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ATIVIDADE: “PRATIQUE E COMPARTILHE” - UNIDADE 03 DISCIPLINA: QUÍMICA GERAL E CIÊNCIAS DOS MATERIAIS DISCENTE: AUGUSTO CESAR BARUCH PITANGA JUNIOR CURSO: ENGENHARIA DA COMPUTAÇÃO REAÇÕES QUIMICAS A degradação dos materiais é o resultado da sua interação com o ambiente. Esta interação degrada, em maior ou menor intensidade, as propriedades do material utilizado inclusive sua aparência. Os mecanismos de degradação são diferentes para os diferentes tipos de materiais. Nos metais ocorre a corrosão eletroquímica, nos materiais cerâmicos, o mecanismo presente é a dissolução química, e nos polímeros ocorre a degradação físico-química do material. Vamos Praticar Pesquise algum estudo em que foi identificado um mecanismo de corrosão, bem como uma alternativa para minimizar este fenômeno. Com base neste estudo, responda às seguintes questões: Questão do estudo de caso 1. Apresente o processo de corrosão que foi avaliado na forma de um infográfico, trazendo as informações mais relevantes do estudo. 2. Foi identificada alguma forma de minimizar o processo de corrosão? Descreva qual foi o método desenvolvido para evitar/minimizar a corrosão. 3. Descreva suas principais conclusões sobre o estudo realizado. Ao final, deverá disponibilizar seu trabalho no fórum da seção. Referências CALLISTER, William, D.; RETHWISCH, David, G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2018. RESPOSTAS Por várias décadas, as indústrias de um modo geral, vêm confrontando-se com a necessidade de intensificação de suas atividades produtivas, que só pode ser atingida caso esteja aliada à eficiência e economia de seus equipamentos. Neste contexto, uma das mais importantes tarefas científicas e tecnológicas da indústria seria a proteção de materiais metálicos frente aos processos corrosivos. Esta proteção pode ser alcançada por diferentes métodos, dentre os mais comuns seria a utilização de inibidores de corrosão. Inibidores de corrosão são compostos químicos e/ou formulações destes compostos que, quando presentes em pequenas quantidades em um meio agressivo, inibem a corrosão devido a mudanças provocadas na superfície metálica. O processo de inibição pode estar associado tanto à adsorção do inibidor como à formação de filmes dificilmente solúveis. Em qualquer um destes casos, a ação inibitiva está relacionada à redução de cinética de reações heterogêneas, responsáveis pela corrosão do metal. Se levarmos em consideração que a corrosão é causada por uma interação eletroquímica de um metal com o meio que o contém, a redução desta interação através da aplicação de inibidores de corrosão, representa um método fundamental no combate à corrosão. Nos dias atuais, grande atenção vem sendo dada ao uso de compostos orgânicos que vêm substituir substâncias inorgânicas de natureza oxidante, na inibição da corrosão de metais. Isto tem sido verificado no tratamento de águas de refrigeração industrial, como por exemplo, a aplicação de inibidores fosfônicos. Estes inibidores são bastante estáveis termicamente e de baixa toxicidade, sendo capazes de prevenir a formação de incrustações, associado ao bom desempenho de inibição da corrosão. A inibição da corrosão do aço-carbono e do cobre em soluções aeradas neutras ou ligeiramente alcalinas é um dos objetivos primordiais a ser alcançado por um tratamento químico aplicado em sistemas de refrigeração. Dentre os inibidores fosfônicos mais utilizados nestes sistemas atualmente, encontra-se o ácido 1,1- hidroxietilideno difosfônico (HEDP). O HEDP atua como inibidor anódico de média eficiência para o aço-carbono em soluções neutras. Seu efeito inibitivo pode aumentar sinergisticamente quando se adiciona ao meio cátions de sais bivalentes, tais como Zn+2 e Ca+2. Tal sinergismo pode ser relacionado tanto à interação entre os compostos do inibidor ou entre o inibidor e um ou mais íons presentes no meio. No caso do HEDP, o efeito sinérgico pode ser atribuído a sua grande afinidade de formação de complexos com estes cátions bivalentes, resultando em camadas protetoras tridimensionais, fracamente solúveis, sobre a superfície metálica. Através de ensaios eletroquímicos convencionais, além de um estudo computacional que envolva a modelagem molecular deste ácido isoladamente assim como em complexo com Zn+2 e moléculas de água, pretende-se avaliar o mecanismo clássico de inibição da corrosão do aço carbono, previamente citado na literatura. O entendimento deste modelo, por sua vez, torna-se importante, pois possibilita a otimização da aplicação deste inibidor na prática industrial, promovendo uma economia substancial relacionada à manutenção dos sistemas de refrigeração nas indústrias. Inicialmente o modelo proposto por Kuznetsnov deverá ser testado através da caracterização e modelagem de cada estrutura química, sempre respeitando as limitações do método e do programa computacional utilizados. Em uma segunda etapa seria feita a análise dos dados gerados pelo programa e, por fim, a comparação destes dados com resultados experimentais provenientes de ensaios potencial x tempo, ensaios de polarização, impedância eletroquímica e perda de massa, como também análises de superfície através da técnica de XPS (X-Ray Photoelectron Spectroscopy). 