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TEORIA LITERARIA QUESTIONARIO I, II, III

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Julia Morais

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Questões resolvidas

Leia o texto: “Do pedacinho de papel ao livro impresso vai uma longa distância. Mas o que o escritor quer, mesmo, é isso: ver o seu texto em letra de forma. A gaveta é ótima para aplacar a fúria criativa; ela faz amadurecer o texto da mesma forma que a adega faz amadurecer o vinho. Em certos casos, a cesta de papel é melhor ainda. O período de maturação na gaveta é necessário, mas não deve se prolongar muito. ‘Textos guardados acabam cheirando mal’, disse Silvia Plath, [...] que, com esta frase, deu testemunho das dúvidas que atormentam o escritor: publicar ou não publicar? Guardar ou jogar fora? ”
A ideia de que o processo de maturação do texto nem sempre é o que garante bons resultados está sugerida na seguinte frase:
a. “A gaveta é ótima para aplacar a fúria criativa.”
b. “Em certos casos, a cesta de papel é melhor ainda.”
c. “O período de maturação na gaveta é necessário, [...].”
d. “Mas o que o escritor quer, mesmo, é isso: ver o seu texto em letra de forma.”
e. “Ela (a gaveta) faz amadurecer o texto da mesma forma que a adega faz amadurecer o vinho.”

Das afirmacoes a seguir, qual é inadequada para definir ou compreender literatura?
a. A primeira estrofe do poema “Autopsicografia”, de Fernando Pessoa, diz: “O poeta é um fingidor./Finge tão completamente/Que chega a fingir que é dor/A dor que deveras sente”. Daí é possível deduzir que o escritor é um criador de mundos, de emoções, de ilusões, de verdades.
b. Ao definir o escritor como criador de mundos, isso não significa que o texto literário não possa estar baseado nas realidades existentes.
c. A literatura não lida apenas com emoções vagas e distantes; ela também se debruça sobre realidades sociais, denunciando desajustes e injustiças. É o que fez, por exemplo, Castro Alves, com seus vigorosos poemas contra a escravidão.
d. É evidente que a poesia sempre se constituirá como texto mais literário do que a prosa (contos, romances etc.), pois a primeira exige habilidades, técnicas, conhecimentos teóricos que a segunda dispensa sem nenhum problema.
e. Nem sempre a literatura necessita de algum objetivo que se localize fora dela; a obra de arte literária pode voltar-se sobre si mesma, gerar prazer estético, tanto para o autor como para o leitor. É uma finalidade perfeitamente adequada à literatura.

As frases abaixo são da famosa escritora Raquel de Queiroz, em cuja linguagem impera a metáfora. Assim, encontramos inúmeros pensamentos metafóricos e raros não metafóricos. Assinale a opção que não apresenta metáfora:
a. “Lembrar é um inferno de curvas e derrapagens, a gente não sabe se já caiu ou se ainda vai se esborrachar.”
b. “Não estou certa de que se trate de um processo, mas suspeito que o tempo, único juiz de coisas dessa natureza, não está nunca do lado de quem tenta driblá-lo.”
c. “Na ficção, ele pelo menos está neutro, ali cabe ao autor decidir que ida é, se chove, se faz sol. No memorialismo tudo é mais vago: a mente é pintora, não é boa fotógrafa.”
d. “Mas voltando ao assunto da vocação literária: para escrever, tem que haver o dom da escrita, tal como para o cantor é preciso o dom da voz.”
e. “É o coração que faz o caráter.”

Para ser literário, é preciso que exista no texto a elaboração nos planos da estrutura e do conteúdo. Assim, indique a alternativa falsa sobre a estrutura do texto literário:
a. Há a construção formal do texto.
b. É livre desde que o autor siga os aspectos formais da poesia.
c. Em relação à prosa, há os romances, as crônicas, os contos, as novelas.
d. Há diferentes gêneros narrativos que possuem características peculiares em sua composição.
e. Em relação ao poema, há as estruturas fixas – sonetos, elegias, odes – e as estruturas livres, compondo os versos e criando estrofes ou não.

Relativo à literatura, o termo diferencia-se da noção de verdade e refere-se às possibilidades simbólicas. Trata-se de:
a. Linguagem conotativa.
b. A imaginação do autor.
c. Verossimilhança.
d. Gêneros literários.
e. Ficcionalidade.

Sobre a arte literária, considere as seguintes afirmações: I - Ao escrever, o escritor é obrigado a manter um compromisso – ser fiel à realidade, compondo um verdadeiro retrato do mundo. II - Ao ler uma obra literária, um dos aspectos que o leitor deve levar em conta é a visibilidade – capacidade de imaginar sensivelmente o que se lê. III - A literatura é a arte da palavra, razão pela qual não há fórmulas preconcebidas para se construir, por exemplo, um bom poema. Quais estão corretas?
a. Apenas I.
b. Apenas II.
c. Apenas II e III.
d. Apenas III.
e. I, II e III.

Sobre a linguagem do poema seguinte, pode-se afirmar que: Inscrição para uma lareira A vida é um incêndio: nela dançamos, salamandras mágicas Que importa restarem cinzas se a chama foi bela e alta? Em meio aos toros que deabam, cantemos a canção das chamas! Cantemos a canção da vida, na própria luz consumida...
Sobre a linguagem do poema seguinte, pode-se afirmar que:
a. É metafórica ao comparar a dança com o incêndio.
b. É referencial, sem destaque especial às imagens metafóricas.
c. É de autoajuda ao dar ânimo para o leitor dançar e cantar a vida.
d. Apresenta-se exaltada em seus sentimentos por meio da pontuação, com o uso da interrogação e da exclamação.
e. Constitui-se de objetividade, isenta de ponto de vista do autor.

Sobre a literatura, podemos considerar:
a. O texto literário é fruto da imaginação do autor, o qual não tem relação com o seu meio social.
b. A verossimilhança interna de uma prosa garante o afastamento entre literatura e sociedade em que o leitor e o autor vivem.
c. A linguagem conotativa supera a sociedade, desvinculando assim todo texto literário de considerações sociais.
d. Discussão e conscientização sociais não fazem parte da produção literária.
e. Relação da literatura com os valores da sociedade, uma vez que o texto e o autor fazem parte de um momento sócio-histórico.

Uma das características inerentes ao texto literário é a conotação. No entanto, não significa que não existam inúmeros trechos com a linguagem referencial. Dada essa afirmação, assinale o trecho referencial.
a. “Ah! Perdi a Tramontana! Agarrei a garrafa que estava na minha frente e abri a cabeça da santa criatura com uma pancada horrível! De nada mais me lembro. Ouvi um berro, um clamor. Senti o pânico em redor de mim e corri para a rua como um ébrio. Foi quando...”
b. “... os rios vão carregando as queixas do caminho.”
c. “– Mas, será que Deus vai ter pena de mim, com tanta ruindade que fiz, e tendo nas costas tanto pecado mortal? – Tem, meu filho. Deus mede a espora pela rédea, e não tira o estribo do pé de arrependido nenhum...”
d. “Não nos movemos, as mãos é que se estenderam pouco a pouco, todas quatro, pegando-se, apertando-se, fundindo-se.”
e. “Abriu os olhos devagar. Os olhos vindos de sua própria escuridão nada viram na desmaiada luz da tarde. Ficou respirando. Aos poucos recomeçou a enxergar, após poucos as formas foram se solidificando, ela cansada, esmagada pela doçura de um cansaço.”

Dos trechos poéticos a seguir, indique aquele que possui rima pobre:


a. “O coração que bate neste peito
e que bate por ti unicamente
o coração, outrora independente,
hoje humilde, cativo e satisfeito” (Luis Guimarães Jr.)
b. “Entre as ruínas de um convento,
de uma coluna quebrada
sobre os destroços, ao vento
vive uma flor isolada” (Alberto de Oliveira)
c. “Em cima daquele morro
passa boi, passa boiada;
também passa uma menina
de cabelo cacheado” (parlenda popular)
d. “Depois... Mas o lavor da taça admira
toca-a, e do ouvido aproximando-a às bordas
finas hás de lhe ouvir, canora e doce” (Alberto de Oliveira)
e. “Ignota voz, qual se da antiga lira
Fosse encantada música das cordas,
Qual se essa voz de Anacreonte fosse” (Alberto de Oliveira)

Em relação à poesia e ao poema, considera-se falsa a seguinte afirmativa:
a. Pode haver poesia em prosa e poesia em verso livre. Sabemos que a poesia pode estar autenticamente presente na prosa de ficção.
b. O conteúdo do poema e a maneira como este é subjetivamente abordado pela voz do sujeito aproxima o crítico dos estudos da poesia, do que é abstrato.
c. Um texto é poesia só porque é feito em verso.
d. Pode ser feita em verso muita coisa que não é poesia.
e. O poema é a combinação de palavras, versos, sons e ritmos. É o elemento concreto, o resultado da Arte.

Indique a obra que não segue a estrutura épica, mas que tem o caráter da epopeia:
a. Eneida, de Virgílio.
b. A divina comédia, de Dante.
c. Os lusíadas, de Camões.
d. Paraíso perdido, de Milton.
e. Os sertões, de Euclides da Cunha.

