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Fernanda Carvalho, 4º semestre - TUT 04 1 Genética Replicação do DNA OBJETIVOS DA AULA: 1. Apresentar o processo de replicação do DNA e os seus principais componentes moleculares; 2. Caracterizar a técnica de reação em cadeia da polimerase (PCR), correlacionando-a com a replicação do DNA in vivo; 3. Explicar como a técnica de PCR pode ser utilizada para o diagnóstico molecular de processos infecciosos e patológicos. Pergunta para iniciar o assunto: o Qual o principal motivo para uma célula replicar? Pelo simples motivo de haver uma divisão celular. Uma célula vai replicar o seu material genético quando ela for gerar novas células. Uma célula com 46 cromossomos, para conseguir gerar mais duas (cada uma com 46 cromossomos), precisa antes duplicar o seu material genético (o que antes era 46 passa a ser 92) e, só depois disso, dividir e cada uma ficar com 46 cromossomos. Isso é justamente o foco dessa aula: como acontece essa replicação. Esse processo vai acontecer antes da fase M (fase de mitose); vai acontecer na fase de interfase. E dentro da interfase existe subfases, e uma delas é justamente onde acontece o processo de síntese de DNA (fase S). REPLIÇÃO SEMI-CONSERVATIVA: É um processo que vai gerar duas moléculas a partir de uma. Nesse processo, vai haver a conservação da metade do material genético inicial. Portanto, o material final tem uma característica híbrida, ou seja, nessa nova molécula vai conter uma parte velha e a outra parte nova. Isso acontece porque o processo conserva e usa como modelo as fitas velhas. Importância do processo semiconservativo: o Se não fosse semiconservativo não haveria a possibilidade de desenvolver os estudos de vínculos genéticos. Ex.: o teste de paternidade só é possível por causa desse processo; o Não haveria a possibilidade de entender sobre a evolução das espécies e também não seria possível construir uma arvore filogenética, uma vez que a conservação desse material é que garante o desempenho dos estudos. O modelo semiconservativo da replicação do DNA proposto por Watson e Crick tem por base a especificidade dos pares de bases ligados por pontes de hidrogênio. Os filamentos parentais, demonstrados em azul, atuam como moldes para a polimerização. Os filamentos recém-polimerizados, demonstrados em amarelo, apresentam as sequências de bases que são complementares aos seus respectivos moldes. Fernanda Carvalho, 4º semestre - TUT 04 2 Genética Explicando a imagem da direita: percebe-se na imagem que há uma fita velha, a qual se abre, e as duas fitas que foram geradas a partir dessa abertura (da desnaturação) são utilizadas como fitas moldes para que sejam criadas em cima delas novas fitas de DNA. As partes roxas são as fitas antigas, e as partes verdes são as novas fitas sendo formadas. CONCEITO-CHAVE: O DNA é replicado por meio da deselicoidização dos dois filamentos da dupla-hélice e da construção de um novo filamento complementar em cada um dos filamentos separados da dupla-hélice original. EXISTE UM PONTO ESPECÍFICO DE INÍCIO? Isso vai variar de organismo para organismo. Nas bactérias, por exemplo, como o seu DNA é circular, existe um único ponto de origem para a replicação. Já no caso da espécie humana e de outras espécies que contenham um material genético mais jovem e mais complexo, vai haver múltiplas origens (são os pontos de início desse processo). E essas origens estão espalhadas em torno do material genético. Esses locais de iniciação são ricos em adenina e timina (inclusive muito mais do que citosina e guanina. E isso se dá porque entre adenina e timina existem 2 pontes de hidrogênio, enquanto que citosina e guanina possuem 3 pontes. E como essas origens precisam ser abertas para que o material se replique, essas ligações, então, precisam ser mais fracas para serem quebradas. Sendo assim, por isso que é mais vantajoso que a maioria das ligações sejam entre adenina e timina). Nesse processo de abertura das fitas, vão sendo formadas as bolhas de replicação – é o que se percebe na imagem da direita. Nessa mesma imagem percebe-se, também, através das setas, que esse é um processo bidirecional que vai para um lado e para o outro formando duas fitas e, no final do processo, tem-se a duplicação do material