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Aula 03 Comércio Internacional p/ AFRFB - 2016 (com videoaulas) Professor: Ricardo Vale !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!1!∀#!23 ! AULA 03: INTEGRAÇÃO REGIONAL SUMÁRIO PÁGINA 1-Palavras Iniciais 1 - 2 2- O processo de integração regional 3 - 20 3- O Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA) 20 - 30 4- Associação Latino-Americana de Integração (ALADI) 30 - 42 5- Comunidade Andina de Nações (CAN) 42 – 47 6- Comunidade do Caribe (CARICOM) 47 - 49 7- Questões Comentadas 49 - 55 7- Lista de Questões e Gabarito 56 - 69 Olá, amigos tudo bem? Como vão os estudos? É sempre uma grande satisfação estar aqui com vocês! Espero que tudo esteja ficando claro até agora! Caso tenham dúvidas, lembro que estarei sempre à disposição! Nas duas aulas anteriores, nós comentamos sobre o sistema multilateral de comércio (administrado pela OMC) e sobre os sistemas preferenciais: SGP e SGPC. Ao estudarmos sobre a OMC, nós comentamos que um dos pilares do sistema multilateral de comércio é o princípio da não-discriminação, que se desdobra em dois outros princípios: a cláusula da nação mais favorecida e o princípio do tratamento nacional. A cláusula da nação mais favorecida está prevista no art. I do GATT e tem como objetivo evitar a discriminação entre países. Por essa cláusula, se um membro da OMC concede uma preferência tarifária a qualquer país, deverá imediata e incondicionalmente estender essa mesma preferência a todos os outros membros da OMC. Vocês estão lembrados? Ocorre que, de acordo com o art. XXIV do GATT, é possível que os países excepcionem a cláusula da nação mais favorecida no âmbito de acordos regionais de comércio. Também é possível que ela seja excepcionada com base na Cláusula de Habilitação. Com amparo nesses dois dispositivos (art. XXIV do GATT e Cláusula de Habilitação) é que ocorre o processo de integração regional. Na aula de hoje, vamos abordar os seguintes tópicos sobre integração regional: 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!4!∀#!23 “4. Integração comercial: zona de preferências tarifárias; área de livre comércio; união aduaneira. 4.1 Acordos regionais de comércio e a Organização Mundial de Comércio (OMC): o Artigo 24º do GATT; a Cláusula de Habilitação. 4.2. Integração comercial nas Américas: ALALC, ALADI, MERCOSUL, Comunidade Andina de Nações; o Acordo de Livre Comércio da América do Norte; CARICOM.” Vamos em frente! Um abraço, Ricardo Vale ricardovale@estrategiaconcursos.com.br http://www.facebook.com/rvale01 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!5!∀#!23 1- O PROCESSO DE INTEGRAÇÃO REGIONAL: 1.1- Estágios de Integração: Hoje em dia é muito comum ouvir falar em “blocos econômicos” e “processo de integração regional”. Não é para menos! Com a globalização e o aprofundamento das relações internacionais, o tema da integração econômica vem ganhando cada vez maior importância no âmbito do direito internacional público. Mas, afinal de contas, qual é o conceito de integração regional? Quando é que se falou pela primeira vez nisso? E por que os países decidiram integrar-se economicamente? Responder a essas perguntas com rigor acadêmico é algo bastante complexo, mas de uma forma bem simples, a integração regional pode ser entendida como um fenômeno por meio do qual países formam blocos econômicos regionais com o objetivo de obter desenvolvimento econômico conjunto. Para Raúl Granillo Ocampo, o processo de integração regional é um “fenômeno de interação entre Estados por meio do qual estes aumentam sua interdependência e aprofundam seu relacionamento mútuo, transformando-se de unidades previamente separadas em partes componentes de um sistema coerente.”1 Trata-se de um processo complexo, voluntário, dirigido a um fim específico e que pode se manifestar no campo econômico, social e político. O ideal integracionista não é algo recente. Ele teve sua origem no pensamento do filósofo Immanuel Kant e sua esperança de encontrar a “paz perpétua” por meio de uma federação de Estados livres ou, ainda, no pensamento de líderes como Simon Bolívar, que defendia a associação dos recém-independentes Estados latino-americanos como forma de evitar possível recolonização por parte das potências européias. Embora o ideal integracionista não seja recente, o processo de integração regional somente foi sistematizado e descrito teoricamente na década de 60, pelo economista húngaro Bela Balassa. Segundo Bela Balassa, os processos de integração regional distinguem-se em cinco estágios, os quais, ordenados em ordem crescente de integração, são os seguintes: área de livre comércio, união aduaneira, mercado comum, união econômica e integração econômica total. É fundamental que vocês guardem isso, meus amigos! 1 . OCAMPO, Raúl Granillo. Direito Internacional Público da Integração. Rio de Janeiro: Campus, 2008. pp. 21-22 ! 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!6!∀#!23 Mas o que pressupõe cada um desses estágios de integração? a) A área de livre comércio é o primeiro dos estágios de integração, isto é, o estágio que apresenta o menor nível de integração. Sua característica principal é a livre circulação de mercadorias e serviços entre os países que a integram. No âmbito de uma área de livre comércio, não há direitos aduaneiros incidentes sobre a circulação de bens. Para visualizarmos melhor como funciona esse tipo de bloco econômico, vamos a um exemplo! Imagine que três países (A, B e C) formem uma área de livre comércio. Se o país A exporta uma mercadoria para o país B, não será cobrado imposto nessa importação. Da mesma forma, se o país B exporta para o país C, não incidirá imposto de importação nessa operação. Mas será que é possível uma liberalização completa do fluxo de bens e serviços? Ou melhor: será que, para a configuração de uma área de livre comércio, é necessária uma completa liberalização do fluxo de bens e serviços? Excelente pergunta, meu amigo! A liberalização completa do fluxo de bens e serviços, mesmo em uma área de livre comércio, é algo que não existe. Mesmo no âmbito de áreas de livre comércio, é possível que os países imponham restrições à livre circulação de bens e serviços. Segundo o art. XXIV do GATT, existe uma área de livre comércio entre países quando são eliminadas tarifas e outras regulações restritivas sobre “substancialmente todo o comércio”. Definir a expressão “substancialmente todo o comércio” é uma das maiores polêmicas da literatura que trata dos acordos regionais. Para alguns países, deve-se levar em conta aspectos quantitativos (existência de um percentual de comércio coberto pelo acordo); para outros, devem ser considerados aspectos qualitativos FASES DA INTEGRAÇÃO REGIONAL (Visão de Bela Balassa) - Área de Livre Comércio - União Aduaneira - Mercado Comum - União Econômica - Integração Econômica Total Grau de Integração 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!7!∀#!23 (nenhum setor econômico deve estar de fora da abrangência do acordo).2 Em que pese estas duas correntes divergentes, não há definição sobre o tema. Até mesmoo Órgão de Apelação da OMC, quando teve a oportunidade de se manifestar sobre o assunto e definir o significado de “substancialmente todo o comércio”, ele preferiu ficar em cima do muro e não chegou a nenhuma conclusão substancial.3 Outra questão que suscita dúvidas é quanto ao tipo de restrições comerciais que podem ser mantidas no âmbito de uma área de livre comércio. Segundo o art. XXIV do GATT, “entende-se por área de livre comércio um grupo de dois ou mais territórios aduaneiros entre os quais os direitos aduaneiros e outras regulamentações restritivas das trocas comerciais (com exceção, na medida necessária, das restrições autorizadas nos termos dos artigos XI, XII, XIII, XIV, XV e XX) são eliminados para substancialmente todo o comércio.” Pela leitura desse dispositivo, percebe-se que são possíveis as seguintes restrições comerciais em virtude de um acordo regional: - Art. XI: imposição de restrições quantitativas - Art. XII: imposição de restrições em razão de déficits no Balanço de Pagamentos. - Art. XIII: obriga que as cotas sejam aplicadas de forma não- discriminatória. - Art. XIV: em virtude de déficits no Balanço de Pagamentos, admite que sejam aplicadas cotas de maneira discriminatória. - Art. XV: o cumprimento de obrigações perante o FMI pode ensejar o descumprimento de normas do GATT. - Art. XX: admite restrições comerciais para: i) proteger a segurança e a saúde de pessoas, plantas e animais; ii) para proteger a moralidade pública; iii) para proteção ambiental; etc. Aí é que entram duas perguntas: 2 PRAZERES, Tatiana. A OMC e os Blocos Regionais. São Paulo: Aduaneiras, 2008, pp. 285-286. 3 Segundo o Órgão de Apelação “substantially all the trade is not the same as all the trade, and also that substantially all the trade is something considerable more than merely some of the trade.” Em tradução livre, “substancialmente todo o comércio não é o mesmo que todo o comércio, e também ‘substancialmente todo o comércio’ é consideravelmente superior a apenas algum comércio.” 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!2!∀#!23 1) É possível a aplicação de medidas de defesa comercial (direitos antidumping, medidas compensatórias e medidas de salvaguarda) entre os membros de um bloco comercial? 2) É possível a aplicação de restrições comerciais por razões de segurança nacional? Respondendo à primeira pergunta, pela literalidade do art. XXIV, os integrantes de blocos regionais não podem aplicar entre si medidas de defesa comercial. No entanto, o que se vê na prática é que, em boa parte dos acordos regionais existentes (NAFTA e MERCOSUL, por exemplo), são aplicadas medidas de defesa comercial intrabloco. Com efeito, parte da doutrina entende que a lista de restrições definida pelo art. XXIV do GATT seria meramente exemplificativa (e não taxativa). Todavia, segundo Tatiana Prazeres, o entendimento tecnicamente mais correto seria o de que a lista de restrições do art. XXIV é taxativa (“numerus clausus”).4 Em que pese esse entendimento da ex-Secretária de Comércio Exterior, pode-se afirmar categoricamente que não há ambiente político para que seja impedida a imposição de medidas de defesa comercial entre os membros de blocos regionais. 5 Quanto à segunda pergunta, o entendimento predominante é o de que, apesar de não estar relacionada no art. XXIV, é possível a aplicação de restrições comerciais por razões de segurança nacional no interior de blocos regionais (art. XXI). Segundo a doutrina majoritária, o art. XXI do GATT representa uma exceção que se sobrepõe à lista do art. XXIV. 6 b) A união aduaneira, por sua vez, se caracteriza pela livre circulação de mercadorias e serviços entre seus integrantes e, ainda, pela harmonização da política comercial em relação a terceiros países. Assim, os países-membros desse bloco comercial estabeleceriam as mesmas regras alfandegárias em relação a terceiros não-membros. Em outras palavras, as normas de comércio exterior seriam essencialmente as mesmas em todos os países, aplicando-se, inclusive, uma Tarifa Externa Comum (TEC). Com efeito, a TEC é considerada um instrumento que materializa a existência de uma política comercial comum em relação a terceiros países. “Mas, Ricardo, o que significa dizer que as normas de comércio exterior seriam essencialmente as mesmas?” 4 !PRAZERES, Tatiana. A OMC e os Blocos Regionais. São Paulo: Aduaneiras, 2008, pp. 292-293 5 !PRAZERES, Tatiana. A OMC e os Blocos Regionais. São Paulo: Aduaneiras, 2008, pp. 295-296! 6 !PRAZERES, Tatiana. A OMC e os Blocos Regionais. São Paulo: Aduaneiras, 2008, pp. 294-295! ! 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!8!∀#!23 Excelente pergunta, meu amigo! Em uma união aduaneira ideal, é como se os países que a integram formassem um território aduaneiro único. Como formam um território aduaneiro único, as regras aplicáveis às operações de comércio exterior – classificação fiscal, valoração aduaneira, regimes aduaneiros, controle aduaneiro, tributação, etc – também deveriam ser únicas. “Ah, Ricardo, mas isso é utopia!” É, meu amigo, a formação de uma união aduaneira ideal não é realmente algo fácil! Justamente por isso, quando citamos exemplos de uniões aduaneiras – MERCOSUL e Comunidade Andina – temos que dizer que elas são consideradas uniões aduaneiras imperfeitas. O fator primordial para considerarmos que esses blocos comerciais são exemplos de uniões aduaneiras é a existência de uma Tarifa Externa Comum (TEC), que nada mais é do que uma tabela que estabelece as alíquotas do I.I para os produtos importados de terceiros países. Todavia, as imperfeições dessas uniões aduaneiras ficam visíveis quando verificamos que as normas de comércio exterior nesses países não são essencialmente unificadas e que ainda persistem inúmeras exceções à Tarifa Externa Comum (TEC). Falaremos mais à frente sobre o caso específico de cada um desses blocos comerciais. A Tarifa Externa Comum (TEC) é determinada discricionariamente pelos órgãos decisórios do bloco regional. Todavia, as regras da OMC (art. XXIV, parágrafo 5º) estabelecem que as tarifas e outras regulações de comércio impostas por ocasião da formação da união aduaneira “não podem ser mais restritivas em seu conjunto do que as restrições aplicáveis pelos seus integrantes antes da constituição do bloco regional”. c) O mercado comum é o estágio de integração que se caracteriza pela livre circulação de mercadorias e serviços, harmonização da política comercial em relação a terceiros países e, ainda, pela livre circulação dos fatores de produção. Perceba, caro amigo, que as características da união aduaneira estão presentes no mercado comum, somadas ainda à sua característica peculiar: livre circulação de fatores de produção. “Mas, Ricardo, o que seria essa tal livre circulação dos fatores de produção?” Ótima pergunta! Em primeiro lugar, precisamos saber o que são “fatores de produção”, conceito que retiramos da Bem, podemos dizer que fatores de produção são os elementos básicos utilizados na produção de bens e serviços. São considerados fatores de produção a terra, o trabalho, o capital, a capacidade empresarial e, modernamente, a tecnologia. 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!9!∀#!23 Pois bem, a livre circulação de fatores de produção (característica do mercado comum) implicaria na possibilidade de que um trabalhadorpudesse exercer suas atividades livremente em qualquer dos países do bloco. Ou ainda, que não houvesse restrições aos investimentos intrabloco, sendo possível a livre circulação de capitais. Com base nessa lógica é que se diz que, no mercado comum, estão presentes as chamadas “quatro liberdades” do mercado: livre circulação de bens, serviços, capitais e mão-de-obra. Para que seja possível a livre circulação de fatores de produção, é necessário, todavia, a harmonização das políticas previdenciária, trabalhista e de capitais entre os integrantes do bloco. Vale ressaltar que no mercado comum existirá, assim como na união aduaneira, uma harmonização da política comercial intrabloco (comércio livre de barreiras entre seus integrantes) e extrabloco (regras de comércio exterior unificadas, incluindo tributação). d) A união econômica é o quarto estágio de integração econômica, em que, além das características do mercado comum, há harmonização das políticas econômicas dos países do bloco. Quando dizemos que as políticas econômicas são harmonizadas, estamos nos referindo às políticas cambial, monetária e fiscal. Destaque-se que a literatura considera como fator essencial ao sucesso de uniões econômicas e mercados comuns a proximidade geográfica entre seus membros. Tal característica não é considerada, todavia, um diferencial importante para o sucesso de áreas de livre comércio e zonas de preferências tarifárias. e) A integração econômica total é o estágio de integração mais avançado, que se caracteriza pela unificação ou equalização das políticas econômicas de seus integrantes. Vejam, caros amigos, que, no caso da integração econômica total, não há uma simples harmonização das políticas econômicas. Estas são, ao contrário, conduzidas de forma unificada. Para que as políticas econômicas possam ser conduzidas de forma unificada, é necessário que exista um órgão supranacional com essa responsabilidade. Todavia, para que ele possa exercer tal competência, cada um dos integrantes do bloco econômico deverá abdicar de parcela de sua soberania em prol do poder central. Cabe esclarecer aqui a diferença entre “órgãos intergovernamentais” e “órgãos supranacionais”. Órgãos intergovernamentais são aqueles cujas decisões necessitam ser internalizadas ao ordenamento jurídico dos Estados para que, só então, entrem em vigor. Por outro lado, órgãos supranacionais são aqueles que emanam decisões que não precisam ser incorporadas ao ordenamento jurídico interno dos Estados para entrarem em vigor e já gozam, desde o momento em que emitidas, de eficácia e aplicabilidade imediatas. A 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!3!