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Disciplina: Propedêutica e Processo de Cuidar da Saúde da Mulher AULA 6 PRINCIPIOS E DIRETRIZES PARA A ATENÇÃO OBSTETRICA E NEONATAL O QUE VAMOS VER? PRINCIPIOS E DIRETRIZES PARA A ATENÇÃO OBSTETRICA E NEONATAL ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL A atenção obstétrica e neonatal deve ter como características essenciais a qualidade e a humanização. É dever dos serviços e profissionais de saúde acolher com dignidade a mulher e o recém-nascido, enfocando-os como sujeitos de direitos. Considerar o OUTRO COMO SUJEITO e não como objeto passivo da nossa atenção é a base que sustenta o processo de humanização. A Política Nacional de Humanização (PNH) existe desde 2003 para efetivar os princípios do SUS no cotidiano das práticas de atenção e gestão, qualificando a saúde pública no Brasil e incentivando trocas solidárias entre gestores, trabalhadores e usuários. 3 A ATENÇÃO PRÉ-NATAL E PUERPERAL É acolher a mulher desde o início da gravidez, assegurando, no fim da gestação, o nascimento de uma criança saudável e a garantia do bem-estar materno e neonatal Uma atenção pré-natal e puerperal qualificada e humanizada se dá por meio da incorporação de condutas acolhedoras e sem intervenções desnecessárias; Atendimento Ambulatorial Básico Atendimento Hospitalar para Alto Risco. Estados e municípios, por meio das unidades integrantes de seu sistema de saúde, devem garantir atenção pré-natal e puerperal realizada em conformidade com os parâmetros estabelecidos: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Área Técnica de Saúde da Mulher. Pré-natal e Puerpério: atenção qualificada e humanizada – manual técnico/Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas – Brasília: Ministério da Saúde, Captação precoce das gestantes com realização da primeira consulta de pré-natal até 120 dias da gestação; Realização de, no mínimo, seis consultas de pré-natal, sendo, preferencialmente, uma no primeiro trimestre, duas no segundo trimestre e três no terceiro trimestre da gestação; Escuta ativa da mulher e de seus(suas) acompanhantes 7 Estímulo ao parto normal e resgate do parto como ato fisiológico; Anamnese e exame clínico-obstétrico da gestante; Exames laboratoriais; Imunização; Síndrome de Couvade Avaliação do estado nutricional da gestante e monitoramento por meio do SISVAN; A avaliação do estado nutricional da população atendida na atenção básica ocorre por meio do SISVAN Web. Trata-se do sistema informatizado que possui dois tipos de acesso: público e restrito. 10 Prevenção e tratamento dos distúrbios nutricionais; Prevenção ou diagnóstico precoce do câncer de colo uterino e de mama; Tratamento das intercorrências da gestação; Atenção à mulher e ao recém-nascido na primeira semana após o parto, com realização das ações da “Primeira Semana de Saúde Integral” e da consulta puerperal, até o 42º dia pós-parto. Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal assumiu como uma das ações estratégicas aderir à iniciativa “Primeira Semana de Saúde Integral” (PSSI), instituída pelo Ministério da Saúde (MS) para ampliar a cobertura e qualificar a atenção à puérpera e ao recém-nascido (RN), fortalecendo o cuidado na APS(9). A PSSI recomenda a VD nos primeiros sete dias pós-alta da maternidade, devendo acontecer nos primeiros três dias quando o RN é classificado como de risco. Na atenção à saúde da mulher a VD visa: conhecer as condições do parto, avaliar o estado de saúde, a interação mãe-bebê e o retorno do organismo materno às condições pré-gravídicas, conhecer as condições emocionais e sociais, identificar situações de risco e intercorrências para adotar condutas adequadas, apoiar o aleitamento materno, orientar o autocuidado e agendar consulta de puerpério até o 42º dia após o parto. A consulta no serviço de saúde, de sete a dez dias pós-parto, deve ser incentivada na VD(9). 