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PLANEJAMENTO E CONTROLE DE OBRAS AULA 1: Apresentação da disciplina Planejamento e Controle de Obras Contextualização Não importa em que área, você planeja o tempo todo. Ao dormir pensando no que/como fazer no dia seguinte até na hora de acordar planejando durante o dia. Como para toda ação, existe uma reação, quanto maior tempo alocado no planejamento, menor será o tempo desperdiçado, especialmente quando pensamos em projetos voltados a Engenharia Civil e ao planejamento e controle de obras. Planejamento e Controle de Obras Contextualização Imagine viajar sem pensar em combustível, distância, quem levar, etc. Mesmo inconscientemente você planeja e faz o controle na forma de dirigir, verificando outras rotas ou o transito e sentindo o veículo. Planejamento e Controle de Obras Objetivo OBJETIVO GERAL • Conhecer todas as etapas do planejamento de um empreendimento: pré-obra, obra e pósobra. Métodos e sistemas de planejamento. Ferramentas para controle de obras. OBJETIVOS ESPECÍFICOS • 1. Capacitar para a análise de técnicas, métodos e sistemas para planejamento. • 2. Conhecer as principais ferramentas aplicadas ao planejamento de obras civis. • 3. Capacitar visando produtividade e qualidade. Planejamento e Controle de Obras Conteúdos Unidade I - Noções Básicas 1.1 Cálculo de áreas: Normas Brasileiras 1.2 Aprovação de projetos e obras: SMU, SMAC, RGI, SFH 1.3 Contratos de construção e sub-empreitada 1.4 Engenharia Legal 1.5 Legislação Social e trabalhista 1.6 SMS (Plano de Segurança, Meio Ambiente e Saúde Ocupacional) Unidade II- Planejamento e Controle de Obras 2.1 Objetivos 2.2 Técnicas de planejamento, métodos e sistemas: PERT-CPM, PDCA, 5S, ISO Planejamento e Controle de Obras Conteúdos Unidade III – Emprego de ferramentas computacionais 3.1 Objetivos 3.2 Tabelas e Softwares Unidade IV - Informações Gerenciais 4.1 Produtividade 4.2 Qualidade Planejamento e Controle de Obras Procedimentos de Avaliação O processo de avaliação será composto de três etapas, Avaliação 1 (AV1), Avaliação 2 (AV2) e Avaliação 3 (AV3). As avaliações poderão ser realizadas através de provas teóricas, provas práticas, e realização de projetos ou outros trabalhos, representando atividades acadêmicas de ensino, de acordo com as especificidades de cada disciplina. A soma de todas as atividades que possam vir a compor o grau final de cada avaliação não poderá ultrapassar o grau máximo de 10, sendo permitido atribuir valor decimal às avaliações. Caso a disciplina, atendendo ao projeto pedagógico de cada curso, além de provas teóricas e/ou práticas contemple outras atividades acadêmicas de ensino, essas não poderão ultrapassar 20% da composição do grau final. Planejamento e Controle de Obras Procedimentos de Avaliação A AV1 contemplará o conteúdo da disciplina até a sua realização, incluindo o das atividades estruturadas. As AV2 e AV3 abrangerão todo o conteúdo da disciplina, incluindo o das atividades estruturadas. Para aprovação na disciplina o aluno deverá: • Atingir resultado igual ou superior a 6,0, calculado a partir da média aritmética entre os graus das avaliações, sendo consideradas apenas as duas maiores notas obtidas dentre as três etapas de avaliação (AV1, AV2 e AV3). A média aritmética obtida será o grau final do aluno na disciplina; • Obter grau igual ou superior a 4,0 em, pelo menos, duas das três avaliações; • Frequentar, no mínimo, 75% das aulas ministradas. Planejamento e Controle de Obras Bibliografia Básica CHOMA, André Augusto. Como gerenciar contatos com empreiteiros: manual de gestão de empreiteiros na construção civil. 2. ed. São Paulo: Pini, 2007. 2. GOLDMAN, Pedrinho. Introdução ao planejamento e controle de custos na construção civil brasileira. São Paulo: PINI, 1997. 