Simples. Hoje a maior parte da produção de calçados que atende ao 
mercado consumidor do país A é oriunda do país X. Após a formação do acordo 
regional, a maior parte da produção de calçados que atende ao mercado do 
país A passa a vir do país Y (houve deslocamento da produção do país X para o 
país Y!) 
Esse deslocamento geográfico da produção pode gerar, segundo 
Viner, dois efeitos diferentes: a criação de comércio e o desvio de 
comércio. 
 
EFEITOS DINÂMICOS DA 
INTEGRAÇÃO REGIONAL 
- Aumento da oferta de produtos 
- Redução dos preços dos produtos 
-Aumento do bem-estar dos consumidores 
- Aumento da concorrência 
- Incentivo à inovação e desenvolvimento 
tecnológico 
- Ampliação do mercado consumidor 
- Ganhos de escala 
- Aumento da corrente de comércio 
- Geração de complementaridade 
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A criação de comércio ocorre quando a produção é deslocada de 
um local em que ela era obtida a custos maiores para um local em que ela é 
obtida a custos menores, o que gera ganho de bem-estar à sociedade. 
Suponha, por exemplo, que, antes da celebração de um acordo 
regional, o mercado consumidor de laranjas do país A seja atendido pelos 
próprios produtores domésticos. Os produtores domésticos não são tão 
eficientes (produzem a um custo alto), mas em virtude das tarifas incidentes 
sobre as laranjas importadas, acabam ganhando o mercado. Após a celebração 
do acordo regional e a consequente eliminação das tarifas, o mercado 
consumidor de laranjas do país A passa a ser atendida pelos produtores do 
país B. Os produtores do país B são mais eficientes (produzem a um custo 
menor) do que os produtores domésticos de A. Quando existiam tarifas, os 
produtores de laranja do país B não conseguiam ganhar mercado; quando 
estas foram rebaixadas, eles saíram ganhando. A produção de laranjas foi 
geograficamente deslocada de um local de menor eficiência (país A) para um 
local de maior eficiência (país B). 
Por outro lado, o desvio de comércio ocorre quando a produção é 
deslocada de um local em que ela era obtida a custos menores para um local 
em que ela é obtida a custos maiores, o que gera perda de bem-estar à 
sociedade. 
Imagine que, antes da celebração de um acordo regional, o mercado 
consumidor de automóveis do país A seja atendido pelos automóveis 
produzidos pelo país B. Ocorre, então, que o país A celebra um acordo regional 
com o país C (o país B fica de fora desse acordo!). Como resultado desse 
acordo, o mercado consumidor de automóveis do país A passa a ser atendido 
pelos automóveis produzidos pelo país C. Antes do acordo, quando o país A 
cobrava igualmente tarifas sobre a importação de automóveis originários de B 
e C, os automóveis do país B saíam ganhando, pois eram mais eficientes 
(produziam a um custo inferior). Após o acordo, não há mais tarifas sobre os 
automóveis do país C e, portanto estes saem ganhando em relação aos 
automóveis de B (lembre-se de que o país B ficou de fora do acordo!). Foram 
as tarifas reduzidas que fizeram a diferença! Houve um deslocamento 
geográfico da produção de um local mais eficiente (país B) para um local de 
menor eficiência (país C). 
 
 
 
 
 
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Segundo Jacob Viner, a integração regional somente será 
benéfica aos membros do bloco regional quando a criação de comércio 
prevalecer sobre o desvio de comércio. Dessa forma, nem todo acordo 
regional traz ganhos de bem-estar à sociedade, mas apenas aqueles em que 
prepondera a criação de comércio. Assim, ao celebrar um acordo regional de 
comércio, o país deve analisar se irá prevalecer a criação ou o desvio de 
comércio. 
 
1.3- Efeitos Políticos da Integração Regional: 
Há diferentes visões quanto ao fenômeno do regionalismo. Parcela 
da literatura defende que os blocos comerciais prejudicam o multilateralismo; 
outra parte, argumenta que o regionalismo é instrumento que age a favor do 
multilateralismo. 
O que se observa nos últimos anos, porém, é que a proliferação dos 
acordos regionais de comércio notificados à OMC tem sido tão grande que 
passou a representar um risco aos objetivos do sistema multilateral de 
comércio. Com efeito, a maior parte das trocas comerciais é hoje realizada 
com amparo em acordos regionais (art. XXIV do GATT) e não como 
EFEITOS ESTÁTICOS DA 
INTEGRAÇÃO REGIONAL 
;<=>?≅Α0ΒΧ0;Α∆Ε<;=Α0 ΒΧΦΓ=Α0ΒΧ0;Α∆Ε<;=Α0
Produção se desloca de 
um local de menor 
eficiência para um local 
de maior eficiência 
Produção se desloca de 
um local de maior 
eficiência para um local 
de menor eficiência 
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decorrência da cláusula da nação mais favorecida (art. I do GATT). É 
importante termos em mente, quanto a esse ponto, que o objetivo da OMC é a 
liberalização do comércio internacional em nível multilateral (e não apenas em 
nível regional). 
Percebe-se, na verdade, que o que era exceção (art. XXIV do GATT) 
vem se tornando uma regra no contexto do comércio internacional, o que nos 
permite dizer que o tema “regionalismo versus multilateralismo” precisa 
receber especial atenção no contexto da Rodada Doha da OMC. Segundo 
Tatiana Prazeres, a cláusula da nação mais favorecida, pilar central do 
multilateralismo, está nitidamente se transformando na cláusula da nação 
menos favorecida. De fato, os compromissos do regime multilateral de 
comércio passaram a, no atual contexto, ser o pior tratamento que um país 
pode receber de outro membro da OMC. 9 
A solução para esse cenário parece ser a proposta de um 
“regionalismo aberto”, que foi originalmente elaborado pela CEPAL. Trata-se 
de uma visão que busca conciliar a liberalização do comércio entre os parceiros 
regionais com a liberalização comercial em relação a terceiros países. Para 
essaconcepção de regionalismo, os blocos regionais não são alternativas 
divergentes à liberalização do comércio em nível multilateral. Ao contrário, 
multilateralismo e regionalismo são alternativas complementares, isto é, os 
blocos regionais podem ser considerados uma etapa preparatória para a 
liberalização em nível multilateral. 
Vejamos como esses assuntos podem ser cobrados em prova! 
 
12. (ACE-2008)- Os acordos de integração regional, tais como zonas 
de preferências tarifárias e mercados comuns, não somente permitem 
que as empresas aufiram os ganhos derivados das economias de 
escala propiciadas pelo aumento do mercado, mas também conduzem 
a aumentos de eficiência devido a maior competição entre as empresas 
dos países-membros. 
Comentários: 
Essa questão trata dos efeitos dinâmicos da integração regional. Ela 
está correta, uma vez que os acordos regionais têm como efeito o aumento 
 
9
!PRAZERES, Tatiana. A OMC e os Blocos Regionais. São Paulo: Aduaneiras, 2008, pp. 495-
496!
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da concorrência e aumento do mercado consumidor. A ampliação do 
mercado consumidor, por sua vez, é responsável pela geração de economias 
de escala. 
13. (AFRF-2002.2) - Segundo as teorias de integração econômica, a 
liberalização do comércio entre um número restrito de países produz 
efeitos comerciais e econômicos que permitem avaliar o desempenho, 
desde o ponto de vista da eficiência econômica, dos acordos regionais. 
A esse respeito, é correto afirmar que a integração regional é 
economicamente benéfica se prevalecer a criação sobre o desvio de 
comércio e ocorrerem efeitos dinâmicos. 
Comentários: 
A criação de comércio ocorre quando há um deslocamento 
geográfico da produção de um local de menor eficiência econômica para um 
local de maior eficiência. Já o desvio de comércio ocorre quando há um 
deslocamento geográfico da produção de um local de maior eficiência 
econômica para um local de menor eficiência. 
Conforme comentamos anteriormente, a integração regional somente 
será benéfica quando a criação de comércio prevalecer sobre o desvio de 
comércio. Questão correta. 
14. (Questão Inédita)- O desvio de comércio é um efeito estático da 
integração regional, ficando caracterizado quando um país passa a 
comprar um determinado tipo de bem de outro país, participante do 
acordo regional, deixando de importar este bem de um terceiro país 
que não faz parte do acordo, mas que antes constituía a melhor fonte 
de oferta do bem em questão. 
Comentários: 
Essa questão traduz exatamente o que é o desvio de comércio! 
Vejam que a produção foi deslocada, após a celebração de um acordo regional, 
do país de maior eficiência para um país de menor eficiência. 
O deslocamento da produção foi resultado do rebaixamento de tarifas 
proveniente do acordo. O “terceiro país” constituía a melhor fonte de oferta do 
bem (por produzir a custos mais baixos!), mas, em virtude de não participar 
do acordo, perdeu mercado para um país menos eficiente. Questão correta. 
15. (INMETRO – 2007)- O fato de os acordos de integração regional 
poderem melhorar os termos de troca dos países-membros às 
expensas dos países não-membros, incentivando, assim, a manutenção 
de barreiras em relação ao resto do mundo, constitui um dos custos 
desses acordos. 
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Comentários: 
De fato, os acordos de integração regional têm potencial para 
melhorar os termos de troca dos países-membros às custas dos países 
não-membros. Isso porque, após a celebração do acordo regional, o mercado 
consumidor se torna ampliado. Com isso, o bloco passa a ter potencial para 
influenciar o preços dos exportadores estrangeiros, por meio da imposição de 
tarifas. Destaque-se, todavia, que a imposição de tarifas sempre implica em 
custos (efeitos danosos do protecionismo). Questão correta. 
16. (INMETRO – 2009)- Por representarem iniciativas de 
liberalização comercial, os blocos comerciais regionais não colocam em 
risco a consecução dos objetivos principais do sistema multilateral de 
comércio. 
Comentários: 
A proliferação dos acordos regionais representa um risco ao sistema 
multilateral de comércio, na medida em que afeta seu principal pilar: a 
cláusula da nação mais favorecida. Questão errada. 
17. (INMETRO – 2009)- O regionalismo aberto é expressão, de 
caráter propositivo, da possibilidade de se harmonizar o tratamento 
preferencial próprio dos blocos comerciais com o impulso liberalizante 
no contexto do processo de globalização econômica. 
Comentários: 
O “regionalismo aberto” é uma visão que busca compatibilizar a 
liberalização comercial intrabloco com a liberalização comercial em relação a 
terceiros países. Questão correta. 
18. (ACE- 2001)- Em um processo de preferências comerciais 
diferenciadas entre dois países, haverá criação de comércio superando 
sempre os desvios de comércio. 
Comentários: 
Nem sempre a criação de comércio irá superar o desvio de comércio 
em um bloco regional. Questão errada. 
 
 
 
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2- O ACORDO DE LIVRE COMÉRCIO DA AMÉRICA DO NORTE (NAFTA): 
2.1- Histórico e Objetivos: 
O NAFTA (North American Free Trade Agreement) é um acordo 
regional de comércio celebrado por EUA, Canadá e México no ano de 1992, 
tendo entrado em vigor em 1994. As origens do NAFTA remontam à 
aproximação comercial entre EUA e Canadá, que deu origem em 1988 a um 
acordo de liberalização econômica entre os dois países. À época, o México não 
fazia parte desse processo de liberalização comercial, só tendo a ele aderido 
em agosto de 1992. 
Os objetivos do NAFTA estão explícitos no art. 102 de seu Tratado 
Constitutivo: 
Art. 102-Objetivos 
1. Os objetivos do presente Tratado, desenvolvidos de maneira 
mais específica através de seus princípios e regras, incluídos os 
de tratamento nacional, nação mais favorecida e transparência, 
são os seguintes: 
a) eliminar obstáculos ao comércio e facilitar a circulação 
transfronteiriça de bens e serviços entre os territórios das Partes; 
b) promover condições de concorrência leal na zona de livre 
comércio; 
c) aumentar substancialmente as oportunidades de investimento 
nos territórios das Partes; 
d) proteger e fazer valer, de maneira adequada e efetiva, os 
direitos de propriedade intelectual no território de cada uma das 
Partes; 
e) criar procedimentos eficazes para a aplicação e cumprimento 
deste Tratado, para sua administração conjunta e para a solução 
de controvérsias; e 
f) estabelecer as bases para a ulterior cooperação trilateral, 
regional e multilateral destinada a ampliar e melhorar os 
benefícios deste Tratado. 
 
