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FENÔMENOS DE TRANSPORTE Aula 3 Profa. Iara Lima Prof. Alexandre Simões Prof. Ricardo Chierecci Prof. Fábio Papalardo INSTRUÇÕES GERAIS A cada semana 3 exercícios propostos para cada disciplina. Os alunos devem: Escolher apenas 1 desses 3 exercícios semanais e resolver da seguinte forma: 1 exercício por semana; Escrever o enunciado; Metade de uma folha de sulfite A4; Entregar para o professor no retorno às aulas presenciais, pois esses exercícios irão compor a nota de prova. EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE Equação da continuidade representa a conservação de massa em fluxo constante. Assim, em regime permanente, a vazão mássica será conservada: Se o fluido em movimento for incompressível, como a massa específica é cte (ρ1 = ρ2) e a eq. da continuidade ficará: M1 M2Q Q 1 2Q Q EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE Entradas e Saídas não únicas Para sistemas com diversas entradas e saídas, a equação da continuidade pode ser generalizada para: Ou seja, a soma das vazões em massa na entrada é igual à soma das vazões em massa na saída. A mesma análise pode ser aplicada para um fluido incompressível: M M Entrada Saída Q Q Entrada Saída Q Q Exercício 1 (Módulo 4) Um jato de água que sai de uma torneira fica progressivamente mais fino durante a queda (figura a seguir). Essa seção reta horizontal é característica de jatos de água laminares em queda livre porque a força gravitacional aumenta a velocidade da água. Determine a velocidade v0 (em m/s). Dados: A0 = 1,2 cm² A = 0,35 cm² h = 45 mm g = 10 m/s² v² = v²0 + 2.g.h Exercício 1 (Módulo 4) - Resolução Dados: A0 = 1,2 cm² A = 0,35 cm² h = 45 mm g = 10 m/s² v² = v²0 + 2.g.h Equação da continuidade: QA = QA0 V . A = V0 . A0 V = V0. A0 A = V0. 1,2 0,35 V = 3,43.V0 𝐕𝟐 = 𝐕𝟎 𝟐 + 𝟐. 𝐠. 𝐡 𝟑, 𝟒𝟑 ∗ 𝐕𝟎 𝟐 = 𝐕𝟎 𝟐 + 𝟐. 𝟏𝟎. 𝟎, 𝟎𝟒𝟓 𝟏𝟏, 𝟕𝟔. 𝐕𝟎 𝟐 = 𝐕𝟎 𝟐 + 𝟎, 𝟗 → 𝟏𝟏, 𝟕𝟔. 𝐕𝟎 𝟐 − 𝐕𝟎 𝟐 = 𝟎, 𝟗 𝟏𝟎, 𝟕𝟔. 𝐕𝟎 𝟐 = 𝟎, 𝟗 → 𝐕𝟎 𝟐 = 𝟎, 𝟗 𝟏𝟎, 𝟕𝟔 𝐕𝟎 𝟐 = 𝟎, 𝟎𝟖𝟑𝟔 → 𝐕𝟎 = 𝟎, 𝟎𝟖𝟑𝟔 𝐕𝟎 = 𝟎, 𝟐𝟗 𝐦 𝐬 Exercício 1 (Módulo 4) Um jato de água que sai de uma torneira fica progressivamente mais fino durante a queda (figura a seguir). Essa seção reta horizontal é característica de jatos de água laminares em queda livre porque a força gravitacional aumenta a velocidade da água. Determine a vazão (em m³/s) da torneira. Dados: A0 = 1,2 cm² A = 0,35 cm² h = 45 mm g = 10 m/s² v² = v²0 + 2.g.h Resolução: Qo = Vo . Ao Do exercício anterior: Vo = 0,29 m/s Qo = = 0,29 . 1,2 . 