Leia o poema: Soneto de separação De repente do riso fez-se o pranto Silencioso e branco como a bruma E das bocas unidas fez-se a espuma E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
Sobre os recursos de linguagem empregados na construção do poema, temos:
I - As semelhanças sonoras entre palavras como “espalmadas” e “espanto”, “branco” e “bruma”, exemplificam o uso de aliterações no texto.
II - A repetição, ao longo do poema, da expressão “de repente”, acentua a ideia de espanto trazido pela separação.
III - O uso de algumas antíteses demonstra o contraste entre os momentos antes e depois da separação.
IV - Na segunda estrofe, a palavra “vento” metaforiza a tranquilidade anterior à separação.
a. I e II.
b. I e IV.
c. III e IV.
d. I, II e III.
e. II, III e IV.

Qual é a classificação quanto ao número de sílabas poéticas no poema abaixo? Vo gar Ro lar O ar do lar na flor há por A- mor (apud TAVARES, Hênio. Teoria Literária. Belo Horizonte: Itatiaia, 2002, p. 176)
a. Monossílabo.
b. Dissílabo.
c. Trissílabo.
d. Hexassílabo.
e. Pentassílabo.

Sobre o aspecto formal do poema de Vinicius de Moraes, consideramos correto:
a. Como o poeta pertenceu à literatura modernista, cujo objetivo era romper com a tradição literária, o poema Soneto de fidelidade não apresenta estrutura rígida em seus versos nem em suas estrofes.
b. O poema de Moraes é um exemplo típico de écloga, devido justamente ao número de versos (4, 4, 3, 3) em cada estrofe.
c. Como o título já explica, trata-se de um soneto, com estrutura clássica de dois quartetos e dois tercetos.
d. Vinicius de Moraes escreveu várias letras de música e vários de seus poemas foram musicados. Assim, Soneto de fidelidade é da espécie canção.
e. Trata-se de um texto poético, sem preocupação formal e livre, tal como ocorre em um soneto.

O crítico literário Antonio Candido está tratando de:
“Em lugar de oferecer um cenário excelso, numa revoada de adjetivos e períodos candentes, pega o miúdo e mostra nele uma grandeza, uma beleza ou uma singularidade insuspeitadas. Ela é amiga da verdade e da poesia nas suas formas mais diretas e também nas suas formas mais fantásticas – sobretudo porque quase sempre utiliza o humor.”
a. Narrativa longa e complexa, ou seja, do romance.
b. Narrativa que trata do cotidiano, ou seja, da crônica.

O crítico literário Antonio Candido está tratando de:
a. Narrativa longa e complexa, ou seja, do romance.
b. Novela de cavalaria.
c. Narrativa curta, tal como o conto.
d. Narrativa milenar; no caso, da epopeia.
e. Narrativa que trata do cotidiano, ou seja, da crônica.

As afirmacoes são referentes ao narrador. Leia-as e depois assinale a alternativa correta.
I - Em narrativas policiais, é comum um personagem secundário narrar a trajetória do detetive, formando o tipo de narrador “eu como testemunha”, pois o narrador assemelha-se ao leitor, que desconhece os pensamentos do detetive, e o suspense, assim, é mantido.
II - Em narrativas amorosas, o narrador muitas vezes presente é o onisciente seletivo, uma vez que se concentra nos pensamentos sentimentais da personagem central em relação à pessoa amada.
III - Em narrativas modernistas, como Vidas secas, de Graciliano Ramos, o papel do narrador é mais abrangente, não se fixando no ponto de vista de apenas um personagem.
a. As afirmações I, II e III estão corretas.
b. As afirmações I e II estão corretas.
c. As afirmações I e III estão corretas.
d. As afirmações II e III estão corretas.
e. Apenas a afirmação I está correta.

Assinale a alternativa em que há discurso direto:
a. “Miguilim chorou de bruços, cumpriu tristeza, soluçou muitas vezes. Alguém disse que aconteciam casos, de cachorros dados, que levados para longes léguas, e que voltavam sempre em casa. Então, ele tomou esperança: a Pingo-de-Ouro ia voltar!”
b. “– Mas, será que Deus vai ter pena de mim, com tanta ruindade que fiz, e tendo nas costas tanto pecado mortal? – Tem, meu filho. Deus mede a espora pela rédea, e não tira o estribo do pé de arrependido nenhum...”
c. “Estremeceu. Poderia ainda continuar? Poderia ainda arrastar-se, cheia de febre, extenuada, em ferida, pela serra a cabo? E as dores, cada vez mais apertadas, que a varavam de lado a lado, a princípio rastejantes, quase voluptuosas, e depois piores que facadas?”
d. “Carolina já não sabia o que fazer. Estava desesperada, com a fome encarrapitada. Que fome! Que faço? Mas parecia que uma luz existia...”
e. “Ouviu o falatório desconexo do bêbado, caiu numa indecisão dolorosa. Ele também dizia palavras sem sentido, conversava à toa. Mas irou-se com a comparação, deu marradas na parede. Era bruto, sim senhor, nunca havia aprendido, não sabia explicar-se. Estava preso por isso? Como era? Então mete-se um homem na cadeia porque ele não sabe falar direito? Que mal fazia a brutalidade dele? Vivia trabalhando como um escravo. Desentupia o bebedouro, consertava as cercas, curava os animais – aproveitara um casco de.

Desde a metade do século passado, Rubem Braga destaca-se no mundo da literatura por suas criações em:
a. Romances.
b. Novelas.
c. Crônicas.

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Questões resolvidas

Leia o texto: “Do pedacinho de papel ao livro impresso vai uma longa distância. Mas o que o escritor quer, mesmo, é isso: ver o seu texto em letra de forma. A gaveta é ótima para aplacar a fúria criativa; ela faz amadurecer o texto da mesma forma que a adega faz amadurecer o vinho. Em certos casos, a cesta de papel é melhor ainda. O período de maturação na gaveta é necessário, mas não deve se prolongar muito. ‘Textos guardados acabam cheirando mal’, disse Silvia Plath, [...] que, com esta frase, deu testemunho das dúvidas que atormentam o escritor: publicar ou não publicar? Guardar ou jogar fora? ”
A ideia de que o processo de maturação do texto nem sempre é o que garante bons resultados está sugerida na seguinte frase:
a. “A gaveta é ótima para aplacar a fúria criativa.”
b. “Em certos casos, a cesta de papel é melhor ainda.”
c. “O período de maturação na gaveta é necessário, [...].”
d. “Mas o que o escritor quer, mesmo, é isso: ver o seu texto em letra de forma.”
e. “Ela (a gaveta) faz amadurecer o texto da mesma forma que a adega faz amadurecer o vinho.”

Das afirmacoes a seguir, qual é inadequada para definir ou compreender literatura?
a. A primeira estrofe do poema “Autopsicografia”, de Fernando Pessoa, diz: “O poeta é um fingidor./Finge tão completamente/Que chega a fingir que é dor/A dor que deveras sente”. Daí é possível deduzir que o escritor é um criador de mundos, de emoções, de ilusões, de verdades.
b. Ao definir o escritor como criador de mundos, isso não significa que o texto literário não possa estar baseado nas realidades existentes.
c. A literatura não lida apenas com emoções vagas e distantes; ela também se debruça sobre realidades sociais, denunciando desajustes e injustiças. É o que fez, por exemplo, Castro Alves, com seus vigorosos poemas contra a escravidão.
d. É evidente que a poesia sempre se constituirá como texto mais literário do que a prosa (contos, romances etc.), pois a primeira exige habilidades, técnicas, conhecimentos teóricos que a segunda dispensa sem nenhum problema.
e. Nem sempre a literatura necessita de algum objetivo que se localize fora dela; a obra de arte literária pode voltar-se sobre si mesma, gerar prazer estético, tanto para o autor como para o leitor. É uma finalidade perfeitamente adequada à literatura.

As frases abaixo são da famosa escritora Raquel de Queiroz, em cuja linguagem impera a metáfora. Assim, encontramos inúmeros pensamentos metafóricos e raros não metafóricos. Assinale a opção que não apresenta metáfora:
a. “Lembrar é um inferno de curvas e derrapagens, a gente não sabe se já caiu ou se ainda vai se esborrachar.”
b. “Não estou certa de que se trate de um processo, mas suspeito que o tempo, único juiz de coisas dessa natureza, não está nunca do lado de quem tenta driblá-lo.”
c. “Na ficção, ele pelo menos está neutro, ali cabe ao autor decidir que ida é, se chove, se faz sol. No memorialismo tudo é mais vago: a mente é pintora, não é boa fotógrafa.”
d. “Mas voltando ao assunto da vocação literária: para escrever, tem que haver o dom da escrita, tal como para o cantor é preciso o dom da voz.”
e. “É o coração que faz o caráter.”

Para ser literário, é preciso que exista no texto a elaboração nos planos da estrutura e do conteúdo. Assim, indique a alternativa falsa sobre a estrutura do texto literário:
a. Há a construção formal do texto.
b. É livre desde que o autor siga os aspectos formais da poesia.
c. Em relação à prosa, há os romances, as crônicas, os contos, as novelas.
d. Há diferentes gêneros narrativos que possuem características peculiares em sua composição.
e. Em relação ao poema, há as estruturas fixas – sonetos, elegias, odes – e as estruturas livres, compondo os versos e criando estrofes ou não.