Analisando-se o artigo supracitado, podemos destacar os principais 
objetivos do NAFTA. Vale ressaltar, desde o início, que, no âmbito desse 
acordo, são aplicáveis princípios também presentes na normativa do sistema 
multilateral de comércio: o princípio do tratamento nacional, a cláusula 
da nação mais favorecida e o princípio da transparência. 
Na alínea “a”, está explícito que um dos objetivos do NAFTA é a 
eliminação da barreiras alfandegárias e a facilitação do fluxo de bens e 
serviços entre os territórios dos países participantes. Tal objetivo está em 
conformidade com o que se espera de uma área de livre comércio, na qual 
deve haver livre circulação de bens e serviços em relação ao substancial do 
comércio entre seus integrantes. Ressalte-se também que, no âmbitodo 
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NAFTA, não há a definição de uma política comercial comum em relação a 
terceiros países (o que é característica de uma união aduaneira), tampouco a 
livre circulação dos fatores de produção (o que seria característica de um 
mercado comum). Em razão do NAFTA não ser uma união aduaneira, seus 
membros possuem ampla autonomia para definir suas políticas 
comerciais e, portanto, para celebrar quaisquer outros acordos comerciais. 
Dessa forma, os integrantes do NAFTA não têm a obrigação de submeter aos 
demais signatários os acordos que celebrem. 
O livre comércio dentro do NAFTA ainda não abrange a totalidade 
dos bens e serviços. Ao lermos o texto do Tratado de Livre Comércio da 
América do Norte, percebemos que há inúmeras disposições que restringem o 
comércio de bens e serviços intrabloco. No que diz respeito ao comércio de 
bens, podemos verificar que ainda há, por exemplo, a possibilidade de 
aplicação de medidas de defesa comercial entre os integrantes do bloco. 
Um exemplo de restrição ao comércio de serviços na região é a existente no 
setor energético, segundo a qual o México reserva a si mesmo o direito de 
exploração e refinamento de petróleo e gás natural em seu território. Nada 
mais natural, considerando-se que o México é um dos maiores exportadores de 
petróleo do mundo e não iria querer empresas americanas ou canadenses se 
instalando em seu território para incrementar a concorrência. 
No que se refere ao comércio agrícola, este possui regras especiais 
no NAFTA. Com efeito, a agricultura é um tema bastante polêmico, seja no 
âmbito das negociações multilaterais (a Rodada Doha da OMC que o diga!), 
seja no âmbito de negociações regionais. No NAFTA não é diferente. Ao invés 
de instituir disposições únicas sobre o comércio de produtos agrícolas, os 
membros do NAFTA estabeleceram regras particulares aplicáveis a cada 
relação bilateral: México-EUA, México-Canadá e Canadá-EUA 
 
O NAFTA tem como objetivo a livre circulação de 
bens e serviços (e não a livre circulação de 
pessoas!) 
A alínea “b” descreve como outro objetivo do NAFTA a promoção de 
condições para uma competição justa na área de livre comércio. De fato, 
o processo de integração regional desencadeado pelo NAFTA prevê regras para 
evitar-se a concorrência desleal, tais como a aplicação de direitos antidumping 
e medidas compensatórias entre os países do bloco. Além disso, há disposições 
no texto do acordo que definem obrigações em matéria de política de 
concorrência. Apesar disso, o NAFTA reconhece a possibilidade de que as 
Partes mantenham ou estabeleçam empresas estatais e monopólios privados, 
sujeitos a certas condições. 
A alínea “c” prevê que um dos objetivos do NAFTA é aumentar as 
oportunidades de investimentos nos territórios dos Estados-partes. Quanto 
a esse ponto, há que se destacar que a celebração do NAFTA teve como um de 
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seus efeitos o aumento do fluxo de investimento estrangeiro direto (IED) 
destinado ao México. Aproveitando-se do baixo custo da mão-de-obra 
mexicana, diversas empresas americanas e estrangeiras se instalaram naquele 
país. 
A alínea “d” deixa claro que um dos objetivos do NAFTA é a proteção 
à propriedade intelectual. Segundo o acordo, cada uma das Partes 
concederá aos nacionais de outra Parte proteção e defesa adequada e eficazes 
aos direitos de propriedade intelectual, assegurando que as medidas 
destinadas a defender esses direitos não se convertam em obstáculos ao 
comércio legítimo. O NAFTA estabelece padrões mínimos de proteção à 
propriedade intelectual, facultando às Partes impor proteção mais ampla. 
Cabe destacar que, quando o NAFTA foi assinado (1992), a OMC 
ainda não havia sido criada e, portanto, não existiam regras sobre propriedade 
intelectual no âmbito do sistema multilateral de comércio. Nesse sentido, a 
fixação de regras sobre proteção à propriedade intelectual nesse acordo 
regional representa uma importante inovação e vai ao encontro dos interesses 
dos EUA. 
A alínea “e” prevê a existência de um sistema de solução de 
controvérsias comerciais entre os membros do NAFTA. Com efeito, o NAFTA 
possui diversos dispositivos que preveem a solução de controvérsias 
comerciais entre seus membros. Há, inclusive, disposições específicas para 
solução de controvérsias que envolverem a aplicação de medidas de defesa 
comercial. O Secretariado do NAFTA é responsável pela administração das 
provisões do acordo referentes à solução de controvérsias, prestando 
apoio administrativo durante os procedimentos que envolverem um litígio 
comercial. 
 
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O NAFTA não pode ser considerado um acordo em total conformidade 
com as regras da OMC, uma vez que ele admite que seus membros apliquem-
se mutuamente direitos antidumping. Conforme já estudamos, segundo a 
doutrina majoritária, o art. XXIV do GATT não admite que os membros de 
uma área de livre comércio apliquem medidas antidumping e medidas 
compensatórias entre si. 
É importante também dizer que o NAFTA não conta com 
disciplinas relacionadas ao meio ambiente e a direitos trabalhistas. Os 
direitos trabalhistas são tratados em um acordo paralelo, conhecido como 
Acordo sobre Cooperação Trabalhista da América do Norte (NALLC). Em outro 
acordo, denominado Acordo de Cooperação Ambiental, há disciplinas sobre 
meio ambiente. Tais acordos são denominados acordos laterais e visam a 
complementar o NAFTA. 
 
Embora sejam outros acordos, à parte do NAFTA, é 
possível que seja considerada correta uma assertiva que 
diga que o NAFTA versa sobre questões ambientais e 
trabalhistas. Isso porque os acordos laterais são 
considerados complementares ao NAFTA. 
 
2.2- Liberalização comercial intrabloco: 
O NAFTA entrou em vigor em 1994 e a liberalização comercial foi 
programada para ocorrer de forma progressiva e gradual, entre os três 
membros, dentro de um prazo de 15 anos. Os produtos foram classificados 
em diversas categorias diferentes, as quais deram base para um cronograma 
de desgravação, conforme abaixo: 
- Bens da Categoria A: eliminação dos direitos aduaneiros a partir 
de 1º de janeiro de 1994. 
- Bens da Categoria B: eliminação dos direitos aduaneiros em 5 
(cinco) etapas anuais a partir de 1º de janeiro de 1994, até estarem livres de 
direitos a partir de 1º de janeiro de 1998. 
- Bens da Categoria C: eliminação de direitos aduaneiros em 10 
(dez) etapas anuais a partir de 1º de janeiro de 1994, até estarem livres de 
direitos a partir de 1º de janeiro de 2003. 
- Bens da Categoria C+: eliminação de direitos aduaneiros em 15 
(quinze) etapas anuais a partir de 1º de janeiro de 1994, até estarem livres de 
direitos a partir de 1º de janeiro de 2008. 
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- Bens da Categoria D: bens que continuarão a estar livres de 
direitos aduaneiros após o estabelecimento do NAFTA (já eram livres antes do 
acordo!) 
Dessa forma, a completa liberalização comercial foi prevista 
para o ano de 2008 (prazo de 15 para a liberalização comercial entre todos 
os países). No entanto, somente se enquadravam na categoria C+ alguns 
produtos bastante sensíveis. A maior parte das trocas comerciais entre EUA e 
México, por exemplo, já ficou livre a partir de 2003. 
Vejamos como esseassunto pode ser cobrado em prova! 
 
19. (Juiz do Trabalho – TRT 5ª Região / 2006)- O Acordo de Livre 
Comércio da América do Norte prevê a fixação de tarifa única sobre 
exportação de bens entre os países signatários, bem como a criação de 
limitações quantitativas à importação. 
Comentários: 
Não há, no âmbito do NAFTA, uma tarifa única estabelecida sobre as 
exportações, tampouco a existência de restrições quantitativas à importação. 
Ao contrário, enquanto área de livre comércio, o NAFTA prevê a eliminação das 
barreiras comerciais (tarifárias e não-tarifárias) no comércio intrabloco. 
Questão errada. 
20. (Pesquisador INPI/ 2006)- O North American Free Trade 
Agreement (NAFTA), além de estabelecer uma zona de livre comércio e 
promover a competição dentro dessa área, impõe uma política 
comercial externa comum para os países-membros. 
Comentários: 
O estabelecimento de uma política comercial comum em relação a 
terceiros países é característica de uma união aduaneira, estágio de integração 
não pretendido pelo NAFTA. O NAFTA estabeleceu apenas uma área de livre 
comércio, que pressupõe a eliminação das barreiras ao fluxo comercial 
intrabloco. Questão errada. 
21. (AFRF-2003 - adaptada)- O NAFTA compreende a totalidade dos 
bens e serviços comercializados pelos três países, além de disciplinas 
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complementares relacionadas ao meio ambiente e a direitos 
trabalhistas. 
Comentários: 
Dois erros na questão: 
1) Não há completa liberalização do comércio de bens e serviços no 
âmbito do NAFTA. 
2) O NAFTA não conta com disciplina questões ambientais e 
trabalhistas. Destaque-se, todavia, que essas disciplinas estão previstas nos 
acordos laterais. 
22. (AFRF-2003 - adaptada)- O NAFTA representa um acordo 
totalmente conforme à normativa da Organização Mundial do Comércio 
(OMC). 
Comentários: 
No âmbito do NAFTA, os países se aplicam mutuamente direitos 
antidumping, contrariando o art. XXIV do GATT. Dessa forma, esse acordo não 
está em conformidade com a normativa da OMC. Questão errada. 
23. (Auditor TCU / 2006)- O Tratado Norte-Americano de Livre 
Comércio – North American Free Trade Agreement (NAFTA) -, que 
envolve Canadá, Estados Unidos da América e México, eliminou as 
barreiras tarifárias entre os países-membros, permitindo, porém, que 
esses três países sigam distintas políticas comerciais em face dos 
países não-membros. 
Comentários: 
O NAFTA é uma área de livre comércio e, como tal, pressupõe apenas 
a livre circulação de bens e serviços. Dessa forma, cada um de seus 
membros possui ampla autonomia para estabelecer sua própria 
política comercial em relação a terceiros países. Os integrantes de uma 
união aduaneira (e não de uma área de livre comércio!) é que estabelecem 
uma política comercial comum em relação a terceiros países. Questão correta. 
24. (ACE – 2002 – adaptada) Por ser compatível com o Artigo XXIV 
do GATT, o NAFTA prevê o aprofundamento da integração econômica 
entre os estados-parte, evoluindo para uma união aduaneira e para a 
coordenação de políticas macroeconômicas, além da liberalização 
comercial em todos os setores das economias envolvidas. 
Comentários: 
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O NAFTA, conforme já comentamos, tem como objetivo apenas a 
formação de uma área de livre comércio. Ademais, ele não é um acordo 
compatível com o GATT, uma vez que prevê a possibilidade de que seus 
membros apliquem entre si medidas antidumping e medidas compensatórias. 
Questão errada. 
25. (AFRF-2003 - adaptada)- O NAFTA prevê a criação de um 
mercado comum entre seus membros a fim de fazer frente ao projeto 
de integração da Comunidade Econômica Europeia. 
Comentários: 
O NAFTA consiste em uma área de livre comércio, não possuindo o 
objetivo de conformar um mercado comum. Questão errada. 
26. (AFRF-2003 - adaptada)- O NAFTA foi precedido de acordo 
bilateral entre os Estados Unidos e o Canadá, o qual apresentou o 
primeiro grande acordo preferencial de que tomavam parte os Estados 
Unidos. 
Comentários: 
Previamente ao NAFTA, foi concluído um acordo de livre comércio 
entre Estados Unidos e Canadá no ano de 1988. Esse acordo foi o primeiro 
grande acordo comercial do qual os EUA fizeram parte. Questão correta. 
27. (Juiz do Trabalho – TRT 1ª Região / 2010)- No NAFTA, a livre 
circulação de pessoas não é admitida apenas em relação ao México, 
ocorrendo plenamente entre os Estados Unidos da América e o Canadá. 
Comentários: 
O NAFTA, ao contrário de outros blocos regionais, não prevê a livre 
circulação de pessoas entre os territórios das Partes Contratantes. Uma das 
maiores preocupações dos EUA, por ocasião da constituição desse bloco 
comercial, era a de que o fluxo de imigrantes mexicanos entrando em seu 
território aumentasse consideravelmente. Questão errada. 
28. (AFRF-2003 - adaptada)- O NAFTA prevê prazo de doze anos para 
a total liberalização do comércio de bens entre Estados Unidos e 
Canadá e de quinze para a total abertura do mercado mexicano às 
exportações desses dois países. 
Comentários: 
Quando foi celebrado o NAFTA, previu-se um prazo de 15 anos para a 
liberalização comercial entre todos os membros do bloco. Não existe esse 
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prazo de 12 anos para a liberalização do comércio entre EUA e Canadá. 
Questão errada. 
29. (ACE-2002 - adaptada)- O Acordo de Livre Comércio da América 
do Norte (NAFTA) prevê a expansão da integração econômica no 
continente, a qual teve início com a proposta do Presidente George 
Bush para a criação da Área de Livre Comércio das Américas, ora em 
negociação. 
Comentários: 
O NAFTA tem como objetivo estabelecer uma área de livre comércio 
entre EUA, Canadá e México, não prevendo a expansão da integração 
econômica para o restante do continente. A Área de Livre Comércio das 
Américas (ALCA) foi uma iniciativa independente do NAFTA. Questão errada. 
30. (ACE – 2002 – adaptada) O NAFTA prevê que os estados-parte 
devem submeter aos demais signatários propostas outras de 
complementação econômica que se interessem em integrar, a exemplo 
da Iniciativa para a Bacia do Caribe, no caso dos Estados Unidos da 
América, e do Acordo de Livre Comércio com a União Europeia, no caso 
do México. 
Comentários: 
O NAFTA, enquanto área de livre comércio, permite que seus 
integrantes negociem acordos comerciais isoladamente. Assim, é plenamente 
possível que um integrante do NAFTA celebre acordos com terceiros países, 
sem a obrigação de submeter tais acordos aos demais integrantes. Questão 
errada. 
31. (ACE – 2002 – adaptada)- Por ser compatível com o artigo XXIV 
do GATT, o NAFTA prevê a liberalização comercial em todos os setores 
das economias envolvidas, ainda que gradual, e a formal comunicação 
aos demais integrantes do GATT da intenção de se constituir um 
processo de integração regional. 
Comentários: 
Dois erros na questão: 
1) O NAFTA não prevê a liberalização comercial em todos os setores 
das economias envolvidas no processo de integração. Alguns setores 
permaneceram à margem da liberalização, tais como o de geração de energia 
elétrica e exploração de petróleo e gás natural. 
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2) O NAFTA não é compatível com o art. XXIV, já que reconhece a 
possibilidade de que seusmembros apliquem entre si medidas antidumping e 
medidas compensatórias. 
32. (ACE – 2002 – adaptada)- Estabelecido pela Comissão de Livre 
Comércio, o Secretariado do NAFTA é responsável pela administração 
das provisões do acordo referentes à solução de controvérsias. 
Comentários: 
De fato, o Secretariado do NAFTA é responsável pela solução de 
controvérsias comerciais que surjam em virtude da aplicação do acordo. 
Questão correta. 
33. (ACE-1997 - adaptada)- O NAFTA teve como principal 
antecedente o Tratado de Livre Comercio entre EUA e Canadá, de 1988. 
Comentários: 
Em 1988, foi celebrado entre EUA e Canadá um Tratado de Livre 
Comércio, o qual é considerado o predecessor do NAFTA. Questão correta. 
34. (ACE – 1997 - adaptada)- O NAFTA promove a harmonização de 
legislações nacionais. 
Comentários: 
Qualquer processo de integração regional implica, em certa 
medida, a harmonização de legislações nacionais. No âmbito de uma 
área de livre comércio, existe harmonização da política comercial intrazona. 
Em uma união aduaneira, as políticas comerciais intrazona e extrazona são 
harmonizadas. Já em um mercado comum, as políticas previdenciárias, 
trabalhistas e de capitais são harmonizadas. 
No âmbito do NAFTA, também há harmonização de legislações 
nacionais, especialmente quanto à política comercial intrabloco. Questão 
correta. 
35. (ACE-2008)- No que diz respeito ao comércio de produtos 
agrícolas, as regras tarifárias previstas no âmbito do Acordo de Livre 
Comércio da América do Norte (NAFTA) aplicam-se igualmente aos 
países signatários desse acordo. 
Comentários: 
No que diz respeito ao comércio agrícola, o NAFTA possui regras 
específicas para cada relação bilateral. Questão errada. 
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36. (AFRF 2002.1) - O Acordo de Livre Comércio da América do Norte, 
quando comparado ao Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), configura 
iniciativa mais abrangente e profunda, por envolver a livre circulação 
dos fatores de produção. 
Comentários: 
Na próxima aula, falaremos mais detalhadamente sobre o 
MERCOSUL! Por enquanto, basta sabermos que ele tem como objetivo 
estabelecer um mercado comum, o que pressupõe livre circulação de bens 
e serviços, política comercial comum em relação a terceiros países e livre 
circulação dos fatores de produção. O NAFTA, por sua vez, tem um objetivo 
bem menos ambicioso do que o MERCOSUL, almejando apenas constituir uma 
área de livre comércio. 
Dessa forma, a questão está errada. O NAFTA, quando comparado 
ao MERCOSUL, configura iniciativa menos abrangente e profunda, não 
envolvendo a livre circulação dos fatores de produção. 
37. (Questão Inédita)- O NAFTA (North American Free Trade 
Agreement) é uma área de livre comércio estabelecida entre E.U.A, 
México e Canadá que tem como um de seus objetivos estabelecer o 
livre comércio de bens e serviços e a livre circulação de pessoas. 
O NAFTA tem como objetivo estabelecer a livre circulação de bens e 
serviços entre seus integrantes. A livre circulação de pessoas não é objetivo 
desse acordo regional. Questão errada. 
 
