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DEUTERONÔMIO 1.1 250
Renovação do Pacto com o Senhor, 29.1 -1 8
A Exortação Final de Moisés à Obediência, 29.19— 30.14
Os Dois Caminhos Apresentados a Israel, 3 0 .1 5 -2 0
DIAS E ATIVIDADES FINAIS DE MOISÉS, 31.1 - 3 4 , 1 2
Condamação à Fé, 1 - 6
Moisés Entrega o Mandato, 3 1 .7 -3 0
Cântico de Moisés, 32.1 - 52
Bênção Final de Moisés a Israel, 33.1 -2 9
A Morte e o Sepultamento de Moisés, 34.1 - 8
Sumário Final, 3 4 .9 -1 2
O P r i m e i r o D i s c u r s o d e M o i s é s
n a P l a n í c i e d o J o r d ã o
Moisés conta a história de Israel
I São estas as palavras que Moisés falou a todo o Israel, dalém do Jordão, no deserto, na Arabá, defronte do mar de Sufe,
entre Parã, Tofel, Labã, Hazerote e
Di-Zaabe.°
2 Jornada de onze dias há desde Horebe,
pelo caminho da montanha de Seir, até
Cades-Baméia.b
3 Sucedeu que, no ano quadragésimo, no
primeiro dia do undécimo mês, falou Moisés
aos filhos de Israel, segundo tudo o que o
Senhor lhe mandara a respeito deles,c
4 depois que feriu a Seomd, rei dos amor-
reus, que habitava em Hesbom, e a Oguee,
rei de Basã, que habitava em Astarote, em
Edrei.
5 Além do Jordão, na terra de Moabe, en
carregou-se Moisés de explicar esta lei,
dizendo:
6 O Senhor, nosso Deus, nos falou em
Horebe, dizendo: Tempo bastante haveis es
tado neste monte.f
7 Voltai-vos e parti; ide à região monta
nhosa dos amorreus, e a todos os seus vizi
nhos, na Arabá, e à região montanhosa, e à
1.1 ajs9.1
1.2 b Nm 13.26
1.3 cNm 33.38
1.4
dNm 21.21-30
eNm 21.31-35
1.6 <bí 3.1
1.8 gCn 12.7
1.9 *Êx 18.18
1.10 'Cn 15.5
1.11 ;Gn 15.5;
2Sm 24.3
1.12 MRs 3.8-9
1.13 'Ex 18.21
baixada, e ao Neguebe, e à costa marítima,
terra dos cananeus, e ao Líbano, até ao grande
rio Eufrates.
8 Eis aqui a terra que eu pus diante de vós;
entrai e possuí a terra que o Senhor, com
juramento, deu a vossos pais, Abraão, Isaque
e Jacó, a eles e à sua descendência depois
deles. 9
A nomeação de auxiliares
Ê x J 8 .1 3 -2 7
9 Nesse mesmo tempo, eu vos disse: eu
sozinho não poderei levar-vos.h
10 O Senhor, vosso Deus, vos tem mul
tiplicado; e eis que, já hoje, sois multidão
como as estrelas dos céus.'
11 O Senhor, Deus de vossos pais, vos
faça mi) vezes mais numerosos do que sois e
vos abençoe, como vos prometeu./
12 Como suportaria eu sozinho o vosso
peso, a vossa carga e a vossa contenda?*
13 Tomai-vos homens sábios, inteligentes
e experimentados, segundo as vossas tribos,
para que os ponha por vossos cabeças.'
14 Então, me respondestes e dissestes: É
bom cumprir a palavra que tens falado.
15 Tomei, pois, os cabeças de vossas tri
bos, homens sábios e experimentados, e os fiz
cabeças sobre vós, chefes de milhares, chefes
Cap 1 - 4 Esta seção aborda primariamente o primeiro dis
curso de Moisés, no qual ele apresenta um retrospecto histó
rico sobre a orientação dada pelo Senhor (1 .6 -3 .2 9 ) e uma
exortação para que o povo fosse obediente.
Cap 1 Há uma introdução ao livro (1 -5 ), seguida pelo re
trospecto de Moisés acerca da orientação dada pelo Senhor
desde Horebe até Cades (6.46).
1.1 Palavras que Moisés falou. Esta é a primeira de diversas
observações que mostram que as palavras foram, original
mente, proferidas oralmente; depois é que foram escritas
(17.18; 31.9). Dalém do jordão. A referência aqui é à margem
oriental do rio.
1.3 No ano quadragésimo. Era um período de transição. Deu-
teronômio é obra que "assinala a transição para uma nova
geração, para uma nova possessão, para uma nova experiência
(novo modo de vida), e para uma nova revelação de Deus -
a revelação de Seu amor (7.8, etc.).
1.5 Lei. Essa palavra pode ser usada para abarcar o escopo
inteiro da revelação divina. No presente caso refere-se aos
discursos que se seguem e, em Deuteronômio de um modo
geral, a toda ou parte da doutrina ensinada por Moisés. Neste
livro, encontra-se apenas no singular, a provar que se trata de
um todo único e não de uma simples coleção. Com o decor
rer dos tempos foi a palavra generalizada para indicar o Pen-
tateuco (Ed 7.6; M t1 2 .5 ) ou mesmo todo o Antigo
Testamento (João 10.34; 15.25).
1.6 Tempo bastante. Os anos durante os quais vaguearam fo
ram anos de disciplina. Deus sabe exatamente de que disci
plina carecemos, que dificuldades devemos suportar e quanto
podemos resistir. Seu propósito é conduzir-nos da aflição
para o descanso e a paz.