genético. Sempre ocorre no sentido 5’-3’. ABERTURA DA DUPLA FITA: 1. DNA HELICASE: Promove a quebra das pontes de hidrogênio entre as bases nitrogenadas para a fita de DNA iniciar o processo de replicação. Recebe esse nome porque ela desfaz a dupla hélice do DNA. Fernanda Carvalho, 4º semestre - TUT 04 3 Genética 2. TOPOISOMERASES: São enzimas importantes para abertura da fita de DNA, junto com as helicases, no processo de desnaturação. Com o formato helicoidal da estrutura molecular do DNA, essas topoisomerases atuam desenrolando e relaxando a molécula, desfazendo a tensão nela e evitando que ela se quebre. A principal topoisomerase é a girase, que atua desenrolando a molécula de DNA, aliviando a tensão dessa molécula e relaxando-a no momento em que ela está sendo tensionada pela helicase. Existem alguns tipos de topoisomerases; elas diferem na sua função. Podem estar distribuídas em quantidades diferentes, em diferentes espécies celulares (procariontes e eucariontes). PROTEÍNAS LIGADORAS DE FITA SIMPLES (SSB): Atuam de maneira a manter a fita simples separada uma da outra, evitando o anelamento. À medida que a helicase passa, vai separando as fitas e quando ela chega ao final do material genético, o seu início pode voltar a se ligar. Para que isso não aconteça (renaturação do DNA) e para mantê-las separadas, é usada a proteína ligadora de fita simples ou SSB, elas têm uma afinidade química muito grande quando o material genético está linear em fita simples; por questões de pH (são proteínas básicas enquanto nosso DNA é ácido) e por apresentarem, também, aminoácidos com carga positiva (o DNA tem carga negativa). Essas proteínas, portanto, ajudam a evitar a renaturação, reaproximação e consequente estabelecimento das ligações de hidrogênio (até então desfeitas pela helicase). DNA POLIMERASE: É a protagonista de todo esse processo. É a enzima que faz o polímero de DNA. É a enzima que gera o encadeamento, faz a união entre os monômeros (nucleotídeos) e forma o monômero chamado de DNA. Essa enzima atua polimerizando o material genético. Basicamente, vai unir por ligações fosfodiéster (ligação estabelecida entre o fosfato e a pentose de nucleotídeos vizinhos) os nucleotídeos. Elas constroem a nova fita de DNA em cima da fita molde. VISÃO GERAL DA REPLICAÇÃO DO DNA: A DNA polimerase III catalisa a síntese de DNA na forquilha de replicação. Na medida em que a DNA pol III avança, a dupla-hélice é continuamente desenrolada à frente da enzima para expor comprimentos adicionais de filamentos de DNA simples que atuarão como moldes. A DNA pol III atua como a forquilha de replicação, a zona na qual a dupla-hélice está desenrolando. Entretanto, tendo em vista que a DNA polimerase sempre adiciona nucleotídios na extremidade 3′ em crescimento, apenas um dos dois filamentos antiparalelos pode atuar como molde para a replicação na direção da forquilha de replicação. Em relação a esse filamento, a síntese pode ocorrer de modo contínuo e suave na direção da forquilha; o novo filamento no sentido líder, é denominado filamento contínuo (no sentido líder, leading). A síntese do outro filamento também ocorrena extremidade em crescimento 3′, mas essa síntese ocorre no sentido “errado”, tendo em vista que, em relação a esse filamento, o sentido 5′ para 3′ da síntese está longe da forquilha de replicação. A natureza do maquinário de replicação requer que a síntese de ambos os filamentos ocorra na região da forquilha de replicação. Portanto, a síntese que se afasta da forquilha Fernanda Carvalho, 4º semestre - TUT 04 4 Genética de crescimento não pode prosseguir por muito tempo. Ela tem de ocorrer em segmentos curtos: a polimerase sintetiza um segmento, em seguida se movimenta de volta para a extremidade 5′ do segmento, onde a forquilha em crescimento expôs o novo molde e inicia o processo novamente. Esses trechos de DNA recém-sintetizado são denominados fragmentos de Okazaki. Outro problema na replicação do DNA surge em virtude de a DNA polimerase conseguir estender uma cadeia, mas não iniciar uma cadeia. Portanto, a síntese do filamento contínuo e de cada fragmento de Okazaki tem de ser iniciada por um primer, ou uma cadeia curta de nucleotídios, que se liga ao filamento-molde para formar um segmento de ácido nucleico dúplex. Os