∀#!23 supranacionalidade pressupõe cessão de soberania em prol de um poder central; a intergovernamentabilidade pressupõe a existência de mecanismos de mera cooperação internacional. Questão interessante, que suscita largos debates doutrinários, é acerca do estágio atual de integração da União Europeia. Embora parcela da literatura considere que a U.E alcançou o estágio de “integração econômica total”, a doutrina majoritária entende que trata-se de uma união econômica e monetária.7 De nossa parte, entendemos que a União Europeia é, inegavelmente, uma união econômica e monetária, uma vez que apenas a política cambial e monetária são conduzidas de forma unificada pelo Banco Central Europeu. As políticas econômicas “latu sensu” da União Europeia são objeto de mera coordenação. Com efeito, é possível afirmar que uma das causas da recente crise econômica na U.E é a inexistência de uma política fiscal unificada, o que levou alguns países a exacerbarem seus gastos públicos. Vejamos o quadro abaixo! Estágio de Integração Características Área de Livre Comércio Livre circulação de mercadorias e serviços em relação ao substancial do comércio. União Aduaneira Livre circulação de mercadorias e serviços em relação ao substancial do comércio e política comercial comum em relação a terceiros países Mercado Comum Livre circulação de mercadorias e serviços em relação ao substancial do comércio, política comercial comum em relação a terceiros países e livre circulação dos fatores de produção União Econômica Harmonização das políticas econômicas. Integração Econômica Total Unificação das políticas econômicas Existe ainda outro tipo de acordo regional, o qual não é, todavia, enquadrado como um estágio de integração pela doutrina desenvolvida por Bela Balassa.8 Trata-se das zonas de preferências tarifárias (ou acordos de 7 !PORTELA, Paulo Henrique Gonçalves. Direito Internacional Público e Privado. Salvador: Editora Juspodium, 2009, pp. 802-803 ! 8 Embora Bela Balassa não tenha mencionado as zonas de preferências tarifárias, vários outros autores as consideram como um estágio de integração regional. Em provas de concursos públicos, devemos admitir como corretas alternativas que mencionem as ZPT’s como estágio de integração regional. 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!1:!∀#!23 preferências tarifárias). As zonas de preferências tarifárias são acordos comerciais, em que os integrantes se outorgam mutuamente preferências tarifárias (reduções do imposto de importação). Diz-se, portanto, que os integrantes desse tipo de acordo concedem entre si uma margem de preferência nas importações. Embora Bela Balassa, criador da teoria da integração regional, não tenha feito qualquer menção às zonas de preferências tarifárias, é razoável considerar que, atualmente, elas também são um estágio de integração. Assim, é plenamente possível que a ESAF considere que as zonas de preferência tarifária são o estágio menos avançado de integração. O CESPE já se posicionou nesse sentido, mas, infelizmente, a ESAF não tem nenhuma questão que nos demonstre exatamente a sua posição. Assim, o melhor posicionamento para concursos é o seguinte: 1) Se a banca examinadora fizer menção à teoria da integração de Bela Balassa, você não deve considerar as zonas de preferências tarifárias como estágio de integração. 2) Se não for feita menção a nenhum autor específico, considere as zonas de preferências tarifárias como um estágio de integração. Na medida em que há avanço do processo de liberalização comercial e as economias dos membros de um acordo regional se tornam mais integradas, faz-se necessário a coordenação de políticas macroeconômicas. Muitos economistas argumentam, inclusive, que a falta de coordenação macroeconômica no âmbito do MERCOSUL foi a grande causadora da crise econômica argentina entre 1999 e 2001. Vejamos como esse assunto pode ser cobrado em prova! 1. (AFRF-2003)- Uma união aduaneira pressupõe a livre movimentação de bens, capital e mão de- obra e a adoção de uma tarifa externa comum entre dois ou mais países. 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!11!∀#!23 Comentários: Em uma união aduaneira, não há livre circulação de capital e mão-de- obra. Essas são características de um mercado comum. Questão errada. 2. (AFRF – 2002.1 – adaptada)- O que define, essencialmente, uma área de livre comércio é a livre circulação de bens e serviços através das fronteiras. Comentários: A área de livre comércio fica caracterizada quando há livre circulação de bens e serviços em relação ao substancial do comércio. Questão correta. 3. (ACE-2002 – adaptada)- Acordos Comerciais Preferenciais são acordos nos quais Estados uniformizam o tratamentoa ser dispensado às importações oriundas de terceiros países. Comentários: O tratamento dispensado às importações oriundas de terceiros países é uniformizado em uma união aduaneira (e não em uma zona de preferências tarifárias!). Pode-se afirmar, inclusive, que, no âmbito de uma união aduaneira, existe harmonização da política comercial extrabloco. Por meio de acordos comerciais preferenciais, os países outorgam-se mutuamente preferências tarifárias. Questão errada. 4. (AFRF-2000)- Dois países, ao reduzirem suas tarifas de importação entre si ao nível mais baixo possível com vistas a uma liberalização integral do comércio recíproco dentro de dez anos, sem, entretanto, estabelecerem uma tarifa externa comum para as importações de terceiros países, pretenderam criar uma zona de livre comércio. Comentários: O estágio de integração que os países pretenderam estabelecer por meio do acordo foi uma área de livre comércio, que se caracteriza pela liberalização do fluxo de bens e serviços em relação ao substancial do comércio. Se os países tivessem, adicionalmente, estabelecido uma tarifa externa comum, teríamos uma união aduaneira. Questão correta. 5. (ACE-1997)- São Fases do Processo de Integração, em ordem crescente de complexidade: zona de livre comércio, mercado Comum, união aduaneira e união econômica. Comentários: 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!14!∀#!23 Em ordem crescente de complexidade temos: i) área de livre comércio; ii) união aduaneira; iii) mercado comum; iv) união econômica e; v) integração econômica total. Questão errada. 6. (AFTN-1996 – adaptada)- União aduaneira e mercado comum são duas formas de integração econômica regional. O que diferencia essas duas formas é a inclusão dos fatores de produção no tratamento das relações econômicas entre os países-membros. Comentários: A união aduaneira se caracteriza pela livre circulação de bens e serviços e, ainda, pela política comercial comum em relação a terceiros países. Já o mercado comum, além das características da união aduaneira, é um estágio de integração que permite a livre circulação dos fatores de produção (capital e mão-de-obra). Portanto, está correto dizer que o que diferencia a união aduaneira do mercado comum é a inclusão dos fatores de produção no tratamento das relações econômicas entre os países membros. 7. (AFRF – 2003)- Uma união aduaneira pressupõe a liberalização do comércio entre os países que a integram e a adoção de uma tarifa comum a ser aplicada às importações provenientes de terceiros países. Comentários: Essa é a exata definição de uma união aduaneira: livre circulação de bens e serviços e política comercial comum em relação a terceiros países, a qual se materializa na existência de uma tarifa externa comum. Questão correta. 8. (INMETRO – 2007)- Uniões monetárias e mercados comuns, a exemplo dos acordos de preferência comerciais e áreas de livre comércio, dispensam a vizinhança entre países, para serem bem- sucedidos. Comentários: A literatura econômica reconhece que um dos fatores para o sucesso de uniões econômicas e monetárias e mercados comuns é a proximidade geográfica entre os países. Questão errada. 9. (ACE-2001)- Em um processo de preferências comerciais diferenciadas entre dois países a tarifa externa comum a ser imposta a produtos de terceiros países deverá ser sempre a média ponderada das estruturas tarifárias dos dois países. 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!15!∀#!23 Comentários: Em uma área de preferências tarifárias, não há uma Tarifa Externa Comum (TEC). A existência de uma TEC é característica das uniões aduaneiras. Questão errada. 10. (ACE-2001)- Em um processo de preferências comerciais diferenciadas entre dois países a proximidade geográfica é condição essencial para o êxito do processo. Comentários: A proximidade geográfica não é condição essencial para o sucesso de áreas de livre comércio e de zonas de preferências tarifárias. Questão errada. 11. (ACE-2001)- Em um processo de preferências comerciais diferenciadas entre dois países haverá necessidade de alinhar as políticas macroeconômicas, no momento que as preferências negociadas compreenderem a maior parte da pauta de comércio bilateral. Comentários: Questão bastante difícil, que extrapola as características do estágio de integração regional e adentra em considerações doutrinárias sobre o tema! Digo isso porque não é características das ZPT’s a coordenação macroeconômica. Entretanto, o avanço da liberalização comercial e o aprofundamento da integração torna necessária a coordenação macroeconômica. Assim, quando as preferências tarifárias compreenderem a maior parte da pauta do comércio no interior de um bloco regional, a doutrina considera que será necessária a coordenação de políticas macroeconômicas. Questão correta. 1.2- Efeitos Econômicos da Integração Regional: Agora que já temos uma noção acerca dos estágios de integração econômica, precisamos nos aprofundar um pouco mais nos efeitos da formação de blocos econômicos regionais. Os efeitos econômicos da integração regional podem ser dinâmicos ou estáticos. Efeitos dinâmicos são os relacionados ao crescimento e desenvolvimento econômico. Efeitos estáticos, por sua vez, estão relacionados ao deslocamento geográfico da produção após a formação de um bloco regional. 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!16!∀#!23 Os efeitos dinâmicos da integração são basicamente os mesmos efeitos que parte da literatura econômica defende como decorrentes do processo de liberalização comercial. Ao nível da produção e do comércio, a formação de um bloco regional tem como efeito imediato o aumento da concorrência e a ampliação do mercado consumidor. Em virtude de os produtos circularem livremente pelos países integrantes do bloco regional, pode-se afirmar que há um aumento da oferta de bens e, consequentemente, redução dos preços. Com a redução dos preços, pode-se afirmar que há aumento do bem estar do consumidor, que passa a ter maiores possibilidades de escolha e a preços mais baixos. O aumento da concorrência entre as empresas (em virtude da eliminação de tarifas) gera ganhos de eficiência, uma vez que estas precisam, para poder se manter no mercado, desenvolver novas tecnologias e novos processos. Passa a haver, então, maiores investimentos em P & D (incentivo à inovação), o que leva ao desenvolvimento tecnológico. A integração gera também ganhos de escala (economias de escala), uma vez que as empresas terão a possibilidade de explorar um mercado consumidor ampliado. Com efeito, haverá aumento do fluxo comercial (aumento da corrente de comércio) entre os membros do acordo regional, o que permitirá a especialização da produção e, portanto, a geração de complementaridade entre as economias dos países do bloco. O fluxo de investimento estrangeiro direto (IED) também tende a aumentar, uma vez que as empresas multinacionais (transnacionais) desejarão auferir os benefícios de um mercado ampliado. Outra efeito importante da celebração de um acordo regional é que, juntos, os países-membros do acordo adquirem maior poder de negociação em nível internacional e, com isso, podem obter maiores vantagens do comércio. Vamos entender melhor! A literatura econômica aponta que um país grande é capaz de afetar os preços dos exportadores estrangeiros. É fácil chegar a essa conclusão! Um país grande possui um enorme mercado consumidor e, portanto,se impuser restrições ao comércio, os exportadores estrangeiros terão que reduzir seus preços, pois não será fácil “arranjar” um novo mercado consumidor para seus produtos. Moral da história: quando um país grande impõe uma tarifa sobre suas importações, ele piora os termos de troca (relação valor das exportações / valor das importações) dos outros países e melhora seus próprios termos de troca. Por analogia, podemos transpor esse entendimento sobre o “país grande” para um “bloco comercial”. Nesse sentido, um acordo regional (mais especificamente uma união aduaneira) tem potencial para aumentar os termos de troca dos países-membros em detrimento de terceiros 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!17!∀#!23 países. Com efeito, caso uma união aduaneira imponha uma Tarifa Externa Comum elevada, ela irá piorar os termos de troca dos países não-membros. Logicamente, a imposição de tarifas tem seus custos (são os efeitos negativos do protecionismo!). Dessa forma, faz-se necessário analisar, caso a caso, se os benefícios dos termos de troca resultantes da imposição da tarifa superam seus custos (o que poderá ocorrer em certos casos). Os efeitos estáticos da integração, por sua vez, foram estudados com grande destaque por Jacob Viner e Paul Krugman. Eles estão relacionados ao deslocamento geográfico da produção (deslocalização da produção) após a formação de um acordo regional de comércio. Mas como assim deslocamento geográfico da produção? Simples. Hoje a maior parte da produção de calçados que atende ao mercado consumidor do país A é oriunda do país X. Após a formação do acordo regional, a maior parte da produção de calçados que atende ao mercado do país A passa a vir do país Y (houve deslocamento da produção do país X para o país Y!) Esse deslocamento geográfico da produção pode gerar, segundo Viner, dois efeitos diferentes: a criação de comércio e o desvio de comércio. EFEITOS DINÂMICOS DA INTEGRAÇÃO REGIONAL - Aumento da oferta de produtos - Redução dos preços dos produtos -Aumento do bem-estar dos consumidores - Aumento da concorrência - Incentivo à inovação e desenvolvimento tecnológico - Ampliação do mercado consumidor - Ganhos de escala - Aumento da corrente de comércio - Geração de complementaridade 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!12!∀#!23 A criação de comércio ocorre quando a produção é deslocada de um local em que ela era obtida a custos maiores para um local em que ela é obtida a custos menores, o que gera ganho de bem-estar à sociedade. Suponha, por exemplo, que, antes da celebração de um acordo regional, o mercado consumidor de laranjas do país A seja atendido pelos próprios produtores domésticos. Os produtores domésticos não são tão eficientes (produzem a um custo alto), mas em virtude das tarifas incidentes sobre as laranjas importadas, acabam ganhando o mercado. Após a celebração do acordo regional e a consequente eliminação das tarifas, o mercado consumidor de laranjas do país A passa a ser atendida pelos produtores do país B. Os produtores do país B são mais eficientes (produzem a um custo menor) do que os produtores domésticos de A. Quando existiam tarifas, os produtores de laranja do país B não conseguiam ganhar mercado; quando estas foram rebaixadas, eles saíram ganhando. A produção de laranjas foi geograficamente deslocada de um local de menor eficiência (país A) para um local de maior eficiência (país B). Por outro lado, o desvio de comércio ocorre quando a produção é deslocada de um local em que ela era obtida a custos menores para um local em que ela é obtida a custos maiores, o que gera perda de bem-estar à sociedade. Imagine que, antes da celebração de um acordo regional, o mercado consumidor de automóveis do país A seja atendido pelos automóveis produzidos pelo país B. Ocorre, então, que o país A celebra um acordo regional com o país C (o país B fica de fora desse acordo!). Como resultado desse acordo, o mercado consumidor de automóveis do país A passa a ser atendido pelos automóveis produzidos pelo país C. Antes do acordo, quando o país A cobrava igualmente tarifas sobre a importação de automóveis originários de B e C, os automóveis do país B saíam ganhando, pois eram mais eficientes (produziam a um custo inferior). Após o acordo, não há mais tarifas sobre os automóveis do país C e, portanto estes saem ganhando em relação aos automóveis de B (lembre-se de que o país B ficou de fora do acordo!). Foram as tarifas reduzidas que fizeram a diferença! Houve um deslocamento geográfico da produção de um local mais eficiente (país B) para um local de menor eficiência (país C). 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!18!∀#!23 Segundo Jacob Viner, a integração regional somente será benéfica aos membros do bloco regional quando a criação de comércio prevalecer sobre o desvio de comércio. Dessa forma, nem todo acordo regional traz ganhos de bem-estar à sociedade, mas apenas aqueles em que prepondera a criação de comércio. Assim, ao celebrar um acordo regional de comércio, o país deve analisar se irá prevalecer a criação ou o desvio de comércio. 1.3- Efeitos Políticos da Integração Regional: Há diferentes visões quanto ao fenômeno do regionalismo. Parcela da literatura defende que os blocos comerciais prejudicam o multilateralismo; outra parte, argumenta que o regionalismo é instrumento que age a favor do multilateralismo. O que se observa nos últimos anos, porém, é que a proliferação dos acordos regionais de comércio notificados à OMC tem sido tão grande que passou a representar um risco aos objetivos do sistema multilateral de comércio. Com efeito, a maior parte das trocas comerciais é hoje realizada com amparo em acordos regionais (art. XXIV do GATT) e não como EFEITOS ESTÁTICOS DA INTEGRAÇÃO REGIONAL ;<=>?≅Α0ΒΧ0;Α∆Ε<;=Α0 ΒΧΦΓ=Α0ΒΧ0;Α∆Ε<;=Α0 Produção se desloca de um local de menor eficiência para um local de maior eficiência Produção se desloca de um local de maior eficiência para um local de menor eficiência 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!19!