1.7 Desde tempos remotos, a Palestina era conhecida como
terra de Canaã e seus habitantes como cananeus (Cn 10.19:
12.6). Os amorreus penetraram em Canaã vindos do norte, e
se estabeleceram na região montanhosa de ambos os lados
do Jordão. Aqui a palavra 'cananeus' refere-se aos que viviarr
na planicie.
1.8 Com juramento, c fH b 6 .1 2 -2 0 .
251 DEUTERONÔMIO 1.31
de cem, chefes de cinqüenta, chefes de dez e
oficiais, segundo as vossas tribos.m
16 Nesse mesmo tempo, ordenei a vossos
juizes, dizendo: ouvi a causa entre vossos ir
mãos e julgai justamente entre o homem e seu
irmão ou o estrangeiro que está com ele.n
17 Não sereis parciais no juízo, ouvireis
tanto o pequeno como o grande; não temereis
a face de ninguém, porque o juízo é de Deus;
porém a causa que vos for demasiadamente
difícil fareis vir a mim, e eu a ouvirei.0
18 Assim, naquele tempo, vos ordenei to
das as coisas que havíeis de fazer.
Doze homens foram enviados
para espiar a terra de Canaã
Nm 1 3 .1 -2 4
19 Então, partimos de Horebe e caminha
mos por todo aquele grande e terrível deserto
que vistes, pelo caminho da região monta
nhosa dos amorreus, como o Senhor, nosso
Deus, nos ordenara; e chegamos a Cades-
Baméia.P
20 Então, eu vos disse: tendes chegado à
região montanhosa dos amorreus, que o
Senhor, nosso Deus, nos dá.
21 Eis que o Senhor, teu Deus, te colo
cou esta terra diante de ti. Sobe, possui-a,
como te falou o Senhor, Deus de teus pais:
Não temas e não te assustes. 9
22 Então, todos vós vos chegastes a mim
e dissestes: Mandemos homens adiante de
nós, para que nos espiem a terra e nos digam
por que caminho devemos subir e a que cida
des devemos ir.
23 Isto me pareceu bem; de maneira que
1.15 mEx 18.25
1.16 "Lv 24.22;
|o 7.24
1.17 °Ex 18.22;
Lv 19.15;
1 Sm 16.7;
2Cr 19.6;
Pv 24.23
1.19
pNm 10.12;
Jr 2.6
1.21 <)Js 1.9
1.23 ''Nm 13.3
1.24
sNm 13.22-24
1.25 'Nm 13.27
1.26
«Nm 14.1-4
1.27 ^Dt 9.28
1.28
“'Nm 13.28;
Dt 9.1-2
1.30 *Ex 14.14;
Ne 4.20
1.31 M t 13.18
tomei, dentre vós, doze homens, de cada tribo
um homem/
24 E foram-se, e subiram à região monta
nhosa, e, espiando a terra, vieram até o vale
de Escol,5
25 e tomaram do fruto da terra nas mãos,
e no-lo trouxeram, e nos informaram, di
zendo: É terra boa que nos dá o Senhor,
nosso Deus.f
O relatório dos espias
recebido com incredulidade
Nm 1 3 .2 5 -3 3
26 Porém vós não quisestes subir, mas
fostes rebeldes à ordem do Senhor, vosso
Deus.u
27 Murmurastes nas vossas tendas e dis
sestes: Tem o Senhor contra nós ódio; por
isso, nos tirou da terra do Egito para nos en
tregar nas mãos dos amorreus e destruir-
nos.1'
28 Para onde subiremos? Nossos irmãos
fizeram com que se derretesse o nosso cora
ção, dizendo: Maior e mais alto do que nós é
este povo; as cidades são grandes e fortifica
das até aos céus. Também vimos ali os filhos
dos anaquins.w
29 Então, eu vos disse: não vos espanteis,
nem os temais.
30 O Senhor, vo s so Deus, que vai
adiantede vós, ele pelejará por vós, segundo
tudo o que fez conosco, diante de vossos
olhos, no E gito/
31 como também no deserto)', onde vistes
que o Senhor, vosso Deus, nele vos levou,
como um homem leva a seu filho, por todo o
1.16 O estrangeiro. A palavra hebraica usada é ger. Na orga
nização política de Israel destacavam-se quatro classes; os
descendentes dos patriarcas, incluindo os "anciãos" e "prínci
pes"; os "estrangeiros" (no heb, ger), quando, provenientes
de outras nações, passavam a residir entre o povo eleito; os
"peregrinos" (no heb, toshab), geralmente provenientes dos
povos conquistados; e, finalmente, os "servos", que podiam
ser comprados ou nasceram na casa. Além destes, contavam-
se ainda os "estrangeiros" (no heb, nokhrt, cf 17.15) que só
temporariamente habitavam entre os israelitas, para comércio
ou outros negócios. Seja como for, o estrangeiro devia ser
tratado como um irmão. O cuidado por todos aqueles cuja
posição podia ter sido motivo de humilhação é uma das ca
racterísticas mais acentuadas do Deuteronômio. Que con
traste entre os códigos do Egito e da Babilônia.
1.21 Sobe, possui-a. As Escrituras sempre nos encorajam a
"possuir". Muitos crentes vivem na pobreza espiritual e na
derrota porque deixam de se apossar de tudo quanto Deus
preparou para uma vida vitoriosa. Não temas. O temor ao
Senhor deveria dissipar o temor ao homem (3.2,22; 20.3,4;
31.6,8).
