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Resenha Clemens Cunha da Silva ANGLADA, Paulo Roberto Batista . Imago Dei: Antropologia Reformada. knox Publicações, 1° Ed. 2013. Paulo Anglada é ministro presbiteriano, bacharelado em teologia pelo Seminário Presbiteriano do Norte, mestrado em teologia e doutorado em ministério pelo Westminster Theological Seminary in Califormnia. Imago Dei é o terceiro volume de estudos sobre teologia histórica reformada. Nesta obra, o autor propõe estudar sobre o ser humano não perspectiva humanista, mas do ponto de vista de Deus que o criou, conforme revelado na Bíblia. No primeiro capítulo, o homem no seu estado original, a própria Escritura explica a origem do homem por meio da criação. Não é resultado de um processo de desenvolvimento, mas um ato imediato. Alem do mais, o relato bíblico indica uma superioridade e singularidade da raça humana “que é a coroa da criação” o clímax da criação do Deus triuno e que a natureza humana é distinta da natureza animal, pois o homem é um ser pessoal e espiritual, cujo o corpo foi formado da terra, e cuja alma foi comunicada diretamente por Deus o qual é o seu modelo, refletindo as suas características ontológicas, atributos morais e suas qualidades morais. No capítulo segundo, tem como tema o pacto das obras, a grande maioria tos teólogos reformados, explica a passagem de Gn 2:8-9; 15-17 em termos de um pacto, reconhecem a representatividade de Adão e as verdades gerais aí ensinadas. A diferença fundamental entre o pacto de obras e o pacto da graça é que, no primeiro, a obediência foi requerida do próprio homem; enquanto que no segundo, a obediência de um mediador divino é aceita e imputada ao homem, por meio da fé salvadora. O autor apresenta os elementos que constituem o pacto das obras e finaliza o capítulo falando sobre os princípios gerais revelados no pacto como: Princípios da vida e da morte, simbolizados na árvore da vida; princípios da provação e da tentação, simbolizados na arvore do conhecimento do bem e do mal e o princípio da representatividade, simbolizado em Adão. A vida física, espiritual e eterna dependem da nossa ligação com Deus. O pecado separa o homem de Deus. Somente a expiação de Cristo religa o pecador a Deus. O terceiro capítulo, o autor trata sobre o pacto de obras, que revela princípios fundamentais pelos quais Deus lida com a raça humana na história da redenção, entretanto em Cristo, não nos encontramos mais debaixo do pacto de obras, pois jamais poderíamos obedecer integralmente a vontade de Deus. Estamos debaixo do pacto da graça: Cristo, obedeceu plenamente por nós a vontade do pai e compete a nós obedecer aos mandatos religioso, cultural e familiar. No capitulo seguinte o autor trata sobre a origem, a natureza, a transmissão e os resultados do pecado. A concepção reformada de pecado não é filosófica nem meta física, é bíblica e moral: é a transgressão da lei de Deus. O autor trata da importância do pacto da redenção para a teologia e para vida cristã. Enfatiza que a nossa salvação resultado da obra soberana das três pessoas da trindade, e que devemos nos arrepender dos nossos pecados e confiar em Cristo como o suficiente salvador. Além do mais o autor contrapõe a teologia dispensacionalista com a teologia reformada dizendo que a bíblia revela a existência de uma aliança firmada na eternidade entre o Pai, o Filho sendo o mediador e fiador dos eleitos de Deus, e que há implementação do pacto eterno da redenção na historia não se trata de duas alianças, mas de uma mesma aliança. O autor também descore sobre o livre arbítrio, assunto que é frequentemente mal compreendida, em virtude da grande dificuldade em conciliar a doutrina da soberania absoluta de Deus, inclusive na obra da salvação, com a responsabilidade do homem como um ser pessoal, moralmente livre. No capitulo seguinte o autor fala sobre a revelação bíblica acerca do homem no estado de graça: a Ordo Salutis, em que se encontram aqueles que respondem com arrependimento e fé à administração do pacto da redenção. Em resumo, são as seguintes as obras do espírito na salvação: vocação, regeneração, conversão, justificação, adoção, santificação, união com Cristo, perseverança na salvação e certeza da salvação. No ultimo capitulo o autor considera brevemente a doutrina da Imago Dei no homem em estado de graça, isto é, o que acontece com a imagem de Deus ontológica, moral e funcional no homem regenerado. Mostrando que a restauração da Imago Dei, não é apenas ontológica, é também espiritual e moral. Concluímos que este livro, é recomendado para todos aqueles que desejam conhecer a doutrina reformada da Imago Dei. E despertar aqueles que dormem quanto a preservação dos valores reformados. Somos desafiados a conhecer os nossos símbolos de fé e buscar com zelo cada vez maior o conhecimento das Sagradas Escrituras.