Relativo à literatura, o termo diferencia-se da noção de verdade e refere-se às possibilidades simbólicas. Trata-se de:
a. Linguagem conotativa.
b. A imaginação do autor.
c. Verossimilhança.
d. Gêneros literários.
e. Ficcionalidade.

Sobre a arte literária, considere as seguintes afirmações: I - Ao escrever, o escritor é obrigado a manter um compromisso – ser fiel à realidade, compondo um verdadeiro retrato do mundo. II - Ao ler uma obra literária, um dos aspectos que o leitor deve levar em conta é a visibilidade – capacidade de imaginar sensivelmente o que se lê. III - A literatura é a arte da palavra, razão pela qual não há fórmulas preconcebidas para se construir, por exemplo, um bom poema. Quais estão corretas?
a. Apenas I.
b. Apenas II.
c. Apenas II e III.
d. Apenas III.
e. I, II e III.

Sobre a linguagem do poema seguinte, pode-se afirmar que: Inscrição para uma lareira A vida é um incêndio: nela dançamos, salamandras mágicas Que importa restarem cinzas se a chama foi bela e alta? Em meio aos toros que deabam, cantemos a canção das chamas! Cantemos a canção da vida, na própria luz consumida...
Sobre a linguagem do poema seguinte, pode-se afirmar que:
a. É metafórica ao comparar a dança com o incêndio.
b. É referencial, sem destaque especial às imagens metafóricas.
c. É de autoajuda ao dar ânimo para o leitor dançar e cantar a vida.
d. Apresenta-se exaltada em seus sentimentos por meio da pontuação, com o uso da interrogação e da exclamação.
e. Constitui-se de objetividade, isenta de ponto de vista do autor.

Sobre a literatura, podemos considerar:
a. O texto literário é fruto da imaginação do autor, o qual não tem relação com o seu meio social.
b. A verossimilhança interna de uma prosa garante o afastamento entre literatura e sociedade em que o leitor e o autor vivem.
c. A linguagem conotativa supera a sociedade, desvinculando assim todo texto literário de considerações sociais.
d. Discussão e conscientização sociais não fazem parte da produção literária.
e. Relação da literatura com os valores da sociedade, uma vez que o texto e o autor fazem parte de um momento sócio-histórico.

Uma das características inerentes ao texto literário é a conotação. No entanto, não significa que não existam inúmeros trechos com a linguagem referencial. Dada essa afirmação, assinale o trecho referencial.
a. “Ah! Perdi a Tramontana! Agarrei a garrafa que estava na minha frente e abri a cabeça da santa criatura com uma pancada horrível! De nada mais me lembro. Ouvi um berro, um clamor. Senti o pânico em redor de mim e corri para a rua como um ébrio. Foi quando...”
b. “... os rios vão carregando as queixas do caminho.”
c. “– Mas, será que Deus vai ter pena de mim, com tanta ruindade que fiz, e tendo nas costas tanto pecado mortal? – Tem, meu filho. Deus mede a espora pela rédea, e não tira o estribo do pé de arrependido nenhum...”
d. “Não nos movemos, as mãos é que se estenderam pouco a pouco, todas quatro, pegando-se, apertando-se, fundindo-se.”
e. “Abriu os olhos devagar. Os olhos vindos de sua própria escuridão nada viram na desmaiada luz da tarde. Ficou respirando. Aos poucos recomeçou a enxergar, após poucos as formas foram se solidificando, ela cansada, esmagada pela doçura de um cansaço.”

Dos trechos poéticos a seguir, indique aquele que possui rima pobre:


a. “O coração que bate neste peito
e que bate por ti unicamente
o coração, outrora independente,
hoje humilde, cativo e satisfeito” (Luis Guimarães Jr.)
b. “Entre as ruínas de um convento,
de uma coluna quebrada
sobre os destroços, ao vento
vive uma flor isolada” (Alberto de Oliveira)
c. “Em cima daquele morro
passa boi, passa boiada;
também passa uma menina
de cabelo cacheado” (parlenda popular)
d. “Depois... Mas o lavor da taça admira
toca-a, e do ouvido aproximando-a às bordas
finas hás de lhe ouvir, canora e doce” (Alberto de Oliveira)
e. “Ignota voz, qual se da antiga lira
Fosse encantada música das cordas,
Qual se essa voz de Anacreonte fosse” (Alberto de Oliveira)

Em relação à poesia e ao poema, considera-se falsa a seguinte afirmativa:
a. Pode haver poesia em prosa e poesia em verso livre. Sabemos que a poesia pode estar autenticamente presente na prosa de ficção.
b. O conteúdo do poema e a maneira como este é subjetivamente abordado pela voz do sujeito aproxima o crítico dos estudos da poesia, do que é abstrato.
c. Um texto é poesia só porque é feito em verso.
d. Pode ser feita em verso muita coisa que não é poesia.
e. O poema é a combinação de palavras, versos, sons e ritmos. É o elemento concreto, o resultado da Arte.

Indique a obra que não segue a estrutura épica, mas que tem o caráter da epopeia:
a. Eneida, de Virgílio.
b. A divina comédia, de Dante.
c. Os lusíadas, de Camões.
d. Paraíso perdido, de Milton.
e. Os sertões, de Euclides da Cunha.

Leia o poema: Soneto de separação De repente do riso fez-se o pranto Silencioso e branco como a bruma E das bocas unidas fez-se a espuma E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
Sobre os recursos de linguagem empregados na construção do poema, temos:
I - As semelhanças sonoras entre palavras como “espalmadas” e “espanto”, “branco” e “bruma”, exemplificam o uso de aliterações no texto.
II - A repetição, ao longo do poema, da expressão “de repente”, acentua a ideia de espanto trazido pela separação.
III - O uso de algumas antíteses demonstra o contraste entre os momentos antes e depois da separação.
IV - Na segunda estrofe, a palavra “vento” metaforiza a tranquilidade anterior à separação.
a. I e II.
b. I e IV.
c. III e IV.
d. I, II e III.
e. II, III e IV.

Qual é a classificação quanto ao número de sílabas poéticas no poema abaixo? Vo gar Ro lar O ar do lar na flor há por A- mor (apud TAVARES, Hênio. Teoria Literária. Belo Horizonte: Itatiaia, 2002, p. 176)
a. Monossílabo.
b. Dissílabo.
c. Trissílabo.
d. Hexassílabo.
e. Pentassílabo.

Sobre o aspecto formal do poema de Vinicius de Moraes, consideramos correto:
a. Como o poeta pertenceu à literatura modernista, cujo objetivo era romper com a tradição literária, o poema Soneto de fidelidade não apresenta estrutura rígida em seus versos nem em suas estrofes.
b. O poema de Moraes é um exemplo típico de écloga, devido justamente ao número de versos (4, 4, 3, 3) em cada estrofe.
c. Como o título já explica, trata-se de um soneto, com estrutura clássica de dois quartetos e dois tercetos.
d. Vinicius de Moraes escreveu várias letras de música e vários de seus poemas foram musicados. Assim, Soneto de fidelidade é da espécie canção.
e. Trata-se de um texto poético, sem preocupação formal e livre, tal como ocorre em um soneto.

O crítico literário Antonio Candido está tratando de:
“Em lugar de oferecer um cenário excelso, numa revoada de adjetivos e períodos candentes, pega o miúdo e mostra nele uma grandeza, uma beleza ou uma singularidade insuspeitadas. Ela é amiga da verdade e da poesia nas suas formas mais diretas e também nas suas formas mais fantásticas – sobretudo porque quase sempre utiliza o humor.”
a. Narrativa longa e complexa, ou seja, do romance.
b. Narrativa que trata do cotidiano, ou seja, da crônica.

O crítico literário Antonio Candido está tratando de:
a. Narrativa longa e complexa, ou seja, do romance.
b. Novela de cavalaria.
c. Narrativa curta, tal como o conto.
d. Narrativa milenar; no caso, da epopeia.
e. Narrativa que trata do cotidiano, ou seja, da crônica.

As afirmacoes são referentes ao narrador. Leia-as e depois assinale a alternativa correta.
I - Em narrativas policiais, é comum um personagem secundário narrar a trajetória do detetive, formando o tipo de narrador “eu como testemunha”, pois o narrador assemelha-se ao leitor, que desconhece os pensamentos do detetive, e o suspense, assim, é mantido.
II - Em narrativas amorosas, o narrador muitas vezes presente é o onisciente seletivo, uma vez que se concentra nos pensamentos sentimentais da personagem central em relação à pessoa amada.
III - Em narrativas modernistas, como Vidas secas, de Graciliano Ramos, o papel do narrador é mais abrangente, não se fixando no ponto de vista de apenas um personagem.
a. As afirmações I, II e III estão corretas.
b. As afirmações I e II estão corretas.
c. As afirmações I e III estão corretas.
d. As afirmações II e III estão corretas.
e. Apenas a afirmação I está correta.

