Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

Introdução à Atuária:
História do Seguro
Pré-história
Acredita-se que desde o surgimento do homem na terra, ele tenha manifestado o desejo de se proteger das ameaças.
Ameaças da época: 
Intempéries;
Animais;
Outros seres humanos.
Introdução à Atuária:
História do Seguro
Pré-história
Forma de mitigação:
Viver em grupos.
Introdução à Atuária:
História do Seguro
Antiguidade
O primeiro “seguro” veio com o código de Hamurabi (1728 – 1686 a.C) na Babilônia, em torno de 1700 a.C. 
O código criou uma associação, a partir de então, se um comerciante perdesse seu barco, ou mesmo seu burro; ele receberia outro barco ou outro burro.
Entretanto, alguns séculos antes, em torno de 2250 a.C. na Mesopotâmia, já havia a percepção do risco, tanto é que as cargas eram divididas em várias embarcações ou em vários camelos.
Introdução à Atuária:
História do Seguro
Antiguidade
No século IX, a.C., na Grécia antiga foram criadas as Leis de Rodes, que instituíam as bases do processo de avaria grossa: os prejuízos eram repartidos entre donos de embarcações e donos de cargas. 
Exemplificando, se durante uma viagem o barqueiro (ex: o capitão de hoje) tivesse de fazer uma varação (encalhe forçado) para salvar a embarcação ou a carga; ou mesmo um alijamento (ato de jogar fora) da carga para salvar a embarcação. Resumidamente, os riscos do barqueiro e do comerciante eram repartidos.
Introdução à Atuária:
História do Seguro
O Império Romano também deu sua contribuição para a história do seguro com a organização de sociedades funerárias (collegia tenuiorum). Naquela época, os romanos organizavam os serviços funerários e de beneficência, assemelhados aos montepios, isto é, Instituição em que cada sócio, pagando mensalmente uma quantia, adquire direitos como o de subsídio em caso de doença e o de deixar pensão após a morte para sua família.
Introdução à Atuária:
História do Seguro
Além disso, os romanos criaram a collegia militum, destinada a conceder pensões aos membros que se encontrassem em situações de incapacidade provocada por feridas sofridas em combate, ou outorgava pensões de reforma a quem atingisse o limite de sua idade militar”
Introdução à Atuária:
História do Seguro
Tempos depois, em torno dos séculos X e XI, surgiram sociedades de caráter assistencial, com foco no desaparecimento de itens como:
Bens móveis;
Escravos;
Gado.
Ou foco em eventos como:
Incêndios;
Naufrágios.
Mais tarde essas sociedades acabaram se transformando em associações de seguros mútuos.
Introdução à Atuária:
História do Seguro
O prenúncio do prêmio, e para alguns estudiosos a origem do seguro ocorreu no século XIII. Naquela época, o financiador (indivíduo que financiava a viagem) assumia a postura de comprador, adiantando o dinheiro; no momento que o navio chegava incólume, quem recebeu o dinheiro se desfazia do acordo e pagava, além do valor emprestado mais um montante, a título de indenização.
Introdução à Atuária:
História do Seguro
O primeiro contrato de seguro, propriamente dito, foi descoberto em 1347 e, em 1370, o primeiro co-seguro, ambos em Gênova. Todos ligados à navegação mer- cantil. Em 1385, em Pisa, tem-se registro da primeira apólice, cujo nome deriva do italiano polizza (grafia antiga), que significava “promessa”.
Introdução à Atuária:
História do Seguro
Outro marco importante na história do seguro foi a chamada Ordenação dos Magistrados de Barcelona (1484), que promoveu inúmeras alterações no tocante ao seguro no continente europeu. Cabe citar:
A exigência de contratar um capital máximo equivalente a três quartas partes do valor do barco, o pagamento das indenizações entre três e quatro meses depois de declarada a perda, ou a declaração de perda total quando o navio não tivesse chegado ao porto seis meses depois do previsto.
Introdução à Atuária:
História do Seguro
Ainda no século XV foi criado, na França, um conjunto de normas sobre seguro marítimo, conhecido como Guidon de la mer.
Já no século XVII, por iniciativa do banqueiro napolitano Lorenzo Tonti, surgiram as primeiras sociedades de socorros mútuos, embrião das seguradoras de vida.