∀#!23 decorrência da cláusula da nação mais favorecida (art. I do GATT). É importante termos em mente, quanto a esse ponto, que o objetivo da OMC é a liberalização do comércio internacional em nível multilateral (e não apenas em nível regional). Percebe-se, na verdade, que o que era exceção (art. XXIV do GATT) vem se tornando uma regra no contexto do comércio internacional, o que nos permite dizer que o tema “regionalismo versus multilateralismo” precisa receber especial atenção no contexto da Rodada Doha da OMC. Segundo Tatiana Prazeres, a cláusula da nação mais favorecida, pilar central do multilateralismo, está nitidamente se transformando na cláusula da nação menos favorecida. De fato, os compromissos do regime multilateral de comércio passaram a, no atual contexto, ser o pior tratamento que um país pode receber de outro membro da OMC. 9 A solução para esse cenário parece ser a proposta de um “regionalismo aberto”, que foi originalmente elaborado pela CEPAL. Trata-se de uma visão que busca conciliar a liberalização do comércio entre os parceiros regionais com a liberalização comercial em relação a terceiros países. Para essaconcepção de regionalismo, os blocos regionais não são alternativas divergentes à liberalização do comércio em nível multilateral. Ao contrário, multilateralismo e regionalismo são alternativas complementares, isto é, os blocos regionais podem ser considerados uma etapa preparatória para a liberalização em nível multilateral. Vejamos como esses assuntos podem ser cobrados em prova! 12. (ACE-2008)- Os acordos de integração regional, tais como zonas de preferências tarifárias e mercados comuns, não somente permitem que as empresas aufiram os ganhos derivados das economias de escala propiciadas pelo aumento do mercado, mas também conduzem a aumentos de eficiência devido a maior competição entre as empresas dos países-membros. Comentários: Essa questão trata dos efeitos dinâmicos da integração regional. Ela está correta, uma vez que os acordos regionais têm como efeito o aumento 9 !PRAZERES, Tatiana. A OMC e os Blocos Regionais. São Paulo: Aduaneiras, 2008, pp. 495- 496! 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!13!∀#!23 da concorrência e aumento do mercado consumidor. A ampliação do mercado consumidor, por sua vez, é responsável pela geração de economias de escala. 13. (AFRF-2002.2) - Segundo as teorias de integração econômica, a liberalização do comércio entre um número restrito de países produz efeitos comerciais e econômicos que permitem avaliar o desempenho, desde o ponto de vista da eficiência econômica, dos acordos regionais. A esse respeito, é correto afirmar que a integração regional é economicamente benéfica se prevalecer a criação sobre o desvio de comércio e ocorrerem efeitos dinâmicos. Comentários: A criação de comércio ocorre quando há um deslocamento geográfico da produção de um local de menor eficiência econômica para um local de maior eficiência. Já o desvio de comércio ocorre quando há um deslocamento geográfico da produção de um local de maior eficiência econômica para um local de menor eficiência. Conforme comentamos anteriormente, a integração regional somente será benéfica quando a criação de comércio prevalecer sobre o desvio de comércio. Questão correta. 14. (Questão Inédita)- O desvio de comércio é um efeito estático da integração regional, ficando caracterizado quando um país passa a comprar um determinado tipo de bem de outro país, participante do acordo regional, deixando de importar este bem de um terceiro país que não faz parte do acordo, mas que antes constituía a melhor fonte de oferta do bem em questão. Comentários: Essa questão traduz exatamente o que é o desvio de comércio! Vejam que a produção foi deslocada, após a celebração de um acordo regional, do país de maior eficiência para um país de menor eficiência. O deslocamento da produção foi resultado do rebaixamento de tarifas proveniente do acordo. O “terceiro país” constituía a melhor fonte de oferta do bem (por produzir a custos mais baixos!), mas, em virtude de não participar do acordo, perdeu mercado para um país menos eficiente. Questão correta. 15. (INMETRO – 2007)- O fato de os acordos de integração regional poderem melhorar os termos de troca dos países-membros às expensas dos países não-membros, incentivando, assim, a manutenção de barreiras em relação ao resto do mundo, constitui um dos custos desses acordos. 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!4:!∀#!23 Comentários: De fato, os acordos de integração regional têm potencial para melhorar os termos de troca dos países-membros às custas dos países não-membros. Isso porque, após a celebração do acordo regional, o mercado consumidor se torna ampliado. Com isso, o bloco passa a ter potencial para influenciar o preços dos exportadores estrangeiros, por meio da imposição de tarifas. Destaque-se, todavia, que a imposição de tarifas sempre implica em custos (efeitos danosos do protecionismo). Questão correta. 16. (INMETRO – 2009)- Por representarem iniciativas de liberalização comercial, os blocos comerciais regionais não colocam em risco a consecução dos objetivos principais do sistema multilateral de comércio. Comentários: A proliferação dos acordos regionais representa um risco ao sistema multilateral de comércio, na medida em que afeta seu principal pilar: a cláusula da nação mais favorecida. Questão errada. 17. (INMETRO – 2009)- O regionalismo aberto é expressão, de caráter propositivo, da possibilidade de se harmonizar o tratamento preferencial próprio dos blocos comerciais com o impulso liberalizante no contexto do processo de globalização econômica. Comentários: O “regionalismo aberto” é uma visão que busca compatibilizar a liberalização comercial intrabloco com a liberalização comercial em relação a terceiros países. Questão correta. 18. (ACE- 2001)- Em um processo de preferências comerciais diferenciadas entre dois países, haverá criação de comércio superando sempre os desvios de comércio. Comentários: Nem sempre a criação de comércio irá superar o desvio de comércio em um bloco regional. Questão errada. 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!41!∀#!23 2- O ACORDO DE LIVRE COMÉRCIO DA AMÉRICA DO NORTE (NAFTA): 2.1- Histórico e Objetivos: O NAFTA (North American Free Trade Agreement) é um acordo regional de comércio celebrado por EUA, Canadá e México no ano de 1992, tendo entrado em vigor em 1994. As origens do NAFTA remontam à aproximação comercial entre EUA e Canadá, que deu origem em 1988 a um acordo de liberalização econômica entre os dois países. À época, o México não fazia parte desse processo de liberalização comercial, só tendo a ele aderido em agosto de 1992. Os objetivos do NAFTA estão explícitos no art. 102 de seu Tratado Constitutivo: Art. 102-Objetivos 1. Os objetivos do presente Tratado, desenvolvidos de maneira mais específica através de seus princípios e regras, incluídos os de tratamento nacional, nação mais favorecida e transparência, são os seguintes: a) eliminar obstáculos ao comércio e facilitar a circulação transfronteiriça de bens e serviços entre os territórios das Partes; b) promover condições de concorrência leal na zona de livre comércio; c) aumentar substancialmente as oportunidades de investimento nos territórios das Partes; d) proteger e fazer valer, de maneira adequada e efetiva, os direitos de propriedade intelectual no território de cada uma das Partes; e) criar procedimentos eficazes para a aplicação e cumprimento deste Tratado, para sua administração conjunta e para a solução de controvérsias; e f) estabelecer as bases para a ulterior cooperação trilateral, regional e multilateral destinada a ampliar e melhorar os benefícios deste Tratado. Analisando-se o artigo supracitado, podemos destacar os principais objetivos do NAFTA. Vale ressaltar, desde o início, que, no âmbito desse acordo, são aplicáveis princípios também presentes na normativa do sistema multilateral de comércio: o princípio do tratamento nacional, a cláusula da nação mais favorecida e o princípio da transparência. Na alínea “a”, está explícito que um dos objetivos do NAFTA é a eliminação da barreiras alfandegárias e a facilitação do fluxo de bens e serviços entre os territórios dos países participantes. Tal objetivo está em conformidade com o que se espera de uma área de livre comércio, na qual deve haver livre circulação de bens e serviços em relação ao substancial do comércio entre seus integrantes. Ressalte-se também que, no âmbitodo 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!44!∀#!23 NAFTA, não há a definição de uma política comercial comum em relação a terceiros países (o que é característica de uma união aduaneira), tampouco a livre circulação dos fatores de produção (o que seria característica de um mercado comum). Em razão do NAFTA não ser uma união aduaneira, seus membros possuem ampla autonomia para definir suas políticas comerciais e, portanto, para celebrar quaisquer outros acordos comerciais. Dessa forma, os integrantes do NAFTA não têm a obrigação de submeter aos demais signatários os acordos que celebrem. O livre comércio dentro do NAFTA ainda não abrange a totalidade dos bens e serviços. Ao lermos o texto do Tratado de Livre Comércio da América do Norte, percebemos que há inúmeras disposições que restringem o comércio de bens e serviços intrabloco. No que diz respeito ao comércio de bens, podemos verificar que ainda há, por exemplo, a possibilidade de aplicação de medidas de defesa comercial entre os integrantes do bloco. Um exemplo de restrição ao comércio de serviços na região é a existente no setor energético, segundo a qual o México reserva a si mesmo o direito de exploração e refinamento de petróleo e gás natural em seu território. Nada mais natural, considerando-se que o México é um dos maiores exportadores de petróleo do mundo e não iria querer empresas americanas ou canadenses se instalando em seu território para incrementar a concorrência. No que se refere ao comércio agrícola, este possui regras especiais no NAFTA. Com efeito, a agricultura é um tema bastante polêmico, seja no âmbito das negociações multilaterais (a Rodada Doha da OMC que o diga!), seja no âmbito de negociações regionais. No NAFTA não é diferente. Ao invés de instituir disposições únicas sobre o comércio de produtos agrícolas, os membros do NAFTA estabeleceram regras particulares aplicáveis a cada relação bilateral: México-EUA, México-Canadá e Canadá-EUA O NAFTA tem como objetivo a livre circulação de bens e serviços (e não a livre circulação de pessoas!) A alínea “b” descreve como outro objetivo do NAFTA a promoção de condições para uma competição justa na área de livre comércio. De fato, o processo de integração regional desencadeado pelo NAFTA prevê regras para evitar-se a concorrência desleal, tais como a aplicação de direitos antidumping e medidas compensatórias entre os países do bloco. Além disso, há disposições no texto do acordo que definem obrigações em matéria de política de concorrência. Apesar disso, o NAFTA reconhece a possibilidade de que as Partes mantenham ou estabeleçam empresas estatais e monopólios privados, sujeitos a certas condições. A alínea “c” prevê que um dos objetivos do NAFTA é aumentar as oportunidades de investimentos nos territórios dos Estados-partes. Quanto a esse ponto, há que se destacar que a celebração do NAFTA teve como um de 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!45!∀#!23 seus efeitos o aumento do fluxo de investimento estrangeiro direto (IED) destinado ao México. Aproveitando-se do baixo custo da mão-de-obra mexicana, diversas empresas americanas e estrangeiras se instalaram naquele país. A alínea “d” deixa claro que um dos objetivos do NAFTA é a proteção à propriedade intelectual. Segundo o acordo, cada uma das Partes concederá aos nacionais de outra Parte proteção e defesa adequada e eficazes aos direitos de propriedade intelectual, assegurando que as medidas destinadas a defender esses direitos não se convertam em obstáculos ao comércio legítimo. O NAFTA estabelece padrões mínimos de proteção à propriedade intelectual, facultando às Partes impor proteção mais ampla. Cabe destacar que, quando o NAFTA foi assinado (1992), a OMC ainda não havia sido criada e, portanto, não existiam regras sobre propriedade intelectual no âmbito do sistema multilateral de comércio. Nesse sentido, a fixação de regras sobre proteção à propriedade intelectual nesse acordo regional representa uma importante inovação e vai ao encontro dos interesses dos EUA. A alínea “e” prevê a existência de um sistema de solução de controvérsias comerciais entre os membros do NAFTA. Com efeito, o NAFTA possui diversos dispositivos que preveem a solução de controvérsias comerciais entre seus membros. Há, inclusive, disposições específicas para solução de controvérsias que envolverem a aplicação de medidas de defesa comercial. O Secretariado do NAFTA é responsável pela administração das provisões do acordo referentes à solução de controvérsias, prestando apoio administrativo durante os procedimentos que envolverem um litígio comercial. 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!46!∀#!23 O NAFTA não pode ser considerado um acordo em total conformidade com as regras da OMC, uma vez que ele admite que seus membros apliquem- se mutuamente direitos antidumping. Conforme já estudamos, segundo a doutrina majoritária, o art. XXIV do GATT não admite que os membros de uma área de livre comércio apliquem medidas antidumping e medidas compensatórias entre si. É importante também dizer que o NAFTA não conta com disciplinas relacionadas ao meio ambiente e a direitos trabalhistas. Os direitos trabalhistas são tratados em um acordo paralelo, conhecido como Acordo sobre Cooperação Trabalhista da América do Norte (NALLC). Em outro acordo, denominado Acordo de Cooperação Ambiental, há disciplinas sobre meio ambiente. Tais acordos são denominados acordos laterais e visam a complementar o NAFTA. Embora sejam outros acordos, à parte do NAFTA, é possível que seja considerada correta uma assertiva que diga que o NAFTA versa sobre questões ambientais e trabalhistas. Isso porque os acordos laterais são considerados complementares ao NAFTA. 2.2- Liberalização comercial intrabloco: O NAFTA entrou em vigor em 1994 e a liberalização comercial foi programada para ocorrer de forma progressiva e gradual, entre os três membros, dentro de um prazo de 15 anos. Os produtos foram classificados em diversas categorias diferentes, as quais deram base para um cronograma de desgravação, conforme abaixo: - Bens da Categoria A: eliminação dos direitos aduaneiros a partir de 1º de janeiro de 1994. - Bens da Categoria B: eliminação dos direitos aduaneiros em 5 (cinco) etapas anuais a partir de 1º de janeiro de 1994, até estarem livres de direitos a partir de 1º de janeiro de 1998. - Bens da Categoria C: eliminação de direitos aduaneiros em 10 (dez) etapas anuais a partir de 1º de janeiro de 1994, até estarem livres de direitos a partir de 1º de janeiro de 2003. - Bens da Categoria C+: eliminação de direitos aduaneiros em 15 (quinze) etapas anuais a partir de 1º de janeiro de 1994, até estarem livres de direitos a partir de 1º de janeiro de 2008. 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!47!∀#!23 - Bens da Categoria D: bens que continuarão a estar livres de direitos aduaneiros após o estabelecimento do NAFTA (já eram livres antes do acordo!) Dessa forma, a completa liberalização comercial foi prevista para o ano de 2008 (prazo de 15 para a liberalização comercial entre todos os países). No entanto, somente se enquadravam na categoria C+ alguns produtos bastante sensíveis. A maior parte das trocas comerciais entre EUA e México, por exemplo, já ficou livre a partir de 2003. Vejamos como esseassunto pode ser cobrado em prova! 19. (Juiz do Trabalho – TRT 5ª Região / 2006)- O Acordo de Livre Comércio da América do Norte prevê a fixação de tarifa única sobre exportação de bens entre os países signatários, bem como a criação de limitações quantitativas à importação. Comentários: Não há, no âmbito do NAFTA, uma tarifa única estabelecida sobre as exportações, tampouco a existência de restrições quantitativas à importação. Ao contrário, enquanto área de livre comércio, o NAFTA prevê a eliminação das barreiras comerciais (tarifárias e não-tarifárias) no comércio intrabloco. Questão errada. 20. (Pesquisador INPI/ 2006)- O North American Free Trade Agreement (NAFTA), além de estabelecer uma zona de livre comércio e promover a competição dentro dessa área, impõe uma política comercial externa comum para os países-membros. Comentários: O estabelecimento de uma política comercial comum em relação a terceiros países é característica de uma união aduaneira, estágio de integração não pretendido pelo NAFTA. O NAFTA estabeleceu apenas uma área de livre comércio, que pressupõe a eliminação das barreiras ao fluxo comercial intrabloco. Questão errada. 21. (AFRF-2003 - adaptada)- O NAFTA compreende a totalidade dos bens e serviços comercializados pelos três países, além de disciplinas 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!42!∀#!23 complementares relacionadas ao meio ambiente e a direitos trabalhistas. Comentários: Dois erros na questão: 1) Não há completa liberalização do comércio de bens e serviços no âmbito do NAFTA. 2) O NAFTA não conta com disciplina questões ambientais e trabalhistas. Destaque-se, todavia, que essas disciplinas estão previstas nos acordos laterais. 22. (AFRF-2003 - adaptada)- O NAFTA representa um acordo totalmente conforme à normativa da Organização Mundial do Comércio (OMC). Comentários: No âmbito do NAFTA, os países se aplicam mutuamente direitos antidumping, contrariando o art. XXIV do GATT. Dessa forma, esse acordo não está em conformidade com a normativa da OMC. Questão errada. 23. (Auditor TCU / 2006)- O Tratado Norte-Americano de Livre Comércio – North American Free Trade Agreement (NAFTA) -, que envolve Canadá, Estados Unidos da América e México, eliminou as barreiras tarifárias entre os países-membros, permitindo, porém, que esses três países sigam distintas políticas comerciais em face dos países não-membros. Comentários: O NAFTA é uma área de livre comércio e, como tal, pressupõe apenas a livre circulação de bens e serviços. Dessa forma, cada um de seus membros possui ampla autonomia para estabelecer sua própria política comercial em relação a terceiros países. Os integrantes de uma união aduaneira (e não de uma área de livre comércio!) é que estabelecem uma política comercial comum em relação a terceiros países. Questão correta. 