1.25 é terra boa que nos dá o Senhor. O fato de que a terra
era uma dádiva de Deus permeia o livro inteiro e é parte
essencial de sua mensagem. Respeitar-se-ão, todavia, as anti
gas fronteiras (19.14) e a santidade do lugar (21.23), mas não
serão esquecidas as promessas da vitória (27.2,3), as bênçãos
(15.4), e mesmo avisos de vários gêneros (28.52).
1.28 Maior e mais alto. Os inimigos do povo de Deus eram
poderosos. Cf Ef 6.12. Mas Deus não quer que Seu povo lute
contra o inimigo apenas com suas próprias forças. Fortificadas
até aos céus. Escavações recentes vieram demonstrar que na
Palestina muitas eram as cidades anteriores ao período mo
saico, fortificadas com altas muralhas, as quais dava acesso
uma única entrada construída em declive.
DEUTERONÔMIO 1.32 252
caminho pelo qual andastes, até chegardes a
este lugar.
32 Mas nem por isso crestes no S e n h o r ,
vosso Deus,z
33 que foi adiante de vós por todo o cami
nho, para vos procurar o lugar onde deveríeis
acampar; de noite, no fogo, para vos mostrar
o caminho por onde havfeis de andar, e, de
dia, na nuvem.0
O castigo de Deus
Nm 14.20-38
3 4 Tendo, pois, ouvido o S e n h o r as vos
sas palavras, indignou-se e jurou, dizendo:b
35 Certamente, nenhum dos homens desta
maligna geração verá a boa terra que jurei dar
a vossos pais,c
36 salvo Calebe, filho de Jefoné; ele a
verá, e a terra que pisou darei a ele e a seus
filhos, porquanto perseverou em seguir ao
S e n h o r . d
37 Também contra mim se indignou o
S e n h o r por causa de vós, dizendo: Também
tu lá não entrarás.e
38 Josué, filho de Num, que está diante de
ti, ele ali entrará; anima-o, porque ele fará
que Israel a receba por herança/
39 E vossos meninos, de quem dissestes:
Por presa serão; e vossos filhos, que, hoje,
nem sabem distinguir entre bem e mal, esses
ali entrarão, e a eles darei a terra, e eles a
possuirão.s
40 Porém vós virai-vos e parti para o de
serto, pelo caminho do mar Vermelho.'1
1.32 *SI106.24
1.33 °Êx 13.21;
SI 78.14
1.34
b Dt 2.14-15
1.35
cNm 14.22-23
1.36
c/Nm 14.24;
|s 14.9
1.37
eNm 20.12;
SI 106.32
1.38 th 24.13;
Dt 31.7,23;
ISm 16.22
1.39gNm 14.3;
Is 7.15-16
1.40
*Nm 14.25
1.41 'Nm 14.40
1.42/Nm 14.42
1.43
*Nm 14.44-45
1.44/S1118.12
1.46
'"Nm 13.25
2.1 "Nm 21.4
2.3 oDt2.7
O povo derrotado em Horma
Nm 14.39-45
41 Então, respondestes e me dissestes: Pe
camos contra o S e n h o r ; nós subiremos e pe
lejaremos, segundo tudo o que nos ordenou o
S e n h o r , nosso Deus. Vós vos armastes, cada
um dos seus instrumentos de guerra, e vos
mostrastes temerários em subindo à região
montanhosa.'
42 Disse-me o S e n h o r : Dize-lhes: Não
subais, nem pelejeis, pois não estou no meio
de vós, para que não sejais derrotados diante
dos vossos inimigos./
43 Assim vos falei, e não escutastes; an
tes, fostes rebeldes às ordens do S e n h o r e,
presunçosos, subistes às montanhas.k
44 Os amorreus que habitavam naquela
região montanhosa vos saíram ao encontro; e
vos perseguiram como fazem as abelhas e vos
derrotaram desde Seir até Horma.1
45 Tomastes-vos, pois, e chorastes pe
rante o S e n h o r , porém o S e n h o r não vos
ouviu, não inclinou os ouvidos a vós outros.
46 Assim, permanecestes muitos dias em
Cades.m
A jornada de Cades até Zerede
2 Depois, viramo-nos, e seguimos para o deserto, caminho do mar Vermelho
como o S e n h o r me dissera, e muitos dias
rodeamos a montanha de Seirn.
2 Então, o S e n h o r me falou, dizendo:
3 Tendes já rodeado bastante esta monta
nha; virai-vos para o norte.0
4 Ordena ao povo, dizendo: Passareis pe
los limites de vossos irmãos, os filhos de
1.32 Nem por isso crestes. O pecado que expulsou Israel de
Canaã (Hb 3.19) e que expulsa o pecador do céu (]o 3.18,36)
é a incredulidade. É um pecado contra o remédio para o
pecado.
1.37 Contra mim se indignou. Os juízos de Deus sâo impar
ciais. O incidente é mencionado aqui porque suas conseqüên
cias foram a exclusão de Moisés de Canaã, juntamente com a
expulsão da geração mais antiga (cf 5.35). Cf 34.1 On.
1.38 Josué.. . entrará. No anúncio do julgamento houve
também a manifestação da misericórdia de Deus. Calebe (36)
e Josué haveriam de ser poupados, como também toda a
segunda geração de Israel (38,39).
1.45 Nâo nos ouviu. O Senhor não aceita nem atende os que
se aproximam dEle na incredulidade.
