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MINHAS METAS
ATUAÇÃO NO COMÉRCIO EXTERIOR
Observar nas situações cotidianas quando o comércio exterior é utilizado.
Descrever o que é comércio exterior e suas formas.
Entender a importância do comércio exterior para uma empresa, país e seus cidadãos.
Identificar vantagens de exportação e importação para a competitividade dos negócios.
Descrever as principais funções dos acordos comerciais internacionais.
Conhecer a fonte das estatísticas oficiais brasileiras de comércio exterior sobre trocas
comerciais com outros países.
Formular uma proposta de vantagens e oportunidades na exportação e importação para
um plano de negócios.
Commodities são bens denominados dessa forma, pois são mais padronizados e similares em alguns atributos, como tamanho, qualidade, safra, entre outros. Dessa forma, milho, café e petróleo, por exemplo, são commodities, enquanto calçados, veículos e celulares dificilmente serão considerados como tal um dia, pois se diferenciam em qualidade, marca, durabilidade etc. Os tão variados atributos tornam sua negociação mais complexa, por exemplo, a análise de se a marca do produto em questão é forte, se a qualidade do produto e o seu preço são condizentes, entre muitos outros aspectos que existem em cada setor.
Com o avanço da tecnologia, entretanto, novos produtos e serviços são comercializados e, com a era da informação, a globalização passa a ser um mecanismo fundamental para os negócios internacionais. Observamos o estreitamento das relações entre países ou empresas nas últimas décadas, e que a concorrência se tornou mais intensa, pois empresas multinacionais se instalaram no nosso país e a competição, bem como a cooperação com as empresas locais ficou mais presente no nosso dia a dia. Uma multinacional possui filiais ou subsidiárias ou empresas controladas pelo grupo econômico em diversos países. Dessa forma, sendo dona dessas companhias, toma decisões e usufrui de vantagens comparativas – isto é, a eficiência relativa de cada país com que pode produzir certos bens ou serviços – e vantagens competitivas – que se referem à competência da empresa em conquistar e manter clientes (HITT; IRELAND; HOSKISSON, 2022)
A globalização é frequentemente associada ao aumento do comércio exterior. É o processo pelo qual as empresas ou outras organizações desenvolvem influência internacional ou começam a operar em escala internacional (BAUMANN, 2022).
Ademais, as cadeias de suprimento globais, que são redes internacionais criadas pelas empresas para otimizar a produção e a distribuição de bens, predominam na economia internacional. Elas frequentemente envolvem a fabricação de componentes em diferentes países, em que os custos de produção são menores. Enquanto a produção mundial cresceu seis vezes nos últimos 40 anos, os fluxos comerciais cresceram 12 (GREMAUD; SILBER; VASCONCELLOS, 2017).
O comércio exterior é fundamental para a economia global, pois permite que as nações aproveitem suas vantagens comparativas. Resumindo, trata-se de uma atividade comercial internacional de compra e venda de produtos e serviços. Vamos analisar de perto esses dois fluxos, compra e venda, em que a compra é denominada importação e a venda, exportação. Vantagens de comércio exterior O comércio exterior é toda transação comercial que envolve a compra, venda e transferência de bens e serviços em nível internacional. Dessa forma, as mercadorias que cruzam a fronteira são consideradas importadas ou exportadas, mesmo aquelas que entram por um período breve e retornam, como é o caso de quadros para uma exposição de arte, carros que vão participar de corridas de Fórmula 1 ou equipamentos que irão receber manutenção ou conserto em outro país e retornar para o cliente.
O comércio internacional facilita a troca de bens e serviços entre diferentes países. A exportação e a importação são dois componentes fundamentais desse sistema. Juntos, exportação e importação promovem a diversificação econômica, estimulam o crescimento econômico e facilitam a troca cultural e tecnológica global. Vantagens na importação A importação é o processo de adquirir produtos ou serviços de outros países para uso ou venda dentro das fronteiras nacionais. Empresas, indivíduos e o governo são os agentes típicos que realizam essas aquisições, que são vitais para a dinâmica do comércio global. Importar permite que um país obtenha bens que, talvez, não consiga produzir localmente de maneira eficaz ou econômica. A importação oferece várias vantagens tanto para empresas quanto para economias como um todo. Algumas das principais vantagens incluem (KEEGAN; GREEN, 2013):
Além de promover as trocas comerciais com outros países, os governos se preocupam com importações e, por isso, controlam os produtos que entram no país, por meio de cobrança de taxas e impostos. Vamos imaginar uma situação na qual uma população inteira de um país consuma somente produtos importados e nada produz internamente. De onde viriam empregos e renda a essas pessoas? Cientes disso, os governos compreendem que uma política nacional industrial deve considerar a geração de empregos e renda. Veremos, aqui, alguns exemplos práticos de produtos importados. Com esses casos, refletiremos sobre se o Brasil precisa realmente importar tais bens ou se poderia produzi-los internamente. A globalização é uma realidade presente em nosso cotidiano e a prática de importação desempenha um papel fundamental nesse cenário. Diversos