24. (ACE – 2002 – adaptada) Por ser compatível com o Artigo XXIV do GATT, o NAFTA prevê o aprofundamento da integração econômica entre os estados-parte, evoluindo para uma união aduaneira e para a coordenação de políticas macroeconômicas, além da liberalização comercial em todos os setores das economias envolvidas. Comentários: 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!48!∀#!23 O NAFTA, conforme já comentamos, tem como objetivo apenas a formação de uma área de livre comércio. Ademais, ele não é um acordo compatível com o GATT, uma vez que prevê a possibilidade de que seus membros apliquem entre si medidas antidumping e medidas compensatórias. Questão errada. 25. (AFRF-2003 - adaptada)- O NAFTA prevê a criação de um mercado comum entre seus membros a fim de fazer frente ao projeto de integração da Comunidade Econômica Europeia. Comentários: O NAFTA consiste em uma área de livre comércio, não possuindo o objetivo de conformar um mercado comum. Questão errada. 26. (AFRF-2003 - adaptada)- O NAFTA foi precedido de acordo bilateral entre os Estados Unidos e o Canadá, o qual apresentou o primeiro grande acordo preferencial de que tomavam parte os Estados Unidos. Comentários: Previamente ao NAFTA, foi concluído um acordo de livre comércio entre Estados Unidos e Canadá no ano de 1988. Esse acordo foi o primeiro grande acordo comercial do qual os EUA fizeram parte. Questão correta. 27. (Juiz do Trabalho – TRT 1ª Região / 2010)- No NAFTA, a livre circulação de pessoas não é admitida apenas em relação ao México, ocorrendo plenamente entre os Estados Unidos da América e o Canadá. Comentários: O NAFTA, ao contrário de outros blocos regionais, não prevê a livre circulação de pessoas entre os territórios das Partes Contratantes. Uma das maiores preocupações dos EUA, por ocasião da constituição desse bloco comercial, era a de que o fluxo de imigrantes mexicanos entrando em seu território aumentasse consideravelmente. Questão errada. 28. (AFRF-2003 - adaptada)- O NAFTA prevê prazo de doze anos para a total liberalização do comércio de bens entre Estados Unidos e Canadá e de quinze para a total abertura do mercado mexicano às exportações desses dois países. Comentários: Quando foi celebrado o NAFTA, previu-se um prazo de 15 anos para a liberalização comercial entre todos os membros do bloco. Não existe esse 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!49!∀#!23 prazo de 12 anos para a liberalização do comércio entre EUA e Canadá. Questão errada. 29. (ACE-2002 - adaptada)- O Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA) prevê a expansão da integração econômica no continente, a qual teve início com a proposta do Presidente George Bush para a criação da Área de Livre Comércio das Américas, ora em negociação. Comentários: O NAFTA tem como objetivo estabelecer uma área de livre comércio entre EUA, Canadá e México, não prevendo a expansão da integração econômica para o restante do continente. A Área de Livre Comércio das Américas (ALCA) foi uma iniciativa independente do NAFTA. Questão errada. 30. (ACE – 2002 – adaptada) O NAFTA prevê que os estados-parte devem submeter aos demais signatários propostas outras de complementação econômica que se interessem em integrar, a exemplo da Iniciativa para a Bacia do Caribe, no caso dos Estados Unidos da América, e do Acordo de Livre Comércio com a União Europeia, no caso do México. Comentários: O NAFTA, enquanto área de livre comércio, permite que seus integrantes negociem acordos comerciais isoladamente. Assim, é plenamente possível que um integrante do NAFTA celebre acordos com terceiros países, sem a obrigação de submeter tais acordos aos demais integrantes. Questão errada. 31. (ACE – 2002 – adaptada)- Por ser compatível com o artigo XXIV do GATT, o NAFTA prevê a liberalização comercial em todos os setores das economias envolvidas, ainda que gradual, e a formal comunicação aos demais integrantes do GATT da intenção de se constituir um processo de integração regional. Comentários: Dois erros na questão: 1) O NAFTA não prevê a liberalização comercial em todos os setores das economias envolvidas no processo de integração. Alguns setores permaneceram à margem da liberalização, tais como o de geração de energia elétrica e exploração de petróleo e gás natural. 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!43!∀#!23 2) O NAFTA não é compatível com o art. XXIV, já que reconhece a possibilidade de que seusmembros apliquem entre si medidas antidumping e medidas compensatórias. 32. (ACE – 2002 – adaptada)- Estabelecido pela Comissão de Livre Comércio, o Secretariado do NAFTA é responsável pela administração das provisões do acordo referentes à solução de controvérsias. Comentários: De fato, o Secretariado do NAFTA é responsável pela solução de controvérsias comerciais que surjam em virtude da aplicação do acordo. Questão correta. 33. (ACE-1997 - adaptada)- O NAFTA teve como principal antecedente o Tratado de Livre Comercio entre EUA e Canadá, de 1988. Comentários: Em 1988, foi celebrado entre EUA e Canadá um Tratado de Livre Comércio, o qual é considerado o predecessor do NAFTA. Questão correta. 34. (ACE – 1997 - adaptada)- O NAFTA promove a harmonização de legislações nacionais. Comentários: Qualquer processo de integração regional implica, em certa medida, a harmonização de legislações nacionais. No âmbito de uma área de livre comércio, existe harmonização da política comercial intrazona. Em uma união aduaneira, as políticas comerciais intrazona e extrazona são harmonizadas. Já em um mercado comum, as políticas previdenciárias, trabalhistas e de capitais são harmonizadas. No âmbito do NAFTA, também há harmonização de legislações nacionais, especialmente quanto à política comercial intrabloco. Questão correta. 35. (ACE-2008)- No que diz respeito ao comércio de produtos agrícolas, as regras tarifárias previstas no âmbito do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA) aplicam-se igualmente aos países signatários desse acordo. Comentários: No que diz respeito ao comércio agrícola, o NAFTA possui regras específicas para cada relação bilateral. Questão errada. 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!5:!∀#!23 36. (AFRF 2002.1) - O Acordo de Livre Comércio da América do Norte, quando comparado ao Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), configura iniciativa mais abrangente e profunda, por envolver a livre circulação dos fatores de produção. Comentários: Na próxima aula, falaremos mais detalhadamente sobre o MERCOSUL! Por enquanto, basta sabermos que ele tem como objetivo estabelecer um mercado comum, o que pressupõe livre circulação de bens e serviços, política comercial comum em relação a terceiros países e livre circulação dos fatores de produção. O NAFTA, por sua vez, tem um objetivo bem menos ambicioso do que o MERCOSUL, almejando apenas constituir uma área de livre comércio. Dessa forma, a questão está errada. O NAFTA, quando comparado ao MERCOSUL, configura iniciativa menos abrangente e profunda, não envolvendo a livre circulação dos fatores de produção. 37. (Questão Inédita)- O NAFTA (North American Free Trade Agreement) é uma área de livre comércio estabelecida entre E.U.A, México e Canadá que tem como um de seus objetivos estabelecer o livre comércio de bens e serviços e a livre circulação de pessoas. O NAFTA tem como objetivo estabelecer a livre circulação de bens e serviços entre seus integrantes. A livre circulação de pessoas não é objetivo desse acordo regional. Questão errada. 3- ASSOCIAÇÃO LATINO-AMERICANA DE INTEGRAÇÃO (ALADI): A origem da integração regional na América Latina remonta ao período posterior à Segunda Guerra Mundial, quando começam a surgir nesse continente as primeiras idéias integracionistas. Dessa forma, na década de 50 começam a tomar forma tais ideias, que encontram suas motivações nas experiências de integração realizadas na Europa e, ainda, no pensamento da Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL). Por um lado, a partir das bem-sucedidas experiências integracionistas européias, os países latino-americanos perceberam que a melhor forma de alcançar desenvolvimento econômico conjunto seria a organização em blocos econômicos. Por outro lado, as recomendações da CEPAL eram no sentido de que os países da América Latina deveriam utilizar-se de políticas de substituição de importações (práticas protecionistas) e que o livre comércio só deveria existir em âmbito regional. 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!51!∀#!23 Assim, a partir do pensamento cepalino, cuja principal figura era o economista argentino Raúl Présbisch, surge em 1960 a ALALC (Associação Latino-Americana de Livre Comércio). A ALALC tinha como objetivo estabelecer, no longo prazo, um mercado comum, começando, todavia, com uma área de livre comércio, integrando os seguintes países: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela. Mas será que a ALALC foi uma iniciativa que deu certo? Não, amigos, a ALALC não deu muito certo! E podemos aqui assinalar diversos motivos! Em primeiro lugar, os objetivos a que se propunha a ALALC (estabelecer um mercado comum) eram demasiadamente ambiciosos, o que levou ao não-cumprimento dos compromissos assumidos pelos países que a integravam. Dessa forma, não foi possível nem mesmo formar uma área de livre comércio que englobasse os países-membros. Em segundo lugar, não foi contemplada adequadamente a diferença entre os níveis de desenvolvimento dos países envolvidos no processo de integração. Afinal de contas, não podemos nos esquecer que, mesmo dentro da América Latina, há diferenças de desenvolvimento. De um lado, há países como Brasil, Argentina e México, os quais possuem economias mais fortes; de outro, há países como Bolívia e Paraguai, que são economias menores. Em terceiro lugar, no período compreendido entre 1960 e 1980, os países envolvidos no processo de integração atravessaram momentos de grande instabilidade política, notadamente em razão das ditaduras militares. Por fim, podemos citar, ainda, como entraves ao bom funcionamento da ALALC a heterogeneidade das políticas econômicas dos países- membros, a falta de vontade política dos governos e o déficit institucional que a caracterizava (falta de flexibilidade de seus mecanismos e inexistência de órgãos supranacionais a conduzirem o processo de integração). Não tendo dado certo a ALALC, foi criada em 1980, pelo Tratado de Montevidéu a ALADI (Associação Latino-Americana de Integração), que atribuiu, explicitamente, personalidade jurídica de direito internacional a essa organização internacional. A ALADI é o mais importante fórum de negociações comerciais na América Latina, sendo constituída, atualmente, por 14 países, representantes das 3 (três) Américas: Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile, Bolívia, Equador, Peru, Venezuela, Colômbia, México, Cuba, 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!54!∀#!23 Panamá e Nicarágua10. As mais recentes adesões foram a do Panamá (2009) e da Nicarágua (2011), as quais denotam um processo de expansão do bloco em direção à América Central. Destaque-se que o Tratado de Montevidéu dispõe que a ALADI está aberta à adesão de outros países latino-americanos. A título de exemplo, Cuba, Panamá e Nicarágua não são membros originários da ALADI, tendo ingressado nessa organização internacional depois que ela foi criada. A adesão de um país à ALADI depende de decisão do Conselho de Ministros. A ALADI tem como objetivo estabelecer, no longo prazo, um mercado comum latino-americano. Para isso, todavia, é dotada de mecanismos mais flexíveis do que sua antecessora ALALC. Enquanto na ALALC os países queriam formar uma área de livre comércio que englobasse todos seus membros, no âmbito da ALADI as preferências tarifárias podem ficar restritas a um grupo de países. Em outras palavras, aALALC buscava formar uma área de livre comércio, mas estabelecia que todas as concessões tarifárias deveriam obedecer à cláusula da nação mais favorecida, aplicada em nível regional. Assim, tínhamos uma abordagem eminentemente multilateralista, a qual foi abandonada com a criação da ALADI, que passou a prever acordos restritos a alguns países. No âmbito da ALADI, os membros não precisam obedecer a cláusula da nação mais favorecida em sentido estrito. Isso significa que o MERCOSUL pode conceder uma preferência tarifária ao México sem necessitar estendê-la, por exemplo, à Comunidade Andina. Trata-se de mecanismo que dá maior flexibilidade e permite que o processo de integração regional avance. Por meio do Tratado de Montevidéu, que instituiu a ALADI, os países- membros estabeleceram uma área de preferências econômicas, composta por uma preferência tarifária regional, acordos de alcance regional e acordos de alcance parcial. Artigo 4º - Para o cumprimento das funções básicas da Associação, estabelecidas pelo artigo 2º do presente Tratado, os países-membros estabelecem uma área de preferências econômicas, composta por uma preferência tarifária regional, por acordos de alcance regional e por acordos de alcance parcial. Assim, pode-se afirmar que o Tratado de Montevidéu estabeleceu três mecanismos para a constituição de um mercado comum: 10 Cabe destacar que a adesão da Nicarágua já foi aprovada e, nesse momento, o país está na fase de cumprimento das condições para sua efetivação como membro. 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!55!∀#!23 1) Preferência Tarifária Regional (PTR): permite que os produtos originários dos países da ALADI gozem de uma preferência tarifária no comércio intrabloco. 2) Acordos de Alcance Regional: abrange a totalidade dos membros da ALADI. 3) Acordos de Alcance Parcial: abrangem apenas alguns membros da ALADI. Os acordos de alcance parcial podem ser comerciais, de complementação econômica, agropecuários, de promoção do comércio ou, ainda, adotar outras modalidades. Como exemplo de acordo de alcance parcial celebrados no âmbito da ALADI, citamos o MERCOSUL, também chamado de ACE (Acordo de Complementação Econômica) nº 18. 11 Segundo o art. 14 do Tratado de Montevidéu, os membros da ALADI poderão estabelecer normas específicas para a concertação de outras modalidades de acordos de alcance parcial. Para isso, eles levarão em consideração, entre outras matérias, a cooperação científica e tecnológica, promoção do turismo e preservação ambiental. O Tratado de Montevidéu estabelece normas gerais que regem os acordos de alcance parcial celebrados no âmbito da ALADI. São elas: - Os acordos de alcance parcial devem estar abertos à adesão de outros países-membros da ALADI. - Os acordos de alcance parcial devem ter cláusulas que proporcionem a convergência, a fim de que seus benefícios alcancem todos os países-membros. - Os acordos de alcance parcial devem ter cláusulas que prevejam tratamento especial e diferenciado aos países de menor desenvolvimento relativo. - Os acordos de alcance parcial devem ter um prazo mínimo de um ano de duração. - Os acordos de alcance parcial podem conter normas específicas em matéria de regras de origem, cláusulas de salvaguarda, restrições não- tarifárias, retirada de concessões, renegociação de concessões, denúncia, coordenação e harmonização de políticas. 11 A ALADI oferece marco jurídico para iniciativas de integração econômica de caráter sub-regional, como o Mercado Comum do Sul e a Comunidade Andina de Nações. Entretanto, segundo informações do site da ALADI, a CAN não é um acordo de alcance parcial, mas sim uma iniciativa de integração independente. 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!56!∀#!23 A ALADI não se restringe a prover o marco jurídico para acordos de integração bilaterais ou sub-regionais e supervisionar as medidas adotadas pelos membros na implementação dos acordos celebrados. A ALADI também realiza a chamada "cooperação horizontal" com outros blocos regionais e ações parciais com terceiros países em desenvolvimento ou suas respectivas áreas de integração. Vale lembrar que a ALADI não negocia em conjunto em foros internacionais, é dizer, cada país negocia isoladamente no plano internacional. Ainda sobre a ALADI, vale destacar que o Tratado de Montevidéu, em seu art. 3º, afirma que ela obedecerá aos seguintes princípios: 1) Pluralismo: O Tratado de Montevidéu reconhece a heterogeneidade política e econômica dos países-membros da ALADI. No entanto, mesmo com essas diferenças, afirma a vontade dos países latino- americanos de se integrarem. 2) Convergência / Gradualidade: A ALADI admite a existência de acordos de alcance parcial, mas reconhece que há necessidade de uma progressiva convergência. Nesse sentido, faz-se necessário que, gradualmente, as preferências antes restritas a um grupo de países (acordos de alcance parcial) sejam multilateralizadas (estendidas a todos os membros da ALADI). Tudo isso tem o objetivo de, no longo prazo, formar um mercado comum. Cabe destacar que, embora a ALADI almeje constituir um mercado comum, ela conforma, atualmente, apenas uma zona de preferências tarifárias. 3) Flexibilidade: A ALALC não logrou êxito, dentre vários motivos, pela falta de instrumentos flexíveis e pela aplicação estrita da cláusula da nação mais favorecida. Por outro lado, a ALADI admite a celebração de acordos de alcance parcial, o que denota sua flexibilidade. 