3. TISAKA, Maçahico. Orçamento na construção civil: consultoria, projeto e execução. São Paulo: PINI, 2007 Bibliografia Complementar BERNARDES, Maurício Moreira e Silva. Planejamento e controle da produção para empresas de construção civil. Rio de Janeiro: LTC, 2003. SILVA, Maria Angélica Covelo; SOUZA, Roberto de. Gestão do processo de projeto de edificações. São Paulo: O Nome da Rosa, 2003 . ROUSSELET, Edison d a Silva; FALCÃO, Cesar. Segurança na obra: manual técnico de segurança do trabalho em edificações prediais. Rio de Janeiro: Interciência, 1999. 4. Inspeção Predial. São Paulo: Pini, 2006. 5. MELHADO, Sivio Burrattino. Coordenação de projetos de edificações. São Paulo: Pini. Planejamento e Controle de Obras Planejamento e Controle de Obras Exemplos Práticos Estudo dos Encargos Sociais e Trabalhistas e Cálculo do BDI ✓ Encargos Sociais são taxas aplicáveis aos custos de mão-de-obra (horista ou mensalista) que respondem à legislação trabalhista. Provém de cálculo, onde devem ser considerados os parâmetros que refletem as condições de trabalho da mão-de- obra. (PINI) Encargos Sociais e Trabalhistas Leis Sociais - Pernambuco.pdf ✓ Encargos Sociais são os custos incidentes sobre a folha de pagamentos de salários (insumos classificados como mão de obra assalariada) e têm sua origem na CLT, na Constituição Federal de 1988, em leis específicas e nas Convenções Coletivas de Trabalho (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL) Encargos Sociais e Trabalhistas Leis Sociais - Pernambuco.pdf ✓ Impostos incidentes sobre a folha de pagamento dos salários, sendo na maioria das vezes, embutido nos próprios salários, através de um percentual de acréscimo. ✓ Deve representar todos os direitos trabalhistas do funcionário, definidos pela legislação vigente e pelos acordos sindicais. ✓ O engenheiro de custos deve estar sempre atento às alterações de legislação e acordos sindicais, mesmo que o percentual seja calculado pelo RH da empresa. ✓ São específicas e diferentes a situação de horistas e mensalistas, com itens que são constantes por se tratarem de legislação e itens que são variáveis, pois dependem das situações que ocorrem na empresa, e que devem ser levadas em conta no momento do cálculo dos encargos sociais Encargos Sociais e Trabalhistas CLASSIFICAÇÃO Os encargos sociais incidentes sobre a mão de obra são classificados em quatro diferentes Grupos: Encargos Sociais e Trabalhistas Grupo A (previdenciários sobre a folha) - Encargos Sociais Básicos, derivados de legislação específica ou convenção coletiva de trabalho, que concedem benefícios aos empregados. Ex: INSS, Seguro Contra Acidente de Trabalho, Salário Educação e FGTS; ou que instituem fonte fiscal de recolhimento para instituições de caráter público, tais como: INCRA, SESI, SENAI e SEBRAE Encargos Sociais e Trabalhistas Grupo B - Encargos Sociais que recebem incidência do Grupo A e caracterizam-se por custos advindos da remuneração devida ao trabalhador sem que exista a prestação do serviço correspondente. Para que seu cálculo seja feito é necessário que se estabeleça o nº de dias e/ou horas efetivamente trabalhados no ano. Recebem incidência de A. Ex: Repouso Semanal Remunerado; Férias e adicional de 1/3; Feriados; Aviso Prévio trabalhado; Auxílio Enfermidade; 13º Salário... Encargos Sociais e Trabalhistas Grupo C - Encargos Sociais que não recebem incidência do Grupo A, os quais são predominantemente indenizatórios e devidos na ocasião da demissão do trabalhador, como aviso prévio indenizado, férias, quando vencidas, depósito por rescisão e outras indenizações. Encargos Sociais e Trabalhistas Grupo D Taxa de reincidência de A sobre B. Encargos Sociais e Trabalhistas Encargos ou Custos Complementares • São aqueles definidos em convenções coletivas dos trabalhadores e são pagos diretamente aos funcionários. • Alimentação, transporte, equipamentos