3- ASSOCIAÇÃO LATINO-AMERICANA DE INTEGRAÇÃO (ALADI): 
A origem da integração regional na América Latina remonta ao 
período posterior à Segunda Guerra Mundial, quando começam a surgir 
nesse continente as primeiras idéias integracionistas. Dessa forma, na década 
de 50 começam a tomar forma tais ideias, que encontram suas motivações nas 
experiências de integração realizadas na Europa e, ainda, no pensamento da 
Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL). 
Por um lado, a partir das bem-sucedidas experiências integracionistas 
européias, os países latino-americanos perceberam que a melhor forma de 
alcançar desenvolvimento econômico conjunto seria a organização em blocos 
econômicos. Por outro lado, as recomendações da CEPAL eram no sentido de 
que os países da América Latina deveriam utilizar-se de políticas de 
substituição de importações (práticas protecionistas) e que o livre comércio 
só deveria existir em âmbito regional. 
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Assim, a partir do pensamento cepalino, cuja principal figura era o 
economista argentino Raúl Présbisch, surge em 1960 a ALALC (Associação 
Latino-Americana de Livre Comércio). A ALALC tinha como objetivo 
estabelecer, no longo prazo, um mercado comum, começando, todavia, com 
uma área de livre comércio, integrando os seguintes países: Argentina, Bolívia, 
Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela. 
Mas será que a ALALC foi uma iniciativa que deu certo? 
Não, amigos, a ALALC não deu muito certo! E podemos aqui assinalar 
diversos motivos! 
Em primeiro lugar, os objetivos a que se propunha a ALALC 
(estabelecer um mercado comum) eram demasiadamente ambiciosos, o 
que levou ao não-cumprimento dos compromissos assumidos pelos países que 
a integravam. Dessa forma, não foi possível nem mesmo formar uma área de 
livre comércio que englobasse os países-membros. 
Em segundo lugar, não foi contemplada adequadamente a 
diferença entre os níveis de desenvolvimento dos países envolvidos no 
processo de integração. Afinal de contas, não podemos nos esquecer que, 
mesmo dentro da América Latina, há diferenças de desenvolvimento. De um 
lado, há países como Brasil, Argentina e México, os quais possuem economias 
mais fortes; de outro, há países como Bolívia e Paraguai, que são economias 
menores. 
Em terceiro lugar, no período compreendido entre 1960 e 1980, os 
países envolvidos no processo de integração atravessaram momentos de 
grande instabilidade política, notadamente em razão das ditaduras militares. 
Por fim, podemos citar, ainda, como entraves ao bom funcionamento 
da ALALC a heterogeneidade das políticas econômicas dos países-
membros, a falta de vontade política dos governos e o déficit institucional 
que a caracterizava (falta de flexibilidade de seus mecanismos e inexistência 
de órgãos supranacionais a conduzirem o processo de integração). 
Não tendo dado certo a ALALC, foi criada em 1980, pelo Tratado de 
Montevidéu a ALADI (Associação Latino-Americana de Integração), que 
atribuiu, explicitamente, personalidade jurídica de direito internacional a essa 
organização internacional. 
A ALADI é o mais importante fórum de negociações comerciais 
na América Latina, sendo constituída, atualmente, por 14 países, 
representantes das 3 (três) Américas: Brasil, Argentina, Uruguai, 
Paraguai, Chile, Bolívia, Equador, Peru, Venezuela, Colômbia, México, Cuba, 
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Panamá e Nicarágua10. As mais recentes adesões foram a do Panamá (2009) e 
da Nicarágua (2011), as quais denotam um processo de expansão do bloco em 
direção à América Central. 
Destaque-se que o Tratado de Montevidéu dispõe que a ALADI está 
aberta à adesão de outros países latino-americanos. A título de exemplo, 
Cuba, Panamá e Nicarágua não são membros originários da ALADI, tendo 
ingressado nessa organização internacional depois que ela foi criada. A adesão 
de um país à ALADI depende de decisão do Conselho de Ministros. 
A ALADI tem como objetivo estabelecer, no longo prazo, um 
mercado comum latino-americano. Para isso, todavia, é dotada de 
mecanismos mais flexíveis do que sua antecessora ALALC. Enquanto na 
ALALC os países queriam formar uma área de livre comércio que englobasse 
todos seus membros, no âmbito da ALADI as preferências tarifárias podem 
ficar restritas a um grupo de países. 
Em outras palavras, aALALC buscava formar uma área de livre 
comércio, mas estabelecia que todas as concessões tarifárias deveriam 
obedecer à cláusula da nação mais favorecida, aplicada em nível regional. 
Assim, tínhamos uma abordagem eminentemente multilateralista, a qual foi 
abandonada com a criação da ALADI, que passou a prever acordos restritos a 
alguns países. 
No âmbito da ALADI, os membros não precisam obedecer a 
cláusula da nação mais favorecida em sentido estrito. Isso significa que 
o MERCOSUL pode conceder uma preferência tarifária ao México sem 
necessitar estendê-la, por exemplo, à Comunidade Andina. Trata-se de 
mecanismo que dá maior flexibilidade e permite que o processo de integração 
regional avance. 
Por meio do Tratado de Montevidéu, que instituiu a ALADI, os países-
membros estabeleceram uma área de preferências econômicas, composta por 
uma preferência tarifária regional, acordos de alcance regional e 
acordos de alcance parcial. 
Artigo 4º - Para o cumprimento das funções básicas da 
Associação, estabelecidas pelo artigo 2º do presente Tratado, os 
países-membros estabelecem uma área de preferências 
econômicas, composta por uma preferência tarifária regional, 
por acordos de alcance regional e por acordos de alcance 
parcial. 
Assim, pode-se afirmar que o Tratado de Montevidéu estabeleceu 
três mecanismos para a constituição de um mercado comum: 
 
10 Cabe destacar que a adesão da Nicarágua já foi aprovada e, nesse momento, o 
país está na fase de cumprimento das condições para sua efetivação como membro. 
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1) Preferência Tarifária Regional (PTR): permite que os produtos 
originários dos países da ALADI gozem de uma preferência tarifária no 
comércio intrabloco. 
2) Acordos de Alcance Regional: abrange a totalidade dos 
membros da ALADI. 
3) Acordos de Alcance Parcial: abrangem apenas alguns membros 
da ALADI. Os acordos de alcance parcial podem ser comerciais, de 
complementação econômica, agropecuários, de promoção do comércio 
ou, ainda, adotar outras modalidades. Como exemplo de acordo de alcance 
parcial celebrados no âmbito da ALADI, citamos o MERCOSUL, também 
chamado de ACE (Acordo de Complementação Econômica) nº 18. 11 
Segundo o art. 14 do Tratado de Montevidéu, os membros da ALADI 
poderão estabelecer normas específicas para a concertação de outras 
modalidades de acordos de alcance parcial. Para isso, eles levarão em 
consideração, entre outras matérias, a cooperação científica e tecnológica, 
promoção do turismo e preservação ambiental. 
O Tratado de Montevidéu estabelece normas gerais que regem os 
acordos de alcance parcial celebrados no âmbito da ALADI. São elas: 
- Os acordos de alcance parcial devem estar abertos à adesão de 
outros países-membros da ALADI. 
- Os acordos de alcance parcial devem ter cláusulas que 
proporcionem a convergência, a fim de que seus benefícios alcancem todos 
os países-membros. 
- Os acordos de alcance parcial devem ter cláusulas que prevejam 
tratamento especial e diferenciado aos países de menor desenvolvimento 
relativo. 
- Os acordos de alcance parcial devem ter um prazo mínimo de um 
ano de duração. 
- Os acordos de alcance parcial podem conter normas específicas 
em matéria de regras de origem, cláusulas de salvaguarda, restrições não-
tarifárias, retirada de concessões, renegociação de concessões, denúncia, 
coordenação e harmonização de políticas. 
 
11 A ALADI oferece marco jurídico para iniciativas de integração econômica de caráter 
sub-regional, como o Mercado Comum do Sul e a Comunidade Andina de Nações. 
Entretanto, segundo informações do site da ALADI, a CAN não é um acordo de alcance 
parcial, mas sim uma iniciativa de integração independente. 
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A ALADI não se restringe a prover o marco jurídico para acordos de 
integração bilaterais ou sub-regionais e supervisionar as medidas adotadas 
pelos membros na implementação dos acordos celebrados. A ALADI também 
realiza a chamada "cooperação horizontal" com outros blocos regionais e 
ações parciais com terceiros países em desenvolvimento ou suas respectivas 
áreas de integração. Vale lembrar que a ALADI não negocia em conjunto em 
foros internacionais, é dizer, cada país negocia isoladamente no plano 
internacional. 
Ainda sobre a ALADI, vale destacar que o Tratado de Montevidéu, em 
seu art. 3º, afirma que ela obedecerá aos seguintes princípios: 
1) Pluralismo: O Tratado de Montevidéu reconhece a 
heterogeneidade política e econômica dos países-membros da ALADI. No 
entanto, mesmo com essas diferenças, afirma a vontade dos países latino-
americanos de se integrarem. 
2) Convergência / Gradualidade: A ALADI admite a existência de 
acordos de alcance parcial, mas reconhece que há necessidade de uma 
progressiva convergência. Nesse sentido, faz-se necessário que, gradualmente, 
as preferências antes restritas a um grupo de países (acordos de alcance 
parcial) sejam multilateralizadas (estendidas a todos os membros da ALADI). 
Tudo isso tem o objetivo de, no longo prazo, formar um mercado comum. 
Cabe destacar que, embora a ALADI almeje constituir um mercado 
comum, ela conforma, atualmente, apenas uma zona de preferências 
tarifárias. 
3) Flexibilidade: A ALALC não logrou êxito, dentre vários motivos, 
pela falta de instrumentos flexíveis e pela aplicação estrita da cláusula da 
nação mais favorecida. Por outro lado, a ALADI admite a celebração de acordos 
de alcance parcial, o que denota sua flexibilidade. 
4) Tratamento diferenciado: Os países de menor desenvolvimento 
relativo devem receber um tratamento especial e diferenciado no âmbito da 
ALADI, seja nos acordos de alcance regional, seja nos acordos de alcance 
parcial. 
Os membros ALADI são divididos em três categorias de países: 
- países de menor desenvolvimento relativo: Bolívia, Equador, 
Paraguai e Nicarágua. 
- países de desenvolvimento intermediário: Colômbia, Chile, Peru, 
Uruguai, Venezuela, Cuba e Panamá. 
- outros países: Argentina, Brasil e México. 
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5) Multiplicidade: O Tratado de Montevidéu dispõe que, para 
dinamizar e ampliar o mercado regional, devem existir diferentes formas de 
concertação entre os países. 
 
Quando é celebrado um acordo comercial, qualquer que seja seu 
estágio de integração, um aspecto de fundamental importância é a definição 
de regras de origem preferenciais. Com efeito, são as regras de origem 
preferenciais que impedem que bens originários de terceiros países que não 
fazem parte do acordo possam auferir os benefícios comerciais dele 
decorrentes. 
Na ALADI, também existem regras de origem preferenciais! Mas 
quais são esses requisitos de origem? 
São considerados originários da ALADI os produtos: 
i) integralmente produzidos no interior de um país membro do bloco 
regional, 
ii) obtidos a partir de processo de industrialização que lhes promova 
uma transformação substancial, que fica caracterizada pela ocorrência do 
salto tarifário (alteração nos quatro primeiros dígitos da classificação fiscal) 
iii) obtidos a partir de processo de industrialização que, apesar de 
não promover o salto tarifário, seja responsável, no mínimo, por 50% de 
agregação de valor regional. 
Cabe destacar que operações de montagem e ensamblagem não 
são suficientes, por si só, para atribuir origem a um produto, uma vezque não têm o condão de promover-lhes uma transformação substancial. 
Segundo as regras de origem da ALADI, uma operação de montagem ou 
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ensamblagem apenas irão atribuir origem a um produto quando elas 
permitirem uma agregação de 50% de valor regional. 
Vejamos como esses assuntos podem ser cobrados em prova! 
 