4) Tratamento diferenciado: Os países de menor desenvolvimento relativo devem receber um tratamento especial e diferenciado no âmbito da ALADI, seja nos acordos de alcance regional, seja nos acordos de alcance parcial. Os membros ALADI são divididos em três categorias de países: - países de menor desenvolvimento relativo: Bolívia, Equador, Paraguai e Nicarágua. - países de desenvolvimento intermediário: Colômbia, Chile, Peru, Uruguai, Venezuela, Cuba e Panamá. - outros países: Argentina, Brasil e México. 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!57!∀#!23 5) Multiplicidade: O Tratado de Montevidéu dispõe que, para dinamizar e ampliar o mercado regional, devem existir diferentes formas de concertação entre os países. Quando é celebrado um acordo comercial, qualquer que seja seu estágio de integração, um aspecto de fundamental importância é a definição de regras de origem preferenciais. Com efeito, são as regras de origem preferenciais que impedem que bens originários de terceiros países que não fazem parte do acordo possam auferir os benefícios comerciais dele decorrentes. Na ALADI, também existem regras de origem preferenciais! Mas quais são esses requisitos de origem? São considerados originários da ALADI os produtos: i) integralmente produzidos no interior de um país membro do bloco regional, ii) obtidos a partir de processo de industrialização que lhes promova uma transformação substancial, que fica caracterizada pela ocorrência do salto tarifário (alteração nos quatro primeiros dígitos da classificação fiscal) iii) obtidos a partir de processo de industrialização que, apesar de não promover o salto tarifário, seja responsável, no mínimo, por 50% de agregação de valor regional. Cabe destacar que operações de montagem e ensamblagem não são suficientes, por si só, para atribuir origem a um produto, uma vezque não têm o condão de promover-lhes uma transformação substancial. Segundo as regras de origem da ALADI, uma operação de montagem ou 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!52!∀#!23 ensamblagem apenas irão atribuir origem a um produto quando elas permitirem uma agregação de 50% de valor regional. Vejamos como esses assuntos podem ser cobrados em prova! 38. (ATRFB-2009)- Por ter como membros países das três Américas, a ALADI constitui, no presente, o mais importante e ativo fórum de negociações comerciais regionais. Comentários: De fato, a ALADI abrange países das três Américas e constitui-se o mais ativo fórum de negociações comerciais da região. Questão correta. 39. (AFRF-2002.2) - A Associação Latino-Americana de Integração (ALADI) foi estabelecida em 1980, sucedendo à Associação Latino- Americana de Livre Comércio (ALALC). Ao longo de pouco mais de duas décadas de funcionamento, a ALADI logrou estabelecer uma área de livre comércio. Comentários: Duas informações a serem analisadas nessa questão. 1) Conforme afirma a questão, a ALADI foi a organização internacional que sucedeu a ALALC. 2) Embora a ALADI tenha o objetivo de formar um mercado comum, ela constitui, atualmente, apenas uma zona de preferências tarifárias. Pelo que comentamos, percebe-se que a questão está errada. 40. (ATRFB – 2009)- Por não se pautar pela aplicação estrita da Cláusula da Nação Mais Favorecida, a ALADI oferece marco jurídico para acordos de integração bilaterais bem como para iniciativas de integração econômica de caráter sub-regional, como o Mercado Comum do Sul e a Comunidade Andina de Nações. Comentários: Os membros da ALADI não precisam obedecer à cláusula da nação mais favorecida em sentido estrito, podendo celebrar acordos de alcance 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!58!∀#!23 parcial, isto é, acordos que compreendem apenas alguns países do bloco. O MERCOSUL é um exemplo de acordo de alcance parcial (AAP) constituído no marco da ALADI. Questão correta. 41. (AFRF-2002.1) - A Associação Latino Americana de Integração (ALADI) foi criada em 1980 com o objetivo de estabelecer, em forma gradual e progressiva, um mercado comum latino americano com base em acordos de cooperação setorial. Comentários: O Tratado de Montevidéu, com o objetivo de estabelecer no futuro um mercado comum latino-americano, criou uma área de preferências econômicas, com base em uma preferência tarifária regional, acordos de alcance regional e acordos de alcance parcial. A questão está, portanto, errada. 42. (ATRFB – 2009 - adaptada)- Os principais instrumentos para a integração concebidos no marco da ALADI são os Acordos de Complementação Econômica, os Acordos de Alcance Parcial e a Preferência Tarifária Regional. Comentários: Os instrumentos para a integração concebidos no marco da ALADI são três: Acordos de Alcance Regional, Acordos de Alcance Parcial e Preferência Tarifária Regional. Ao relacionar os acordos de complementação econômica como mecanismo para a integração no âmbito da ALADI, a assertiva incorreu em imprecisão, pois acabou listando apenas uma espécie do gênero “acordos de alcance parcial”. Ressalte-se que os acordos de alcance parcial podem ser comerciais, de complementação econômica, agropecuários, de promoção do comércio ou, ainda, adotar outras modalidades. Questão errada. 43. (ATRFB – 2009)- Criada em 1980 em substituição à Associação Latino-Americana de Livre Comércio (ALALC), a ALADI incorporou princípios e instrumentos para a integração econômica mais flexíveis que sua antecessora, abandonando a abordagem eminentemente multilateralista que marcou o processo de integração regional desde o início dos anos sessenta. Comentários: Com a criação da ALADI, surge a possibilidade de celebração de acordos de alcance parcial, de caráter sub-regional, por meio dos quais as preferências concedidas podem ficar restritas aos integrantes do acordo, sem a necessidade de extensão a todos os membros da ALADI. A abordagem 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!59!∀#!23 eminentemente multilateralista da ALALC foi, assim, abandonada. Logo, a questão está correta. 44. (ATRFB – 2009)- Em razão dos princípios da gradualidade e flexibilidade, os acordos celebrados no marco da ALADI não necessariamente devem estipular prazos para a consecução dos objetivos a que se reportam. Comentários: De fato, em razão princípios da flexibilidade e gradualismo, os acordos celebrados no âmbito da ALADI não precisam estabelecer prazos para a consecução dos objetivos a que se propõem. Questão correta. 45. (ACE-2008)-Quanto às normas de origem no âmbito da ALADI, as mercadorias elegíveis incluem aquelas fabricadas em seus territórios, incluindo as atividades de ensamblagem ou montagem, realizadas no território de um país participante utilizando materiais originários dos países participantes do acordo e de terceiros países. Comentários: As operações de montagem e ensamblagem não são suficientes para atribuir origem a um produto, uma vez que não promovem uma transformação substancial em um bem (mudança de posição tarifária / salto tarifário). Conforme estudaremos em aula futura, as mercadorias desmontadas recebem a mesma classificação fiscal das mercadorias montadas. Questão errada. 46. (Questão Inédita)- No âmbito da ALADI, os acordos de alcance parcial podem ser comerciais, de complementação econômica, agropecuários, de promoção comercial e, ainda, adotar outras modalidades, como de cooperação científica e tecnológica, promoção do turismo e preservação ambiental. Comentários: Perfeito o enunciado da questão! Os acordos de alcance parcial podem ser comerciais, de complementação econômica, agropecuários, de promoção comercial ou adotar outras modalidades. 47. (Questão Inédita)- O Tratado de Montevidéu, que instituiu a ALADI, está aberto à adesão de outros países latino-americanos. Comentários: 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!53!∀#!23 O Tratado de Montevidéu dispõe que a ALADI está aberta à adesão de outros países latino-americanos. A adesão de um país à ALADI depende de decisão do Conselho de Ministros. Questão correta. 48. (Questão Inédita)- Os acordos de alcance parcial, como a Comunidade Andina de Nações e o MERCOSUL, não precisam estar abertos à adesão de outros países integrantes da ALADI. Comentários: Os acordos de alcance parcial devem estar abertos à adesão de outros países integrantes da ALADI. Questão errada. 49. (Questão Inédita)- Segundo o Tratado de Montevidéu, os países de menor desenvolvimento devem receber um tratamento especial e diferenciado. Em razão disso, os países são divididos, no âmbito da ALADI, em duas categorias: países de desenvolvimento intermediário e países de menor desenvolvimento econômico relativo. Comentários: Um dos princípios da ALADI é o tratamento especial e diferenciado em favor dos países de menor desenvolvimento relativo. No âmbito do bloco, há três classes de países: países de menor desenvolvimento relativo (Bolívia, Equador e Paraguai), países de desenvolvimento intermediário (Colômbia, Chile, Peru, Uruguai, Venezuela e Cuba) e outros países (Argentina, Brasil e México). Questão errada. 50. (ACE-2012) A Associação Latino-Americana de Integração (ALADI) provê um foro dediscussão e negociação de temas econômicos e comerciais com vistas à formação de posições comuns nos foros negociadores internacionais. Comentários: Os membros da ALADI não adotam posições comuns nos foros negociadores internacionais. Em outras palavras, a ALADI não negocia em foros internacionais como bloco. Questão errada. 51. (ACE-2012) A Associação Latino-Americana de Integração (ALADI) alcança eminentemente temas de política comercial como tarifas, classificação de mercadorias, medidas de facilitação do comércio, salvaguardas, regras de origem e defesa da concorrência. Comentários: 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!6:!∀#!23 A ALADI não tem regras próprias sobre defesa da concorrência. Os outros temas (facilitação de comércio, classificação de mercadorias, regras de origem, salvaguardas) são tratados no âmbito da ALADI. Questão errada. 52. (ACE-2012) A Associação Latino-Americana de Integração (ALADI) se restringe a prover o marco jurídico para acordos de integração bilaterais ou sub-regionais e a supervisionar as medidas adotadas pelos países membros na implementação dos acordos celebrados no marco da Associação em matéria de cooperação econômica. Comentários: A ALADI não se restringe a prover o marco jurídico para acordos de integração bilaterais ou sub-regionais e supervisionar as medidas adotadas pelos membros na implementação dos acordos celebrados. A ALADI também realiza a chamada "cooperação horizontal" com outros blocos regionais e ações parciais com terceiros países em desenvolvimento ou suas respectivas áreas de integração. Questão errada. 53. (ACE-2012) A Associação Latino-Americana de Integração (ALADI) define-se em torno da articulação de iniciativas de cooperação financeira e monetária, de facilitação do comércio e de apoio aos países de menor desenvolvimento relativo. Comentários: Há iniciativas de cooperação financeira no âmbito da ALADI (Convênio de Pagamentos e Créditos Recíprocos). No entanto, a ALADI não se articula em torno dessas iniciativas, que têm caráter subsidiário. Questão errada. 54. (ACE-2012) A Associação Latino-Americana de Integração (ALADI) provê marco jurídico para iniciativas de integração econômica entre os países membros e uma área de preferências comerciais constituída com base na Preferência Tarifária Regional e em acordos de alcance parcial e de complementação econômica celebrados entre os países membros. Comentários: De acordo com o art. 4º do Tratado de Montevidéu, instituidor da ALADI, os mecanismos para a integração regional são a preferência tarifária regional, os acordos de alcance regional e os acordos de alcance parcial. Os acordos de complementação econômica são apenas espécie do gênero acordos de alcance parcial. Questão errada. 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!61!∀#!23 55. (ACE-2012) Apesar de haver sido expressamente denunciada no Acordo da ALALC, o Tratado de Montevidéu ainda tem relevância política para o Brasil. Comentários: O Tratado de Montevidéu (1980) criou a ALADI e substituiu o acordo constitutivo da ALALC, de 1960. Não é correto dizer que o Tratado de Montevidéu (1980) denunciou o acordo da ALALC. A denúncia é um ato unilateral por meio do qual um Estado deixa de se vincular a um tratado. De qualquer forma, do jeito que está escrita a assertiva, ficou parecendo que o acordo da ALALC é que substituiu o Tratado de Montevidéu de 1980, o que está absolutamente errado. 56. (ACE-2012) O México foi obrigado a denunciar a ALADI quando aceitou participar como membro pleno do NAFTA. Comentários: Até hoje, o México é Estado-membro da ALADI. Ele não foi obrigado a denunciar o Tratado de Montevidéu quando ingressou no NAFTA. Questão errada. 57. (ACE-2012) A ALADI estabelece uma área de preferências econômicas, composta inclusive por uma preferência tarifária regional. Comentários: A ALADI estabelece uma área de preferências econômicas, composta por uma preferência tarifária regional, acordos de alcance parcial e acordos de alcance regional. Questão correta. 58. (ACE-2012) O Canadá poderia requerer sua adesão como país membro da ALADI, na qualidade de membro originário da OEA. Comentários: A ALADI somente está aberta à adesão de países latino- americanos. Questão errada. 59. (ACE-2012) Os acordos de alcance parcial se referem exclusivamente a regras fitossanitárias para a liberalização agrícola entre os países membros da ALADI. Comentários: 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!64!∀#!23 Os acordos de alcance parcial podem ser comerciais, de complementação econômica, agropecuários, de promoção do comércio ou adotar outras formas. Assim, eles não estão limitados a regras fitossanitárias para a liberalização agrícola. Questão errada. 60. (AFRFB-2012) Após a extinção da Associação Latino-Americana de Integração (ALADI), foi criada em 1990 a Associação Latino- Americana de Livre Comércio (ALALC), com objetivos mais amplos do que a sua predecessora. Comentários: A ALADI foi criada em 1980, sucedendo a ALALC. A ALALC é que foi extinta (e não a ALADI!). Questão errada. 4- COMUNIDADE ANDINA DE NAÇÕES (CAN): As origens da Comunidade Andina de Nações (CAN) remontam ao ano de 1969, quando foi celebrado o Acordo de Cartagena por Bolívia, Equador, Peru, Colômbia e Chile. Em 1976, o Chile retirou-se do bloco. Por sua vez, a Venezuela se vinculou ao bloco em 1973, se retirando em 2006. Atualmente, são membros da Comunidade Andina de Nações (CAN) os seguintes países: Bolívia, Equador, Peru e Colômbia. Na condição de associados estão Chile, Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai. A Comunidade Andina de Nações (CAN), assim como o MERCOSUL, é uma iniciativa de integração sub-regional que tem como marco jurídico a ALADI. Destaque-se, todavia, que, ao contrário do MERCOSUL, a CAN não é um acordo de alcance parcial da ALADI, sendo iniciativa de integração regional autônoma. A Comunidade Andina tem como objetivo central a constituição de um mercado comum, destinado a promover um desenvolvimento mais acelerado, mais equilibrado e autônomo de seus integrantes. Por meio desse acordo, objetiva-se diminuir a vulnerabilidade externa e melhorar a posição dos Países membros no contexto econômico internacional, bem como reduzir as diferenças de desenvolvimento entre eles. Quando a Comunidade Andina foi criada, adotou-se um modelo de industrialização por substituição de importações. Tratava-se de um modelo eminentemente protecionista, que se utilizava de tarifas elevadas e de graves restrições ao investimento estrangeiro. Em função da globalização, na década de 90, o modelo de desenvolvimento andino alterou-se, passando a 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!65!∀#!23 existir um modelo de integração mais aberto, em que prevalece a lógica do mercado. 12 A Comunidade Andina de Nações (CAN) consiste, nos dias de hoje, em uma união aduaneira imperfeita. Isso significa que, no âmbito desse bloco comercial, há livre circulação de bens e serviços e, ainda, a aplicação de uma política comercial comum em relação a terceiros países. A livre circulação de mercadorias entre Bolívia, Equador, Colômbia e Venezuela (que na época fazia parte do bloco!) foi obtida no ano de 1993. O Peru se incorporou à área de livre comércio em 2006. Por suavez, no ano de 1995, passou a vigorar uma Tarifa Externa Comum (TEC) no âmbito da Comunidade Andina de Nações. No entanto, além da existência de Listas de Exceções elaboradas por cada país, o Peru ainda não adota a TEC. A entrada em vigor da TEC da Comunidade Andina vem sendo postergada há muito tempo. Pela Decisão 801, o prazo previsto para a entrada em vigor da TEC da Comunidade Andina seria 30/04/2015. Entretanto, mais uma vez ele não foi cumprido. Os membros da Comunidade Andina decidiram, então, revogar a Decisão 370, que havia aprovado a estrutura da TEC. Assim, hoje, a TEC da Comunidade Andina está suspensa por tempo indeterminado. Destaque- se, porém, que os membros desse bloco regional mantém o compromisso em convergir suas políticas comerciais, tendo sido criado um Grupo de Trabalho para apresentar, até 31/12/2015, um relatório sobre o tema à Comissão da Comunidade Andina. As principais instituições do Sistema Andino de Integração são as seguintes: i) o Conselho Presidencial Andino; ii) o Conselho Andino de Ministros das Relações Exteriores; iii) a Comissão da Comunidade Andina; iv) a Secretaria Geral; v) o Tribunal de Justiça e; vi) o Parlamento Andino. Dentro dessa estrutura, possuem caráter supranacional a Secretaria Geral, o Tribunal de Justiça e o Parlamento Andino. 13 O Conselho Presidencial Andino é o órgão de cúpula da CAN, sendo responsável por definir a política de integração sub-regional andina. É composto pelos Chefes de Estado dos países membros do bloco regional. O Conselho Andino de Ministros das Relações Exteriores, entre suas várias funções, é responsável por formular a política externa dos países membros do bloco regional, assim com orientar e coordenar a ação externa dos órgãos e instituições andinos. 