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Prof.ª Monise Valente da Silva Aula 1 Teorias Contemporâneas de Relações Internacionais Introdução Teoria dominante das RI Emerge no contexto entreguerras e se consolida após a Segunda Guerra Mundial Grande influência no debate teórico das RI Redefine-se ao longo do século XX 4 30 4 30 Pensamento Realista e as Relações Internacionais Pensamento Realista e as RI: Origens e Premissas Centrais Influências de teóricos clássicos: Tucídides Maquiavel Hobbes entre outros Premissas Fundamentais: Estado Ator central das RI Caráter unitário e racional: defesa do interesse nacional “Caixa-preta” Oposição entre realidade interna e cenário internacional Premissas Fundamentais: Anarquia Ausência de monopólio legítimo do poder no cenário internacional Estado de natureza hobbesiano “Leviatã” é impossível nas RI – estado de natureza permanente Premissas Fundamentais: Poder “Poder” é questão central Poder intrínseco ou relativo Maquiavel: ênfase no Estado e sua sobrevivência Mundo real e não como deveria ser Autoajuda Balança de poder 12 30 12 30 Realismo Clássico Realismo Clássico: Edward H. Carr “Vinte Anos de Crise: 1919-1939” Repensa fracasso do Tratado de Versalhes Introduz debate entre realistas e idealistas: “mundo como é” versus “como ele deveria ser” Realismo Clássico: Hans Morguenthau Realismo como abordagem teórica das RI 1948: “Política entre as Nações” Grande influência na academia e na política externa norte-americana após a Segunda Guerra Mundial Seis Princípios Fundamentais do Realismo Político 1. Política governada por leis objetivas com base na natureza humana 2.Busca por poder é fim máximo na Política Internacional 3.Noção de poder é definida de maneira particular por cada ator 4. Princípios morais estão subordinados aos interesses da ação política 4.As aspirações morais são definidas de maneira particular por cada ator 5. A Política Internacional tem caráter autônomo em relação às demais áreas Realismo Clássico: Hans Morguenthau Política pode visar a três objetivos: manutenção do status quo expansão busca por prestígio 21 30 21 30 Neorrealismo ou Realismo Estrutural Neorrealismo: Kenneth Waltz Década de 1970: questionamento das premissas realistas nas RI Prática política afeta debate acadêmico e teórico das RI Influência behaviorista “Teoria das Relações Internacionais” – publicado em 1979 Resgate realista Neorrealismo ou realismo estrutural Análise em nível sistêmico Estrutura 1. Princípio ordenador 2. Caráter das unidades 3.Distribuição de capacidades entre as unidades 1. Princípio ordenador Anarquia Ausência de monopólio legítimo do uso da força no cenário internacional 2. Caráter das unidades Sem diferenças funcionais Sistema de autoajuda 3.Distribuição de capacidades Poder relativo Única característica passível de alteração Bipolar Unipolar Multipolar 29 30 29 30 Debates Contemporâneos I Realismo Defensivo e Realismo Ofensivo Fim da Guerra Fria: críticas, debates e novos rumos teóricos Consequências da anarquia no cenário internacional? Realismo Defensivo Robert Jervis, Charles Glaser Defesa contra ameaças Políticas cooperativas: segurança e estabilidade Maximização do poder individual é contraproducente Realismo Ofensivo John Mearsheimer Busca por poder é meio, não fim dos Estados Garantia de sobrevivência Maximização do poderio militar Busca por hegemonia 35 30 35 30 Debates Contemporâneos II Realismo Neoclássico Rompe com “caixa-preta” do Estado Prioridade sistêmica Fatores domésticos = variáveis intervenientes Sweller, Waltz e outros Teoria dos Ciclos Hegemônicos Robert Gilpin Padrões recorrentes nas mudanças internacionais Inserção do debate econômico nas Relações Internacionais Três Tipos de Mudança 1.Mudança de sistemas 2.Mudança sistêmica 3.Mudança na interação Cálculo de custos e benefícios embasa as ações no cenário internacional Síntese Influências clássicas Anarquia – Estado – Poder Realismo Clássico Neorrealismo Debates contemporâneos Teoria hegemônica Influência política e acadêmica Na Prática Questão nuclear iraniana Anarquia internacional Estado: ator central – autoajuda Busca por equilíbrio na balança de poder regional Ação racional – interesses nacionais de segurança Tendência ao não conflito