12 MONITORAMENTO DA ATENÇÃO PRÉ-NATAL E PUERPERAL Para que seja possível o monitoramento da atenção pré-natal e puerperal, de forma organizada e estruturada, foi disponibilizado pelo DATASUS um sistema informatizado, SISPRENATAL – Sistema de Informação sobre o Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento – de uso obrigatório nas unidades de saúde e que possibilita a avaliação da atenção a partir do acompanhamento de cada gestante. O SisPreNatal é um software desenvolvido para acompanhamento adequado das gestantes inseridas no Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento (PHPN), do Sistema Único de Saúde. Apresenta o elenco mínimo de procedimentos para uma assistência pré-natal adequada, ampliando esforços no sentido de reduzir as altas taxas de morbi-mortalidade materna, perinatal e neonatal. O SisPreNatal já atendeu mais de 3.000.000 de gestantes em todo o Brasil e está presente em mais de 5.000 municípios. 13 A avaliação da atenção pré-natal e puerperal prevê a utilização de indicadores de: PROCESSO – Ex. Percentual de gestantes inscritas que realizaram, no mínimo, seis consultas de pré-natal. RESULTADO - Ex. Proporção de recém-nascidos vivos com baixo peso em relação ao total de recém-nascidos vivos do município. IMPACTO – Ex. Razão de mortalidade materna no município, comparada com a do ano anterior. ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL Assistência no Pré-Natal e Puerpério PRÉ-NATAL Baseado na Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre a regulamentação do exercício da Enfermagem, do Decreto nº 94.406, de 08 de junho de 1987, o qual regulamenta a Lei nº 7.498, e da Resolução COFEN nº 271/2002 que a reafirma, diz: “ o pré-natal de baixo risco pode ser inteiramente acompanhado pela enfermeira (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000).” CONDUÇÃO DO PARTO OBJETIVOS DO PRÉ NATAL: Prestar assistência à mulher desde o início de sua gravidez, onde ocorrem mudanças físicas e emocionais e que cada gestante vivencia de forma distinta. A assistência ao pré-natal é o primeiro passo para o parto e nascimento humanizados. PRÉ-NATAL Acolhimento A equipe da ESF é a responsável pelo acolhimento da gestante de sua microárea; A captação para o pré-natal deve ocorrer o mais rápido possível, até o 4º mês de gestação, pelo ACS ou através da procura direta da mulher com suspeita de gravidez; Confirmada a gravidez, o enfermeiro ou o médico realiza o cadastro da gestante no SISPRENATAL. DIAGNÓSTICO DE GRAVIDEZ Baseia-se na história No exame físico Nos testes laboratoriais. DIAGNÓSTICO DA GRAVIDEZ Frente a uma amenorreia ou atraso menstrual, deve-se, antes de tudo, suspeitar Possibilidade de uma gestação; Atraso menstrual: Teste imunológico para gravidez (TIG) DIAGNÓSTICO DA GRAVIDEZ O TRG é indicado para mulheres em idade fértil que apresentem atraso menstrual. O tempo de atraso para realização do teste deve observar a indicação do insumo disponível, sendo em sua maioria igual ou superior a sete dias. Deve ser facilitado o acesso ao TRG, com respeito e atenção específica às adolescentes, devido às singularidades da faixa etária. A entrega do teste deve ser associada à realização de orientação sobre os possíveis resultados e a disponibilidade dos testes para DST/HIV e hepatites virais e métodos de planejamento reprodutivo. 23 PRÉ-NATAL A consulta deve ser realizada imediatamente para não se perder a oportunidade da captação precoce. PRÉ-NATAL FLUXOGRAMA PARA DIAGNÓSTICO DA GRAVIDEZ PRÉ-NATAL Após a confirmação da gravidez em consulta médica ou de enfermagem, dá-se início ao acompanhamento da gestante, com seu cadastramento no SISPRENATAL fornecendo o número e anotando-o no Cartão da Gestante; PRÉ-NATAL Fornecer orientações necessárias referentes: acompanhamento pré-natal; sequência de consultas; visitas domiciliares; e reuniões educativas. PRÉ-NATAL O cartão da gestante, com a identificação preenchida; O número do SISPRENATAL; O hospital de referência para o parto e as orientações sobre este; O calendário de vacinase suas orientações; A solicitação dos exames de rotina; As orientações sobre a participação nas atividades educativas – reuniões e visitas domiciliares. Deverão ser fornecidos ainda: PRÉ-NATAL 1. Características individuais e condições sociodemográficas desfavoráveis: Idade menor que 15 e maior que 35 anos. Ocupação: esforço físico excessivo, carga horária extensa, rotatividade