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ERGONOMIA E GINÁSTICA LABORAL
Prof. Roberto Gaspari Beck
HISTÓRICO DA ERGONOMIA:
Desde as civilizações antigas, o homem sempre buscou melhorar as ferramentas, os instrumentos e os utensílios que usa na vida cotidiana. 
Existem exemplos de empunhaduras de foices, datadas de séculos atrás, que demonstram a preocupação em adequar a forma de apreender às características da mão humana, de modo a propiciar mais conforto durante a utilização.
Enquanto a produção se dava de modo artesanal, era possível obter formas úteis, funcionais e ergonômicas, sem projetos esquematizados. 
No entanto, a produção em série – em larga escala ou mesmo, em poucas unidades – impossibilita técnica e economicamente a compatibilização e a adequação de produtos a partir do uso e de adaptações sucessivas.
Paradoxalmente, a evolução tecnológica, com suas maravilhosas máquinas voadoras, informais e inteligentes, exigiu e enfatizou a necessidade de conhecer o homem. 
Depois de contínuos avanços em engenharia, onde o homem se adaptou, mal ou bem, às condições impostas pelos maquinismos, evidenciou-se que os fatores humanos são primordiais. 
Mais ainda, em sistemas complexos, onde parte das funções classicamente executadas pelos homens pode ser alocada às máquinas, uma incorreta adequação às capacidades humanas pode invalidar a confiabilidade de todo o sistema. 
Assim, faz-se necessário conhecer a fundo os fatores determinantes da melhor adaptação de produtos, máquinas, equipamentos, trabalho e ambiente, aos usuários, operadores, operários, indivíduos.
A Ergonomia se constitui a partir da reunião de psicólogos, fisiologistas e engenheiros. 
A psicologia e a fisiologia são as duas primeiras ciências que fornecem aos ergonomistas referências sobre o funcionamento físico, psíquico e cognitivo do homem.
 O desempenho do homem no trabalho é cada vez mais complexo e a Ergonomia ampliou progressivamente o campo de seus fundamentos científicos. 
A inteligência artificial, a semiótica (na lógica matemática, teoria dos símbolos), a antropologia e a sociologia passaram a fazer parte do acervo de conhecimento do ergonomista.
ORIGENS DA ERGONOMIA:
Durante a II Guerra Mundial, o impulso das mudanças tecnológicas – aviões cada vez mais velozes e radares para detectar aviões inimigos, submarinos e sonares – colocam o homem em situação de extrema pressão ambiental, física e psicológica. 
Exacerbam-se as incompatibilidades entre o humano e o tecnológico, já que os equipamentos militares exigem dos operadores decisões rápidas e execução de atividades novas em condições críticas, que implicam quantidade de informações, novidade, complexidade e riscos de decisões que envolvem possibilidade de erros fatais. 
Ressaltam-se, então, as incompatibilidades entre o progresso humano e o progresso técnico.
“Uma importante lição de engenharia, proveniente da II Guerra Mundial, é que as máquinas não lutam sozinhas. 
A guerra solicitou e produziu maquinismos novos e complexos, porém, geralmente, essas inovações não faziam o que se esperava delas. 
Tal ocorria porque excediam ou não se adaptavam às características e capacidades humanas. 
Por exemplo, o radar foi chamado olho da armada, mas o radar não vê. 
Por mais rápido e preciso que seja, será quase inútil, se o operador não puder interpretar as informações apresentadas na tela e decidir tempo. 
Similarmente, um avião de caça, por mais veloz e eficaz que seja, será um fracasso se o piloto não puder voá-lo com rapidez, segurança e eficiência”. (Chapanis 1959).
Cabe ao homem avaliar a informação, decidir e agir. 
Podemos considerar que os fatores humanos podem resultar falhas dos sistemas. 
O projeto de engenharia é eficaz, mas o desempenho não é eficiente. 
Buscam-se explicações e a solução mais fácil é afirmar que a culpa é do homem – o erro humano, a falha humana, o ato inseguro. 
Acusar o homem de negligência, descaso, desobediência ou ignorância, no entanto, não resolve o problema.
