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1 PATOLOGIA-LAIANE Acalasia INTRODUÇÃO A lepra (ou hanseníase) é uma doença infectocontagiosa crónica causada por mycobacterium leprae ou bacilo de Han- sen e Mycobacterium lepromatosis, que afeta fundamentalmente a pele e os nervos periféricos. É uma das patologias mais antigas do mundo, era presente antes de Cristo e uma curiosidade é que era descrita na bíblia com um sentido pejorativo pois in- dicava impureza e isso se deve a de- formidade que deixava essa doença nas pessoas. O Mycobacterium leprae é um bacilo ál- cool-ácido resistente (BAAR), fraca- mente gram-positivo e que se cora em vermelho pelo método Ziehl-Neelsen, visualizado na baciloscopia de esfregaço intradérmico ou amostra de tecido. E essa bactéria tem uma replicação muito lenta, como a da tuberculose, e por isso leva um tempo mais amplo para a pes- soa desenvolver mesmo a doença. ETIOLOGIA O contágio é através da inalação desse microrganismos, ai invade a mucosa na- sal, vai para os brônquios e esse passa para os al- véolos e ai são recrutados pelos macrófagos e ai vão para via linfá- tica aos gânglios que vão tentar eliminar, mas ai avança para aos nervos periféricos e pele. Quando chega na pele e nos nervos, ele induz a ativação imunológica que vai ten- tar eliminar essa bactéria. Inalação-> leva de 2 a 7 anos o período de latência. Tem alguma literaturas que dizem que só depois de uns 40 anos que ela se desenvolve, e isso também vai depender da imunidade do paciente. LESÕES NA PELE ● Lesões hipocrômicas / eritemato- sas ● Máculas bem delimitadas ou mal delimitadas ● Perda de cabelo em lesão ● Destruição dos anexos ● Xeroderma ● Alteração de sensibilidade . . 2 PATOLOGIA-LAIANE LESÃO DE NERVOS PERIFÉRICOS • O que pode ter é neurites que é inflamação dos nervos. • Nas fibras sensitivas pode ser dolorosa, e perder a parte tér- mica ou tátil também. • Nas fibras motoras pode haver perda de função, e há uma atro- fia muscular o que deixa de ter sua função. • Vai ter efeito nas fibras autonô- micas(parte de sudoração). TRANSMISSÃO O mecanismo de transmissão ainda não está esclarecido. Acredita-se que ocorra, em especial, por via respiratória, pelo contato direto e prolongado de indi- víduo bacilífero com indivíduo suscetível. O M. leprae tem alta infectividade e baixa patogenicidade, ou seja, infecta muitas pessoas, mas apenas poucas adoecem por tratar- -se de bacilo pouco tóxico. Forma indeterminada Considerada forma inicial da doença, ca- racteriza-se por máculas hipocrômicas ou eritematosas, mal delimitadas, po- dendo apresentar discreta diminuição da sensibilidade, redução da sudorese e/ou do crescimento de pelos (Figura 1). Todos os pacientes passam por essa fase no início da doença, entretanto, ela pode ser ou não perceptível. -> pele-lesão hipo/hipercrômica ->Neural- hipo/hiperestesia, sem lesão do tronco neural e alteração na sensibi- lidade sem mácula. A sensibilidade neural que se perde em ordem é: temperatura, dor, táctil LEPRA LEPROMATOSA É a forma mais contagiosa da doença. A anamnese e o exame físico são funda- mentais para sua suspeita, uma vez que os sinais e sintomas podem ser discre- tos. As lesões podem ser difusas ou nodular e, em geral, simétricas, podendo manifestar-se por meio de lesões par- dacentas, de limites imprecisos. A infil- tração difusa da pele pode dificultar a visualização de lesões, que muitas vezes apresentam apenas discreta alteração da sensibilidade. Lepra lepromatosa nodular Pele: Nódulos, placas infiltradas, lesões foliculares Mucosa: Rinite crônica Anexos: Alopecia parcial