de proteção individual, consultas e exames médicos (admissionais e demissionais). • Seguros de vida, plano de saúde e/ou odontológico e até participação nos lucros, dependendo da empresa Encargos Sociais e Trabalhistas CCT_SINDUSCON_X_FETRACOMPA_2014_2015_MR064193_2014_homologada.pdfEncargos ou Custos Complementares Encargos Sociais e Trabalhistas Encargos ou Custos Complementares Encargos Sociais e Trabalhistas Encargos ou Custos Complementares Encargos Sociais e Trabalhistas Encargos ou Custos Complementares Encargos Sociais e Trabalhistas Encargos ou Custos Complementares Encargos Sociais e Trabalhistas PARÁ – VIGÊNCIA A PARTIR DE 04/2015 - CEF Reincidência de A sobre B 36,80% X 50,19% = 18,47% “A” sobre Aviso Prévio Trabalhado e Reincidência de FGTS sobre Aviso prévio indenizado 36,80% X 0,18% + 8% X 7,67%= 0,68% Estudo dos Encargos Sociais, Trabalhistas e Cálculo do BDIEncargos Sociais e Trabalhistas HORISTA X MENSALISTA COM DESONERAÇÃO X SEM DESONERAÇÃO Encargos Sociais e Trabalhistas HORISTA X MENSALISTA - Horista: A jornada de trabalho de 220 horas* no mês é composta por horas efetivamente trabalhadas e pelo Descanso Semanal Remunerado – DSR. Num mês de 26 dias úteis e 4 domingos, são aproximadamente 188 horas trabalhadas e 32 horas de DSR - A remuneração é em função destas horas - Mensalista: Não se adota o conceito de horas produtivas, mas sim o de meses trabalhados, ou seja, 12 meses ao ano. - Mesmas premissas dos encargos entre ambos à exceção de: • Dias de chuvas - não gera impactos significativos no mensalista. • Repouso Semanal Remunerado e os Feriados - já estão inclusos nos salários dos Mensalistas e por isso não há incidência de Encargos nesta categoria Encargos Sociais e Trabalhistas HORISTA X MENSALISTA - DSR A semana trabalhista começa na segunda e termina no domingo, ou seja, o trabalhador horista tem de conquistar o DSR trabalhando durante toda a semana. O artigo 6º da Lei 605/49 assim determina: “Art. 6º Não será devida a remuneração (do domingo) quando, sem motivo justificado, o empregado não tiver trabalhado durante toda a semana anterior, cumprindo integralmente o seu horário de trabalho.” Encargos Sociais e Trabalhistas HORISTA X MENSALISTA - DSR Mensalista não precisa cumprir integralmente a jornada de trabalho para ter direito ao DSR, pois o domingo já se encontra remunerado no salário mensal. Se o mensalista faltar um dia da semana, perderá apenas o dia, não podendo sofrer desconto do DSR. conforme disposto no art. 7º,§ 2º da Lei 605/49: “Art. 7º A remuneração do repouso semanal corresponderá: § 2º Consideram-se já remunerados os dias de repouso semanal do empregado mensalista ou quinzenalista, cujo cálculo do salário mensal ou quinzenal, ou cujos descontos por falta sejam efetuados na base do número de dias do mês ou de 30 (trinta) e 15 (quinze) diárias, respectivamente.” Encargos Sociais e Trabalhistas DEMONSTRATIVO DE PERDA FINANCEIRA POR FALTA* Encargos Sociais e Trabalhistas COM DESONARAÇÃO X SEM DESONERAÇÃO (19 de julho de 2013) O regime de desoneração da folha de pagamentos substitui a contribuição de 20% (INSS) sobre o total da folha de pagamento pela contribuição previdenciária, com alíquota de 2%, sobre o valor da receita bruta. Enquadrados no regime de desoneração: setores referentes à Construção Civil e Construção de Obras de Infra Estrutura da CNAE 2.0 (Classif. Nacional de Atividades Econômicas) Como nem todas as atividades e empresas estão desoneradas, publicam-se ambos Encargos Sociais e Trabalhistas Impostos e Contribuições sobre o Trabalho (% dos lucros comerciais) – 2013 Encargos Sociais e Trabalhistas COM DESONARAÇÃO X SEM DESONERAÇÃO E para onde vai o INSS? Para o BDI. O INSS passa a ter um tratamento igual ao ISS, PIS e COFINS, devendo ser somado a esses impostos no cálculo do preço de venda. A