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Síntese - Eon Proterozoico 
Luiza de A. Vaillant 
Recentes trabalhos da International Commission on Stratigraphy (ICS) mostram o 
eon Proterozoico consistindo em três eras com o prefixo Paleo, Meso e Neo. ​Assim como 
na terminologia arqueana, os termos proterozóicos não são baseados em unidades 
estratigráficas de tempo com estratotipos. O limite arqueano-proterozóico, há 2,5 bilhões de 
anos, marca o tempo aproximado das mudanças no estilo de evolução da crosta, mas 
deve-se enfatizar "aproximado", porque a evolução da crosta arqueana não foi completada 
ao mesmo tempo em todas as áreas. 
O Arqueano é caracterizado por originar os terrenos granito-gnaisse e greenstone 
belts que foram moldados nos crátons. Embora essas mesmas associações de rochas 
continuassem a se formar durante o Proterozóico, elas o fizeram a uma taxa 
consideravelmente reduzida. Além disso, muitas rochas arqueanas são metamórficas, 
enquanto vastas exposições de rochas proterozóicas são inalteradas ou quase assim, e em 
muitas áreas arqueanas e proterozóicas são separadas por uma discordância. E, 
finalmente, associações generalizadas de rochas sedimentares de margens continentais 
passivas foram depositadas durante o Proterozóico, e o estilo das placas tectônicas era 
essencialmente o mesmo de agora. 
Além de uma mudança no estilo de evolução crustal, o Proterozoico foi um momento 
importante na evolução da atmosfera e da biosfera, bem como na origem de alguns 
importantes recursos naturais. 
Crátons foram reunidos no Arqueano pelas colisões de ilha e minicontinentes. Na 
era Paleoproterozoica​, esses crátons forneciam os núcleos em torno dos quais a crosta 
proterozóica se acumulava, formando, assim, massas de terra muito maiores. O acréscimo 
em torno desses núcleos ocorreu muito mais do que hoje, onde as placas convergem, mas 
sem dúvida ocorreu mais rapidamente porque a Terra possuía mais calor radiogênico e as 
placas se moviam mais rapidamente. O limite superior dessa era um tanto impreciso, mas 
foi arbitrado em 1,6 Ga, correspondendo ao final das orogenias recém mencionadas. 
A era Paleoproterozoica é subdividida em quatro períodos: Sideriano, Riaciano, 
Orosiriano e Estateriano. O ​Sideriano​ faz referência ao grande volume de formações 
ferríferas geradas nesse período, estendendo-se de 2,5 a 2,3 Ga, e é caracterizado pela 
deposição de extensos pacotes de sedimentos ao redor dos crátons arqueanos, na fase 
inicial da instalação das plataformas continentais. Por esse motivo, o Sideriano é chamado 
de período de calmaria tectônica. 
 
 
 
O ​Riaciano​, que se estende de 2,3 a 2,0 Ga, é caracterizado pelo início de uma 
série de colisões entre placas tectônicas em alguns locais, comprimindo as bacias 
sedimentares geradas no período anterior. Em outros locais ainda persistem processos de 
abertura e sedimentação correlata. Há geração de complexos máficos e ultramáficos que 
podem estar relacionados a vários ambientes tectônicos, como: riftes intracontinentais, riftes 
de margem continental, LIP’s intracontinental, províncias continentais anorogênicas, 
margens convergentes, ambientes pós-colisionais. 
O ​Orosiriano​, que faz referência a cadeias de montanhas, se estende de 2,0 a 1,8 
Ga e é caracterizado com um dos mais significativos períodos de geração de cadeias de 
montanhas na história da Terra. As orogenias iniciadas no Riaciano, terminam sua 
evolução, e outras tantas tem início, continuando um grande ciclo de colagem de placas. No 
Brasil, o ​evento transamazônico/eburneano​ durou de 2,2 a 1,8 Ga e afetou rochas de 
diversas regiões do país. No final do Orosiriano, essas colagens resultaram em dois 
grandes continentes: Ártica (constituindo a América do Norte, Groelândia e Sibéria), e 
Atlântica (constituindo a América do Sul e África). 
Outro importante evento, ocorrido a cerca de 2,0 Ga (Orosiriano), foi a colagem de 
placas arqueanas no ​cráton São Francisco​, na Bahia. As placas consistem no Bloco 
Gavião, segmento Itabuna-Salvador-Curaçá, Bloco Jequié e Bloco Serrinha. 
 