12 ! OCAMPO, Raúl Granillo. Direito Internacional Público da Integração. Rio de Janeiro: Campus, 2008, pp. 379-380 13 OCAMPO, Raúl Granillo. Direito Internacional Público da Integração. Rio de Janeiro: Campus, 2008, pp. 379-380 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!66!∀#!23 A Comissão da Comunidade Andina é responsável por formular, executar e avaliar a política de integração em matéria de comércio e investimentos. Além disso, implementa as medidas necessárias para que sejam alcançados os objetivos integracionistas da CAN. O Parlamento Andino, por sua vez, é o órgão de natureza comunitária que representa os povos da Comunidade Andina, sendo composto por representantes eleitos pelo voto direto e universal. Segundo o art. 43 do Protocolo de Cartagena, o Parlamento Andino participa da geração normativa do bloco por meio de sugestões aos órgãos do Sistema Andino de Integração. Dessa forma, ele não possui função legislativa. O Tribunal de Justiça é o órgão jurisdicional da Comunidade Andina de Nações (CAN). Além dos Estados, as pessoas naturais e jurídicas também têm acesso direito ao Tribunal. Por último, a Secretaria Geral é o órgão executivo da Comunidade Andina. Sua função central é velar pelo cumprimento do Acordo de Cartagena e das normas que integram o ordenamento jurídico da CAN. Vejamos como esse assunto pode ser cobrado em prova! 61. (AFRF-2003)- A Comunidade Andina (CAN) foi criada no âmbito da Associação Latino-Americana de Livre Comércio (ALALC), estando, no presente, integrada por Bolívia, Chile, Equador, Peru, Colômbia e Venezuela. Comentários: Atualmente, são membros da Comunidade Andina de Nações (CAN) os seguintes países: Bolívia, Equador, Peru e Colômbia. A Venezuela se retirou da Comunidade Andina em 2006. Questão errada. 62. (Consultor Legislativo – Câmara dos Deputados / 2002)- A Comunidade Andina, ou Pacto Andino, foi criada em 1969 no intuito de fazer restrições ao capital estrangeiro. No entanto, em função do processo de globalização financeira e de integração regional, hoje está centrada na formação de um mercado comum. Comentários: 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!67!∀#!23 A Comunidade Andina, quando foi criada, adotou uma estratégia de substituição de importações e de imposição de restrições ao capital estrangeiro. Posteriormente, em virtude da globalização, ela alterou seu modelo de desenvolvimento, promovendo a liberalização dos fluxos comerciais. A Comunidade Andina é, atualmente, uma união aduaneira imperfeita, mas seu objetivo é constituir um mercado comum. Por tudo isso, entendemos que a questão está correta. A banca examinadora também a considerou correta, mas após os recursos ela foi anulada. 63. (AFRF-2003)- A Comunidade Andina (CAN) conforma uma união aduaneira, uma vez que teve sua tarifa externa comum implementada em todos os países-membros a partir de 1995. Comentários: No ano de 1995, passou a vigorar uma Tarifa Externa Comum (TEC) no âmbito da Comunidade Andina de Nações. No entanto, além da existência de Listas de Exceções elaboradas por cada país, o Peru ainda não adota a TEC. Questão errada. 64. (AFRF-2002.2 - adaptada) - O Mercado Comum do Sul e a Comunidade Andina (CAN) estão negociando a formação de uma área de livre comércio entre ambos blocos sub-regionais. Se comparada ao MERCOSUL, é correto afirmar sobre a Comunidade Andina que esta possui objetivos diferentes, alcançou nível de integração comercial menos profundo e seu arcabouço institucional é menos avançado. Comentários: À época da questão, o MERCOSUL e a Comunidade Andina de Nações (CAN) estavam em negociações para a formação de uma área de livre comércio. Esse acordo entre os dois blocos já foi celebrado (é o ACE-59, firmado no âmbito da ALADI). O MERCOSUL e a Comunidade Andina de Nações têm o mesmo objetivo (estabelecer um mercado comum) e alcançaram o mesmo estágio de integração (união aduaneira imperfeita). No entanto, do ponto de vista institucional e político, a CAN está mais avançada. Com efeito, a CAN possui instituições supranacionais, notadamente o Parlamento Andino, a Secretaria Geral e o Tribunal de Justiça. Assim, o arcabouço institucional da CAN é mais avançado que o do MERCOSUL. Questão errada. 65. (AFRF-2003)- A Comunidade Andina (CAN) contempla o livre comércio para bens e serviços entre todos os países-membros, estando a Colômbia temporariamente suspensa em razão do conflito interno que atravessa. 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!62!∀#!23 Comentários: A Colômbia não está suspensa da Comunidade Andina de Nações (CAN). No âmbito desse bloco regional, há livre circulação de bens e serviços em relação a todos os membros. Questão errada. 66. (AFRF-2003)- A Comunidade Andina (CAN) instaurou, desde 1993, uma área de livre comércio para bens da qual participam todos os países-membros, exceto o Peru que a ela está se incorporando gradualmente. Comentários: À época em que a questão foi elaborada, ela estava correta, uma vez que o Peru somente se incorporou à área de livre comércio em 2006. No entanto, considerando a realidade atual, a questão está errada. 67. (AFRF-2003)- A Comunidade Andina (CAN) conforma um mercado comum, na medida em que foram abolidas as restrições ao comércio de bens e de serviços e à movimentação dos fatores de produção. Comentários: A Comunidade Andina de Nações (CAN) ainda não conforma um mercado comum, sendo considerada, atualmente, uma união aduaneira imperfeita. Questão errada. 68. (AFRF-2002.1 - adaptada) - O que define, essencialmente, uma união aduaneira é a adoção de uma tarifa externa comum ea harmonização das políticas comerciais dos países membros. Comentários: A característica essencial de uma união aduaneira é a existência de uma política comercial comum em relação a terceiros países, a qual é materializada pela adoção de uma Tarifa Externa Comum (TEC). No âmbito de uma união aduaneira, existe harmonização das políticas comerciais intrabloco (livre circulação de bens e serviços) e extrabloco (política comercial comum em relação a terceiros países). Questão correta. 69. (Questão Inédita)- O Conselho Presidencial Andino é o órgão máximo da CAN, a ele competindo definir a política de integração sub- regional andina, assim como promover a harmonização das legislações dos países-membros do bloco regional. Comentários: 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!68!∀#!23 O Conselho Presidencial Andino é, conforme afirma a questão, o órgão de cúpula da CAN, sendo responsável por definir a política de integração sub-regional andina. No entanto, a tarefa de promover a harmonização das legislações dos países-membros do bloco regional compete ao Parlamento Andino. Questão errada. 70. (Questão Inédita)-O Parlamento Andino é órgão de natureza comunitária, dotado de competência legislativa. Comentários: Segundo o art. 43 do Protocolo de Cartagena, o Parlamento Andino participa da geração normativa do bloco por meio de sugestões aos órgãos do Sistema Andino de Integração. Ao contrário do que afirma a questão, ele não possui função legislativa. Questão errada. 71. (Questão Inédita)- Somente os Estados-membros da CAN têm acesso direto ao Tribunal de Justiça da Comunidade Andina. Comentários: As pessoas naturais e jurídicas também têm acesso direto ao Tribunal de Justiça da Comunidade Andina. Questão errada. 5- Comunidade do Caribe (CARICOM): Em 1965, foi fundada a Associação de Livre Comércio do Caribe (CARIFTA)14 pelos seguintes países: Antígua e Barbuda, Barbados, Guiana e Trinidad Tobago. No ano de 1968, a eles se juntaram Dominica, Granada, São Cristóvão e Neves, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, Monserrat e Jamaica. Em 1971, foi a vez de Belize se associar ao CARIFTA. No ano de 1973, foi assinado o Tratado de Chaguaramas, por meio do qual os países associados ao CARIFTA decidiram estabelecer um mercado comum. Até então, havia apenas uma área de livre comércio entre os países do Caribe. O objetivo passa, a partir daí, a ser também a promoção da livre circulação de fatores de produção (trabalho e capital). Surge, assim, a Comunidade do Caribe (CARICOM) como bloco de cooperação econômica e política. Atualmente, são membros do CARICOM os 15 (quinze) seguintes países: Antígua e Barbuda, Bahamas, Barbados, Belize, Dominica, Granada, Guiana, Haiti, Jamaica, Montserrat, Santa Lúcia, São Cristóvão e Neves, São Vicente e Granadinas, Suriname, Trinidad e Tobago. 14 !CARIFTA (Caribbean Free Trade Association) 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!69!∀#!23 No ano de 1989, com o objetivo de expandir a integração, os Chefes de Governo decidiram transformar o mercado comum em um mercado único. Os elementos-chaves para o estabelecimento do mercado único incluem: i) livre movimentação de mercadorias e serviços; ii) direito de estabelecimento (permitir o livre estabelecimento de empresas em qualquer dos Estados- membros do CARICOM) ; iii) tarifa externa comum; iv) livre circulação de mercadorias extrazona após a entrada em qualquer dos países do bloco; v) livre circulação de capital; vi) política comercial comum; vii) livre circulação de trabalho e ; viii) harmonização legislativa (que inclui coordenação de políticas econômicas). Para estabelecer o mercado único, todavia, o Tratado de Chaguaramas precisava ser revisado. Após anos de trabalho, foi assinada, em 2001, uma nova versão desse tratado, denominado, a partir daí, Tratado Revisado de Chaguaramas, o qual entrou em vigor em 2006. Os objetivos do CARICOM estão previstos no art. 6º do Tratado Revisado de Chaguaramas: Artigo 6º-Objetivos da Comunidade A Comunidade deverá ter os seguintes objetivos: a) aumentar os padrões de vida e de trabalho. b) alcançar o pleno emprego do trabalho e outros fatores de produção c) promover desenvolvimento econômico acelerado, coordenado e sustentável. d) expandir o comércio e as relações econômicas com terceiros Estados e) incrementar o nível de competitividade internacional f) organização para aumentar a produção e a produtividade g) alcançar maior grau de alavancagem econômica e eficácia dos Estados-membros ao lidar com terceiros Estados ou grupo de Estados. h) incrementar a coordenação das políticas externas e políticas econômicas dos Estados-membros i) incrementar a cooperação funcional, incluindo: i) operação mais eficiente de serviços comuns e atividades para o benefício de seus povos. ii) promoção acelerada de um maior entendimento entre seus povos e o avanço da sua vida social, cultural e desenvolvimento tecnológico. iii) atividades intensificadas em áreas como saúde, educação, telecomunicações e transporte. Com a entrada em vigor do Tratado Revisado de Chaguaramas, novos assuntos foram inseridos na agenda de discussões: e-commerce, compras governamentais, comércio de mercadorias provenientes de zonas francas, livre circulação de mercadorias e direitos relativos à livre circulação de pessoas. 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!63!∀#!23 O CARICOM encontra-se, atualmente, no estágio de mercado comum (com imperfeições). Entretanto, seu objetivo final (formação de um mercado único) demonstra que almeja tornar-se uma união econômica, com harmonização de políticas econômicas. QUESTÕES COMENTADAS 1. (AFC-CGU-2002) O NAFTA-Acordo de Livre Comércio da América do Norte, o Mercosul-Mercado Comum do Sul e a União Européia representam três estágios diferentes de processos de integração regional - a Área de Livre Comércio (ALC), a União Aduaneira (UA) e o Mercado Comum (MC). Entre as opções abaixo, escolha a que caracteriza corretamente um desses três conceitos. a)Uma ALC é uma forma de integração comercial entre um número qualquer de países na qual os países-membros eliminam todas as barreiras ao comércio intrabloco de bens e serviços, como tarifas e barreiras não-tarifárias. Os membros de uma UA eliminam todas as barreiras ao comércio de bens e serviços intrabloco e estabelecem uma estrutura de proteção comum para produtos e serviços produzidos por países de fora do bloco. Já os membros de um MC eliminam todas as barreiras comerciais incidentes sobre bens e serviços produzidos por países-membros do bloco, criam um conjunto uniforme de barreiras contra produtos e serviços produzidos fora do bloco e estabelecem o livre movimento de trabalho e capital entre as fronteiras nacionais. b) Uma UA é uma forma de integração comercial entre um número qualquer de países na qual os países-membros eliminam todas as barreiras ao comércio intrabloco de bens e serviços, como tarifas e barreiras não-tarifárias. Os países que compõem uma ALC eliminam todas as barreiras ao comércio de bens e serviços intrabloco e estabelecem uma estrutura de proteção comum para produtos e serviços produzidos por países de fora do bloco. Já os membros de um MC eliminam todas as barreiras comerciais incidentes sobre bens e serviços produzidos por países-membros do bloco, criam um conjunto uniforme de barreiras contra produtos e serviços produzidosfora do bloco e estabelecem o livre movimento de trabalho e capital entre as fronteiras nacionais. c) Um MC é uma forma de integração comercial entre um número qualquer de países na qual os países-membros eliminam todas as barreiras ao comércio intrabloco de bens e serviços, como tarifas e barreiras não-tarifárias. Os membros de uma UA eliminam todas as barreiras ao comércio de bens e serviços intrabloco e estabelecem uma estrutura de proteção comum para produtos e serviços produzidos por países de fora do bloco. Os membros de uma ALC eliminam todas as barreiras comerciais incidentes sobre bens e 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!7:!∀#!23 serviços produzidos por países-membros do bloco, criam um conjunto uniforme de barreiras contra produtos e serviços produzidos fora do bloco e estabelecem o livre movimento de trabalho e capital entre as fronteiras nacionais. d) Uma ALC é uma forma de integração comercial entre um número qualquer de países na qual os países-membros eliminam todas as barreiras ao comércio intrabloco de bens e serviços, como tarifas e barreiras não-tarifárias. Os membros de um MC eliminam todas as barreiras ao comércio de bens e serviços intrabloco e estabelecem uma estrutura de proteção comum para produtos e serviços produzidos por países de fora do bloco. Já os membros de uma UA eliminam todas as barreiras comerciais incidentes sobre bens e serviços produzidos por países-membros do bloco, criam um conjunto uniforme de barreiras contra produtos e serviços produzidos fora do bloco e estabelecem o livre movimento de trabalho e capital entre as fronteiras nacionais. e) Uma UA é uma forma de integração comercial entre um número qualquer de países na qual os países-membros eliminam todas as barreiras ao comércio intrabloco de bens e serviços, como tarifas e barreiras não-tarifárias. Os membros de um MC eliminam todas as barreiras ao comércio de bens e serviços intrabloco e estabelecem uma estrutura de proteção comum para produtos e serviços produzidos por países de fora do bloco. Os membros de uma ALC eliminam todas as barreiras comerciais incidentes sobre bens e serviços produzidos por países-membros do bloco, criam um conjunto uniforme de barreiras contra produtos e serviços produzidos fora do bloco e estabelecem o livre movimento de trabalho e capital entre as fronteiras nacionais. Comentários: Para resolver essa questão, precisamos saber o conceito de área de livre comércio, união aduaneira e mercado comum: 1) Área de Livre comércio: livre circulação de bens e serviços entre os membros do bloco. 2) União Aduaneira: livre circulação de bens e serviços intrabloco + política comercial comum em relação a terceiros países. 3) Mercado Comum: livre circulação de bens e serviços intrabloco + política comercial comum em relação a terceiros países + livre circulação dos fatores de produção (livre circulação de capital e mão-de-obra) A assertiva que descreve corretamente todas essas características é a letra A. 2. (ACE-TCU/2002) Sobre os modelos de integração considere as seguintes definições: 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!71!∀#!23 I. Zona de livre comércio: quando são abolidas as restrições (tarifárias e não tarifárias) entre os países, mas cada um mantém suas próprias políticas comercias vis à vis os países não membros da integração; II. União aduaneira: vai além da zona de livre comércio, pois além de suprimir as restrições quanto ao fluxo de mercadorias entre os países membros também estabelece uma política comum de discriminação deste fluxo com os países não membros, estabelecendo, por exemplo, uma tarifa externa comum; III. Mercado comum: neste tipo de integração não são apenas as restrições quanto ao fluxo de mercadorias que são eliminados, mas também as discriminações contra o fluxo dos fatores produtivos, isto é, eliminam-se os empecilhos quanto à circulação de capital e mão-de-obra. Com relação a tais definições: a) somente II está correta b) apenas I e II estão corretas c) apenas II e III estão corretas d) apenas I e III estão corretas e) todas estão corretas Comentários: A primeira assertiva está correta. Em uma zona de livre comércio, há livre circulação de mercadorias entre seus integrantes, o que se obtém pela eliminação das barreiras tarifárias e não tarifárias. A segunda assertiva está correta. Em uma união aduaneira, além da livre circulação de mercadorias, os países estabelecem uma política comercial comum em relação a terceiros países, o que se materializa na existência de uma Tarifa Externa Comum (TEC). A terceira assertiva está correta. Em um mercado comum, há livre circulação de mercadorias, estabelecimento de uma política comercial comum em relação a terceiros países e, ainda, livre circulação dos fatores de produção (capital e mão-de-obra). 