primers são sintetizados por um conjunto de proteínas denominado primossomo, do qual um componente central é uma enzima denominada primase, um tipo de RNA polimerase. A primase sintetiza um trecho curto (aproximadamente 8 a 12 nucleotídios) de RNA complementar a uma região específica do cromossomo. No filamento contínuo, é necessário apenas um primer inicial, tendo em vista que, após a ação do primer inicial, o filamento de DNA em crescimento atua como primer para a adição contínua. Entretanto, no filamento descontínuo, cada fragmento de Okazaki necessita de seu próprio primer. A cadeia de RNA que compõe o primer em seguida é estendida como uma cadeia de DNA pela DNA pol III. Uma DNA polimerase diferente, pol I, remove os primers de RNA com sua atividade de exonuclease 5′ para 3′ e preenche as lacunas com sua atividade de polimerase 3′ para 5′. Outra enzima, a DNA ligase, une a extremidade 3′ do DNA que preencheu a lacuna à extremidade 5′ do fragmento de Okazaki. O novo filamento assim formado é denominado filamento descontínuo (lagging). A DNA ligase une os fragmentos do DNA ao catalisar a formação de uma ligação fosfodiéster entre a extremidade 5′-fosfato de um fragmento e o grupo 3′-OH adjacente de outro fragmento. Tendo em vista que a primase não apresenta uma função de revisão, o primer de RNA apresenta maior probabilidade de conter erros do que o DNA. A necessidade de manter a alta fidelidade da replicação é um motivo pelo qual os primers de RNA nas extremidades dos fragmentos de Okazaki precisam ser removidos e substituídos por DNA. Apenas após a remoção do primer de RNA a DNA pol I catalisa a síntese do DNA para substituir o primer. Sobre a imagem acima: A forquilha de replicação se movimenta na síntese de DNA na medida em que a dupla-hélice é continuamente desenrolada. A síntese do filamento contínuo (leading) pode prosseguir suavemente sem interrupções na direção do movimento da forquilha de replicação, mas a síntese do filamento descontínuo (lagging) deve prosseguir na direção oposta, para longe da forquilha de replicação CONCEITO-CHAVE: A replicação do DNA ocorre na forquilha de replicação, onde a dupla-hélice está desenrolando e os dois filamentos estão se separando. A replicação do DNA prossegue continuamente na direção da forquilha de replicação em deselicoidização no filamento contínuo. O DNA é sintetizado em segmentos curtos, na direção para longe da forquilha de replicação, no filamento descontínuo. A DNA polimerase necessita que um primer, ou uma cadeia curta de nucleotídios, já esteja posicionado para iniciar a síntese. Fernanda Carvalho, 4º semestre - TUT 04 5 Genética CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES DA DNA POLIMERASE: o Enzima que catalisa a adição de nucleotídeos a extremidades 3’ de uma fita de DNA; o Precisa de um molde – cadeia molde complementar; o Mecanismo de polimerização é no sentido 5’-3’ (5’ com fosfato e 3’ com pentose); o Incapaz de fazer DNA do zero (precisa ter extremidade 3’OH livre); o Possui mecanismo de correção de erros no sentido 3’-5’. As fitas de DNA são antiparalelas, atuando em sentidos opostos sendo, portanto, um processo bidirecional. A extremidade com 3’OH livre é encontrada na ribose (açúcar do RNA), ou seja, a replicação começa com nucleotídeos de RNA. Com isso, irão ficar pedaços de RNA misturados com os DNAs, porém, no final do processo, isso será removido e substituído por nucleotídeos de DNA. O primer (iniciador), é uma estrutura que contém cerca de 10 nucleotídeos de RNA (só os nucleotídeos de RNA que vão conter OH no final da estrutura); e essa OH livre permite que a polimerase continue se estendendo. Ao final do processo de replicação, o primer é removido. Ele só serve para iniciar o processo. O fato dessa enzima sintetizar fitas novas apenas no sentido 5’-3’ e também as fitas de DNA serem antiparalelas corrobora para que a duplicação seja um processo que ocorre em duas direções (bidirecional). Fernanda Carvalho, 4º semestre - TUT 04 6 Genética Explicando esta última imagem: A Fita líder segue o mesmo sentido do movimento da forquilha de replicação. A fita atrasada é formada em fragmentos (fragmentos de Okazaki), no sentido contrário ao da abertura da molécula. CONCLUSÕES: o A replicação é um processo que ocorre