1. Apresente o processo de corrosão que foi avaliado na forma de um infográfico, trazendo as informações mais relevantes do estudo. Resposta A formação da ferrugem é um dos espetáculos desagradáveis que o homem presencia no dia a dia e, apesar dele não entender bem como acontece, sabe que isso conduzirá inevitavelmente à reparação ou troca do material metálico. Este fenômeno ocorre no ferro e em muitas ligas ferrosas como os aços-carbono quando expostos à atmosfera ou submersos em águas naturais. Como estes aços são os materiais mais utilizados na forma de chapas, placas, barras e tubos, pelas indústrias metalomecânicas e da construção civil, resultam os exemplos mais claros do que se chama "corrosão". A corrosão pode ser definida basicamente como a deterioração de um metal ou liga, a partir de sua superfície, pelo meio no qual está inserido. O processo envolve reações de oxidação e de redução (redox) que convertem o metal ou componente metálico em óxido, hidróxido ou sal. Para entender melhor este processo é necessário iniciar o estudo conhecendo o material e o meio. Os aços-carbono comuns contêm mais de 97% de Fe, até 2% de C e outros elementos remanescentes do processo de fabricação.1 O ar constitui o meio no qual os materiais estão mais frequentemente expostos e a oxidação do Fe(s) ocorre porque este elemento é termodinamicamente instável na presença de O2(g) (ΔGf0 FeO(s) = -251,5 kJ/mol, ΔGf0 Fe3O4(s) = -1014 kJ/mol e ΔGf0 Fe2O3(s) = -741,9 kJ/mol).2 Na atmosfera, a ação conjunta do O2(g) e H2O(g) torna o meio mais agressivo que reage com os aços-carbono formando uma camada porosa de produtos de corrosão conhecida como ferrugem. Esta é constituída principalmente por uma mistura de diferentes fases de FeOOH (amorfa, goetita, lepidocrocita, etc.), porém sua composição pode mudar de acordo com as condições climáticas e o teor de poluentes (SO2, NO2, etc.).3 A reação de formação destes oxi- hidróxidos, assim como os hidróxidos e sais básicos, requer a presença de água (equação 1) e é neste sentido que a umidade relativa do ar cumpre uma função importante na formação e crescimento da camada de ferrugem. 2. Foi identificada alguma forma de minimizar o processo de corrosão? Descreva qual foi o método desenvolvido para evitar/minimizar a corrosão. Resposta Atualmente, as inovações nesta área estão associadas ao desenvolvimento de novos materiais, tais como o desenvolvimento de novas ligas que sejam mais resistência a corrosão e de baixo custo, desenvolvimentos de tintas impermeáveis e inteligentes e desenvolvimentode inibidores de corrosão. Pode ser visto que, dependendo da aplicação, a utilização de inibidores é um dos melhores métodos de proteção contra a corrosão em metais. No entanto, há uma preocupação crescente sobre a toxicidade desses inibidores. O efeito tóxico, não afeta somente os organismos vivos, mas também contamina o ambiente que, consequentemente, pode gerar problemas irreversíveis a o ecossistema afetado. Com isso, nota-se a necessidade do uso de inibidores de corrosão naturais, que não agridam o meio ambiente. Inibidores desta classe são obtidos, principalmente, a partir de produtos naturais, tais como extratos de plantas. Recentemente, vários estudos têm sido realizados sobre a inibição da corrosão de metais a partir de produtos obtidos de extrato de planta. Como exemplo, pode ser citado o trabalho realizado pelos autores QURAISHI, M.A., et al que traz resultados positivos da ação inibidora do extrato da casca de Murraya koenigii. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-40422015000200293#B01 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-40422015000200293#B02 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-40422015000200293#B03 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-40422015000200293#e01 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-40422015000200293#e01 A Mangiferina (2-C-b-D-glicopiranosil-1,3,6,7-tetrahidroxi-xantona) é um composto polifenólico amplamente encontrado em pteridófitas e angiospemas, principalmente nas famílias Gentianaceae e Iridaceae, presentes predominantemente nas folhas e na casca do caule. Em mangueira, mangiferina é um dos constituintes fenólicos majoritarios, podendo ser detectada nas folhas, casca do caule, fruto e raízes. A Mangiferina apresenta um grande potencial antioxidante, pois apresenta uma capacidade elevada de absorção de radicais oxigênio, devido ao fato de apresentar zonas de radicais hidroxila. Relatos apresentados na literatura mostram que a capacidade antioxidante da mangiferina é mais potente que a do ácido ascórbico e da vitamina E. A figura 01 está apresentada a sua estrutura química. 3. Descreva suas principais conclusões sobre o estudo realizado. Resposta Pode-se concluir que o composto Mangiferina apresenta boas propriedades inibidoras de corrosão dentro do sistema proposto quando comparadas a ausência total deste composto. Os estudos realizados indicam que a Mangiferina apresenta mecanismo de inibição com ação mista. Deve-se levar em consideração o fator atmosférico que o aço-carbono e metais derivados são colocados.