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Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação
CONTABILIDADE COMERCIAL
Olá! Meu nome é Mateus Colabone Neto. Sou bacharel em Ciências 
Contábeis, graduado pelas Faculdades Integradas Claretianas de Rio 
Claro-SP. Minha especialização é em Gestão Contábil e Tecnologia 
da Informação, também pela mesma instituição. Desenvolvi nessa 
especialização um estudo direcionado à formação de Clusters 
Empresariais, com o qual tive a oportunidade de conhecer um pouco 
mais sobre esse tipo de constituição empresarial. No momento, atuo 
como professor universitário no Claretiano – Centro Universitário de 
Rio Claro e também como Tutor a Distância no Claretiano – Centro 
Universitário de Batatais.
E-mail: mateusneto@claretiano.edu.br
Claretiano – Centro Universitário
Rua Dom Bosco, 466 - Bairro: Castelo – Batatais SP – CEP 14.300-000
cead@claretiano.edu.br
Fone: (16) 3660-1777 – Fax: (16) 3660-1780 – 0800 941 0006
claretiano.edu.br/batatais
Mateus Colabone Neto
Batatais
Claretiano
2019
CONTABILIDADE COMERCIAL
© Ação Educacional Claretiana, 2019 – Batatais (SP)
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer 
forma e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição 
na web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito 
do autor e da Ação Educacional Claretiana.
Reitor: Prof. Dr. Pe. Sérgio Ibanor Piva
Vice-Reitor: Prof. Dr. Pe. Cláudio Roberto Fontana Bastos
Pró-Reitor Administrativo: Pe. Luiz Claudemir Botteon
Pró-Reitor de Extensão e Ação Comunitária: Prof. Dr. Pe. Cláudio Roberto Fontana Bastos
Pró-Reitor Acadêmico: Prof. Me. Luís Cláudio de Almeida
Coordenador Geral de EaD: Prof. Me. Evandro Luís Ribeiro
CORPO TÉCNICO EDITORIAL DO MATERIAL DIDÁTICO MEDIACIONAL
Coordenador de Material Didático Mediacional: J. Alves
Preparação: Aline de Fátima Guedes • Camila Maria Nardi Matos • Carolina de Andrade Baviera 
• Cátia Aparecida Ribeiro • Elaine Aparecida de Lima Moraes • Josiane Marchiori Martins 
• Lidiane Maria Magalini • Luciana A. Mani Adami • Luciana dos Santos Sançana de Melo • 
Patrícia Alves Veronez Montera • Raquel Baptista Meneses Frata • Simone Rodrigues de Oliveira
Revisão: Eduardo Henrique Marinheiro • Filipi Andrade de Deus Silveira • Rafael Antonio 
Morotti • Rodrigo Ferreira Daverni • Vanessa Vergani Machado
Projeto gráfico, diagramação e capa: Bruno do Carmo Bulgarelli • Joice Cristina Micai • Lúcia 
Maria de Sousa Ferrão • Luis Antônio Guimarães Toloi • Raphael Fantacini de Oliveira • Tamires 
Botta Murakami
Videoaula: André Luís Menari Pereira • Bruna Giovanaz • Marilene Baviera • Renan de Omote 
Cardoso
INFORMAÇÕES GERAIS
Cursos: Graduação
Título: Contabilidade Comercial
Versão: ago./2019
Formato: 15x21 cm
Páginas: 154 páginas
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 9
2. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS ............................................................................ 10
3. ESQUEMA DOS CONCEITOS-CHAVE ............................................................... 13
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 13
5. E-REFERÊNCIAS ................................................................................................ 13
UNIDADE 1 – MATRIZ E FILIAIS
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 17
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA ............................................................. 17
2.1. MATRIZ E FILIAIS ..................................................................................... 18
2.2. REESTRUTURAÇÃO SOCIETÁRIA ............................................................ 31
3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR ................................................................ 43
3.1. SOCIEDADES ............................................................................................ 43
3.2. MATRIZ E FILIAL ....................................................................................... 43
3.3. REORGANIZAÇÃO SOCIETÁRIA ............................................................... 44
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 44
5. CONSIDERAÇÕES ............................................................................................. 45
6. E-REFERÊNCIAS ................................................................................................ 45
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 46
UNIDADE 2 – ATIVO NÃO CIRCULANTE: REALIZÁVEL A LONGO 
PRAZO, INVESTIMENTO, IMOBILIZADO E INTANGÍVEL
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 49
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA ............................................................. 51
2.1. COMPRA E VENDA ENVOLVENDO O ATIVO NÃO CIRCULANTE ........... 51
2.2. DEPRECIAÇÃO .......................................................................................... 84
2.3. EXAUSTÃO ................................................................................................ 92
2.4. AMORTIZAÇÃO ........................................................................................ 93
3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR ................................................................ 96
3.1. INVESTIMENTOS ...................................................................................... 96
3.2. IMOBILIZADO .......................................................................................... 97
3.3. INTANGÍVEL ............................................................................................. 98
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 99
5. CONSIDERAÇÕES ............................................................................................. 99
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 100
UNIDADE 3 – FOLHA DE PAGAMENTO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 102
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA ............................................................. 102
2.1. FOLHA DE PAGAMENTO .......................................................................... 102
3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR ................................................................ 121
3.1. FOLHA DE PAGAMENTO .......................................................................... 121
3.2. ENCARGOS SOCIAIS ................................................................................ 122
3.3. PROVENTOS E DESCONTOS .................................................................... 123
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 124
5. CONSIDERAÇÕES ............................................................................................. 125
6. E-REFERÊNCIAS ................................................................................................ 126
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 126
UNIDADE 4 – PROVISÕES E RESERVAS
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 128
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA ............................................................. 129
2.1. PROVISÕES ............................................................................................... 129
2.2. RESERVAS ................................................................................................. 147
3. CONTEÚDODIGITAL INTEGRADOR ................................................................ 151
3.1. PROVISÕES ............................................................................................... 151
3.2. RESULTADO CONTÁBIL – TRIBUTAÇÃO .................................................. 152
3.3. RESERVAS ................................................................................................. 152
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 153
5. CONSIDERAÇÕES ............................................................................................. 153
6. E-REFERÊNCIA .................................................................................................. 154
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 154
7
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
Conteúdo 
Aborda sobre o conceito e a importância da contabilidade 
comercial, bem como sobre os tipos de empresas comerciais. 
Apresenta as categorias de sociedades comerciais e as operações 
realizadas com mercadorias, além dos modelos de inventários, 
relacionados ao controle do estoque. Fornece conhecimento 
quanto ao conceito e aprendizado do cálculo da Folha de 
pagamento, juntamente com a apuração dos resultados alcançados. 
Trata da estruturação e composição das demonstrações contábeis 
– Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, 
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados, Demonstração 
das Mutações do Patrimônio Líquido, Demonstração do Fluxo 
de Caixa (modelo Direto e Indireto) e Demonstração do Valor 
Adicionado –, além da importância da utilização das Notas 
explicativas. Aborda como os Lançamentos contábeis devem ser 
aplicados aos estudos de casos. Com o intuito de interpretar e 
desenvolver a contabilização das contas patrimoniais, demonstra 
como é composto o Ativo Não Circulante: Realizável a Longo Prazo, 
Investimentos, Imobilizados e Intangível. 
Bibliografia Básica
NEVES, S.; VICECONTI, P. E. V. Contabilidade básica e estrutura das demonstrações 
financeiras. São Paulo: Frase, 2001.
RIBEIRO, O. R. Contabilidade Comercial. São Paulo: Saraiva, 2003.
SZUSTER, N. Contabilidade Geral: introdução à Contabilidade Societária. 2. ed. São 
Paulo: Atlas, 2009.
8 © CONTABILIDADE COMERCIAL
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
Bibliografia Complementar
CAHALI, Y. S. Código Civil, Código de Processo Civil e Constituição Federal. São Paulo: 
Revista dos Tribunais, 2005.
GRECO, A.; GARTNER, G.; AREND, L. Contabilidade – teoria e práticas básicas. São 
Paulo: Saraiva, 2009.
MARION, J. C. Contabilidade Básica. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
NYIAMA, J. K.; SILVA, C. A. T. Teoria da Contabilidade. São Paulo: Atlas, 2008.
RIBEIRO, O. R. Contabilidade Comercial. São Paulo: Saraiva, 2003.
E-referências 
BRASIL. Código Tributário Nacional. Lei nº 5. 172, de 25 de Outubro de 1966. Disponível 
em: <http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/codtributnaci/ctn.htm>. Acesso 
em: 04 jan. 2019.
Palavras-chave ––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Matriz; Filiais; Ativo; Finanças; Provisões; Reservas
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
É importante saber: ––––––––––––––––––––––––––––––––
Esta obra está dividida, para fins didáticos, em duas partes:
Conteúdo Básico de Referência (CBR): é o referencial teórico e prático que 
deverá ser assimilado para aquisição das competências, habilidades e atitudes 
necessárias à prática profissional. Portanto, no CBR, estão condensados os 
principais conceitos, os princípios, os postulados, as teses, as regras, os 
procedimentos e os fundamentos ontológico (o que é?) e etiológico (qual sua 
origem?) referentes a um campo de saber.
Conteúdo Digital Integrador (CDI): são conteúdos preexistentes, previamente 
selecionados nas Bibliotecas Virtuais Universitárias conveniadas ou 
disponibilizados em sites acadêmicos confiáveis. São chamados “Conteúdos 
Digitais Integradores” porque são imprescindíveis para o aprofundamento do 
Conteúdo Básico de Referência. Juntos, não apenas privilegiam a convergência 
de mídias (vídeos complementares) e a leitura de “navegação” (hipertexto), 
como também garantem a abrangência, a densidade e a profundidade dos 
temas estudados. Portanto, são conteúdos de estudo obrigatórios, para efeito 
de avaliação. 
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
9© CONTABILIDADE COMERCIAL
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
1. INTRODUÇÃO
O estudo desta disciplina foi dividido em quatro unidades 
para facilitar a sua compreensão e permitir que você pesquise 
a respeito dos tópicos, solucionando gradativamente suas 
dúvidas.
Na Unidade 1, buscaremos definir o conceito de Matriz e 
Filiais, incluindo as operações de reestruturação de negócios, 
por meio de Incorporação, Fusão e Cisão de Sociedades. 
A princípio, será estudada a contabilização das transações 
envolvendo Matriz e Filiais e, em seguida, o modelo introdutório 
de reestruturação de sociedades.
A Unidade 2 apresenta os conceitos envolvendo o Ativo 
Não Circulante, composto pelo Realizável a Longo Prazo, 
Investimentos, Imobilizado e Intangível. Sendo assim, você 
entenderá as transações que envolvem Longo Prazo e demais 
componentes do grupo.
A Unidade 3 apresentará os principais conceitos acerca 
da Folha de Pagamento e demais componentes.
É importante lembrar que, nesse momento do curso, 
você ainda não estará apto a elaborar contabilizações mais 
complexas, por isso, os temas abordados na unidade serão 
apresentados de maneira muito sucinta.
Na quarta e última unidade, serão apresentados os 
conceitos de Provisões e Reservas, fazendo com que esteja apto 
a elaborar cálculos na constituição e formação dessas situações. 
Além disso, você será capaz de entender as características 
específicas relativas às Provisões e às Reservas.
10 © CONTABILIDADE COMERCIAL
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
2. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS
O Glossário de Conceitos permite uma consulta rápida 
e precisa das definições conceituais, possibilitando um bom 
domínio dos termos técnico-científicos utilizados na área de 
conhecimento dos temas tratados.
1) Apuração do Resultado Contábil: é a determinação 
do lucro (sobra ou superavit têm aqui o mesmo 
sentido, dependendo do tipo de entidade; 
Sociedades Cooperativas auferem Sobras, Entidades 
sem finalidade lucrativa têm superavit) ou da perda 
(prejuízo, ou deficit, também dependendo do tipo de 
entidade) relativos a um período qualquer.
2) Ativo: é a soma de bens e direitos à disposição de uma 
entidade, de qualquer natureza e fim, capaz de gerar 
benefícios imediatos ou futuros para a entidade, na 
forma de fluxos de caixa ou de serviços.
3) Atualização de Investimentos: são os critérios 
utilizados para atualizar os investimentos societários 
realizados pela empresa, que podem ser estabelecidos 
pelo Método de Custo e pelo Método da Equivalência 
Patrimonial.
4) Capital: é composto por dinheiro ou ainda por parte 
em dinheiro e parte em outros bens e/ou direitos.
5) Demonstrações Contábeis: conjunto de relatórios 
definidos pela Lei 6.404/76, atualizada pela Lei 
11.638/07, com o objetivo de fornecer informações 
sobre a situação patrimonial da entidade.
11© CONTABILIDADE COMERCIAL
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
6) Empresa Comercial: é um ramo da contabilidade 
que mede, por meio das demonstrações contábeis, 
o resultado da operação no período e a evolução 
patrimonial da entidade, possibilitando ao 
comerciante tomar decisões, avaliar as oportunidades 
de crescimento e, ainda, identificar problemas no 
gerenciamento do seu negócio e corrigi-los.
7) Folha de Pagamento: é um documento que relaciona 
os nomes dos empregados da empresa, o valor bruto 
dos salários, os documentos ou abatimentos e o valor 
líquido a receber.
8) Impostos: tributo cuja obrigação tem por fato geradoruma situação independente de qualquer atividade 
estatal específica, relativa ao contribuinte.
9) Lei 6.404/76: lei publicada em 15 de dezembro de 
1976 com o objetivo de normatizar as Sociedades 
Anônimas, criando regras para sua constituição, bem 
como definindo critérios de Contabilização e dos 
Relatórios Contábeis utilizados por essas empresas.
10) Lei 11.638/07: lei publicada em 28 de dezembro 
de 2009 com o objetivo de atualizar a Lei 6.404/76, 
visando harmonizar os critérios contábeis utilizados 
no Brasil com as normas internacionais, bem 
como facilitar o entendimento das Demonstrações 
Contábeis no país. Essa lei também determina novos 
critérios de avaliação dos Ativos e Passivos das 
Sociedades.
11) Lei 11.941/09: lei publicada em 27 de maio de 2009, 
visando complementar a Lei 11.638/07 em relação 
12 © CONTABILIDADE COMERCIAL
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
aos critérios tributários e à estrutura contábil a ser 
utilizada pelas empresas.
12) Mark-up: consiste em uma margem, geralmente 
expressa na forma de um índice ou percentual, que 
é adicionada ao custo dos produtos. Esse custo 
apresentará variações, dependendo do método de 
custeio utilizado (por absorção, variável, pleno etc.).
13) Operações Financeiras: são operações realizadas 
por diversas entidades, com o objetivo principal de 
conseguir recursos financeiros para desenvolver sua 
atividade.
14) Passivo: é utilizado na concepção restrita de soma de 
obrigações da entidade que deve ser paga a terceiros 
em momentos determinados de tempos: são as 
exigibilidades.
15) Patrimônio Líquido: soma de todos os bens e 
direitos à disposição de uma entidade, menos as suas 
obrigações.
16) Salário de contribuição: é um valor estabelecido pela 
Previdência Social que serve de base para o cálculo 
das contribuições e prestações previdenciárias.
17) Taxas: cobradas pela União, pelos Estados, pelo 
Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de 
suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o 
exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, 
efetiva ou potencial, de serviço público específico 
e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua 
disposição.
13© CONTABILIDADE COMERCIAL
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
3. ESQUEMA DOS CONCEITOS-CHAVE
O Esquema a seguir possibilita uma visão geral dos 
conceitos mais importantes deste estudo. 
 
 
 
 
 
 
 
Contabilidade Comercial 
Operações 
Matriz e Filiais 
Balanço Patrimonial 
Demonstração dos Lucros 
e Prejuízos Acumulados 
Demonstração do Resultado do Exercício 
Demonstração dos Fluxos de Caixa 
Demonstração do Valor Adicionado 
Transações 
de Longo 
Prazo 
Ativo Não 
Circulante 
Demonstrações 
Contábeis 
Provisões 
e 
Reservas 
Folha de Pagamento 
Incorporação Fusão Cisão 
Investimento Intangível Imobilizado 
 
Conceito 
Descontos 
Férias Adiantamentos 
Encargos 
13º Salário 
Características 
Cálculos 
Notas Explicativas, Parecer de 
Auditoria e Relatórios da 
Administração 
Figura 1 Esquema dos Conceitos-chave de Contabilidade Comercial. 
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, M. C. Curso básico de Contabilidade: introdução à metodologia da 
contabilidade. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1998.
NEVES, S.; VICECONTI, P. E. V. Contabilidade básica e estrutura das demonstrações 
financeiras. São Paulo: Frase, 2007.
RIBEIRO, O. R. Contabilidade Comercial. São Paulo: Saraiva, 2009. 
5. E-REFERÊNCIAS
BRASIL. Código Tributário Nacional. Lei nº 5. 172, de 25 de Outubro de 1966. Disponível 
em: <http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/codtributnaci/ctn.htm>. Acesso 
em: 29 mar. 2012.
14 © CONTABILIDADE COMERCIAL
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov. br/ccivil_03/Leis/L6404compilada.htm>. 
Acesso em: 5 set. 2010.
15
UNIDADE 1
MATRIZ E FILIAIS
Objetivos 
• Definir os principais conceitos sobre Matriz e Filiais.
• Interpretar e desenvolver a contabilização das transações entre Matriz e 
Filiais.
• Conhecer os principais relatórios contábeis entre Matriz e Filiais.
• Reestruturação de Sociedades por meio de: Incorporação, Fusão e Cisão.
Conteúdos 
• Transações e movimentações entre Matriz e Filiais.
• Relatórios contábeis envolvidos nas transações entre Matriz e Filiais.
• Reestruturações societárias pela Incorporação, Fusão e Cisão de Sociedades.
Orientações para o estudo da unidade
Antes de iniciar o estudo desta unidade, leia as orientações a seguir:
1) Para compreender melhor um dos assuntos abordados nesta unidade, 
não deixe de acessar o artigo “A ilusão das Fusões e Aquisições: mais 
fracassos que sucessos”, publicado em 16 de dezembro de 2009 na Revista 
Época Negócios. Disponível em: <http://colunas.epocanegocios.globo.
com/bloglider/2009/12/16/a–ilusao–das–fusoes–e–aquisicoes–mais– 
fracassos–que–sucessos/>. Acesso em: 17 maio 2019.
2) Para auxiliar na sua aprendizagem sobre os conteúdos estudados nesta 
unidade, desenvolva os exercícios de fixação. Eles não terão valor na sua 
nota.
16 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 1 – MATRIZ E FILIAIS
3) Faça os exercícios com atenção, pois eles lhe serão úteis nas próximas 
unidades.
17© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 1 – MATRIZ E FILIAIS
1. INTRODUÇÃO 
Com a expansão dos negócios, as empresas devem ampliar 
também o seu campo de atuação. Isso envolve abrir filiais em 
outras cidades ou estados, visando diminuir a distância entre a 
empresa e os clientes.
Dessa forma, torna-se necessário conhecer o tratamento 
contábil que deve ser atribuído para as empresas que possuem 
Matriz e Filiais, em função das movimentações de numerário, 
mercadorias, despesas e outras.
Com isso, iniciaremos nossos estudos com a apresentação 
dos conceitos sobre Matriz e Filiais, abordando as principais 
características e peculiaridades, bem como os tipos de 
contabilidade normalmente utilizados, como centralizada e 
descentralizada.
Na parte final desta unidade, apresentaremos, de forma 
introdutória, os conceitos de Reestruturação Societária por 
meio das combinações de negócios, que podem ocorrer por 
Incorporação de Sociedades, Fusão de Sociedades e Cisão de 
Sociedades (de forma total ou parcial).
Bom estudo!
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA
O Conteúdo Básico de Referência apresenta, de 
forma sucinta, os temas abordados nesta unidade. Para sua 
compreensão integral, é necessário o aprofundamento pelo 
estudo do Conteúdo Digital Integrador. 
18 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 1 – MATRIZ E FILIAIS
2.1. MATRIZ E FILIAIS
Com a expansão dos negócios, faz-se necessário ampliar 
o campo de atuação das empresas, e com isso, seus limites 
geográficos. Essa expansão das empresas em múltiplas partes, 
sob uma mesma personalidade jurídica, criou a divisão de Matriz 
e Filial. 
De acordo com Ribeiro (2009), quando uma empresa, 
composta por estabelecimento único, decide expandir o seu 
negócio por meio da abertura de filiais, ela deverá realizar o 
registro dessas filiais nos órgãos competentes; contudo, as filiais 
não adquirirão personalidade jurídica própria, segregada da 
Matriz, mas serão consideradas extensões desta.
Nesse sentido, é a Matriz que detém o controle das filiais, 
mas, perante a Secretaria da Receita Federal, todas as filiais 
deverão possuir o seu próprio CNPJ independente; este, no 
entanto, deve seguir o número do CNPJ da Matriz.
No caso da Matriz, o final do CNPJ será 0001 e os das 
filiais deverão iniciar em 0002, seguindo 0003, 0004, e assim 
sucessivamente.
No conceito de Matriz e Filial, Ribeiro (2009) diz que 
devemos considerar as seguintes características:
1) Matriz: representa o estabelecimento-sede da empresa 
em relação àssuas filiais; é a principal unidade de uma 
entidade, composta por vários estabelecimentos. 
A Matriz centraliza os negócios de todos os demais 
estabelecimentos e tem primazia na direção em 
relação às filiais.
19© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 1 – MATRIZ E FILIAIS
2) Filial: é o estabelecimento dependente de outras filiais 
ou da Matriz que pode realizar atividades comerciais, 
industriais ou de prestação de serviços. A Filial possui 
poder de representação ou mandato da Matriz e, por 
estar subordinada a esta, seus atos obrigam toda a 
organização.
3) Sucursal: representa o estabelecimento acessório 
e distinto da Matriz, de cujos negócios trata e a 
cuja administração se liga sem constituir filial. Sob o 
ponto de vista legal, não existe diferença entre Filial 
e Sucursal, embora a Sucursal tenha mais autonomia 
que a Filial.
4) Agência: é o estabelecimento que desempenha uma 
função intermediária entre a Matriz e seus clientes, 
mediante certa remuneração. A Agência presta 
serviços para a Matriz, que é responsável econômica e 
administrativamente pela Agência.
5) Depósito fechado: considera-se depósito fechado 
o estabelecimento mantido exclusivamente para 
armazenamento de mercadorias.
Contabilidade de filiais
Todas as empresas devem realizar a contabilização das 
transações comerciais e mercantis, que pode ser realizada de 
forma centralizada ou descentralizada, independentemente 
de serem Matrizes ou Filiais, devendo apresentar relatórios 
individuais das empresas. 
A contabilidade centralizada é aquela realizada na Matriz 
e envolve todos os fatos que ocorreram tanto na Matriz quanto 
nas Filiais. Ribeiro (2009) diz que, nesse tipo de contabilidade, 
20 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 1 – MATRIZ E FILIAIS
haverá somente um Livro-Diário e um Livro-Razão na Matriz, 
que serão contabilizados conjuntamente com todos os eventos 
ocorridos na Matriz e nas suas Filiais. Mesmo sendo centralizada 
a contabilidade, cada unidade deverá manter os seus livros fiscais.
Já a contabilidade é considerada descentralizada quando 
cada unidade realiza a sua própria contabilização dos fatos. Com 
isso, cada unidade deve manter o seu próprio Livro-Diário e 
Livro-Razão independentes, juntamente com os livros fiscais.
A título de exemplo de um Plano de Contas para a 
contabilidade centralizada, Neves e Viceconti (2007) apresentam 
o seguinte modelo (Quadro 1): 
Quadro 1 – Plano de Conta da Matriz
1.3 Mercadorias em estoque
1.3.1 Filial 1
1.3.2 Filial 2
1.3.3 Filial 3
3 Receita com vendas
3.1 À vista
3.1.1 Matriz
3.1.2 Filial 1
3.1.3 Filial 2
3.1.4 Filial 3
3.2 A prazo
3.2.1 Matriz
3.2.2 Filial 1
3.2.3 Filial 2
3.2.4 Filial 3
Fonte: Neves; Viceconti (2007).
21© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 1 – MATRIZ E FILIAIS
Registros Contábeis nas Filiais
Demonstramos, a seguir, a contabilização dos registros de 
algumas transações que ocorreram entre a Matriz e suas Filiais 
utilizando o modelo de contabilidade descentralizada.
Como exemplo, vamos imaginar que a empresa Delta S/A 
possui a Matriz com a seguinte estrutura patrimonial:
•	 Bancos R$ 10.000,00
•	 Capital Social R$ 10.000,00
Possui duas filiais com a contabilidade descentralizada 
e, no mês de maio de 20X7, foi realizada uma transferência de 
numerário no valor de R$ 3.000,00 por meio de C/C nos seguintes 
valores:
•	 Transferência para a Filial 1: R$ 1.000,00
•	 Transferência para a Filial 2: R$ 2.000,00
 
 
 
Lançamentos – Matriz – Transferência de numerário 
D –   C/C Filial 1  1.000,00 
D –   C/C Filial 2  2.000,00 
C –   Banco (Matriz)  3.000,00 
Histórico  Transferência de numerário para as filiais 
        
Filial 1 – Transferência de numerário 
D –   Banco (Filial 1) 
C –   C/C (Matriz)  1.000,00 
Histórico  Recebimento de numerário por meio de transferência matriz/filiais 
        
Filial 2 – Transferência de numerário 
D –   Banco (Filial 2) 
C –   C/C (Matriz)  2.000,00 
Histórico  Recebimento de numerário por meio de transferência matriz/filiais 
Matriz     Filial 1     Filial 2 
                       
Banco (Ativo)     Banco (Ativo)     Banco (Ativo) 
10.000,00  3.000,00     1.000,00        2.000,00    
                       
C/C Filial 1 (Ativo)     C/C Matriz (Passivo)     C/C Matriz (Passivo) 
1.000,00           1.000,00        2.000,00 
                       
C/C Filial 2 (Ativo)                   
2.000,00                      
 
 
 
 
 
 
22 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 1 – MATRIZ E FILIAIS
 
 
 
Lançamentos – Matriz – Transferência de numerário 
D –   C/C Filial 1  1.000,00 
D –   C/C Filial 2  2.000,00 
C –   Banco (Matriz)  3.000,00 
Histórico  Transferência de numerário para as filiais 
        
Filial 1 – Transferência de numerário 
D –   Banco (Filial 1) 
C –   C/C (Matriz)  1.000,00 
Histórico  Recebimento de numerário por meio de transferência matriz/filiais 
        
Filial 2 – Transferência de numerário 
D –   Banco (Filial 2) 
C –   C/C (Matriz)  2.000,00 
Histórico  Recebimento de numerário por meio de transferência matriz/filiais 
Matriz     Filial 1     Filial 2 
                       
Banco (Ativo)     Banco (Ativo)     Banco (Ativo) 
10.000,00  3.000,00     1.000,00        2.000,00    
                       
C/C Filial 1 (Ativo)     C/C Matriz (Passivo)     C/C Matriz (Passivo) 
1.000,00           1.000,00        2.000,00 
                       
C/C Filial 2 (Ativo)                   
2.000,00                      
 
 
 
 
 
 
Continuemos com a mesma empresa, que agora possui a 
seguinte estrutura patrimonial:
1) Bancos R$ 7.000,00.
2) C/C Filial 1 R$ 1.000,00.
3) C/C Filial 2 R$ 2.000,00.
4) Capital Social R$ 10.000,00.
Ainda no mês de maio de 20X7, realizam-se as seguintes 
transações:
•	 Compra de mercadorias à vista para o estoque, no 
valor de R$ 5.000,00, com ICMS incluso, no valor de 
R$ 900,00.
•	 Transferência de mercadorias para a Filial 1 a 
preço de custo, no valor de R$ 1.500,00, com ICMS 
incluso, no valor de R$ 270,00.
23© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 1 – MATRIZ E FILIAIS
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lançamentos – Matriz – Compra de mercadorias para o estoque 
D –   Estoque de Mercadorias  4.100,00 
D –   ICMS a Recuperar  900,00 
C –   Banco  5.000,00 
Histórico  Compra de mercadorias para estoque 
 
 
 
 
Matriz – Transferência de mercadorias para a Filial 1 
D –   C/C Filial 1  1.500,00 
C –   Estoque de Mercadorias  1.230,00 
C –   ICMS a Recuperar  270,00 
Histórico  Transferência de mercadorias para a Filial 1 
 
 
 
Filial 1 – Transferência de mercadorias da Matriz 
D –   Estoque de Mercadorias  1.230,00 
D –   ICMS a Recuperar  270,00 
C –   C/C Matriz  1.500,00 
Histórico  Transferência de mercadorias da Matriz 
 
 
   
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  
Matriz  Filial 1 
Banco (Ativo)   
Estoque de 
Mercadorias (Ativo)    Banco (Ativo)   
C/C Matriz 
(Passivo) 
7.000,00  5.000,00    4.100,00  1.230,00   
1.000,0
0       1.000,00 
1.500,00 
C/C Filial 1 (Ativo)   
ICMS a Recuperar 
(Ativo)   
Estoque de 
Mercadorias (Ativo)    
1.000,00       900,00  270,00   
1.230,0
0       
1.500,00    
 
ICMS a Recuperar 
(Ativo)    
C/C Filial 2 (Ativo)  270,00    
2.000,00    
24 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 1 – MATRIZ E FILIAIS
Balancete e Verificação
Matriz Filial 1 Filial 2 Total
Ativo
Banco 2.000,00 1.000,00 2.000,00 5.000,00
Estoque de Mercadorias 2.870,00 1.230,00 4.100,00
ICMS a Recuperar 630,00 270,00 900,00
C/C Filial 1 2.500,00 2.500,00
C/CFilial 2 2.000,00 2.000,00
Totais 10.000,00 2.500,00 2.000,00 14.500,00
Passivo
C/C Matriz 2.500,00 2.000,00 4.500,00
Capital Social 10.000,00 10.000,00
Totais 10.000,00 2.500,00 2.000,00 14.500,00
O Balancete demonstra que existe um saldo total entre 
Matriz e Filiais de R$ 14.500,00, considerando que existe um 
Saldo entre C/C a receber e a pagar, no valor de R$ 4.500,00. 
Concluímos, portanto, que o saldo líquido entre Matriz e Filial é 
de R$ 10.000,00.
Continuemos ainda com a empresa, que agora possui a 
seguinte estrutura patrimonial:
1) Bancos R$ 2.000,00.
2) Estoques R$ 2.870,00.
3) ICMS a Recuperar R$ 630,00.
4) C/C Filial 1 R$ 2.500,00.
5) C/C Filial 2 R$ 2.000,00.
6) Capital Social R$ 10.000,00.
25© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 1 – MATRIZ E FILIAIS
No mês de junho de 20X7, realizam-se as seguintes 
transações:
•	 Transferência de mercadorias para a Filial 2 com 
lucro, no valor de R$ 2.200,00, e com ICMS incluso, 
no valor de R$ 396,00. Essa transação caracteriza-
se como uma venda.
•	 Custo da mercadoria vendida foi de R$ 1.500,00. 
 