para que a célula seja dividida, e acontece na fase S do ciclo celular (interfase), antes da mitose; o A replicação é semiconservativa (conserva metade do material genético da fita mãe); o É um processo bidirecional, pelo fato da polimerase trabalhar em um único sentido (5’-3’) e as fitas serem antiparalelas; o Tem um repertório muito grande de enzimas, o que torna o processo relativamente complexo. REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE: o É uma técnica que foi descoberta/inventada na década de 80. É uma das técnicas mais utilizadas atualmente para o diagnóstico molecular, sendo utilizado para um diagnóstico mais preciso. Atualmente está sendo bastante utilizada devido à pandemia; o Método in vitro de replicação do DNA, portanto acontece em tubos de ensaio, onde é possível replicar o DNA. Diferentemente do que foi visto na replicação do DNA in vivo, na técnica PCR a replicação é feita em algumas regiões do DNA, de forma que amplifica sequencias especificas de DNA; o Processo realizado em vários ciclos com diferentes temperaturas, que serão importantes para substituir algumas funções de enzimas que são utilizadas no processo in vivo da replicação. O QUE É UTILIZADO NA REAÇÃO DE PCR: o Amostra do paciente ou do vírus ou da bactéria - DNA a ser amplificado. É preciso amplificar a estrutura do DNA, porque ele está em um nível sub microscópico (molecular) e, dessa forma, é essencial aumentar a quantidade de cópias até atingir um nível que seja visível; o Primers: Vão dar a região 3’ OH livre para a polimerase trabalhar. E o primer é desenhado tanto para a fita de cima quanto para a de baixo – Forward e Reverse, respectivamente (Sence e anti Sence); o dNTPs: Nucleotídeos; o DNA polimerase; o MgCl2: Funciona como co-fator para a ativação da polimerase (a polimerase não funciona bem sem ele); o H2O, RNASE e DNASE FREE (água específica livrede enzimas RNASE E DANSE: para isso existem processos de purificação da agua, como destilações, juntamente com irradiações ultravioletas, para retirar essas enzimas da água); o Tampão: utilizado para manter o pH estável da reação. REAÇÃO DE PCR – DIVIDIDA EM 3 FASES: 1. DESNATURAÇÃO: A fase de desnaturação é a quebra das pontes de hidrogênio, e consequentemente, separação da dupla fita (in vivo quem tinha essa função era a helicase). No processo in vitro, quem vai assumir esse papel é a temperatura. Foi comprovado que, com o aumento da temperatura para mais de 90° no tubo de ensaio, ocorre a quebra das pontes de hidrogênio e por consequência a separação da dupla fita; Esta imagem mostra o termômetro marcando acima de 90º, desnaturando, quebrando as pontes de hidrogênio e, por conseguinte, ocasionando na separação da dupla fita. Fernanda Carvalho, 4º semestre - TUT 04 7 Genética 2. HIBRIDIZAÇÃO OU ANELAMENTO DOS PRIMERS: É quando os primers se encaixam na sequência de interesse a ser amplificada, ou seja, quando eles formam um pareamento especifico em determinada região e deixam a extremidade 3’ OH livre, para que o DNA polimerase possa estender o restante da fita. Nesse momento, o anelamento é feito com variação de temperatura (entre 40 a 70°C – um pouco menor que a desnaturação, para que consiga ligar moléculas) conforme o par de primers. São os primers que determinam a especificidade da ligação, porque eles são sequências de nucleotídeos. Percebe-se na imagem acima que a temperatura agora é um pouco menor (aproximadamente 60º) do que a fase de desnaturação. Isso acontece para que as fitas não permaneçam separadas e para que possa haver ligação de moléculas. Nesta imagem existe uma sequência de nucleotídeos. Se caso essa sequência se encaixar com o primer e depois de estender é porque o paciente está infectado. É um exame direto, uma vez que vai no vírus, bactéria, microrganismo que quer buscar. Ele não busca anticorpos. Pode-se afirmar, então, que na amostra recolhida terá amostras do DNA humano e DNA viral, o primer é que será específico para a identificação do DNA viral. Se o vírus não estiver presente, o primer não exercerá a sua função e não terá a replicação da sequência. 