desoneração da folha de pagamento reduz o custo direto da obra, porém aumenta o BDI. Encargos Sociais e Trabalhistas Encargos Sociais e Trabalhistas Memória de Cálculo CAIXA ECÔNOMICA FEDERAL Encargos Sociais e Trabalhistas ENCARGOS_SOCIAIS_MEMORIA_DE_CALCULO.pdf ✓ BDI é uma taxa que se adiciona ao custo de uma obra para cobrir as despesas indiretas que tem o construtor, mais o risco do empreendimento, as despesas financeiras incorridas, os tributos incidentes na operação , eventuais despesas de comercialização, o lucro do empreendedor e o seu resultado é fruto de uma operação matemática baseados em dados objetivos envolvidos em cada obra. (Maçahico Tisaka) Cálculo do BDI ✓ um percentual aplicado sobre o custo para chegar ao preço de venda a ser apresentado ao cliente (TCU) . Cálculo do BDI Na literatura especializada, encontra-se uma grande variedade de métodos de cálculo do BDI. (mais de 20 diferentes fórmulas de cálculo), tomando por base o Acórdão 2.369/2011-TCU-Plenário: Em que: PV = Preço de Venda; CD = Custo Direto; BDI = Benefício e Despesas Indiretas (lucro e despesas indiretas) Fórmulas do BDI Cálculo do BDI BDI – BENEFÍCIOS E DESPESAS INDIRETAS 01. EQUAÇÃO PARA CÁLCULO DE BDI (%): BDI (%) = Despesas Administrativas + Benefícios + Despesas Tributárias + Riscos ou Contingências 02. DESPESAS ADMINISTRATIVAS = Escritório central + Escritório local 03. BENEFÍCIOS = Despesas financeiras + Despesas comerciais + Lucro líquido 04. DESPESAS TRIBUTÁRIAS = Cofins (3%) + PIS(0,65%) + Imposto de Renda + CSLL ( 2,28%) + INSS Cofins = Contribuição para o financiamento da seguridade social CSLL = Contribuição social sobre o lucro líquido Cálculo do BDI 05. RISCOS OU CONTINGÊNCIAS: • Fiscalização – rigor excessivo nas medições • Atraso no recebimento das faturas • Mudança no poder político • Despesas elevadas com ações judiciais • Erro no levantamento de quantidades de serviços em orçamentos de contrato por preço global • Prejuízo quando o cliente não paga medições além da quantidade orçada • Dilatação do prazo de obras • Dificuldade para executar serviços externos em época de chuvas • Desperdício de materiais • Desperdício devido ao retrabalho • Prejuízo com furtos e roubos de materiais e equipamentos. Cálculo do BDI Onde: AC = taxa representativa das despesas de rateio da administração central; R = taxa representativa de riscos; S = taxa representativa de seguros; G = taxa representativa de garantias; DF = taxa representativa das despesas financeiras; L = taxa representativa do lucro/remuneração; e I = taxa representativa da incidência de impostos. Cálculo do BDI AC = administração central =>Calcula o custo da sede da empresa e o rateia proporcionalmente ao faturamento de cada obra em andamento DF = Despesas Financeiras => [ (1+ t÷ 100 ) (n÷ 30) - 1 ] x 100, onde t é a taxa de juros mensal (1%) e n o nº de dias para o pagamento S = Seguros => é função do contrato e depende do expertise do engenheiro de custos responsável pelo orçamento. G = garantia => para o caso de obra pública, quando antes da assinatura do contrato é dada uma garantia (carta caução) de 0,3 a 0,5% do valor do contrato. Cálculo do BDI R = Taxa de Risco ou margem de incerteza => para o caso de obras públicas, onde o projeto sobre o qual se executa o orçamento é o básico, e pela indicação do ICEC (Faixa de Aceitação da Precisão das Estimativas), 10% é o indicado. I = Incidência de Impostos • ISS = tributo municipal, varia de 2 a 5% e deve sempre ser observada a legislação do local da obra. – 3% • COFINS = tributo federal com alíquota única de 3% para todo o território nacional-Lei 9.718 • PIS = tributo federal com alíquota única de 0,65% para todo o território nacional • IRPJ e CSLL= tributos federais que incidem sobre o lucro Cálculo do BDI BDI REFERENCIAL ACÓRDÃO Nº 2622/2013 – TCU – Plenário