38. (ATRFB-2009)- Por ter como membros países das três Américas, 
a ALADI constitui, no presente, o mais importante e ativo fórum de 
negociações comerciais regionais. 
Comentários: 
De fato, a ALADI abrange países das três Américas e constitui-se o 
mais ativo fórum de negociações comerciais da região. Questão correta. 
39. (AFRF-2002.2) - A Associação Latino-Americana de Integração 
(ALADI) foi estabelecida em 1980, sucedendo à Associação Latino-
Americana de Livre Comércio (ALALC). Ao longo de pouco mais de duas 
décadas de funcionamento, a ALADI logrou estabelecer uma área de 
livre comércio. 
Comentários: 
Duas informações a serem analisadas nessa questão. 
1) Conforme afirma a questão, a ALADI foi a organização 
internacional que sucedeu a ALALC. 
2) Embora a ALADI tenha o objetivo de formar um mercado comum, 
ela constitui, atualmente, apenas uma zona de preferências tarifárias. 
Pelo que comentamos, percebe-se que a questão está errada. 
40. (ATRFB – 2009)- Por não se pautar pela aplicação estrita da 
Cláusula da Nação Mais Favorecida, a ALADI oferece marco jurídico 
para acordos de integração bilaterais bem como para iniciativas de 
integração econômica de caráter sub-regional, como o Mercado 
Comum do Sul e a Comunidade Andina de Nações. 
Comentários: 
Os membros da ALADI não precisam obedecer à cláusula da nação 
mais favorecida em sentido estrito, podendo celebrar acordos de alcance 
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parcial, isto é, acordos que compreendem apenas alguns países do bloco. O 
MERCOSUL é um exemplo de acordo de alcance parcial (AAP) constituído no 
marco da ALADI. Questão correta. 
41. (AFRF-2002.1) - A Associação Latino Americana de Integração 
(ALADI) foi criada em 1980 com o objetivo de estabelecer, em forma 
gradual e progressiva, um mercado comum latino americano com base 
em acordos de cooperação setorial. 
Comentários: 
O Tratado de Montevidéu, com o objetivo de estabelecer no futuro 
um mercado comum latino-americano, criou uma área de preferências 
econômicas, com base em uma preferência tarifária regional, acordos de 
alcance regional e acordos de alcance parcial. A questão está, portanto, 
errada. 
42. (ATRFB – 2009 - adaptada)- Os principais instrumentos para a 
integração concebidos no marco da ALADI são os Acordos de 
Complementação Econômica, os Acordos de Alcance Parcial e a 
Preferência Tarifária Regional. 
Comentários: 
Os instrumentos para a integração concebidos no marco da ALADI 
são três: Acordos de Alcance Regional, Acordos de Alcance Parcial e 
Preferência Tarifária Regional. Ao relacionar os acordos de complementação 
econômica como mecanismo para a integração no âmbito da ALADI, a 
assertiva incorreu em imprecisão, pois acabou listando apenas uma espécie do 
gênero “acordos de alcance parcial”. Ressalte-se que os acordos de alcance 
parcial podem ser comerciais, de complementação econômica, agropecuários, 
de promoção do comércio ou, ainda, adotar outras modalidades. Questão 
errada. 
43. (ATRFB – 2009)- Criada em 1980 em substituição à Associação 
Latino-Americana de Livre Comércio (ALALC), a ALADI incorporou 
princípios e instrumentos para a integração econômica mais flexíveis 
que sua antecessora, abandonando a abordagem eminentemente 
multilateralista que marcou o processo de integração regional desde o 
início dos anos sessenta. 
Comentários: 
Com a criação da ALADI, surge a possibilidade de celebração de 
acordos de alcance parcial, de caráter sub-regional, por meio dos quais 
as preferências concedidas podem ficar restritas aos integrantes do acordo, 
sem a necessidade de extensão a todos os membros da ALADI. A abordagem 
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eminentemente multilateralista da ALALC foi, assim, abandonada. Logo, a 
questão está correta. 
44. (ATRFB – 2009)- Em razão dos princípios da gradualidade e 
flexibilidade, os acordos celebrados no marco da ALADI não 
necessariamente devem estipular prazos para a consecução dos 
objetivos a que se reportam. 
Comentários: 
De fato, em razão princípios da flexibilidade e gradualismo, os 
acordos celebrados no âmbito da ALADI não precisam estabelecer prazos para 
a consecução dos objetivos a que se propõem. Questão correta. 
45. (ACE-2008)-Quanto às normas de origem no âmbito da ALADI, as 
mercadorias elegíveis incluem aquelas fabricadas em seus territórios, 
incluindo as atividades de ensamblagem ou montagem, realizadas no 
território de um país participante utilizando materiais originários dos 
países participantes do acordo e de terceiros países. 
Comentários: 
As operações de montagem e ensamblagem não são 
suficientes para atribuir origem a um produto, uma vez que não 
promovem uma transformação substancial em um bem (mudança de posição 
tarifária / salto tarifário). Conforme estudaremos em aula futura, as 
mercadorias desmontadas recebem a mesma classificação fiscal das 
mercadorias montadas. Questão errada. 
46. (Questão Inédita)- No âmbito da ALADI, os acordos de alcance 
parcial podem ser comerciais, de complementação econômica, 
agropecuários, de promoção comercial e, ainda, adotar outras 
modalidades, como de cooperação científica e tecnológica, promoção 
do turismo e preservação ambiental. 
Comentários: 
Perfeito o enunciado da questão! Os acordos de alcance parcial 
podem ser comerciais, de complementação econômica, agropecuários, de 
promoção comercial ou adotar outras modalidades. 
47. (Questão Inédita)- O Tratado de Montevidéu, que instituiu a 
ALADI, está aberto à adesão de outros países latino-americanos. 
Comentários: 
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O Tratado de Montevidéu dispõe que a ALADI está aberta à adesão de 
outros países latino-americanos. A adesão de um país à ALADI depende de 
decisão do Conselho de Ministros. Questão correta. 
48. (Questão Inédita)- Os acordos de alcance parcial, como a 
Comunidade Andina de Nações e o MERCOSUL, não precisam estar 
abertos à adesão de outros países integrantes da ALADI. 
Comentários: 
Os acordos de alcance parcial devem estar abertos à adesão de 
outros países integrantes da ALADI. Questão errada. 
49. (Questão Inédita)- Segundo o Tratado de Montevidéu, os países 
de menor desenvolvimento devem receber um tratamento especial e 
diferenciado. Em razão disso, os países são divididos, no âmbito da 
ALADI, em duas categorias: países de desenvolvimento intermediário e 
países de menor desenvolvimento econômico relativo. 
Comentários: 
Um dos princípios da ALADI é o tratamento especial e 
diferenciado em favor dos países de menor desenvolvimento relativo. No 
âmbito do bloco, há três classes de países: países de menor 
desenvolvimento relativo (Bolívia, Equador e Paraguai), países de 
desenvolvimento intermediário (Colômbia, Chile, Peru, Uruguai, Venezuela e 
Cuba) e outros países (Argentina, Brasil e México). Questão errada. 
50. (ACE-2012) A Associação Latino-Americana de Integração 
(ALADI) provê um foro dediscussão e negociação de temas 
econômicos e comerciais com vistas à formação de posições comuns 
nos foros negociadores internacionais. 
Comentários: 
Os membros da ALADI não adotam posições comuns nos foros 
negociadores internacionais. Em outras palavras, a ALADI não negocia em 
foros internacionais como bloco. Questão errada. 
51. (ACE-2012) A Associação Latino-Americana de Integração 
(ALADI) alcança eminentemente temas de política comercial como 
tarifas, classificação de mercadorias, medidas de facilitação do 
comércio, salvaguardas, regras de origem e defesa da concorrência. 
Comentários: 
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A ALADI não tem regras próprias sobre defesa da concorrência. Os 
outros temas (facilitação de comércio, classificação de mercadorias, regras de 
origem, salvaguardas) são tratados no âmbito da ALADI. Questão errada. 
52. (ACE-2012) A Associação Latino-Americana de Integração 
(ALADI) se restringe a prover o marco jurídico para acordos de 
integração bilaterais ou sub-regionais e a supervisionar as medidas 
adotadas pelos países membros na implementação dos acordos 
celebrados no marco da Associação em matéria de cooperação 
econômica. 
Comentários: 
A ALADI não se restringe a prover o marco jurídico para acordos de 
integração bilaterais ou sub-regionais e supervisionar as medidas adotadas 
pelos membros na implementação dos acordos celebrados. A ALADI também 
realiza a chamada "cooperação horizontal" com outros blocos regionais e 
ações parciais com terceiros países em desenvolvimento ou suas respectivas 
áreas de integração. Questão errada. 
53. (ACE-2012) A Associação Latino-Americana de Integração 
(ALADI) define-se em torno da articulação de iniciativas de 
cooperação financeira e monetária, de facilitação do comércio e de 
apoio aos países de menor desenvolvimento relativo. 
Comentários: 
Há iniciativas de cooperação financeira no âmbito da ALADI 
(Convênio de Pagamentos e Créditos Recíprocos). No entanto, a ALADI não se 
articula em torno dessas iniciativas, que têm caráter subsidiário. Questão 
errada. 
54. (ACE-2012) A Associação Latino-Americana de Integração 
(ALADI) provê marco jurídico para iniciativas de integração econômica 
entre os países membros e uma área de preferências comerciais 
constituída com base na Preferência Tarifária Regional e em acordos 
de alcance parcial e de complementação econômica celebrados entre 
os países membros. 
Comentários: 
De acordo com o art. 4º do Tratado de Montevidéu, instituidor da 
ALADI, os mecanismos para a integração regional são a preferência tarifária 
regional, os acordos de alcance regional e os acordos de alcance parcial. Os 
acordos de complementação econômica são apenas espécie do gênero 
acordos de alcance parcial. Questão errada. 
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55. (ACE-2012) Apesar de haver sido expressamente denunciada no 
Acordo da ALALC, o Tratado de Montevidéu ainda tem relevância 
política para o Brasil. 
Comentários: 
O Tratado de Montevidéu (1980) criou a ALADI e substituiu o acordo 
constitutivo da ALALC, de 1960. Não é correto dizer que o Tratado de 
Montevidéu (1980) denunciou o acordo da ALALC. A denúncia é um ato 
unilateral por meio do qual um Estado deixa de se vincular a um tratado. De 
qualquer forma, do jeito que está escrita a assertiva, ficou parecendo que o 
acordo da ALALC é que substituiu o Tratado de Montevidéu de 1980, o que 
está absolutamente errado. 
56. (ACE-2012) O México foi obrigado a denunciar a ALADI quando 
aceitou participar como membro pleno do NAFTA. 
Comentários: 
Até hoje, o México é Estado-membro da ALADI. Ele não foi 
obrigado a denunciar o Tratado de Montevidéu quando ingressou no NAFTA. 
Questão errada. 
57. (ACE-2012) A ALADI estabelece uma área de preferências 
econômicas, composta inclusive por uma preferência tarifária regional. 
Comentários: 
A ALADI estabelece uma área de preferências econômicas, composta 
por uma preferência tarifária regional, acordos de alcance parcial e 
acordos de alcance regional. Questão correta. 
58. (ACE-2012) O Canadá poderia requerer sua adesão como país 
membro da ALADI, na qualidade de membro originário da OEA. 
Comentários: 
A ALADI somente está aberta à adesão de países latino-
americanos. Questão errada. 
59. (ACE-2012) Os acordos de alcance parcial se referem 
exclusivamente a regras fitossanitárias para a liberalização agrícola 
entre os países membros da ALADI. 
Comentários: 
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Os acordos de alcance parcial podem ser comerciais, de 
complementação econômica, agropecuários, de promoção do comércio 
ou adotar outras formas. Assim, eles não estão limitados a regras 
fitossanitárias para a liberalização agrícola. Questão errada. 
60. (AFRFB-2012) Após a extinção da Associação Latino-Americana 
de Integração (ALADI), foi criada em 1990 a Associação Latino-
Americana de Livre Comércio (ALALC), com objetivos mais amplos do 
que a sua predecessora. 
Comentários: 
A ALADI foi criada em 1980, sucedendo a ALALC. A ALALC é que foi 
extinta (e não a ALADI!). Questão errada. 
 