Nervos: Neurite geralmente simétrica Clínica Olhos: Nodulos corneanos, queratite in- filtrada, queratite ponteada. Neurite bilateral 3 PATOLOGIA-LAIANE Bacteriologia: bacilos abundantes (++++) iso- lados e formando globias Imunologia: imunidade ce- lular deprimida: Mitsuda negativo VSG: acelerado Lepra lepromatosa difusa A lepra difusa, mais conhecida como le- pra de Lúcio, constitui uma das duas principais variedades da lepra leproma- tosa. CLÍNICA Pele: infiltração difusa generalizada, su- culenta ou atrófica, sem nódulos Mucoso: rinite crônica Anexos: alopecia total (sobrancelhas, cí- lios e cabelos). Nervos: neurite Olhos: sem lesões oculares Lesões vis- cerais Reações leprosas do tipo eritema necro- sante, com fenôme- nos de pique, febre e artralgia. Bacteriologia: bacilos abundantes isolados e formando ácinos Imunologia: imunidade celular deprimida, Mit- suda negativo. LEPRA TUBERCULOIDE As formas tuberculóides se apresen- tam como poucas pápulas ou placas bem delimitadas, de tamanho e forma variada, com bordas infiltradas nítidas, de coloração eritematoso acastanhada, e podem apresentar centro hipocrô- mico. Em geral, apresentam anestesia, anidrose e alopecia. Pode apresentar tronco neural espessado e sensível e, quando compromete mais de um nervo, geralmente a apresentação é assimé- trica. No exame das lesões tuberculoi- des, deve-se palpar a lesão e ao redor dela em busca de nervos espessados, que configurem as lesões em raquete. . CLÍNICA • Pele: nódulos tuberculóides ou pla- cas infiltradas com borda externa líquida, hipoestésico Face Leonina 4 PATOLOGIA-LAIANE • Mucoso: sem rinite • Anexos: sem alopecia • Nervos: geralmente neurite assi- métrica • Olhos: sem ferimentos • Sem lesões viscerais • Sem reação leprosa Bacteriologia: sem bacilos Imunologia: imunidade celular e humoral normal: Mitsuda ++++ VDRL: negativo na ausência de sífilis ESR: normal Parece ter preferencia pelos extremos da vida: . 5 PATOLOGIA-LAIANE Acalasia INTRODUÇÃO Leishmanioses representam um con- junto de enfermidades diferentes entre si, que podem comprometer pele, mu- cosas e vísceras, dependendo da espé- cie do parasito e da resposta imune do hospedeiro. São produzidas por diferen- tes espécies de protozoário perten- cente ao gênero Leishmania, parasitas com ciclo de vida heteroxênico, vivendo alternadamente em hospedeiros verte- brados (mamíferos) e insetos vetores (flebotomíneos). CICLO BIOLÓGICO DA LEISHMANIA . . Quais são os tipos e os sintomas de leishmaniose? Considera-se que existem dois tipos de leishmaniose: a leishmaniose visceral e a leishmaniose cutânea. A leishmaniose visceral também é co- nhecida como calazar. Esse tipo de leishmaniose afeta os órgãos das vísce- ras, como o baço e o fígado, além da medula óssea. Os sintomas da leishma- niose visceral incluem febre, tosse, dor abdominal, anemia, perda de peso, diar- reia, fraqueza, aumento do fígado e do baço, além de inchaço nos linfonodos. De forma geral, a leishmaniose visceral pode atingir crianças até os dez anos de idade e é considerada a forma mais aguda da doença. Se seus sintomas não forem tratados, ela pode evoluir e cau- sar o óbito dos pacientes. A leishmaniose cutânea também é cha- mada de ferida brava, ou de leishmani- ose tegumentar, e causa feridas na pele, que podem evoluir para feridas nas mucosas, como a boca e o nariz. As feridas causadas pela leishmaniose te- gumentar são avermelhadas, ovaladas e com bordas delimitadas. A leishmaniose tegumentar é a forma mais comum da doença, sendo que, de- pendendo do tipo, ela pode se curar de forma espontânea. 6 PATOLOGIA-LAIANE