A falha humana propicia perdas para o sistema: aviões atingidos pelos inimigos e que não cumprem a sua missão de bombardear os alvos programados, ou cidades inteiras expostas a ataques por não se detectarem a tempo as informações sobre violações do espaço aéreo. 
Difícil selecionar o homem que não erre, principalmente quando se necessitam mais e mais pilotos para conduzir os modernos bombardeios. 
A urgência e a precisão de efetivos – pilotos de guerra morrem em combate e há que se renovar a frota e a equipe – também impossibilitam intensificar e prolongar o treinamento para corrigir as deficiências da seleção.
Aviões custam caro. 
Conquistar a confiança da população civil é fundamental para o esforço de guerra. 
Existe uma interface no sistema homem-máquina cujos aspectos técnicos devem-se considerar no momento do projeto há que se adaptarem as máquinas às características físicas, cognitivas e psíquicas do homem.
Engenheiros juntaram-se aos psicólogos e fisiologistas para adequar operacionalmente equipamentos, ambientes e tarefas aos aspectos neuro-psicológicos da percepção sensorial (visão, audição e tato), aos limites psicológicos de memória, atenção e processamento de informações, resolução de problemas e tomadas de decisões, a capacidade fisiológica de esforço, adaptação ao frio ou calor, e de resistência às mudanças de pressão, temperatura e biorritmo.
NASCE A ERGONOMIA!
O termo Ergonomia é utilizado pela primeira vez, como campo do saber específico, com o objetivo e objetivos particulares, pelo psicólogo inglês K. F. Hywell Muffel no dia 08 de julho de 1949.
Neste período, pesquisadores resolveram formar uma sociedade para o estudo dos seres humanos no seu ambiente de trabalho – a Ergonomic Research Society (Pheasant 1997). 
Nesta data, em Oxford, criou-se a primeira sociedade de Ergonomia, que congregava psicólogos, fisiologistas e engenheiros ingleses – pesquisadores interessados nas questões relacionadas à adaptação do trabalho ao homem.
Num sentido amplo, todavia, o termo trabalho aplica-se a qualquer atividade humana com o propósito, particularmente se ela envolve algum grau de experiência ou esforço. 
Ao definir Ergonomia em relação ao trabalho humano, em geral utiliza-se a palavra trabalho com este significado. 
Buscava-se um termo de fácil tradução para outros idiomas, que permitisse derivação de outras palavras – ergonomista, ergonômico, etc. – e que não implicasse que uma disciplina fosse mais importante que outra. 
O neologismo Ergonomia, compreende os termos gregos ergo (trabalho) e nomos (normas, regras).
 Entretanto, etimologia do vocabulário não define, precisamente, o objetivo desta disciplina. 
A origem do termo Ergonomia, no entanto, remonta a 1857, quando o polonês W. Jastrzebowski deu como título para uma de suas obras Esboço da Ergonomia ou Ciência do Trabalho baseado nas verdadeiras avaliações das ciências da natureza. 
Define-se então a Ergonomia como: A ciência de verificação das forças e das capacidades humanas.
No Brasil, adotou-se o uso do termo Ergonomia, consolidado com a difusão dos primeiros livros aqui escritos; Iida & Wierzzbicki, Ergonomia (1968); Verdussen, Ergonomia: a racionalização humanizada do trabalho (1978). 
BIBLIOGRAFIA:
MORAES, Anamaria de; MONT'ALVÃO, Cláudia. Ergonomia: conceitos e aplicações. 3. ed. rev., atual. e ampl. Rio de Janeiro: 2AB, 2003.  
HISTÓRICO DA GINÁSTICA LABORAL:
Com o crescimento da atividade física no local de trabalho, tornou-se necessário um resgate de publicações, estudos e evidências da ciência de empresas.
Ao longo dos anos, praticaram-se políticas administrativas modernas, instituindo espaços físicos como quadras poliesportivas e campeonatos para funcionários e seus dependentes, e outras com intervenções e pausas durante o expediente (Ginástica Laboral), já com o objetivo da saúde ocupacional.