10 -4 Q = 35 x 10-6 m³/s Exercício 4 (Módulo 4) Para a irrigação de um jardim utiliza-se uma mangueira de 3 cm de diâmetro diretamente ligada a um irrigador que possui 24 orifícios. Cada um destes orifícios possui 0,16 cm de diâmetro. Sabendo que o módulo da velocidade de escoamento da água na mangueira é de 5 m/s, calcule o módulo da velocidade (em m/s) da água ao sair pelos orifícios do irrigador. Dados: Dmagueira = 3 cm = 0,03 m N = 24 orifícios Dorifício = 0,16 cm = 0,0016 m vm = 5 m/s Resolução: Qmangueira = 24 Qorifício Vm . Am = 24 . Vo . Ao 5 . p . 0,015²= 24 . Vo . p . 0,0008² Vo = 73 m/s Exercício 2 - pag. 63 - (Livro – Fenômenos de Transporte - SANTOS, T. C.; FERREIRA, P. J. G. 02. De acordo com o perfil da velocidade (figura a seguir), demonstre a equação e determine a velocidade média (vm) em m/s de escoamento do fluido. Considere um escoamento bidimensional, ou seja, suponha que não exista variação da velocidade na direção normal ao plano da ilustração. 21 CyCv h v ChCvvvhy Cvy 0 1100 2 000 0 y v v h Resolução: Observando a figura, nota-se que a velocidade varia de forma linear na direção. Sendo C1 e C2 constantes determinadas pelas condições de contorno: A velocidade média (vm) é dada por: 0 0 1 1 ( ) ( ) m A h m v v dA A y v v b dy b h h dA = b . dy 0 0 2 0 2 0 2 0 0 m 1 ( ) ( ) 1 2 2 2 85 v = cm/s 2 h m m h m m y v v b dy b h h y v b v b h h v y v h v v vm = 42,5 cm/s Dado: v0 = 85 cm/s Resolução: Exercício 6 (Módulo 4) O ar escoa em um tubo cuja área de maior seção transversal é de 20 cm² e a menor de 10 cm². A massa específica do ar na seção (1) é 1,4 kg/m³, enquanto na seção (2) é de 0,9 kg/m³. Sabendo que a velocidade na seção (1) é de 12 m/s, determine a velocidade (em m/s) da seção (2) e a vazão em massa (em kg/s). Exercício 6 (Módulo 4) Resolução: Qm = ρfluido ∙ Vm ∙ A Qm = 1,4 ∙ 12 ∙ 20 ∙ 10 −4 → 𝐐𝐦 = 𝟎, 𝟎𝟑𝟑𝟔 𝐤𝐠 𝐬 Equação da continuidade: Qm1 = Qm2 = Qm Qm = ρ2. Vm2. A2 𝐕𝐦𝟐 = Qm ρ2∙A2 = 𝟎,𝟎𝟑𝟑𝟔 0,9∙10∙10−4 𝐕𝐦𝟐 = 𝟑𝟕, 𝟑𝟑 𝐦 𝐬 Dados: A1 = 20 cm² = 20 × 10 -4 m² A2 = 10 cm² = 10 × 10 -4 m² ρar 1= 1,4 kg/m³ ρar 2= 0,9 kg/m³ V1 = 12 m/s Exercício 8 (Módulo 4) No ponto A o diâmetro do tubo é de 50 mm e a velocidade da água é de 2,3 m/s. O tubo se bifurca em dois tubos menores, cada um com diâmetro de 25 mm. Pedem-se: a) Quais são as vazões (em m³/s) nos pontos A e B? b) Qual é a velocidade (em m/s) no ponto B? Exercício 8 (Módulo 4) Dados: ØA= 50 mm (RA= 25 mm = 0,025 m) ØB= 25 mm (RB= 12,5 mm = 0,0125 m) Resolução: a) 𝐐𝐀 = 𝐕𝐀 ∙ 𝐀𝐀 𝐐𝐀 = 𝐕𝐀 ∙ 𝛑 ∙ 𝐑𝐀 𝟐 = 𝟐, 𝟑 ∙ 𝛑 ∙ 𝟎, 𝟎𝟐𝟓𝟐 𝐐𝐀 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟒𝟓𝟐 𝐦𝟑 𝐬 Fluido incompressível: 𝐞𝐧𝐭𝐫𝐚𝐝𝐚𝐐 = 𝐬𝐚í𝐝𝐚𝐐 → QA = QB + Qc Como o diâmetro do tubo B é igual ao do C temos QB = Qc , logo: 𝐐𝐀 = 𝟐 ∙ 𝐐𝐁 → 𝐐𝐀 𝟐 = 𝐐𝐁 → 𝐐𝐁 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟒𝟓𝟐 𝟐 𝐐𝐁 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟐𝟐𝟔 𝐦𝟑 𝐬 b) 𝐐𝐁 = 𝐕𝐁 ∙ 𝐀𝐁 = 𝐕𝐁 ∙ 𝛑 ∙ 𝐑𝐁² 𝐕𝐁 = 𝐐𝐁 𝛑. 