 
O ​Estateriano​ se estende de 1,8 a 1,6 Ga e, após dois períodos em que os 
continentes só aumentavam de tamanho e aglutinavam-se gerando supercontinentes, nesse 
período inicia-se uma fase de quebras, gerando novamente vários blocos continentais 
menores. 
O tempo entre 2,0 e 1,8 Ga (Orosiriano e Estateriano) foi especialmente importante, 
porque é quando as colisões entre os crátons arqueanos formam vários orógenos, que são 
lineares para arquear cinturões de deformação nos quais muitas rochas foram 
metamorfizadas e invadidas por magmas, que esfriaram para formar plutons, especialmente 
os batólitos. Como resultado, esses crátons antigos foram suturados ao longo desses 
orógenos, formando assim uma massa de terra muito maior, que agora compõe grande 
parte da Groenlândia, do centro do Canadá e do centro-norte dos Estados Unidos 
(Laurência, também conhecido como cráton Norte Americano). 
 
O último episódio de acresção da Laurência, já no Mesoproterozoico, envolve a 
origem da Província Granito-Riolito, e das Províncias Grenville-Llano. 
 
 
A ​era Mesoproterozoica​, que se estende de 1,6 a 1,0 Ga, marca o fim das 
orogenias paleoproterozoicas e início das tafrogêneses Estaterianas. Essa era é 
caracterizada por extensas faixas sedimentares com metamorfismo de baixo grau, 
margeando orógenos paleoproterozoicos separando blocos cratonicos mais velhos. A 
orogenia de Grenville​ (um evento mezoproterozoico em Laurência, há 1,3 - 1,0 Ga 
(Ectasiano - Esteniano)), ​ocorreu na parte oriental do continente em evolução Laurencia. As 
rochas de Grenville estão bem expostas nas atuais montanhas dos Apalaches, bem como 
no leste do Canadá, Groenlândia e Escandinávia. Muitos geólogos acham que a orogenia 
de Grenville pode ter sido o episódio final na montagem do supercontinente Rodinia, que 
persistiu no Neoproterozóico. 
 
 
 
A era Mesoproterozoica é subdividida em três períodos: Caliminiadno, Ectasiano e 
Esteniano. O período ​Calimiano​ se estende de 1,6 a 1,4 Ga, e é caracterizado como um 
período de relativa “calmaria” tectônica. A fase extensiva que se iniciou no Estateriano 
continua por todo o Calimiano. Neste período se desenvolvem grandes bacias sedimentares 
sob os terrenos que já estavam estabilizados, como é o casa do Ripheano, na Rússia, e da 
Bacia Cuddapah,na Índia. Ainda que predominem esses processos distensivos, em 
algumas áreas se iniciam orogenias expressivas, como é o caso da Província Grenville, na 
América do Norte, e dos cinturões do centro da Austrália. Na Plataforma Sulamericana 
predominam os processos extensivos, como por exemplo, as manifestações anorogênicas 
da Suíte Serra da Providência no norte do Brasil. 
O período ​Ectasiano​ se estende de 1,4 a 1,2 Ga, e nele ainda predominam as 
condições extensionais, sendo que sua característica principal é a quebra do registro 
sedimentar, ou seja, começam a depositar sequências diferentes das que já estavam 
depositadas. Alguns registros dessa diferença de sedimentação são observados no Escudo 
Báltico e na Índia. Em contrapartida, nas Américas, o Ectasiano é marcado por processos 
compressivos, representados pelas orogenias Grenville, na América do Norte, e São 
Inácio/Uruaçuano/Espinhaço na América do Sul. Essas colagens são relacionadas a 
formação do supercontinente Rodinia. 
O período ​Esteniano​ se estende de 1,2 a 1,0 Ga, e é caracterizado por uma 
profusão de orogenias em todos os continentes, resultando na aglutinação e consolidação 
do supercontinente ​Rodinia​. Alguns exemplos desses fenômenos orogênicos são as faixas 
Satpura/Singbhum, na Índia e Namaqua/Kibara na África. Na Plataforma Sulamericana 
essas orogenias já tinham se iniciado no período precedente (Ectasiano). Um exemplo de 
manifestação relevante do período Esteniano é o evento Rondoniense (entre 1,1 e 1,0 Ga), 
responsável pela geração dos granitos rapakivi de Rondônia. 
Supercontinentes como Rodinia tem vida curta. Várias são as causas possíveis,mas 
o fato é que enquanto algumas áreas estão sendo coladas, outras já estão começando a se 
romper. Enquanto ainda estavam em curso orogenias na Ásia, Austrália e Europa, na 
plataforma sulamericana já começavam os esforços distensivos, rasgando a crosta em 
vários locais e permitindo a ascensão de diversos enxames de diques na Amazônia, em 
Minas Gerais, etc. 
A ​Serra do Espinhaço​ foi um orógeno mesoproterozoico que reúne rochas 
sedimentares e vulcânicas depositadas entre 1,75 e 1,70 Ga em domínio continental. A 
fragmentação crustal gerou margens continentais passivas, com sedimentação inclusive 
química, que foi invertida em 1,5 a 1,3 Ga. No final do Mesoproterozoico a faixa orogenica 
foi palco de uma glaciação de montanha e magmatismo intracontinental. 
 