Assinale a alternativa em que há discurso direto:
a. “Miguilim chorou de bruços, cumpriu tristeza, soluçou muitas vezes. Alguém disse que aconteciam casos, de cachorros dados, que levados para longes léguas, e que voltavam sempre em casa. Então, ele tomou esperança: a Pingo-de-Ouro ia voltar!”
b. “– Mas, será que Deus vai ter pena de mim, com tanta ruindade que fiz, e tendo nas costas tanto pecado mortal? – Tem, meu filho. Deus mede a espora pela rédea, e não tira o estribo do pé de arrependido nenhum...”
c. “Estremeceu. Poderia ainda continuar? Poderia ainda arrastar-se, cheia de febre, extenuada, em ferida, pela serra a cabo? E as dores, cada vez mais apertadas, que a varavam de lado a lado, a princípio rastejantes, quase voluptuosas, e depois piores que facadas?”
d. “Carolina já não sabia o que fazer. Estava desesperada, com a fome encarrapitada. Que fome! Que faço? Mas parecia que uma luz existia...”
e. “Ouviu o falatório desconexo do bêbado, caiu numa indecisão dolorosa. Ele também dizia palavras sem sentido, conversava à toa. Mas irou-se com a comparação, deu marradas na parede. Era bruto, sim senhor, nunca havia aprendido, não sabia explicar-se. Estava preso por isso? Como era? Então mete-se um homem na cadeia porque ele não sabe falar direito? Que mal fazia a brutalidade dele? Vivia trabalhando como um escravo. Desentupia o bebedouro, consertava as cercas, curava os animais – aproveitara um casco de.

Desde a metade do século passado, Rubem Braga destaca-se no mundo da literatura por suas criações em:
a. Romances.
b. Novelas.
c. Crônicas.

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QUESTIONÁRIO TEORIA LITERÁRIA I 
REVISADO 2019 
 
 
Pergunta 1 
0,3 em 0,3 pontos 
 
(ENEM 2003 – adaptado) Leia o texto: 
“Do pedacinho de papel ao livro impresso vai uma longa distância. Mas o que o escritor 
quer, mesmo, é isso: ver o seu texto em letra de forma. A gaveta é ótima para aplacar a 
fúria criativa; ela faz amadurecer o texto da mesma forma que a adega faz amadurecer o 
vinho. Em certos casos, a cesta de papel é melhor ainda. 
O período de maturação na gaveta é necessário, mas não deve se prolongar muito. ‘Textos 
guardados acabam cheirando mal’, disse Silvia Plath, [...] que, com esta frase, deu 
testemunho das dúvidas que atormentam o escritor: publicar ou não publicar? Guardar 
ou jogar fora? ” 
SCLIAR, Moacyr. O escritor e seus desafios. São Paulo: IBEP, 2005, p. 21. 
Nesse texto, o escritor Moacyr Scliar usa imagens para refletir sobre uma etapa da criação 
literária. A ideia de que o processo de maturação do texto nem sempre é o que garante 
bons resultados está sugerida na seguinte frase: 
 
Resposta 
Selecionada: 
b. “Em certos casos, a cesta de papel é melhor ainda. ” 
Respostas: a. “A gaveta é ótima para aplacar a fúria criativa. ” 
 b. “Em certos casos, a cesta de papel é melhor ainda. ” 
 c. “O período de maturação na gaveta é necessário, [...]. ” 
 d. “Mas o que o escritor quer, mesmo, é isso: ver o seu texto em 
letra de forma. ” 
 e. “Ela (a gaveta) faz amadurecer o texto da mesma forma que a 
adega faz amadurecer o vinho. ” 
Feedback 
da 
resposta: 
Resposta: B. 
Justificativa: o texto literário é uma criação e para tal exige trabalho do 
autor. Trata-se de um processo que envolve etapas diferentes, desde as 
primeiras ideias, os rascunhos até a publicação. Maturar uma ideia ou 
rascunho pode mostrar ao autor que sua ideia ou sua forma de escrever 
não está boa. Assim, o jeito é jogar o texto e recomeçar. 
 
 
• Pergunta 2 
0,3 em 0,3 pontos 
 
(UNISC 2004) Das afirmações a seguir, qual é inadequada para definir ou 
compreender literatura? 
 
Resposta 
Selecionada: 
d. É evidente que a poesia sempre se constituirá como texto mais 
literário do que a prosa (contos, romances etc.), pois a primeira exige 
habilidades, técnicas, conhecimentos teóricos que a segunda 
dispensa sem nenhum problema. 
Respostas: a. A primeira estrofe do poema “Autopsicografia”, de Fernando 
Pessoa, diz: “O poeta é um fingidor./Finge tão completamente/Que 
chega a fingir que é dor/A dor que deveras sente”. Daí é possível 
deduzir que o escritor é um criador de mundos, de emoções, de 
ilusões, de verdades. 
 
 
b. Ao definir o escritor como criador de mundos, isso não significa 
que o texto literário não possa estar baseado nas realidades 
existentes. 
 
c. A literatura não lida apenas com emoções vagas e distantes; ela 
também se debruça sobre realidades sociais, denunciando 
desajustes e injustiças. É o que fez, por exemplo, Castro Alves, com 
seus vigorosos poemas contra a escravidão. 
 
d. É evidente que a poesia sempre se constituirá como texto mais 
literário do que a prosa (contos, romances etc.), pois a primeira exige 
habilidades, técnicas, conhecimentos teóricos que a segunda 
dispensa sem nenhum problema. 
 
e. Nem sempre a literatura necessita de algum objetivo que se 
localize fora dela; a obra de arte literária pode voltar-se sobre si 
mesma, gerar prazer estético, tanto para o autor como para o leitor. 
É uma finalidade perfeitamente adequada à literatura. 
Feedback 
da 
resposta: 
Resposta: D. 
Justificativa: assim como a poesia, a prosa, em suas manifestações 
(conto, romance, crônica etc.), também possui características formais 
que são específicas, tais como a própria estrutura da narrativa 
(situação inicial, complicação/conflito, tensão etc.) e seus elementos 
(personagem, narrador, tempo, espaço). 
 
• Pergunta 3 
0,3 em 0,3 pontos 
 
As frases abaixo são da famosa escritora Raquel de Queiroz, em cuja linguagem 
impera a metáfora. Assim, encontramos inúmeros pensamentos metafóricos e raros 
não metafóricos. Assinale a opção que não apresenta metáfora: 
 
Resposta 
Selecionada: 
d. “Mas voltando ao assunto da vocação literária: para escrever, 
tem que haver o dom da escrita, tal como para o cantor é preciso o 
dom da voz. ” 
Respostas: a. “Lembrar é um inferno de curvas e derrapagens, a gente não 
sabe se já caiu ou se ainda vai se esborrachar. ” 
 
b. “Não estou certa de que se trate de um processo, mas suspeito 
que o tempo, único juiz de coisas dessa natureza, não está nunca 
do lado de quem tenta driblá-lo. ” 
 
c. “Na ficção, ele pelo menos está neutro, ali cabe ao autor decidir 
que ida é, se chove, se faz sol. No memorialismo tudo é mais vago: 
a mente é pintora, não é boa fotógrafa. ” 
 
d. “Mas voltando ao assunto da vocação literária: para escrever, 
tem que haver o dom da escrita, tal como para o cantor é preciso o 
dom da voz. ” 
 e. “É o coração que faz o caráter. ” 
Feedback 
da 
resposta: 
Resposta: D. 
Justificativa. A linguagem literária é rica em criação de imagens por 
meio, por exemplo, da metáfora. Na alternativa “a”, a metáfora ocorre 
na comparação entre lembrança e inferno; na “b”, entre tempo e juiz, e 
assim por diante. A frase na alternativa “d” não foi construída com 
imagem metafórica. Fala da crença da autora em vocação e dom do 
escritor. 
 
 
• Pergunta 4 
0,3 em 0,3 pontos 
 
Dentre os textos abaixo, quais apresentam princípio clássico? 
1 - “Quando a Indesejada das Gentes chegar 
(Não sei se dura ou caroável), 
Talvez eu tenha medo, 
Talvez sorria, ou diga: 
– Alô, iniludível! 
O meu dia foi bom, pode a noite descer. 
(A noite com seus sortilégios.) 
Encontrará lavrado o campo, a casa limpa, 
A mesa posta, 
Com cada coisa em seu lugar.” 
 
2 - “Eu canto porque o instante existe 
e a minha vida está completa. 
Não sou alegre nem sou triste: 
sou poeta.” 
 
3 - “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, 
Muda-se o ser, muda-se a confiança; 
Todo o mundo é composto de mudança, 
Tomando sempre novas qualidades.” 
4 - “Continuamente estou imaginando, 
Se esta vida, que logro, tão pesada, 
Há de ser sempre aflita, e magoada, 
Se como o tempo enfim se há de ir mudando:” 
 
Resposta Selecionada: d. Apenas 3 e 4. 
Respostas: a. Apenas 1 e 2. 
 b. Apenas 2 e 3. 
 c. Apenas 2, 3 e 4. 
 d. Apenas 3 e 4. 
 e. 1, 2, 3 e 4. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta: D. 
Justificativa: os trechos poéticos seguem a forma clássica, como, por 
exemplo, mesmo número de sílabas poéticas em cada verso e rima. Os 
outros trechos fogem de esquema de métrica, estrofação etc. 
 