4- COMUNIDADE ANDINA DE NAÇÕES (CAN): 
As origens da Comunidade Andina de Nações (CAN) remontam ao ano 
de 1969, quando foi celebrado o Acordo de Cartagena por Bolívia, Equador, 
Peru, Colômbia e Chile. Em 1976, o Chile retirou-se do bloco. Por sua vez, a 
Venezuela se vinculou ao bloco em 1973, se retirando em 2006. 
Atualmente, são membros da Comunidade Andina de Nações (CAN) 
os seguintes países: Bolívia, Equador, Peru e Colômbia. Na condição de 
associados estão Chile, Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai. A 
Comunidade Andina de Nações (CAN), assim como o MERCOSUL, é uma 
iniciativa de integração sub-regional que tem como marco jurídico a ALADI. 
Destaque-se, todavia, que, ao contrário do MERCOSUL, a CAN não é um 
acordo de alcance parcial da ALADI, sendo iniciativa de integração regional 
autônoma. 
A Comunidade Andina tem como objetivo central a constituição de 
um mercado comum, destinado a promover um desenvolvimento mais 
acelerado, mais equilibrado e autônomo de seus integrantes. Por meio 
desse acordo, objetiva-se diminuir a vulnerabilidade externa e melhorar a 
posição dos Países membros no contexto econômico internacional, bem como 
reduzir as diferenças de desenvolvimento entre eles. 
Quando a Comunidade Andina foi criada, adotou-se um modelo de 
industrialização por substituição de importações. Tratava-se de um modelo 
eminentemente protecionista, que se utilizava de tarifas elevadas e de 
graves restrições ao investimento estrangeiro. Em função da globalização, na 
década de 90, o modelo de desenvolvimento andino alterou-se, passando a 
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existir um modelo de integração mais aberto, em que prevalece a lógica do 
mercado. 12 
A Comunidade Andina de Nações (CAN) consiste, nos dias de hoje, 
em uma união aduaneira imperfeita. Isso significa que, no âmbito desse 
bloco comercial, há livre circulação de bens e serviços e, ainda, a 
aplicação de uma política comercial comum em relação a terceiros países. 
A livre circulação de mercadorias entre Bolívia, Equador, 
Colômbia e Venezuela (que na época fazia parte do bloco!) foi obtida no ano de 
1993. O Peru se incorporou à área de livre comércio em 2006. Por suavez, no 
ano de 1995, passou a vigorar uma Tarifa Externa Comum (TEC) no âmbito 
da Comunidade Andina de Nações. No entanto, além da existência de Listas de 
Exceções elaboradas por cada país, o Peru ainda não adota a TEC. 
A entrada em vigor da TEC da Comunidade Andina vem sendo 
postergada há muito tempo. Pela Decisão 801, o prazo previsto para a 
entrada em vigor da TEC da Comunidade Andina seria 30/04/2015. Entretanto, 
mais uma vez ele não foi cumprido. 
Os membros da Comunidade Andina decidiram, então, revogar a 
Decisão 370, que havia aprovado a estrutura da TEC. Assim, hoje, a TEC da 
Comunidade Andina está suspensa por tempo indeterminado. Destaque-
se, porém, que os membros desse bloco regional mantém o compromisso em 
convergir suas políticas comerciais, tendo sido criado um Grupo de Trabalho 
para apresentar, até 31/12/2015, um relatório sobre o tema à Comissão da 
Comunidade Andina. 
As principais instituições do Sistema Andino de Integração são as 
seguintes: i) o Conselho Presidencial Andino; ii) o Conselho Andino de 
Ministros das Relações Exteriores; iii) a Comissão da Comunidade 
Andina; iv) a Secretaria Geral; v) o Tribunal de Justiça e; vi) o 
Parlamento Andino. Dentro dessa estrutura, possuem caráter supranacional 
a Secretaria Geral, o Tribunal de Justiça e o Parlamento Andino. 13 
O Conselho Presidencial Andino é o órgão de cúpula da CAN, 
sendo responsável por definir a política de integração sub-regional andina. É 
composto pelos Chefes de Estado dos países membros do bloco regional. 
O Conselho Andino de Ministros das Relações Exteriores, entre 
suas várias funções, é responsável por formular a política externa dos países 
membros do bloco regional, assim com orientar e coordenar a ação externa 
dos órgãos e instituições andinos. 
 
12
! OCAMPO, Raúl Granillo. Direito Internacional Público da Integração. Rio de Janeiro: 
Campus, 2008, pp. 379-380 
13 OCAMPO, Raúl Granillo. Direito Internacional Público da Integração. Rio de Janeiro: 
Campus, 2008, pp. 379-380 
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A Comissão da Comunidade Andina é responsável por formular, 
executar e avaliar a política de integração em matéria de comércio e 
investimentos. Além disso, implementa as medidas necessárias para que 
sejam alcançados os objetivos integracionistas da CAN. 
O Parlamento Andino, por sua vez, é o órgão de natureza 
comunitária que representa os povos da Comunidade Andina, sendo composto 
por representantes eleitos pelo voto direto e universal. Segundo o art. 43 do 
Protocolo de Cartagena, o Parlamento Andino participa da geração normativa 
do bloco por meio de sugestões aos órgãos do Sistema Andino de 
Integração. Dessa forma, ele não possui função legislativa. 
O Tribunal de Justiça é o órgão jurisdicional da Comunidade Andina 
de Nações (CAN). Além dos Estados, as pessoas naturais e jurídicas 
também têm acesso direito ao Tribunal. 
Por último, a Secretaria Geral é o órgão executivo da Comunidade 
Andina. Sua função central é velar pelo cumprimento do Acordo de Cartagena 
e das normas que integram o ordenamento jurídico da CAN. 
Vejamos como esse assunto pode ser cobrado em prova! 
 
61. (AFRF-2003)- A Comunidade Andina (CAN) foi criada no âmbito 
da Associação Latino-Americana de Livre Comércio (ALALC), estando, 
no presente, integrada por Bolívia, Chile, Equador, Peru, Colômbia e 
Venezuela. 
Comentários: 
Atualmente, são membros da Comunidade Andina de Nações (CAN) 
os seguintes países: Bolívia, Equador, Peru e Colômbia. A Venezuela se 
retirou da Comunidade Andina em 2006. Questão errada. 
62. (Consultor Legislativo – Câmara dos Deputados / 2002)- A 
Comunidade Andina, ou Pacto Andino, foi criada em 1969 no intuito de 
fazer restrições ao capital estrangeiro. No entanto, em função do 
processo de globalização financeira e de integração regional, hoje está 
centrada na formação de um mercado comum. 
Comentários: 
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A Comunidade Andina, quando foi criada, adotou uma estratégia de 
substituição de importações e de imposição de restrições ao capital 
estrangeiro. Posteriormente, em virtude da globalização, ela alterou seu 
modelo de desenvolvimento, promovendo a liberalização dos fluxos comerciais. 
A Comunidade Andina é, atualmente, uma união aduaneira imperfeita, mas 
seu objetivo é constituir um mercado comum. Por tudo isso, entendemos que a 
questão está correta. A banca examinadora também a considerou correta, mas 
após os recursos ela foi anulada. 
63. (AFRF-2003)- A Comunidade Andina (CAN) conforma uma união 
aduaneira, uma vez que teve sua tarifa externa comum implementada 
em todos os países-membros a partir de 1995. 
Comentários: 
No ano de 1995, passou a vigorar uma Tarifa Externa Comum (TEC) 
no âmbito da Comunidade Andina de Nações. No entanto, além da existência 
de Listas de Exceções elaboradas por cada país, o Peru ainda não adota a TEC. 
Questão errada. 
64. (AFRF-2002.2 - adaptada) - O Mercado Comum do Sul e a 
Comunidade Andina (CAN) estão negociando a formação de uma área 
de livre comércio entre ambos blocos sub-regionais. Se comparada ao 
MERCOSUL, é correto afirmar sobre a Comunidade Andina que esta 
possui objetivos diferentes, alcançou nível de integração comercial 
menos profundo e seu arcabouço institucional é menos avançado. 
Comentários: 
À época da questão, o MERCOSUL e a Comunidade Andina de Nações 
(CAN) estavam em negociações para a formação de uma área de livre 
comércio. Esse acordo entre os dois blocos já foi celebrado (é o ACE-59, 
firmado no âmbito da ALADI). 
O MERCOSUL e a Comunidade Andina de Nações têm o mesmo 
objetivo (estabelecer um mercado comum) e alcançaram o mesmo estágio 
de integração (união aduaneira imperfeita). No entanto, do ponto de vista 
institucional e político, a CAN está mais avançada. Com efeito, a CAN possui 
instituições supranacionais, notadamente o Parlamento Andino, a 
Secretaria Geral e o Tribunal de Justiça. Assim, o arcabouço institucional 
da CAN é mais avançado que o do MERCOSUL. Questão errada. 
65. (AFRF-2003)- A Comunidade Andina (CAN) contempla o livre 
comércio para bens e serviços entre todos os países-membros, 
estando a Colômbia temporariamente suspensa em razão do conflito 
interno que atravessa. 
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Comentários: 
A Colômbia não está suspensa da Comunidade Andina de Nações 
(CAN). No âmbito desse bloco regional, há livre circulação de bens e serviços 
em relação a todos os membros. Questão errada. 
66. (AFRF-2003)- A Comunidade Andina (CAN) instaurou, desde 
1993, uma área de livre comércio para bens da qual participam todos 
os países-membros, exceto o Peru que a ela está se incorporando 
gradualmente. 
Comentários: 
À época em que a questão foi elaborada, ela estava correta, uma vez 
que o Peru somente se incorporou à área de livre comércio em 2006. No 
entanto, considerando a realidade atual, a questão está errada. 
67. (AFRF-2003)- A Comunidade Andina (CAN) conforma um 
mercado comum, na medida em que foram abolidas as restrições ao 
comércio de bens e de serviços e à movimentação dos fatores de 
produção. 
Comentários: 
A Comunidade Andina de Nações (CAN) ainda não conforma um 
mercado comum, sendo considerada, atualmente, uma união aduaneira 
imperfeita. Questão errada. 
68. (AFRF-2002.1 - adaptada) - O que define, essencialmente, uma 
união aduaneira é a adoção de uma tarifa externa comum ea 
harmonização das políticas comerciais dos países membros. 
Comentários: 
A característica essencial de uma união aduaneira é a existência de 
uma política comercial comum em relação a terceiros países, a qual é 
materializada pela adoção de uma Tarifa Externa Comum (TEC). No âmbito de 
uma união aduaneira, existe harmonização das políticas comerciais 
intrabloco (livre circulação de bens e serviços) e extrabloco (política 
comercial comum em relação a terceiros países). Questão correta. 
69. (Questão Inédita)- O Conselho Presidencial Andino é o órgão 
máximo da CAN, a ele competindo definir a política de integração sub-
regional andina, assim como promover a harmonização das legislações 
dos países-membros do bloco regional. 
Comentários: 
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O Conselho Presidencial Andino é, conforme afirma a questão, o 
órgão de cúpula da CAN, sendo responsável por definir a política de integração 
sub-regional andina. No entanto, a tarefa de promover a harmonização das 
legislações dos países-membros do bloco regional compete ao Parlamento 
Andino. Questão errada. 
70. (Questão Inédita)-O Parlamento Andino é órgão de natureza 
comunitária, dotado de competência legislativa. 
Comentários: 
Segundo o art. 43 do Protocolo de Cartagena, o Parlamento Andino 
participa da geração normativa do bloco por meio de sugestões aos órgãos 
do Sistema Andino de Integração. Ao contrário do que afirma a questão, 
ele não possui função legislativa. Questão errada. 
71. (Questão Inédita)- Somente os Estados-membros da CAN têm 
acesso direto ao Tribunal de Justiça da Comunidade Andina. 
Comentários: 
As pessoas naturais e jurídicas também têm acesso direto ao Tribunal 
de Justiça da Comunidade Andina. Questão errada. 
 
5- Comunidade do Caribe (CARICOM): 
Em 1965, foi fundada a Associação de Livre Comércio do Caribe 
(CARIFTA)14 pelos seguintes países: Antígua e Barbuda, Barbados, Guiana e 
Trinidad Tobago. No ano de 1968, a eles se juntaram Dominica, Granada, São 
Cristóvão e Neves, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, Monserrat e 
Jamaica. Em 1971, foi a vez de Belize se associar ao CARIFTA. 
No ano de 1973, foi assinado o Tratado de Chaguaramas, por meio 
do qual os países associados ao CARIFTA decidiram estabelecer um mercado 
comum. Até então, havia apenas uma área de livre comércio entre os países 
do Caribe. O objetivo passa, a partir daí, a ser também a promoção da livre 
circulação de fatores de produção (trabalho e capital). Surge, assim, a 
Comunidade do Caribe (CARICOM) como bloco de cooperação 
econômica e política. Atualmente, são membros do CARICOM os 15 
(quinze) seguintes países: Antígua e Barbuda, Bahamas, Barbados, Belize, 
Dominica, Granada, Guiana, Haiti, Jamaica, Montserrat, Santa Lúcia, São 
Cristóvão e Neves, São Vicente e Granadinas, Suriname, Trinidad e Tobago. 
 
14
!CARIFTA (Caribbean Free Trade Association) 
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No ano de 1989, com o objetivo de expandir a integração, os Chefes 
de Governo decidiram transformar o mercado comum em um mercado único. 
Os elementos-chaves para o estabelecimento do mercado único incluem: i) 
livre movimentação de mercadorias e serviços; ii) direito de estabelecimento 
(permitir o livre estabelecimento de empresas em qualquer dos Estados-
membros do CARICOM) ; iii) tarifa externa comum; iv) livre circulação de 
mercadorias extrazona após a entrada em qualquer dos países do bloco; v) 
livre circulação de capital; vi) política comercial comum; vii) livre circulação de 
trabalho e ; viii) harmonização legislativa (que inclui coordenação de políticas 
econômicas). 
Para estabelecer o mercado único, todavia, o Tratado de 
Chaguaramas precisava ser revisado. Após anos de trabalho, foi assinada, 
em 2001, uma nova versão desse tratado, denominado, a partir daí, Tratado 
Revisado de Chaguaramas, o qual entrou em vigor em 2006. 
Os objetivos do CARICOM estão previstos no art. 6º do Tratado 
Revisado de Chaguaramas: 
Artigo 6º-Objetivos da Comunidade 
A Comunidade deverá ter os seguintes objetivos: 
a) aumentar os padrões de vida e de trabalho. 
b) alcançar o pleno emprego do trabalho e outros fatores de produção 
c) promover desenvolvimento econômico acelerado, coordenado e 
sustentável. 
d) expandir o comércio e as relações econômicas com terceiros 
Estados 
e) incrementar o nível de competitividade internacional 
f) organização para aumentar a produção e a produtividade 
g) alcançar maior grau de alavancagem econômica e eficácia dos 
Estados-membros ao lidar com terceiros Estados ou grupo de Estados. 
h) incrementar a coordenação das políticas externas e políticas 
econômicas dos Estados-membros 
i) incrementar a cooperação funcional, incluindo: 
 i) operação mais eficiente de serviços comuns e atividades para o 
benefício de seus povos. 
 ii) promoção acelerada de um maior entendimento entre seus 
povos e o avanço da sua vida social, cultural e desenvolvimento 
tecnológico. 
 iii) atividades intensificadas em áreas como saúde, educação, 
telecomunicações e transporte. 
Com a entrada em vigor do Tratado Revisado de Chaguaramas, 
novos assuntos foram inseridos na agenda de discussões: e-commerce, 
compras governamentais, comércio de mercadorias provenientes de zonas 
francas, livre circulação de mercadorias e direitos relativos à livre circulação de 
pessoas. 
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O CARICOM encontra-se, atualmente, no estágio de mercado 
comum (com imperfeições). Entretanto, seu objetivo final (formação de um 
mercado único) demonstra que almeja tornar-se uma união econômica, com 
harmonização de políticas econômicas. 
 