Lançamentos – Matriz – Vendas Internas – Filial 2 
D –   C/C Filial 2 
C –   Vendas Internas  2.200,00 
Histórico  Vendas Internas de mercadorias para a Filial 2 
Matriz – Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) 
D –   CMV 
C –   Estoques  1.500,00 
Histórico  Apuração do CMV referente às mercadorias vendidas para a Filial 2 
Matriz – ICMS sobre Vendas Internas 
D –   ICMS sobre Vendas Internas 
C –   ICMS a Recuperar  396,00 
Histórico  ICMS sobre Vendas Internas para a Filial 2 
Filia 2 – Aquisição de mercadorias para o estoque 
D –   Estoque de Mercadorias  1.804,00 
D –   ICMS a Recuperar  396,00 
C –   C/C Matriz  2.200,00 
Histórico  Aquisição de mercadorias da Matriz para o estoque 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 1 – MATRIZ E FILIAIS
Matriz 
Banco (Ativo)  Estoque de Mercadorias (Ativo) 
7.000,00  5.000,00  4.100,00  1.230,00 
1.500,00 
C/C Filial 1 (Ativo) 
1.000,00     ICMS a Recuperar (Ativo) 
1.500,00     900,00  270,00 
396,00 
C/C Filial 2 (Ativo) 
2.000,00     Vendas Internas (Receita) 
2.200,00     2.200,00 
CMV (Despesa)  ICMS sobre Vendas Internas 
(Redução da Receita) 1.500,00    
396,00    
 
Filial 2 
Banco (Ativo)  C/C Matriz (Passivo) 
2.000,00     2.000,00 
2.200,00 
Estoque de Mercadorias (Ativo) 
1.804,00    
 
ICMS a Recuperar (Ativo)  
396,00      
 
 
 
 
 
 
 
 
 
       
27© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 1 – MATRIZ E FILIAIS
 
Balancete e Verificação 
Matriz  Filial 1  Filial 2  Total 
Ativo 
Banco  2.000,00  1.000,00  2.000,00  5.000,00 
Estoque de Mercadorias  1.370,00  1.230,00  1.804,00  4.404,00 
ICMS a Recuperar  234,00  270,00  396,00  900,00 
C/C Filial 1  2.500,00        2.500,00 
C/C Filial 2  4.200,00        4.200,00 
Totais  10.304,00  2.500,00  4.200,00  17.004,00 
Passivo 
C/C Matriz     2.500,00  4.200,00  6.700,00 
Capital Social  10.000,00        10.000,00 
Lucro  304,00        304,00 
Totais  10.304,00  2.500,00  4.200,00  17.004,00 
Demonstração do Resultado do Exercício – DRE 
Vendas Internas  2.200,00         2.200,00 
ICMS sobre Vendas Internas  –396,00         –396,00 
CMV  –1.500,00         –1.500,00 
Lucro Líquido  304,00   0,00   0,00   304,00  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Balancete demonstra que existe um saldo total entre 
Matriz e Filiais de R$ 17.004,00.
Considerando que existe um saldo entre C/C a Receber e a 
Pagar, no valor de R$ 6.700,00, e um Lucro Não Realizado de R$ 
304,00, concluímos que o saldo líquido entre Matriz e Filial é de 
R$ 10.000,00.
28 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 1 – MATRIZ E FILIAIS
Vamos continuar com a mesma empresa, que agora possui 
a seguinte estrutura patrimonial:
1) Bancos R$ 2.000,00.
2) Estoques R$ 1.370,00.
3) ICMS a Recuperar R$ 234,00.
4) C/C Filial 1 R$ 2.500,00.
5) C/C Filial 2 R$ 4.200,00.
6) Capital Social R$ 10.000,00.
7) Lucros R$ 304,00.
No mês de junho de 20X7, realizam-se as seguintes 
transações:
•	 Vendas realizadas com terceiros, à vista, no valor 
de R$ 1.300,00, e com ICMS incluso, no valor de R$ 
234,00.
•	 Custo da mercadoria vendida foi de R$ 470,00.
O  Balancete  demonstra  que  existe  um  saldo  total  entre 
Matriz e Filiais de R$ 17.004,00. 
Considerando que existe um saldo entre C/C a Receber e a 
Pagar, no valor de R$ 6.700,00, e um Lucro Não Realizado de R$ 
304,00, concluímos que o saldo líquido entre Matriz e Filial é de 
R$ 10.000,00. 
Vamos continuar com a mesma empresa, que agora possui 
a seguinte estrutura patrimonial: 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lançamentos – Matriz – Vendas Externas 
D –   Banco 
C –   Vendas Externas  1.300,00 
Histórico  Vendas Externas de mercadorias 
Matriz – ICMS sobre Vendas Externas 
D –   ICMS sobre Vendas Externas 
C –   ICMS a Recuperar  234,00 
Histórico  ICMS sobre Vendas Externas 
Matriz – Custo das Mercadorias Vendidas (CMV)   
D –   CMV    
C –   Estoques  470,00 
Histórico  Apuração do CMV referente às mercadorias vendidas 
29© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 1 – MATRIZ E FILIAIS
Banco (Ativo)  Estoque de Mercadorias (Ativo) 
7.000,00  5.000,00  4.100,00  1.230,00 
1.300,00     1.500,00 
470,00 
C/C Filial 1 (Ativo) 
1.000,00     ICMS a Recuperar (Ativo) 
1.500,00     900,00  270,00 
396,00 
C/C Filial 2 (Ativo)  234,00 
2.000,00    
2.200,00     Vendas Internas (Receita) 
2.200,00 
CMV (Despesa) 
1.500,00     ICMS sobre Vendas Internas 
(Redução da Receita) 470,00    
396,00    
 
ICMS sobre Vendas Externas 
(Redução da Receita)   
Vendas Externas 
(Receita) 
1.300,00 
234,00    
Lucros 
304,00 
596,00 
 
Balancete e Verificação 
Matriz  Filial 1  Filial 2  Total 
Ativo 
Banco  3.300,00  1.000,00  2.000,00  6.300,00 
Estoque de Mercadorias  900,00  1.230,00  1.804,00  3.934,00 
ICMS a Recuperar  0,00  270,00  396,00  666,00 
C/C Filial 1  2.500,00        2.500,00 
C/C Filial 2  4.200,00        4.200,00 
Totais  10.900,00  2.500,00  4.200,00  17.600,00 
Passivo 
C/C Matriz     2.500,00  4.200,00  6.700,00 
Capital Social  10.000,00        10.000,00 
Lucro  900,00        900,00 
Totais  10.900,00  2.500,00  4.200,00  17.600,00 
Matriz 
30 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 1 – MATRIZ E FILIAIS
Demonstração do Resultado do Exercício – DRE
Vendas Externas 1.300,00 1.300,00
Vendas Internas 2.200,00 2.200,00
ICMS sobre Vendas Externas –234,00 –234,00
ICMS sobre Vendas Internas –396,00 –396,00
CMV –1.970,00 –1.970,00
Lucro Líquido 900,00 0,00 0,00 900,00 
Nesse momento, a Matriz deve realizar os ajustes para 
evidenciar o valor das transações com terceiros.
Portanto, torna-se necessário realizar a Compensação dos 
Valores a Receber e a Pagar entre a Matriz e as Filiais, bem como 
das vendas realizadas entre elas.
Com isso, a empresa demonstra somente as transações 
realizadas com terceiros. As compensações envolverão ajustes 
entre Matriz e Filiais, sendo:
1) Compensação do saldo de C/C entre Matriz e Filiais, no 
valor de R$ 6.700,00.
2) Compensação do saldo com Vendas Internas, no valor 
de R$ 2.200,00.
3) Compensação do ICMS s/ Vendas Internas, no valor de 
R$ 396,00.
4) Compensação do CMV s/ Vendas Internas, no valor de 
R$ 1.500,00.
5) Compensação do Lucro Líquido sobre Vendas Internas, 
no valor de R$ 304,00.
6) Compensação do lucro nos estoques, no valor de R$ 
304,00.
31© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 1 – MATRIZ E FILIAIS
Balancete de verificação após as compensações
3) Compensação do ICMS s/ Vendas Internas, no valor 
de R$ 396,00. 
4) Compensação do CMV s/ Vendas Internas, no valor 
de R$ 1.500,00. 
5) Compensação  do  Lucro  Líquido  sobre  VendasInternas, no valor de R$ 304,00. 
6) Compensação do lucro nos estoques, no valor de R$ 
304,00. 
Balancete de verificação após as compensações 
 
 
Matriz  Filial 1  Filial 2  Ajustes  Total 
Ativo 
Banco  3.300,00  1.000,00  2.000,00     6.300,00 
Estoque  de 
Mercadorias  900,00  1.230,00  1.804,00  –304,00  3.630,00 
ICMS a Recuperar  0,00  270,00  396,00     666,00 
C/C Filial 1  2.500,00        –2.500,00  0,00 
C/C Filial 2  4.200,00        –4.200,00  0,00 
Totais  10.900,00  2.500,00  4.200,00  –7.004,00  10.596,00 
Passivo 
C/C Matriz     2.500,00  4.200,00  –6.700,00  0,00 
Capital Social  10.000,00           10.000,00 
Lucro  900,00        304,00  596,00 
Totais  10.900,00  2.500,00  4.200,00  –6.396,00  10.596,00 
Demonstração do Resultado do Exercício – DRE 
Vendas Externas  1.300,00            1.300,00 
Vendas Internas  2.200,00         –2.200,00   0,00 
ICMS  sobre  Vendas 
Externas  –234,00            –234,00 
ICMS  sobre  Vendas 
Internas  –396,00         396,00   0,00 
CMV  –1.970,00         1.500,00   –470,00 
Lucro Líquido  900,00   0,00   0,00   –304,00   596,00 
2.2. REESTRUTURAÇÃO SOCIETÁRIA
As operações envolvendo Reestruturações Societárias 
ocorrem pela necessidade de agregar mais competitividade ao 
negócio já existente, em função das mudanças que acontecem 
no mundo corporativo.
32 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 1 – MATRIZ E FILIAIS
Sabe-se que, a partir dos anos de 1990, tem havido uma 
forte mudança no comportamento das empresas. Isso se dá pelo 
fenômeno da globalização, que gera um crescente acirramento 
competitivo entre elas. Diante disso, torna-se necessário adotar 
estratégias competitivas, a fim de concentrar as atividades das 
empresas por meio de reestruturações societárias.
Com a globalização, as empresas passaram a atuar em 
vários países, gerando negócios globalizados. Nesse cenário, 
vimos algumas reestruturações significativas, como:
1) Santander – ABN Amro.
2) Time Warner – AOL.
3) AT&T – BellSouth.
4) Glaxo Wellcome – SmithKline Beecham.
5) Pfizer – Wyeth.
6) Sanofi/Synthelabo – Aventis.
7) Mitsubishi Tokyo – UFJ Holdings.
8) Procter & Gamble – Gillette.
9) Pfizer – Pharmacia.
10) J. P. Morgan Chase – Bank One.
Já em relação às reestruturações de empresas brasileiras 
realizadas no mercado doméstico ou no exterior, temos:
1) JBS Friboi associa-se à Bertin e adquire a Pilgrim´s 
Pride.
2) AmBev + Interbrew.
3) Portugal Telecom + Telefônica = Vivo.
4) Sadia + Perdigão.
5) Brasil Telecom + Telemar.
33© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 1 – MATRIZ E FILIAIS
6) Itaú + Unibanco.
7) Cosan + Esso + Nova América.
8) Pão de Açúcar + Ponto Frio + Casas Bahia.
Será que as reestruturações sempre dão certo? Como se 
prevenir contra a esperada taxa de fracasso?
Sabe-se que nem sempre acionistas obtêm mais do que 
tinham, assim como clientes nem sempre percebem melhoria 
nos serviços frutos de uma fusão, e raramente funcionários 
ficam felizes, pois passam a viver o pesadelo das incertezas dos 
cortes que justificam a economia visualizada na duplicidade de 
serviços e atividades.
Para serem aprovadas pelos órgãos legais, as reestruturações 
societárias devem obedecer a uma série de regras e critérios, 
que incluem as seguintes etapas:
1) Competência e Processo.
2) Protocolo.
3) Justificação.
4) Transformação.
Competência e Processo
O Art. 223 da Lei 6406/76, atualizado pela Lei 11.638/07, 
diz que:
A incorporação, fusão ou cisão podem ser operadas entre 
sociedades de tipos iguais ou diferentes e deverão ser 
deliberadas na forma prevista para a alteração dos respectivos 
estatutos ou contratos sociais.
§ 1º Nas operações em que houver criação de sociedade, 
serão observadas as normas reguladoras da constituição das 
sociedades do seu tipo.
34 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 1 – MATRIZ E FILIAIS
§ 2º Os sócios ou acionistas das sociedades incorporadas, 
fundidas ou cindidas receberão, diretamente da companhia 
emissora, as ações que lhes couberem.
§ 3º Se a incorporação, fusão ou cisão envolver companhia 
aberta, as sociedades que a sucederem serão também 
abertas, devendo obter o respectivo registro e, se for o caso, 
promover a admissão de negociação das novas ações no 
mercado secundário, no prazo máximo de cento e vinte dias, 
contados da data da assembleia geral que aprovou a operação, 
observando as normas pertinentes baixadas pela Comissão de 
Valores Mobiliários. (Incluído pela Lei nº 9.457, de 1997.)
§ 4º O descumprimento do previsto no parágrafo anterior 
dará ao acionista direito de retirar-se da companhia, mediante 
reembolso do valor das suas ações (Art. 45), nos trinta dias 
seguintes ao término do prazo nele referido, observado o 
disposto nos §§ 1º e 4º do Art. 137. (Incluído pela Lei nº 9.457, 
de 1997.)
Protocolo
O protocolo constitui-se num pré-contrato entre as partes, 
que manifesta o interesse das sociedades na reestruturação dos 
negócios.
De acordo com o Art. 224 da Lei 6406/76, atualizado pela 
Lei 11.638/07:
As condições da incorporação, fusão ou cisão com incorporação 
em sociedade existente constarão de protocolo firmado pelos 
órgãos de administração ou sócios das sociedades interessadas, 
que incluirá:
I – o número, espécie e classe das ações que serão atribuídas 
em substituição dos direitos de sócios que se extinguirão e os 
critérios utilizados para determinar as relações de substituição;
II – os elementos ativos e passivos que formarão cada parcela 
do patrimônio, no caso de cisão;
35© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 1 – MATRIZ E FILIAIS
III – os critérios de avaliação do patrimônio líquido, a data a 
que será referida a avaliação, e o tratamento das variações 
patrimoniais posteriores;
IV – a solução a ser adotada quanto às ações ou quotas do 
capital de uma das sociedades possuídas por outra;
V – o valor do capital das sociedades a serem criadas ou do 
aumento ou redução do capital das sociedades que forem parte 
na operação;
VI – o projeto ou projetos de estatuto, ou de alterações 
estatutárias, que deverão ser aprovados para efetivar a 
operação;
VII – todas as demais condições a que estiver sujeita a operação.
Parágrafo único. Os valores sujeitos a determinação serão 
indicados por estimativa.
Justificação
A justificação é o documento que determina os motivos 
pelos quais a reestruturação está sendo realizada. Conforme o 
Artigo 225 da Lei 6406/76, atualizado pela Lei 11.638/07:
[...] as operações de incorporação, fusão e cisão serão 
submetidas à deliberação da assembleia geral das companhias 
interessadas mediante justificação, na qual serão expostos:
I – os motivos ou fins da operação, e o interesse da companhia 
na sua realização;
II – as ações que os acionistas preferenciais receberão e as 
razões para a modificação dos seus direitos, se prevista;
III – a composição, após a operação, segundo espécies e classes 
das ações, do capital das companhias que deverão emitir ações 
em substituição às que serão extintas;
IV – o valor de reembolso das ações a que terão direito os 
acionistas dissidentes.
36 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 1 – MATRIZ E FILIAIS
Transformação, Incorporação, Fusão e Cisão
De acordo com o Artigo 226 da Lei 6404/76, atualizado 
pelas Leis 11.638/07 e 11.941/09:
[...] as operações de incorporação, fusão e cisão somente 
poderão ser efetivadas nas condições aprovadas se os peritos 
nomeados determinarem que o valor do patrimônio ou 
patrimônios líquidos a serem vertidos para a formação de 
capital social é, ao menos, igual ao montante do capital a 
realizar.
§ 1º As ações ou quotas do capital da sociedade a ser incorporada 
que forem de propriedade da companhia incorporadora 
poderão, conforme dispuser o protocolo de incorporação, 
ser extintas, ou substituídas por ações em tesouraria da 
incorporadora, atéo limite dos lucros acumulados e reservas, 
exceto a legal.
§ 2º O disposto no § 1º aplicar-se-á aos casos de fusão quando 
uma das sociedades fundidas for proprietária de ações ou 
quotas de outra, e aos de cisão com incorporação quando a 
companhia que incorporar parcela do patrimônio da cindida for 
proprietária de ações ou quotas do capital desta.
§ 3º A Comissão de Valores Mobiliários estabelecerá normas 
especiais de avaliação e contabilização aplicáveis às operações 
de fusão, incorporação e cisão que envolvam companhia aberta. 
(Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
Contabilização: Fusão, Incorporação e Cisão
Nos três casos, as empresas envolvidas no processo de 
reestruturação devem transferir os saldos das contas ativas e 
passivas para uma conta específica, conforme segue:
•	 Incorporação: transferir os saldos das contas Ativas 
e Passivas para a “Conta de Incorporação”.
37© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 1 – MATRIZ E FILIAIS
•	 Fusão: transferir os saldos das contas Ativas e 
Passivas para a “Conta de Fusão”.
•	 Cisão: transferir os saldos das contas Ativas e 
Passivas para a “Conta de Cisão”.
Incorporação de Sociedades
A Incorporação de Sociedades refere-se ao processo de 
reestruturação de negócios, em que uma empresa agrega ao seu 
patrimônio todas as operações de outra empresa.
Nesse sentido, conforme o Artigo 227 da Lei 6404/76, 
atualizado pela Lei 11.638/07:
[...] a incorporação é a operação pela qual uma ou mais 
sociedades são absorvidas por outra, que lhes sucede em todos 
os direitos e obrigações, seguindo os seguintes passos.
§ 1º A assembleia geral da companhia incorporadora, se 
aprovar o protocolo da operação, deverá autorizar o aumento 
de capital a ser subscrito e realizado pela incorporada mediante 
versão do seu patrimônio líquido, e nomear os peritos que o 
avaliarão.
§ 2º A sociedade que houver de ser incorporada, se aprovar 
o protocolo da operação, autorizará seus administradores 
a praticarem os atos necessários à incorporação, inclusive a 
subscrição do aumento de capital da incorporadora.
§ 3º Aprovados pela assembleia geral da incorporadora o laudo 
de avaliação e a incorporação, extingue-se a incorporada, 
competindo à primeira promover o arquivamento e a 
publicação dos atos da incorporação.
Na incorporação, a sociedade incorporada deixa de 
existir, mas a empresa incorporadora continuará com a sua 
personalidade jurídica.
38 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 1 – MATRIZ E FILIAIS
Normalmente, ocorre incorporação quando uma 
empresa ou grupo passa a exercer o controle acionário sobre 
um concorrente, o que pode se dar por razões estratégicas ou 
mercadológicas.
Entre as Incorporações de Sociedades que ocorreram no 
Brasil, podemos citar o caso do Banco Banespa S/A, que, no ano 
de 1999, foi incorporado totalmente pelo Banco Santander S/A, 
que lhe sucedeu em todas as operações.
Como exemplo de Incorporação de Sociedades, podemos 
demonstrar, na Figura 1, três Companhias já existentes no 
mercado, denominadas Alfa, Beta e Gama, que serão absorvidas 
integralmente pela empresa Alfa, que vai suceder as empresas 
Beta e Gama em todos os direitos e obrigações.
Empresa Alfa          
Incorporadora       
Empresa Alfa      
Incorporadora 
das Empresas 
Beta e Gama 
Empresa Beta         
Incorporadora 
Empresa Gama       
Incorporadora       
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1 Incorporação de Sociedades
Fusão de Sociedades
A Fusão de Sociedades refere-se ao processo de 
reestruturação de negócios em que duas ou mais sociedades já 
39© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 1 – MATRIZ E FILIAIS
existentes unem seus patrimônios para a formação de uma nova 
sociedade.
De acordo com o Artigo 228 da Lei 6404/76, atualizado 
pela Lei 11.638/07:
[...] a fusão é a operação pela qual se unem duas ou mais 
sociedades para formar sociedade nova, que lhes sucederá em 
todos os direitos e obrigações, seguindo os seguintes critérios:
§ 1º A assembleia geral de cada companhia, se aprovar o 
protocolo de fusão, deverá nomear os peritos que avaliarão os 
patrimônios líquidos das demais sociedades.
§ 2º Apresentados os laudos, os administradores convocarão 
os sócios ou acionistas das sociedades para uma assembleia 
geral, que deles tomará conhecimento e resolverá sobre a 
constituição definitiva da nova sociedade, sendo vedado aos 
sócios ou acionistas votar o laudo de avaliação do patrimônio 
líquido da sociedade de que fazem parte.
§ 3º Constituída a nova companhia, incumbirá aos primeiros 
administradores promover o arquivamento e a publicação dos 
atos da fusão.
Na fusão, todas as sociedades fusionadas extinguem-
se para dar lugar à formação de uma nova sociedade com 
personalidade jurídica distinta daquelas.
Entre as Fusões de Sociedades que ocorreram no Brasil, 
podemos citar o caso das Cervejarias Antarctica e Brahma, que, 
no ano de 1999, uniram seus negócios para formar uma nova 
sociedade, denominada AmBev.
Como exemplo de Incorporação de Sociedades, podemos 
demonstrar, na Figura 2, duas Companhias já existentes no 
mercado, denominadas Alfa e Beta, que serão absorvidas 
integralmente pela nova empresa, denominada Gama, que 
40 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 1 – MATRIZ E FILIAIS
vai suceder as empresas Beta e Alfa em todos os direitos e 
obrigações.
 