3. EXTENSÃO: É quando todo o fragmento é estendido, com a atuação da enzima Taq DNA POLIMERASE – thermos aquáticos (não é a polimerase humana, que é muito sensível a alterações de temperatura). É uma polimerase que foi extraída de uma bactéria que vive em ambientes quentes com altas variações de temperatura, e dessa forma é mais resistente que a polimerase humana. E mesmo sendo extraída de uma bactéria, ele consegue fazer a síntese do DNA, consegue fazer a replicação do DNA, pelo fato de o DNA ser quimicamente universal. A temperatura ótima, para a atuação da Taq DNA polimerase é em torno de 72°C. A imagem acima mostra a temperatura aumentada para 72ºC, temperatura ótima para que a Taq DNA polimerase execute a sua função. Fernanda Carvalho, 4º semestre - TUT 04 8 Genética RESUMO DAS FASES: ELETROFORESE: É uma técnica de separação de fragmentos moleculares. Pode ser utilizada para proteínas, RNA, DNA. Após a técnica de PCR, pode-se utilizar a técnica de eletroforese, que utiliza uma matriz gelatinosa para a separação desses fragmentos e posterior visualização deles. o Esses géis são submetidos à coloração com corantes específicos para aquilo que está sendo separado (DNA, RNA ou proteína). Esses corantes têm uma alta afinidade química por esse material, que foi previamente amplificado; o É possível identificar o material genético após a eletroforese utilizando uma luz ultravioleta que evidencia esse material; o O gel fica em um polo negativo e o DNA irá migrar para o polo oposto que é o polo positivo, por ter muito fosfato. TIPOS DE PCR: o PCR convencional: É o mais utilizado; o Nested PCR: é utilizado quando, ao fazer uma amplificação, o resultado sai bem fraco. E aí vai ser preciso fazer um PCR do PCR para, só a partir disso, aumentar a intensidade da banda e se ter uma melhor detecção; o PCR em tempo real (q PCR): Não precisa de eletroforese; o resultado sai de imediato. O “q” é porque ele é quantitativo, mostra o número de cópias. Ou seja, mostra se o paciente tem carga viral baixa ou alta; o RT-PCR: é uma reação que faz uma transcrição reversa antes de começar. RT significa transcriptase reversa. Utiliza o RNA e com a transcriptase ele se transforma em DNA; isso tudo porque o PCR trabalha exclusivamente com DNA, por isso que tem que haver essa transformação antes. o PCR multiplex: No mesmo tubo faz o diagnóstico de 4 a 5 vírus diferentes com uma única amostra. APLICAÇÕES DO CONHECIMENTO: o É importante para o diagnóstico de infecções: bactérias, vírus, fungos e protozoários; o Quantificação de DNA ou RNA viral/célula hospedeira; o Diagnóstico de mutações gênicas e doenças genéticas. CONCLUSÕES: o A PCR é um processo de replicação do DNA dentro dos tubos de ensaio (in vitro); o Amplifica fragmentos específicos do DNA total; o Ocorrem em três etapas: desnaturação, anelamento dos primers e extensão; o O papel da maior parte das enzimas é substituído por temperatura ou reagentes utilizados na técnica; o É aplicada para fins diagnósticos na identificação, quantificação e análise de processos fisiopatológicos. Fernanda Carvalho, 4º semestre - TUT 04 9 Genética QUESTÕES: 1. Descreva os tipos de ligações químicas na dupla-hélice do DNA; 2. Em qual fase ocorre a replicação do DNA e para que fim isso ocorre? 3. Explique qual é o significado do termo replicação semiconservativa e qual a sua importância; 4. Qual o sentido do mecanismo de polimerização? 5. Qual é o significado de primer e por que os primers são necessários para a replicação do DNA? 6. O que são helicases e topoisomerases e qual a principal topoisomerase? 7. Por que a síntese do DNA é contínua em um filamento e descontínua no filamento oposto? 8. É essencial que os primers de RNA nas extremidades dos fragmentos de Okazaki sejam removidos e substituídos por DNA, porque, de outro modo, qual dos eventos a seguir resultaria? a) O RNA interferiria com a função da topoisomerase. b) O RNA apresentaria maior probabilidade de conter erros, tendo em vista que a primase não apresenta uma função de revisão. c) O grampo β do dímero da DNA pol II liberaria o DNA e a replicação seria interrompida. d)Os primers de RNA provavelmente formariam ligações de hidrogênio entre si, originando estruturas complexas que podem interferir com a formação adequada da hélice de DNA; 9. Qual a finalidade da PCR e quais seus tipos; 10. Quais as fases de reação de PCR? Fale brevemente sobre cada uma delas; 11. O que é a eletroforese e como ela funciona.