de horário, exposição a agentes físicos, químicos e biológicos, estresse. Situação familiar insegura e não aceitação da gravidez, principalmente em se tratando de adolescente. Situação conjugal insegura. FATORES DE RISCO PARA A GRAVIDEZ ATUAL Baixa escolaridade (menor que cinco anos de estudo regular). Condições ambientais desfavoráveis. Dependência de drogas lícitas ou ilícitas. FATORES DE RISCO PARA A GRAVIDEZ ATUAL História reprodutiva anterior: Morte perinatal explicada ou inexplicada. Recém-nascido com restrição de crescimento ou malformado. Abortamento habitual. Esterilidade/infertilidade. Intervalo interpartal menor que dois anos ou maior que cinco anos. FATORES DE RISCO PARA A GRAVIDEZ ATUAL PRÉ-NATAL Nuliparidade e multiparidade. Síndromes hemorrágicas. Pré-eclâmpsia/eclampsia. Cirurgia uterina anterior. Macrossomia fetal. FATORES DE RISCO PARA A GRAVIDEZ ATUAL História reprodutiva anterior: Intercorrências clínicas crônicas: Cardiopatias. Pneumopatias. Nefropatias. Endocrinopatias (especialmente diabetes mellitus). Hipertensão arterial moderada ou grave e/ou em uso de anti-hipertensivo. Epilepsia. PRÉ-NATAL FATORES DE RISCO PARA A GRAVIDEZ ATUAL A síndrome da angústia respiratória (SAR) ocorre mais frequentemente em neonatos de mães com diabetes mellitus, porque, além de mais propensos ao parto prematuro do que os de mães não diabéticas, a hiperglicemia materna atrasa a síntese de surfactante. 36 PRÉ-NATAL Infecção urinária. Portadoras de doenças infecciosas (hepatites, toxoplasmose, infecção pelo HIV, sífilis e outras DST). Doenças autoimunes (lupus eritematoso sistêmico, outras). Ginecopatias (malformação uterina, miomatose, outras). FATORES DE RISCO PARA A GRAVIDEZ ATUAL Intercorrências clínicas crônicas: CONSULTAS DE ENFERMAGEM Na primeira consulta de pré-natal deve ser realizada anamnese, abordando: Aspectos epidemiológicos; Antecedentes familiares; Antecedentes pessoais; Antecedentes ginecológicos e obstétricos; Situação da gravidez atual. PRÉ-NATAL CONSULTAS PRÉ-NATAL O exame físico deverá ser completo Constando avaliação de cabeça e pescoço, tórax, abdômen, membros e inspeção de pele e mucosas, seguido por exame ginecológico e obstétrico. Nas consultas seguintes Anamnese deverá ser sucinta, abordando aspectos do bem-estar materno e fetal. Inicialmente, deverão ser ouvidas dúvidas e ansiedades da mulher, além de perguntas sobre alimentação, hábito intestinal e urinário, movimentação fetal e interrogatório sobre a presença de corrimentos ou outras perdas vaginais. PRÉ-NATAL Realizar anotações no prontuário da unidade e no cartão da gestante; Em cada consulta, deve-se reavaliar o risco obstétrico e perinatal. CONSULTAS I. História clínica (observar cartão da gestante) Identificação: nome. número do SISPRENATAL. idade. cor. naturalidade. Procedência. endereço atual. unidade de referência. PRÉ-NATAL ROTEIRO DA PRIMEIRA CONSULTA PRÉ-NATAL Dados socioeconômicos: Grau de instrução; Profissão/ocupação; Estado civil/união; Número e idade de dependentes (avaliar sobrecarga de trabalho doméstico); Renda familiar; Pessoas da família com renda; Condições de moradia (tipo, nº de cômodos); Condições de saneamento (água, esgoto, coleta de lixo); Distância da residência até a unidade de saúde; ROTEIRO DA PRIMEIRA CONSULTA Antecedentes familiares e pessoais: hipertensão arterial crônica. cardiopatias, inclusive doença de Chagas. diabetes mellitus. doenças renais crônicas. anemias. distúrbios nutricionais (desnutrição, sobrepeso, obesidade). Epilepsia. doenças da tireoide e outras endocrinopatias. PRÉ-NATAL ROTEIRO DA PRIMEIRA CONSULTA PRÉ-NATAL Antecedentes familiares e pessoais: viroses (rubéola, hepatite); hanseníase, tuberculose ou outras doenças infecciosas; portadora de infecção pelo HIV (em uso de retrovirais? quais?); infecção do trato urinário; doenças neurológicas e psiquiátricas; cirurgia (tipo e data); transfusões de sangue. ROTEIRO DA PRIMEIRA CONSULTA PRÉ-NATAL Antecedentes ginecológicos: ciclos menstruais (duração, intervalo e regularidade); uso de métodos anticoncepcionais prévios (quais, por quanto tempo e motivo do abandono); infertilidade e esterilidade (tratamento); doenças sexualmente transmissíveis (tratamentos realizados, inclusive pelo parceiro); ROTEIRO DA PRIMEIRA CONSULTA PRÉ-NATAL Antecedentes ginecológicos: cirurgias ginecológicas (idade e motivo); mamas (alteração e tratamento); última colpocitologia oncótica (papanicolau ou “preventivo”, data e resultado). ROTEIRO DA PRIMEIRA CONSULTA PRÉ-NATAL Sexualidade: início da atividade sexual (idade da primeira relação). dispareunia (dor ou desconforto durante o ato sexual). prática sexual nesta gestação ou em gestações anteriores. número de parceiros da gestante e de seu parceiro, em época recente ou pregressa. uso de preservativos masculino ou feminino (uso correto? uso habitual?). ROTEIRO DA PRIMEIRA CONSULTA PRÉ-NATAL Antecedentes obstétricos: número de gestações (incluindo abortamentos); número de partos (domiciliares, hospitalares); número de abortamentos (espontâneos, provocados, causados por DST); número de filhos vivos; idade na primeira gestação; intervalo entre as gestações (em meses). ROTEIRO DA PRIMEIRA CONSULTA Antecedentes obstétricos: número de recém-nascidos: pré-termo (antes da 37ª semana de gestação), pós-termo (igual ou mais de 42 semanas de gestação). número de recém-nascidos de baixo peso (menos de 2.500g) e com mais de 4.000g. mortes neonatais precoces: até sete dias de vida (número e motivo dos óbitos). mortes neonatais tardias: entre sete e 28 dias de vida (número e motivo dos óbitos). ROTEIRO DA PRIMEIRA CONSULTA PRÉ-NATAL Antecedentes obstétricos: natimortos (morte fetal intraútero e idade gestacional em que ocorreu). intercorrências ou complicações em gestações anteriores (especificar). complicações nos puerpérios (descrever). história de aleitamentos anteriores (duração e motivo do desmame). ROTEIRO DA PRIMEIRA CONSULTA PRÉ-NATAL Gestação atual: data do primeiro dia/mês/ano da última menstruação – DUM (anotar certeza ou dúvida). peso prévio e altura. sinais e sintomas na gestação em curso. hábitos alimentares. medicamentos usados na gestação. internação durante esta gestação. PRÉ-NATAL ROTEIRO DA PRIMEIRA CONSULTA HÁBITOS: fumo (número de cigarros/dia), álcool e drogas ilícitas. OCUPAÇÃO HABITUAL (esforço físico intenso, exposição a agentes químicos e físicos potencialmente nocivos, estresse); ACEITAÇÃO OU NÃO DA GRAVIDEZ pela mulher, pelo parceiro e pela família, principalmente se for adolescente. PRÉ-NATAL ROTEIRO DA PRIMEIRA CONSULTA Exame físico Geral: determinação do peso e da altura; medida da pressão arterial; inspeção da pele e das mucosas; palpação da tireoide e de todo o pescoço, região cervical e axilar (pesquisa de nódulos ou outras anormalidades); ausculta cardiopulmonar; determinação da frequência cardíaca; exame do abdômen; exame dos membros inferiores; pesquisa de edema (face, tronco, membros). PRÉ-NATAL Específico (gineco-obstétrico): Exame de mamas: realizar orientações para o aleitamento materno em diferentes momentos educativos, principalmente se for adolescente. Medida da altura uterina. Ausculta dos batimentos cardíacos fetais. Inspeção dos genitais externos. PRÉ-NATAL ROTEIRO DA PRIMEIRA CONSULTA Exame especular: a) inspeção das paredes vaginais; b) inspeção do conteúdo vaginal; c) inspeção do colo uterino; d) coleta de material para exame colpocitológico (preventivo de câncer). PRÉ-NATAL Exames complementares (1º trimestre) Na primeira consulta solicitar: Hemograma Tipagem sanguíneae fator Rh Coombs indireto (se for Rh negativo) Glicemia em jejum Teste rápido de triagem para sífilis Teste rápido diagnóstico anti-HIV Toxoplasmose IgM e IgG Sorologia para hepatite B (HbsAg) PRÉ-NATAL ROTEIRO DA PRIMEIRA CONSULTA Brasil, 2012 Exames complementares (1º trimestre) Urocultura + urina tipo I Ultrassonografia obstétrica Citopatológico de colo de útero (se for necessário) Exame da secreção vaginal (se houver indicação clínica) Parasitológico de fezes (se houver indicação clínica) PRÉ-NATAL ROTEIRO DA PRIMEIRA CONSULTA Brasil, 2012 Exames no 2º trimestre gestacional: Teste de tolerância para glicose com 75g, se a glicemia estiver acima de 85mg/dl ou se houver fator de risco. Coombs indireto (se for Rh negativo) PRÉ-NATAL Brasil, 2012 Exames