 
Empresa Alfa       
Empresa Gama     
Recebe os 
negócios de Alfa e 
Beta 
Empresa Beta       
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2 Fusão de Sociedades
Cisão de Sociedades
A Cisão de Sociedades refere-se ao processo de 
reestruturação de negócios em que uma empresa já existente 
transfere parcelas do seu patrimônio para outras sociedades, já 
existentes ou criadas especificamente para esse fim.
Segundo o Artigo 229 da Lei 6404/76, atualizado pela Lei 
11.638/07:
[...] a cisão é a operação pela qual a companhia transfere 
parcelas do seu patrimônio para uma ou mais sociedades, 
constituídas para esse fim ou já existentes, extinguindo-se a 
companhia cindida, se houver versão de todo o seu patrimônio, 
ou dividindo-se o seu capital, se parcial a versão. A empresa 
deve seguir as seguintes orientações:
41© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 1 – MATRIZ E FILIAIS
§ 1º Sem prejuízo do disposto no artigo 233, a sociedade que 
absorver parcela do patrimônio da companhia cindida sucede 
a esta nos direitos e obrigações relacionados no ato da cisão; 
no caso de cisão com extinção, as sociedades que absorverem 
parcelas do patrimônio da companhia cindida sucederão a 
esta, na proporção dos patrimônios líquidos transferidos, nos 
direitos e obrigações não relacionados.
§ 2º Na cisão com versão de parcela do patrimônio em 
sociedade nova, a operação será deliberada pela assembleia 
geral da companhia à vista de justificação, que incluirá as 
informações de que tratam os números do artigo 224; a 
assembleia, se a aprovar, nomeará os peritos que avaliarão 
a parcela do patrimônio a ser transferida, e funcionará como 
assembleia de constituição da nova companhia.
§ 3º A cisão com versão de parcela de patrimônio em sociedade 
já existente obedecerá às disposições sobre incorporação 
(artigo 227).
§ 4º Efetivada a cisão com extinção da companhia cindida, 
caberá aos administradores das sociedades que tiverem 
absorvido parcelas do seu patrimônio promover o arquivamento 
e a publicação dos atos da operação; na cisão com versão 
parcial do patrimônio, esse dever caberá aos administradores 
da companhia cindida e da que absorver parcela do seu 
patrimônio.
§ 5º As ações integralizadas com parcelas de patrimônio 
da companhia cindida serão atribuídas a seus titulares, em 
substituição às extintas, na proporção das quepossuíam; a 
atribuição em proporção diferente requer aprovação de todos 
os titulares, inclusive das ações sem direito a voto. (Redação 
dada pela Lei nº 9.457, de 1997)
A empresa poderá transferir parcelas de seu patrimônio 
para uma ou mais empresas e continuar existindo. Por exemplo: 
uma empresa possui várias linhas de produção e atua em vários 
42 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 1 – MATRIZ E FILIAIS
mercados e, por decisão estratégica, decide vender uma dessas 
linhas de produção.
Uma empresa pode atuar nos segmentos de alumínio, 
cimento, celulose, metalurgia e finanças. Mas pode, também, 
decidir vender um dos segmentos e continuar com o restante.
Como exemplo de Cisão de Sociedades, podemos 
demonstrar, na Figura 3, a Empresa Alfa, já existente no mercado, 
que vai transferir 30% do seu patrimônio para a empresa Beta e 
20% para a empresa Gama.
Com isso, as empresas Beta e Gama vão suceder os 
negócios da empresa Alfa em todos os direitos e obrigações, 
referentes a 50%.
Empresa Alfa 
100% 
(  –  ) 30% para 
Beta            
(  –  ) 20% para 
Gama           
(  =  ) 50% após 
Cisão 
 
 
Empresa Beta 
30% 
Empresa Gama 
20%  
 
 
 
 
 
 
   
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3 Cisão de Sociedades.
Vídeo complementar –––––––––––––––––––––––––––––––
Neste momento, é fundamental que você assista ao vídeo complementar 1.
•	 Para assistir ao vídeo pela Sala de Aula Virtual, clique na aba Videoaula, 
localizada na barra superior. Em seguida, busque pelo nome da disciplina 
para abrir a lista de vídeos.
43© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 1 – MATRIZ E FILIAIS
•	 Caso você adquira o material por meio da loja virtual, receberá também um 
CD contendo os vídeos complementares, os quais são parte integrante do 
material. 
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR
O Conteúdo Digital Integrador é a condição necessária 
e indispensável para você compreender integralmente os 
conteúdos apresentados nesta unidade.
3.1. SOCIEDADES
A fim de relembrar e complementar seus conceitos acerca 
de Sociedades, leia o artigo:
•	 LOPES, C. F. S. Sociedades Empresariais: uma 
reflexão. Disponível em: <http://www.egov.ufsc.
br/portal/sites/default/files/artigo_cassandra_
freire_sandes_lopes.pdf>. Acesso em: 09 jan. 2019.
Nesta unidade, discutimos, de forma básica, os conceitos 
acerca das sociedades, bem como sua constituição.
3.2. MATRIZ E FILIAL
Para entender melhor a distinção que há entre Matriz e 
Filiais nas empresas, bem como suas responsabilidades, leia o 
artigo referenciado a seguir:
•	 FARIA, C. L. de. A responsabilidade da matriz por 
débitos da filial. Disponível em: <http://www.
conteudojuridico.com.br/artigo,a-responsabilidade-
44 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 1 – MATRIZ E FILIAIS
da-matriz-por-debitos-da-filial,51522.html>. Acesso 
em: 09 jan. 2019.
3.3. REORGANIZAÇÃO SOCIETÁRIA
A reestruturação societária pode ser feita de várias 
maneiras e envolver os diversos tipos de sociedade.
A sociedade por ações, justamente em razão de sua 
estrutura jurídica e administrativa mais complexa, requer uma 
série de maiores cuidados, pois envolve um número grande de 
credores, que não podem ser, de nenhuma forma, prejudicados 
por ocasião da reestruturação societária da companhia.
Para saber mais, o artigo indicado a seguir:
•	 SARAIVA, R. Reorganização Societária. Disponível 
em: <http://www.conteudojuridico.com.br/
artigo,reorganizacao-societaria,37214.html>. 
Acesso em: 09 jan. 2019.
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante 
para testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em 
responder as questões a seguir, você deverá revisar os conteúdos 
estudados para sanar as suas dúvidas.
1) O que você entende como Matriz?
2) Dê exemplos de uma transação entre Matriz e Filial.
3) Defina o conceito de Sucursal.
4) Quais são as características da contabilidade centralizada e descentralizada?
45© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 1 – MATRIZ E FILIAIS
5) Quais são os motivos que determinam a necessidade de realização de 
Reestruturações Societárias?
6) Defina o conceito de Incorporação de Sociedades.
7) Defina o conceito de Fusão de Sociedades.
8) Defina o conceito de Cisão de Sociedades, parcial e total.
9) Defina o conceito de Protocolo e Justificativa.
5. CONSIDERAÇÕES
Como vimos, as empresas que possuem Matriz e Filiais 
devem registrar as transações individualmente ou de forma 
conjunta, dependendo de qual foi a opção de contabilidade, 
pela forma centralizada ou descentralizada. Com isso, fica mais 
fácil o controle das transações geradas dentro da empresa, 
independentemente de ocorrerem na Matriz ou na Filial.
Foi apresentado, também, o conceito introdutório de 
Reestruturações Societárias por meio da combinação de 
negócios, que podem ocorrer de forma voluntária ou por uma 
necessidade de mercado, visando melhorar a competitividade 
da empresa no mercado mundial.
6. E-REFERÊNCIAS
Sites pesquisados
BRASIL. Presidência da República – Casa Civil. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 
2002. Institui o Código Civil. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
leis/2002/l10406.htm>. Acesso em: 28 maio 2019. 
46 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 1 – MATRIZ E FILIAIS
______. Presidência da República – Casa Civil. Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 
1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações. Disponível em: <http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/leis/l6404consol.htm>. Acesso em: 29 maio 2019. 
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, M. C. Curso básico de Contabilidade: introdução à metodologia da 
contabilidade. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1998.
IUDÍCIBUS, S.; MARION, J. C. Contabilidade Comercial. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
IUDÍCIBUS, S.; MARTINS, E.; GELBCKE, E. R. Manual de contabilidade das sociedades 
por ações. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
NEVES, S.; VICECONTI, P. E. V. Contabilidade básica e estrutura das demonstrações 
financeiras. São Paulo: Frase, 2001.
NEVES, S.; VICECONTI, P. E. V. Contabilidade avançada e análise das demonstrações 
contábeis. 15. ed. São Paulo: Frase, 2007.
RIBEIRO, O. R. Contabilidade Comercial. São Paulo: Saraiva, 2003.
______. Contabilidade avançada. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
47
ATIVO NÃO CIRCULANTE: REALIZÁVEL 
A LONGO PRAZO, INVESTIMENTO, 
IMOBILIZADO E INTANGÍVEL
Objetivos 
• Definir os principais conceitos sobre o Ativo Não Circulante: Realizável a 
Longo Prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível.
• Interpretar e desenvolver a contabilização da compra e da venda do Ativo 
Imobilizado.
• Considerar a importância e a influência do Ativo Investimentos, Imobilizado 
e Intangível para a empresa.
Conteúdos 
• Identificação dos Ativos Não Circulantes: Realizável a Longo Prazo, 
Investimentos, Imobilizado e Intangível.
• Lançamentos contábeis envolvendo Ativos Não Circulantes: Realizável a 
Longo Prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível.
• Cálculo e lançamento do Ajuste ao Valor Presente para as transações 
envolvendo o Ativo Realizável a Longo Prazo.
• Cálculos de Depreciação, Exaustão e Amortização.
Orientações para o estudo da unidade
Antes de iniciar o estudo desta unidade, leia as orientações a seguir:
UNIDADE 2
48 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 2 – ATIVO NÃO CIRCULANTE: REALIZÁVEL A LONGO PRAZO, INVESTIMENTO, IMOBILIZADO E 
INTANGÍVEL
1) Não se limite ao conteúdo deste material, busque outras informações 
em sites confiáveis e/ou nas referências bibliográficas, apresentadas. 
Lembre-se de que, na modalidade EaD, o engajamento pessoal é um fator 
determinante para o seu crescimento intelectual.
2) Para fundamentar seus conhecimentos, é importante que você analise ecompreenda os exemplos, a fim de obter um melhor entendimento do 
texto apresentado. Não deixe dúvidas para trás, afinal, elas o impedirão 
de caminhar com sucesso.
3) É importante, também, que você procure ler com atenção os conteúdos 
desta unidade, pois eles serão imprescindíveis à sua prática. Ademais, não 
deixe de anotar as ideias principais que encontrar.
4) Lembre-se, finalmente, de que os balancetes são ótimas ferramentas 
para sintetizar movimentações extensas ou mesmo encontrar erros de 
classificação. Desse modo, use-os sem economia.
49© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 2 – ATIVO NÃO CIRCULANTE: REALIZÁVEL A LONGO PRAZO, INVESTIMENTO, IMOBILIZADO E 
INTANGÍVEL
1. INTRODUÇÃO 
Como já é de seu conhecimento, o patrimônio de qualquer 
empresa divide-se em Ativo e Passivo.
No Passivo, contabilizam-se as contas que representam a 
origem de recursos para a empresa. Estes, por sua vez, dividem-
se em recursos próprios, representados pelo PL (Patrimônio 
Líquido) e recursos de terceiros, representados pelas demais 
exigibilidades. Já o Ativo demonstra a aplicação desses recursos. 
Entretanto, é importante que cada item do Ativo seja estudado 
profundamente para que se possa identificar de que maneira a 
empresa vem aplicando seu capital.
De acordo com a Lei 6.404/76, atualizada pela Lei 11.638/07 
e modificada pela Lei 11.941/09, e com o Pronunciamento dos 
Auditores Independentes do Brasil (IBRACON) NPC 27, o Ativo 
divide-se em Ativo Circulante e Ativo Não Circulante.
O Ativo Não Circulante subdivide-se em Ativo Realizável a 
Longo Prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível.
Nesta unidade, estudaremos os fundamentos do Ativo 
Não Circulante, contemplando suas características, subdivisões 
e contabilização.
O Ativo Não Circulante agrupa os recursos que serão 
realizáveis a Longo Prazo, ou seja, que irão se realizar 
financeiramente em prazo superior a 12 meses, caracterizados 
na contabilidade como itens de longo prazo.
O primeiro item refere-se ao Ativo Realizável a Longo 
Prazo, que é composto por direitos que serão recebidos em 
prazo superior a 365 dias.
50 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 2 – ATIVO NÃO CIRCULANTE: REALIZÁVEL A LONGO PRAZO, INVESTIMENTO, IMOBILIZADO E 
INTANGÍVEL
O segundo item refere-se aos Investimentos de Longo Prazo, 
sem caráter especulativo, como, por exemplo, as aquisições de 
ações em outras empresas, os investimentos em obras de arte 
etc.
Em relação ao Ativo Imobilizado, dizemos que é composto 
pelos direitos essenciais para a manutenção da atividade 
operacional da empresa e que possuem forma física. Como 
exemplo, temos os móveis, os imóveis, os equipamentos, as 
instalações, as máquinas etc.
Por fim, temos o Intangível, sendo representado por Fundos 
de Comércio, Marcas e Patentes, por exemplo. Esses itens não 
possuem estrutura física, portanto caracterizamos como direitos 
não corpóreos.
Evidentemente, estamos considerando como atividade 
operacional aquela que envolve o comprar, o produzir, o vender 
e/ou o prestar serviços, de modo que os bens e os direitos 
constantes do Ativo Não Circulante são os meios pelos quais as 
empresas realizam os seus objetivos.
Para facilitar a compreensão de cada item que compõe o 
Ativo Não Circulante, subdividimos esta unidade em:
1) Realizável a Longo Prazo
2) Investimentos
3) Imobilizado
4) Intangível
Observe, na sequência, a explicação de cada um deles, 
bem como suas formas de contabilização.
51© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 2 – ATIVO NÃO CIRCULANTE: REALIZÁVEL A LONGO PRAZO, INVESTIMENTO, IMOBILIZADO E 
INTANGÍVEL
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA
O Conteúdo Básico de Referência apresenta, de 
forma sucinta, os temas abordados nesta unidade. Para sua 
compreensão integral, é necessário o aprofundamento pelo 
estudo do Conteúdo Digital Integrador. 
2.1. COMPRA E VENDA ENVOLVENDO O ATIVO NÃO 
CIRCULANTE
Conheceremos, agora, os modelos de contabilização que 
ocorrem no ato da compra ou da venda de recursos do Ativo Não 
Circulante, além de outros lançamentos também importantes.
Para isso, leia atentamente a teoria apresentada, pois é 
uma ótima maneira de desenvolver o seu aprendizado, bem 
como sua prática contábil.
Realizável a Longo Prazo
A contabilidade registra nesse grupo de contas, as opera-
ções cujos recebimentos ultrapassam o fim do exercício social 
seguinte.
Assim, se por hipótese, ao encerramento do Balanço de 
31/12/X0, a empresa possuir valores que somente serão recebi-
dos no ano de X2, estes deverão ser registrados contabilmente 
no grupo do Realizável a Longo Prazo.
Na visão de Iudícibus et al (2007), os itens classificados no 
Ativo Realizável a Longo Prazo possuem as mesmas característi-
cas e natureza dos itens do Ativo Circulante.
52 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 2 – ATIVO NÃO CIRCULANTE: REALIZÁVEL A LONGO PRAZO, INVESTIMENTO, IMOBILIZADO E 
INTANGÍVEL
No entanto, terão sua realização, certa ou provável, após 
o encerramento do exercício seguinte, o que significa realização 
num prazo superior a 365 dias a partir do próprio balanço.
Marion (2009), diz que o Ativo Realizável a Longo Prazo 
caracteriza-se por distinguir-se do Ativo Circulante em dois 
aspectos:
1) Prazo: quando ultrapassar o exercício seguinte
2) Independentemente da data de recebimento, por 
determinação legal, as empresas registrarão, nesse 
grupo, os valores a receber que tenham se originado 
de vendas, adiantamentos ou empréstimos a socie-
dades afins (coligadas ou controladas), aos diretores, 
aos acionistas ou, ainda, a pessoas ou a empresas que 
participam do lucro da empresa e que não constituem 
negócios usuais na exploração do objeto da empresa.
Segundo o artigo n° 179 da Lei 6.404/76, atualizado pela 
Lei 11.638/07 e modificado pela Lei 11.941/09, as contas do 
Ativo serão classificadas do seguinte modo:
I – no Ativo Circulante: ...
II – no Ativo Realizável a Longo Prazo: os direitos realizáveis 
após o término do exercício seguinte, assim como os derivados 
de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades 
coligadas ou controladas (artigo 243), diretores, acionistas ou 
participantes no lucro da companhia, que não constituírem 
negócios usuais na exploração do objeto da companhia.
Parágrafo único. Na companhia em que o ciclo operacional 
da empresa tiver duração maior que o exercício social, a 
classificação no Circulante ou Longo Prazo terá por base o prazo 
desse ciclo.
53© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 2 – ATIVO NÃO CIRCULANTE: REALIZÁVEL A LONGO PRAZO, INVESTIMENTO, IMOBILIZADO E 
INTANGÍVEL
Nesse sentido, podemos identificar as contas que fazem 
parte da composição do Ativo Realizável a Longo Prazo da 
seguinte forma:
•	 Créditos e valores: clientes, títulos a receber, 
créditos de coligadas e controladas, ajuste ao valor 
presente.
•	 Investimentos temporários a Longo Prazo: títulos 
e valores mobiliários, investimentos em outras 
sociedades que não tenham caráter permanente.
•	 Despesas antecipadas: prêmios de seguros a 
apropriar no longo prazo, Imposto de Renda e 
Contribuição Social diferidos.
Exemplo
A Empresa Alfa S.A. efetua um adiantamento no valor de R$ 
50.000,00 de Longo Prazo para suprir as necessidades imediatas 
do Caixa da Empresa Beta S/A, empresa que controla e na qual 
possui investimentos.
Lançamento
D – Adiantamentos a Coligadas ou Controladas (RLP)
C – Caixa ou Banco Conta Movimento .................. 50.000,00
Histórico: Adiantamento pela Empresa Alfa S/A.
Ajuste ao Valor Presente
Segundo o item VIII do artigo n° 183 da Lei 6.404/76, 
atualizado pela Lei 11.638/07, no Balanço, os elementos do ativo 
serão avaliados de acordo com os seguintes critérios: “os elementos 
54 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 2 – ATIVO NÃO CIRCULANTE: REALIZÁVEL A LONGO PRAZO, INVESTIMENTO, IMOBILIZADO E 
INTANGÍVELdo Ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados 
a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito 
relevante”. (Incluído pela Lei nº 11.638, de 2007.)
Com isso, todos os Ativos realizáveis a curto prazo 
necessitam ser ajustados ao valor presente na data do Balanço 
Patrimonial, e também alguns casos do Curto Prazo, se for 
relevante o resultado desse ajuste.
O Ajuste ao Valor Presente (Present Value) representa a 
estimativa do valor corrente de um fluxo de caixa futuro no curso 
normal das operações da entidade, identificado pelo seguinte 
cálculo financeiro:
Fórmula do Valor Presente
 VF = VP
( 1 + i ) ⁿ
em que
VF = Valor futuro;
i = Taxa de juros;
n = período;
VP = Valor presente.
Exemplo
A empresa Delta S/A realiza vendas a prazo no mês de 
dezembro 20X7 no valor de R$ 500.000,00, com recebimento no 
mesmo valor para o mês de dezembro de 20X9.
55© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 2 – ATIVO NÃO CIRCULANTE: REALIZÁVEL A LONGO PRAZO, INVESTIMENTO, IMOBILIZADO E 
INTANGÍVEL
Nesse período, existe a expectativa de que a taxa de juros 
permaneça em 5% ao ano.
Determinar o Valor Presente da venda em dezembro de 
20X7.
 500.000,00 = 453.516,69
( 1 + 0,05 ) ²
Portanto, a venda de R$ 500.000,00, que será recebida 
somente em dezembro de 20X9, equivale a R$ 453.516,69 em 
dezembro de 20X7. Com isso, torna-se necessário realizar o 
ajuste de R$ 46.483,31 no ano de 20X7 a título de Provisão para 
Ajuste ao Valor Presente.
Exemplo
A Empresa Delta S/A realiza, em dezembro de 20X7, uma 
venda a prazo no valor de R$ 200.000,00, que será recebida 
integralmente em dezembro de 20X9.
Considerando que, dentro desse valor, existem juros no 
valor de R$ 20.000,00, entende-se que, se a venda fosse realizada 
à vista, o valor cobrado seria de R$ 180.000,00.
A Lei 11.638/07 determina que os valores do Ativo 
decorrentes de operações de Longo Prazo deverão ser ajustados 
ao valor presente.
Com isso, torna-se necessário ajustar os lançamentos 
contábeis dessa transação, de acordo com os critérios 
determinados pela lei.
56 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 2 – ATIVO NÃO CIRCULANTE: REALIZÁVEL A LONGO PRAZO, INVESTIMENTO, IMOBILIZADO E 
INTANGÍVEL
Lançamentos
Parte 1 – Realização da venda em dezembro de 20X7
Venda realizada pela Empresa Delta S/A 
D –   Clientes 
C –   Receita com Vendas  200.000,00 
Histórico  Vendas realizadas no ano de 20X7 para recebimento em Dezembro de 20X9 
Ajuste ao Valor Presente 
D–   Despesa com Ajuste ao Valor Presente 
C –   Provisão para Ajuste ao Valor Presente  20.000,00 
Histórico  Ajuste ao Valor Presente das vendas realizadas em 20X7 
 
Clientes (Ativo)  Provisão para Ajuste ao Valor Presente (Ativo) 
200.000,00     20.000,00 
 
Despesas com Ajuste ao Valor 
Presente (Despesa) 
Receita com Vendas 
(Receita) 
20.000,00     200.000,00 
 
Ativo  Receita com Vendas  200.000,00 
Não Circulante  ( – ) Despesas com AVP  –20.000,00 
Realizável a Longo Prazo  Lucro Líquido  180.000,00 
Clientes  200.000,00 
( – ) Provisão AVP  –20.000,00 
Total  180.000,00 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
De acordo com Marion (2009), o Ajuste ao Valor Presente 
faz a adequação contábil dos rendimentos financeiros da venda 
a prazo ao Regime de Competência.
57© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 2 – ATIVO NÃO CIRCULANTE: REALIZÁVEL A LONGO PRAZO, INVESTIMENTO, IMOBILIZADO E 
INTANGÍVEL
O item III do artigo n° 183 da Lei 6404/76, atualizado pela 
Lei 11.638/07, diz que, no balanço, os elementos do Ativo serão 
avaliados de acordo com os seguintes critérios:
VIII – os elementos do Ativo decorrentes de operações 
de longo prazo serão ajustados a valor presente, sendo os 
demais ajustados quando houver efeito relevante. (Incluído 
pela Lei nº 11.638, de 2007.)
Lançamentos
Parte 2 – Recebimento da venda em dezembro de 20X9
De acordo com Marion  (2009), o Ajuste ao Valor Presente 
faz a adequação contábil dos rendimentos financeiros da venda a 
prazo ao Regime de Competência. 
O  item III do artigo n° 183 da Lei 6404/76, atualizado pela 
Lei 11.638/07, diz que, no balanço, os elementos do Ativo serão 
avaliados de acordo com os seguintes critérios: 
 
VIII – os elementos do Ativo decorrentes de operações de longo 
prazo  serão  ajustados  a  valor  presente,  sendo  os  demais 
ajustados quando houver efeito  relevante.  (Incluído pela Lei nº 
11.638, de 2007.) 
 
Lançamentos 
Parte 2 – Recebimento da venda em dezembro de 20X9 
 
Recebimento da venda pela Empresa Delta S/A 
D –   Bancos 
C –   Clientes  200.000,00 
Histórico  Recebimento de vendas 
Reconhecimento da Receita Financeira 
D –   Provisão para Ajuste ao Valor Presente 
C –   Receita Financeira  20.000,00 
Histórico  Receita Financeira 
 
Bancos (Ativo)  Clientes (Ativo) 
200.000,00     (S)  200.000,00  200.000,00 
 
 
Provisão para Ajuste ao Valor 
Presente (Ativo) 
20.000,00  20.000,00  (S) 
 
Receita Financeira (Receita) 
20.000,00 
58 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 2 – ATIVO NÃO CIRCULANTE: REALIZÁVEL A LONGO PRAZO, INVESTIMENTO, IMOBILIZADO E 
INTANGÍVEL
Investimento
Primeiramente, devemos conceituar a palavra investimento.
Na contabilidade, “investir” significa aplicar determinada 
importância em bens rentáveis ou no capital de uma empresa.
Portanto, o grupo Investimento será composto pelas 
participações em outras companhias, pelos bens adquiridos para 
rentabilidade (desde que não façam parte da atividade operacional) 
e, também, pelos Direitos da empresa não classificáveis no Ativo 
Circulante como, por exemplo, os Investimentos Temporários a 
Longo Prazo.
Os investimentos representam aplicações de caráter 
permanente que a empresa manterá nos negócios por tempo 
indeterminado.
De acordo com Marion (2009), investimentos são aplicações 
com propensão a produzir renda para a empresa, que não se 
enquadram no Ativo Circulante, nem no Realizável a Longo Prazo, 
nem mesmo no Imobilizado, pois não se destinam à atividade 
operacional da empresa.
Segundo o artigo n° 179 da Lei 6.404/76, atualizado pela Lei 
11.638/07 e modificado pela Lei 11.941/09, as contas do Ativo serão 
classificadas do seguinte modo:
I – no Ativo Circulante: ...
II – no Ativo Realizável a Longo Prazo:
III – em Investimentos: as participações permanentes 
em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, 
não classificáveis no Ativo Circulante, e que não se destinem 
à manutenção da atividade da companhia ou da empresa; 
Parágrafo único. Na companhia em que o ciclo operacional 
da empresa tiver duração maior que o exercício social, a 
59© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 2 – ATIVO NÃO CIRCULANTE: REALIZÁVEL A LONGO PRAZO, INVESTIMENTO, IMOBILIZADO E 
INTANGÍVEL
classificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo 
desse ciclo.
Dessa forma, citamos uma conta que está entre as mais 
utilizadas nesse grupo, a Participação em outras empresas.
Devemos salientar que, para uma empresa participar no 
capital de outra, é necessário que essa “outra” possua ações à 
venda, a fim de aumentar, assim, seu capital.
Observe o seguinte exemplo:
A empresa Alfa S/A coloca à venda 50.000 ações de sua 
companhia no valor de R$ 1,00 cada, as quais são adquiridas pela 
empresa Beta S/A.
Lançamentos
Observe o seguinte exemplo: 
A  empresa  Alfa  S/A  coloca  à  venda  50.000  ações  de  sua 
companhia no valor de R$ 1,00 cada, as quais são adquiridas pela 
empresa Beta S/A. 
 
Lançamentos 
 
Subscrição do capital pela Empresa Beta S/A 
D –   Investimentos Permanentes em outras empresas 
C –   Subscrição de Ações  50.000,00 
Histórico 
Subscrição  de  50.000  ações  no  valor  de  R$  1,00  cada, 
adquirida da Empresa Alfa S/A devido ao aumento de seu 
Capital Social 
Integralização pela EmpresaBeta S/A 
D –   Subscrição de Ações 
C –   Caixa  50.000,00 
Histórico  Pagamento à Empresa Alfa S/A referente à aquisição de ações subscritas nessa data 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
60 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 2 – ATIVO NÃO CIRCULANTE: REALIZÁVEL A LONGO PRAZO, INVESTIMENTO, IMOBILIZADO E 
INTANGÍVEL
Aquisição de Obras de Arte
Podem ser consideradas obras de arte toda e qualquer 
peça elaborada por artistas diversos, como pinturas e esculturas, 
por exemplo.
Em sua contabilização, é importante ressaltar que as obras 
de arte não são depreciáveis, não perdem seu valor com o passar 
do tempo.
A Comercial Gold S/A adquiriu a escultura Quatro Estações, 
de Valdomiro Martins, no valor de R$ 90.000,00, conforme recibo 
nº 127. O pagamento foi efetuado à vista.
Lançamento
D – Obras de Arte
C – Caixa 90.000,00
His-
tóri-
co
Aquisição da escultura Quatro Estações, do artista Valdomiro 
Martins, conforme recibo nº 127
Avaliação dos Investimentos
Como vimos, investir significa aplicar determinada 
importância no capital de uma empresa com o objetivo de obter 
rendimentos.
Dessa forma, após aplicar seus recursos na forma de 
compra de ações, a empresa investidora terá, em seu Balanço 
Patrimonial, a conta Investimentos, a qual deverá ser avaliada 
de acordo com a Lei 6.404/76, modificada pela Lei 11.638/2007.
61© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 2 – ATIVO NÃO CIRCULANTE: REALIZÁVEL A LONGO PRAZO, INVESTIMENTO, IMOBILIZADO E 
INTANGÍVEL
Existem diversas maneiras de avaliar os investimentos, as 
quais irão variar de acordo com o seu tipo. A liquidez ou a intenção 
de realização desse investimento determinará em que grupo do 
Balanço Patrimonial ele será classificado, determinando, assim, 
o critério de avaliação a ser utilizado.
Apresentamos, a seguir, uma adaptação de um quadro de 
investimentos que demonstra o critério de avaliação para cada 
tipo.
Acompanhe!
TIPO LIQUIDEZ OU INTENÇÃO DE REALIZAÇÃO GRUPO EXEMPLO CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO
Participações 
societárias
Intenção de realização 
até o final do próximo 
exercício social
Ativo 
Circulante: 
Investimentos 
temporários
Ações ou 
quotas 
de outras 
empresas
Custo ajustado por provisão 
para desvalorização quando o 
valor de mercado for menor, ou 
valor justo, quando classificado 
como Destinado à Negociação ou 
Disponível para Venda
Participações 
societárias
Intenção de realização 
após o final do próximo 
exercício social
Ativo 
Realizável a 
Longo Prazo: 
Investimentos 
temporários
Ações ou 
quotas 
de outras 
empresas
Custo ajustado por provisão 
para Desvalorização, quando o 
valor de mercado for menor, ou 
valor justo, quando classificado 
como Destinado à Negociação ou 
Disponível para Venda
Participações 
societárias 
em empresas 
não 
controladas 
nem 
coligadas
Com intenção de 
permanência
Ativo Não 
Circulante: 
Investimentos
Ações ou 
quotas 
de outras 
empresas
Custo ajustado por provisão para 
desvalorização permanente
Participações 
societárias 
em empresas 
controladas 
ou coligadas
Com intenção de 
permanência
Ativo Não 
Circulante: 
Investimentos
Ações ou 
quotas 
de outras 
empresas
Método da equivalência 
patrimonial
Outros ativos
Com intenção de 
permanência
Ativo Não 
Circulante: 
Investimentos
Obras 
de arte, 
terrenos 
para futura 
expansão
Custo ajustado por provisão para 
desvalorização permanente
Fonte: disponível em: <http://www.unicap.br/eventos/palestras_contabeis/
ErrataContabilidadeAvancada.pdf>. Acesso em: 09 jan. 2019.
62 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 2 – ATIVO NÃO CIRCULANTE: REALIZÁVEL A LONGO PRAZO, INVESTIMENTO, IMOBILIZADO E 
INTANGÍVEL
Os investimentos em outras sociedades serão avaliados de 
acordo com os seguintes critérios:
•	 Método de Custo para investimentos que não se 
enquadram no artigo n° 248 da Lei 6.404/76.
•	 Método da Equivalência Patrimonial para 
investimentos que se enquadram no artigo n° 248 
da Lei 6.404/76.
Avaliação pelo método do custo de aquisição
A avaliação pelo método do custo de aquisição é utilizada 
nos investimentos de baixa relevância, conforme apresenta item 
III, do artigo 183 da Lei 6.404/76, atualizado pela Lei 11.638/07:
Os investimentos em participação no capital social de outras 
sociedades, ressalvado o disposto nos artigos 248 a 250, 
pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para perdas 
prováveis na realização do seu valor, quando essa perda estiver 
comprovada como permanente, e que não será modificado em 
razão do recebimento, sem custo para a companhia, de ações 
ou quotas bonificadas.
Dessa forma, os investimentos de baixa relevância serão 
avaliados por seu custo de aquisição, deduzindo-se a provisão 
para possíveis perdas de seu valor.
Contudo, se uma empresa adquire 1.000 ações de outra 
empresa pelo valor de R$ 2.000,00, será essa a importância 
discriminada no Balanço Patrimonial da empresa Investidora.
Como esse investimento é irrelevante, ele não irá sofrer 
atualizações pela valorização do Patrimônio Líquido da empresa 
63© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 2 – ATIVO NÃO CIRCULANTE: REALIZÁVEL A LONGO PRAZO, INVESTIMENTO, IMOBILIZADO E 
INTANGÍVEL
Investida, mas caso haja desvalorização, e somente quando a 
desvalorização for considerada irreversível, é necessário fazer o 
ajuste da Provisão para Perdas proporcionais à sua participação.
A Empresa Alfa S/A possui os seguintes saldos patrimoniais, 
Bancos R$ 40.000,00 e Capital Social R$ 40.000,00 e apresenta as 
seguintes ocorrências.
1) No ano de 20X2, adquire 10% das ações da empresa 
Beta S/A pelo valor de R$ 2.000,00, totalizando 
1.000 ações.
2) Entre o período de 20X3 a 20X7, o Patrimônio 
Líquido da empresa Beta S/A aumenta 42% em 
decorrência de lucros no período.
3) Como a empresa Alfa S/A vai reconhecer os ganhos 
do período (aumento de 42%) que ocorreram na 
empresa Beta S/A? Não deverá reconhecer nenhum 
ganho, pois o investimento é irrelevante, devendo o 
investimento permanecer pelo custo de aquisição, 
ou seja, avaliado por R$ 2.000.
4) Entre o período de 20X3 a 20X7, o Patrimônio 
Líquido da empresa Beta S/A diminuiu 42%, em 
decorrência de prejuízos constantes, e não existe 
perspectiva de reversão desse resultado.
5) Como a empresa Alfa S/A vai reconhecer essa 
perda do período (diminuição 42%) que ocorreram 
na empresa Beta S/A? Deverá fazer um ajuste de 
Provisão para Perdas.
64 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 2 – ATIVO NÃO CIRCULANTE: REALIZÁVEL A LONGO PRAZO, INVESTIMENTO, IMOBILIZADO E 
INTANGÍVEL
Lançamentos
Provisão para Perdas de Investimentos pela empresa Alfa S/A.
D –   Despesa com Provisão para Perdas de Investimentos 
C –   Provisão para Perdas de Investimentos  840,00 
Histórico  Provisão  para  Perdas  de  Investimentos  referente  à participação de 10% na empresa Beta S/A 
 