Cálculo do BDI • Especificamente para o fornecimento de materiais e equipamentos relevantes de natureza específica: materiais betuminosos para obras rodoviárias, tubos de ferro fundido ou PVC para obras de abastecimento de água, elevadores e escadas rolantes para obras aeroportuários, dentre outros, inseridos no objeto de obra. • A redução da taxa de BDI se justifica pelo fato de as parcelas relativas à administração central e à remuneração do particular apresentarem percentuais inferioresem relação aos estabelecidos para a execução da obra, visto que o fornecimento desses bens apresenta menor complexidade e exige menor esforço e tecnologia em relação aos demais serviços prestados, e por não incidir o tributo que recai sobre os serviços (ISS). BDI DIFERENCIADO Cálculo do BDI ACÓRDÃO Nº 2622/2013 – TCU – Plenário BDI REFERENCIAL Cálculo do BDI ACÓRDÃO Nº 2622/2013 – TCU – Plenário BDI REFERENCIAL Cálculo do BDI A incidência do Lucro no BDI ainda não encontra consenso no meio técnico. Para Tisaka (2011), a parcela de remuneração deve estar no denominador da fórmula do BDI; enquanto que, para o Instituto Brasileiro de Engenharia de Custos (IBEC), essa parcela pode estar tanto no numerador quanto no denominador conforme demonstrado abaixo: Cálculo do BDI Cálculo do BDI Além da questão das alíquotas dos tributos, os outros fatores intrínsecos e extrínsecos à execução da obra também podem impactar a taxa de BDI, como: • tipo da obra • complexidade e porte da obra • localização geográfica • prazo de execução • condições do mercado de construção civil • situação econômica nacional • dentre outros. Cálculo do BDI BDI’s PRATICADOS SEGUNDO O TCU Órgão/Entidade BDI Caixa Econômica Federal Adota o Acórdão 2622/2013 - Plenário Codevasf (obras de irrigação/barragens) 25% Codevasf (obras de saneamento) Serviços: 30%; Fornecimento: 18% DNOCS 30% Ministério da Integração Nacional Não possui BDI de referência DNIT 27,84% Centran 13,24% Infraero (obras e serviços de engenharia) 27,10% Infraero (fornecimento e montagem de equipamentos) 25,93% Estudo dos Encargos Sociais, Trabalhistas e Cálculo do BDICálculo do BDI É de grande responsabilidade profissional a preparação correta de um orçamento, uma vez que o setor da construção civil é muito competitivo (tempos de crise). Co-relação entre Orçamento X Planejamento X Controle (custos mais próximos do real alinhados com o planejamento – dinamismo) O Domínio sobre os Encargos Sociais e Trabalhistas e o Cálculo de BDI (em constante atualização), que foi visto na aula de hoje, é fundamental para a busca do tão desejado preço mínimo e competitivo que pode ser decisivo para o sucesso de qualquer empresa Estudo dos Encargos Sociais, Trabalhistas e Cálculo do BDI Conceitos de Orçamentos de Obras de Edificações “Nos dias atuais, tendo em vista um mercado cada vez mais competitivo e um consumidor bastante exigente, todo e qualquer empreendimento requer um estudo de viabilidade econômica, um orçamento detalhado e um rigoroso acompanhamento físico- financeiro da obra. Para se avaliar a viabilidade de um empreendimento faz-se necessário estimar seu custo. Esta estimativa é realizada através da elaboração do orçamento” (Andrade e Souza 2002, Knolseisen 2003). Conceitos de Orçamentos de Obras de Edificações “Em geral, um orçamento é determinado somando-se os custos diretos- mão-de-obra de operários, material, equipamento- e os custos indiretos- equipes de supervisão e apoio, despesas gerais do canteiro de obras, taxas, etc.