Ainda não temos a divulgação necessária para orientação histórica da evolução da Ginástica Laboral no Brasil. 
Porém, foram encontrados materiais de relevante importância eresumidos em seus tópicos principais, em uma tentativa humilde de cooperar para a divulgação desses trabalhos, relacionados especificamente ao registro da atividade esportiva e física no ambiente corporativo. 
O trabalho publicado em 1991 pelo Ministério da Saúde foi um dos mais importantes, por sua capacidade de reunir organizadamente os fatos históricos ligados à prática de atividades físicas nas empresas. 
Foi elaborado pelos colaboradores científicos Lamartine Pereira da Costa e Paulo Pegado, e pela equipe de consultores Antonio Carlos Bramante José Carlos Grando, Antônia Dalla Pria Bankoff e João Batista Giovanini.
1900 - 1910
A primeira manifestação de atividades esportivas no âmbito interno de empresas no Brasil ocorreu na fábrica de tecidos Bangu, sediada no Rio de Janeiro, em 1901. 
Nesse ano, os trabalhadores dessa industria têxtil, de capital e gestão ingleses, já se reuniam em torno de um campo de futebol para praticar atividades físicas.
1920 - 1930
O primeiro apontamento encontrado sobre Ginástica Laboral foi um pequeno livro chamado Ginástica de Pausa – destinado a operários – editado na Polônia, em 1925. Alguns anos depois, a Ginástica Laboral surgiu também na Holanda e na Rússia. 
No dia 01 de novembro de 1928, em comemoração a posse do Imperador Hirohito, foi regulamentada no Japão a prática de Rádio Taissô (ginástica pelo rádio), adotada por empresas, serviços e escolas, como uma atividade diária para descontração e cultivo da saúde.
A construção de quadras e campos esportivos em diversas fábricas da industria têxtil na região de Nova Friburgo, no estado do Rio de Janeiro, foi uma iniciativa dos anos 1930 considerada avançada ainda nos dias de hoje.
Segundo Cañete (1996), na Europa, países como França, Bélgica e Suécia adotam a ginástica e realizam basicamente dois tipos de estudos: investigar a fadiga, condições físicas e psicológicas, e investigar as impressões e sentimentos das pessoas envolvidas na ginástica de pausa. 
A maioria dos estudos foi feita por meio de escalas, questionários e entrevistas.
Miguel Arias Cañete
1930 - 1940
No Brasil, durante a década de 1930, reapareceram outros empreendimentos que ofereciam a opção de lazer e esporte, como o Banco do Brasil (desde 1928), Light & Power (1930) e Caloi (1933), através de clubes subvencionados. 
Em 1947, após oito meses de fundação, o SESI começou a reunir no dia 01 de maio, no estádio do Pacaembu, na cidade de São Paulo, cerca de 2500 funcionários de 150 empresas paulistas que possuíam clubes esportivos, para a realização dos Jogos Operários do SESI.
1950 - 1960
Em 1958, no Japão, foi denominada como tenossinovite a fase inicial de problemas de lesões ocupacionais.
1960 - 1970
No início da década de 1960, surgiram programas de atividade física na empresa na Bulgária, Alemanha, Suécia e Bélgica. 
No Japão, também na década de 1960, ocorreu a consolidação e a obrigatoriedade da Ginástica Laboral Compensatória (GLC). 
Em 1969, no Rio de Janeiro, nos estaleiros Ishikawajima do Brasil, é introduzida por uma equipe de profissionais de Educação Física a Ginástica Matinal, com três principais objetivos: físicos, organizacionais e funcionais.
1970 - 1980
Uma proposta de exercícios baseada em análises biomecânicas foi estabelecida pela Escola de Educação Física da FEEVALE, no ano de 1973, quando se elaborou o projeto de Educação Física Compensatória e Recreação.
Em 1978, foi formada no Brasil a primeira Associação de Rádio Taissô, como uma divisão da Associação dos Lojistas da Liberdade (SP), em comemoração aos 70 anos da imigração japonesa no país.
Várias empresas de origem japonesa adotaram a metodologia em suas linhas de produção. 