Bancos (Ativos)  Investimentos Empresa Beta S/A (Ativo) 
40.000,00  2.000,00  2.000,00    
Capital Social (PL) 
Despesa com Provisão para 
Perdas de Investimento 
(Despesa)  
40.000,00  840,00    
Provisão para Perdas de 
Investimento (Ativo)  Prejuízos Acumulados (PL) 
840,00  840,00    
 
Balanço Patrimonial 
Ativo  Passivo 
Circulante  Patrimônio Líquido 
Bancos  38.000,00  Capital Social  40.000,00 
Não Circulante  Prejuízos Acumulados  –840,00 
Investimento Empresa Beta S/A  2.000,00 
Total  39.160,00 ( – ) Provisão para Perdas com Investimento  –840,00 
Total  39.160,00 
 
Demonstração do Resultado do Exercício 
Despesas 
Despesas com Provisão para Perdas com Investimento  –840,00 
Prejuízo Acumulado  –840,00 
 
 
 
65© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 2 – ATIVO NÃO CIRCULANTE: REALIZÁVEL A LONGO PRAZO, INVESTIMENTO, IMOBILIZADOE 
INTANGÍVEL
Avaliação pelo método da Equivalência Patrimonial
O método da Equivalência Patrimonial tem por objetivo 
atualizar os valores dos investimentos em sociedades 
controladas, coligadas e suas equiparadas, no momento em que 
tais resultados são gerados nas empresas investidas.
Dessa forma, a atualização dos investimentos ocorre pela 
competência de exercício.
Portanto, a avaliação pelo método da equivalência 
patrimonial é utilizada para investimentos em coligadas e 
controladas, conforme consta no artigo 248 da Lei 6.404/76, 
atualizado pela Lei 11.638/07. No mais, para a compreensão 
desse método, é importante conhecermos o que diz o artigo:
No Balanço Patrimonial da companhia, os investimentos em 
coligadas sobre cuja administração tenha influência significativa, 
ou de que participe com 20% (vinte por cento) ou mais do capital 
votante, em controladas e em outras sociedades que façam 
parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum 
serão avaliados pelo método da equivalência patrimonial, de 
acordo com as seguintes normas:
I – o valor do patrimônio líquido da coligada ou da controlada 
será determinado com base em Balanço Patrimonial ou 
balancete de verificação levantado, com observância das 
normas desta Lei, na mesma data, ou até 60 (sessenta) dias, 
no máximo, antes da data do balanço da companhia; no valor 
de patrimônio líquido, não serão computados os resultados 
não realizados decorrentes de negócios com a companhia, 
ou com outras sociedades coligadas à companhia, ou por ela 
controladas;
II – o valor do investimento será determinado mediante a 
aplicação, sobre o valor de patrimônio líquido referido no 
número anterior, da porcentagem de participação no capital da 
coligada ou controlada;
66 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 2 – ATIVO NÃO CIRCULANTE: REALIZÁVEL A LONGO PRAZO, INVESTIMENTO, IMOBILIZADO E 
INTANGÍVEL
III – a diferença entre o valor do investimento, de acordo com 
o número II, e o custo de aquisição, corrigido monetariamente, 
somente serão registrados como resultado do exercício:
a) se decorrer de lucro ou prejuízo apurado na coligada ou 
controlada;
b) se corresponder, comprovadamente, a ganhos ou perdas 
efetivas;
c) no caso de companhia aberta, com observância das normas 
expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários.
§ 1º Para efeito de determinar a relevância do investimento, 
nos casos deste artigo, serão computados como parte do custo 
de aquisição os saldos de créditos da companhia contra as 
coligadas e controladas.
§ 2º A sociedade coligada, sempre que solicitada pela 
companhia, deverá elaborar e fornecer o balanço ou balancete 
de verificação previsto no número I. (Redação dada pela Lei nº 
11.638, de 2007.)
Observe o exemplo a seguir.
A empresa Luz Azul S/A apresenta os seguintes saldos 
patrimoniais em 31/12/2008:
Balanço Patrimonial 
Ativo  Passivo 
Circulante  Patrimônio Líquido 
Bancos  300.000,00  Capital Social  300.000,00 
Total  300.000,00  Total  300.000,00 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
67© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 2 – ATIVO NÃO CIRCULANTE: REALIZÁVEL A LONGO PRAZO, INVESTIMENTO, IMOBILIZADO E 
INTANGÍVEL
1) Em janeiro de 2009, a empresa Luz Azul S/A investe 
R$ 190.000,00, adquirindo 25% do capital da empresa 
Três Lagoas S/A.
Contabilizamos da seguinte forma: 
Subscrição do capital pela Empresa Luz Azul S/A 
D –   Investimentos Permanentes em outras empresas 
C –   Subscrição de Ações  190.000,00 
Histórico 
Investimentos  Societários  referentes  à  aquisição  de 
25%  das  ações  com  direito  a  voto  da  Empresa  Três 
Lagoas S/A 
 
Integralização do capital pela Empresa Luz Azul S/A 
D –   Subscrição de Ações 
C –   Bancos  190.000,00 
Histórico  Pagamento  à  Empresa  Três  Lagoas  S/A  referente  à aquisição de 25% das ações 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Balanço Patrimonial da empresa Luz Azul S/A após 
investimentos societários
 
Balanço Patrimonial 
Ativo 
Passivo Circulante 
Bancos  110.000,00 
Não Circulante  Patrimônio Líquido 
Investimentos  190.000,00  Capital Social  300.000,00 
Total  300.000,00  Total  300.000,00 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
68 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 2 – ATIVO NÃO CIRCULANTE: REALIZÁVEL A LONGO PRAZO, INVESTIMENTO, IMOBILIZADO E 
INTANGÍVEL
Em 31/12/2001, o Patrimônio Líquido da empresa Três 
Lagoas S/A era de R$ 760.000,00 e, em 31/12/2002, o Patrimônio 
Líquido passa a ser de R$ 950.000,00, com um aumento de R$ 
190.000,00 no período.
Verificamos, portanto, que a participação do investimento 
da empresa Luz Azul S/A na empresa Três Lagoas S/A é de 25% do 
Patrimônio Líquido, entendendo-se, assim, que a empresa Luz 
Azul S/A possui um direito equivalente a 25% da valorização do 
Patrimônio Líquido da empresa Três Lagoas S/A.
Observe, agora, os procedimentos de apuração do valor da 
correção.
O Valor do investimento atualizado da empresa Luz Azul 
S/A na empresa Três Lagoas S/A compreende o Patrimônio 
Líquido (PL) atual multiplicado pelo percentual do investimento, 
que resulta em:
Em  31/12/2001,  o  Patrimônio  Líquido  da  empresa  Três 
Lagoas S/A era de R$ 760.000,00 e, em 31/12/2002, o Patrimônio 
Líquido  passa  a  ser  de  R$  950.000,00,  com um  aumento  de  R$ 
190.000,00 no período. 
Verificamos, portanto, que a participação do  investimento 
da empresa Luz Azul S/A na empresa Três Lagoas S/A é de 25% 
do Patrimônio Líquido, entendendo‐se, assim, que a empresa Luz 
Azul S/A possui um direito equivalente a 25% da valorização do 
Patrimônio Líquido da empresa Três Lagoas S/A. 
Observe, agora, os procedimentos de apuração do valor da 
correção. 
O  Valor  do  investimento  atualizado  da  empresa  Luz  Azul 
S/A  na  empresa  Três  Lagoas  S/A  compreende  o  Patrimônio 
Líquido (PL) atual multiplicado pelo percentual do  investimento, 
que resulta em: 
 
 
 
 
 
 
2) Contabilizamos da seguinte forma: 
 
Bancos (Ativo)  Investimento – Três Lagoas S/A (Ativo) 
Valor do PL da Empresa Três 
Lagoas S/A  x 
Participação da Empresa Luz 
Azul S/A  = 
Valor da Participação 
950.000,00  25%  237.500,00 
Valor do Investimento 
original em 31/12/2001  ‐ 
Valor do Investimento corrigido 
em 31/12/2002  = 
Valor da atualização em 
31/12/2002 
237.500,00  190.000,00  47.500,00 
D –‐   Investimento em outras sociedades    
C –   Resultado da Equivalência Patrimonial  47.500,00 
Histórico  Receita  de  Participação  Societária  apurada  pelo  método  de Equivalência Patrimonial 
Com isso, a conta Investimentos em Outras Sociedades, 
no Balanço Patrimonial da empresa Luz Azul S/A, deverá receber 
uma atualização, pela diferença entre o valor atualizado e o custo 
de aquisição; então:
Em  31/12/2001,  o  Patrimônio  Líquido  da  empresa  Três 
Lagoas S/A era de R$ 760.000,00 e, em 31/12/2002, o Patrimônio 
Líquido  passa  a  ser  de  R$  950.000,00,  com um  aumento  de  R$ 
190.000,00 no período. 
Verificamos, portanto, que a participação do  investimento 
da empresa Luz Azul S/A na empresa Três Lagoas S/A é de 25% 
do Patrimônio Líquido, entendendo‐se, assim, que a empresa Luz 
Azul S/A possui um direito equivalente a 25% da valorização do 
Patrimônio Líquido da empresa Três Lagoas S/A. 
Observe, agora, os procedimentos de apuração do valor da 
correção. 
O  Valor  do  investimento  atualizado  da  empresa  Luz  Azul 
S/A  na  empresa  Três  Lagoas  S/A  compreende  o  Patrimônio 
Líquido (PL) atual multiplicado pelo percentual do  investimento, 
que resulta em: 
 
 
 
 
 
 
2) Contabilizamos da seguinte forma: 
 
Bancos (Ativo)  Investimento – Três Lagoas S/A (Ativo) 
Valor do PL da Empresa Três 
Lagoas S/A  x 
Participaçãoda Empresa Luz 
Azul S/A  = 
Valor da Participação 
950.000,00  25%  237.500,00 
Valor do Investimento 
original em 31/12/2001  ‐ 
Valor do Investimento corrigido 
em 31/12/2002  = 
Valor da atualização em 
31/12/2002 
237.500,00  190.000,00  47.500,00 
D –‐   Investimento em outras sociedades    
C –   Resultado da Equivalência Patrimonial  47.500,00 
Histórico  Receita  de  Participação  Societária  apurada  pelo  método  de Equivalência Patrimonial 
69© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 2 – ATIVO NÃO CIRCULANTE: REALIZÁVEL A LONGO PRAZO, INVESTIMENTO, IMOBILIZADO E 
INTANGÍVEL
2) Contabilizamos da seguinte forma:
 
Bancos (Ativo)  Investimento – Três Lagoas S/A (Ativo) 
300.000,00  190.000,00  190.000,00    
47.500,00    
Capital Social (PL)  Resultado da Equivalência Patrimonial 
300.000,00  47.500,00 
Lucros Acumulados 
47.500,00 
 
 
Balanço Patrimonial 
Ativo  Passivo Circulante 
Bancos  110.000,00  Patrimônio Líquido 
Não Circulante  Capital Social  300.000,00 
Investimentos  237.500,00  Lucros Acumulados  47.500,00 
Total  347.500,00  Total  347.500,00 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
D –‐   Investimento em outras sociedades    
C –   Resultado da Equivalência Patrimonial  47.500,00 
Histórico  Receita  de  Participação  Societária  apurada  pelo  método  de Equivalência Patrimonial 
Com a equivalência patrimonial, atualizamos o valor 
do investimento de acordo com a participação no Patrimônio 
Líquido da Investida. As atualizações podem ser positivas, como 
apresentado no exercício anterior, ou negativas, se o Patrimônio 
Líquido da Investida sofrer diminuição. Neste caso, devemos 
70 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 2 – ATIVO NÃO CIRCULANTE: REALIZÁVEL A LONGO PRAZO, INVESTIMENTO, IMOBILIZADO E 
INTANGÍVEL
calcular a participação, conforme apresentado anteriormente, 
e identificar o valor do ajuste, que deverá diminuir o valor dos 
investimentos societários.
O Valor do investimento atualizado da empresa Luz Azul 
S/A na empresa Três Lagoas S/A compreende o Patrimônio 
Líquido (PL) atual multiplicado pelo percentual do investimento, 
que resulta em:
Valor do PL da Empresa Três 
Lagoas S/A  x 
Participação da Empresa Luz 
Azul S/A  =  Valor da Participação 
650.000,00  25%  162.500,00 
 
 
 
 
 
 
Bancos (Ativo)  Investimento – Três Lagoas S/A (Ativo) 
300.000,00  190.000,00  190.000,00  27.500,00 
  
Capital Social (PL)  Resultado da Equivalência Patrimonial 
300.000,00  27.500,00    
Prejuízos Acumulados 
27.500,00    
 
Balanço Patrimonial 
Ativo  Passivo Circulante 
Bancos  110.000,00  Patrimônio Líquido 
Não Circulante  Capital Social  300.000,00 
Investimentos  162.500,00  Lucros Acumulados  –27.500,00 
Total  272.500,00  Total  272.500,00 
 
Valor do Investimento 
original em 31/12/2001  ‐ 
Valor do Investimento 
corrigido em 31/12/2002  = 
Valor da atualização 
em 31/12/2002 
190.000,00  162.500,00  27.500,00 
D –   Resultado da Equivalência Patrimonial    
C –   Investimento em outras sociedades  27.500,00 
Histórico  Receita  de  Participação  Societária  apurada  pelo método de Equivalência Patrimonial 
Com isso, a conta Investimentos em Outras Sociedades, 
no Balanço Patrimonial da empresa Luz Azul S/A, deverá receber 
uma atualização, pela diferença entre o valor atualizado e o custo 
de aquisição; então:
Valor do PL da Empresa Três 
Lagoas S/A  x 
Participação da Empresa Luz 
Azul S/A  =  Valor da Participação 
650.000,00  25%  162.500,00 
 
 
 
 
 
 
Bancos (Ativo)  Investimento – Três Lagoas S/A (Ativo) 
300.000,00  190.000,00  190.000,00  27.500,00 
  
Capital Social (PL)  Resultado da Equivalência Patrimonial 
300.000,00  27.500,00    
Prejuízos Acumulados 
27.500,00    
 
Balanço Patrimonial 
Ativo  Passivo Circulante 
Bancos  110.000,00  Patrimônio Líquido 
Não Circulante  Capital Social  300.000,00 
Investimentos  162.500,00  Lucros Acumulados  –27.500,00 
Total  272.500,00  Total  272.500,00 
 
Valor do Investimento 
original em 31/12/2001  ‐ 
Valor do Investimento 
corrigido em 31/12/2002  = 
Valor da atualização 
em 31/12/2002 
190.000,00  162.500,00  27.500,00 
D –   Resultado da Equivalência Patrimonial    
C –   Investimento em outras sociedades  27.500,00 
Histórico  Receita  de  Participação  Societária  apurada  pelo método de Equivalência Patrimonial 
3) Neste caso, devemos fazer a seguinte contabilização:
Valor do PL da Empresa Três 
Lagoas S/A  x 
Participação da Empresa Luz 
Azul S/A  =  Valor da Participação 
650.000,00  25%  162.500,00 
 
 
 
 
 
 
Bancos (Ativo)  Investimento – Três Lagoas S/A (Ativo) 
300.000,00  190.000,00  190.000,00  27.500,00 
  
Capital Social (PL)  Resultado da Equivalência Patrimonial 
300.000,00  27.500,00    
Prejuízos Acumulados 
27.500,00    
 
Balanço Patrimonial 
Ativo  Passivo Circulante 
Bancos  110.000,00  Patrimônio Líquido 
Não Circulante  Capital Social  300.000,00 
Investimentos  162.500,00  Lucros Acumulados  –27.500,00 
Total  272.500,00  Total  272.500,00 
 
Valor do Investimento 
original em 31/12/2001  ‐ 
Valor do Investimento 
corrigido em 31/12/2002  = 
Valor da atualização 
em 31/12/2002 
190.000,00  162.500,00  27.500,00 
D –   Resultado da Equivalência Patrimonial    
C –   Investimento em outras sociedades  27.500,00 
Histórico  Receita  de  Participação  Societária  apurada  pelo método de Equivalência Patrimonial 
71© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 2 – ATIVO NÃO CIRCULANTE: REALIZÁVEL A LONGO PRAZO, INVESTIMENTO, IMOBILIZADO E 
INTANGÍVEL
Valor do PL da Empresa Três 
Lagoas S/A  x 
Participação da Empresa Luz 
Azul S/A  =  Valor da Participação 
650.000,00  25%  162.500,00 
 
 
 
 
 
 
Bancos (Ativo)  Investimento – Três Lagoas S/A (Ativo) 
300.000,00  190.000,00  190.000,00  27.500,00 
  
Capital Social (PL)  Resultado da Equivalência Patrimonial 
300.000,00  27.500,00    
Prejuízos Acumulados 
27.500,00    
 
Balanço Patrimonial 
Ativo  Passivo Circulante 
Bancos  110.000,00  Patrimônio Líquido 
Não Circulante  Capital Social  300.000,00 
Investimentos  162.500,00  Lucros Acumulados  –27.500,00 
Total  272.500,00  Total  272.500,00 
 
Valor do Investimento 
original em 31/12/2001  ‐ 
Valor do Investimento 
corrigido em 31/12/2002  = 
Valor da atualização 
em 31/12/2002 
190.000,00  162.500,00  27.500,00 
D –   Resultado da Equivalência Patrimonial    
C –   Investimento em outras sociedades  27.500,00 
Histórico  Receita  de  Participação  Societária  apurada  pelo método de Equivalência Patrimonial 
Valor do PL da Empresa Três 
Lagoas S/A  x 
Participação da Empresa Luz 
Azul S/A  =  Valor da Participação 
650.000,00  25%  162.500,00 
 
 
 
 
 
 
Bancos (Ativo)  Investimento – Três Lagoas S/A (Ativo) 
300.000,00  190.000,00  190.000,00  27.500,00 
  
Capital Social (PL)  Resultado da Equivalência Patrimonial 
300.000,00  27.500,00    
Prejuízos Acumulados 
27.500,00    
 
Balanço Patrimonial 
Ativo  Passivo Circulante 
Bancos  110.000,00  Patrimônio Líquido 
Não Circulante  Capital Social  300.000,00 
Investimentos  162.500,00  Lucros Acumulados  –27.500,00 
Total  272.500,00  Total  272.500,00 
 
Valor do Investimento 
original em 31/12/2001  ‐ 
Valor do Investimento 
corrigido em 31/12/2002  = 
Valor da atualização 
em 31/12/2002 
190.000,00  162.500,00  27.500,00 
D –   Resultado da Equivalência Patrimonial    
C –   Investimento em outras sociedades  27.500,00 
Histórico  Receita  de  Participação  Societária  apurada  pelo método de Equivalência Patrimonial 
Faremos, agora, uma breve explicação sobre sociedades 
coligadas e controladas. Entretanto, não nos aprofundaremos 
muito nesse assunto, pois ele será amplamente tratadoem outro 
momento do curso. Vejamos.
A Lei 6404/76 define que:
Artigo 243 – § 1º são coligadas as sociedades nas quais a 
investidora tenha influência significativa. (Redação dada pela 
Medida Provisória nº 449, de 2008.)
Artigo 243 – § 4º considera-se que há influência significativa 
quando a investidora detém ou exerce o poder de participar nas 
decisões das políticas financeira ou operacional da investida, 
72 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 2 – ATIVO NÃO CIRCULANTE: REALIZÁVEL A LONGO PRAZO, INVESTIMENTO, IMOBILIZADO E 
INTANGÍVEL
sem controlá-la. (Incluído pela Medida Provisória nº 449, de 
2008.)
Artigo 243 – § 5º é presumida influência significativa quando 
a investidora for titular de vinte por cento ou mais do capital 
votante da investida, sem controlá-la. (Incluído pela Medida 
Provisória nº 449, de 2008.)
Assim, serão considerados exemplos de evidências de influência 
na administração da coligada:
1) Participação nas suas deliberações sociais, inclusive com a 
existência de administradores comuns.
2) Poder de eleger ou destituir um ou mais de seus 
administradores.
3) Volume relevante de transações, inclusive com o fornecimento 
de assistência técnica ou informações técnicas essenciais para 
as atividades da investidora.
4) Significativa dependência tecnológica e/ou 
econômico-financeira.
5) Recebimento permanente de informações contábeis 
detalhadas, bem como de planos de investimento.
6) Uso comum de recursos materiais, tecnológicos ou humanos.
Os padrões internacionais determinam que a equivalência 
patrimonial seja aplicada aos investimentos em controladas 
e nas demais empresas em que haja influência significativa. 
Presume-se essa influência significativa quando o investimento 
representar 20% (vinte por cento) ou mais do capital votante 
da coligada. Nos casos de participação inferior a 20% (vinte por 
cento), a influência significativa tem de ser comprovada.
Imobilizado
Na contabilidade, como o próprio nome diz, o termo 
imobilizado refere-se aos itens da empresa que são fixos e que 
se destinam à manutenção de suas atividades.
73© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 2 – ATIVO NÃO CIRCULANTE: REALIZÁVEL A LONGO PRAZO, INVESTIMENTO, IMOBILIZADO E 
INTANGÍVEL
Segundo o item IV do artigo n° 179 da Lei 6.404/76, 
atualizado pela Lei 11.638/07, as contas do Ativo serão 
classificadas da seguinte forma:
No Ativo Imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens 
corpóreos destinados à manutenção das atividades da compa-
nhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive 
os decorrentes de operações que transfiram à companhia os 
benefícios, riscos e controle desses bens. (Redação dada pela 
Lei nº 11.638, de 2007.)
De acordo com Iudícibus et al (2007), entende-se que 
nesse grupo de contas do Balanço Patrimonial devem ser 
incluídos todos os itens de permanência duradoura destinados 
ao funcionamento das atividades normais da sociedade e de seu 
empreendimento, assim como os demais direitos exercidos com 
essa finalidade.
Corroborando essa definição, Marion (2009) diz que 
se entende como Ativo Imobilizado todo ativo de natureza 
permanente que é utilizado nas operações dos negócios de uma 
empresa e que não se destina à venda ou comercialização.
Existem três condições importantes que devem coexistir 
para a correta identificação de um Ativo Imobilizado:
• Possuir natureza relativamente permanente.
• Ser utilizado nas operações do negócio.
• Não se destinar à venda.
Os Ativos Imobilizados podem até ser negociados no caso 
de alguma eventualidade, como por necessidade de troca, por 
substituição ou mesmo por obsolescência. No entanto, isso não 
é comum a esse tipo de Ativos.
74 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 2 – ATIVO NÃO CIRCULANTE: REALIZÁVEL A LONGO PRAZO, INVESTIMENTO, IMOBILIZADO E 
INTANGÍVEL
De forma geral, os Ativos Imobilizados podem ser 
classificados em Tangíveis e Intangíveis; na visão de Marion 
(2009), eles possuem as seguintes características:
Tangíveis são aqueles ativos que possuem uma substância 
concreta, tais como:
• Edifícios e equipamentos: estão sujeitos à depreciação.
• Terrenos e obras de arte: não estão sujeitos à 
depreciação.
• Reservas minerais e florestais: sujeitos à exaustão.
Intangíveis são os ativos invisíveis, que não possuem forma 
física, que não podem ser tocados, como:
• Marcas e patentes.
• Fundo de comércio.
Os principais elementos do Ativo Imobilizado de uma 
empresa comercial são: Móveis e Utensílios, Veículos, Imóveis 
e Terrenos. 
A contabilização da aquisição de cada um deles será 
estudada separadamente, como abordaremos a seguir.
Móveis e Utensílios
Nas empresas comerciais, não há dificuldade para 
identificar quais são seus Móveis e Utensílios.
A contabilização da aquisição é simples; observe o exemplo 
prático apresentado a seguir:
75© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 2 – ATIVO NÃO CIRCULANTE: REALIZÁVEL A LONGO PRAZO, INVESTIMENTO, IMOBILIZADO E 
INTANGÍVEL
A Empresa Comercial Gama Ltda., em 31 de janeiro de 
20X9, possui a seguinte estrutura patrimonial:
• Bancos R$ 90.000,00
• Capital Social R$ 90.000,00
No dia 01 de fevereiro de 20X9, realiza a seguinte transação:
Compra à vista de um conjunto de mesa e cadeiras no valor 
de R$ 12.000,00, conforme NF 753 da Móveis Vila Maria Ltda.
 Bancos R$ 90.000,00 
 Capital Social R$ 90.000,00 
No  dia  01  de  fevereiro  de  20X9,  realiza  a  seguinte 
transação: 
Compra à vista de um conjunto de mesa e cadeiras no valor 
de R$ 12.000,00, conforme NF 753 da Móveis Vila Maria Ltda. 
 
Móveis e Utensílios 
Bancos  12.000,00 
Aquisição de mesa e cadeiras da Móveis Vila Maria Ltda. conforme NF 753 
 
Bancos (Ativo)  Móveis e Utensílios (Ativo) 
90.000,00  12.000,00  12.000,00    
Capital Social (PL) 
90.000,00 
 
Balanço  Patrimonial  da  Empresa  Gama  Ltda.  após  a 
aquisição dos Móveis e Utensílios. 
 
