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1 Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia - ICET GEODÉSIA Aula 04 - Declinação Magnética. 28 de agosto de 2018 Professor: Winston F. de L. Gonçalves Referências: Teixeira, W.; et al. 2000. Decifrando a Terra. Ed. Oficina de textos. São Paulo – SP. (Capitulos: 1 e 2) Leinz, V & Amaral, S. E. 1983. Geologia Geral. Ed. Nacional. São Paulo – SP. Popp, J. H.1998. Geologia Geral. Ed. JC. Rio de Janeiro – RJ. 1 DECLINAÇÃO MAGNÉTICA É o ângulo formado entre o meridiano verdadeiro e o magnético; ou também pode ser identificado como desvio entre o azimute ou rumo verdadeiros e os correspondentes magnéticos. Varia com o tempo e com a posição geográfica, podendo ser ocidental (δW), negativa quando o Pólo magnético estiver a Oeste (W) do geográfico e oriental (δE) em caso contrário. Atualmente, em nosso país a declinação é negativa, logo ocidental. Para calculo em um determinado ponto da superfície física da terra são necessários alguns dados preliminares: - Latitude geográfica (φ); - Longitude geográfica (λ); - Carta de declinação magnética da região em questão. De posse destes dados, e utilizando a equação, é possível obter a declinação magnética para a região em questão. D = Cig + [(A + fa) . Cip] D = Valor da declinação magnética; Cig = Valor interpolado da curva isogônica; Cip = Valor interpolado da curva isopórica; A = Diferença entre o ano de confecção do mapa de declinação magnética e o ano da observação (Ex. observação em 2003. O valor de “A” será dado por A = 2003-2000 =3); fa = Fração de ano, ver tabela. CÁLCULO DA DECLINAÇÃO MAGNÉTICA Valor da fração do ano. Exemplo de apresentação de um mapa de Declinação Magnética com as respectivas legendas. Exemplo Calcular a declinação magnética para Curitiba (φ = 25° 25' 48'' S, λ = 49° 16' 15'' W), no dia 27 de Outubro de 2003 (conforme figura anterior). D = Cig + [(A + fa) . Cip] a) Cálculo de Cig a.1) Interpolação das Curvas Isogônicas. Com a régua ortogonal a uma das curvas, mede-se a distância linear entre as curvas que compreendem a cidade que se deseja calcular a declinação. Neste caso a distância linear entre as curvas -17º e -18º é 2,4 cm. Com a régua ortogonal à curva -17º, mede-se a distância linear entre a curva e a localidade que se deseja determinar a declinação magnética. Neste caso a distância linear entre a curva -17º e Curitiba é 0,5 cm. Logo: 1º → 2,4 cm xº → 0,8 cm xº = 0,3333º Cig = -17º - Xº; Cig = -17,33333º b) Cálculo de Cip Mesmo processo utilizado para Cig. O valor obtido é de - 7,054’. D = -17,3333º + [(3 + 0,8)] . (-7,054’) D = -17º46’48,19” TRANSFORMAÇÃO DE NORTE MAGNÉTICO EM GEOGRÁFICO E VICEVERSA A transformação de elementos (rumos, azimutes) com orientação pelo Norte verdadeiro ou magnético é um processo simples, basta somar ou subtrair da declinação magnética a informação disponível. Como já foi visto, atualmente no Brasil a declinação magnética é negativa. Logo, o azimute verdadeiro é igual ao azimute magnético menos a declinação magnética, conforme será demonstrado a seguir. A figura ilustra o caso em que a declinação magnética é positiva e o azimute verdadeiro é calculado por: Azv = Azm + D Para o caso do Brasil, onde a declinação magnética é negativa (figura), o azimute verdadeiro será obtido da seguinte forma: Azv = Azm + (-D) Exercício O rumo magnético de um alinhamento AB era de 41°12’ SE em janeiro de 2001. Determine o rumo e o azimute atual (28/08/2018), considerando que a declinação magnética, segundo o anuário do observatório nacional é de 59,91”. http://www.ngdc.noaa.gov/geomag-web/?model=WMM&lon1=47%2C0389698&startYear=2015&startDay=28&lat1Hemisphere=S&resultFormat=pdf&browserRequest=true&startMonth=10&lat1=22%2C9249321&lon1Hemisphere=W&fragment=declination#declination