- e por fim adicionando os impostos e lucro para se chegar ao preço de venda. Aldo Dórea Mattos (Editora Pini, 2006) Conceitos de Orçamentos de Obras de Edificações QUAL A FINALIDADE DO ORÇAMENTO DE OBRAS? Análise de Viabilidade Econômica Aprovação de financiamento junto a agentes financeiros Estipular (“estimar”) gastos com o projeto Atribuir adequado preço de venda (prestação de serviço) Disputa de concorrências Quais os projetos necessários à elaboração do orçamento? O que é Análise Crítica de Projetos? Quais os projetos necessários para a Elaboração de um Orçamento Operacional? • Para elaborar um Orçamento Operacional é necessário ter todos os Projetos Executivos do empreendimento (Planialtimétrico, Fundação, Estrutura, Arquitetura e Instalações), em formato .dwg (AUTOCAD), para que seja possível quantificá- los; • É necessário também monitorar as versões para que os projetos disponíveis para o orçamento sejam adequadamente atuais e completos; • Um documento chamado Lista Mestra ajuda a manter a ordem e o controle sobre os projetos e suas versões. Exemplo de Lista Mestra para controle de projetos _Lista Mestra de Projetos.xlsx Análise Crítica de Projetos • Durante o estudo dos Projetos Executivos para a execução dos levantamentos dos quantitativos dos Projetos é comum encontrarmos incoerências entre projetos ou ausência de detalhes esclarecedores para esta fase de levantamentos. Essas incoerências ou ausências são denominados incompatibilidades ou falhas (ausências de detalhes) de Projetos; • Não é a ação que denominamos “Coordenação de Projetos”. Esta Coordenação deve ser realizada na fase de desenvolvimento dos projetos executivos por profissionais habilitados e qualificados para tal. Exemplo de Análise Crítica de Projetos _Análise crítica - projeto arquitetonico - Esquadrias de vidro.doc • As incompatibilidades, ausências de detalhes e outras falhas nos projetos podem gerar custos extras e não considerados (previstos) durante a elaboração do orçamento e consequentemente na fase executiva da obra; • O documento Análise de Projetos detecta algumas das incompatibilidades e falhas mais comuns em projetos, e tem como objetivo, antecipar aos profissionais envolvidos (projetistas, engenheiros, Diretores, Orçamentistas e outros) a ciência de possíveis problemas antes da fase de execução da obra. Análise Crítica de Projetos • Compatibilizar projetos gera diminuição de despesas que varia de 5% a 10% desse mesmo custo. Além de reduzir o tempo gasto no canteiro de obras, os ganhos são garantidos pela redução do desperdício e eliminação do retrabalho. A previsibilidade também garante diminuição do desperdício de material e conquista de tempo durante as obras. Análise Crítica de Projetos Especificações Técnicas, Caderno de Encargos e Memorial Descritivo ✓ É uma coletânea de orientações editadas geralmente por uma empresa contratante, de forma a uniformizar condutas dos projetistas, construtores e fiscais de obra. É uma referência que deve ser obedecida na concepção e execução da obra ✓ Pode conter descrições e diagramas da metodologia executiva de um serviço (por exemplo, requerimentos de escoramento de vala), detalhes construtivos (porta da entrada das agências bancárias, guarita de aterro sanitário, etc.), lista de verificação de itens para fiscalização de campo (liberação de concretagem, por exemplo), critérios de medição de pagamento (definindo se o telhado é pago na dimensão real ou em projeção horizontal, etc.), requisitos de aceitação de serviço e outras definições. Caderno de Encargos São instrumentos para: • Padronizar projetos de forma a garantir uma identidade nas obras da empresa, melhorando a repetitividade; • Disciplinar a atuação das empresas contratadas, que pautarão sua ação pelos termos estipulados no caderno; • Praticidade operacional, porque evita que o órgão contratante tenha que explicar tudo nos mínimos detalhes a cada contratação - basta remeter ao caderno; • Economia maciça de papel, pois a remissão ao caderno poupa espaço (e tempo). Caderno de Encargos ../../CadEncarAGETOP.PDF ✓ As especificações técnicas (ET) descrevem, de forma precisa, completa e ordenada, os