Balanço Patrimonial 
Ativo 
Passivo Circulante    Bancos  78.000,00 
Não Circulante 
Imobilizado  Patrimônio Líquido 
Móveis e Utensílios  12.000,00  Capital Social  90.000,00 
Total  90.000,00  Total  90.000,00 
 
Veículos 
Todas as  aquisições de veículos  realizadas pelas empresas 
devem  ser  registradas  na  conta  Veículos,  a  qual  inclui  veículos 
leves e pesados. 
Balanço Patrimonial da Empresa Gama Ltda. após a 
aquisição dos Móveis e Utensílios.
 Bancos R$ 90.000,00 
 Capital Social R$ 90.000,00 
No  dia  01  de  fevereiro  de  20X9,  realiza  a  seguinte 
transação: 
Compra à vista de um conjunto de mesa e cadeiras no valor 
de R$ 12.000,00, conforme NF 753 da Móveis Vila Maria Ltda. 
 
Móveis e Utensílios 
Bancos  12.000,00 
Aquisição de mesa e cadeiras da Móveis Vila Maria Ltda. conforme NF 753 
 
Bancos (Ativo)  Móveis e Utensílios (Ativo) 
90.000,00  12.000,00  12.000,00    
Capital Social (PL) 
90.000,00 
 
Balanço  Patrimonial  da  Empresa  Gama  Ltda.  após  a 
aquisição dos Móveis e Utensílios. 
 
Balanço Patrimonial 
Ativo 
Passivo Circulante    Bancos  78.000,00 
Não Circulante 
Imobilizado  Patrimônio Líquido 
Móveis e Utensílios  12.000,00  Capital Social  90.000,00 
Total  90.000,00  Total  90.000,00 
 
Veículos 
Todas as  aquisições de veículos  realizadas pelas empresas 
devem  ser  registradas  na  conta  Veículos,  a  qual  inclui  veículos 
leves e pesados. 
76 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 2 – ATIVO NÃO CIRCULANTE: REALIZÁVEL A LONGO PRAZO, INVESTIMENTO, IMOBILIZADO E 
INTANGÍVEL
Veículos
Todas as aquisições de veículos realizadas pelas empresas 
devem ser registradas na conta Veículos, a qual inclui veículos 
leves e pesados.
A contabilização da aquisição é simples e assemelha-se à 
compra dos Móveis e Utensílios.
Continuando com os saldos da Empresa Comercial Gama 
Ltda., em março de 20X9,realiza-se a compra de um Veículo. 
Observe, no exemplo a seguir, como se faz o lançamento dessa 
aquisição.
A empresa Comercial Gama Ltda. adquiriu o Veículo 
Marfim, ano 20X3, por R$ 4.000,00 à vista, conforme certificado 
de propriedade nº 795.127, chassi JS599123 e NF 1235 da 
Concessionária Quatro Portas S/A.
 
D –   Veículos 
C –   Bancos  4.000,00 
Histórico 
Aquisição  de  Veículo  Marfim,  ano  20X3,  certificado  de 
propriedade  795.127,  chassi  JS599123  e  NF  1235  da 
Concessionária Quatro Portas S/A. 
 
Bancos (Ativo)  Móveis e Utensílios (Ativo) 
90.000,00  12.000,00  12.000,00    
4.000,00 
Veículos (Ativo)  Capital Social (PL) 
4.000,00     90.000,00 
 
Balanço  Patrimonial  da  Empresa  Gama  Ltda.  após  a 
aquisição do Veículo. 
 
Balanço Patrimonial 
Ativo 
Passivo Circulante    Bancos  74.000,00 
Não Circulante 
Imobilizado  Patrimônio Líquido 
Móveis e Utensílios  12.000,00  Capital Social  90.000,00 Veículos  4.000,00 
Total  90.000,00  Total  90.000,00 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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INTANGÍVEL
Balanço Patrimonial da Empresa Gama Ltda. após a 
aquisição do Veículo.
 
D –   Veículos 
C –   Bancos  4.000,00 
Histórico 
Aquisição  de  Veículo  Marfim,  ano  20X3,  certificado  de 
propriedade  795.127,  chassi  JS599123  e  NF  1235  da 
Concessionária Quatro Portas S/A. 
 
Bancos (Ativo)  Móveis e Utensílios (Ativo) 
90.000,00  12.000,00  12.000,00    
4.000,00 
Veículos (Ativo)  Capital Social (PL) 
4.000,00     90.000,00 
 
Balanço  Patrimonial  da  Empresa  Gama  Ltda.  após  a 
aquisição do Veículo. 
 
Balanço Patrimonial 
Ativo 
Passivo Circulante    Bancos  74.000,00 
Não Circulante 
Imobilizado  Patrimônio Líquido 
Móveis e Utensílios  12.000,00  Capital Social  90.000,00 Veículos  4.000,00 
Total  90.000,00  Total  90.000,00 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imóveis
A aquisição de Imóveis envolve mais do que a simples 
entrada do bem no Ativo da empresa. Além da contabilização da 
compra, é necessário considerar os gastos com cartório, ou seja, 
gastos com a transição do Imóvel e seu registro, que passam a 
incorporar o valor de aquisição do bem.
Continuando com os saldos, a Empresa Comercial Gama 
Ltda., em abril de 20X9, realiza a compra de um Imóvel. A empresa 
adquiriu, da Imobiliária Bom Pastor Ltda., um prédio comercial no 
valor de R$ 20.000,00, que se situa na Rua Desembargador Martins 
e tem uma área construída de 300 m². O valor foi pago totalmente 
à vista, conforme cheque emitido no valor de R$ 20.000.
Além disso, houve despesas gerais com a aquisição do 
imóvel, que totalizaram o valor de R$ 2.500,00, pago à vista, em 
cheque. As despesas foram as seguintes:
78 © CONTABILIDADE COMERCIAL
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INTANGÍVEL
• Cartório: R$ 500,00
• Registro: R$ 250,00
• Transmissão do imóvel: R$ 1.750,00
D –   Imóveis 
C –   Bancos  20.000,00 
Histórico  Aquisição  de  um  prédio  comercial  situado  à  Rua Desembargador Martins, com área construída de 300 m² 
D –   Imóveis 
C –   Bancos  2.500,00 
Histórico 
Pagamento  das  despesas  com  a  aquisição  do  imóvel  assim 
discriminadas: Transmissão, R$ 1750,00, Cartório, R$ 500,00 e 
Registro, R$ 250,00 
 
Bancos (Ativo)  Móveis e Utensílios (Ativo) 
90.000,00  12.000,00  12.000,00    
4.000,00 
20.000,00  Capital Social (PL) 2.500,00 
90.000,00 
Veículos (Ativo)  Imóveis (Ativo) 
4.000,00     20.000,00    
2.500,00    
 
Balanço  Patrimonial  da  Empresa  Gama  Ltda.  após  a 
aquisição do Imóvel. 
 
Balanço Patrimonial 
Ativo 
Passivo 
Circulante    
Bancos  51.500,00 
Não Circulante 
Imobilizado  Patrimônio Líquido 
Móveis e Utensílios  12.000,00  Capital Social  90.000,00 
79© CONTABILIDADE COMERCIAL
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INTANGÍVEL
Balanço Patrimonial da Empresa Gama Ltda. após a 
aquisição do Imóvel.
Registro, R$ 250,00 
 
Bancos (Ativo)  Móveis e Utensílios (Ativo) 
90.000,00  12.000,00  12.000,00    
4.000,00 
20.000,00  Capital Social (PL) 2.500,00 
90.000,00 
Veículos (Ativo)  Imóveis (Ativo) 
4.000,00     20.000,00    
2.500,00    
 
Balanço  Patrimonial  da  Empresa  Gama  Ltda.  após  a 
aquisição do Imóvel. 
 
Balanço Patrimonial 
Ativo 
Passivo 
Circulante    
Bancos  51.500,00 
Não Circulante 
Imobilizado  Patrimônio Líquido 
Móveis e Utensílios  12.000,00 
Capital Social  90.000,00 Veículos  4.000,00 
Imóveis  22.500,00 
Total  90.000,00  Total  90.000,00 
 
 
 
Terrenos
No caso da aquisição de Terrenos, estes devem ser 
registrados numa conta específica, denominada Terrenos.
A contabilização da aquisição é simples e assemelha-se à 
da compra dos Móveis e Utensílios, do Veículo e do Imóvel.
Em maio de 20X9, é realizada a compra de um Terreno nas 
seguintes condições:
A empresa Comercial Beta Ltda. adquiriu à vista, da 
Imobiliária Bom Pastor Ltda., um terreno no valor de R$ 
10.000,00, localizado à Rua 15 de Novembro nº 2000, com 1.000 
m2, conforme escritura nº 209.390.
80 © CONTABILIDADE COMERCIAL
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INTANGÍVEL
 
Bancos (Ativo)  Móveis e Utensílios (Ativo) 
90.000,00  12.000,00  12.000,00    
4.000,00 
20.000,00  Imóveis (Ativo) 2.500,00 
10.000,00  20.000,00    
Veículos (Ativo)  2.500,00    
4.000,00     Capital Social (PL) 
Terrenos (Ativo)  90.000,00 
10.000,00    
 
Balanço Patrimonial 
Ativo 
Passivo Circulante    Bancos  41.500,00 
Não Circulante 
Imobilizado  Patrimônio Líquido 
Móveis e Utensílios  12.000,00 
Capital Social  90.000,00 Veículos  4.000,00 Imóveis  22.500,00 
Terrenos  10.000,00 
Total  90.000,00  Total  90.000,00 
 
 
 
 
 
 
 
 
D –   Terrenos 
C –   Bancos  10.000,00 
Histórico  Aquisição de um terreno sito à Rua 15 de Novembro nº 2000, com 1.000 m² conforme escritura nº 209.390 
Transferência de benefícios, riscos e controle de bens do 
Imobilizado
O artigo n° 179 da Lei 6.404/76, atualizado pela Lei 
11.638/07, diz que as contas do Ativo deverão ser classificadas 
do seguinte modo:
81© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 2 – ATIVO NÃO CIRCULANTE: REALIZÁVEL A LONGO PRAZO, INVESTIMENTO, IMOBILIZADO E 
INTANGÍVEL
IV – no Ativo Imobilizado: os direitos que tenham por objeto 
bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da 
companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, 
inclusive os decorrentes de operações que transfiram à 
companhia os benefícios, riscos e controle desses bens. 
(Redação dada pela Lei nº 11.638, de 2007.)
Iudícibus et al (2008) dizem que as benfeitorias realizadas 
em propriedades de terceiros devem ser reconhecidas como um 
Ativo da entidade na forma de bens não pertencentes à entidade.
Outra mudança ocorre com os bens adquiridos por meio 
de leasing financeiro, que passam a ser incluídos nos Ativos da 
entidade quando existir a transferência de riscos e benefícios. 
Com isso, esse bem deverá ser incorporado ao Ativo Imobilizado 
da entidade, mesmo que juridicamente não pertença a ela.
Intangível
A Lei 11.638/2007 estabelece que devem ser registrados 
no Intangível os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos 
destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa 
finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido.
De acordo com Iudícibus et al (2008), os Ativos Intangíveis 
não corpóreos, que estavam registrados no Ativo Imobilizado, 
devem passar agora para o grupo de Ativos Intangíveis, que 
também incluirá Ativos que estavam em outros lugares que não 
o Imobilizado.
O artigo n° 179 da Lei6.404/76, atualizado pela Lei 
11.638/07, diz que as contas do Ativo deverão ser classificadas 
do seguinte modo:
82 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 2 – ATIVO NÃO CIRCULANTE: REALIZÁVEL A LONGO PRAZO, INVESTIMENTO, IMOBILIZADO E 
INTANGÍVEL
VI – no Intangível: os direitos que tenham por objeto bens 
incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou 
exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio 
adquirido. (Incluído pela Lei nº 11.638, de 2007.)
Alguns bens que, por suas naturezas, não possuem massa 
física, portanto não podem ser tocados, fazem parte do grupo do 
Ativo Intangível.
Segundo Marion (2004), os principais exemplos são:
•	 Fundo de Comércio (Goodwill): consiste na 
reputação da empresa no ambiente em que atua.
Como sabemos, a determinação do valor do Fundo de 
Comércio e a sua associação com as futuras receitas e os futuros 
períodos que serão beneficiados são alguns dos problemas que 
têm merecido as mais diversas soluções.
Em alguns empreendimentos, o valor do “Fundo de 
Comércio” é determinado como o valor pago a maior pelo Ativo 
de uma empresa adquirida.
•	 Outros Intangíveis são: o Ponto Comercial, os 
Direitos Autorais, as Isenções ou as Licenças de 
Exploração, as Patentes relativas às Invenções e, 
também, a Marca de Indústria e Comércio.
De acordo com Marion (2009), um Ativo deve ser 
reconhecido no Balanço Patrimonial como Intangível se 
apresentar as seguintes características:
83© CONTABILIDADE COMERCIAL
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INTANGÍVEL
•	 Estiver acompanhado de provas de que os 
benefícios econômicos futuros esperados por esse 
Ativo serão gerados em favor da entidade.
•	 Possibilitar a mensuração com segurança do seu 
custo.
•	 For identificável e separável, ou seja, 
conseguir ser separado da entidade e vendido, 
transferido, licenciado, alugado ou trocado, quer 
individualmente ou em conjunto, com o Ativo ou 
Passivo relacionado.
Redução do valor recuperável do Ativo (Impairment test)
A Lei 11.638/2007 estabeleceu novas diretrizes para a 
Avaliação de Bens do Ativo.
No parágrafo terceiro do artigo 183, temos que:
§ 3º A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise so-
bre a recuperação dos valores registrados no Imobilizado, no 
Intangível e no Diferido, a fim de que sejam:
I – Registradas as perdas de valor do capital aplicado quando 
houver decisão de interromper os empreendimentos ou ativi-
dades a que se destinavam ou quando comprovado que não 
poderão produzir resultados suficientes para recuperação des-
se valor; ou
II – Revisados e ajustados os critérios utilizados para determina-
ção da vida útil econômica estimada e para cálculo da deprecia-
ção, exaustão e amortização.
84 © CONTABILIDADE COMERCIAL
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2.2. DEPRECIAÇÃO
Agora, estudaremos os conceitos e as aplicações da 
Depreciação.
Na Contabilidade, a Depreciação refere-se ao efeito do 
tempo sobre os itens do Ativo Imobilizado, fazendo com que eles 
percam gradativamente seu valor.
Tal desvalorização deve-se ao fato de que, com o passar dos 
anos, esses elementos ficam obsoletos, ultrapassados ou perdem 
sua eficiência em decorrência do desgaste ou envelhecimento.
Deve-se, portanto, atualizar seu valor, considerando seu 
tempo de utilização ou aquisição.
O artigo n° 183 da Lei 6.404/76, atualizado pela Lei 
11.638/07, diz que no Balanço os elementos do Ativo serão 
avaliados de acordo com os seguintes critérios:
§ 2º A diminuição do valor dos elementos dos ativos Imobili-
zado, Intangível e Diferido será registrada periodicamente nas 
contas de: 
a) Depreciação, quando corresponder à perda do valor dos di-
reitos que têm por objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou 
perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência. 
(Redação dada pela Lei nº 11.638, de 2007.)
A Depreciação dos bens classificados no Ativo Imobilizado 
corresponde à diminuição parcelada do valor dos elementos ali 
classificáveis, resultando do desgaste pela utilização, pela ação 
da natureza ou da obsolescência normal do Ativo.
85© CONTABILIDADE COMERCIAL
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INTANGÍVEL
Em relação às causas que provocam a Depreciação, 
podemos citar:
•	 Desgaste pelo uso: com o passar do tempo, os 
bens do Ativo Imobilizado, que foram adquiridos 
para utilização da empresa, vão perdendo sua 
capacidade de produção e utilização, desgastando-
se naturalmente
•	 Ação do tempo: os bens do Ativo Imobilizado, 
quando expostos à ação do sol e da chuva, também 
sofrem pelo desgaste, diminuindo sua capacidade 
de produção e utilização
•	 Obsolescência: com a evolução da tecnologia 
existente no mercado, alguns itens do Ativo 
Imobilizado se tornam obsoletos, como: 
computadores, calculadoras etc.
Dessa forma, os elementos do Ativo Imobilizado deverão 
perder valor ao longo do tempo pela Depreciação, sendo que 
esses elementos compreendem:
1) Bens Móveis em geral
2) Edifícios e Construções
3) Biblioteca
4) Ferramentas
5) Máquinas e Instalações Industriais
6) Veículos em geral
86 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 2 – ATIVO NÃO CIRCULANTE: REALIZÁVEL A LONGO PRAZO, INVESTIMENTO, IMOBILIZADO E 
INTANGÍVEL
7) Tratores
8) Computadores e Periféricos (hardware)
Entretanto, não é permitida a Depreciação de alguns bens 
que compõem o Ativo Imobilizado como:
1) Terrenos, salvo em relação aos melhoramentos e 
construções.
2) Prédios e construções não alugados nem utilizados 
por seu proprietário na produção de seus 
rendimentos ou imóveis destinados à venda.
3) Bens que aumentam de valor com o tempo, como 
obras de arte ou antiguidades.
4) Bens em relação aos quais seja registrada quota de 
exaustão.
Para calcular o valor da Depreciação, torna-se necessário 
conhecer o tempo de vida útil do bem, o qual será determinado 
pelo tempo de sua utilização econômica.
O Fisco admite a utilização de diferentes taxas de 
Depreciação quando suportadas por laudo pericial do Instituto 
Nacional de Tecnologia, ou de outra entidade oficial de pesquisa 
científica (art. 310, do RIR/99).
A empresa também pode optar por acelerar a Depreciação 
de alguns de seus bens, caso suas horas diárias de funcionamento 
sejam atípicas.
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INTANGÍVEL
O valor do bem a ser utilizado para o cálculo da Depre-
ciação, ou seja, a base de cálculo da Depreciação, é o valor de 
seu custo, ou de sua reavaliação decorrente de novas avaliações 
efetuadas no Ativo Imobilizado.
Para não correr riscos de utilizar taxas indevidas, devemos 
consultar sempre a Receita Federal, bem como pesquisar o que 
diz a Lei 11.638/2007 sobre a reavaliação.
Quanto à contabilização, a Depreciação poderá ser lançada 
como:
Custo: quando a depreciação for relacionada com os bens 
imobilizados utilizados na produção
Despesa: quando a depreciação for relacionada com os de-
mais itens imobilizados utilizados pela empresa.
Para a contabilização da despesa com Depreciação, o lan-
çamento será descrito da seguinte forma:
D – Despesas de Depreciação
C – Depreciação Acumulada
 