1.46 Muitos dias. As tristes conseqüências da incredulidade:
quarenta anos no deserto, quando poderiam ter chegado ao
seu destino em onze dias (2)! • N. Hom. Pecados graves que
devem ser evitados: 1) A desobediência e a rebeldia contra
Deus (26); 2 ) Acusar a Deus de ter errado (27); 3) A increduli
dade (32). • N. Hom. Características do servo fiel de Deus:
1) Desejo de ver o povo experimentar as bênçãos de Deus
(11); 2) Cuidado para que todos sejam tratados com eqüi
dade (17); 3) Confiança que o Senhor suprirá as necessidades
do povo (29,30); 4) Franqueza ao apresentar ao povo os pe
cados deste (32). • N. Hom. Pecados que levam à derrota
certa: 1) Confissão sem arrependimento autêntico (41a);
2) Presunção sob o disfarce de zelo (41 b,43b); 3) Esforço sem
auxílio divino (42,43).
Cap 2 Moisés prossegue em seu retrospecto histórico, abran
gendo os acontecimentos desde que Israel partira de Cades
até a sua vitória sobre Seom, rei de Hesbom.
2.1 Montanha de Seir. Os montes de Edom, dos quais o mais
célebre era o Seir, estendiam-se ao sul e ao oriente do Mar
Morto.
2 .4 Vossos irmãos. Esaú, cujos descendentes eram os edomi-
tas, era irmão de Jacó, antepassado dos filhos de Israel.
253 DEUTERONÔMIO 2.22
EsaúP, que habitam em Seir; e eles terão
medo de vós; portanto, guardai-vos bem.
5 Não vos entremetais com eles, porque
vos não darei da sua terra nem ainda a pisada
da planta de um pé; pois a Esaú dei por pos
sessão a montanha de Seir.')
6 Comprareis deles, por dinheiro, comida
que comais; também água que bebais compra
reis por dinheiro.
7 Pois o Sen h o r , teu Deus, te abençoou
em toda a obra das tuas mãos; ele sabe que
andas por este grande deserto; estes quarenta
anos o Se n h o r , teu Deus, esteve contigo;
coisa nenhuma te faltou/
8 Passamos, pois, flanqueando assim nos
sos irmãos, os filhos de Esaú, que habitavam
em Seir, como o caminho da Arabá, de Elate
e de Eziom-Geber, viramo-nos e seguimoso
caminho do deserto de Moabe.5
9 Então, o Senhor me disse; Não moles
tes Moabe' e não contendas com eles em
peleja, porque te não darei possessão da sua
terra; pois dei Ar em possessão aos filhos
de Ló.
10 (Os emins, dantes, habitavam nela,
povo grande, numeroso e alto como os ana-
quins;u
11 também eles foram considerados re-
fains, como os anaquins; e os moabitas lhes
chamavam emins.
12 Os horeus também habitavam, outrora,
em Seir; porém os filhos de Esaú os desapos-
saram, e os destruíram de diante de si, e habi
taram no lugar deles, assim como Israel fez à
2.4 pCn 36.8
2.5 <7Gn 36.8
2.7 rDt 8.2-4
2.8 sjz 11.18;
1 Rs 9.26
2.9 íGn 19.37
2.10 uCn 14.5;
Dt9.2
2.12 ^Cn 14.6
2.13
*Nm 21.12
2.14
*Nm 14.28-35
2.15 KS! 78.33
2.19 ^Cn 19.38
2.20 aCn 14.5
2.21 &Dt 2.10
terra da sua possessão, que o Se n h o r lhes
tinha dado.)'-'
13 Levantai-vos, agora, e passai o ribeiro
de Zerede; assim, passamos o ribeiro de
Zerede.lv
14 O tempo que caminhamos, desde Ca-
des-Baméia até passarmos o ribeiro de Ze
rede, foram trinta e oito anos, até que toda
aquela geração* dos homens de guerra se
consumiu do meio do arraial, como o
Senh o r lhes jurara.
15 Também foi contra eles a mão do
Se n h o r , para os destruir do meio do arraial,
até os haver consumido.)'
A travessia de Ar e Arnom
16 Sucedeu que, consumidos já todos os
homens de guerra pela morte, do meio do
povo,
17 o Senh o r me falou, dizendo:
18 Hoje, passarás por Ar, pelos limites de
Moabe,
19 e chegarás até defronte dos filhos de
Amomz; não os molestes e com eles não
contendas, porque da terra dos filhos de
Amom te não darei possessão, porquanto aos
filhos de Ló a tenho dado por possessão.
20 (Também esta é considerada terra dos
refains; dantes, habitavam nela refains, e os
amonitas lhes chamavam zanzumins,0
21 povo grande, numeroso e alto como os
anaquins; o S e n h o r o s destruiu diante dos
amonitas; e estes, tendo-os desapossado, ha
bitaram no lugar deles;b
22 assim como fez com os filhos de Esaú
2.7 Ele sabe que andas. O verbo "saber", heb yãda', tem um
sentido muito íntimo e muito ativo. É o conhecimento de
perto, é acompanhar com amor um assunto ou uma pessoa,
adentrando-se pessoalmente na matéria. A expressão aqui
transcrita quer dizer que Deus acompanhou o andar, a via
gem dos israelitas, com a revelação dos Seus cuidados,
guiando-os, suprindo em suas necessidades, e também disci
plinando-os; enfim, foi um verdadeiro Pai para Seu
povo, 1.51.
2.9 Moabe. Os moabitas e amonitas (19) descendiam de Ló
(Gn 19.37,38). Esses aparentados, juntamente com os edomi-
tas (4), não podiam ser combatidos pelos israelitas, exceto em
defesa própria.
2 .1 0 -1 2 Esses versículos, bem como 2 0 -2 3 , são observações
parentéticas sobre a história antiga.