materiais e os procedimentos de execução a serem adotados na construção. Especificações Técnicas São instrumentos para: ✓ complementar a parte gráfica do projeto. a) generalidades - incluem o objetivo, identificação da obra, regime de execução da obra, fiscalização, recebimento da obra, modificações de projeto, classificação dos serviços (item c). Havendo caderno de encargos, este englobará quase todos estes aspectos. b) Especificação dos materiais - pode ser escrito de duas formas: genérica (aplicável a qualquer obra) ou específica (relacionando apenas os materiais a serem usados na obra em questão). c) discriminação dos serviços - especifica como devem ser executados os serviços, indicando traçosde argamassa, método de assentamento, forma de corte de peças, etc. Especificações Técnicas ✓ O memorial descritivo é outro tipo de resumo das especificações técnicas. Há memoriais descritivos para finalidades específicas, tais como venda, propaganda, registro de imóveis ou aprovação de projetos na municipalidade. Deve ser ajustado ao orçamento, seguindo a mesma ordem deste (ordenamento e nome dos serviços ou atividades). ✓ O Memorial Descritivo é um documento que descreve detalhadamente todas as fases e materiais utilizados no projeto. Este documento serve de base para a compra de materiais e para a execução da obra. Memorial Descritivo Memorial Descritivo LEVANTAMENTO DE QUANTIDADES Levantar as seguintes quantidades de serviço para o projeto que segue: Alvenaria*; Reboco*; Contrapiso; Revestimentos de Piso; Revestimentos de Parede (somente interno); Estrutura de cobertura e Telhamento; Forro; O levantamento de quantidades é a fase mais importante no processo de elaboração do orçamento, sendo exigido do orçamentista todo o conhecimento a respeito de como é feito determinado serviço, além do conhecimento dos serviços que envolvem uma obra. LEVANTAMENTO DE QUANTIDADES Todo orçamentista no processo de elaboração do levantamento de quantidades, produz o que denominamos de memória de cálculo, que deve ser fácil de ser manipulada e entendida para que outro profissional possa conferir com agilidade e facilidade. LEVANTAMENTO DE QUANTIDADES O levantamento de quantidades a partir de um projeto inclui a elaboração de cálculos baseados nas dimensões previstas em projeto, tais como: volume de concreto, áreas de piso, metragem de fôrmas, quantidades de portas, área de pintura, área de telhado, etc; bem como ao cálculo de volumes, escavação, lastros, nivelamento e apiloamento. LEVANTAMENTO DE QUANTIDADES A critério de organização, seguem-se roteiros previamente definidos por cada empresa. Para a divisão dos itens, usualmente, utiliza-se a seguinte definição macro de levantamentos Dos principais itens a serem levantados, temos como critérios: FUNDAÇÃO ESTRUTURA ARQUITETURA INSTALAÇÕES LEVANTAMENTO DE QUANTIDADES LEVANTAMENTO DE QUANTIDADES LEVANTAMENTO DE QUANTIDADES Índices dos Cadernos.pdf LEVANTAMENTO DE QUANTIDADES LEVANTAMENTO DE QUANTIDADES DOS ITENS DE FUNDAÇÃO BLOCOS E SAPATAS A critério executivo, uma sapata (ou bloco) apresenta as seguintes etapas: - Escavação - Lastro - Formas - Aço - Concreto - Reaterro LASTRO PIQUETE DE MADEIRA BLOCO TERRENO 5cm 10 a 15c m LEVANTAMENTO DE QUANTIDADES http://sites.google.com/site/ecvfundacoes20072/PIC_0015.JPG http://sites.google.com/site/ecvfundacoes20072/DSC03261.jpg LEVANTAMENTO DE QUANTIDADES DOS ITENS DE FUNDAÇÃO ESTACAS Antes de tudo deve-se identificar o tipo de estaca a ser utilizada e estudar seu processo executivo. Devem ser contabilizados os volumes de concreto, assim como as quantidades em (kg) de aço a serem utilizados. LEVANTAMENTO DE QUANTIDADES DOS ITENS DE ESTRUTURA LAJES PILARES VIGAS Deve ser contabilizado: - Formas de fundo - Armação em aço - Concreto Deve ser contabilizado: - Forma Lateral - Armação em aço - Concreto