exemplos ilustram como as nações se interconectam por meio da importação, trazendo benefícios e desafios. Um dos setores mais evidentes é o de produtos de tecnologia, em que países, como o Brasil, podem importar equipamentos eletrônicos avançados de nações como a China e os Estados Unidos. Essa troca não apenas proporciona acesso a tecnologias de ponta, mas também fomenta relações comerciais internacionais. Outro ponto relevante é a importação de combustíveis, especialmente por países sem reservas substanciais. Essas nações frequentemente recorrem a outras com grandes reservas petrolíferas para suprir tal demanda crucial. No contexto automotivo, veículos de diversas origens, como norte-americanos, europeus, japoneses ou coreanos, chegam ao Brasil, destacando a diversidade desse mercado. No âmbito agrícola, muitos países importam produtos específicos, incapazes de serem cultivados localmente devido a restrições climáticas ou geográficas. O Brasil, como potência agrícola, desempenha um papel vital ao fornecer alimentos para o mundo. Além de bens tangíveis, serviços profissionais também são objeto de importação. Empresas buscam, muitas vezes, expertise em tecnologia da informação de países como a Índia, aproveitando não apenas a especialização, mas também a relação custo-benefício. O setor têxtil ilustra como a importação pode impactar a indústria local. Muitas nações optam por importar roupas de países com mão de obra mais barata. No Brasil, o comércio eletrônico proporciona aos consumidores acesso a roupas mais acessíveis, gerando desafios para a competitividade nacional nesse setor. Outro aspecto crítico é a importação de fármacos, especialmente por países sem capacidade de produção. O Brasil, por exemplo, enfrenta o desafio de diversificar seus fornecedores, uma vez que uma parcela significativa dos insumos farmacêuticos provém da China e da Índia. A pandemia de covid-19 ressaltou a importância de garantir a disponibilidade contínua desses insumos. Portanto, a prática de importar não apenas expande a oferta de produtos e serviços, mas também impulsiona a eficiência econômica e a especialização entre os países, promovendo uma interdependência que define a dinâmica contemporânea. Vantagens na exportação Vamos definir primeiramente que exportação é a saída de qualquer produto (bens e serviços) do território aduaneiro, em definitivo ou por prazo determinado, a título gratuito ou oneroso. Exportar é uma alternativa estratégica de crescimento de uma empresa, na medida em que estimula a eficiência. Sendo assim, por que podemos afirmar que se uma empresa começa a exportar ela se torna maiseficiente, ou seja, se torna mais produtiva, passa a oferecer mais qualidade e serviços aos seus clientes? Costuma-se entender que quando uma empresa brasileira está oferecendo seus produtos ao mundo, ela obtém retorno dos seus clientes se o produto é bom, o que precisa ser melhorado, assim, a empresa se esforçará para melhorar sempre. Ela passa a competir com as melhores do mundo. Assim, esse aumento da competitividade provoca o aparecimento de bens e serviços cada vez melhores, estabelecendo uma relação intrínseca entre aquele que produz e aquele que consome, que resulta num constante aprimoramento por parte do produtor para a conquista do consumidor. São pressupostos básicos para as empresas realmente competitivas a produtividade, a qualidade e a satisfação do cliente. É a saída de
Em primeiro lugar, a exportação reduz a dependência do mercado interno, e a diversificação de mercados representa um precioso fator de estabilidade e crescimento harmônico. Para exportar um produto, entretanto, é necessário que ele tenha não só uma boa qualidade como também um preço competitivo. A retração das vendas internas, ainda que possa ser considerada outro fator de condução das empresas à exportação, isoladamente, não deve ser razão suficiente para que a empresa decida investir no mercado internacional. Nesse caso, a tendência predominante é a de que a empresa deixe de exportar tão logo o mercado interno se estabilize. Não é demais lembrar que a exportação, além de ser um investimento, é um compromisso. Listamos, a seguir, algumas vantagens da exportação (MINERVINI, 2012; HITT; IRELAND; HOSKISSON, 2022): VOCÊ SABE RESPONDER? Você sabe por que as empresas decidem vender para outros países? ATRAÇÃO DE CLIENTES INTERNACIONAIS Produtos atrativos podem capturar a atenção de consumidores estrangeiros, resultando em novos pedidos para a empresa. MAIORES LUCROS A valorização cambial e a maior apreciação do produto em mercados externos podem levar a preços de venda mais altos e maiores lucros.
TROCAS COMERCIAIS ENTRE PAÍSES As estatísticas de comércio exterior são cruciais para compreender as trocas comerciais entre países, oferecendo insights sobre importações, exportações, balança comercial e tendências econômicas globais. Esses dados revelam não apenas o volume e o valor dos bens e serviços transacionados, mas também a dinâmica das relações econômicas internacionais, refletindo acordos comerciais, barreiras tarifárias e mudanças na demanda global. Ao analisar essas estatísticas, governos e empresas podem identificar oportunidades de mercado, avaliar a competitividade dos seus produtos e serviços e ajustar suas estratégias de comércio exterior para melhor posicionarem-se no cenário global, enfrentando desafios como flutuações cambiais, protecionismo e evolução das cadeias de suprimentos internacionais.