2.13 O ribeiro de Zerede. Assinalava a fronteira entre Edom
e Moabe ao norte. Israel se desviou em direção do deserto
moabita, aproximando-se assim das fronteiras de Amom, que
ficava a leste e a norte de Moabe.
2 .14 Trinta e oito anos. Os quarenta anos no deserto incluem
também o primeiro ano desde a travessia do mar Vermelho
até a partida do Sinai e o ano final gasto na conquista dos
territórios a leste do rio jordão.
2.20 Refains. Uma tribo antiga que vivia na Palestina antes da
chegada dos edomitas, amonitas e moabitas (que eram tribos
descendentes de Abraão), que já se menciona durante a per
manência de Abraão na região do mar Morto, Cn 14.5. Rece
biam nomes, diferentes em várias localidades, como zuzins,
emins e enaquins, e eram de estatura extraordinária. É possí
vel que refains significasse "super-homens". Enaquins (2.11)
pode ser interpretado por "gigantes"; a tradução de emins
(2 .11) pode ser "seres que amedrontam"; os zuzins ou zan-
zins têm um nome que talvez significasse "murmuradores".
Um dos reis desta raça se descreve em 3.11. Só um cumpri
mento milagroso das promessas feitas por Deus a Abraão,
poderia ter permitido que seus descendentes possuíssem os
territórios dos gigantes, quando a Descendência Escolhida,
Israel, ainda estava na escravidão, no Egito.
DEUTERONÔMIO 2.23 254
que habitavam em Seir, de diante dos quais
destruiu os horeus. Os filhos de Esaú, tendo-
os desapossado, habitaram no lugar deles até
este dia;c
23 também os caftorins que saíram de
Caftor destruíram os aveus, que habitavam
em vilas até Gaza, e habitaram no lugar
deles. )d
24 Levantai-vos, parti e passai o ribeiro
de Amom; eis aqui na tua mão tenho dado a
Seom, amorreu, rei de Hesbom, e a sua terra;
passa a possuí-la e contende com eles em
peleja.e
25 Hoje, começarei a meter o terror e o
medo de ti aos povos que estão debaixo de
todo o céu; os que ouvirem a tua fama treme
rão diante de ti e se angustiarão/
Vitória sobre Seom, rei de Hesbom
Nm 21.21-30
26 Então, mandei mensageiros desde o de
serto de Quedemote a Seom, rei de Hesbom,
com palavras de paz, dizendo: 9
27 deixa-me passar pela tua terra; so
mente pela estrada irei; não me desviarei para
a direita nem para a esquerda.h
28 A comida que eu coma vender-me-ás
por dinheiro e dar-me-ás também por di
nheiro a água que beba; tão-somente deixa-
me passar a pé,'
29 como fizeram comigo os filhos de
Esaú, que habitam em Seir, e os moabitas,
que habitam em Ar; até que eu passe o Jor
dão, à terra que o Senhor, nosso Deus,
nos dá./
30 Mas Seom, rei de Hesbom, não nos
2.22 cCn 14.6
2.23
<JGn 10.14;
|r 25.20
2.24
fNm 21.13-14
2.25
ftx 15.14-15;
)s 2.9-10
2.26sDt 20.10
2.27
'■Nm 21.21-22
2 .2 8 'Nm 20.19
2.29
/Nm 20.18;
Jz 11.17-18
2.30 *Êx 4.21;
|s 11.20
2.31 /Dt 1.8
2.32
'"Nm 21.23
2.33
"Nm 21.24
2.34 o Lv 27.28
2.36 PDt 3.12;
SI 44.3
2.37
iCn 32.22;
Dt 3.5,9,16,19
quis deixar passar por sua terra, porquanto o
S e n h o r , teu Deus, endurecera o seu espírito
e fizera obstinado o seu coração, para to dar
nas mãos, como hoje se vê.*
31 Disse-me, pois, o S e n h o r : Eis aqui,
tenho começado a dar-te Seom e a sua terra;
passa a desapossá-lo, para lhe ocupares o
país.1
32 Então, Seom saiu-nos ao encontro, ele
e todo o seu povo, à peleja em Jasa.m
33 E o S e n h o r , nosso Deus, no-lo entre
gou, e o derrotamos, a ele, e a seus filhos, e
a todo o seu povo."
34 Naquele tempo, tomamos todas as suas
cidades e a cada uma destruímos com os seus
homens, mulheres e crianças; não deixamos
sobrevivente algum.0
35 Somente tomamos, por presa, o gado
para nós e o despojo das cidades que tínha
mos tomado.
36 Desde Aroer, que está à borda do vale
de Amom, e a cidade que nele está, até Gi-
leade, nenhuma cidade houve alta demais
para nós; tudo isto o S e n h o r , nosso Deus,
nos entregou. P
37 Somente à terra dos filhos de Amom
não chegaste; nem a toda a borda do ribeiro
de Jaboque, nem às cidades da região monta
nhosa, nem a lugar algum que nos proibira o
S e n h o r , nosso Deus.?
Vitória sobre Ogue, rei de Basã
Nm 21.31-35
3
Depois, nos viramos e subimos o cami
nho de Basã; e Ogue, rei de Basã, nos
2.24 Seom. Esse rei governava desde o rio Arnom até o rio
jaboque (2.36 cf Nm 21.24). Passa a possuí-la: Deus dissera a
Abraão, muito antes, que os israelitas passariam quatrocentos
anos em terra estrangeira (Egito). Durante este tempo, a ini
qüidade dos amorreus, habitantes de Canaã, deveria ter se
desenvolvido até alcançar seu potencial máximo
(Gn 1 5 .13 -16 ). Chegara o tempo. Com a propagação do
amorreus para o outro lado do jordão, houve uma extensão
correspondente do território que Israel herdaria por con
quista. O Senhor, portanto, ordenou que Israel começasse a
apossar-se da terra.