Deve ser contabilizado: - Formas de fundo - Forma Lateral - Armação em aço - Concreto LEVANTAMENTO DE QUANTIDADES LEVANTAMENTO DE QUANTIDADES LEVANTAMENTO DE QUANTIDADES LEVANTAMENTO DE QUANTIDADES 1. Marcação das Paredes 2. Numeração das Paredes 3. Cotação das Paredes 4. Pé Direito 5. Descontos Lineares 6. Descontos em m² de vão maiores que 2m²* 7. Divisão parede interna/externa DOS ITENS DE ARQUITETURA ALVENARIA LEVANTAMENTO DE QUANTIDADES LEVANTAMENTO DE QUANTIDADES 1. Identificar as portas e esquadrias 2. Verificar se acima das mesmas haverá uma viga 3. Adicionar os acréscimos (20cm* em cada direção) DOS ITENS DE ARQUITETURA VERGAS E CONTRAVERGAS LEVANTAMENTO DE QUANTIDADES 1. Identificar os ambientes e suas respectivas medidas (área de piso, área de parede) 2. Executar os descontos em m² (portas, esquadrias, vãos) 3. Identificar os revestimentos em projeto ou memorial descritivo 4. Separar os revestimentos conforme sua descrição DOS ITENS DE ARQUITETURA REVESTIMENTOS PISO PAREDE TETO LEVANTAMENTO DE QUANTIDADES LEVANTAMENTO DE QUANTIDADES LEVANTAMENTO DE QUANTIDADES LEVANTAMENTO DE QUANTIDADES DOS ITENS DE ARQUITETURA OBRA GROSSA LEVANTAMENTO DE QUANTIDADES LEVANTAMENTO DE QUANTIDADES LEVANTAMENTO DE QUANTIDADES LEVANTAMENTO DE QUANTIDADES LEVANTAMENTO DE QUANTIDADES Identificar as áreas de telhado e sua respectiva inclinação, caso não haja corte pode-se utilizar uma tabela auxiliar sugerida por Mattos COBERTURA LEVANTAMENTO DE QUANTIDADES LEVANTAMENTO DE QUANTIDADES DOS ITENS DE INSTALAÇÕES INSTALAÇÕES ELÉTRICAS CABOS ELETRODUTOS DISJUNTORES TOMADAS LUMINÁRIAS As instalações elétricas se dividem em alimentação (gerador ao quadro) e iluminação (quadro aos pontos). DOS ITENS QUE COMPÕEM AS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS, TEMOS QUADROS LEVANTAMENTO DE QUANTIDADES DOS ITENS DE INSTALAÇÕES CABOS Os cabos e eletrodutos devem ser contabilizados em metros e divididos entre: - Eletrodutos de Teto - Eletrodutos de Parede - Eletrodutos de Piso ELETRODUTOS LEVANTAMENTO LEVANTAMENTO DE QUANTIDADES LEVANTAMENTO DE QUANTIDADES DOS ITENS DE INSTALAÇÕES Os disjuntores devem ser contabilizados unitariamente e divididos por quadros. DISJUNTORES Todos contados unitariamente obedecendo especificação de projeto e legenda. TOMADAS LUMINÁRIASQUADROS LEVANTAMENTO DE QUANTIDADES DOS ITENS DE INSTALAÇÕES HIDRÁULICO Os projetos de instalações hidráulicas se dividem em alimentação (cisterna ao registro) e isométricos (registro aos pontos). De acordo com o projeto, pode haver ainda a divisão água quente e água fria. Água Quente Água Fria Com os isométricos é possível visualizar de forma mais clara as conexões e os tubos com suas respectivas bitolas LEVANTAMENTO LEVANTAMENTO DE QUANTIDADES Predial Água Fria.pdf Levantamento dividido por isométrico ou por ponto de alimentação As conexões são levantadas em unidades Os tubos são levantados em metros LEVANTAMENTO DE QUANTIDADES DOS ITENS DE INSTALAÇÕES ESGOTO Por conta da complexidade do projeto sanitário, por conta das inúmeros ponto, divide-se seu levantamento em ramos, são eles: VENTILAÇÃO E. PRIMÁRIO PLUVIAL GORDURA SABÃO PRUMADAS LEVANTAMENTO LEVANTAMENTO DE QUANTIDADES Predial Esgoto.pdf Predial Águas Pluviais e Drenagem.pdf As conexões são levantadas em unidades Os tubos são levantados em metros LEVANTAMENTO DE QUANTIDADES ✓ RESUMOS Ao término de cada grupo de serviços um resumo é executado e entregue ao contratante. Através do resumo é possível identificar todos os itens de forma fácil sem que os cadernos de levantamentos precisem ser verificados repetidas vezes. RESUMO DE FUNDAÇÃO RESUMO DE ESTRUTURA RESUMO DE ARQUITETURA RESUMO DE INSTALAÇÕES LEVANTAMENTO DE QUANTIDADES Resumo de Estrutura.pdf Resumo do Arquitetônico.pdf Resumo do Arquitetônico.pdf Resumo - Instalações - Água Fria - Alimentação.pdf