no 3º trimestre gestacional: Hemograma Glicemia em jejum Coombs indireto (se for Rh negativo) VDRL Anti-HIV Sorologia para hepatite B (HbsAg) Repita o exame de toxoplasmose Urocultura + urina tipo I PRÉ-NATAL Brasil, 2012 O teste de coombs é um tipo de exame de sangue que avalia a presença de anticorpos específicos que atacam as células vermelhas do sangue, provocando a sua destruição e podendo levar ao surgimento de um tipo de anemia conhecida como hemolítica. IgM: é o anticorpo da infecção aguda, positiva nos primeiros dias ou semanas após iniciada a infecção e costuma ficar elevado por alguns meses; IgG: é o anticorpo que surge para imunizar a pessoa (proteger de futuras infecções da toxoplasmose), costuma dar positivo nas primeiras semanas após a infecção e assim pode permanecer por toda a vida. IgM negativo e IgG negativo: nunca entrou em contato; IgM positivo e IgG negativo: está com a infecção, está doente de toxoplasmose; IgM positivo e IgG positivo: Infecção recente (semanas ou meses já podem ter se passado desde a doença); IgM negativo e IgG positivo: infecção antiga (meses ou anos já podem ter se passado desde a doença) 60 Ultrassonografia obstétrica é solicitada: No 1º trimestre, para determinação da idade gestacional (10-13 semanas); Ultrassonografia morfológica, entre 16-20 semanas, para rastrear malformações fetais. PRÉ-NATAL ROTEIRO DA PRIMEIRA CONSULTA ROTEIRO DAS CONSULTAS SUBSEQUENTES • Revisão da ficha pré-natal; • Anamnese atual sucinta; • Verificação do calendário de vacinação. PRÉ-NATAL Controles maternos: cálculo e anotação da idade gestacional; determinação do peso para avaliação do índice de massa corporal (IMC). medida da pressão arterial (observar a aferição da PA com técnica adequada); palpação obstétrica e medida da altura uterina. PRÉ-NATAL pesquisa de edema. verificação dos resultados dos testes para sífilis (VDRL). avaliação dos outros resultados de exames laboratoriais. PRÉ-NATAL Controles fetais: – ausculta dos batimentos cardíacos; – avaliação dos movimentos percebidos pela mulher e/ou detectados no exame obstétrico. PRÉ-NATAL CALENDÁRIO DAS CONSULTAS número mínimo de consultas de pré-natal deverá ser de: seis consultas, preferencialmente, uma no primeiro trimestre, duas no segundo trimestre e três no último trimestre PRÉ-NATAL A maior frequência de visitas no final da gestação visa à avaliação do risco perinatal e das intercorrências clínico-obstétricas mais comuns nesse trimestre, como: trabalho de parto prematuro pré-eclâmpsia e eclampsia amniorrexe prematura óbito fetal. PRÉ-NATAL Programa Nacional de Pré-natal e Nascimento (PHPN) por meio da Portaria GM nº 569, de 1º de junho de 2000, que tem como objetivo primordial assegurar a melhoria do acesso, da cobertura e da qualidade do acompanhamento pré-natal, da assistência ao parto e puerpério e ao recém-nascido, na perspectiva dos direitos de cidadania 67 O acompanhamento da mulher, no ciclo grávido-puerperal, deve ser iniciado o mais precocemente possível e só se encerra após o 42º dia de puerpério, Período em que deverá ter sido realizada a consulta de puerpério. PRÉ-NATAL AÇÕES EDUCATIVAS GRUPOS OPERATIVOS PRÉ-NATAL ASPECTOS A SEREM ABORDADOS NAS AÇÕES EDUCATIVAS PRÉ-NATAL PRÉ-NATAL Importância do pré-natal; Higiene e atividade física; Nutrição: promoção da alimentação saudável (enfoque na prevenção dos distúrbios nutricionais e das doenças associadas à alimentação e nutrição – Baixo peso, sobrepeso, obesidade, hipertensão e diabetes; e suplementação de ferro, ácido fólico e vitamina A – para as áreas e regiões endêmicas); Desenvolvimento da gestação; PRÉ-NATAL Referências Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Área Técnica de Saúde da Mulher. Pré-natal e Puerpério: atenção qualificada e humanizada - manual técnico. Brasília: Ministério da Saúde; 2005. São Paulo(Estado). Secretaria da Saúde. Coordenadoria de Planejamento em Saúde. Assessoria Técnica em Saúde da Mulher. Atenção à gestante e à puérpera no SUS – SP: manual técnico do pré-natal e puerpério. São Paulo: SES/SP; 2010. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco. Brasília: Editora do Ministério da Saúde; 2012.