 
QUESTÕES COMENTADAS 
1. (AFC-CGU-2002) O NAFTA-Acordo de Livre Comércio da América 
do Norte, o Mercosul-Mercado Comum do Sul e a União Européia 
representam três estágios diferentes de processos de integração 
regional - a Área de Livre Comércio (ALC), a União Aduaneira (UA) e o 
Mercado Comum (MC). Entre as opções abaixo, escolha a que 
caracteriza corretamente um desses três conceitos. 
a)Uma ALC é uma forma de integração comercial entre um número qualquer 
de países na qual os países-membros eliminam todas as barreiras ao comércio 
intrabloco de bens e serviços, como tarifas e barreiras não-tarifárias. Os 
membros de uma UA eliminam todas as barreiras ao comércio de bens e 
serviços intrabloco e estabelecem uma estrutura de proteção comum para 
produtos e serviços produzidos por países de fora do bloco. Já os membros de 
um MC eliminam todas as barreiras comerciais incidentes sobre bens e serviços 
produzidos por países-membros do bloco, criam um conjunto uniforme de 
barreiras contra produtos e serviços produzidos fora do bloco e estabelecem o 
livre movimento de trabalho e capital entre as fronteiras nacionais. 
b) Uma UA é uma forma de integração comercial entre um número qualquer de 
países na qual os países-membros eliminam todas as barreiras ao comércio 
intrabloco de bens e serviços, como tarifas e barreiras não-tarifárias. Os países 
que compõem uma ALC eliminam todas as barreiras ao comércio de bens e 
serviços intrabloco e estabelecem uma estrutura de proteção comum para 
produtos e serviços produzidos por países de fora do bloco. Já os membros de 
um MC eliminam todas as barreiras comerciais incidentes sobre bens e serviços 
produzidos por países-membros do bloco, criam um conjunto uniforme de 
barreiras contra produtos e serviços produzidosfora do bloco e estabelecem o 
livre movimento de trabalho e capital entre as fronteiras nacionais. 
c) Um MC é uma forma de integração comercial entre um número qualquer de 
países na qual os países-membros eliminam todas as barreiras ao comércio 
intrabloco de bens e serviços, como tarifas e barreiras não-tarifárias. Os 
membros de uma UA eliminam todas as barreiras ao comércio de bens e 
serviços intrabloco e estabelecem uma estrutura de proteção comum para 
produtos e serviços produzidos por países de fora do bloco. Os membros de 
uma ALC eliminam todas as barreiras comerciais incidentes sobre bens e 
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serviços produzidos por países-membros do bloco, criam um conjunto uniforme 
de barreiras contra produtos e serviços produzidos fora do bloco e estabelecem 
o livre movimento de trabalho e capital entre as fronteiras nacionais. 
d) Uma ALC é uma forma de integração comercial entre um número qualquer 
de países na qual os países-membros eliminam todas as barreiras ao comércio 
intrabloco de bens e serviços, como tarifas e barreiras não-tarifárias. Os 
membros de um MC eliminam todas as barreiras ao comércio de bens e 
serviços intrabloco e estabelecem uma estrutura de proteção comum para 
produtos e serviços produzidos por países de fora do bloco. Já os membros de 
uma UA eliminam todas as barreiras comerciais incidentes sobre bens e 
serviços produzidos por países-membros do bloco, criam um conjunto uniforme 
de barreiras contra produtos e serviços produzidos fora do bloco e estabelecem 
o livre movimento de trabalho e capital entre as fronteiras nacionais. 
e) Uma UA é uma forma de integração comercial entre um número qualquer de 
países na qual os países-membros eliminam todas as barreiras ao comércio 
intrabloco de bens e serviços, como tarifas e barreiras não-tarifárias. Os 
membros de um MC eliminam todas as barreiras ao comércio de bens e 
serviços intrabloco e estabelecem uma estrutura de proteção comum para 
produtos e serviços produzidos por países de fora do bloco. Os membros de 
uma ALC eliminam todas as barreiras comerciais incidentes sobre bens e 
serviços produzidos por países-membros do bloco, criam um conjunto uniforme 
de barreiras contra produtos e serviços produzidos fora do bloco e estabelecem 
o livre movimento de trabalho e capital entre as fronteiras nacionais. 
Comentários: 
Para resolver essa questão, precisamos saber o conceito de área de 
livre comércio, união aduaneira e mercado comum: 
1) Área de Livre comércio: livre circulação de bens e serviços entre 
os membros do bloco. 
2) União Aduaneira: livre circulação de bens e serviços intrabloco + 
política comercial comum em relação a terceiros países. 
3) Mercado Comum: livre circulação de bens e serviços intrabloco + 
política comercial comum em relação a terceiros países + livre circulação dos 
fatores de produção (livre circulação de capital e mão-de-obra) 
A assertiva que descreve corretamente todas essas características é a 
letra A. 
2. (ACE-TCU/2002) Sobre os modelos de integração considere as 
seguintes definições: 
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I. Zona de livre comércio: quando são abolidas as restrições (tarifárias e não 
tarifárias) entre os países, mas cada um mantém suas próprias políticas 
comercias vis à vis os países não membros da integração; 
II. União aduaneira: vai além da zona de livre comércio, pois além de suprimir 
as restrições quanto ao fluxo de mercadorias entre os países membros 
também estabelece uma política comum de discriminação deste fluxo com os 
países não membros, estabelecendo, por exemplo, uma tarifa externa comum; 
III. Mercado comum: neste tipo de integração não são apenas as restrições 
quanto ao fluxo de mercadorias que são eliminados, mas também as 
discriminações contra o fluxo dos fatores produtivos, isto é, eliminam-se os 
empecilhos quanto à circulação de capital e mão-de-obra. 
Com relação a tais definições: 
a) somente II está correta 
b) apenas I e II estão corretas 
c) apenas II e III estão corretas 
d) apenas I e III estão corretas 
e) todas estão corretas 
Comentários: 
A primeira assertiva está correta. Em uma zona de livre comércio, 
há livre circulação de mercadorias entre seus integrantes, o que se obtém pela 
eliminação das barreiras tarifárias e não tarifárias. 
A segunda assertiva está correta. Em uma união aduaneira, além 
da livre circulação de mercadorias, os países estabelecem uma política 
comercial comum em relação a terceiros países, o que se materializa na 
existência de uma Tarifa Externa Comum (TEC). 
A terceira assertiva está correta. Em um mercado comum, há livre 
circulação de mercadorias, estabelecimento de uma política comercial comum 
em relação a terceiros países e, ainda, livre circulação dos fatores de produção 
(capital e mão-de-obra). 
3. (Questão Inédita)- “Há uma lógica que aglutina os interesses que 
podem ser melhor ou mais facilmente promovidos no âmbito regional, 
em comparação com a esfera multilateral. Essa lógica remete ao 
número expressivo de participantes da OMC (153 membros) e à 
conseqüente heterogeneidade entre os sócios. A esse fator se soma a 
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manutenção da prática do consenso no processo decisório da 
Organização e o resultado é a dificuldade brutal para a tomada de 
decisão e para o avanço das negociações comerciais. Essa 
circunstância afeta não apenas a velocidade do processo negociador, 
mas também a ambição dos compromissos que podem ser assumidos. 
Países interessados em obter resultados com mais rapidez e liberalizar 
com maior ambição se vêem estimulados a se engajarem em acordos 
regionais.” 
PRAZERES, Tatiana. A OMC e os Blocos Regionais. São Paulo: Aduaneiras, 
2008. 
Levando-se em consideração seus conhecimentos sobre a teoria da 
integração e os blocos regionais, analise os itens a seguir e atribua a 
letra (V) para as assertivas verdadeiras e a letra (F) para as falsas. Em 
seguida, marque a opção que contenha a sequência correta: 
( ) O MERCOSUL e a Comunidade Andina de Nações (CAN) têm como objetivo 
alcançar o estágio de mercado comum, o que demanda, além da livre 
circulação de bens, serviços e fatores produtivos, harmonização das políticas 
cambial, fiscal e monetária. 
( ) O NAFTA é um acordo de alcance parcial constituído no âmbito da ALADI. 
( ) A União Europeia é o bloco regional que alcançou o estágio mais avançado 
de integração, tendo unificado as políticas econômicas (cambial, fiscal e 
monetária), que são definidas por uma autoridade supranacional: o Conselho 
Europeu. 
( ) A ALADI se baseia nos princípios do pluralismo, convergência, flexibilidade, 
multiplicidade e tratamento especial e diferenciado. Os mecanismos para a 
integração no âmbito da ALADI são os acordos de alcance regional, acordo de 
alcance parcial e uma preferência tarifária regional. 
( ) Em virtude da flexibilidade dos mecanismos instituídos pela ALADI para a 
integração, essa organização internacional serve como arcabouço institucional 
para a celebração de diversos acordos de preferências tarifárias. 
a) VVFFF 
b) FFVVF 
c) FVFFV 
d) FFFVV 
e) VFFFV 
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Comentários: 
A primeira assertiva está errada. O estabelecimento de um 
mercado não necessita de harmonização depolíticas cambial, fiscal e 
monetária. Isso é característica de uma união econômica. 
A segunda assertiva está errada. O NAFTA é um acordo 
independente da ALADI. Destaque-se que apenas países latino-americanos 
podem ser membros da ALADI. O NAFTA é um acordo que envolve EUA, 
Canadá e México. 
A terceira assertiva está errada. De fato, a União Europeia é o 
bloco regional que alcançou o estágio mais avançado de integração, sendo 
considerado uma união econômica e monetária. Todavia, na União Europeia, 
não há unificação de política fiscal. Destaque-se que há unificação de política 
cambial e monetária entre os países integrantes da “zona do euro”. A política 
cambial e monetária dos países da “zona do euro” é conduzida pelo Banco 
Central Europeu. 
A quarta assertiva está correta. De fato, a questão relaciona os 
princípios que informam a ação da ALADI. Destaque-se que a ALADI possui os 
seguintes mecanismos para integração: i) preferência tarifária regional; ii) 
acordos de alcance parcial e; iii) acordos de alcance regional. 
A quinta assertiva está correta. A ALADI permite a celebração, em 
seu âmbito, de acordos de alcance parcial. O MERCOSUL é um exemplo de 
acordo de alcance parcial celebrado no âmbito da ALADI. 
4. (Questão Inédita) “A integração da América Latina não é apenas 
a aspiração ou o ponto de vista de alguns grupos. Não é também uma 
opção facultativa. Ela é hoje um imperativo histórico e caminho 
necessário para o desenvolvimento econômico, social e político dos 
países da região e para sua integração competitiva na economia 
mundial.” 
MONTORO, André Francisco. Perspectivas da integração latino-americana. 
Sobre a integração regional na América Latina, assinale a alternativa 
correta: 
a) As recentes adesões de Panamá e Nicarágua à ALADI demonstram a 
expansão desse bloco regional em direção à América Central, uma vez que 
estes são os dois primeiros países daquela região a integrarem o bloco 
comercial latino-americano. 
b) O Tratado de Montevidéu, marco constitutivo e regulador da ALADI, foi 
assinado em 12 de agosto de 1980 e estabelece como princípios gerais a 
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cláusula da nação mais favorecida, o tratamento nacional, a transparência, a 
convergência e o tratamento especial e diferenciado. 
c) O Tratado Revisado de Chaguaramas, celebrado no âmbito do CARICOM, 
estabelece como objetivo a criação de um mercado único, visando incrementar 
os padrões de vida e de trabalho, alcançar o pleno emprego, promover o 
desenvolvimento econômico, expandir o comércio e as relações econômicas 
com terceiros Estados e incrementar o nível de competitividade internacional. 
d) O Tratado de Chaguaramas foi assinado em 1965, estabelecendo uma área 
de livre comércio entre 15 Estados da região do Caribe. 
e) A ALADI utiliza como base para a integração regional uma Tarifa Externa 
Comum (TEC), a qual, todavia, ainda não é implementada por todos os países-
membros. 
Comentários: 
Letra A: errada. Realmente, há um movimento de expansão da ALADI 
em direção à América Central. No entanto, Panamá e Nicarágua não foram os 
primeiros países da América Central a fazerem parte da ALADI. Antes 
disso, Cuba já integrava esse bloco regional. 
Letra B: errada. A cláusula da nação mais favorecida não é princípio 
da ALADI, uma vez que, no âmbito desse bloco regional, admite-se a 
celebração de acordos de alcance parcial. 
Letra C: correta. Esses são, de fato, os objetivos do Tratado Revisado 
de Chaguaramas, que é o marco normativo-institucional do CARICOM. 
Letra D: errada. O Tratado de Chaguaramas foi assinado em 1973, 
estabelecendo como objetivo a criação de um mercado comum. Antes, 
porém, em 1965, foi fundada a Associação de Livre Comércio do Caribe 
(CARIFTA). O objetivo da CARIFTA era tão-somente estabelecer uma área de 
livre comércio. 
Letra E: errada. A ALADI ainda não possui uma Tarifa Externa 
Comum (TEC). 
 