Cráton São Francisco: Evento Espinhaço 
Goiás: Evento Uruaçuano (Chapada dos Veadeiros) 
Borborema: Evento Cariris Velho 
 
A era ​Neoproterozoica​, que se estende de 1000 a 542 Ma, é caracterizado por uma 
ciclicidade de glaciações. São encontrados, em registros nas faixas móveis, diamictitos, 
metadiamictitos, depósitos glaciais preservados e deformados. Por exemplo: Orógeno 
Araçuaí, grupo Macaúbas (diamictitos). Seu registro é marcado por litologias típicas de 
coberturas plataformais, que adentraram pelo Paleozoico sem interrupções. 
As glaciações indicam que a dispersão dos descendentes de Rodínia e as 
regressões marinhas estavam em altas latitudes, ou seja, essas massas estavam todas 
concentradas em alguma porção polar, ou sul ou no norte. 
Essa era é subdividida em três períodos: Toniano, Criogeniano e Ediacarano. O 
período ​Toniano​, que se estende de 1000 a 720 Ma, é caracterizado por uma ampla 
deposição de sequências sedimentares sobre, ou bordejando, as áreas recém 
estabilizadas. Muitas dessas sequências, principalmente as intracontinentais, se 
estenderam por todo o Neoproterozoico, durando até o Fanerozoico. No Brasil, algumas 
sequências extensas de idade meso/neoproterozoicas são os Grupos Paranoá, Bambuí e 
Formação Salitre, na região central do país. 
 O momento extensional característico desse período corresponde a quebra e 
desarticulação do supercontinente Rodinia, recém estabelecido no final do 
Mesoproterozoico. Na América do Sul esse processo é bem marcado pelos enxames de 
diques que se distribuem ao longo da costa da Bahia, ao longo do Espinhaço, a sul do 
Cráton São Francisco e na Amazônia. O auge desse fenômeno extensional ocorreu entre 
950 e 850 Ma, mas pode ter se estendido um pouco mais em alguns setores, como é o caso 
da Província Borborema e das Faixas Pampeanas e Araçuaí. 
O período ​Criageniano​, que se estende de 720 a 635 Ma, é caracterizado pelos 
períodos de glaciação que ocorreram em praticamente todos os continentes. No início 
desse período ainda perduravam os processos extensionais e quebra dos blocos 
continentais. No Brasil e na África há evidências que parte dos processos de rifteamento e 
formações de bacias pós-Rodinia tenham ocorrido em condições frias e glaciais. 
Alguns fragmentos de Rodinia (Gongwana Leste e Oeste e vários blocos menores) 
se movimentaram ao redor do globo e vieram a formar o megacontinente ​Gondwana​, 
durante o estágio de colagem chamado ​Evento Pan-Africano/Brasiliano​. No contexto 
desse grande ciclo de colagens, a região que corresponde ao atual continente sulamericano 
era constituída de vários fragmentos cratônicos, sendo eles: Amazônico, São 
Francisco-Congo, Rio de La Plata; e vários blocos menores: Pampia, Central de Goiás, Juiz 
de Fora, Luís Alvez, entre outros. As colagens entre esses blocos resultaram em diversas 
faixas móveis, dentre as quais podemos citar a Faixa Brasília (colisão entre o cráton São 
Francisco e o cráton Amazônico). 
 
 
 
O período Ediacariano, que se estende entre 635 a 545 Ma, é caracterizado pela 
continuação dos processos ocorridos no Criogeniano. Na América do Sul esse período 
marca o auge do ciclo de colagens Pan Africacano - Brasiliano (650 a 630 Ma), responsável 
pela construção do megacontinente Gondwana. O final desse evento ocorre entre a 
transição do Neoproterozoico e Paleozoico, com a colagem dos últimos fragmentos 
continentais, gerando a Faixa Ribeira, representando a colisão entre a microplaca Serra do 
Mar e o terreno Juiz de Fora com o cráton São Francisco. 
O registro fóssil do Neoproterozoico é marcado pela diversidade multicelular da 
fauna Ediacara e pelos estromatólitos. 
 
 
 
 
 
 
 
Neoproterozoico - Evento Brasiliano 
Mesoproterozoico - Evento Espinhaço/Uruaçuano 
Paleoproterozoico - Evento Transamazônico 
Arqueano - Evento Jequié/Rio das Velhas

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