Sendo,
Despesas de Depreciação: conta de despesa que representa 
o encargo econômico suportado pela empresa diminuindo o 
lucro. Essa conta figura na Demonstração de Resultados do 
Exercício.
Depreciação Acumulada: representa a conta credora que 
diminui o valor do bem imobilizado ao qual se refere. Figura no 
Balanço Patrimonial junto à conta que retifica.
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Para melhor compreensão e interpretação sobre a 
Depreciação, conheceremos alguns conceitos relevantes para 
esse contexto. São eles:
•	 Valor residual: é o valor de troca do bem, ou seja, a 
diferença entre o valor de compra do bem (original) 
e o valor a ser depreciado.
•	 Depreciação real: diferença entre o preço de um 
bem novo e seu valor de revenda após ter sido 
usado.
•	 Depreciação teórica: baseada em critério de uso e 
desvalorização.
Métodos de Depreciação
De acordo com a preferência ou necessidade de cada 
empresa, são utilizados vários métodos de Depreciação.
Agora, estudaremos os mais utilizados pela Contabilidade.
Método das Quotas Constantes
O Método das Quotas Constantes consiste em dividir o 
valor do bem (ou o total a depreciar) por sua vida útil (anos de 
vida).
Iudícibus et al (2009) dizem que esse método foi denominado 
impropriamente de linear em virtude da sua simplicidade, sendo 
o modelo utilizado pela grande maioria das empresas.
89© CONTABILIDADE COMERCIAL
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INTANGÍVEL
O resultado do Método das Quotas é encontrado por meio 
da fórmula:
D =
Co – Vr
n
Na qual:
D = Depreciação
Co = Custo original do bem
Vr = Valor residual do bem
n = período de vida útil
Método da Soma dos Dígitos dos Anos
Para calcular a depreciação por meio do Método da Soma 
dos Dígitos dos Anos, deveremos:
1º – Somar os algarismos componentes do número de anos 
de vida útil do bem.
Por exemplo, se a vida útil for de 5 anos, teremos: 1 + 2 + 
3 + 4 + 5 = 15.
2º - Cada ano terá uma taxa diferenciada de depreciação.
Cada taxa será uma fração, na qual o denominador é a 
soma dos algarismos, e o numerador para o 1º ano é “n”; para 
o 2º ano, é “n – 1”, para o 3º ano, “n – 2” e assim por diante, de 
acordo com o tempo de vida útil.
90 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 2 – ATIVO NÃO CIRCULANTE: REALIZÁVEL A LONGO PRAZO, INVESTIMENTO, IMOBILIZADO E 
INTANGÍVEL
Assim, mediante esses cálculos, obtém-se uma tabela de 
Depreciação como a que segue.
Consideremos que a vida útil de um bem seja de 5 anos:
ANO FRAÇÃO TAXA
1 5/15 0,33333
2 4/15 0,26667
3 3/15 0,20000
4 2/15 0,13333
5 1/15 0,06667
Na visão de Iudícibus et al (2009), esse método proporciona 
quotas de depreciação maiores no início e menores no término 
da vida útil do bem.
Nesse sentido, permite maior uniformidade nos custos 
com Depreciação, já que os bens, quando novos, necessitam de 
pouca manutenção e reparos.
Esse crescimento das despesas com manutenção e reparo, 
ao longo do tempo, seria compensado pelas quotas decrescentes 
de depreciação.
Dessa forma, o Método das Somas dos Dígitos dos Anos 
objetiva depreciar o bem com taxas menores no início da vida, e 
maiores no término.
No início da vida, os bens necessitam de pouca manutenção 
e reparos, o que tende a aumentar com o passar do tempo.
91© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 2 – ATIVO NÃO CIRCULANTE: REALIZÁVEL A LONGO PRAZO, INVESTIMENTO, IMOBILIZADO E 
INTANGÍVEL
Método de Unidades Produzidas
No caso da aplicação do Método de Unidades Produzidas, 
será utilizada como taxa de Depreciação a divisão do número de 
unidades produzidas, em determinado período, pelo total de 
unidades a serem produzidas durante toda a vida do bem a ser 
depreciado.
Nesse caso, utiliza-se a seguinte fórmula.
Qd =
nⁿ
N
Em que:
Qd = Quota de depreciação
nn = Nº de unidades produzidas no ano “n”
N = Nº de unidades a serem produzidas no decorrer da vida útil
Método de Horas Trabalhadas
O Método das Horas Trabalhadas assemelha-se ao Método 
de Unidades Produzidas.
Porém, nesse caso, utilizaremos as horas trabalhadas pelo 
bem a ser depreciado em vez de unidades produzidas.
Veja a seguir a aplicação da fórmula.
92 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 2 – ATIVO NÃO CIRCULANTE: REALIZÁVEL A LONGO PRAZO, INVESTIMENTO, IMOBILIZADO E 
INTANGÍVEL
Qd =
hⁿ
H
Na qual:
Qd = Quota de depreciação
hn = Nº de horas trabalhadas no ano “n”
H = Nº de horas a serem trabalhadas no decorrer da vida útil
2.3. EXAUSTÃO
Vamos conhecer agora a exaustão, ou seja, a perda de 
valor da exploração de recursos naturais, como jazidas minerais, 
minas, florestas, bosques e outros, cujo custo é distribuído 
durante o período em que serão explorados.
Para o cálculo da exaustão, utilizamos o Método de 
Unidades Extraídas, ou seja, é estabelecida uma porcentagem 
de recursos obtidos no período referente ao tempo total de 
posse da mina, jazida ou afins.
Esse percentual é aplicado sobre o custo de aquisição dos 
recursos explorados.
Observe o exemplo:
•	 Valor contábil da mina: R$ 120.000,00
•	 Estimativa total de minério na jazida (possança): 
250.000 t
•	 Extração no exercício: 35.000 t
93© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 2 – ATIVO NÃO CIRCULANTE: REALIZÁVEL A LONGO PRAZO, INVESTIMENTO, IMOBILIZADO E 
INTANGÍVEL
Calculando a exaustão, teremos:
Relação da extração anual com a possança
35.000 t
= 0,14 ou 14%
250.000 t
Exaustão Contábil = R$ 120.000,00 x 14% = R$ 16.800,00
Portanto, a exaustão nesse exemplo foi de R$ 16.800,00
D – Exaustão
C – Exaustão Acumulada 16.800,00
Histórico
Exaustão acumulada referente à exploração de jazida 
mineral
2.4. AMORTIZAÇÃO
A amortização consiste na eliminação gradativa e periódica 
do Ativo da empresa, principalmente do Ativo Diferido, como 
encargos do exercício, das imobilizações financeiras ou imateriais.
A Lei 11.941/09 extinguiu esse grupo de contas, com isso, 
os gastos que tiverem características de intangíveis deverão 
ser classificados como tal, caso contrário, deverão ser lançados 
diretamente como despesas do exercício.
Completando o conceito, podemos dizer que amortização 
é a recuperação econômica do capital aplicado em Despesas que 
contribuam para formação do resultado de mais de um exercício 
94 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 2 – ATIVO NÃO CIRCULANTE: REALIZÁVEL A LONGO PRAZO, INVESTIMENTO, IMOBILIZADO E 
INTANGÍVEL
social, como, por exemplo, despesas pré-operacionais, despesas 
com pesquisa e desenvolvimento de novos produtos.
Também se incluem os Direitos cuja existência ou exercício 
tenha duração limitada ou, ainda, Bens cuja utilização tenha 
prazo legal ou contratual limitado, desde que em nenhuma 
hipótese caiba indenização, como:
1) Bens intangíveis ou direitos de uso, como patentes de 
invenção, fórmulas e processos de fabricação.
2) Investimento em bens que são revertidos ao poder 
concedente no final do prazo de concessão, com 
proposta nos termos da lei ou contrato que regule a 
concessão de serviço público.
3) Direitos autorais, licenças, autorizações para exploração 
de determinada atividade econômica, concessões para 
exploração de serviços públicos, bem como o custo de 
aquisição, prorrogação ou modificação de contratos de 
qualquer natureza, inclusive de exploração de fundos 
de comércio.
4) Custo das construções e benfeitorias em bens locados, 
arrendados ou cedidos por terceiros.
5) O valor dos direitos contratuais de exploração 
de florestas. A quota de amortização poderá ser 
subdividida em:
• Período de apuração anual: a quota de Amortização 
Dedutível, em cada período de apuração, será 
determinada pela aplicação da taxa anual de 
amortização sobre o valor original do capital 
aplicado ou das despesas registradas no Ativo 
Diferido (RIR/1999, art. 326).
95© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 2 – ATIVO NÃO CIRCULANTE: REALIZÁVEL A LONGO PRAZO, INVESTIMENTO, IMOBILIZADO E 
INTANGÍVEL
• Período de apuração inferior a 12 meses: se a 
Amortização tiver início ou terminar no curso do 
período de apuração anual, ou se este tiver duração 
inferior a doze meses, a taxa anual será ajustadaproporcionalmente ao período de amortização, 
quando for o caso (RIR/1999, art. 326, § 1º).
Além disso, a Amortização estará sujeita a dois prazos:
• Prazo mínimo de cinco anos para fins fiscais.
• Prazo máximo de dez anos, que é aplicável a todas as 
pessoas jurídicas que possuam escrituração contábil 
regular.
Para a contabilização de Amortização, o lançamento será 
descrito da seguinte forma:
D – Despesas com Amortização
C – Amortização Acumulada
Vale ressaltar que não devemos confundir Amortização 
com Depreciação. A principal distinção está no fato de que 
a Depreciação se refere à perda de valor de bens materiais, 
enquanto a Amortização se refere à perda de valor de bens 
imateriais ou de imobilização financeira.
É importante lembrar, também, que:
•	 Depreciação: utilizado para bens materiais, 
corpóreos.
•	 Exaustão: utilizado para recursos naturais, minerais.
•	 Amortização: utilizado para bens imateriais, não 
corpóreos.
96 © CONTABILIDADE COMERCIAL
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INTANGÍVEL
Vídeo complementar –––––––––––––––––––––––––––––––
Neste momento, é fundamental que você assista ao vídeo complementar 2.
•	 Para assistir ao vídeo pela Sala de Aula Virtual, clique na aba Videoaula, 
localizada na barra superior. Em seguida, busque pelo nome da disciplina 
para abrir a lista de vídeos.
•	 Caso você adquira o material por meio da loja virtual, receberá também um 
CD contendo os vídeos complementares, os quais são parte integrante do 
material. 
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR
O Conteúdo Digital Integrador é a condição necessária 
e indispensável para você compreender integralmente os 
conteúdos apresentados nesta unidade.
3.1. INVESTIMENTOS
Toda informação contábil é de suma importância, 
pois há vários usuários desta, e no mercado de capitais não 
seria diferente; essas informações hoje são apresentadas 
a: investidores, fornecedores e outros credores, clientes, 
financiadores, instituições governamentais de todos os níveis, 
associações e sindicatos, empregados, controladores, acionistas, 
administradores da própria entidade e outros públicos em geral. 
O contador é visto como peça-chave para a tomada de decisões, 
uma vez que leva à sociedade conhecimento e estratégias 
aplicáveis ao investimento realizado, investimento esse que 
pode não ser realizado de forma correta justamente por falta 
de informação. Sendo assim, o contador se constitui como 
um elemento-chave para tomadas de decisão, demonstrando 
97© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 2 – ATIVO NÃO CIRCULANTE: REALIZÁVEL A LONGO PRAZO, INVESTIMENTO, IMOBILIZADO E 
INTANGÍVEL
pontos positivos e negativos, melhores formas de rentabilidade, 
como também percentuais de impostos dentro do mercado de 
capitais, a fim de trazer benefícios aos seus usuários, que, assim 
como em qualquer empresa, visam a menos despesas e maior 
lucro. Para que esses conceitos se fixem em sua memória, sugiro 
que leia o artigo:
•	 SANTOS, M. R. dos. O Contador como Consultor 
Financeiro no Mercado de Capitais. Disponível 
em: <https://www.nucleodoconhecimento.com.
br/contabilidade/contador-consultor-financeiro>. 
Acesso em: 29 maio 2019.
3.2. IMOBILIZADO
Com a expansão do comércio mundial e a internacionalização 
das empresas, fez-se necessária a criação de uma linguagem 
comum no mundo dos negócios, principalmente em se tratando 
de informações financeiras, visto que são a principal fonte de 
informações disponível para o investidor que deseja realizar uma 
análise a respeito de tantas alternativas possíveis para aplicar 
seus recursos.
Para atender às novas normas e adequar-se às proposições 
dos CPCs, as empresas precisam adaptar suas demonstrações 
contábeis. Dessa forma, possivelmente, a adoção dos CPCs 
impactam no Imobilizado das empresas brasileiras, e, diante 
disso, é necessário identificar esses impactos no Imobilizado 
após a adoção das IFRS pela contabilidade brasileira.
Para que entenda um pouco mais sobre esse tema, 
proponho que leia o artigo referenciado a seguir:
98 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 2 – ATIVO NÃO CIRCULANTE: REALIZÁVEL A LONGO PRAZO, INVESTIMENTO, IMOBILIZADO E 
INTANGÍVEL
•	 CASANOVA, D. S. et al. Impactos observados no 
imobilizado das empresas após a adoção das 
IFRS pela contabilidade brasileira. Disponível em: 
<http://cac-php.unioeste.br/eventos/cingen/
art igos_site/convert ido/6_Contabi l idade_
Internac iona l/ Impactos_obser vados_no_
imobilizado_das_empresas_apos_a_adocao_das_
IFRS_pela_contabilidade_brasileira>. Acesso em: 
29 maio 2019.
3.3. INTANGÍVEL
A globalização e os avanços da tecnologia da informação 
estão acirrando a competição entre as empresas, forçando-as, 
cada vez mais, a se diferenciarem de seus concorrentes.
Ativos intangíveis, como marcas, patentes, concessões 
públicas e capital intelectual, por exemplo, são ativos singulares, 
cujas características únicas poderiam permitir a diferenciação 
entre as empresas e a obtenção de vantagens competitivas.
Nesse contexto, inúmeros autores têm afirmado que a 
geração de riqueza nas empresas estaria diretamente relacionada 
com os ativos intangíveis, pois eles seriam responsáveis por 
desempenhos econômicos superiores e pela geração de valor 
aos acionistas; ainda, uma maior presença de ativos intangíveis 
não contabilizados poderia explicar as lacunas entre o valor de 
mercado das empresas e o valor refletido pela contabilidade 
tradicional.
Para saber mais, sugiro que leia o artigo indicado a seguir:
99© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 2 – ATIVO NÃO CIRCULANTE: REALIZÁVEL A LONGO PRAZO, INVESTIMENTO, IMOBILIZADO E 
INTANGÍVEL
•	 PEREZ, M. M. et al. Ativos intangíveis e o 
desempenho empresarial. Disponível em: < http://
www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pi
d=S1519-70772006000100002>. Acesso em: 29 
maio 2019.
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante 
para testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em 
responder as questões a seguir, você deverá revisar os conteúdos 
estudados para sanar as suas dúvidas.
1) Conceitue e defina os seguintes itens do Ativo Não Circulante:
a) Investimentos.
b) Imobilizado.
c) Intangível.
d) Depreciação.
e) Exaustão.
f) Amortização.
5. CONSIDERAÇÕES
Embora a contabilização das operações ocorridas com 
o Ativo Não Circulante não contemple toda a atividade das 
empresas comerciais, é importante que conheçamos seus 
aspectos.
Esta unidade teve, portanto, o objetivo de apresentar 
conceitos e identificar a composição do Ativo Não Circulante, de 
modo a lhe abrir o horizonte quanto a esse grupo tão significativo 
do Ativo.
100 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 2 – ATIVO NÃO CIRCULANTE: REALIZÁVEL A LONGO PRAZO, INVESTIMENTO, IMOBILIZADO E 
INTANGÍVEL
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
IUDÍCIBUS, S. de; MARTINS, E.; GELBCKE, E. R. Manual de contabilidade das sociedades 
por ações. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
MARION, J. C. Contabilidade empresarial. 15. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
RIBEIRO, O. M. Contabilidade avançada. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
101
UNIDADE 3
FOLHA DE PAGAMENTO
Objetivos 
• Conceituar Folha de Pagamento e seus devidos impostos.
Conteúdos 
• Conceito e contabilização da Folha de Pagamento.
• Descontos e abatimentos de salários.
• Adiantamentos a empregados e Salário-família.
• Encargos da empresa (Contribuição Previdenciária e FGTS).
• Férias.
• 13º Salário.
Orientações para o estudo da unidade
Antes de iniciar o estudo desta unidade, leia as orientações a seguir:
1) Memorize sempre os assuntos que mais lhe chamarem atenção nesta 
unidade, observando atentamente cada detalhe.
2) Fique atento às questões autoavaliativas e certifique-se de que não hajadúvidas sobre elas. Estude sempre os conteúdos e peça ajuda ao tutor, se 
necessário.
3) Para melhor compreensão do conteúdo, faça resumo de estudos, desenhe 
gráficos e resolva os exercícios propostos no final da unidade.
102 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 3 – FOLHA DE PAGAMENTO
1. INTRODUÇÃO 
Nesta unidade, vamos aprender um pouco a respeito da 
Folha de Pagamento e de como ela se relaciona com o setor 
contábil das empresas.
Entenderemos como se processa uma Folha de Pagamento 
e os tributos, bem como as obrigações que as empresas têm em 
relação aos funcionários e ao governo.
Assim, no decorrer desta unidade, vamos conhecer 
um pouco sobre os conceitos inerentes à Fopag – Folha de 
Pagamento.
Vejamos as definições conceituais desses temas.
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA
O Conteúdo Básico de Referência apresenta, de 
forma sucinta, os temas abordados nesta unidade. Para sua 
compreensão integral, é necessário o aprofundamento pelo 
estudo do Conteúdo Digital Integrador. 
2.1. FOLHA DE PAGAMENTO
A Folha de Pagamento é um documento que relaciona os 
nomes dos empregados da empresa, o valor bruto dos salários, 
os descontos ou abatimentos e o valor líquido a receber.
A Folha de Pagamento, por mais simples que seja, 
apresenta, no mínimo, os seguintes elementos:
•	 Valor bruto dos salários
103© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 3 – FOLHA DE PAGAMENTO
•	 Valor da contribuição de Previdência que é 
descontado dos salários
•	 Valor líquido a receber
Além dessas despesas totais com os salários, a empresa, 
por sua vez, terá os encargos com a contribuição à Previdência, 
que se refere à parte patronal, e com o Fundo de Garantia do 
Tempo de Serviço (FGTS).
Por exemplo: em uma empresa que efetua seus pagamentos 
na base mensal, os empregados trabalham durante o mês e 
recebem seus salários somente no mês seguinte.
No final de cada mês, a empresa elabora a Folha de 
Pagamento e efetua os registros de apropriação da referida 
Folha.
No mês seguinte, a empresa efetuará o pagamento dos 
empregados e procederá aos recolhimentos necessários.
Contabilização da Folha de Pagamento
A contabilização da Folha de Pagamento é feita em duas 
etapas:
•	 Primeira etapa: no último dia útil do mês, quando 
a Folha é elaborada, são efetuados os lançamentos 
de apropriação das despesas com salários e com os 
encargos, baseados na própria Folha.
•	 Segunda etapa: no mês seguinte, são efetuados 
os lançamentos da liquidação da Folha, 
104 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 3 – FOLHA DE PAGAMENTO
correspondentes ao pagamento líquido aos 
empregados, bem como ao recolhimento da 
contribuição de Previdência, Fundo de Garantia 
do Tempo de Serviço (FGTS), Imposto de Renda ou 
outros recolhimentos, mediante o preenchimento 
dos formulários necessários.
Na Folha de Pagamento, constam:
1) Total bruto dos salários.
2) Deduções dos salários brutos (retenções da Folha).
3) Salário-família.
4) Líquido a receber.
Conforme a Legislação atual, o empregado assalariado 
regido pela CLT – Consolidação das Leis do Trabalho está obrigado 
a contribuir com a Previdência Social.
A Contribuição Social varia conforme a faixa salarial de cada 
empregado e é calculada mediante a aplicação de uma alíquota 
(%) sobre o salário de contribuição.
Tanto o salário de contribuição como as alíquotas estão 
sujeitos a alterações constantes pela Legislação.
Vejamos as alíquotas na tabela a seguir:
Percentual de contribuição vigente a partir de 01/01/2019
105© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 3 – FOLHA DE PAGAMENTO
Tanto  o  salário  de  contribuição  como  as  alíquotas  estão 
sujeitos a alterações constantes pela Legislação. 
Vejamos as alíquotas na tabela a seguir: 
 
Percentual de contribuição vigente a partir de 01/01/2019 
 
  
Salário de Contribuição  Alíquota para recolhimento INSS 
até 1.659,38  8% 
de 1.659,39 a 2.765,66  9% 
de 2.765,67 a 5.531,31  11% 
Valor máximo (Teto)  608,44 
 
A  tabela  acima  indica  o  percentual  de  contribuição  que 
deverá  ser  recolhido  por  parte  do  empregado,  o  qual  será 
descontado de seu holerite. 
A  empresa  deve  se  encarregar  do  recolhimento, 
juntamente  com  a  parte  que  lhe  compete,  por  meio  do 
documento denominado Guia da Previdência Social (GPS). 
A apropriação da Folha de Pagamento ficará da 
seguinte forma: 
 
 
 
D –   Despesa com Salários 
C –   Salários a Pagar (Passivo)  1.000,00 
Histórico  Valor dos salários do mês 
 
 
Observação: Salários = Débito numa conta de Despesa. Com esse 
débito, apropriamos o valor bruto da Folha de Pagamento. 
Salários a Pagar = Crédito numa conta de Obrigação (Passivo). 
Com  esse  crédito,  registramos  o  valor  da  obrigação  que  a 
empresa terá para com seus empregados. 
 
A tabela acima indica o percentual de contribuição que 
deverá ser recolhido por parte do empregado, o qual será 
descontado de seu holerite.
A empresa deve se encarregar do recolhimento, juntamente 
com a parte que lhe compete, por meio do documento 
denominado Guia da Previdência Social (GPS).
A apropriação da Folha de Pagamento ficará da seguinte 
forma:
Tanto  o  salário  de  contribuição  como  as  alíquotas  estão 
sujeitos a alterações constantes pela Legislação. 
Vejamos as alíquotas na tabela a seguir: 
 
Percentual de contribuição vigente a partir de 01/01/2019 
 
  
Salário de Contribuição  Alíquota para recolhimento INSS 
até 1.659,38  8% 
de 1.659,39 a 2.765,66  9% 
de 2.765,67 a 5.531,31  11% 
Valor máximo (Teto)  608,44 
 
A  tabela  acima  indica  o  percentual  de  contribuição  que 
deverá  ser  recolhido  por  parte  do  empregado,  o  qual  será 
descontado de seu holerite. 
A  empresa  deve  se  encarregar  do  recolhimento, 
juntamente  com  a  parte  que  lhe  compete,  por  meio  do 
documento denominado Guia da Previdência Social (GPS). 
A apropriação da Folha de Pagamento ficará da 
seguinte forma: 
 
 
 
D –   Despesa com Salários 
C –   Salários a Pagar (Passivo)  1.000,00 
Histórico  Valor dos salários do mês 
 
 
Observação: Salários = Débito numa conta de Despesa. Com esse 
débito, apropriamos o valor bruto da Folha de Pagamento. 
Salários a Pagar = Crédito numa conta de Obrigação (Passivo). 
Com  esse  crédito,  registramos  o  valor  da  obrigação  que  a 
empresa terá para com seus empregados. 
 
Observação: Salários = Débito numa conta de Despesa. 
Com esse débito, apropriamos o valor bruto da Folha de 
Pagamento.
Salários a Pagar = Crédito numa conta de Obrigação 
(Passivo).
Com esse crédito, registramos o valor da obrigação que a 
empresa terá para com seus empregados.
106 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 3 – FOLHA DE PAGAMENTO
Registro das retenções sobre os salários dos empregados
 
D –   Salários a Pagar (Passivo) 
C –   Contribuições da Previdência a Recolher (Passivo)  80,00 
Histórico  Contribuições da Previdência a Recolher referentes a 8% do salário dos empregados, conforme Folha  
 
Salários a Pagar 
(Passivo) 
Contribuições da Previdência 
a Recolher (Passivo) 
80,00  1.000,00  80,00 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Observações: Salários a Pagar = Débito numa conta de 
Passivo.
Com esse débito, faremos a retenção da Contribuição 
Previdenciária por parte dos empregados.
Contribuições de Previdência a Recolher = Crédito numa 
conta de Passivo.
Representa a obrigação da empresa correspondente 
à Previdência Social paga pelos empregados, cuja obrigação 
transferimos da conta Salários a Pagar para essa conta.
Como observamos no primeiro lançamento, a conta 
Salários a Pagar foi creditada pelo Valor Bruto da Folha, e, no 
segundo lançamento, está sendo debitada para que seu saldo 
remanescente reflita o líquido que os empregados deverãoreceber.
107© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 3 – FOLHA DE PAGAMENTO
Apropriação dos Encargos Sociais
Neste tópico, conheceremos outras despesas que a 
empresa tem com a Folha de Pagamento além do valor bruto 
da Fopag correspondente aos salários. São o que chamamos de 
Encargos Sociais.
São eles:
Contribuição Previdenciária: parte referente à empresa 
que corresponde a 26,8% sobre o valor bruto da Folha.
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS): 
corresponde a 8% sobre o valor bruto da Folha, o qual será 
recolhido no nome dos empregados.
Os 26,8% devidos pela empresa sobre o total da Folha de 
Pagamento para a Previdência Social têm o seguinte destino:
Contribuição à Previdência Social (INSS) 20,00%
Risco de Acidente do Trabalho (RAT) 1,00%
21,00%
Para terceiros 
Salário-educação 2,50%
INCRA 0,20%
SENAI/SESI 1,00%
SENAC/SESC 1,50%
SEBRAE 0,60%
5,80%
A porcentagem destinada ao Risco de Acidente do 
Trabalho (RAT) poderá ser de 1%, 2% ou 3%, conforme o risco 
de acidente do trabalho da atividade preponderante da empresa 
seja considerado médio, leve ou grave.
108 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 3 – FOLHA DE PAGAMENTO
Os percentuais relativos às retenções sobre a Folha de 
Pagamento e à parte patronal podem ser frequentemente 
alterados pela Previdência Social.
Portanto, na prática, o contabilista deve ficar atento às 
possíveis mudanças na legislação federal para efetuar os cálculos 
corretamente.
Desse modo, baseado na Folha apresentada anteriormente, 
teremos:
Contribuição de Previdência (parte da empresa)
Salário‐educação  2,50% 
INCRA  0,20% 
SENAI/SESI  1,00% 
SENAC/SESC  1,50% 
SEBRAE  0,60% 
5,80% 
 
A porcentagem destinada ao Risco de Acidente do Trabalho 
(RAT) poderá ser de 1%, 2% ou 3%, conforme o risco de acidente 
do  trabalho  da  atividade  preponderante  da  empresa  seja 
considerado médio, leve ou grave. 
Os  percentuais  relativos  às  retenções  sobre  a  Folha  de 
Pagamento  e  à  parte  patronal  podem  ser  frequentemente 
alterados pela Previdência Social. 
Portanto,  na  prática,  o  contabilista  deve  ficar  atento  às 
possíveis mudanças na legislação federal para efetuar os cálculos 
corretamente. 
Desse modo, baseado na Folha apresentada anteriormente, 
teremos: 
 
Contribuição de Previdência (parte da empresa) 
 
 
 
26,8 x 1.000,00  =  268,00 100 
FGTS 
8 x 1.000,00  =  80,00 100 
 
 
 
 
 
Vamos proceder, agora, à apropriação da co ntribuição de 
Previdência (parte da empresa), que ficará:
 
 
Vamos  proceder,  agora,  à  apropriação  da  contribuição  de 
Previdência (parte da empresa), que ficará: 
 
D –   Encargos Sociais (Despesa) 
C –   Contribuições da Previdência a Recolher (Passivo)  268,00 
Histórico  Contribuições da Previdência a Recolher – 26,8% sobre a Folha de Pagamento do mês 
 
Encargos Sociais 
(Despesa) 
Contribuições da Previdência 
a Recolher (Passivo) 
268,00     80,00 
268,00 
 
Observe  que  debitamos  a  conta  Encargos  Sociais,  que  é 
conta de Despesa, a qual registra o valor do encargo (despesa), e 
creditamos  a  conta  Contribuições  de  Previdência  a  Recolher  (a 
mesma utilizada no registro das retenções dos empregados), pois 
a  empresa  tem  obrigação  de  recolher  a  referida  importância  à 
Previdência Social. 
 
Apropriação do FGTS 
A apropriação do FGTS ficará da seguinte maneira: 
 
D ‐   Encargos Sociais (Despesa) 
C ‐   FGTS a Recolher (Passivo)  80,00 
Histórico  FGTS a Recolher – 8% sobre a Folha de Pagamento do mês 
 
Encargos Sociais 
(Despesa)  FGTS a Recolher (Passivo) 
268,00     80,00 
80,00    
109© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 3 – FOLHA DE PAGAMENTO
Observe que debitamos a conta Encargos Sociais, que é 
conta de Despesa, a qual registra o valor do encargo (despesa), 
e creditamos a conta Contribuições de Previdência a Recolher 
(a mesma utilizada no registro das retenções dos empregados), 
pois a empresa tem obrigação de recolher a referida importância 
à Previdência Social.
Apropriação do FGTS
A apropriação do FGTS ficará da seguinte maneira:
 
 
Vamos  proceder,  agora,  à  apropriação  da  contribuição  de 
Previdência (parte da empresa), que ficará: 
 
D –   Encargos Sociais (Despesa) 
C –   Contribuições da Previdência a Recolher (Passivo)  268,00 
Histórico  Contribuições da Previdência a Recolher – 26,8% sobre a Folha de Pagamento do mês 
 
Encargos Sociais 
(Despesa) 
Contribuições da Previdência 
a Recolher (Passivo) 
268,00     80,00 
268,00 
 
Observe  que  debitamos  a  conta  Encargos  Sociais,  que  é 
conta de Despesa, a qual registra o valor do encargo (despesa), e 
creditamos  a  conta  Contribuições  de  Previdência  a  Recolher  (a 
mesma utilizada no registro das retenções dos empregados), pois 
a  empresa  tem  obrigação  de  recolher  a  referida  importância  à 
Previdência Social. 
 
Apropriação do FGTS 
A apropriação do FGTS ficará da seguinte maneira: 
 
D ‐   Encargos Sociais (Despesa) 
C ‐   FGTS a Recolher (Passivo)  80,00 
Histórico  FGTS a Recolher – 8% sobre a Folha de Pagamento do mês 
 
Encargos Sociais 
(Despesa)  FGTS a Recolher (Passivo) 
268,00     80,00 
80,00    
Nesse caso, debitamos a conta Encargos Sociais para 
registrar o valor dos encargos referentes ao FGTS (despesa) 
e creditamos a conta FGTS a Recolher para registrar a referida 
obrigação.
Com esse lançamento, encerramos os procedimentos 
necessários à apropriação da Folha de Pagamento, dentro do 
mês de sua competência.
110 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 3 – FOLHA DE PAGAMENTO
Vejamos, agora, a posição dos razonetes envolvidos após 
os lançamentos:
 
Nesse  caso,  debitamos  a  conta  Encargos  Sociais  para 
registrar  o  valor  dos  encargos  referentes  ao  FGTS  (despesa)  e 
creditamos  a  conta  FGTS  a  Recolher  para  registrar  a  referida 
obrigação. 
Com  esse  lançamento,  encerramos  os  procedimentos 
necessários  à  apropriação  da  Folha  de  Pagamento,  dentro  do 
mês de sua competência. 
Vejamos, agora, a posição dos razonetes envolvidos após os 
lançamentos: 
 
 
 
Despesa com Salários 
(Despesa)  Salários a Pagar (Passivo) 
1.000,00     80,00  1.000,00 
920,00 
Contribuições da 
Previdência a Recolher 
(Passivo) 
Encargos Sociais (Despesa) 
 
80,00  268,00    
268,00  80,00    
FGTS a Recolher 
(Passivo) 
80,00 
 
 
No mês seguinte ao da apropriação 
No  mês  seguinte,  a  empresa  efetuará  os  recolhimentos 
referentes às obrigações com a Folha de Pagamento, bem como 
o pagamento aos empregados. 
O  salário  dos  empregados  registrado  na  conta  Salários  a 
Pagar é de R$ 920,00 e deverá ser pago diretamente a eles. 
A  Contribuição  da  Previdência,  segundo  a  legislação 
própria, bem como o FGTS serão recolhidos nesse mesmo mês. 
Vejamos como ficam esses registros: 
No mês seguinte ao da apropriação
No mês seguinte, a empresa efetuará os recolhimentos 
referentes às obrigações com a Folha de Pagamento, bem como 
o pagamento aos empregados.
O salário dos empregados registrado na conta Salários a 
Pagar é de R$ 920,00 e deverá ser pago diretamente a eles.
A Contribuição da Previdência, segundo a legislação 
própria, bem como o FGTS serão recolhidos nesse mesmo mês.
Vejamos como ficam esses registros:
111© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 3 – FOLHA DE PAGAMENTO
 
 
D –   Salários a Pagar (Passivo) 
C –   Caixa (Ativo)  920,00 
Histórico  Pagamento Líquido aos empregados conforme Folha de Pagamento do mês 
D –   Contribuições da Previdência a Recolher (Passivo) 
C –   Caixa (Ativo)  348,00 
Histórico  Recolhimento conforme guia 
D –   FGTS a Recolher (Passivo) 
C –   Caixa (Ativo)  80,00 
Histórico  Recolhimento conforme guiaApós esses procedimentos, observe como ficaram as 
contas envolvidas em seus respectivos razonetes.
Observe, também, que as contas que registrarão as 
despesas com Salários e Encargos Sociais (estas serão encerradas 
por ocasião da apuração do Resultado do Exercício) e a conta 
Caixa (apenas como indicação) permaneceram abertas com 
saldo.
 
Após esses procedimentos, observe como ficaram as contas 
envolvidas em seus respectivos razonetes. 
Observe,  também,  que  as  contas  que  registrarão  as 
despesas com Salários e Encargos Sociais (estas serão encerradas 
por  ocasião  da  apuração  do  Resultado  do  Exercício)  e  a  conta 
Caixa  (apenas  como  indicação)  permaneceram  abertas  com 
saldo. 
 
Despesa com 
Salários (Despesa)  Salários a Pagar (Passivo) 
1.000,00     80,00  1.000,00 
920,00 
Contribuições da 
Previdência a 
Recolher (Passivo) 
Encargos Sociais (Despesa) 
348,00  80,00  268,00    
268,00  80,00    
FGTS a Recolher 
(Passivo)  Caixa (Ativo) 
80,00  80,00  2.000,00  920,00 
268,00 
   80,00 
732,00    
 
Salário‐família 
O  Salário‐família  é  um  auxílio  da  Previdência  Social  aos 
trabalhadores  de  baixa  renda  que  possuem  filhos  com  até  14 
anos de idade. 
112 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 3 – FOLHA DE PAGAMENTO
 
Após esses procedimentos, observe como ficaram as contas 
envolvidas em seus respectivos razonetes. 
Observe,  também,  que  as  contas  que  registrarão  as 
despesas com Salários e Encargos Sociais (estas serão encerradas 
por  ocasião  da  apuração  do  Resultado  do  Exercício)  e  a  conta 
Caixa  (apenas  como  indicação)  permaneceram  abertas  com 
saldo. 
 