2.25 O medo de ti. Quanto ao novo passo para diante, que
Israel tomaria, o Senhor os encorajou especialmente. Cfv 31
e 11.25.
2.28,29 O rei de Edom se recusara a deixar Israel atravessar o
seu país. Mas quando os israelitas circundaram Edom, o povo
da área, evidentemente, se dispôs a vender-lhes provisões.
2 .30 Endurecera o seu espírito. A hostilidade de Seom
(Nm 21.23) fazia parte do propósito divino. Mas isso não sig
nifica que haja qualquer incoerência entre a liberdade hu
mana e a soberania de Deus. Ver nota em 29.4, cf Êx 7 .1 -5
(notas).
2.33 Derrotamos a ele. Há notável paralelo entre a derrota de
Seom e a de Faraó, no Êxodo. Ambos requeridos a prestar um
favor a Israel. Ambos se recusaram por ter o Senhor endure
cido seus corações. Ambos se mostraram hostis a Israel. Am
bos foram derrotados porque o Senhor combateu em favor
de Seu povo. • N . Hom. Relação de Deus com Seu povo
(vista nos caps 2 — 3): 1) Ele instrui (2.3,37). 2) Ele cuida de
suas necessidades (2.7). 3) Ele os encoraja (3.2 ,28). 4 ) Ele
manifesta Seu poder em favor deles (2.25,33; 3.22).
Cap 3 Moisés relata a batalha contra Ogue, rei de Basã, e a
distribuição do território às duas tribos e meia. Seu retros
pecto histórico conclui com Israel situada defronte de Bete-
Peor, nas planícies de Moabe.
3.1 Ogue, rei de Basã. Governava do rio jaboque, sobre o
255 DEUTERONÔMIO 3.19
saiu ao encontro, ele e todo o seu povo, à
peleja em E drei/
2 Então, o Senhor me disse: Não temas,
porque a ele, e todo o seu povo, e sua terra dei
na tua mão; e far-lhe-ás como fizeste a Seom,
rei dos amorreus, que habitava em Hesbom.s
3 Deu-nos o Senhor, nosso Deus, em
nossas mãos também a Ogue, rei de Basã, e a
todo o seu povo; e ferimo-lo, até que lhe não
ficou nenhum sobrevivente.'
4 Nesse tempo, tomamos todas as suas ci
dades; nenhuma cidade houve que lhe não
tomássemos: sessenta cidades, toda a região
de Argobe, o reino de Ogue, em Basã.u
5 Todas estas cidades eram fortificadas
com altos muros, portas e ferrolhos; tomamos
também outras muitas cidades, que eram sem
muros.
6 Destruímo-las totalmente, como fize
mos a Seom, rei de Hesbom, fazendo perecer,
por completo, cada uma das cidades com os
seus homens, suas mulheres e crianças.1'
7 Porém todo o gado e o despojo das cida
des tomamos para nós, por presa.
8 Assim, nesse tempo, tomamos a terra da
mão daqueles dois reis dos amorreus que esta-
vam dalém do Jordão: desde o rio de Amom
até ao monte Hermom
9 (Os sidônios a Hermom chamam Si-
riom; porém os amorreus lhe chamam
Senir.),lv
10 tomamos todas as cidades do planalto,
e todo o Gileade, e todo o Basã, até Salca e
Edrei, cidades do reino de Ogue, em Basã*
11 (Porque só Ogue, rei de Basã, restou
dos refains; eis que o seu leito, leito de ferro,
não está, porventura, em Rabá dos filhos de
Amom, sendo de nove côvados o seu compri
3.1 rNlm21.33
3.2 sNm 21.24
3.3 iNm 21.35
3.4u1Rs4.13
3.6 v-Dt 2.24
3.9 >vDt4.48;
1 Cr 5.23
3.10 «Dt 4.49
3.11 t-Cn 14.5;
2Sm 12.26;
Ez 21.20
3.12
*Nm 32.33;
|s 12.2,6
3.13 »|s 13.29
3.14
*>Nm 32.41;
2Sm 3.3;
1 Cr 2.22
3.15 cNm 32.39
3.16
dNm 21.24;
2Sm 24.5
3.17 «Cn 14.3;
Dt4.49
3.18 'Nm 32.20
mento, e de quatro, a sua largura, pelo côvado
comum?), y
Distribuição da Transjordânia
Nm 32.33-42
12 Tomamos, pois, esta terra em posses
são nesse tempo; desde Aroer, que está junto
ao vale de Amom, e a metade da região mon
tanhosa de Gileade, com as suas cidades, dei
aos rubenitas e gaditas.2
13 0 resto de Gileade, como também todo
o Basã, o reino de Ogue, dei à meia tribo de
Manassés; toda aquela região de Argobe, todo
o Basã, se chamava a terra dos refains.0
14 Jair, filho de Manassés, tomou toda a
região de Argobe até ao limite dos gesuritas e
maacatitas, isto é, Basã, e às aldeias chamou
pelo seu nome: Havote-Jair, até o dia de
hoje.k
15 A Maquir dei Gileade.c
16 Mas aos rubenitas e gaditas dei desde
Gileade até ao vale de Amom, cujo meio
serve de limite; e até ao ribeiro de Jaboque, o
limite dos filhos de Amom,d
17 como também a Arabá e o Jordão por
limite, desde Quinerete até ao mar da Arabá,
o mar Salgado, pelas faldas de Pisga, para o
oriente.e
18 Nesse mesmo tempo, vos ordenei, di
zendo: o S enhor, vosso Deus, vos deu esta
terra, para a possuirdes; passai, pois, armados,
todos os homens valentes, adiante de vossos
irmãos, os filhos de Israel/
19 Tão-somente vossas mulheres, e vos
sas crianças, e vosso gado (porque sei que
tendes muito gado) ficarão nas vossas cidades
que já vos tenho dado,
norte de Gileade e Basã, até o monte Hermom (8 -1 0 ,1 3 ;
Js 12.5).