 
• Pergunta 5 
0,3 em 0,3 pontos 
 
Para ser literário, é preciso que exista no texto a elaboração nos planos da estrutura e 
do conteúdo. Assim, indique a alternativa falsa sobre a estrutura do texto literário: 
 
Resposta 
Selecionada: 
b. É livre desde que o autor siga os aspectos formais da poesia. 
Respostas: a. Há a construção formal do texto. 
 b. É livre desde que o autor siga os aspectos formais da poesia. 
 c. Em relação à prosa, há os romances, as crônicas, os contos, as 
novelas. 
 
 d. Há diferentes gêneros narrativos que possuem características 
peculiares em sua composição. 
 
e. Em relação ao poema, há as estruturas fixas – sonetos, elegias, 
odes – e as estruturas livres, compondo os versos e criando 
estrofes ou não. 
Feedback 
da 
resposta: 
Resposta: B. 
Justificativa: o texto pode ser livre em sua estrutura, como acontece 
com vários poemas, mas se tiver aspectos formais, estes serão do 
poema e não da poesia. A poesia é conceito abstrato e pode estar 
presente em diferentes manifestações culturais. O poema é uma das 
realizações da poesia e tem elementos formais. 
 
• Pergunta6 
0,3 em 0,3 pontos 
 
Relativo à literatura, o termo diferencia-se da noção de verdade e refere-se às 
possibilidades simbólicas. Trata-se de: 
 
Resposta Selecionada: c. Verossimilhança. 
Respostas: a. Linguagem conotativa. 
 b. A imaginação do autor. 
 c. Verossimilhança. 
 d. Gêneros literários. 
 e. Ficcionalidade. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta: C. 
Justificativa: a verossimilhança não é a realidade do mundo objetivo, 
exterior ao texto, nem lida com verdades. Na história, os fatos, as 
ações, as reações das personagens são verossímeis por causa da 
coerência interna da própria narrativa. 
 
 
• Pergunta 7 
0,3 em 0,3 pontos 
 
Sobre a arte literária, considere as seguintes afirmações: 
I - Ao escrever, o escritor é obrigado a manter um compromisso – ser fiel à realidade, 
compondo um verdadeiro retrato do mundo. 
II - Ao ler uma obra literária, um dos aspectos que o leitor deve levar em conta é a 
visibilidade – capacidade de imaginar sensivelmente o que se lê. 
III - A literatura é a arte da palavra, razão pela qual não há fórmulas preconcebidas 
para se construir, por exemplo, um bom poema. 
Quais estão corretas? 
 
Resposta Selecionada: c. Apenas II e III. 
Respostas: a. Apenas I. 
 b. Apenas II. 
 c. Apenas II e III. 
 d. Apenas III. 
 e. I, II e III. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta: C. 
Justificativa: Não cabe à literatura – como manifestação da arte – ser 
cópia da realidade. O texto literário pode ter base na realidade, mas 
nele o mundo é criado, ou seja, todas as situações são fictícias. 
 
 
 
 
• Pergunta 8 
0,3 em 0,3 pontos 
 
Sobre a linguagem do poema seguinte, pode-se afirmar que: 
Inscrição para uma lareira 
A vida é um incêndio: nela 
dançamos, salamandras mágicas 
Que importa restarem cinzas 
se a chama foi bela e alta? 
Em meio aos toros que deabam, 
cantemos a canção das chamas! 
Cantemos a canção da vida, 
na própria luz consumida... 
Mário Quintana. Esconderijos do tempo. São Paulo: Globo, 1998, p. 44. 
 
Resposta 
Selecionada: 
d. Apresenta-se exaltada em seus sentimentos por meio da 
pontuação, com o uso da interrogação e da exclamação. 
Respostas: a. É metafórica ao comparar a dança com o incêndio. 
 b. É referencial, sem destaque especial às imagens metafóricas. 
 c. É de autoajuda ao dar ânimo para o leitor dançar e cantar a 
vida. 
 d. Apresenta-se exaltada em seus sentimentos por meio da 
pontuação, com o uso da interrogação e da exclamação. 
 e. Constitui-se de objetividade, isenta de ponto de vista do autor. 
Feedback 
da 
resposta: 
Resposta: D. 
Justificativa: o poema é repleto de imagens metafóricas, pois compara 
a vida ao incêndio, cria a expressão “salamandras mágicas” etc. Além 
disso, o texto exalta a vida, que deve ser alegre e é comparada à 
música e à dança. Essa exaltação é percebida na pergunta retórica e 
na frase exclamativa. O poema não apresenta, então, linguagem 
referencial, objetiva e isenta de opinião. 
 
 
• Pergunta 9 
0,3 em 0,3 pontos 
 
Sobre a literatura, podemos considerar: 
Resposta 
Selecionada: 
e. Relação da literatura com os valores da sociedade, uma vez 
que o texto e o autor fazem parte de um momento sócio-histórico. 
Respostas: a. O texto literário é fruto da imaginação do autor, o qual não tem 
relação com o seu meio social. 
 b. A verossimilhança interna de uma prosa garante o afastamento 
entre literatura e sociedade em que o leitor e o autor vivem. 
 c. A linguagem conotativa supera a sociedade, desvinculando 
assim todo texto literário de considerações sociais. 
 d. Discussão e conscientização sociais não fazem parte da 
produção literária. 
 e. Relação da literatura com os valores da sociedade, uma vez 
que o texto e o autor fazem parte de um momento sócio-histórico. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta: E. 
Justificativa: a literatura é uma criação humana, logo, cultural e não 
 
natural. Por ser criação humana, carrega os valores dos homens, 
seus sentimentos, suas crenças, sua carga histórica. A literatura está, 
enfim, relacionada à sociedade. 
 
• Pergunta 10 
0,3 em 0,3 pontos 
 
Uma das características inerentes ao texto literário é a conotação. No entanto, não 
significa que não existam inúmeros trechos com a linguagem referencial. Dada essa 
afirmação, assinale o trecho referencial. 
 
Resposta 
Selecionada: 
d. “Não nos movemos, as mãos é que se estenderam pouco a 
pouco, todas quatro, pegando-se, apertando-se, fundindo-se.” 
Respostas: a. “Ah! Perdi a Tramontana! Agarrei a garrafa que estava na minha 
frente e abri a cabeça da santa criatura com uma pancada horrível! 
De nada mais me lembro. Ouvi um berro, um clamor. Senti o pânico 
em redor de mim e corri para a rua como um ébrio. Foi quando...” 
 b. “... os rios vão carregando as queixas do caminho. ” 
 
c. “– Mas, será que Deus vai ter pena de mim, com tanta ruindade 
que fiz, e tendo nas costas tanto pecado mortal? 
– Tem, meu filho. Deus mede a espora pela rédea, e não tira o 
estribo do pé de arrependido nenhum...” 
 
d. 
“Não nos movemos, as mãos é que se estenderam pouco a pouco, 
todas quatro, pegando-se, apertando-se, fundindo-se.” 
 
e. “Abriu os olhos devagar. Os olhos vindos de sua própria escuridão 
nada viram na desmaiada luz da tarde. Ficou respirando. Aos 
poucos recomeçou a enxergar, após poucos as formas foram se 
solidificando, ela cansada, esmagada pela doçura de um cansaço. ” 
Feedback 
da 
resposta: 
Resposta: D. 
Justificativa: esta questão mostra quatro trechos conotativos, exceto o 
da letra “d”. Ressalta-se, no entanto, que mesmo sem a conotação no 
trecho de Machado de Assis, a linguagem do autor é literária pela 
forma, por exemplo, como mostra por meio das mãos a proximidade 
das personagens e a gradação dessa proximidade pelos verbos – 
pegar, apertar, fundir. 
 
 
 
 
QUESTIONÁRIO TEORIA LITERÁRIA II 
 
• Pergunta 1 
0,3 em 0,3 pontos 
 
As afirmações a seguir são da obra Os lusíadas: 
I - É uma epopeia lusa, de Camões, escrita no século XVI, em plena Renascença. 
II - Compõe-se de 10 cantos, todos eles em oitavas, com rimas cruzadas, sendo os 
dois últimos versos de rimas paralelas. 
III - O número total de estrofes é de 1.102 oitavas, perfazendo um total de 8.816 
versos. 
 
Resposta Selecionada: d. 
Todas estão corretas. 
Respostas: a. 
Apenas I está correta. 
 
 b. 
Apenas II está correta. 
 c. 
Apenas I e III estão corretas. 
 d. 
Todas estão corretas. 
 e. 
Apenas III está correta. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta: D. Justificativa: as informações condizem com a 
estrutura e a forma da obra de Camões. 
 
• Pergunta 2 
0,3 em 0,3 pontos 
 
Atualmente, dentre os gêneros literários, um está esquecido pelos escritores, em 
parte pelos padrões culturais do leitor atual e, principalmente, pelo caráter obsoleto a 
que restringe a abordagem de fatos e de personagens heroicos. Pode-se afirmar que 
esse gênero é o: 
 
Resposta Selecionada: a. 
Épico. 
Respostas: a. 
Épico. 
 b. 
Lírico. 
 c. 
Dramático. 
 d. 
Narrativo. 
 e. 
Jornalístico. 
Feedback 
da 
resposta: 
Resposta: A. Justificativa: a epopeia é um gênero todo escrito em 
versos e muito extenso, chegando, dependendo da obra, a mais de oito 
mil versos. Esse tipo de texto não atende mais à demanda da 
sociedade contemporânea, criadora e fruto de linguagem mais 
dinâmica e bem menos extensa. Hoje temos o microconto, criado em 
140 caracteres, como exemplo dessa linguagem dinâmica e breve. 
 