Com o passar dos anos, este modelo acabou recebendo adaptações para se adequar melhor ao perfil dos trabalhadores brasileiros, iniciando um processo de abertura e contratação de profissionais de Educação Física.
1980 - 1990
Em 1981, em razão da dificuldade de encontrar documentos arquivados referentes a experiências esportivas e de lazer nas empresas, o Banespa patrocinou um encontro de profissionais para obter informações e realizar um levantamento histórico da atividade física nas empresas brasileiras.
Independentemente das atividades do SESI e SESC, verificaram-se atividades internas em algumas multinacionais e Estatais como: Avon, ISHIBRÁS, Hoest, Banespa, Furnas, Telerj, Siderúrgica Nacional, Odebrecht, Promon, IBM, e Embratel.
Em 1985, a Fundação Emílio Odebrecht publicou que no Brasil apenas 1% do prêmio seguro que os empregados pagam ao INSS é utilizado em medidas preventivas, enquanto que 99% dirigem-se a medidas curativas. 
Isso reflete a predominância dos pressupostos mais ortodoxos da medicina curativa, cujo foco recai sobre o indivíduo doente e não sobre o indivíduo saudável.
Visam, nesse caso, garantir níveis cada vez mais elevados de bem estar físico, mental e social. 
Trata-se de um modelo de atendimento médico que objetiva a prevenção secundária e tratamentos, não a prevenção primária e a promoção da saúde.
Em 1989, os Jogos Operários do SESI contaram com a participação de 102.000 funcionários de 212 empresas e as modalidades, que no início eram apenas três (futebol, basquete e voleibol), passaram para 22. 
Lima et al. (2001) citam que, em 1989, nos Estados Unidos, houve um investimento em programas, com a finalidade de promover o condicionamento físico de trabalhadores. 
Em países socialistas, a Ginástica Laboral promoveu a diminuição do estresse e melhorias no aspecto fisiológico e na postura corporal dos trabalhadores.
1990 - 2000
No Brasil, a partir de 1990, a Ginástica Laboral ganhou importância e espaço nas discussões acadêmicas e empresariais. 
Há ainda outros aspectos a considerar, como a maior qualificação dos produtos e serviços relacionados à atividade física nas empresas e o papel do Professor de Educação Física.
Dois momentos de suma importância para a história da Educação Física no Brasil e, consequentemente, para a atividade física na empresa, foram: 
- A regulamentação da profissão de Educação Física e a criação do Conselho Federal e Conselhos Regionais, através da Lei número 9.696, de 01 de setembro de 1998.	
- A resolução do CONFEF número 073/2004 dispõe sobre a Ginástica Laboral e dá outras providências (Anexo I).	
Dessa forma, observamos uma ampliação, tanto no número de empresas que adotaram o programa de Ginástica Laboral, quanto de entidades de ensino que passaram a promover cursos de especialização na área. 
Um dos maiores desafios tem sido a produção de trabalhos científicos que direcionem a atuação nesse segmento da Educação Física e forneçam dados para uma abordagem técnica e profissional cada vez melhor.
BIBLIOGRAFIA:
LIMA, Valquíria de. Ginástica Laboral: atividade física no ambiente de trabalho. 3. ed. rev. e ampl. São Paulo: Phorte, 2007. 
CAÑETE, Ingrid. Humanização: Desafio da Empresa Moderna: A Ginástica Laboral Como um Caminho. 2. ed. São Paulo: Ícone, 2001.
FERRAZ, Viviane Lopez. Ginástica Laboral: A Atividade Física na Empresa. 1999. 22 f. Monografia (Graduação) - Educação Física / Unicamp, Campinas, 1999.
JV Oliveira - 2013 - bibliotecadigital.uniformg.edu.br
LONGEN, Willians Cassiano. Ginástica Laboral Na Prevenção De LER/DORT: Um Estudo Reflexivo em uma Linha de Produção. Disponível em: . Acesso em: 26 jul. 2007.
Charlie Chaplin Tempos Modernos - Legendado Portugues.mp4

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