Despesa com 
Salários (Despesa)  Salários a Pagar (Passivo) 
1.000,00     80,00  1.000,00 
920,00 
Contribuições da 
Previdência a 
Recolher (Passivo) 
Encargos Sociais (Despesa) 
348,00  80,00  268,00    
268,00  80,00    
FGTS a Recolher 
(Passivo)  Caixa (Ativo) 
80,00  80,00  2.000,00  920,00 
268,00 
   80,00 
732,00    
 
Salário‐família 
O  Salário‐família  é  um  auxílio  da  Previdência  Social  aos 
trabalhadores  de  baixa  renda  que  possuem  filhos  com  até  14 
anos de idade. 
Salário-família
O Salário-família é um auxílio da Previdência Social aos 
trabalhadores de baixa renda que possuem filhos com até 14 
anos de idade.
Segundo Ribeiro (2003), o valor do Salário-família pago por 
dependente é fixado periodicamente pela Previdência Social.
A empresa paga esse salário aos empregados e é 
reembolsada pela Previdência quando efetua os recolhimentos 
correspondentes à Folha de Pagamento.
Sobre o Salário-família, não incide nenhum desconto ou 
encargo.
Contabilmente, o valor do Salário-família é incluído na 
conta Salários a Pagar e deduzido da conta Contribuições de 
Previdência a Recolher.
113© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 3 – FOLHA DE PAGAMENTO
Vejamos um exemplo.
Imaginemos uma empresa comercial com cinco 
empregados, cuja Folha de Pagamento do mês foi composta da 
seguinte maneira:
Valor Bruto da Folha de Pagamento  1.200,00 
Previdência empregados (8%)  96,00 
Salário‐família (2 dependentes)  58,32 
Encargos Sociais  Previdência (26,8%)  321,60 FGTS (8%)  96,00 
 
 
 
 
D –   Despesa de Salários (Despesa) 
C –   Salários a Pagar (Passivo)  1.200,00 
Histórico  Elaboração da Folha de Pagamento referente ao mês X 
D –   Salários a Pagar (Passivo) 
C –   Contribuições da Previdência a Recolher (Passivo)  96,00 
Histórico  Retenção conforme Folha de Pagamento do mês X 
 
  
D –   Contribuições da Previdência a Recolher (Passivo) 
C –   Salários a Pagar (Passivo)  58,32 
Histórico  Salário‐família referente a 2 dependentes conforme Folha de Pagamento do mês X 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A contabilização dessa Folha de Pagamento será:
Valor Bruto da Folha de Pagamento  1.200,00 
Previdência empregados (8%)  96,00 
Salário‐família (2 dependentes)  58,32 
Encargos Sociais  Previdência (26,8%)  321,60 FGTS (8%)  96,00 
 
 
 
 
D –   Despesa de Salários (Despesa) 
C –   Salários a Pagar (Passivo)  1.200,00 
Histórico  Elaboração da Folha de Pagamento referente ao mês X 
D –   Salários a Pagar (Passivo) 
C –   Contribuições da Previdência a Recolher (Passivo)  96,00 
Histórico  Retenção conforme Folha de Pagamento do mês X 
 
  
D –   Contribuições da Previdência a Recolher (Passivo) 
C –   Salários a Pagar (Passivo)  58,32 
Histórico  Salário‐família referente a 2 dependentes conforme Folha de Pagamento do mês X 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
114 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 3 – FOLHA DE PAGAMENTO
Para registrar o Salário-família, debitamos a conta 
Contribuições de Previdência a Recolher e creditamos a conta 
Salários a Pagar.
Verifique, agora, após esses três lançamentos, a posição 
das contas envolvidas nos razonetes:
 
Para  registrar  o  Salário‐família,  debitamos  a  conta 
Contribuições  de  Previdência  a  Recolher  e  creditamos  a  conta 
Salários a Pagar. 
Verifique,  agora,  após  esses  três  lançamentos,  a  posição 
das contas envolvidas nos razonetes: 
 
Despesa com 
Salários (Despesa)  Salários a Pagar (Passivo) 
1.200,00     96,00  1.200,00 
58,32 
Contribuições da 
Previdência a 
Recolher (Passivo) 
58,32  96,00  
 
O  crédito  na  conta  Salários  a  Pagar  acarreta  aumento  no 
Valor Líquido que os empregados terão para receber; por outro 
lado, o débito na conta Contribuições de Previdência a Recolher 
reduz a obrigação da empresa para com a Previdência, refletindo, 
assim, a compensação para a empresa do pagamento do Salário‐
família, que ela fez diretamente aos empregados. 
Os  demais  procedimentos  são  idênticos  aos  dois  casos 
estudados anteriormente. 
Encargos complementares 
A  legislação  brasileira  do  Imposto  de  Renda,  ou  seja,  o 
Regulamento  do  Imposto  de  Renda  (RIR),  permite  que  as 
empresas  reconheçam  em  sua  contabilidade  e,  portanto, 
deduzam  como  despesa  daquele  período,  as  parcelas 
proporcionais  dos  direitos  adquiridos  pelos  funcionários  das 
empresas  a  título  de  férias  e  de  décimo  terceiro  salário,  bem 
como os encargos sociais incidentes sobre eles. 
O crédito na conta Salários a Pagar acarreta aumento no 
Valor Líquido que os empregados terão para receber; por outro 
lado, o débito na conta Contribuições de Previdência a Recolher 
reduz a obrigação da empresa para com a Previdência, refletindo, 
assim, a compensação para a empresa do pagamento do Salário-
família, que ela fez diretamente aos empregados.
Os demais procedimentos são idênticos aos dois casos 
estudados anteriormente.
Encargos complementares
A legislação brasileira do Imposto de Renda, ou seja, o 
Regulamento do Imposto de Renda (RIR), permite que as empresas 
115© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 3 – FOLHA DE PAGAMENTO
reconheçam em sua contabilidade e, portanto, deduzam como 
despesa daquele período, as parcelas proporcionais dos direitos 
adquiridos pelos funcionários das empresas a título de férias e de 
décimo terceiro salário, bem como os encargos sociais incidentes 
sobre eles.
Esse expediente permite que se aplique à contabilidade o 
que preconiza o Princípio da Competência.
Assim, como o direito às férias e ao décimo terceiro salário 
se dá na medida em que o empregado permanece na empresa, a 
cada fração de mês a empresa poderá reconhecer, como daquele 
mês, esses encargos sociais.
Provisão para férias
Todo empregado, após cada período de 12 meses de 
trabalho, terá direito a um mês de férias regulamentares, 
observando o limite de faltas estabelecido na Consolidação das 
Leis do Trabalho (CLT).
No mês em que estiver em férias, o empregado receberá o 
salário como se estivesse trabalhando.
Desse modo, a cadamês trabalhado, ou a cada fração 
superior a 14 dias, o empregado tem direito a 1/12 de 30 dias 
de férias.
Assim que o empregado recomeça a trabalhar, após gozar 
férias do período anterior, ele passa a fazer jus a 1/12 de 30 dias 
por mês, até que se complete novo período.
116 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 3 – FOLHA DE PAGAMENTO
Porém, em 31 de dezembro, ao encerrar o Exercício Social 
da empresa, ele terá direito proporcionalmente a 4/12 de 30 dias 
de férias.
Conforme o Princípio da Competência, as férias 
transcorridas e ainda não gozadas devem ser provisionadas, de 
modo a se incluir o referido valor como custo ou despesa do 
exercício.
A legislação atual permite que as empresas constituam, na 
época do Balanço, a Provisão para Férias.
O limite do saldo dessa Provisão deve ser determinado 
com base na remuneração mensal do empregado e no número 
de dias de férias a que já tiver direito.
O cálculo para determinar o valor da Provisão para Férias 
é efetuado multiplicando-se o número de dias de férias a que o 
empregado tem direito por 1/30 da sua remuneração mensal na 
época do Balanço, acrescido de 1/3 do salário, cujo ônus caberá 
à empresa.
Para entendermos melhor, suponhamos que uma empresa 
comercial tenha apenas um empregado e que este gozou suas 
férias regularmente no mês de abril; seu salário mensal é de R$ 
9.000,00.
Em 31 de dezembro, vamos efetuar o cálculo e a 
contabilização da referida provisão.
Feito o cálculo do número de dias de férias, temos:
117© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 3 – FOLHA DE PAGAMENTO
época do Balanço, acrescido de 1/3 do salário, cujo ônus caberá à 
empresa. 
Para entendermos melhor, suponhamos que uma empresa 
comercial  tenha  apenas  um  empregado  e  que  este  gozou  suas 
férias regularmente no mês de abril; seu salário mensal é de R$ 
9.000,00. 
Em  31  de  dezembro,  vamos  efetuar  o  cálculo  e  a 
contabilização da referida provisão. 
Feito o cálculo do número de dias de férias, temos: 
 
1  de 30 dias  =  30  =  2,5 dias por mês 12  12 
 
Contando  do  mês  de  maio  a  dezembro,  obtemos  oito 
meses.  
Logo: 
 
8 meses  x  2,5 dias por mês  =  20 dias de férias 
 
O cálculo do valor das férias a serem provisionadas será: 
 
20 dias  x  1  da remuneração mensal +  1 30  3 
         
Remuneração mensal  +  1  = R$ 9.000,00 + R$ 3.000,00 =  R$ 12.000,00 3 
 
Realizando o cálculo por dia, teremos: 
 
12.000,00  =  400,00  por dia 30,00 
 
Assim: 
 
20 dias  =  400,00  = R$ 8.000,00 
Sobre o valor das férias, a empresa tem os seguintes 
encargos:
118 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 3 – FOLHA DE PAGAMENTO
Contribuição Previdenciária
 
Sobre  o  valor  das  férias,  a  empresa  tem  os  seguintes 
encargos: 
Contribuição Previdenciária 
 
26,8 x R$ 8.000,00  =  2.144,00 100 
FGTS 
8 x R$ 8.000,00  =  640,00 100 
 
Na  prática,  o  setor  de  contabilidade  recebe  do  setor  de 
departamento pessoal os mapas com esses cálculos já efetuados, 
constando  os  totais  para  provisionamento  do  valor  das  férias 
bem como dos encargos. 
O  registro  contábil  em  31  de  dezembro  poderá  ser  feito 
como segue: 
 
D –   Férias Provisionadas 
C –   Provisão de Férias  8.000,00 
Histórico  Valor que se provisiona conforme relação 
D –   Encargos Sociais sobre Férias 
C –   Provisão para Encargos Sociais sobre Férias  2.864,00 
Histórico  Valor que se provisiona referente à Contribuição Previdenciário e FGTS conforme relação 
 
Observe  que  as  contas  debitadas  nos  dois  lançamentos 
(Férias  Provisionadas  e  Encargos  Sociais  sobre  Férias 
Provisionadas)  são  contas  de  Resultado,  que  irão  compor  os 
custos ou despesas desse exercício. 
Na prática, o setor de contabilidade recebe do setor de 
departamento pessoal os mapas com esses cálculos já efetuados, 
constando os totais para provisionamento do valor das férias 
bem como dos encargos.
O registro contábil em 31 de dezembro poderá ser feito 
como segue:
 
Sobre  o  valor  das  férias,  a  empresa  tem  os  seguintes 
encargos: 
Contribuição Previdenciária 
 
26,8 x R$ 8.000,00  =  2.144,00 100 
FGTS 
8 x R$ 8.000,00  =  640,00 100 
 
Na  prática,  o  setor  de  contabilidade  recebe  do  setor  de 
departamento pessoal os mapas com esses cálculos já efetuados, 
constando  os  totais  para  provisionamento  do  valor  das  férias 
bem como dos encargos. 
O  registro  contábil  em  31  de  dezembro  poderá  ser  feito 
como segue: 
 
D –   Férias Provisionadas 
C –   Provisão de Férias  8.000,00 
Histórico  Valor que se provisiona conforme relação 
D –   Encargos Sociais sobre Férias 
C –   Provisão para Encargos Sociais sobre Férias  2.864,00 
Histórico  Valor que se provisiona referente à Contribuição Previdenciário e FGTS conforme relação 
 
Observe  que  as  contas  debitadas  nos  dois  lançamentos 
(Férias  Provisionadas  e  Encargos  Sociais  sobre  Férias 
Provisionadas)  são  contas  de  Resultado,  que  irão  compor  os 
custos ou despesas desse exercício. 
Observe que as contas debitadas nos dois lançamentos 
(Férias Provisionadas e Encargos Sociais sobre Férias 
Provisionadas) são contas de Resultado, que irão compor os 
custos ou despesas desse exercício.
119© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 3 – FOLHA DE PAGAMENTO
As contas creditadas, Provisão para Férias e Provisão para 
Encargos Sociais, são contas de obrigação do Passivo Circulante.
No exercício seguinte, as importâncias pagas a título de 
férias e dos encargos sociais, para os quais foram constituídas as 
respectivas provisões, serão debitados às provisões, até o limite 
do valor provisionado.
Se o saldo das provisões for insuficiente, a diferença será 
considerada despesa ou encargo do período.
Se, por acaso, houver saldo remanescente na data do 
Balanço seguinte, esse saldo será revertido para receita e, se for 
o caso, uma nova provisão será constituída (RIBEIRO, 2003).
É importante ressaltar que a provisão poderá ser calculada 
e contabilizada mensalmente à razão de 1/12 sobre o valor da 
Folha de Pagamento acrescido de 1/3, considerando-se, ainda, 
os encargos correspondentes.
Esse procedimento é comum entre empresas industriais 
que necessitam conhecer periodicamente o custo da produção.
Provisão para 13º Salário
Para que os custos ou as despesas mensais sejam os mais 
reais possíveis, as empresas deverão compor a provisão mensal 
para o 13º salário, que é constituída na base de 1/12 calculados 
sobre o valor obtido pela soma dos seguintes encargos: valor 
bruto da Folha de Pagamento, INSS (parte patronal) e FGTS.
Os lançamentos, nesse caso, serão:
120 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 3 – FOLHA DE PAGAMENTO
As contas creditadas, Provisão para Férias e Provisão para 
Encargos Sociais, são contas de obrigação do Passivo Circulante. 
No  exercício  seguinte,  as  importâncias  pagas  a  título  de 
férias e dos encargos sociais, para os quais foram constituídas as 
respectivas provisões, serão debitados às provisões, até o  limite 
do valor provisionado. 
Se  o  saldo  das  provisões  for  insuficiente,  a  diferença  será 
considerada despesa ou encargo do período. 
Se,  por  acaso,  houver  saldo  remanescente  na  data  do 
Balanço seguinte, esse saldo será revertido para receita e, se for 
o caso, uma nova provisão será constituída (RIBEIRO, 2003). 
É importante ressaltar que a provisão poderá ser calculada 
e  contabilizada mensalmente  à  razão  de  1/12  sobre  o  valor  da 
Folha de Pagamento acrescido de 1/3, considerando‐se, ainda, os 
encargos correspondentes. 
Esse  procedimento  é  comum  entre  empresas  industriais 
que necessitam conhecer periodicamente o custo da produção. 
Provisão para 13º Salário 
Para que os custos ou as despesas mensaissejam os mais 
reais possíveis,  as empresas deverão compor a provisão mensal 
para o 13º salário, que é constituída na base de 1/12 calculados 
sobre  o  valor  obtido  pela  soma  dos  seguintes  encargos:  valor 
bruto da Folha de Pagamento, INSS (parte patronal) e FGTS. 
Os lançamentos, nesse caso, serão: 
 
D –   13º Salário 
C –   Provisão para 13º Salário 
Histórico  1/12 referente ao mês vigente conforme Folha de Pagamento 
 