 
• Pergunta 3 
0,3 em 0,3 pontos 
 
Dado o poema a seguir, considere seus recursos poéticos: 
Voo 
Alheias e nossas 
as palavras voam. 
Bando de borboletas multicores, 
as palavras voam.Bando azul de andorinhas, 
bando de gaivotas brancas, 
as palavras voam. 
Voam as palavras 
como águias imensas. 
Como escuros morcegos 
como negros abutres, 
as palavras voam. 
 
 
 
Oh! alto e baixo 
em círculos e retas 
acima de nós, em redor de nós 
as palavras voam. 
 
 
E às vezes pousam. 
(MEIRELES apud GOUVEA, L. V. B. (org.). Ensaios sobre Cecília Meireles. 
São Paulo: Fapesp/Humanitas, 2007, p. 251) 
I - Podemos notar o desabrochar da subjetividade do poeta. 
II - A palavra – matéria-prima do escritor literário – é metaforicamente comparada a um 
pássaro. 
III - A seleção lexical no poema cria sinestesia, uma vez que a palavra é oral (audição) e é 
comparada à borboleta multicolor (visão). 
IV - Há ideias opostas em uma formação de antítese ao comparar a palavra à borboleta 
(sinônimo de delicadeza) e às aves rapinas (sinônimo de agressividade). 
Resposta Selecionada: e. 
Todas estão corretas. 
Respostas: a. 
Apenas I e II estão corretas. 
 b. 
Apenas II está correta. 
 c. 
Apenas III e IV estão corretas. 
 d. 
Apenas I, III e IV estão corretas. 
 e. 
Todas estão corretas. 
Feedback 
da 
resposta: 
Resposta: E. Justificativa: no poema o leitor depara-se com imagens 
metafóricas, em que a palavra é comparada tanto à borboleta quanto à 
ave rapina. Ou seja, a palavra traz suavidade, doçura, alegria, 
delicadeza, mas também traz sentimentos e atitudes atrozes. Nessa 
comparação, o poema marca a subjetividade, o ponto de vista de um 
“eu” sobre a palavra. 
 
 
• Pergunta 4 
0,3 em 0,3 pontos 
 
Dos trechos poéticos a seguir, indique aquele que possui rima pobre: 
Resposta Selecionada: b. 
“Entre as ruínas de um convento, 
de uma coluna quebrada 
sobre os destroços, ao vento 
vive uma flor isolada” (Alberto de Oliveira) 
Respostas: a. 
“O coração que bate neste peito 
e que bate por ti unicamente 
o coração, outrora independente, 
hoje humilde, cativo e satisfeito” (Luis Guimarães Jr.) 
 b. 
 
“Entre as ruínas de um convento, 
de uma coluna quebrada 
sobre os destroços, ao vento 
vive uma flor isolada” (Alberto de Oliveira) 
 
c. 
“Em cima daquele morro 
passa boi, passa boiada; 
também passa uma menina 
de cabelo cacheado” (parlenda popular) 
 
d. 
“Depois... Mas o lavor da taça admira 
toca-a, e do ouvido aproximando-a às bordas 
finas hás de lhe ouvir, canora e doce” (Alberto de Oliveira) 
 
e. 
“Ignota voz, qual se da antiga lira 
Fosse encantada música das cordas, 
Qual se essa voz de Anacreonte fosse” (Alberto de Oliveira) 
Feedback da 
resposta: 
Resposta: B. Justificativa: rima pobre é aquela constituída de palavras 
que pertencem à mesma classe gramatical. No caso, “convento” 
(substantivo) rima com “vento” (também substantivo) e “quebrada” 
rima com “isolada”, ambas adjetivas. 
 
• Pergunta 5 
0,3 em 0,3 pontos 
 
Em relação à poesia e ao poema, considera-se falsa a seguinte afirmativa: 
Resposta 
Selecionada: 
c. 
Um texto é poesia só porque é feito em verso. 
Respostas: a. 
Pode haver poesia em prosa e poesia em verso livre. Sabemos 
que a poesia pode estar autenticamente presente na prosa de 
ficção. 
 
b. 
O conteúdo do poema e a maneira como este é subjetivamente 
abordado pela voz do sujeito aproxima o crítico dos estudos da 
poesia, do que é abstrato. 
 c. 
Um texto é poesia só porque é feito em verso. 
 d. 
Pode ser feita em verso muita coisa que não é poesia. 
 
e. 
O poema é a combinação de palavras, versos, sons e ritmos. É o 
elemento concreto, o resultado da Arte. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta: C. Justificativa: a afirmação é falsa porque a poesia – 
elemento abstrato – pode ser encontrada em poema (texto em 
verso), em texto em prosa ou até mesmo em uma paisagem. 
 
 
• Pergunta 6 
0,3 em 0,3 pontos 
 
Indique a obra que não segue a estrutura épica, mas que tem o caráter da epopeia: 
Resposta Selecionada: e. 
Os sertões, de Euclides da Cunha. 
Respostas: a. 
Eneida, de Virgílio. 
 b. 
A divina comédia, de Dante. 
 c. 
Os lusíadas, de Camões. 
 d. 
Paraíso perdido, de Milton. 
 e. 
Os sertões, de Euclides da Cunha. 
Feedback 
da resposta: 
Resposta: E. Justificativa: Classicamente, as epopeias são modeladas em 
verso e sempre tratam de algo grandioso. No caso de Os sertões, trata-se 
de um texto em prosa (e não em verso), mas há grandiosidade na obra, tal 
como ocorre na epopeia. Muitos romances modernos são considerados 
“épicos”. 
 
• Pergunta 7 
0,3 em 0,3 pontos 
 
Leia o poema: 
Soneto de separação 
De repente do riso fez-se o pranto 
Silencioso e branco como a bruma 
E das bocas unidas fez-se a espuma 
E das mãos espalmadas fez-se o espanto. 
 
De repente da calma fez-se o vento 
Que dos olhos desfez a última chama 
E da paixão fez-se o pressentimento 
E do momento imóvel fez-se o drama. 
 
De repente, não mais que de repente 
Fez-se de triste o que se fez amante 
E de sozinho o que se fez contente. 
 
Fez-se do amigo próximo o distante 
Fez-se da vida uma aventura errante 
De repente, não mais que de repente. 
 
Oceano Atlântico, a bordo do Highland Patriot, a caminho da Inglaterra, setembro de 
1938. 
(MORAES, Vinicius de. Antologia poética. São Paulo: 
Companhia de Bolso, 2009, p. 114) 
Sobre os recursos de linguagem empregados na construção do poema, temos: 
I - As semelhanças sonoras entre palavras como “espalmadas” e “espanto”, “branco” e 
“bruma”, exemplificam o uso de aliterações no texto. 
II - A repetição, ao longo do poema, da expressão “de repente”, acentua a ideia de espanto 
trazido pela separação. 
III - O uso de algumas antíteses demonstra o contraste entre os momentos antes e depois 
 
da separação. 
IV - Na segunda estrofe, a palavra “vento” metaforiza a tranquilidade anterior à separação. 
Resposta Selecionada: d. 
I, II e III. 
Respostas: a. 
I e II. 
 b. 
I e IV. 
 c. 
III e IV. 
 d. 
I, II e III. 
 e. 
II, III e IV. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta: D. Justificativa: o poema é rico em linguagem poética, com o 
uso de aliteração, antítese e metáfora. No entanto, o vento não é uma 
metáfora de tranquilidade, mas de problemas advindos da separação. 
 
 
• Pergunta 8 
0,3 em 0,3 pontos 
 
Leia um fragmento da epopeia Os lusíadas, de Camões, e verifique o número de versos 
em cada estrofe. Depois, indique a classificação em relação à estrutura das estrofes. 
Canto I 
As armas e os Barões assinalados 
Que da Ocidental praia Lusitana 
Por mares nunca de antes navegados 
Passaram ainda além da Taprobana, 
Em perigos e guerras esforçados 
Mais do que prometia a força humana, 
E entre gente remota edificaram 
Novo Reino, que tanto sublimaram; 
 
E também as memórias gloriosas 
Daqueles Reis que foram dilatando 
A Fé, o Império, e as terras viciosas 
De África e de Ásia andaram devastando, 
E aqueles que por obras valerosas 
Se vão da lei da Morte libertando, 
Cantando espalharei por toda parte, 
Se a tanto me ajudar o engenho e arte. 
 
Cessem do sábio Grego e do Troiano 
As navegações grandes que fizeram; 
Cale-se de Alexandro e de Trajano 
A fama das vitórias que tiveram; 
Que eu canto o peito ilustre Lusitano, 
A quem Neptuno e Marte obedeceram. 
Cesse tudo o que a Musa antiga canta, 
Que outro valor mais alto se alevanta. 
 