𝐑𝐁² = 𝟎, 𝟎𝟎𝟐𝟐𝟔 𝛑. 𝟎, 𝟎𝟏𝟐𝟓𝟐 𝐕𝐁 = 𝟒, 𝟔 𝐦 𝐬 EXERCÍCIOS PROPOSTOS a-) A força de resistência viscosa que óleo lubrificante impõe ao movimento de rotação do eixo; b-) O torque resistente que o fluido aplica à rotação do eixo; c-) o peso G do corpo. Exercício 1 - No dispositivo da figura abaixo é utilizado um lubrificante com viscosidade absoluta µ=0,05Pa.s para reduzir o atrito entre o eixo e a camisa. Sabendo que o corpo ao descer com velocidade constante, impõe ao eixo rotação constante de 300 rpm e sendo conhecidos Di = 250mm, De = 256mm, d=150mm, L=400mm, considerando perfil linear de velocidades. Determinar: EXERCÍCIO PROPOSTO - 1 EXERCÍCIO PROPOSTO - 2 Exercício 2. Um oleoduto destina-se ao transporte de óleo diesel de uma refinaria até um centro de distribuição, o qual deverá transportar 300kg/s desse óleo. O tubo pode ser considerado horizontal no trajeto e seu comprimento é de 50 quilômetros, com um diâmetro interno de 40 cm. Considerando propriedades uniformes no volume de controle, nas superfícies de controle e o fluido incompressível. Podemos afirmar que os valores da velocidade média do fluido em escoamento em (m/s) e da vazão em volume em (L/s), valem, respectivamente: Dados: ρóleo = 840 kg/m³ ; 1m³ = 1000 l; 1m = 100cm. Foto: Oleoduto transnacional Keystone – Canda / EUA a-) 2,53 e 300; b-) 2,74 e 0,3; c-) 2,28 e 0,4; d-) 2,61 e 325,92; e-) 2,84 e 357,14. EXERCÍCIO PROPOSTO - 3 Exercício 3 – Um motor a jato é um motor que expele um jato rápido de algum fluido para gerar uma força de impulso, de acordo com Terceira Lei de Newton. Esta ampla definição de motor a jato inclui turbojatos, turbofans, foguetes e estatorreatores. Em geral, o termo refere-se a uma turbina a gás que expele um jato em alta velocidade, gerando empuxo e, com isto, gerando força propulsora para diversos usos. A propulsão a jato, literalmente e figurativamente, pode ser levada a sério com a invenção do foguete pelos chineses no século XI. Foguetes inicialmente foram destinados a simples fins, como no uso de fogos de artifício, mas gradualmente passaram a ser usados para propelir armamentos de grande efeito moral; neste ponto a tecnologia estagnou-se por séculos. A figura a seguir mostra um propulsor a jato que queima 1,2 kg/s de combustível quando o avião voa à velocidadede 240 m/s. Sendo dados ρar=1,2 kg/m³ , ρgases=0,5 kg/m³, A1=0,3m², A2=0,2m², determinar: a-) A velocidade dos gases na seção de saída; b-) a vazão em massa dos gases na seção de saída. ATÉ A PRÓXIMA!