3. (Questão Inédita)- “Há uma lógica que aglutina os interesses que podem ser melhor ou mais facilmente promovidos no âmbito regional, em comparação com a esfera multilateral. Essa lógica remete ao número expressivo de participantes da OMC (153 membros) e à conseqüente heterogeneidade entre os sócios. A esse fator se soma a 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!74!∀#!23 manutenção da prática do consenso no processo decisório da Organização e o resultado é a dificuldade brutal para a tomada de decisão e para o avanço das negociações comerciais. Essa circunstância afeta não apenas a velocidade do processo negociador, mas também a ambição dos compromissos que podem ser assumidos. Países interessados em obter resultados com mais rapidez e liberalizar com maior ambição se vêem estimulados a se engajarem em acordos regionais.” PRAZERES, Tatiana. A OMC e os Blocos Regionais. São Paulo: Aduaneiras, 2008. Levando-se em consideração seus conhecimentos sobre a teoria da integração e os blocos regionais, analise os itens a seguir e atribua a letra (V) para as assertivas verdadeiras e a letra (F) para as falsas. Em seguida, marque a opção que contenha a sequência correta: ( ) O MERCOSUL e a Comunidade Andina de Nações (CAN) têm como objetivo alcançar o estágio de mercado comum, o que demanda, além da livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos, harmonização das políticas cambial, fiscal e monetária. ( ) O NAFTA é um acordo de alcance parcial constituído no âmbito da ALADI. ( ) A União Europeia é o bloco regional que alcançou o estágio mais avançado de integração, tendo unificado as políticas econômicas (cambial, fiscal e monetária), que são definidas por uma autoridade supranacional: o Conselho Europeu. ( ) A ALADI se baseia nos princípios do pluralismo, convergência, flexibilidade, multiplicidade e tratamento especial e diferenciado. Os mecanismos para a integração no âmbito da ALADI são os acordos de alcance regional, acordo de alcance parcial e uma preferência tarifária regional. ( ) Em virtude da flexibilidade dos mecanismos instituídos pela ALADI para a integração, essa organização internacional serve como arcabouço institucional para a celebração de diversos acordos de preferências tarifárias. a) VVFFF b) FFVVF c) FVFFV d) FFFVV e) VFFFV 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!75!∀#!23 Comentários: A primeira assertiva está errada. O estabelecimento de um mercado não necessita de harmonização depolíticas cambial, fiscal e monetária. Isso é característica de uma união econômica. A segunda assertiva está errada. O NAFTA é um acordo independente da ALADI. Destaque-se que apenas países latino-americanos podem ser membros da ALADI. O NAFTA é um acordo que envolve EUA, Canadá e México. A terceira assertiva está errada. De fato, a União Europeia é o bloco regional que alcançou o estágio mais avançado de integração, sendo considerado uma união econômica e monetária. Todavia, na União Europeia, não há unificação de política fiscal. Destaque-se que há unificação de política cambial e monetária entre os países integrantes da “zona do euro”. A política cambial e monetária dos países da “zona do euro” é conduzida pelo Banco Central Europeu. A quarta assertiva está correta. De fato, a questão relaciona os princípios que informam a ação da ALADI. Destaque-se que a ALADI possui os seguintes mecanismos para integração: i) preferência tarifária regional; ii) acordos de alcance parcial e; iii) acordos de alcance regional. A quinta assertiva está correta. A ALADI permite a celebração, em seu âmbito, de acordos de alcance parcial. O MERCOSUL é um exemplo de acordo de alcance parcial celebrado no âmbito da ALADI. 4. (Questão Inédita) “A integração da América Latina não é apenas a aspiração ou o ponto de vista de alguns grupos. Não é também uma opção facultativa. Ela é hoje um imperativo histórico e caminho necessário para o desenvolvimento econômico, social e político dos países da região e para sua integração competitiva na economia mundial.” MONTORO, André Francisco. Perspectivas da integração latino-americana. Sobre a integração regional na América Latina, assinale a alternativa correta: a) As recentes adesões de Panamá e Nicarágua à ALADI demonstram a expansão desse bloco regional em direção à América Central, uma vez que estes são os dois primeiros países daquela região a integrarem o bloco comercial latino-americano. b) O Tratado de Montevidéu, marco constitutivo e regulador da ALADI, foi assinado em 12 de agosto de 1980 e estabelece como princípios gerais a 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!76!∀#!23 cláusula da nação mais favorecida, o tratamento nacional, a transparência, a convergência e o tratamento especial e diferenciado. c) O Tratado Revisado de Chaguaramas, celebrado no âmbito do CARICOM, estabelece como objetivo a criação de um mercado único, visando incrementar os padrões de vida e de trabalho, alcançar o pleno emprego, promover o desenvolvimento econômico, expandir o comércio e as relações econômicas com terceiros Estados e incrementar o nível de competitividade internacional. d) O Tratado de Chaguaramas foi assinado em 1965, estabelecendo uma área de livre comércio entre 15 Estados da região do Caribe. e) A ALADI utiliza como base para a integração regional uma Tarifa Externa Comum (TEC), a qual, todavia, ainda não é implementada por todos os países- membros. Comentários: Letra A: errada. Realmente, há um movimento de expansão da ALADI em direção à América Central. No entanto, Panamá e Nicarágua não foram os primeiros países da América Central a fazerem parte da ALADI. Antes disso, Cuba já integrava esse bloco regional. Letra B: errada. A cláusula da nação mais favorecida não é princípio da ALADI, uma vez que, no âmbito desse bloco regional, admite-se a celebração de acordos de alcance parcial. Letra C: correta. Esses são, de fato, os objetivos do Tratado Revisado de Chaguaramas, que é o marco normativo-institucional do CARICOM. Letra D: errada. O Tratado de Chaguaramas foi assinado em 1973, estabelecendo como objetivo a criação de um mercado comum. Antes, porém, em 1965, foi fundada a Associação de Livre Comércio do Caribe (CARIFTA). O objetivo da CARIFTA era tão-somente estabelecer uma área de livre comércio. Letra E: errada. A ALADI ainda não possui uma Tarifa Externa Comum (TEC). 5. (Questão Inédita) Assinale a alternativa incorreta sobre o NAFTA: a) O NAFTA é um acordo trilateral que envolve EUA, Canadá e México, tendo sucedido o acordo de livre comércio entre EUA e Canadá, celebrado em 1988. 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!77!∀#!23 b) O NAFTA possui acordos complementares, denominados acordos laterais, que versam sobre questões trabalhistas e ambientais. c) Os defensores do NAFTA afirmam que esse acordo contribuiu para reduzir a pobreza e aumentar a renda real no México. Por outro lado, há aqueles que argumentam que a economia mexicana se tornou muito dependente dos EUA. d) Os Estados-parte do NAFTA não aplicam medidas de defesa comercial em conjunto contra terceiros países. e) O NAFTA tem, entre seus objetivos, a promoção de condições para uma competição justa na área de livre comércio e a proteção da propriedade intelectual. Não existem, todavia, regras para a solução de controvérsias comerciais entre seus integrantes. Comentários: Letra A: correta. De fato, o NAFTA sucedeu o acordo de livre comércio celebrado em 1988 por EUA e Canadá. Letra B: correta. Os chamados “acordos laterais” ao NAFTA tratam de questões trabalhistas e ambientais. Letra C: correta. Há visões favoráveis e contra o NAFTA, as quais são bem ilustradas na assertiva. Letra D: correta. Os Estados-parte do NAFTA tem completa autonomia para aplicar medidas de defesa comercial. Não há aplicação conjunta de medidas de defesa comercial. É cada um por si! ☺ Letra E: errada. No âmbito do NAFTA, existem, sim, regras para a solução de controvérsias entre seus integrantes. 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!72!∀#!23 LISTA DE QUESTÕES Nº 01 1. (AFRF-2003)- Uma união aduaneira pressupõe a livre movimentação de bens, capital e mão de- obra e a adoção de uma tarifa externa comum entre dois ou mais países. 2. (AFRF – 2002.1 – adaptada)- O que define, essencialmente, uma área de livre comércio é a livre circulação de bens e serviços através das fronteiras. 3. (ACE-2002 – adaptada)- Acordos Comerciais Preferenciais são acordos nos quais Estados uniformizam o tratamento a ser dispensado às importações oriundas de terceiros países. 4. (AFRF-2000)- Dois países, ao reduzirem suas tarifas de importação entre si ao nível mais baixo possível com vistas a uma liberalização integral do comércio recíproco dentro de dez anos, sem, entretanto, estabelecerem uma tarifa externa comum para as importações de terceiros países, pretenderam criar uma zona de livre comércio. 5. (ACE-1997)- São Fases do Processo de Integração, em ordem crescente de complexidade: zona de livre comércio, mercado Comum, união aduaneira e união econômica. 6. (AFTN-1996 – adaptada)- União aduaneira e mercado comum são duas formas de integração econômica regional. O que diferencia essas duas formas é a inclusão dos fatores de produção no tratamento das relações econômicas entre os países-membros. 7. (AFRF – 2003)- Uma união aduaneira pressupõe a liberalização do comércio entre os países que a integram e a adoção de uma tarifa comum a ser aplicada às importações provenientes de terceiros países. 8. (INMETRO – 2007)- Uniões monetárias e mercados comuns, a exemplo dos acordos de preferência comerciais e áreas de livre comércio, dispensam a vizinhança entre países, para serem bem- sucedidos. 9. (ACE-2001)- Em um processo de preferências comerciais diferenciadas entre dois países a tarifa externa comum a ser imposta a produtos de terceiros países deverá ser sempre a média ponderadadas estruturas tarifárias dos dois países. 10. (ACE-2001)- Em um processo de preferências comerciais diferenciadas entre dois países a proximidade geográfica é condição essencial para o êxito do processo. 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!78!∀#!23 11. (ACE-2001)- Em um processo de preferências comerciais diferenciadas entre dois países haverá necessidade de alinhar as políticas macroeconômicas, no momento que as preferências negociadas compreenderem a maior parte da pauta de comércio bilateral. 12. (ACE-2008)- Os acordos de integração regional, tais como zonas de preferências tarifárias e mercados comuns, não somente permitem que as empresas aufiram os ganhos derivados das economias de escala propiciadas pelo aumento do mercado, mas também conduzem a aumentos de eficiência devido a maior competição entre as empresas dos países-membros. 13. (AFRF-2002.2) - Segundo as teorias de integração econômica, a liberalização do comércio entre um número restrito de países produz efeitos comerciais e econômicos que permitem avaliar o desempenho, desde o ponto de vista da eficiência econômica, dos acordos regionais. A esse respeito, é correto afirmar que a integração regional é economicamente benéfica se prevalecer a criação sobre o desvio de comércio e ocorrerem efeitos dinâmicos. 14. (Questão Inédita)- O desvio de comércio é um efeito estático da integração regional, ficando caracterizado quando um país passa a comprar um determinado tipo de bem de outro país, participante do acordo regional, deixando de importar este bem de um terceiro país que não faz parte do acordo, mas que antes constituía a melhor fonte de oferta do bem em questão. 15. (INMETRO – 2007)- O fato de os acordos de integração regional poderem melhorar os termos de troca dos países-membros às expensas dos países não-membros, incentivando, assim, a manutenção de barreiras em relação ao resto do mundo, constitui um dos custos desses acordos. 16. (INMETRO – 2009)- Por representarem iniciativas de liberalização comercial, os blocos comerciais regionais não colocam em risco a consecução dos objetivos principais do sistema multilateral de comércio. 17. (INMETRO – 2009)- O regionalismo aberto é expressão, de caráter propositivo, da possibilidade de se harmonizar o tratamento preferencial próprio dos blocos comerciais com o impulso liberalizante no contexto do processo de globalização econômica. 18. (ACE- 2001)- Em um processo de preferências comerciais diferenciadas entre dois países, haverá criação de comércio superando sempre os desvios de comércio. 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!79!∀#!23 19. (Juiz do Trabalho – TRT 5ª Região / 2006)- O Acordo de Livre Comércio da América do Norte prevê a fixação de tarifa única sobre exportação de bens entre os países signatários, bem como a criação de limitações quantitativas à importação. 20. (Pesquisador INPI/ 2006)- O North American Free Trade Agreement (NAFTA), além de estabelecer uma zona de livre comércio e promover a competição dentro dessa área, impõe uma política comercial externa comum para os países-membros. 21. (AFRF-2003 - adaptada)- O NAFTA compreende a totalidade dos bens e serviços comercializados pelos três países, além de disciplinas complementares relacionadas ao meio ambiente e a direitos trabalhistas. 22. (AFRF-2003 - adaptada)- O NAFTA representa um acordo totalmente conforme à normativa da Organização Mundial do Comércio (OMC). 23. (Auditor TCU / 2006)- O Tratado Norte-Americano de Livre Comércio – North American Free Trade Agreement (NAFTA) -, que envolve Canadá, Estados Unidos da América e México, eliminou as barreiras tarifárias entre os países-membros, permitindo, porém, que esses três países sigam distintas políticas comerciais em face dos países não-membros. 24. (ACE – 2002 – adaptada) Por ser compatível com o Artigo XXIV do GATT, o NAFTA prevê o aprofundamento da integração econômica entre os estados-parte, evoluindo para uma união aduaneira e para a coordenação de políticas macroeconômicas, além da liberalização comercial em todos os setores das economias envolvidas. 25. (AFRF-2003 - adaptada)- O NAFTA prevê a criação de um mercado comum entre seus membros a fim de fazer frente ao projeto de integração da Comunidade Econômica Europeia. 26. (AFRF-2003 - adaptada)- O NAFTA foi precedido de acordo bilateral entre os Estados Unidos e o Canadá, o qual apresentou o primeiro grande acordo preferencial de que tomavam parte os Estados Unidos. 27. (Juiz do Trabalho – TRT 1ª Região / 2010)- No NAFTA, a livre circulação de pessoas não é admitida apenas em relação ao México, ocorrendo plenamente entre os Estados Unidos da América e o Canadá. 28. (AFRF-2003 - adaptada)- O NAFTA prevê prazo de doze anos para a total liberalização do comércio de bens entre Estados Unidos e Canadá e de quinze para a total abertura do mercado mexicano às exportações desses dois países. 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!73!∀#!23 29. (ACE-2002 - adaptada)- O Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA) prevê a expansão da integração econômica no continente, a qual teve início com a proposta do Presidente George Bush para a criação da Área de Livre Comércio das Américas, ora em negociação. 30. (ACE – 2002 – adaptada) O NAFTA prevê que os estados-parte devem submeter aos demais signatários propostas outras de complementação econômica que se interessem em integrar, a exemplo da Iniciativa para a Bacia do Caribe, no caso dos Estados Unidos da América, e do Acordo de Livre Comércio com a União Europeia, no caso do México. 31. (ACE – 2002 – adaptada)- Por ser compatível com o artigo XXIV do GATT, o NAFTA prevê a liberalização comercial em todos os setores das economias envolvidas, ainda que gradual, e a formal comunicação aos demais integrantes do GATT da intenção de se constituir um processo de integração regional. 32. (ACE – 2002 – adaptada)- Estabelecido pela Comissão de Livre Comércio, o Secretariado do NAFTA é responsável pela administração das provisões do acordo referentes à solução de controvérsias. 33. (ACE-1997 - adaptada)- O NAFTA teve como principal antecedente o Tratado de Livre Comercio entre EUA e Canadá, de 1988. 34. (ACE – 1997 - adaptada)- O NAFTA promove a harmonização de legislações nacionais. 35. (ACE-2008)- No que diz respeito ao comércio de produtos agrícolas, as regras tarifárias previstas no âmbito do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA) aplicam-se igualmente aos países signatários desse acordo. 36. (AFRF 2002.1) - O Acordo de Livre Comércio da América do Norte, quando comparado ao Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), configura iniciativa mais abrangente e profunda, por envolver a livre circulação dos fatores de produção. 37. (Questão Inédita)- O NAFTA (North American Free Trade Agreement) é uma área de livre comércio estabelecida entre E.U.A, México e Canadá que tem como um de seus objetivos estabelecer o livre comércio de bens e serviços e a livre circulação de pessoas. 38. (ATRFB-2009)- Por ter como membros países das três Américas, a ALADI constitui, no presente, o mais importante e ativo fórum de negociações comerciais regionais. 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!2:!∀#!23 39. (AFRF-2002.2) - A Associação Latino-Americanade Integração (ALADI) foi estabelecida em 1980, sucedendo à Associação Latino- Americana de Livre Comércio (ALALC). Ao longo de pouco mais de duas décadas de funcionamento, a ALADI logrou estabelecer uma área de livre comércio. 40. (ATRFB – 2009)- Por não se pautar pela aplicação estrita da Cláusula da Nação Mais Favorecida, a ALADI oferece marco jurídico para acordos de integração bilaterais bem como para iniciativas de integração econômica de caráter sub-regional, como o Mercado Comum do Sul e a Comunidade Andina de Nações. 41. (AFRF-2002.1) - A Associação Latino Americana de Integração (ALADI) foi criada em 1980 com o objetivo de estabelecer, em forma gradual e progressiva, um mercado comum latino americano com base em acordos de cooperação setorial. 