5. (Questão Inédita) Assinale a alternativa incorreta sobre o NAFTA: 
a) O NAFTA é um acordo trilateral que envolve EUA, Canadá e México, tendo 
sucedido o acordo de livre comércio entre EUA e Canadá, celebrado em 1988. 
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b) O NAFTA possui acordos complementares, denominados acordos laterais, 
que versam sobre questões trabalhistas e ambientais. 
c) Os defensores do NAFTA afirmam que esse acordo contribuiu para reduzir a 
pobreza e aumentar a renda real no México. Por outro lado, há aqueles que 
argumentam que a economia mexicana se tornou muito dependente dos EUA. 
d) Os Estados-parte do NAFTA não aplicam medidas de defesa comercial em 
conjunto contra terceiros países. 
e) O NAFTA tem, entre seus objetivos, a promoção de condições para uma 
competição justa na área de livre comércio e a proteção da propriedade 
intelectual. Não existem, todavia, regras para a solução de controvérsias 
comerciais entre seus integrantes. 
Comentários: 
Letra A: correta. De fato, o NAFTA sucedeu o acordo de livre 
comércio celebrado em 1988 por EUA e Canadá. 
Letra B: correta. Os chamados “acordos laterais” ao NAFTA tratam 
de questões trabalhistas e ambientais. 
Letra C: correta. Há visões favoráveis e contra o NAFTA, as quais são 
bem ilustradas na assertiva. 
Letra D: correta. Os Estados-parte do NAFTA tem completa 
autonomia para aplicar medidas de defesa comercial. Não há aplicação 
conjunta de medidas de defesa comercial. É cada um por si! ☺ 
Letra E: errada. No âmbito do NAFTA, existem, sim, regras para a 
solução de controvérsias entre seus integrantes. 
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LISTA DE QUESTÕES Nº 01 
1. (AFRF-2003)- Uma união aduaneira pressupõe a livre 
movimentação de bens, capital e mão de- obra e a adoção de uma 
tarifa externa comum entre dois ou mais países. 
2. (AFRF – 2002.1 – adaptada)- O que define, essencialmente, uma 
área de livre comércio é a livre circulação de bens e serviços através 
das fronteiras. 
3. (ACE-2002 – adaptada)- Acordos Comerciais Preferenciais são 
acordos nos quais Estados uniformizam o tratamento a ser dispensado 
às importações oriundas de terceiros países. 
4. (AFRF-2000)- Dois países, ao reduzirem suas tarifas de 
importação entre si ao nível mais baixo possível com vistas a uma 
liberalização integral do comércio recíproco dentro de dez anos, sem, 
entretanto, estabelecerem uma tarifa externa comum para as 
importações de terceiros países, pretenderam criar uma zona de livre 
comércio. 
5. (ACE-1997)- São Fases do Processo de Integração, em ordem 
crescente de complexidade: zona de livre comércio, mercado Comum, 
união aduaneira e união econômica. 
6. (AFTN-1996 – adaptada)- União aduaneira e mercado comum 
são duas formas de integração econômica regional. O que diferencia 
essas duas formas é a inclusão dos fatores de produção no tratamento 
das relações econômicas entre os países-membros. 
7. (AFRF – 2003)- Uma união aduaneira pressupõe a liberalização 
do comércio entre os países que a integram e a adoção de uma tarifa 
comum a ser aplicada às importações provenientes de terceiros países. 
8. (INMETRO – 2007)- Uniões monetárias e mercados comuns, a 
exemplo dos acordos de preferência comerciais e áreas de livre 
comércio, dispensam a vizinhança entre países, para serem bem- 
sucedidos. 
9. (ACE-2001)- Em um processo de preferências comerciais 
diferenciadas entre dois países a tarifa externa comum a ser imposta a 
produtos de terceiros países deverá ser sempre a média ponderadadas estruturas tarifárias dos dois países. 
10. (ACE-2001)- Em um processo de preferências comerciais 
diferenciadas entre dois países a proximidade geográfica é condição 
essencial para o êxito do processo. 
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11. (ACE-2001)- Em um processo de preferências comerciais 
diferenciadas entre dois países haverá necessidade de alinhar as 
políticas macroeconômicas, no momento que as preferências 
negociadas compreenderem a maior parte da pauta de comércio 
bilateral. 
12. (ACE-2008)- Os acordos de integração regional, tais como zonas 
de preferências tarifárias e mercados comuns, não somente permitem 
que as empresas aufiram os ganhos derivados das economias de 
escala propiciadas pelo aumento do mercado, mas também conduzem 
a aumentos de eficiência devido a maior competição entre as empresas 
dos países-membros. 
13. (AFRF-2002.2) - Segundo as teorias de integração econômica, a 
liberalização do comércio entre um número restrito de países produz 
efeitos comerciais e econômicos que permitem avaliar o desempenho, 
desde o ponto de vista da eficiência econômica, dos acordos regionais. 
A esse respeito, é correto afirmar que a integração regional é 
economicamente benéfica se prevalecer a criação sobre o desvio de 
comércio e ocorrerem efeitos dinâmicos. 
14. (Questão Inédita)- O desvio de comércio é um efeito estático da 
integração regional, ficando caracterizado quando um país passa a 
comprar um determinado tipo de bem de outro país, participante do 
acordo regional, deixando de importar este bem de um terceiro país 
que não faz parte do acordo, mas que antes constituía a melhor fonte 
de oferta do bem em questão. 
15. (INMETRO – 2007)- O fato de os acordos de integração regional 
poderem melhorar os termos de troca dos países-membros às 
expensas dos países não-membros, incentivando, assim, a manutenção 
de barreiras em relação ao resto do mundo, constitui um dos custos 
desses acordos. 
16. (INMETRO – 2009)- Por representarem iniciativas de 
liberalização comercial, os blocos comerciais regionais não colocam em 
risco a consecução dos objetivos principais do sistema multilateral de 
comércio. 
17. (INMETRO – 2009)- O regionalismo aberto é expressão, de 
caráter propositivo, da possibilidade de se harmonizar o tratamento 
preferencial próprio dos blocos comerciais com o impulso liberalizante 
no contexto do processo de globalização econômica. 
18. (ACE- 2001)- Em um processo de preferências comerciais 
diferenciadas entre dois países, haverá criação de comércio superando 
sempre os desvios de comércio. 
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19. (Juiz do Trabalho – TRT 5ª Região / 2006)- O Acordo de Livre 
Comércio da América do Norte prevê a fixação de tarifa única sobre 
exportação de bens entre os países signatários, bem como a criação de 
limitações quantitativas à importação. 
20. (Pesquisador INPI/ 2006)- O North American Free Trade 
Agreement (NAFTA), além de estabelecer uma zona de livre comércio e 
promover a competição dentro dessa área, impõe uma política 
comercial externa comum para os países-membros. 
21. (AFRF-2003 - adaptada)- O NAFTA compreende a totalidade dos 
bens e serviços comercializados pelos três países, além de disciplinas 
complementares relacionadas ao meio ambiente e a direitos 
trabalhistas. 
22. (AFRF-2003 - adaptada)- O NAFTA representa um acordo 
totalmente conforme à normativa da Organização Mundial do Comércio 
(OMC). 
23. (Auditor TCU / 2006)- O Tratado Norte-Americano de Livre 
Comércio – North American Free Trade Agreement (NAFTA) -, que 
envolve Canadá, Estados Unidos da América e México, eliminou as 
barreiras tarifárias entre os países-membros, permitindo, porém, que 
esses três países sigam distintas políticas comerciais em face dos 
países não-membros. 
24. (ACE – 2002 – adaptada) Por ser compatível com o Artigo XXIV 
do GATT, o NAFTA prevê o aprofundamento da integração econômica 
entre os estados-parte, evoluindo para uma união aduaneira e para a 
coordenação de políticas macroeconômicas, além da liberalização 
comercial em todos os setores das economias envolvidas. 
25. (AFRF-2003 - adaptada)- O NAFTA prevê a criação de um 
mercado comum entre seus membros a fim de fazer frente ao projeto 
de integração da Comunidade Econômica Europeia. 
26. (AFRF-2003 - adaptada)- O NAFTA foi precedido de acordo 
bilateral entre os Estados Unidos e o Canadá, o qual apresentou o 
primeiro grande acordo preferencial de que tomavam parte os Estados 
Unidos. 
27. (Juiz do Trabalho – TRT 1ª Região / 2010)- No NAFTA, a livre 
circulação de pessoas não é admitida apenas em relação ao México, 
ocorrendo plenamente entre os Estados Unidos da América e o Canadá. 
28. (AFRF-2003 - adaptada)- O NAFTA prevê prazo de doze anos 
para a total liberalização do comércio de bens entre Estados Unidos e 
Canadá e de quinze para a total abertura do mercado mexicano às 
exportações desses dois países. 
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29. (ACE-2002 - adaptada)- O Acordo de Livre Comércio da América 
do Norte (NAFTA) prevê a expansão da integração econômica no 
continente, a qual teve início com a proposta do Presidente George 
Bush para a criação da Área de Livre Comércio das Américas, ora em 
negociação. 
30. (ACE – 2002 – adaptada) O NAFTA prevê que os estados-parte 
devem submeter aos demais signatários propostas outras de 
complementação econômica que se interessem em integrar, a exemplo 
da Iniciativa para a Bacia do Caribe, no caso dos Estados Unidos da 
América, e do Acordo de Livre Comércio com a União Europeia, no caso 
do México. 
31. (ACE – 2002 – adaptada)- Por ser compatível com o artigo XXIV 
do GATT, o NAFTA prevê a liberalização comercial em todos os setores 
das economias envolvidas, ainda que gradual, e a formal comunicação 
aos demais integrantes do GATT da intenção de se constituir um 
processo de integração regional. 
32. (ACE – 2002 – adaptada)- Estabelecido pela Comissão de Livre 
Comércio, o Secretariado do NAFTA é responsável pela administração 
das provisões do acordo referentes à solução de controvérsias. 
33. (ACE-1997 - adaptada)- O NAFTA teve como principal 
antecedente o Tratado de Livre Comercio entre EUA e Canadá, de 1988. 
34. (ACE – 1997 - adaptada)- O NAFTA promove a harmonização de 
legislações nacionais. 
35. (ACE-2008)- No que diz respeito ao comércio de produtos 
agrícolas, as regras tarifárias previstas no âmbito do Acordo de Livre 
Comércio da América do Norte (NAFTA) aplicam-se igualmente aos 
países signatários desse acordo. 
36. (AFRF 2002.1) - O Acordo de Livre Comércio da América do 
Norte, quando comparado ao Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), 
configura iniciativa mais abrangente e profunda, por envolver a livre 
circulação dos fatores de produção. 
37. (Questão Inédita)- O NAFTA (North American Free Trade 
Agreement) é uma área de livre comércio estabelecida entre E.U.A, 
México e Canadá que tem como um de seus objetivos estabelecer o 
livre comércio de bens e serviços e a livre circulação de pessoas. 
38. (ATRFB-2009)- Por ter como membros países das três Américas, 
a ALADI constitui, no presente, o mais importante e ativo fórum de 
negociações comerciais regionais. 
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39. (AFRF-2002.2) - A Associação Latino-Americanade Integração 
(ALADI) foi estabelecida em 1980, sucedendo à Associação Latino-
Americana de Livre Comércio (ALALC). Ao longo de pouco mais de duas 
décadas de funcionamento, a ALADI logrou estabelecer uma área de 
livre comércio. 
40. (ATRFB – 2009)- Por não se pautar pela aplicação estrita da 
Cláusula da Nação Mais Favorecida, a ALADI oferece marco jurídico 
para acordos de integração bilaterais bem como para iniciativas de 
integração econômica de caráter sub-regional, como o Mercado 
Comum do Sul e a Comunidade Andina de Nações. 
41. (AFRF-2002.1) - A Associação Latino Americana de Integração 
(ALADI) foi criada em 1980 com o objetivo de estabelecer, em forma 
gradual e progressiva, um mercado comum latino americano com base 
em acordos de cooperação setorial. 
42. (ATRFB – 2009 - adaptada)- Os principais instrumentos para a 
integração concebidos no marco da ALADI são os Acordos de 
Complementação Econômica, os Acordos de Alcance Parcial e a 
Preferência Tarifária Regional. 
43. (ATRFB – 2009)- Criada em 1980 em substituição à Associação 
Latino-Americana de Livre Comércio (ALALC), a ALADI incorporou 
princípios e instrumentos para a integração econômica mais flexíveis 
que sua antecessora, abandonando a abordagem eminentemente 
multilateralista que marcou o processo de integração regional desde o 
início dos anos sessenta. 
44. (ATRFB – 2009)- Em razão dos princípios da gradualidade e 
flexibilidade, os acordos celebrados no marco da ALADI não 
necessariamente devem estipular prazos para a consecução dos 
objetivos a que se reportam. 
45. (ACE-2008)-Quanto às normas de origem no âmbito da ALADI, 
as mercadorias elegíveis incluem aquelas fabricadas em seus 
territórios, incluindo as atividades de ensamblagem ou montagem, 
realizadas no território de um país participante utilizando materiais 
originários dos países participantes do acordo e de terceiros países. 
46. (Questão Inédita)- No âmbito da ALADI, os acordos de alcance 
parcial podem ser comerciais, de complementação econômica, 
agropecuários, de promoção comercial e, ainda, adotar outras 
modalidades, como de cooperação científica e tecnológica, promoção 
do turismo e preservação ambiental. 
47. (Questão Inédita)- O Tratado de Montevidéu, que instituiu a 
ALADI, está aberto à adesão de outros países latino-americanos. 
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48. (Questão Inédita)- Os acordos de alcance parcial, como a 
Comunidade Andina de Nações e o MERCOSUL, não precisam estar 
abertos à adesão de outros países integrantes da ALADI. 
49. (Questão Inédita)- Segundo o Tratado de Montevidéu, os países 
de menor desenvolvimento devem receber um tratamento especial e 
diferenciado. Em razão disso, os países são divididos, no âmbito da 
ALADI, em duas categorias: países de desenvolvimento intermediário e 
países de menor desenvolvimento econômico relativo. 
50. (ACE-2012) A Associação Latino-Americana de Integração 
(ALADI) provê um foro de discussão e negociação de temas 
econômicos e comerciais com vistas à formação de posições comuns 
nos foros negociadores internacionais. 
51. (ACE-2012) A Associação Latino-Americana de Integração 
(ALADI) alcança eminentemente temas de política comercial como 
tarifas, classificação de mercadorias, medidas de facilitação do 
comércio, salvaguardas, regras de origem e defesa da concorrência. 
52. (ACE-2012) A Associação Latino-Americana de Integração 
(ALADI) se restringe a prover o marco jurídico para acordos de 
integração bilaterais ou sub-regionais e a supervisionar as medidas 
adotadas pelos países membros na implementação dos acordos 
celebrados no marco da Associação em matéria de cooperação 
econômica. 
53. (ACE-2012) A Associação Latino-Americana de Integração 
(ALADI) define-se em torno da articulação de iniciativas de 
cooperação financeira e monetária, de facilitação do comércio e de 