3.3 Ferimo-lo. A derrota de Seom e a de Ogue desmentiram
aos temores incrédulos de Israel, de quarenta anos para trás.
Cf 1.28 com 2.36 e 3 .4 -6 .
3.11 Leito de ferro. Não se sabe exatamente o significado
dessa expressão, e em especial o sentido da palavra "leito",
(heb 'eres, "leito", "divã", ou "sarcófago”). Um explorador
chamado Capitão Condor, recentemente, o identificou com
um trono de pedra por ele descoberto na encosta de Rabá,
com as dimensões indicadas pela Bíblia.
3 .1 2 -1 7 As tribos de Rúben e Gade receberam o território de
Seom, desde o rio jaboque, ao sul de Gileade, até o rio Ar-
nom. A tribo de Gade se localizou ao norte de Rúben, com
sua fronteira imediatamente acima do mar Morto. Gade tam
bém recebeu o vale do jordão até o mar da Galiléía.
Cf Js 13 .1 5 -2 8 . Moisés também registrou os triunfos obtidos
no norte pelas famílias pertencentes à tribo de Manassés. À
essa meia tribo de Manassés foi dado o território de Ogue.
3.12 Tomamos.. . nesse tempo. Moisés não pôde entrar em
Canaã, mas teve o privilégio de ver o começo da conquista
sob sua liderança, e também a distribuição do território entre
as tribos (Nm 32). Excetuando-se a cerimônia do pacto, a
conquista e distribuição da terra a leste do jordão pôs fim à
obra de Moisés.
3.14 Filho de Manassés. A palavra "filhos" é freqüentemente
usada para se referir a qualquer descendente.
3.17 Quinerete. O mar da Galiiéia.
3.18 Vos ordenei. Refere-se particularmente às duas tribos e
meia que já haviam recebido sua herança. Tinham de cumprir
sua responsabilidade na conquista de Canaã, cf 33.21.
DEUTERONÔMIO 3.20 256
20 até que o Senhor dê descanso a vos
sos irmãos como a vós outros, para que eles
também ocupem a terra que o Senhor, vosso
Deus, lhes dá dalém do Jordão; então, volta-
reis cada qual à sua possessão que vos dei.9
21 Também, nesse tempo, dei ordem a Jo
sué, dizendo: os teus olhos vêem tudo o que
o Senhor, vosso Deus, tem feito a estes dois
reis; assim fará o Senhor a todos os reinos a
que tu passarás>
22 Não os temais, porque o Senhor,
vosso Deus, é o que peleja por vós.'
A oração de Moisés para entrar em Canaã
Nm 27.12-23
23 Também eu, nesse tempo, implorei
graça ao Senhor, dizendo:/
24 Ó Senhor Deus! Passaste a mostrar
ao teu servo a tua grandeza e a tua poderosa
mão; porque que deus há, nos céus ou na
terra, que possa fazer segundo as tuas obras,
segundo os teus poderosos feitos?*
25 Rogo-te que me deixes passar, para
que eu veja esta boa terra que está dalém
do Jordão, esta boa região montanhosa e o
Líbano.'
26 Porém o Senhor indignou-se muito
contra mim, por vossa causa, e não me ouviu;
antes, me disse: Basta! Não me fales mais
nisto.m
27 Sobe ao cimo de Pisga, levanta os
olhos para o ocidente, e para o norte, e para o
sul, e para o oriente e contempla com os pró
prios olhos, porque não passarás este
Jordão."
28 Dá ordens a Josué, e anima-o, e forta
3.20 3(18-20)
Nm 32.28-32;
|s 1.12-15
3.21
hNm 27.18
3.22 >Êx 14.14
3.23
)2Co 12.8-9
3.24*1x15.11;
2Sm 7.22;
SI 71.19
3.25 lÉx 3.8
3.26
mNm 20.12;
St 106.32
3.27
"Nm 27.12
3.28 o(23-28)
Nm 27.12-23;
Dt 32.48-52
3.29 PDt 4.46
4.1 9Lv 19.37;
Ez 20.11
4.2
rAp 22.18-19
4.3 sNm 25.1-9
4.6 tjó 28.28;
Pv 1.7
4.7 "2Sm 7.23;
Is 55.6
lece-o; porque ele passará adiante deste povo
e o fará possuir a terra que tu apenas verás.0
29 Assim, ficamos no vale defronte de
Bete-Peor.P
Moisés exorta o povo à obediência
4 Agora, pois, ó Israel, ouve os estatutos e os juízos que eu vos ensino, para os cum-
prirdes, para que vivais, e entreis, e possuais
a terra que o S enhor, Deus de vossos pais,
vos dá. 9
2 Nada acrescentareisr à palavra que vos
mando, nem diminuireis dela, para que guar
deis os mandamentos do Senhor, vosso
Deus, que eu vos mando.
