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TRABALHO 2 - REALIZADO EM SALA DE AULA Nome: Bruna Letícia Martins de Sousa________________________ Matrícula: 201902163321 Disciplina: DIREITO DO TRABALHO - Referente a Aula 4; - Vale 02 pontos na AV1; - Até o prazo concedido pelo professor, sua resposta deverá ser postada em Tarefas. ► Com base no conteúdo interativo da Aula 4, responda o que se pede, considerando os casos concretos abaixo. 1) Aline Moura trabalha como garçonete num restaurante e casa de shows em Belém e sofre diariamente com o mau comportamento dos clientes do estabelecimento, em especial aqueles que já estão sobre o efeito de bebidas alcoólicas. A situação já foi reportada ao gerente de Aline e essa situação é sofrida por todas as demais empregadas do restaurante, sem que qualquer medida preventiva e combativa tenha sido adotada pelo empregador que afirma não ter como responder ou mesmo controlar a conduta dos seus clientes, eximindo-se de qualquer responsabilização. Diante dessa situação, poderia a mesma requerer o término do seu contrato de trabalho por descumprimento do mesmo por parte do empregador? E, a empresa pode ser responsabilizada pelo assédio sofrido pelas empregadas do estabelecimento? Comente a partir da legislação específica e no entendimento pacificado do TST. 1- Sim. 2- Sim. Seria assédio moral vertical descendente onde o superior hierárquico agride o subordinado, podendo o primeiro ser tanto o empregador quanto seu preposto. Art. 223-E, CLT. São responsáveis pelo dano extrapatrimonial todos os que tenham colaborado para a ofensa ao bem jurídico tutelado, na proporção da ação ou da omissão. 2) Márcia ingressou com reclamação trabalhista contra sua ex-empregadora, pessoa jurídica Luz Nova Ltda., com pedido de indenização por danos morais, ao argumento de que restou prejudicado o seu direito ao lazer, pois era obrigada a trabalhar em períodos extensos, fazendo horas extras diariamente, o que lhe impossibilitava o convívio social e familiar. Luz Nova Ltda. contestou a ação e apresentou reconvenção, com pedido de indenização por danos morais, argumentando que Márcia havia violado a imagem da empresa, ao publicar ofensas contra ela nas redes sociais. Neste caso, nos termos da lei trabalhista vigente que regula o dano extrapatrimonial: a) o lazer não é bem juridicamente tutelado inerente ao empregado, pois se trata de direito fundamental oponível apenas contra o Estado e não contra o empregador. b) a pessoa jurídica não é titular do direito à reparação, pois a sua esfera moral não é tutelável. c) a imagem, a marca, o nome, o segredo empresarial e o sigilo da correspondência são bens juridicamente tutelados inerentes à pessoa jurídica. d) a Consolidação das Leis do Trabalho não prevê a reparação de danos de natureza extrapatrimonial decorrentes da relação de trabalho, sendo utilizada a lei civil, subsidiariamente sempre. e) ao apreciar o pedido de reparação por danos extrapatrimoniais, o juízo não considerará os reflexos sociais da ação ou omissão e a situação social das partes envolvidas, mas, apenas, os reflexos pessoais da ação ou omissão e a situação econômica das partes. 3) Empregado ingressa com reclamatória, postulando indenização por assédio moral, afirmando que seu superior hierárquico fazia uso, diariamente, de expressões agressivas, quando lhe dirigia a palavra, colocando-o em situação de sério abalo e constrangimento perante os demais colegas de trabalho. A empresa se defende, asseverando que, em realidade, o superior hierárquico do reclamante era uma pessoa rude no trato, e que, apesar de lhe ter pedido, por diversas vezes, para que empregasse linguajar mais moderado, seus pedidos não foram atendidos, pois essa rudeza era uma característica da sua pessoa, tanto que tratava a todos os seus subordinados do mesmo modo. O pedido deverá, por ocasião do julgamento do feito: a) ser repelido, porquanto a reclamada não se omitiu, já que pediu ao superior hierárquico do reclamante para que controlasse seu linguajar. b) ser acolhido, porquanto nada justifica que alguém possa dar asas a sua “rudeza” num ambiente de trabalho, em prejuízo de outros empregados, mormente se forem seus subordinados, sem que o empregador faça nada para contê-lo, de modo efetivo, o que, legalmente, era de sua responsabilidade. c) ser rejeitado, pois, se o próprio empregador não concordava com o linguajar do superior hierárquico do reclamante, este deveria reagir à altura, e se assim não fez, o empregador não pode ser responsabilizado por isso; d) ser rejeitado, já que o superior hierárquico do reclamante usava o mesmo linguajar com todos os seus subordinados; e) ser rejeitado, pois apenas o reclamante se insurgiu contra o linguajar do seu superior hierárquico, o que demonstra que não era assim tão agressivo. 4) Observe o Depoimento a seguir, coletado em audiência, de JOSÉ DA SILVA, testemunha da empresa empregadora: Afirma JOSÉ DA SILVA: que trabalha na reclamada desde novembro de 2013; que a chefe do depoente é Kelly; que Kelly é gerente; que Kelly passa as metas e auxilia os vendedores; que o reclamante era vendedor; que na reunião com a gerente Kelly, ela dá orientações, feedback, passa o roteiro; que durante a reunião há práticas motivacionais, como o grito de guerra e a canção da vitória, cantada por todos ao final da reunião; que depois da reunião estão liberados; que, se um vendedor fica 3 meses consecutivos abaixo da média de vendas, dá lugar para outra pessoa; que a média é o total de vendas dividido pelo número de vendedores; que o critério é o mérito; que Gonçalo é o supervisor; que ele é o superior hierárquico de Kelly; que Gonçalo participa da reunião uma vez por mês, no último dia útil; que Gonçalo coloca uma lata de energético na mesa do vendedor que está no topo do ranking e todos aplaudem; que na mesa de quem está em último coloca uma tartaruga de pelúcia e todos vaiam; que é uma brincadeira entre os vendedores e a chefia; que todos os vendedores participam da reunião diária; que os vendedores têm acesso às vendas efetivadas pelos demais, após o final do mês, pela intranet; que Kelly faz cobranças, faz pressão; que há vendedores que necessitam de uma cobrança maior, mais incisiva; que Kelly passa orientações durante o dia por telefone; que o reclamante estava bastante desmotivado nos últimos meses; que o depoente se dava bem com o reclamante, mas nos últimos meses ele se isolou dos demais; que Kelly conversou com o reclamante em sua sala; que, depois disso, o reclamante saiu chorando da reunião e não apareceu mais; Nada mais. Com base no depoimento transcrito, relativamente ao relacionamento interpessoal no ambiente do trabalho, qual das situações abaixo é identificada? a) Assédio moral tradicional vertical ascendente b) Assédio moral tradicional horizontal c) Assédio moral tradicional vertical descendente d) Straining ou assédio moral organizacional (RESPOSTA CORRETA) e) Administração por injúria