Lembre‐se de que a  conta 13º  salário  é  custo ou despesa 
do exercício. Lembre-se de que a conta 13º salário é custo ou despesa do exercício.
A conta Provisão para 13º Salário acumulará durante o ano 
o valor do 13º salário a ser pago aos empregados e, ao final do 
exercício (em 31 de dezembro), terá saldo zero.
Essa conta terá baixa duas vezes por ano, por ocasião do 
pagamento das parcelas do 13º salário, caso seja feito em duas 
etapas.
É facultada, ainda, às empresas, a constituição, em 31 
de dezembro, de Provisões para Gratificações a Empregados e 
Provisões para Pagamento de Licença-Prêmio.
Os procedimentos contábeis para constituição dessas 
provisões e para pagamento das respectivas despesas no 
exercício seguinte são semelhantes aos já estudados para a 
Provisão para Férias.
Vídeo complementar –––––––––––––––––––––––––––––––
Neste momento, é fundamental que você assista ao vídeo complementar 3.
•	 Para assistir ao vídeo pela Sala de Aula Virtual, clique na aba Videoaula, 
localizada na barra superior. Em seguida, busque pelo nome da disciplina 
para abrir a lista de vídeos.
•	 Caso você adquira o material por meio da loja virtual, receberá também um 
CD contendo os vídeos complementares, os quais são parte integrante do 
material. 
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
121© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 3 – FOLHA DE PAGAMENTO
3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR
O Conteúdo Digital Integrador é a condição necessária 
e indispensável para você compreender integralmente os 
conteúdos apresentados nesta unidade.
3.1. FOLHA DE PAGAMENTO
Um dos grandes problemas empresariais é a confiança 
nos seus controles, podendo comprometer a saúde financeira 
e econômica da empresa. Um cálculo mal realizado, obrigações 
diretas ou acessórias, prazos não cumpridos podem gerar graves 
consequências à empresa, uma possível ação trabalhista pode 
comprometer tanto seu patrimônio no presente como no futuro.
As leis trabalhistas são criadas no intuito de balancear os 
direitos e deveres entre os colaboradores e empregadores.
Portanto, o profissional contábil deve ter domínio pleno 
sobre isso, estando apto a elaborar corretamente seu trabalho, 
como cálculos trabalhistas, tributários e legais. Ele depende 
da aplicação do seu conhecimento para dar subsídios legais 
à empresa, a fim de que possa garantir terreno firme para o 
sucesso na atividade empresarial.
Para entender um pouco mais sobre as consequências de 
um cálculo mal elaborado, sugiro que leia o artigo:
•	 CURTI, M. S. et al. Contador: elemento essencial 
no combate ao Passivo Trabalhista. Disponível em: 
<https://www.inesul.edu.br/revista/arquivos/arq-
idvol_40_1454531310.pdf> Acesso em: 29 maio 
2019.
122 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 3 – FOLHA DE PAGAMENTO
3.2. ENCARGOS SOCIAIS
Sabe-se que um dos principais problemas enfrentados 
pelas empresas para se manterem no mercado com o mesmo 
grau de competitividade frente a seus concorrentes são os custos 
com a mão de obra.
O custo com funcionário agrega maior custo de produção, 
o que reflete no preço das mercadorias vendidas e, por 
consequência, causa impactos no faturamento.
Sabe-se também que os encargos sociais e trabalhistas 
exercem influência significativa na contratação e formalização 
de novos funcionários. Assim, as empresas se encontram frente 
a duas possibilidades: contratarem de forma irregular e mal 
remunerada ou formalizar o contrato de trabalho, mas ainda 
com mão de obra barata, longe do valor mínimo pretendido para 
a atividade exercida.
Ainda que o artigo seja específico de um ramo de atividade 
e faça referência a determinados Estados, ele tem seu foco 
no tema desta unidade. Sendo assim, para aprofundar seus 
conhecimentos acerca do assunto, leia o artigo referenciado a 
seguir:
•	 DIAS, M. V. at al. O impacto dos tributos incidentes 
sobre a Folha de Pagamento das empresas de 
agronegócio dos estados do Espírito Santo e Minas 
Gerais. Disponível em: <http://pensaracademico.
facig.edu.br/index.php/semiariocientifico/article/
viewFile/498/423>. Acesso em: 29 maio 2019.
123© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 3 – FOLHA DE PAGAMENTO
3.3. PROVENTOS E DESCONTOS
A utilização da Folha de Pagamento é obrigatória para o 
empregador, prevista na Lei n.º 8.212/91 da Consolidação da 
Legislação Previdenciária (CLP), assim como é instituída na 
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) pela Lei n.º 5.452/43.
Independentemente da sua forma, seja feita a mão, por 
processos de pontos mecânicos ou pontos eletrônicos, em que os 
lançamentos do cartão de ponto são automatizados, a Folha de 
Pagamento deve conter o registro mensal de todos os proventos 
e descontos dos empregados.
Alguns empregadores efetuam os pagamentos aos 
funcionários no último dia do mês, sendo que, neste caso, a Folha 
de Pagamento deve ser fechada alguns dias antes, ganhando-se 
assim tempo para a análise mensal e para o cálculo dos proventos 
e descontos.
Outros empregadores preferem realizar os pagamentos 
no limite máximo preconizado por lei, o quinto dia útil do mês 
subsequente ao vencido, de acordo com o Art. 459, § 1.º da CLT.
Para que se possa visualizar melhor essa dinâmica, leia o 
artigo indicado a seguir:
• MEINERTZ. D. A. et al. Estudo da Folha de Pagamento – 
Uma descrição dos proventos e descontos sob o âmbito 
legal e contábil. Disponível em: <http://www.leliscalil.
adv.br/arquivos/30.pdf>. Acesso em: 29 maio 2019.
124 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 3 – FOLHA DE PAGAMENTO
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante 
para testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em 
responder as questões a seguir, você deverá revisar os conteúdos 
estudados para sanar as suas dúvidas.
1) Além das despesas totais com os salários, a empresa terá os encargos com 
a contribuição Previdenciária, que se refere:
a) À parte patronal somente.
b) À parte dos empregados e do FGTS.
c) À parte patronal e com FGTS.
d) À parte patronal e com INSS.
e) N.D.A.
2) O crédito na conta Salários a Pagar acarreta aumento no valor líquido 
que os empregados terão para receber. Por outro lado, o débito na conta 
Contribuições de Previdência a Recolher reduz:
a) A Obrigação da empresa para com o FGTS.
b) A Obrigação da empresa para com a Previdência.
c) A Obrigação da empresa para com a Folha de Pagamento.
d) A Obrigação da empresa para com os empregados.
e) N.D.A.
3) Ao completar doze meses de trabalho, o empregado maior de idade passa 
a ter direito a férias de trinta dias corridos. Nesse caso, as férias serão 
concedidas:
a) Preferencialmente nas férias escolares.
b) Sempre a partir do dia seguinte àquele em que se completou o período 
aquisitivo.
c) No período que melhor convir ao empregador, observado o período 
concessivo.
d) No período que melhor convir ao empregado, observado o período 
concessivo.
e) A qualquer momento.
125© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 3 – FOLHA DE PAGAMENTO
4) Em relação ao Vale-transporte, o desconto do empregado será de, no 
máximo:
a) 10%.
b) 9%.
c) 15%.
d) 6%.
e) 8%.
5) O valor do Adicional Noturno sobre a hora diurna para o trabalhador 
urbano é de, pelo menos:
a) 20% (vinte por cento).
b) 30% (trinta por cento).
c) 10% (dez por cento)
d) 25% (vinte e cinco por cento).
e) 50% (cinquenta por cento).
Gabarito
Confira, a seguir, as respostascorretas para as questões 
autoavaliativas propostas:
1) C.
2) B.
3) C.
4) D.
5) A.
5. CONSIDERAÇÕES
Esta unidade teve a finalidade de auxiliá-lo no 
entendimento de assuntos importantes que são utilizadas no dia 
126 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 3 – FOLHA DE PAGAMENTO
a dia das empresas, principalmente o que diz respeito à Folha de 
Pagamento.
Os temas propostos contribuirão para que você se torne 
um profissional de visão e munido de ferramentas que poderão 
auxiliá-lo em seu cotidiano profissional.
Todo o conteúdo abordado trará a possibilidade de um 
embasamento geral, auxiliando-o na contabilização da Fopag das 
empresas dos diferentes segmentos.
6. E-REFERÊNCIAS
Site pesquisado
GUIA TRABALHISTA. Home page. Disponível em: <http://www.guiatrabalhista.com.br/
guia/tabela_inss_empregados.htm>. Acesso em: 29 maio 2019.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
IUDÍCIBUS, S. Análise de Balanços. 7. ed. São Paulo: Atlas, 1998.
MARION, J. C. Contabilidade Básica. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
RIBEIRO, O. M. Contabilidade Comercial. São Paulo: Saraiva, 2009.
SZUTER, N. Contabilidade Geral: introdução à contabilidade societária. 2. ed. São 
Paulo: Atlas, 2009.
127
PROVISÕES E RESERVAS
Objetivos 
• Descrever as formas de constituição das provisões e reservas.
• Demonstrar as diferenças entre provisões e reservas.
• Aplicar os tipos de provisões e reservas e analisar sua importância.
Conteúdos 
• Cálculos para constituição e formação das provisões e das reservas.
• Prática da formação das provisões e das reservas.
• Características das provisões e das reservas.
Orientações para o estudo da unidade
Antes de iniciar o estudo desta unidade, leia as orientações a seguir:
1) Lembre-se de que as alíquotas utilizadas nos exemplos são meramente 
ilustrativas, ou seja, não correspondem necessariamente à realidade. 
Consulte a Legislação vigente antes de iniciar a contabilização em sua 
empresa.
2) O processo de registro para apuração de impostos é feito por meio da 
Escrita Fiscal. Na escrita, o termo crédito tem significado oposto ao usado 
na Contabilidade, ou seja, crédito na escrita fiscal corresponde a direito, e 
débito corresponde a dívidas.
3) Para auxiliar sua aprendizagem sobre os conteúdos estudados nesta 
unidade, desenvolva os exercícios de fixação. É importante ressaltar que 
eles não terão valor na sua nota.
UNIDADE 4
128 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 4 – PROVISÕES E RESERVAS
1. INTRODUÇÃO 
Sabemos que a “vida” de qualquer empresa comercial 
gira em torno das transações envolvendo entradas e saídas de 
mercadorias e, portanto, a continuidade dos negócios depende 
dos controles internos que a empresa possui e das práticas 
contábeis adotadas, que envolvem: controle de estoque, controle 
de imobilizados, controle de caixa, constituição de provisões que 
impactam o resultado do exercício, bem como a constituição das 
reservas sobre o lucro.
Em relação à destinação do lucro, a empresa deve constituir 
as Reservas, que podem ser identificadas como: Reserva Legal, 
Reserva Estatutária, Reserva para Contingências, Reserva de 
Lucros a Realizar, Reserva de Lucros para Expansão e Reserva de 
Lucros.
Existe outra reserva que se vincula com o capital social, 
denominada Reserva de Capital.
A empresa pode também constituir algumas provisões, 
como as Provisões para passivos com prazos incertos, 
Provisão para riscos fiscais, trabalhistas e cíveis, Provisão para 
reestruturação, Provisão para benefícios a empregados e 
Provisões para garantias.
Dessa forma, na elaboração das Demonstrações Contábeis, 
encontramos os termos Provisões e Reservas, cada um 
demonstrando um objetivo distinto.
Sabe-se que as Provisões se referem a estimativas de 
valores que reduzem o valor do Ativo pela perda ou aumentam 
o valor do Passivo pela valorização, e são essenciais para que o 
Regime de Competência possa ser visualizado na sua plenitude.
129© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 4 – PROVISÕES E RESERVAS
Já as Reservas referem-se a valores que excedem o capital 
realizado ou que aumentam o valor do Patrimônio Líquido 
através de ágio na emissão de ações, por exemplo.
Acompanhe!
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA
O Conteúdo Básico de Referência apresenta, de 
forma sucinta, os temas abordados nesta unidade. Para sua 
compreensão integral, é necessário o aprofundamento pelo 
estudo do Conteúdo Digital Integrador. 
2.1. PROVISÕES
Na Contabilidade, as Provisões são necessárias, pois 
atribuem, ao período contábil, os ganhos e perdas relativos 
à competência de cada exercício, ou seja, a empresa deve 
reconhecer os ganhos do período independentemente do 
recebimento e com isso fazer provisões para ganhos.
O mesmo ocorre com as perdas, que devem ser reconhecidas 
contabilmente, independentemente do pagamento.
Portanto, as Provisões afetam o lucro do período em 
decorrência do Regime de Competência.
Iudícibus et al (2009) dizem que as Provisões são reduções 
de Ativo ou acréscimos de exigibilidade que reduzem o Patrimônio 
Líquido, cujos valores ainda não foram totalmente definidos.
130 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 4 – PROVISÕES E RESERVAS
Dessa forma, representam estimativas de perdas de Ativo 
que ocorrerão no futuro, ou seja, são expectativas de valores 
a desembolsar que, apesar de financeiramente ainda serem 
efetivadas, derivam de fatos contábeis já ocorridos.
Referem-se a perdas economicamente já incorridas na 
Contabilidade, como a depreciação, a perda de valores dos 
investimentos, o provável não recebimento de duplicatas, a 
estimativa de perdas de estoques etc.
Referem-se também a estimativas de desembolsos futuros 
como: férias, décimo terceiro salários, FGTS e FGTS sobre férias, 
IRPJ e CSLL a recolher.
De acordo com Neves e Viceconti (2007), o termo Provisão 
refere-se à despesa com perdas de Ativos ou com a constituição 
de obrigações que, embora já tenham seu fato gerador contábil 
ocorrido, não podem ser medidas com exatidão e têm, portanto, 
um caráter estimativo.
Nesse sentido, entendemos que as Provisões representam 
expectativas de desembolsos futuros.
Provisões como estimativas de perdas no Ativo
Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação Duvidosa
O crédito é concedido pela promessa de pagamento futuro 
por parte do cliente.
Ao conceder crédito, a empresa procura avaliar os clientes 
em potencial, distinguindo aqueles que provavelmente irão 
pagar dos que provavelmente não irão pagar.
131© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 4 – PROVISÕES E RESERVAS
Segundo Ross (1995), podemos utilizar alguns instrumentos 
para diagnosticar o cliente para avaliação de crédito, conforme 
segue:
•	 Analisar as demonstrações financeiras: aplicar regras de 
índices para verificar capacidade de pagamento.
•	 Relatórios de crédito com o histórico de pagamento 
do cliente junto a outras empresas: buscar histórico de 
pagamento do cliente em outras instituições.
•	 Experiência de pagamento do cliente com a própria 
empresa: analisar como o cliente efetuou o pagamento 
das contas anteriores.
E, ainda, conforme os mesmos autores, uma vez coletada 
as informações sobre o cliente, a empresa defronta-se com a 
difícil decisão de conceder ou não o crédito.
Muitas empresas utilizam os critérios tradicionais e 
subjetivos, como os 5C´s do crédito, que compreendem a 
seguinte análise:
1) Caráter: a disposição do cliente em liquidar suas 
obrigações.
2) Capacidade: capacidade de o cliente liquidar suas 
obrigações utilizando seus fluxos de caixa operacionais.
3) Capital: verificar as reservas financeiras do cliente.
4) Colateral (garantias): solicitar ao cliente alguns ativos 
como garantia em caso de inadimplência.
5) Condições: verificar as condições econômicas gerais.
132 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 4 – PROVISÕESE RESERVAS
Constituição das Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação 
Duvidosa
Como o recebimento é incerto e muitos clientes podem 
tornar-se inadimplentes, as empresas devem fazer a provisão 
para possíveis perdas com clientes.
Dessa forma, torna-se necessário fazer uma provisão que 
represente os créditos de liquidação duvidosa, objetivando 
cobrir as possíveis perdas financeiras com aqueles clientes que 
não irão honrar os compromissos assumidos.
Portanto, essa provisão é uma estimativa do risco de o 
cliente ou de um grupo de clientes tornar-se inadimplente.
A inadimplência reduz os ganhos da empresa, pois esta 
deixa de receber os valores emprestados ou negociados, bem 
como os ganhos financeiros inclusos nas transações.
A provisão visa trazer o valor do Ativo ao valor mais próximo 
da realidade.
De acordo com Iudícibus et al (2003), as contas a receber 
devem ser avaliadas por seu Valor Líquido de Realização, ou 
seja, pelo valor residual em dinheiro equivalente que se espera 
receber ou obter.
Portanto, deve-se estimar essa perda para cobrir eventuais 
perdas no recebimento das contas a receber.
Com isso, essa provisão deve ser classificada como redução 
do valor das contas a receber, demonstrado, assim, o valor das 
contas a receber por seu valor líquido realizável.
133© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 4 – PROVISÕES E RESERVAS
A empresa deve fazer a provisão antes do início de cada 
exercício para que fique protegida quanto às perdas financeiras 
decorrentes de vendas não recebidas naquele período.
Existem dois critérios para efetuar o cálculo dessas 
provisões, um conhecido como Critério das perdas esperadas e 
outro como Critério das perdas efetivas.
Vejamos cada critério com exemplos.
Critério das perdas esperadas
Os contadores da empresa Beta Ltda., junto com os sócios 
e colaboradores do setor de vendas e cobrança, reuniram-se 
no final de 2015 buscando alternativas para tentar diminuir os 
impactos da inadimplência na empresa.
Estima-se que venderão o equivalente a R$ 100.000,00. E, 
considerando uma média no comportamento dos clientes nos 
últimos 3 anos, poderá haver uma perda de R$ 5.000,00 em 
2016.
Dessa forma, a conta Clientes no Balanço Patrimonial será 
apresentada da seguinte maneira:
Clientes .................... R$ 100.000,00
(–) PECLD .................... R$ (5.000,00)
Ao final do exercício de 2016, a depender do que realmente 
ocorrer, esse valor será reajustado para que o Balanço Patrimonial 
represente a situação mais fidedigna possível da empresa.
134 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 4 – PROVISÕES E RESERVAS
Caso a empresa seja optante do Lucro Real, vale ressaltar 
que as despesas de PECLD, quando calculadas neste critério, 
não serão dedutíveis para fins fiscais, ou seja, não influenciam a 
apuração do IRPJ e da CSLL.
Critério das perdas efetivas
Este método é mais objetivo e considera o que realmente 
será perdido em créditos de clientes devedores.
É o tratamento recomendado pelo CPC, tendo como base o 
Art. 340 do RIR/99 (Regulamento do Imposto de Renda de 1999), 
que indica as situações que poderão ser consideradas como 
créditos perdidos.
A composição dos lançamentos contábeis será a mesma 
do critério das perdas esperadas, com a diferença de que, neste 
caso, a empresa deverá se basear em situações reais em vez de 
previsões.
O interessante de utilizar esse critério é que, tomando 
como base o que diz o Art. 340 do RIR/99, as despesas de PECLD, 
poderão ser dedutíveis do Lucro Base para IRPJ e CSLL.
A constituição do valor dessa provisão deve ocorrer pela 
competência de exercício, visando atribuir ao exercício corrente 
o valor da possível perda financeira decorrente das vendas 
realizadas.
Pode variar de acordo com o tipo de negócio ou ramo de 
atuação da empresa, em função dos aspectos peculiares a respeito 
da composição dos clientes, da situação econômica do momento 
(do país e do mundo) e da concessão de crédito em geral.
135© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 4 – PROVISÕES E RESERVAS
É importante serem considerados todos esses fatores 
conhecidos na estimativa do risco e na expectativa de perdas com 
as contas a receber que devem ser cobertas por esta provisão.
Contabilização
Após a identificação do valor da provisão, devemos realizar 
a contabilização da provisão, que irá diminuir o saldo da conta 
Clientes em conta específica denominada normalmente como 
Despesas com Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação 
Duvidosa.
D – Despesas com Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação 
Duvidosa
C – Provisão com Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação 
Duvidosa
Reversão da provisão
No transcorrer do próximo exercício, a empresa precisa 
verificar se recebeu integralmente os valores, de acordo com o 
previsto na carteira de clientes.
Caso tenha recebido totalmente os valores previstos, não 
se justifica manter a provisão, que deve ser revertida.
Confirmação da perda
Caso não se tenha recebido totalmente os valores da 
carteira de clientes, justifica-se a provisão.
136 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 4 – PROVISÕES E RESERVAS
Neste caso, torna-se necessário verificar se o total da 
provisão é suficiente para cobrir o valor da perda, senão deverá 
ser ajustado.
Provisão para redução do estoque ao valor de mercado
A Provisão para Redução ao Valor de Mercado destina-se 
a ajustar a conta de estoque de mercadorias que está registrada 
na contabilidade ao preço de aquisição em valor de mercado, 
quando este for menor.
Esse ajuste diminui o valor do estoque e permite que se 
considere essa diminuição como uma perda na forma de despesa.
De acordo com o CPC 16(R1) – Estoques, o método de 
avaliação de estoques a valor realizável líquido consiste em 
ajustar os valores dos estoques contábeis de acordo com o valor 
provável de mercado, ou seja, observar o valor de perda do valor 
contábil do estoque comparando-o ao valor que o produto teria 
no mercado.
Valor realizável líquido
O custo dos estoques pode não ser recuperável se esses 
estoques estiverem danificados, se se tornarem total ou 
parcialmente obsoletos ou se os seus preços de venda tiverem 
diminuído.
O custo dos estoques pode também não ser recuperável 
se os custos estimados de acabamento ou os custos estimados a 
serem incorridos para realizar a venda tiverem aumentado.
137© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 4 – PROVISÕES E RESERVAS
A prática de reduzir o valor de custo dos estoques (write 
down) para o valor realizável líquido é consistente sob o ponto de 
vista de que os ativos não devem ser escriturados por quantias 
superiores àquelas que se espera que sejam realizadas com a sua 
venda ou uso.
A atualização dos valores deverá ser realizada item a item 
constante no estoque ou, alternativamente, pode-se proceder 
ao agrupamento de unidades semelhantes ou relacionadas.
Embora, geralmente aplique-se a atualização item a item, 
em algumas circunstâncias, porém, pode ser apropriado agrupar 
unidades semelhantes ou relacionadas.
Pode ser o caso dos itens de estoque relacionados em uma 
mesma linha de produtos, que tenham finalidades ou usos finais 
semelhantes, que sejam produzidos e comercializados na mesma 
área geográfica e não possam ser avaliados separadamente de 
outros itens dessa linha de produtos.
Não é apropriado reduzir o valor do estoque com base 
em uma classificação de estoque, como, por exemplo, bens 
acabados, ou em todo estoque de determinado setor ou 
segmento operacional.
Os prestadores de serviços normalmente acumulam custos 
relacionados a cada serviço, para o qual será cobrado um preço 
de venda específico.
Portanto, cada um desses serviços deve ser tratado como 
um item em separado.
138 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 4 – PROVISÕES E RESERVAS
Processo de estimativa
As estimativasdeverão ser baseadas nas evidências mais 
confiáveis disponíveis no momento em que são feitas.
As estimativas devem levar em consideração variações nos 
preços e nos custos diretamente relacionados com eventos que 
ocorram após o fim do período, na medida em que tais eventos 
confirmem as condições existentes no fim do período.
A empresa poderá levar em conta aspectos como inflação, 
redução ou aumento de sua participação no mercado, mudanças 
tributárias etc.
Tal prática deverá ser observada de forma periódica e 
obrigatória, ou seja, contabilmente, a empresa deverá considerar 
a perda de seus estoques relativamente às estimativas de 
mercado.
Cada produto, em razão de sua sazonalidade, terá períodos 
distintos, ou seja, caso o produto sofra aumento/perda no 
mercado de forma acelerada, deverá ser atualizado de forma 
mensal, para que a conta de estoques não tenha um saldo 
inchado no balanço, distorcendo as decisões tomadas pelo 
administrador.
As estimativas do valor realizável líquido dos estoques 
também devem levar em consideração a finalidade para a qual 
o estoque é mantido; por exemplo, o valor realizável líquido 
da quantidade de estoque mantido para atender contratos de 
venda ou de prestação de serviços deve ser baseado no preço 
do contrato.
139© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 4 – PROVISÕES E RESERVAS
Se os contratos de venda dizem respeito a quantidades 
inferiores às quantidades de estoque possuídas, o valor realizável 
líquido do excesso deve basear-se em preços gerais de venda.
Podem surgir provisões resultantes de contratos firmes 
de venda superiores às quantidades de estoques existentes ou 
de contratos firmes de compra em andamento se as aquisições 
adicionais a serem feitas para atender a esses contratos de venda 
forem previstas com base em valores estimados que levem à 
situação de prejuízo no atendimento desses contratos.
Reconhecimento contábil
Quando da ocorrência da venda, o valor escriturado a título 
de perda deverá ser reconhecido como despesa do período em 
que a respectiva receita é reconhecida.
A quantia de qualquer redução dos estoques para o valor 
realizável líquido e todas as perdas de estoques deverão ser 
reconhecidas como despesa do período em que a redução ou a 
perda ocorrer.
Contabilização
D – Perdas de estoque (Conta de Resultado)
C – Perda de Estoque Realizável (Conta Redutora do Estoque – 
Ativo Circulante)
A partir do ano-calendário de 2015, as empresas 
enquadradas no Lucro Real e Lucro Presumido adequaram-se 
aos Padrões Internacionais de Contabilidade.
140 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 4 – PROVISÕES E RESERVAS
Dessa forma, a adoção dos preceitos elencados no CPC 
16 – Estoques, incluindo os ajustes contábeis na valoração dos 
custos líquidos dos estoques, é de fundamental importância 
para a correta aplicação da norma contábil.
Provisões para exigibilidades
Provisões trabalhistas
De acordo com o item I do artigo n° 184 da Lei 6.404/76, 
atualizado pela Lei 11.638/07, no Balanço, os elementos do 
Passivo serão avaliados de acordo com os seguintes critérios: 
"as obrigações, encargos e riscos, conhecidos ou calculáveis, 
inclusive Imposto sobre a Renda a pagar com base no resultado 
do exercício, serão computados pelo valor atualizado até a data 
do balanço".
Nesse sentido, a Folha de Pagamento do mês se enquadra 
como uma obrigação, que será liquidada no próximo mês; já 
os encargos serão liquidados conforme prazo determinado 
pelos órgãos competentes e as Provisões, no mês em que os 
funcionários saírem de férias ou receberem o 13º salário.
Sendo assim, a empresa deve provisionar todos os valores 
que foram incluídos na Folha de Pagamento do mês.
Iudícibus et al (2007) dizem que os salários e ordenados, 
quando pagos no mês seguinte ao qual forem incorridos, devem 
ser provisionados, o mesmo ocorrendo com os encargos sociais 
e o FGTS.
Provisões que ocorrem com a Folha de Pagamento:
141© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 4 – PROVISÕES E RESERVAS
1) Salários, que serão lançados como despesa do mês e 
provisionados no Passivo.
2) Encargos sem folha (INSS e FGTS), que serão lançados 
como despesas do mês e provisionados no Passivo a 
pagar.
3) Provisões de Férias, 1/3 de férias e 13º salários, que 
serão lançadas como despesas do mês e provisionado 
no Passivo até o momento do pagamento.
4) Encargos sem provisões (INSS e FGTS), que serão 
lançados como despesas do mês e provisionados no 
Passivo até o momento do pagamento.
Provisão para gratificações a empregados
Caracterizada como uma forma de reconhecimento ou 
agradecimento pelos serviços prestados pelo empregado ou como 
recompensa pelo tempo de serviço na empresa, a gratificação 
pode ser concedida por liberalidade, sendo de ato da vontade do 
empregador ou ajustada, tendo como origem a própria lei ou o 
documento coletivo sindical, neste caso obrigando o empregador 
ao seu pagamento.
Apesar de a legislação trabalhista em vigor não estabelecer 
limites mínimos ou máximos com relação aos valores 
correspondentes às gratificações pagas pelo empregador a seus 
empregados, bem como não determinar os procedimentos que 
devem ser adotados pela empresa para efetuar o pagamento, 
a forma de denominar o incentivo não afeta os direitos dos 
empregados, sendo assim, o que devemos considerar é a sua 
natureza jurídica.
142 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 4 – PROVISÕES E RESERVAS
Tais pagamentos realizados a título de gratificação aos 
empregados são totalmente dedutíveis da base de cálculo do 
Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), sem limitação de 
valores.
Porém, é importante ressaltar que o mesmo não acontece 
com a provisão para gratificação e com as gratificações pagas a 
diretores e administradores, de acordo com Soluções de Consulta 
da RFB (Art. 303 e Art. 463), ou seja, não são dedutíveis da base 
de cálculo em questão.
Cabe ainda ressaltar que as gratificações pagas aos 
empregados recebem aplicações iguais à de despesas 
operacionais.
O que se entende por despesas operacionais, segundo o 
regulamento do Imposto de Renda, são aquelas que não são 
computadas como custos da empresa, porém são necessárias 
para a manutenção de sua atividade e da fonte produtora.
A denominação "necessário" cabe às despesas usuais ou 
normais pagas ou incorridas para a realização das transações ou 
operações exigidas pela atividade da empresa.
Contabilização
A contabilização dessa provisão é feita mediante débito em 
conta de custo ou despesa e crédito numa conta de Provisão para 
gratificação a empregados no Passivo Circulante, como segue:
D – Gratificação a empregados (Despesa)
C – Provisão para gratificação a empregados
143© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 4 – PROVISÕES E RESERVAS
Provisão para férias e encargos
A apropriação mensal das férias, além de atender ao 
princípio contábil da competência, é também importante 
do ponto de vista fiscal, porque reduz o lucro contábil e, 
consequentemente, as bases de cálculo do Imposto de Renda 
da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro 
(CSL).
Assim, deve-se observar que a dedução das despesas 
decorrentes da apropriação mensal das férias é totalmente 
admitida pela legislação do Imposto de Renda (RIR/1999, art. 
337).
O valor correspondente às férias, assim como o abono 
constitucional e os encargos sociais incidentes, deve ser 
reconhecido contabilmente como custo ou como despesa 
operacional, tendo como contrapartida as seguintes contas: 
Férias a Pagar e Encargos Sociais sobre Férias a Pagar ou, 
alternativamente, uma única conta denominada Férias e 
Encargos Sociais a Pagar classificáveis no Passivo Circulante.
Contabilização
Provisão das férias
D – Férias (Conta de Resultado – Custo ou despesa)
C – Provisão de Férias a Pagar (Passivo Circulante)
144© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 4 – PROVISÕES E RESERVAS
Provisão dos encargos sociais (INSS e FGTS) incidentes sobre as 
férias
D – Encargos Sociais (Conta de Resultado – Custo ou despesa)
C – Provisão de Encargos Sociais a Pagar – (Passivo Circulante)
Provisão para 13º salário e encargos
A provisão para o pagamento do 13º salário é calculada 
na base de 1/12 da remuneração dos empregados que tiverem 
trabalhado no mínimo quinze dias no mês, cabendo ajuste do 
valor provisionado nos meses anteriores em virtude de reajustes 
salariais, acrescidos dos encargos sociais, cujo ônus cabe à 
empresa.
A entidade que não provisionar o valor do 13º salário, em 
obediência ao princípio contábil da competência, irá contabilizar 
essa gratificação diretamente em conta de despesa ou custo, 
conforme o caso, no mês em que se der a quitação da gratificação 
em Folha de pagamento.
Os adiantamentos serão considerados como tal e 
registrados em conta própria do Ativo Circulante, sendo baixados 
por ocasião da quitação da gratificação.
Os encargos sociais a serem contabilizados são, 
respectivamente, INSS e FGTS devidos e calculados sobre o 
valor da provisão determinada, cujo ônus cabe à empresa e que 
incidirão por ocasião do pagamento do 13º salário.
Caso ocorram alterações salariais, cabe ajustar o valor da 
provisão para pagamento do 13º salário e dos encargos sociais, 
constituída em meses anteriores, de modo que o valor registrado 
145© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 4 – PROVISÕES E RESERVAS
reflita o montante da gratificação já incorrida e dos encargos 
sociais que sobre ela incidirão, quando do seu pagamento.
Os ajustes serão registrados na conta de provisão, tendo 
como contrapartida uma conta de resultado (custo ou despesa 
operacional).
Se a provisão se referir a empregados vinculados à 
produção de mercadorias ou serviços, a provisão será debitada 
a conta de custos.
Caso se referir a empregados da área administrativa, será 
debitada a conta de despesa operacional.
Contabilização
D – 13º Salário e Encargos Sociais (Conta de Resultado)
C – Provisão de 13º Salário e Encargos Sociais (Passivo Circulante)
Provisão para Contingências
A contingência propriamente dita nos remete a uma 
situação cujo resultado final, favorável ou desfavorável, depende 
de eventos futuros incertos.
É a partir dessa conceituação que temos a Provisão para 
Contingências, visualizada comumente quando da análise de um 
Balanço Patrimonial.
A Provisão para Contingências nada mais é que uma 
despesa que envolve valores financeiros que ainda não foram 
pagos, mas derivam de fatos geradores contábeis já ocorridos.
146 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 4 – PROVISÕES E RESERVAS
A provisão é uma despesa configurada como ocorrida, 
mesmo que ainda não paga e observada para eventos futuros 
incertos.
Assim que essa perda de ativo ou obrigação se torna 
totalmente previsível, ela deixa de ser considerada uma provisão 
contábil.
Contabilização
D – Contingências (Conta de Resultado)
C – Provisão para Contingências (Passivo Circulante)
Provisão para Imposto de Renda
Toda pessoa jurídica deve constituir, obrigatoriamente, em 
cada período de apuração, a Provisão para Imposto de Renda 
relativo ao imposto devido sobre o Lucro Real e sobre os lucros 
cuja tributação tenha sido diferida, observando-se que o valor 
provisionado é indedutível para fins de apuração do Lucro Real.
Portanto, por ocasião do encerramento do período de 
apuração do imposto, a pessoa jurídica tributada com base no 
regime do Lucro Real deverá constituir tal provisão.
Quando a empresa opta por pagar o IRPJ de forma 
estimada, mensal, os pagamentos do IRPJ respectivo não devem 
ser debitados em conta de resultado, mas sim em conta de ativo 
circulante, já que, na apuração do balanço anual, será feita a 
compensação das parcelas pagas com o IRPJ apurado.
147© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 4 – PROVISÕES E RESERVAS
Entretanto, é saudável, para fins de análise contábil, que 
se faça a contabilização da provisão mensal do IRPJ devido com 
base no balancete.
Esse valor ficará registrado no Passivo, sem a transferência 
do saldo já pago por estimativa.
Contabilização
D – Provisão para o Imposto de Renda (Conta de Resultado)
C – IRPJ a Pagar (Passivo Circulante)
2.2. RESERVAS
As reservas possuem finalidade distinta das provisões, 
representando uma espécie de poupança estimada pela 
instituição, que, antes da distribuição de lucros, prevê uma ou 
mais situações que, se confirmadas, acarretarão necessidade 
de dispêndio financeiro. Assim, a empresa reserva determinada 
quantia para cobrir esses gastos se eles vierem a ocorrer.
Quanto às reservas, dizemos que, uma vez apurado o Lucro 
Líquido, ou seja, o resultado do período menos as provisões para 
o IR e a CSL, a empresa pode, antes de distribuir o lucro aos 
sócios ou dividendos aos acionistas, destinar parte desse lucro 
para a constituição de reservas, ou seja, estabelecer um reforço 
do Patrimônio Líquido.
Do total do Patrimônio Líquido, subtrai-se o Capital e temos 
o valor correspondente às Reservas.
148 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 4 – PROVISÕES E RESERVAS
Sendo assim, Reservas são valores que excedem o capital 
realizado compondo o Patrimônio Líquido.
Dessa forma, a Reserva caracteriza-se como um fato 
positivo, já que compõe o Capital próprio, ao contrário das 
Provisões, que aumentam o Capital de Terceiros ou diminuem 
o Ativo.
Pela Lei das S/A, classificam-se como Reservas de Lucros:
1) Reserva Legal.
2) Reserva Estatutária.
3) Reserva para Contingências.
4) Reserva de Lucros a Realizar.
5) Reserva de Lucros para Expansão.
6) Reserva de Incentivos Fiscais.
Reserva Legal
Deverá ser constituída mediante destinação de 5% do 
Lucro Líquido do exercício antes de qualquer outra destinação.
Esta reserva será constituída, obrigatoriamente, pela 
companhia, até que seu valor atinja 20% do Capital Social 
realizado, quando então deixará de ser acrescida.
Reserva Estatutária
São constituídas por determinação do estatuto da 
companhia como destinação de uma parcela dos lucros do 
exercício, e não podem restringir o pagamento do dividendo 
obrigatório.
149© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 4 – PROVISÕES E RESERVAS
Reserva para Contingências
De acordo com o artigo 195 da Lei nº 6.404/76, a assembleia 
geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar 
parte do Lucro Líquido à formação de reserva com a finalidade de 
compensar, em exercício futuro, a diminuição do lucro decorrente 
de perda julgada provável, cujo valor possa ser estimado.
Reserva de Lucros a Realizar
No exercício em que o montante do dividendo obrigatório 
calculado nos termos do estatuto ou do art. 202 da Lei das S/A 
ultrapassar a parcela realizada do Lucro Líquido do exercício, 
a assembleia-geral poderá, por proposta dos órgãos da 
administração, destinar o excesso à constituição de Reserva de 
Lucros a Realizar.
Reserva de Lucros para Expansão
Para atender a projetos de investimento e expansão, a 
companhia poderá reter parte dos lucros do exercício.
Essa retenção deverá estar justificada com o respectivo 
orçamento de capital aprovado pela assembleia geral.
Reserva de Incentivos Fiscais
As doações e subvenções governamentais para 
investimentos devem compor o Resultado do Exercício, 
cujo montante pode ser convertido em Reservas de Lucros 
denominadas como Reserva de Incentivos Fiscais. (Art. 195-A da 
Lei das S/A). Esse montante poderá ser excluído do cálculo do 
dividendo obrigatório.
150 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 4 – PROVISÕES E RESERVAS
Tais Reservas Fiscais deverão transitar pela DRE e, ao final, 
serem excluídas do Lucro Líquido antes do IRPJ e CSLL.
Lucros ou Prejuízos Acumulados
O plano de contas pode apresentaras duas contas distintas, 
Lucros Acumulados (Credora) e Prejuízos Acumulados (Devedora)
Usualmente, o saldo é mantido em uma só conta, ou seja, 
na conta Lucros ou Prejuízos Acumulados.
O saldo credor representa a parcela do resultado da 
empresa não destinada especificamente.
O saldo devedor, ou seja, os prejuízos acumulados, 
representa o saldo dos resultados negativos da empresa e não 
absorvidos por reservas anteriormente existentes, que deverá 
ser compensado com lucros a serem auferidos futuramente.
Se ocorrer de o resultado do exercício ser negativo 
(prejuízo), este será obrigatoriamente absorvido pelos lucros 
acumulados, pelas reservas de lucros e pela reserva legal, nessa 
ordem.
Com o advento da Lei 11.638/2007, para as sociedades por 
ações, e para os balanços do exercício social terminado a partir 
de 31 de dezembro de 2008, o saldo final de “Lucros ou Prejuízos 
Acumulados” não poderá mais ser credor. Isso não significa, 
entretanto, que a conta Lucros Acumulados deixou de existir. 
Porém, essa conta possui natureza transitória, e será utilizada 
para servir de contrapartida às reversões das Reservas de Lucros 
e às destinações do lucro.
151© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 4 – PROVISÕES E RESERVAS
Vídeo complementar –––––––––––––––––––––––––––––––
Neste momento, é fundamental que você assista ao vídeo complementar 4.
•	 Para assistir ao vídeo pela Sala de Aula Virtual, clique na aba Videoaula, 
localizada na barra superior. Em seguida, busque pelo nome da disciplina 
para abrir a lista de vídeos.
•	 Caso você adquira o material por meio da loja virtual, receberá também um 
CD contendo os vídeos complementares, os quais são parte integrante do 
material. 
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3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR
O Conteúdo Digital Integrador é a condição necessária 
e indispensável para você compreender integralmente os 
conteúdos apresentados nesta unidade.
3.1. PROVISÕES
A convergência às normas internacionais de contabilidade 
e relatórios financeiros (International Financial Reporting 
Standards ou IFRS) exige maior julgamento por parte dos gestores 
e flexibilidade na interpretação de normas e regulamentos 
contábeis, traduzindo-se muitas vezes em divergentes 
alternativas de contabilização de um mesmo evento contábil.
Por conta disso, é necessário verificar possíveis indicativos 
da existência de manipulação com suavização dos resultados por 
meio do controle de provisões.
Para que você entenda como isso ocorre, proponho que 
leia o artigo:
•	 FAVORETTO, A. B. et al. O gerenciamento de resultados 
contábeis e o controle de provisões. Disponível em: 
152 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 4 – PROVISÕES E RESERVAS
<https://revistas.pucsp.br/index.php/redeca/article/
viewFile/35755/24662>. Acesso em: 29 maio 2019.
3.2. RESULTADO CONTÁBIL – TRIBUTAÇÃO
A tributação brasileira é complexa e, por conta disso, 
conhecer melhor detalhes e opções evita transtornos futuros.
Especialmente quando nos referimos à administração 
de empresas, o regime escolhido impactará diretamente na 
quantidade de impostos que serão pagos.
Para que você fique por dentro desse assunto, sugiro que 
leia o artigo:
•	 OLIVEIRA, A. L. O Lucro real e presumido: Entenda suas 
diferenças. Disponível em: <https://www.contabeis.
com.br/artigos/5244/lucro-real-e-presumido-entenda-
suas-diferencas/> Acesso em: 29 maio 2019.
3.3. RESERVAS
Alguns procedimentos contábeis tornam-se polêmicos e 
geram dúvidas, fazendo com que, cada vez mais, procedimentos 
iguais sejam aplicados de forma diferente.
Provisão e Reserva contábil é um desses assuntos que 
parece assombrar os profissionais da área, mesmo aqueles que 
já atuam há bastante tempo.
Surgem perguntas como: Qual a definição de Provisão? E 
Reserva? Quando devo aplicá-las? Como devo fazê-las? O que 
determina em uma situação a opção por se fazer uma provisão 
ou uma reserva? Muitos, ao analisar, sabem seguramente que 
153© CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 4 – PROVISÕES E RESERVAS
devem proceder a uma ou outra, mas o que os fizeram saber que 
tomaram a decisão correta?
Para que entenda melhor o assunto, leia o artigo indicado 
a seguir:
•	 ANTUNES, c. et al. Provisão x Reservas Contábeis. 
Disponível em: <http://artigos.netsaber.com.br/
resumo_artigo_8263/artigo_sobre_provisao-x-
reservas-contabeis>. Acesso em: 29 maio 2019.
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante 
para testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em 
responder as questões a seguir, você deverá revisar os conteúdos 
estudados para sanar as suas dúvidas.
1) Qual a definição de Provisão?
2) O que são Reservas?
3) Quando devo aplicá-las?
4) Como devo fazê-las?
5) O que difere uma situação a ponto de decidir fazer uma Provisão ou uma 
Reserva?
5. CONSIDERAÇÕES
Ao término do estudo desta unidade, esperamos que tenha 
assimilado os conceitos básicos a respeito desse assunto tão 
delicado da Contabilidade, ou seja, a constituição de Provisões e 
Reservas, haja vista ser esse um dos pontos significativos em se 
tratando da Contabilidade Comercial.
154 © CONTABILIDADE COMERCIAL
UNIDADE 4 – PROVISÕES E RESERVAS
Aconselha-se que o aluno utilize material extra como 
complemento do que foi até aqui apresentado, observando os 
diferentes pontos de vista dos autores, bem como os exemplos 
apresentados.
6. E-REFERÊNCIA
Site pesquisado
RECEITA FEDERAL. MINISTÉRIO DA ECONÔMIA. Home page. Disponível em: <www.
receita.fazenda.gov.br>. Acesso em: 29 maio 2019.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
IUDÍCIBUS, S.; MARTINS, E.; GELBCKE, E. R. Manual de contabilidade das sociedades 
por ações. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
MARION, J. C. Contabilidade empresarial. 15. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
RIBEIRO, O. M. Contabilidade avançada. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.

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