(CAMÕES, Luis Vaz de. Os lusíadas. São Paulo: Cultrix, 1993, p. 21) 
Resposta Selecionada: c. 
Oitava. 
Respostas: a. 
Terceto. 
 b. 
Quarteto. 
 c. 
Oitava. 
 d. 
Irregular. 
 e. 
Décima. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta: C. Justificativa: a epopeia máxima da Língua Portuguesa 
– Os lusíadas – foi toda escrita na disposição estrófica oitava. Ou seja, 
em cada estrofe há oito versos.• Pergunta 9 
0,3 em 0,3 pontos 
 
Qual é a classificação quanto ao número de sílabas poéticas no poema abaixo? 
Vo 
gar 
Ro 
lar 
O 
ar 
do 
lar 
na 
flor 
há 
por 
A- 
mor 
(apud TAVARES, Hênio. Teoria Literária. Belo Horizonte: Itatiaia, 2002, p. 176) 
 
Resposta Selecionada: a. 
Monossílabo. 
Respostas: a. 
Monossílabo. 
 b. 
Dissílabo. 
 c. 
Trissílabo. 
 d. 
Hexassílabo. 
 e. 
 
Pentassílabo. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta: A. Justificativa: em cada verso há apenas uma sílaba poética, 
sendo classificada, por conseguinte, como monossílaba. 
 
• Pergunta 10 
0,3 em 0,3 pontos 
 
Sobre o aspecto formal do poema de Vinicius de Moraes, consideramos correto: 
Soneto de fidelidade 
De tudo, ao meu amor serei atento 
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto 
Que mesmo em face do maior encanto 
Dele se encante mais meu pensamento. 
 
Quero vivê-lo em cada vão momento 
E em louvor hei de espalhar meu canto 
E rir meu riso e derramar meu pranto 
Ao seu pesar ou seu contentamento. 
 
E assim, quando mais tarde me procure 
Quem sabe a morte, angústia de quem vive 
Quem sabe a solidão, fim de quem ama 
 
Eu possa me dizer do amor (que tive): 
Que não seja imortal, posto que é chama 
Mas que seja infinito enquanto dure. 
 
RAES, Vinicius de. Antologia poética.São Paulo: 
Companhia de Bolso, 2009, p. 112) 
 
Resposta 
Selecionada: 
c. 
Como o título já explica, trata-se de um soneto, com estrutura clássica 
de dois quartetos e dois tercetos. 
Respostas: a. 
Como o poeta pertenceu à literatura modernista, cujo objetivo era 
romper com a tradição literária, o poema Soneto de fidelidade não 
apresenta estrutura rígida em seus versos nem em suas estrofes. 
 
b. 
O poema de Moraes é um exemplo típico de écloga, devido justamente 
ao número de versos (4, 4, 3, 3) em cada estrofe. 
 
c. 
Como o título já explica, trata-se de um soneto, com estrutura clássica 
de dois quartetos e dois tercetos. 
 
d. 
Vinicius de Moraes escreveu várias letras de música e vários de seus 
poemas foram musicados. Assim, Soneto de fidelidade é da espécie 
canção. 
 
e. 
Trata-se de um texto poético, sem preocupação formal e livre, tal como 
ocorre em um soneto. 
Feedback 
da resposta: 
Resposta: C. Justificativa: o poema segue o gênero soneto, cuja estrutura é 
rígida, sendo constituído por duas estrofes de quatro versos cada, 
 
seguidas de mais duas estrofes de três versos cada. Além disso, há 
preocupação com o número de sílabas poéticas em cada verso e da criação 
de rima. 
 
QUESTIONÁRIO TEORIA LITERÁRIA III 
REVISADO 2019 
 
 
• Pergunta 1 
0,4 em 0,4 pontos 
 
“Em lugar de oferecer um cenário excelso, numa revoada de adjetivos e períodos 
candentes, pega o miúdo e mostra nele uma grandeza, uma beleza ou uma 
singularidade insuspeitadas. Ela é amiga da verdade e da poesia nas suas formas 
mais diretas e também nas suas formas mais fantásticas – sobretudo porque quase 
sempre utiliza o humor.” 
O crítico literário Antonio Candido está tratando de: 
 
Resposta Selecionada: e. 
Narrativa que trata do cotidiano, ou seja, da crônica. 
Respostas: a. 
Narrativa longa e complexa, ou seja, do romance. 
 b. 
Novela de cavalaria. 
 c. 
Narrativa curta, tal como o conto. 
 d. 
Narrativa milenar; no caso, da epopeia. 
 e. 
Narrativa que trata do cotidiano, ou seja, da crônica. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta: E. 
Justificativa: a crônica é marcada pela linguagem mais simples e 
pelo humor. Essas características são apontadas por Antonio 
Candido. 
 
 
• Pergunta 2 
0,4 em 0,4 pontos 
 
As afirmações são referentes ao narrador. Leia-as e depois assinale a alternativa correta. 
I - Em narrativas policiais, é comum um personagem secundário narrar a trajetória do 
detetive, formando o tipo de narrador “eu como testemunha”, pois o narrador assemelha-
se ao leitor, que desconhece os pensamentos do detetive, e o suspense, assim, é mantido. 
II - Em narrativas amorosas, o narrador muitas vezes presente é o onisciente seletivo, 
uma vez que se concentra nos pensamentos sentimentais da personagem central em 
relação à pessoa amada. 
III - Em narrativas modernistas, como Vidas secas, de Graciliano Ramos, o papel do 
narrador é mais abrangente, não se fixando no ponto de vista de apenas um personagem. 
 
Resposta Selecionada: a. 
As afirmações I, II e III estão corretas. 
Respostas: a. 
As afirmações I, II e III estão corretas. 
 
 b. 
As afirmações I e II estão corretas. 
 c. 
As afirmações I e III estão corretas. 
 d. 
As afirmações II e III estão corretas. 
 e. 
Apenas a afirmação I está correta. 
Feedback 
da resposta: 
Resposta: A. 
Justificativa: todos os tópicos estão corretos. A seleção de um narrador 
depende das intenções do autor – se ele quer expor ou não o íntimo das 
personagens, se quer ou não manter, por exemplo, um suspense –, e 
também do tipo de narrativa. A seleção nunca é arbitrária, inocente. 
 
• Pergunta 3 
0,4 em 0,4 pontos 
 
Assinale a alternativa em que há discurso direto: 
Resposta 
Selecionada: 
b. 
“– Mas, será que Deus vai ter pena de mim, com tanta ruindade que 
fiz, e tendo nas costas tanto pecado mortal? 
– Tem, meu filho. Deus mede a espora pela rédea, e não tira o 
estribo do pé de arrependido nenhum...” 
Respostas: a. 
“Miguilim chorou de bruços, cumpriu tristeza, soluçou muitas vezes. 
Alguém disse que aconteciam casos, de cachorros dados, que 
levados para longes léguas, e que voltavam sempre em casa. Então, 
ele tomou esperança: a Pingo-de-Ouro ia voltar!” 
 
b. 
“– Mas, será que Deus vai ter pena de mim, com tanta ruindade que 
fiz, e tendo nas costas tanto pecado mortal? 
– Tem, meu filho. Deus mede a espora pela rédea, e não tira o 
estribo do pé de arrependido nenhum...” 
 
c. 
“Estremeceu. Poderia ainda continuar? Poderia ainda arrastar-se, 
cheia de febre, extenuada, em ferida, pela serra a cabo? E as dores, 
cada vez mais apertadas, que a varavam de lado a lado, a princípio 
rastejantes, quase voluptuosas, e depois piores que facadas?” 
 
d. 
“Carolina já não sabia o que fazer. Estava desesperada, com a fome 
encarrapitada. Que fome! Que faço? Mas parecia que uma luz 
existia…” 
 
e. 
“Ouviu o falatório desconexo do bêbado, caiu numa indecisão 
dolorosa. Ele também dizia palavras sem sentido, conversava à toa. 
Mas irou-se com a comparação, deu marradas na parede. Era bruto, 
sim senhor, nunca havia aprendido, não sabia explicar-se. Estava 
preso por isso? Como era? Então mete-se um homem na cadeia 
porque ele não sabe falar direito? Que mal fazia a brutalidade dele? 
Vivia trabalhando como um escravo. Desentupia o bebedouro, 
consertava as cercas, curava os animais – aproveitara um casco de 
 
fazenda sem valor. Tudo em ordem, podiam ver. Tinha culpa de ser 
bruto? Quem tinha culpa?” 
Feedback da 
resposta: 
Resposta: B. 
Justificativa: o discurso direto serve para representar a fala de uma 
personagem tal como é pronunciada, sem a interferência do narrador. 
No caso assinalado, temos um diálogo (discurso direto) marcado por 
travessão. 
 