Introdução à Atuária:
História do Seguro
Foi durante a Revolução Industrial, na Inglaterra, que o seguro como o conhecemos hoje surgiu. Uma companhia seguradora que ganhou destaque foi a Lloyd’s fundada por Edward Lloyd. Na época quando um negócio (segurado) era fechado, quem assumia o risco confirmava sua concordância em cobrir o prejuízo em troca de um prêmio específico assinando seu nome sob (under) os termos do contrato; logo esses operadores de seguros individuais passaram a ser chamados underwritters.
Introdução à Atuária:
História do Seguro
É criada, na Inglaterra, em 1728, a primeira seguradora (Sun Fire Office) atuante no ramo de Incêndio, 62 anos após o Grande Incêndio de Londres, que destruiu 18.000 casas, deixando desabrigadas 20 mil famílias; na França, a primeira seguradora específica do ramo surgiu em 1786.
No século XVIII, surgem as primeiras companhias seguradoras no ramo Vida e esta atividade ganha grande impulso durante o século XIX, sobretudo na Grã-Bretanha.
Introdução à Atuária:
História do Seguro
O Código Civil, promulgado por Napoleão Bonaparte, em 1804, dispunha em seu artigo 1383 o seguinte: “cada um é responsável pelos danos que causar, não apenas por sua ação, mas também por sua imprudência ou sua negligência”, isto, sem dúvida, influenciou os fundamentos do Seguro de Responsabilidade Civil, por contemplar as teorias objetiva e subjetiva.
Devido ao incêndio em Hamburgo, em 1842, foi criada na Alemanha, em 1846, a primeira resseguradora profissional – não ligada a nenhuma seguradora.
Introdução à Atuária:
História do Seguro (No Brasil)
No nosso país, a primeira companhia seguradora, a Boa-fé foi fundada em 1808, logo em seguida a Companhia de Seguros Conceito Público foi autorizada a operar. Pouco depois, em 1810, foi permitido o funcionamento da Idenidade, as duas últimas voltadas ao comércio marítimo.
Introdução à Atuária:
História do Seguro (No Brasil)
O Código Comercial foi promulgado em 1850, estabelecendo direitos e deveres entre segurador e segurado, contudo tal código fazia menção somente ao seguro marítimo.
Os seguros terrestres só passaram a ter uma regulamentação específica com a promulgação do Código Civil, em 1916.
Antes disso, em 1855 a Companhia de Seguros Tranquilidade foi autorizada a funcionar, sendo a primeira a comercializar os seguros de pessoas.
Introdução à Atuária:
História do Seguro (No Brasil)
Naquela época, isto é, na segunda metade do século XIX, o país passava pelos processos de industrialização e urbanização, o que promoveu a expansão do mercado segurador nacional, e em última instância despertou o interesse de companhias seguradoras internacionais. No início da década de 1860 havia mais de 30 companhias estrangeiras em atuação no Brasil.
Uma mereceu destaque: a Schweizerische Rückversicherungs-Gesellschaft (Companhia de Resseguros Suíça), a primeira a trabalhar com resseguros no Brasil.
Introdução à Atuária:
História do Seguro (No Brasil)
1932: criação do primeiro sindicato dos corretores de seguros;
1933: criação do primeiro sindicato das seguradoras;
1939: por meio do Decreto-Lei nº 1.186, é criado o Instituto de Resseguros do Brasil (atual IRB-Re);
1951: fundação da Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização (Fenaseg);
Introdução à Atuária:
História do Seguro (No Brasil)
1964: regulamentação da profissão de corretor de seguros, pela Lei nº 4.594;
1966: por meio do Decreto-Lei nº 73, o governo instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados, criando o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e a Superintendência de Seguros Privados (Susep);
1971: criação da Fundação Escola Nacional de Seguros (Funenseg);
1975: criação da Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor);
Introdução à Atuária:
História do Seguro (No Brasil)
2005: após autorização do MEC, a Funenseg passa a conferir grau de bacharelado em Administração, com linha deformação em seguros e previdência privada, tornando-se, assim, o “braço acadêmico” do mercado segurador.

Mais conteúdos dessa disciplina