42. (ATRFB – 2009 - adaptada)- Os principais instrumentos para a integração concebidos no marco da ALADI são os Acordos de Complementação Econômica, os Acordos de Alcance Parcial e a Preferência Tarifária Regional. 43. (ATRFB – 2009)- Criada em 1980 em substituição à Associação Latino-Americana de Livre Comércio (ALALC), a ALADI incorporou princípios e instrumentos para a integração econômica mais flexíveis que sua antecessora, abandonando a abordagem eminentemente multilateralista que marcou o processo de integração regional desde o início dos anos sessenta. 44. (ATRFB – 2009)- Em razão dos princípios da gradualidade e flexibilidade, os acordos celebrados no marco da ALADI não necessariamente devem estipular prazos para a consecução dos objetivos a que se reportam. 45. (ACE-2008)-Quanto às normas de origem no âmbito da ALADI, as mercadorias elegíveis incluem aquelas fabricadas em seus territórios, incluindo as atividades de ensamblagem ou montagem, realizadas no território de um país participante utilizando materiais originários dos países participantes do acordo e de terceiros países. 46. (Questão Inédita)- No âmbito da ALADI, os acordos de alcance parcial podem ser comerciais, de complementação econômica, agropecuários, de promoção comercial e, ainda, adotar outras modalidades, como de cooperação científica e tecnológica, promoção do turismo e preservação ambiental. 47. (Questão Inédita)- O Tratado de Montevidéu, que instituiu a ALADI, está aberto à adesão de outros países latino-americanos. 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!21!∀#!23 48. (Questão Inédita)- Os acordos de alcance parcial, como a Comunidade Andina de Nações e o MERCOSUL, não precisam estar abertos à adesão de outros países integrantes da ALADI. 49. (Questão Inédita)- Segundo o Tratado de Montevidéu, os países de menor desenvolvimento devem receber um tratamento especial e diferenciado. Em razão disso, os países são divididos, no âmbito da ALADI, em duas categorias: países de desenvolvimento intermediário e países de menor desenvolvimento econômico relativo. 50. (ACE-2012) A Associação Latino-Americana de Integração (ALADI) provê um foro de discussão e negociação de temas econômicos e comerciais com vistas à formação de posições comuns nos foros negociadores internacionais. 51. (ACE-2012) A Associação Latino-Americana de Integração (ALADI) alcança eminentemente temas de política comercial como tarifas, classificação de mercadorias, medidas de facilitação do comércio, salvaguardas, regras de origem e defesa da concorrência. 52. (ACE-2012) A Associação Latino-Americana de Integração (ALADI) se restringe a prover o marco jurídico para acordos de integração bilaterais ou sub-regionais e a supervisionar as medidas adotadas pelos países membros na implementação dos acordos celebrados no marco da Associação em matéria de cooperação econômica. 53. (ACE-2012) A Associação Latino-Americana de Integração (ALADI) define-se em torno da articulação de iniciativas de cooperação financeira e monetária, de facilitação do comércio e de apoio aos países de menor desenvolvimento relativo. 54. (ACE-2012) A Associação Latino-Americana de Integração (ALADI) provê marco jurídico para iniciativas de integração econômica entre os países membros e uma área de preferências comerciais constituída com base na Preferência Tarifária Regional e em acordos de alcance parcial e de complementação econômica celebrados entre os países membros. 55. (ACE-2012) Apesar de haver sido expressamente denunciada no Acordo da ALALC, o Tratado de Montevidéu ainda tem relevância política para o Brasil. 56. (ACE-2012) O México foi obrigado a denunciar a ALADI quando aceitou participar como membro pleno do NAFTA. 57. (ACE-2012) A ALADI estabelece uma área de preferências econômicas, composta inclusive por uma preferência tarifária regional. 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!24!∀#!23 58. (ACE-2012) O Canadá poderia requerer sua adesão como país membro da ALADI, na qualidade de membro originário da OEA. 59. (ACE-2012) Os acordos de alcance parcial se referem exclusivamente a regras fitossanitárias para a liberalização agrícola entre os países membros da ALADI. 60. (AFRFB-2012) Após a extinção da Associação Latino-Americana de Integração (ALADI), foi criada em 1990 a Associação Latino- Americana de Livre Comércio (ALALC), com objetivos mais amplos do que a sua predecessora. 61. (AFRF-2003)- A Comunidade Andina (CAN) foi criada no âmbito da Associação Latino-Americana de Livre Comércio (ALALC), estando, no presente, integrada por Bolívia, Chile, Equador, Peru, Colômbia e Venezuela. 62. (Consultor Legislativo – Câmara dos Deputados / 2002)- A Comunidade Andina, ou Pacto Andino, foi criada em 1969 no intuito de fazer restrições ao capital estrangeiro. No entanto, em função do processo de globalização financeira e de integração regional, hoje está centrada na formação de um mercado comum. 63. (AFRF-2003)- A Comunidade Andina (CAN) conforma uma união aduaneira, uma vez que teve sua tarifa externa comum implementada em todos os países-membros a partir de 1995. 64. (AFRF-2002.2 - adaptada) - O Mercado Comum do Sul e a Comunidade Andina (CAN) estão negociando a formação de uma área de livre comércio entre ambos blocos sub-regionais. Se comparada ao MERCOSUL, é correto afirmar sobre a Comunidade Andina que esta possui objetivos diferentes, alcançou nível de integração comercial menos profundo e seu arcabouço institucional é menos avançado. 65. (AFRF-2003)- A Comunidade Andina (CAN) contempla o livre comércio para bens e serviços entre todos os países-membros, estando a Colômbia temporariamente suspensa em razão do conflito interno que atravessa. 66. (AFRF-2003)- A Comunidade Andina (CAN) instaurou, desde 1993, uma área de livre comércio para bens da qual participam todos os países-membros, exceto o Peru que a ela está se incorporando gradualmente. 67. (AFRF-2003)- A Comunidade Andina (CAN) conforma um mercado comum, na medida em que foram abolidas as restrições ao comércio de bens e de serviços e à movimentação dos fatores de produção. 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!25!∀#!23 68. (AFRF-2002.1 - adaptada) - O que define, essencialmente, uma união aduaneira é a adoção de uma tarifa externa comum e a harmonização das políticas comerciais dos países membros. 69. (Questão Inédita)- O Conselho Presidencial Andino é o órgão máximo da CAN, a ele competindo definir a política de integração sub- regional andina, assim como promover a harmonização das legislações dos países-membros do bloco regional. 70. (Questão Inédita)-O Parlamento Andino é órgão de natureza comunitária,dotado de competência legislativa. 71. (Questão Inédita)- Somente os Estados-membros da CAN têm acesso direto ao Tribunal de Justiça da Comunidade Andina. 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!26!∀#!23 LISTA DE QUESTÕES Nº 02 1. (AFC-CGU-2002) O NAFTA-Acordo de Livre Comércio da América do Norte, o Mercosul-Mercado Comum do Sul e a União Européia representam três estágios diferentes de processos de integração regional - a Área de Livre Comércio (ALC), a União Aduaneira (UA) e o Mercado Comum (MC). Entre as opções abaixo, escolha a que caracteriza corretamente um desses três conceitos. a)Uma ALC é uma forma de integração comercial entre um número qualquer de países na qual os países-membros eliminam todas as barreiras ao comércio intrabloco de bens e serviços, como tarifas e barreiras não-tarifárias. Os membros de uma UA eliminam todas as barreiras ao comércio de bens e serviços intrabloco e estabelecem uma estrutura de proteção comum para produtos e serviços produzidos por países de fora do bloco. Já os membros de um MC eliminam todas as barreiras comerciais incidentes sobre bens e serviços produzidos por países-membros do bloco, criam um conjunto uniforme de barreiras contra produtos e serviços produzidos fora do bloco e estabelecem o livre movimento de trabalho e capital entre as fronteiras nacionais. b) Uma UA é uma forma de integração comercial entre um número qualquer de países na qual os países-membros eliminam todas as barreiras ao comércio intrabloco de bens e serviços, como tarifas e barreiras não-tarifárias. Os países que compõem uma ALC eliminam todas as barreiras ao comércio de bens e serviços intrabloco e estabelecem uma estrutura de proteção comum para produtos e serviços produzidos por países de fora do bloco. Já os membros de um MC eliminam todas as barreiras comerciais incidentes sobre bens e serviços produzidos por países-membros do bloco, criam um conjunto uniforme de barreiras contra produtos e serviços produzidos fora do bloco e estabelecem o livre movimento de trabalho e capital entre as fronteiras nacionais. c) Um MC é uma forma de integração comercial entre um número qualquer de países na qual os países-membros eliminam todas as barreiras ao comércio intrabloco de bens e serviços, como tarifas e barreiras não-tarifárias. Os membros de uma UA eliminam todas as barreiras ao comércio de bens e serviços intrabloco e estabelecem uma estrutura de proteção comum para produtos e serviços produzidos por países de fora do bloco. Os membros de uma ALC eliminam todas as barreiras comerciais incidentes sobre bens e serviços produzidos por países-membros do bloco, criam um conjunto uniforme de barreiras contra produtos e serviços produzidos fora do bloco e estabelecem o livre movimento de trabalho e capital entre as fronteiras nacionais. d) Uma ALC é uma forma de integração comercial entre um número qualquer de países na qual os países-membros eliminam todas as barreiras ao comércio intrabloco de bens e serviços, como tarifas e barreiras nãotarifárias. Os membros de um MC eliminam todas as barreiras ao comércio de bens e serviços intrabloco e estabelecem uma estrutura de proteção comum para 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!27!∀#!23 produtos e serviços produzidos por países de fora do bloco. Já os membros de uma UA eliminam todas as barreiras comerciais incidentes sobre bens e serviços produzidos por países-membros do bloco, criam um conjunto uniforme de barreiras contra produtos e serviços produzidos fora do bloco e estabelecem o livre movimento de trabalho e capital entre as fronteiras nacionais. e) Uma UA é uma forma de integração comercial entre um número qualquer de países na qual os países-membros eliminam todas as barreiras ao comércio intrabloco de bens e serviços, como tarifas e barreiras não-tarifárias. Os membros de um MC eliminam todas as barreiras ao comércio de bens e serviços intrabloco e estabelecem uma estrutura de proteção comum para produtos e serviços produzidos por países de fora do bloco. Os membros de uma ALC eliminam todas as barreiras comerciais incidentes sobre bens e serviços produzidos por países-membros do bloco, criam um conjunto uniforme de barreiras contra produtos e serviços produzidos fora do bloco e estabelecem o livre movimento de trabalho e capital entre as fronteiras nacionais. 2. (ACE-TCU/2002) Sobre os modelos de integração considere as seguintes definições: I. Zona de livre comércio: quando são abolidas as restrições (tarifárias e não tarifárias) entre os países, mas cada um mantém suas próprias políticas comercias vis à vis os países não membros da integração; II. União aduaneira: vai além da zona de livre comércio, pois além de suprimir as restrições quanto ao fluxo de mercadorias entre os países membros também estabelece uma política comum de discriminação deste fluxo com os países não membros, estabelecendo, por exemplo, uma tarifa externa comum; III. Mercado comum: neste tipo de integração não são apenas as restrições quanto ao fluxo de mercadorias que são eliminados, mas também as discriminações contra o fluxo dos fatores produtivos, isto é, eliminam-se os empecilhos quanto à circulação de capital e mão-de-obra. Com relação a tais definições: a) somente II está correta b) apenas I e II estão corretas c) apenas II e III estão corretas d) apenas I e III estão corretas e) todas estão corretas 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!22!∀#!23 3. (Questão Inédita)- “Há uma lógica que aglutina os interesses que podem ser melhor ou mais facilmente promovidos no âmbito regional, em comparação com a esfera multilateral. Essa lógica remete ao número expressivo de participantes da OMC (153 membros) e à conseqüente heterogeneidade entre os sócios. A esse fator se soma a manutenção da prática do consenso no processo decisório da Organização e o resultado é a dificuldade brutal para a tomada de decisão e para o avanço das negociações comerciais. Essa circunstância afeta não apenas a velocidade do processo negociador, mas também a ambição dos compromissos que podem ser assumidos. Países interessados em obter resultados com mais rapidez e liberalizar com maior ambição se vêem estimulados a se engajarem em acordos regionais.” PRAZERES, Tatiana. A OMC e os Blocos Regionais. São Paulo: Aduaneiras, 2008. Levando-se em consideração seus conhecimentos sobre a teoria da integração e os blocos regionais, analise os itens a seguir e atribua a letra (V) para as assertivas verdadeiras e a letra (F) para as falsas. Em seguida, marque a opção que contenha a sequência correta: ( ) O MERCOSUL e a Comunidade Andina de Nações (CAN) têm como objetivo alcançar o estágio de mercado comum, o que demanda, além da livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos, harmonização das políticas cambial, fiscal e monetária. ( ) O NAFTA é um acordo de alcance parcial constituído no âmbito da ALADI. ( ) A União Europeia é o bloco regional que alcançou o estágio mais avançado de integração, tendo unificado as políticas econômicas (cambial, fiscal e monetária), que são definidas por uma autoridade supranacional: o Conselho Europeu. ( ) A ALADI se baseia nos princípios do pluralismo, convergência, flexibilidade, multiplicidade e tratamento especial e diferenciado. Os mecanismos para a integração no âmbito da ALADI são os acordos de alcance regional, acordo de alcance parcial e uma preferência tarifária regional. ( ) Em virtude da flexibilidade dosmecanismos instituídos pela ALADI para a integração, essa organização internacional serve como arcabouço institucional para a celebração de diversos acordos de preferências tarifárias. a) VVFFF b) FFVVF 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!28!∀#!23 c) FVFFV d) FFFVV e) VFFFV 4. (Questão Inédita) “A integração da América Latina não é apenas a aspiração ou o ponto de vista de alguns grupos. Não é também uma opção facultativa. Ela é hoje um imperativo histórico e caminho necessário para o desenvolvimento econômico, social e político dos países da região e para sua integração competitiva na economia mundial.” MONTORO, André Francisco. Perspectivas da integração latino-americana. Sobre a integração regional na América Latina, assinale a alternativa correta: a) As recentes adesões de Panamá e Nicarágua à ALADI demonstram a expansão desse bloco regional em direção à América Central, uma vez que estes são os dois primeiros países daquela região a integrarem o bloco comercial latino-americano. b) O Tratado de Montevidéu, marco constitutivo e regulador da ALADI, foi assinado em 12 de agosto de 1980 e estabelece como princípios gerais a cláusula da nação mais favorecida, o tratamento nacional, a transparência, a convergência e o tratamento especial e diferenciado. c) O Tratado Revisado de Chaguaramas, celebrado no âmbito do CARICOM, estabelece como objetivo a criação de um mercado único, visando incrementar os padrões de vida e de trabalho, alcançar o pleno emprego, promover o desenvolvimento econômico, expandir o comércio e as relações econômicas com terceiros Estados e incrementar o nível de competitividade internacional. d) O Tratado de Chaguaramas foi assinado em 1965, estabelecendo uma área de livre comércio entre 15 Estados da região do Caribe. e) A ALADI utiliza como base para a integração regional uma Tarifa Externa Comum (TEC), a qual, todavia, ainda não é implementada por todos os países- membros. 5. (Questão Inédita) Assinale a alternativa incorreta sobre o NAFTA: a) O NAFTA é um acordo trilateral que envolve EUA, Canadá e México, tendo sucedido o acordo de livre comércio entre EUA e Canadá, celebrado em 1988. 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!29!∀#!23 b) O NAFTA possui acordos complementares, denominados acordos laterais, que versam sobre questões trabalhistas e ambientais. c) Os defensores do NAFTA afirmam que esse acordo contribuiu para reduzir a pobreza e aumentar a renda real no México. Por outro lado, há aqueles que argumentam que a economia mexicana se tornou muito dependente dos EUA. d) Os Estados-parte do NAFTA não aplicam medidas de defesa comercial em conjunto contra terceiros países. e) O NAFTA tem, entre seus objetivos, a promoção de condições para uma competição justa na área de livre comércio e a proteção da propriedade intelectual. Não existem, todavia, regras para a solução de controvérsias comerciais entre seus integrantes. 68486822173 !∀#∃%&∋∀()∗+,%∗−&∋∀∗−.(/0(1232456789 :,∀%∋−(,(;<,=+>,=( ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(∆(1<.−(7Ε ?%∀≅Α(3∋&−%Β∀(Χ−.,(((((((((((((((((((!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!23!∀#!23 GABARITO – LISTA DE QUESTÕES Nº 01 1. E 16. E 31. E 46. C 61. E 2. C 17. C 32. C 47. C 62. C 3. E 18. E 33. C 48. E 63. E 4. C 19. E 34. C 49. E 64. E 5. E 20. E 35. E 50. E 65. E 6. C 21. E 36. E 51. E 66. E 7. C 22. E 37. E 52. E 67. E 8. E 23. C 38. C 53. E 68. C 9. E 24. E 39. E 54. E 69. E 10. E 25. E 40. C 55. E 70. E 11. C 26. C 41. E 56. E 71. E 12. C 27. E 42. E 57. C 13. C 28. E 43. C 58. E 14. C 29. E 44. C 59. E 15. C 30. E 45. E 60. E GABARITO – LISTA DE QUESTÕES Nº 02 1. Letra A 4. Letra C 2. Letra E 5. Letra E 3. Letra D 68486822173