• Pergunta 4 
0,4 em 0,4 pontos 
 
Considere o texto abaixo, de As três Marias, de Rachel de Queiroz. 
“Pelas varandas imensas espalhavam-se às centenas meninas de todos os 
tamanhos, com todas as caras deste mundo, vestidas de azul-marinho. Um grupo 
delas acercou-se de nós, sorridente, curioso. A mim me pareceram logo malvadas, 
escarninhas, hostis. Encolhi-me mais junto à Irmã. Lá para trás outras meninas 
vinham chegando, e ouviam-se gritos: 
– Novata! Uma novata! 
A irmã me pôs a mão no ombro, mandou que me fosse reunir a elas, procurasse 
brincar, fazer amigas. Eu resisti. Sentia cadavez mais medo e me agarrei 
resolutamente ao hábito grosso da freira: 
– Queria ir para junto da minha mala. 
Angustiada pela timidez que me inspiravam as caras novas e atrevidas das meninas, 
eu só pensava em fugir; e a lembrança da mala me ocorreu como uma salvação.” 
O narrador acima se apresenta como: 
 
Resposta Selecionada: e. 
Eu-protagonista. 
Respostas: a. 
Câmera. 
 b. 
Eu-testemunha. 
 c. 
Onisciente neutro. 
 d. 
Onisciente onipresente. 
 e. 
Eu-protagonista. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta: E. 
Justificativa: a personagem principal (protagonista) narra a história 
do ponto de vista dela e participa da história. 
 
 
• Pergunta 5 
0,4 em 0,4 pontos 
 
Desde a metade do século passado, Rubem Braga destaca-se no mundo da literatura 
por suas criações em: 
 
Resposta Selecionada: d. 
Crônicas. 
Respostas: a. 
Romances. 
 b. 
Novelas. 
 c. 
 
Contos. 
 d. 
Crônicas. 
 e. 
Novelas pícaras. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta: D. 
Justificativa: a crônica no Brasil teve como grande representante o 
escritor Rubem Braga, que publicava seus textos em jornal e 
editora. 
 
• Pergunta 6 
0,4 em 0,4 pontos 
 
Entre os títulos brasileiros seguintes, indique aquele cuja narrativa forma o gênero 
romance pícaro (ou picaresco): 
Resposta Selecionada: a. 
Memórias de um sargento de milícias. 
Respostas: a. 
Memórias de um sargento de milícias. 
 b. 
Dom Casmurro. 
 c. 
Vidas secas. 
 d. 
Grande sertão: veredas. 
 e. 
Ciranda de pedra. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta: A. 
Justificativa: a obra de Manuel Antônio de Almeida marca o romance 
pícaro no Brasil, pois o autor construiu um personagem (Leonardo 
Pataca) e um espaço com muitas características pícaras: ambiente 
popular, malandragem etc. 
 
 
• Pergunta 7 
0 em 0,4 pontos 
 
Há inúmeras semelhanças entre os textos narrativos e dramáticos, como o uso de 
reticências “...”, por exemplo. Porém, os textos teatrais não necessitam obrigatoriamente 
de um elemento essencial à narrativa, que diz respeito a: 
 
Resposta Selecionada: d. 
Personagens – o autor. 
Respostas: a. 
Personagens – o cenário. 
 b. 
Diálogos – o narrador. 
 c. 
Descrições – narrador. 
 d. 
 
Personagens – o autor. 
 e. 
Falas – o autor. 
 
• Pergunta 8 
0,4 em 0,4 pontos 
 
Na literatura brasileira é frequente o anti-herói ser o protagonista da história. Assim, 
assinale a alternativa que não exemplifica esta afirmação: 
 
Resposta 
Selecionada: 
d. 
Peri, da obra O guarani. 
Respostas: a. 
Macunaíma, da obra Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. 
 b. 
Leonardo Pataca, da obra Memórias de um sargento de milícias. 
 
c. 
Joaquim Soares da Cunha, da obra A morte e a morte de Quincas 
Berro D’Água. 
 d. 
Peri, da obra O guarani. 
 e. 
Geraldo Viramundo, da obra O grande mentecapto. 
Feedback 
da 
resposta: 
Resposta: D. 
Justificativa: os exemplos de anti-herói formam os romances picarescos 
(pícaros), cuja formação é ter como protagonista personagem com desvios 
de conduta, por exemplo. No entanto, não apenas personagens pícaros são 
exemplos disso; a literatura modernista e a contemporânea têm como 
inovação o anti-herói como protagonista. Peri, por sua vez, é um exemplo 
de herói: corajoso, com caráter elevado, altruísta e tantas outras 
qualidades típicas de um herói. 
 
 
• Pergunta 9 
0,4 em 0,4 pontos 
 
Numere os textos de acordo com o gênero mais evidente. 
1 - Epopeia. 
2 - Poesia. 
3 - Narrativa em prosa. 
4 - Texto dramático. 
 
 
16 - “Oh! Bendito o que semeia 
Livros... livros à mão cheia... 
E manda o povo pensar! 
O livro caindo n’alma 
É germe – que faz a palma, 
É chuva – que faz o mar.” 
Gênero [ ] 
 
17 - “Não acabava, quando uma figura 
Se nos mostra no ar, robusta e válida, 
De disforme e grandíssima estatura, 
O rosto carregado, a barba esquálida, 
 
Os olhos encovados, e a postura 
Medonha e má, e a cor terrena e pálida, 
Cheios de terra e crespos os cabelos, 
A boca negra, os dentes amarelos.” 
Gênero [ ] 
 
 
18 - “E quando acordei o dinossauro ainda estava lá.” 
Gênero [ ] 
 
19 - “Caminhava para eles com o passo altivo da garça que passeia à beira d’água: por 
cima da carioba trazia uma cintura das flores da maniva, que era o símbolo da 
fecundidade. Colar das mesmas cingia-lhe o colo e ornava os rijos seios palpitantes.” 
Gênero [ ] 
 
20 - “A mentira é uma verdade que se esqueceu de acontecer.” 
Gênero [ ] 
 
21 - “[...] mas basta um contozinho que ouvi em criança, e que aqui lhes dou em duas 
linhas. Era uma vez uma choupana que ardia na estrada; a dona – um triste molambo de 
mulher – chorava o seu desastre, a poucos passos, sentada no chão. Senão quando, indo a 
passar um homem ébrio, viu o incêndio, viu a mulher, perguntou-lhe se a casa era dela. 
– É minha, sim, meu senhor; é tudo o que eu possuía neste mundo. 
– Dá-me então licença que acenda ali o meu charuto?” 
Gênero [ ] 
22 - 
 
Gênero [ ] 
 
23 - “BISPO – testamento de cachorro? 
PADRE – (animando-se) sim, o cachorro tinha um testamento. Maluquice de sua dona. 
Deixou três contos de réis para o sacristão, quatro para a paróquia e seis para a diocese. 
BISPO – é por isso que eu vivo dizendo que os animais também são criaturas de Deus. Que 
animal interessante! Que sentimento nobre!” 
Gênero [ ] 
 
24 - “Aquela senhora tem um piano 
Que é agradável mas não é o correr dos rios 
Nem o murmúrio que as árvores fazem... 
Para que é preciso ter um piano? 
O melhor é ter ouvidos 
E amar a Natureza.” 
Gênero [ ] 
 
25 - “Um crime, um sorriso 
Chico Pedreira deu um tiro no vizinho. O homem foi caindo, quase em câmera-lenta, olho 
esbugalhado no Chico e da boca escorrendo sangue. Na janela, gritava a Mariazinha, 
mulher do Chico e causa do crime. A polícia chegou na hora e logo algemou o assassino, 
em meio aos prantos da mulher. No rosto do vizinho morto um sorriso: valia a pena 
morrer por Mariazinha.” 
Gênero [ ] 
Resposta Selecionada: b. 
16-2, 17-1, 18-2, 19-3, 20-2, 21-3, 22-2, 23-4, 25-3. 
Respostas: a. 
16-2, 17-4, 18-3, 19-1, 20-2, 21-4, 22-1, 23-4, 25-3. 
 
 b. 
16-2, 17-1, 18-2, 19-3, 20-2, 21-3, 22-2, 23-4, 25-3. 
 c. 
16-1, 17-1, 18-2, 19-2, 20-3, 21-3, 22-2, 23-2, 25-4. 
 d. 
16-3, 17-2, 18-1, 19-4, 20-1, 21-2, 22-3, 23-3, 25-4. 
 e. 
16-4, 17-4, 18-4, 19-3, 20-1, 22-2, 23-4, 24-2, 25-3. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta: B. 
Justificativa: cada forma tem características próprias. O poema, por 
exemplo, é constituído de versos, estrofes, rima; a narrativa em prosa é 
aquela feita em parágrafos, e assim por diante. 
 
• Pergunta 10 
0,4 em 0,4 pontos 
 
Sobre o gênero romance, considera-se verdadeiro: 
Resposta 
Selecionada: 
a. 
O romance fortaleceu-se com a classe burguesa há mais de 
dois séculos. 
Respostas: a. 
O romance fortaleceu-se com a classe burguesa há mais de 
dois séculos. 
 
b. 
Por abordar vários temas, pode ser chamado também de 
novela. 
 
c. 
Diferentemente das novelas, não foi publicado em folhetins na 
época do Romantismo. 
 
d. 
Possui pouca ou nenhuma complexidade em sua estrutura e 
linguagem. 
 
e. 
Apesar de seus vários tipos, desconsidera a narrativa 
psicológica. 
Feedback 
da 
resposta: 
Resposta: A. 
Justificativa: o romance foi criado com a obra Dom Quixote, no século 
XVI, mas se desenvolveu com o Romantismo, um período em que a 
classe dominante era a burguesia. No século XIX, os capítulos eram 
publicados periodicamente em jornais, em forma de folhetins. Hoje, é 
um dos gêneros mais lidos e se constitui de vários tipos.

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