O Comex Vis é uma plataforma avançada que oferece acesso a uma ampla gama de estatísticas oficiais brasileiras sobre comércio exterior. Essa ferramenta permite aos usuários consultar, de maneira detalhada e atualizada, dados sobre exportações, importações, balança comercial, mercados de destino, produtos comercializados e muito mais. Com uma interface intuitiva e recursos de visualização de dados, o Comex Vis facilita a análise das tendências comerciais do Brasil, ajudando empresas, pesquisadores e formuladores de políticas públicas a tomar decisões informadas. A disponibilidade dessas estatísticas oficiais é essencial para compreender a posição do Brasil no comércio global, avaliar o desempenho de setores específicos e identificar oportunidades de crescimento e desenvolvimento econômico
As estatísticas de exportação brasileira desempenham um papel fundamental na análise econômica do país, refletindo sua capacidade de inserção nos mercados globais e a competitividade de seus setores produtivos. Abrangendo uma diversidade de produtos, desde commodities agrícolas, como soja e café, até manufaturados e semimanufaturados, esses dados evidenciam os principais destinos das exportações brasileiras, como China, Estados Unidos e países da União Europeia, além de revelar tendências, desafios e oportunidades no comércio exterior. A análise dessas estatísticas ajuda a compreender a evolução da economia brasileira, os impactos de acordos comerciais e políticas de exportação, bem como serve de base para estratégias que visam ampliar a participação do Brasil no comércio internacional, diversificar a pauta exportadora e promover o desenvolvimento sustentável.
A balança comercial do Brasil, que mede a diferença entre exportações e importações de bens e serviços do país, é um indicador fundamental da saúde econômica e das políticas comerciais brasileiras. Historicamente, o Brasil tem apresentado superávits comerciais, refletindo a forte presença de commodities agrícolas, minerais e produtos manufaturados em seu portfólio de exportação. Esses superávits contribuem para a estabilidade econômica e a geração de renda no país. No entanto, a balança comercial também é influenciada por fatores globais, como flutuações nos preços das commodities, demanda internacional, variações cambiais e políticas comerciais internacionais. Analisar a balança comercial do Brasil oferece insights valiosos sobre a competitividade do país no mercado global, a diversificação de sua economia e as áreas potenciais para políticas de incentivo à exportação e desenvolvimento industrial.
As estatísticas de exportação brasileira desempenham um papel fundamental na análise econômica do país, refletindo sua capacidade de inserção nos mercados globais e a competitividade de seus setores produtivos. Abrangendo uma diversidade de produtos, desde commodities agrícolas, como soja e café, até manufaturados e semimanufaturados, esses dados evidenciam os principais destinos das exportações brasileiras, como China, Estados Unidos e países da União Europeia, além de revelar tendências, desafios e oportunidades no comércio exterior. A análise dessas estatísticas ajuda a compreender a evolução da economia brasileira, os impactos de acordos comerciais e políticas de exportação, bem como serve de base para estratégias que visam ampliar a participação do Brasil no comércio internacional, diversificar a pauta exportadora Principais acordos internacionais do comércio exterior O comércio internacional é moldado por uma gama de fatores econômicos, políticos e jurídicos, sendo governado por legislações tanto nacionais quanto internacionais, além de acordos entre países, tanto bilaterais quanto multilaterais. No Brasil, a Receita Federal é responsável pela regulamentação e fiscalização dos procedimentos aduaneiros. Contudo, existem entidades internacionais significativas que supervisionam as normas do comércio global, das quais as mais notórias incluem (ALMEIDA; LENZA, 2022): ■ Organização Mundial do Comércio (OMC) – estabelecida em 1995, é a principal entidade internacional que coordena o comércio entre países. A OMC visa assegurar que o comércio ocorra de forma livre, previsível e segura. Ela define e mantém as regras do comércio global, bem como atua como plataforma para solucionar disputas comerciais entre nações. O Brasil é membro fundador da OMC e participa ativamente de negociações multilaterais, visando à diminuição de barreiras comerciais. ■ Câmara de Comércio Internacional (CCI) – fundada em 1919, com sede em Paris, a CCI objetiva fomentar o comércio internacional, os investimentos e a livre circulação de bens, serviços e capitais. Ela atua na defesa dos interesses de seus membros junto a organizações internacionais e entidades reguladoras dos diversos países, estabelecendo regras comuns para todos os associados. A CCI é reconhecida por criar os INCOTERMS, termos comerciais que, apesar de opcionais, são amplamente utilizados nas negociações cotidianas.
e promover o desenvolvimento sustentável.
Entidades multilaterais, como a Organização Mundial do Comércio, em conjunto com blocos econômicos regionais e acordos de livre comércio, são fundamentais na facilitação do comércio globale na resolução de conflitos comerciais. Os acordos comerciais visam garantir o desenvolvimento equilibrado das trocas entre os países, com base em regras definidas para todas as relações. Identificaremos, agora, os principais acordos e blocos internacionais que o Brasil participa (BRASIL, 2024):

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