apoio aos países de menor desenvolvimento relativo. 
54. (ACE-2012) A Associação Latino-Americana de Integração 
(ALADI) provê marco jurídico para iniciativas de integração econômica 
entre os países membros e uma área de preferências comerciais 
constituída com base na Preferência Tarifária Regional e em acordos 
de alcance parcial e de complementação econômica celebrados entre 
os países membros. 
55. (ACE-2012) Apesar de haver sido expressamente denunciada no 
Acordo da ALALC, o Tratado de Montevidéu ainda tem relevância 
política para o Brasil. 
56. (ACE-2012) O México foi obrigado a denunciar a ALADI quando 
aceitou participar como membro pleno do NAFTA. 
57. (ACE-2012) A ALADI estabelece uma área de preferências 
econômicas, composta inclusive por uma preferência tarifária regional. 
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58. (ACE-2012) O Canadá poderia requerer sua adesão como país 
membro da ALADI, na qualidade de membro originário da OEA. 
59. (ACE-2012) Os acordos de alcance parcial se referem 
exclusivamente a regras fitossanitárias para a liberalização agrícola 
entre os países membros da ALADI. 
60. (AFRFB-2012) Após a extinção da Associação Latino-Americana 
de Integração (ALADI), foi criada em 1990 a Associação Latino-
Americana de Livre Comércio (ALALC), com objetivos mais amplos do 
que a sua predecessora. 
61. (AFRF-2003)- A Comunidade Andina (CAN) foi criada no âmbito 
da Associação Latino-Americana de Livre Comércio (ALALC), estando, 
no presente, integrada por Bolívia, Chile, Equador, Peru, Colômbia e 
Venezuela. 
62. (Consultor Legislativo – Câmara dos Deputados / 2002)- A 
Comunidade Andina, ou Pacto Andino, foi criada em 1969 no intuito de 
fazer restrições ao capital estrangeiro. No entanto, em função do 
processo de globalização financeira e de integração regional, hoje está 
centrada na formação de um mercado comum. 
63. (AFRF-2003)- A Comunidade Andina (CAN) conforma uma união 
aduaneira, uma vez que teve sua tarifa externa comum implementada 
em todos os países-membros a partir de 1995. 
64. (AFRF-2002.2 - adaptada) - O Mercado Comum do Sul e a 
Comunidade Andina (CAN) estão negociando a formação de uma área 
de livre comércio entre ambos blocos sub-regionais. Se comparada ao 
MERCOSUL, é correto afirmar sobre a Comunidade Andina que esta 
possui objetivos diferentes, alcançou nível de integração comercial 
menos profundo e seu arcabouço institucional é menos avançado. 
65. (AFRF-2003)- A Comunidade Andina (CAN) contempla o livre 
comércio para bens e serviços entre todos os países-membros, 
estando a Colômbia temporariamente suspensa em razão do conflito 
interno que atravessa. 
66. (AFRF-2003)- A Comunidade Andina (CAN) instaurou, desde 
1993, uma área de livre comércio para bens da qual participam todos 
os países-membros, exceto o Peru que a ela está se incorporando 
gradualmente. 
67. (AFRF-2003)- A Comunidade Andina (CAN) conforma um 
mercado comum, na medida em que foram abolidas as restrições ao 
comércio de bens e de serviços e à movimentação dos fatores de 
produção. 
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68. (AFRF-2002.1 - adaptada) - O que define, essencialmente, uma 
união aduaneira é a adoção de uma tarifa externa comum e a 
harmonização das políticas comerciais dos países membros. 
69. (Questão Inédita)- O Conselho Presidencial Andino é o órgão 
máximo da CAN, a ele competindo definir a política de integração sub-
regional andina, assim como promover a harmonização das legislações 
dos países-membros do bloco regional. 
70. (Questão Inédita)-O Parlamento Andino é órgão de natureza 
comunitária,dotado de competência legislativa. 
71. (Questão Inédita)- Somente os Estados-membros da CAN têm 
acesso direto ao Tribunal de Justiça da Comunidade Andina. 
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LISTA DE QUESTÕES Nº 02 
1. (AFC-CGU-2002) O NAFTA-Acordo de Livre Comércio da América 
do Norte, o Mercosul-Mercado Comum do Sul e a União Européia 
representam três estágios diferentes de processos de integração 
regional - a Área de Livre Comércio (ALC), a União Aduaneira (UA) e o 
Mercado Comum (MC). Entre as opções abaixo, escolha a que 
caracteriza corretamente um desses três conceitos. 
a)Uma ALC é uma forma de integração comercial entre um número qualquer 
de países na qual os países-membros eliminam todas as barreiras ao comércio 
intrabloco de bens e serviços, como tarifas e barreiras não-tarifárias. Os 
membros de uma UA eliminam todas as barreiras ao comércio de bens e 
serviços intrabloco e estabelecem uma estrutura de proteção comum para 
produtos e serviços produzidos por países de fora do bloco. Já os membros de 
um MC eliminam todas as barreiras comerciais incidentes sobre bens e serviços 
produzidos por países-membros do bloco, criam um conjunto uniforme de 
barreiras contra produtos e serviços produzidos fora do bloco e estabelecem o 
livre movimento de trabalho e capital entre as fronteiras nacionais. 
b) Uma UA é uma forma de integração comercial entre um número qualquer de 
países na qual os países-membros eliminam todas as barreiras ao comércio 
intrabloco de bens e serviços, como tarifas e barreiras não-tarifárias. Os países 
que compõem uma ALC eliminam todas as barreiras ao comércio de bens e 
serviços intrabloco e estabelecem uma estrutura de proteção comum para 
produtos e serviços produzidos por países de fora do bloco. Já os membros de 
um MC eliminam todas as barreiras comerciais incidentes sobre bens e serviços 
produzidos por países-membros do bloco, criam um conjunto uniforme de 
barreiras contra produtos e serviços produzidos fora do bloco e estabelecem o 
livre movimento de trabalho e capital entre as fronteiras nacionais. 
c) Um MC é uma forma de integração comercial entre um número qualquer de 
países na qual os países-membros eliminam todas as barreiras ao comércio 
intrabloco de bens e serviços, como tarifas e barreiras não-tarifárias. Os 
membros de uma UA eliminam todas as barreiras ao comércio de bens e 
serviços intrabloco e estabelecem uma estrutura de proteção comum para 
produtos e serviços produzidos por países de fora do bloco. Os membros de 
uma ALC eliminam todas as barreiras comerciais incidentes sobre bens e 
serviços produzidos por países-membros do bloco, criam um conjunto uniforme 
de barreiras contra produtos e serviços produzidos fora do bloco e estabelecem 
o livre movimento de trabalho e capital entre as fronteiras nacionais. 
d) Uma ALC é uma forma de integração comercial entre um número qualquer 
de países na qual os países-membros eliminam todas as barreiras ao comércio 
intrabloco de bens e serviços, como tarifas e barreiras nãotarifárias. Os 
membros de um MC eliminam todas as barreiras ao comércio de bens e 
serviços intrabloco e estabelecem uma estrutura de proteção comum para 
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produtos e serviços produzidos por países de fora do bloco. Já os membros de 
uma UA eliminam todas as barreiras comerciais incidentes sobre bens e 
serviços produzidos por países-membros do bloco, criam um conjunto uniforme 
de barreiras contra produtos e serviços produzidos fora do bloco e estabelecem 
o livre movimento de trabalho e capital entre as fronteiras nacionais. 
e) Uma UA é uma forma de integração comercial entre um número qualquer de 
países na qual os países-membros eliminam todas as barreiras ao comércio 
intrabloco de bens e serviços, como tarifas e barreiras não-tarifárias. Os 
membros de um MC eliminam todas as barreiras ao comércio de bens e 
serviços intrabloco e estabelecem uma estrutura de proteção comum para 
produtos e serviços produzidos por países de fora do bloco. Os membros de 
uma ALC eliminam todas as barreiras comerciais incidentes sobre bens e 
serviços produzidos por países-membros do bloco, criam um conjunto uniforme 
de barreiras contra produtos e serviços produzidos fora do bloco e estabelecem 
o livre movimento de trabalho e capital entre as fronteiras nacionais. 
2. (ACE-TCU/2002) Sobre os modelos de integração considere as 
seguintes definições: 
I. Zona de livre comércio: quando são abolidas as restrições (tarifárias e não 
tarifárias) entre os países, mas cada um mantém suas próprias políticas 
comercias vis à vis os países não membros da integração; 
II. União aduaneira: vai além da zona de livre comércio, pois além de suprimir 
as restrições quanto ao fluxo de mercadorias entre os países membros 
também estabelece uma política comum de discriminação deste fluxo com os 
países não membros, estabelecendo, por exemplo, uma tarifa externa comum; 
III. Mercado comum: neste tipo de integração não são apenas as restrições 
quanto ao fluxo de mercadorias que são eliminados, mas também as 
discriminações contra o fluxo dos fatores produtivos, isto é, eliminam-se os 
empecilhos quanto à circulação de capital e mão-de-obra. 
Com relação a tais definições: 
a) somente II está correta 
b) apenas I e II estão corretas 
c) apenas II e III estão corretas 
d) apenas I e III estão corretas 
e) todas estão corretas 
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3. (Questão Inédita)- “Há uma lógica que aglutina os interesses 
que podem ser melhor ou mais facilmente promovidos no âmbito 
regional, em comparação com a esfera multilateral. Essa lógica remete 
ao número expressivo de participantes da OMC (153 membros) e à 
conseqüente heterogeneidade entre os sócios. A esse fator se soma a 
manutenção da prática do consenso no processo decisório da 
Organização e o resultado é a dificuldade brutal para a tomada de 
decisão e para o avanço das negociações comerciais. Essa 
circunstância afeta não apenas a velocidade do processo negociador, 
mas também a ambição dos compromissos que podem ser assumidos. 
Países interessados em obter resultados com mais rapidez e liberalizar 
com maior ambição se vêem estimulados a se engajarem em acordos 
regionais.” 
PRAZERES, Tatiana. A OMC e os Blocos Regionais. São Paulo: Aduaneiras, 
2008. 
Levando-se em consideração seus conhecimentos sobre a teoria da 
integração e os blocos regionais, analise os itens a seguir e atribua a 
letra (V) para as assertivas verdadeiras e a letra (F) para as falsas. Em 
seguida, marque a opção que contenha a sequência correta: 
( ) O MERCOSUL e a Comunidade Andina de Nações (CAN) têm como objetivo 
alcançar o estágio de mercado comum, o que demanda, além da livre 
circulação de bens, serviços e fatores produtivos, harmonização das políticas 
cambial, fiscal e monetária. 
( ) O NAFTA é um acordo de alcance parcial constituído no âmbito da ALADI. 
( ) A União Europeia é o bloco regional que alcançou o estágio mais avançado 
de integração, tendo unificado as políticas econômicas (cambial, fiscal e 
monetária), que são definidas por uma autoridade supranacional: o Conselho 
Europeu. 
( ) A ALADI se baseia nos princípios do pluralismo, convergência, flexibilidade, 
multiplicidade e tratamento especial e diferenciado. Os mecanismos para a 
integração no âmbito da ALADI são os acordos de alcance regional, acordo de 
alcance parcial e uma preferência tarifária regional. 
( ) Em virtude da flexibilidade dosmecanismos instituídos pela ALADI para a 
integração, essa organização internacional serve como arcabouço institucional 
para a celebração de diversos acordos de preferências tarifárias. 
a) VVFFF 
b) FFVVF 
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c) FVFFV 
d) FFFVV 
e) VFFFV 
4. (Questão Inédita) “A integração da América Latina não é apenas 
a aspiração ou o ponto de vista de alguns grupos. Não é também uma 
opção facultativa. Ela é hoje um imperativo histórico e caminho 
necessário para o desenvolvimento econômico, social e político dos 
países da região e para sua integração competitiva na economia 
mundial.” 
MONTORO, André Francisco. Perspectivas da integração latino-americana. 
Sobre a integração regional na América Latina, assinale a alternativa 
correta: 
a) As recentes adesões de Panamá e Nicarágua à ALADI demonstram a 
expansão desse bloco regional em direção à América Central, uma vez que 
estes são os dois primeiros países daquela região a integrarem o bloco 
comercial latino-americano. 
b) O Tratado de Montevidéu, marco constitutivo e regulador da ALADI, foi 
assinado em 12 de agosto de 1980 e estabelece como princípios gerais a 
cláusula da nação mais favorecida, o tratamento nacional, a transparência, a 
convergência e o tratamento especial e diferenciado. 
c) O Tratado Revisado de Chaguaramas, celebrado no âmbito do CARICOM, 
estabelece como objetivo a criação de um mercado único, visando incrementar 
os padrões de vida e de trabalho, alcançar o pleno emprego, promover o 
desenvolvimento econômico, expandir o comércio e as relações econômicas 
com terceiros Estados e incrementar o nível de competitividade internacional. 
d) O Tratado de Chaguaramas foi assinado em 1965, estabelecendo uma área 
de livre comércio entre 15 Estados da região do Caribe. 
e) A ALADI utiliza como base para a integração regional uma Tarifa Externa 
Comum (TEC), a qual, todavia, ainda não é implementada por todos os países-
membros. 
5. (Questão Inédita) Assinale a alternativa incorreta sobre o 
NAFTA: 
a) O NAFTA é um acordo trilateral que envolve EUA, Canadá e México, tendo 
sucedido o acordo de livre comércio entre EUA e Canadá, celebrado em 1988. 
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b) O NAFTA possui acordos complementares, denominados acordos laterais, 
que versam sobre questões trabalhistas e ambientais. 
c) Os defensores do NAFTA afirmam que esse acordo contribuiu para reduzir a 
pobreza e aumentar a renda real no México. Por outro lado, há aqueles que 
argumentam que a economia mexicana se tornou muito dependente dos EUA. 
d) Os Estados-parte do NAFTA não aplicam medidas de defesa comercial em 
conjunto contra terceiros países. 
e) O NAFTA tem, entre seus objetivos, a promoção de condições para uma 
competição justa na área de livre comércio e a proteção da propriedade 
intelectual. Não existem, todavia, regras para a solução de controvérsias 
comerciais entre seus integrantes. 
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GABARITO – LISTA DE QUESTÕES Nº 01 
1. E 16. E 31. E 46. C 61. E 
2. C 17. C 32. C 47. C 62. C 
3. E 18. E 33. C 48. E 63. E 
4. C 19. E 34. C 49. E 64. E 
5. E 20. E 35. E 50. E 65. E 
6. C 21. E 36. E 51. E 66. E 
7. C 22. E 37. E 52. E 67. E 
8. E 23. C 38. C 53. E 68. C 
9. E 24. E 39. E 54. E 69. E 
10. E 25. E 40. C 55. E 70. E 
11. C 26. C 41. E 56. E 71. E 
12. C 27. E 42. E 57. C 
13. C 28. E 43. C 58. E 
14. C 29. E 44. C 59. E 
15. C 30. E 45. E 60. E 
 
GABARITO – LISTA DE QUESTÕES Nº 02 
1. Letra A 4. Letra C 
2. Letra E 5. Letra E 
3. Letra D 
 
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