3 Os vossos olhos viram o que o Senhor
fez por causa de Baal-Peors; pois a todo ho
mem que seguiu a Baal-Peor o Senhor,
vosso Deus, consumiu do vosso meio.
4 Porém vós que permanecestes fiéis ao
Senhor, vosso Deus, todos, hoje, estais
vivos.
5 Eis que vos tenho ensinado estatutos e
juízos, como me mandou o Senhor, meu
Deus, para que assim façais no meio da terra
que passais a possuir.
6 Guardai-os, pois, e cumpri-os, porque
isto será a vossa sabedoria e o vosso entendi
mento perante os olhos dos povos que, ou
vindo todos estes estatutos, dirão:
Certamente, este grande povo é gente sábia e
inteligente.*
7 Pois que grande nação há que tenha deu
ses tão chegados a si como o Senhor, nosso
Deus, todas as vezes que o invocamos?0
8 E que grande nação há que tenha estatu-
3.20 Descanso. Uma das principais bênçãos que Israel desfru
taria em Canaã. Esse descanso foi experimentado durante o
reinado de Salomão (1 Rs 5.4), mas um mais rico cumpri
mento dessa promessa será desfrutado em Jesus Cristo
(M t 11.28; Hb 4 .9 -1 1 ).
3.24 Que deus há nos céus. Isso não indica qualquer crença
na existência real de deuses falsos. • N. Hom. Encorajamento
divino; 1) Necessidade de encorajamento para o conflito (1);
2) Base do encorajamento: A promessa de Deus (2a, 18), e o
fato da fidelidade passada de Deus(2b,21). Cf 20.4.
Cap 4 Moisés encerra seu primeiro discurso com uma exor
tação à obediência (1 -4 0 ); é feita uma observação sobre a
separação das três cidades de refúgio (41 -4 3 ); depois vem a
introdução ao segundo discurso de Moisés (4 4 -4 9 ).
4 .1 ,2 Estatutos.. . juízos.. . mandamentos. Essas palavras,
bem como testemunhos (45), descrevem a lei em seus vários
aspectos. Veja a nota de 2 6 .1 6 -1 9 .
4.1 Para que vivais. A palavra de Deus é o "pão da vida" e
Suas palavras apontam o caminho da vida eterna, cf 8.3;
M t 19.17; |o 6.63.
4 .2 Nada acrescentareis.. . nem diminuireis. Há uma clara dis
tinção entre a palavra de Deus e a palavra do homem,
d M t 5 .1 7 -1 9 ; 15.6; Ap 22.18,19. Muitas divisões e heresias
na cristandade têm se originado daqueles que consideram as
tradições humanas ou as chamadas "revelações" verdades di
vinas. Outras heresias têm surgido daqueles que solapam a
revelação bíblica, ao negarem a autoridade e a inspiração di
vinas (cf nota sobre 13.2).
4 .5 No meio da terra. A lei visava primariamente a Israel. Seu
cerimonial e regulamentos judiciais eram para ser usados por
uma nação na terra, até que fosse feita a revelação posterior,
quando Cristo viesse. (Cf nota sobre 5.16.)
4 .8 Toda esta tei. A relevância da lei mosaica para o crente
pode ser resumida como segue: Primeiramente", essa lei con
tém certos elementos transitórios, a que não se obrigam os
cristãos (4.5n). Em segundo lugar, encerra princípios eternos
257 DEUTERONÔMIO 4.26
tos e juízos tão justos como toda esta lei que
eu hoje vos proponho?
9 Tão-somente guarda-te a ti mesmo e
guarda bem a tua alma, que te não esqueças
daquelas coisas que os teus olhos têm visto, e
se não apartem do teu coração todos os dias
da tua vida, e as farás saber a teus filhos e aos
filhos de teus filhos.v
10 Não te esqueças do dia em que esti-
veste perante o Senhor, teu Deus, em Ho
rebe, quando o Senhor me disse: Reúne este
povo, e os farei ouvir as minhas palavras, a
fim de que aprenda a temer-me todos os dias
que na terra viver e as ensinará a seus filhos.w
11 Então, chegastes e vos pusestes ao pé
do monte; e o monte ardia em fogo até ao
meio dos céus, e havia trevas, e nuvens, e
escuridão.*
12 Então, o Senhor vos falou do meio do
fogo; a voz das palavras ouvistes; porém,
além da voz, não vistes aparência nenhuma.)'
13 Então, vos anunciou ele a sua aliança,
que vos prescreveu, os dez mandamentos, e
os escreveu em duas tábuas de pedra*.
14 Também o Senhor me ordenou, ao
mesmo tempo, que vos ensinasse estatutos e
juízos0, para que os cumprísseis na terra a
qual passais a possuir.
15 Guardai, pois, cuidadosamente, a vossa
alma, pois aparência nenhuma vistes no dia
em que o Senhor, vosso Deus, vos falou em
Horebe, no meio do fogo;*
16 para que não vos corrompais e vos fa
çais alguma imagem esculpidac na forma de
ídolo, semelhança de homem ou de mulher,
17 semelhança de algum animal que há na
4.9 'Cn 18.19;
SI 78.5-6; Ef 6.4
4.10 "Ex 19.9;
Hb 12.18-19
4.11 *Ex 19.18
4.12 V(10-12)
Êx 19.16-18;
Hb 12.18-19
4.13 zEx 31.18
4.14 °Êx 21.1
4.15 í>|s 23.11
4.16 í Êx 20.4;
Lv 26.1; Dt 5.8;
27.15
4.19 dCn 2.1;
2Rs 17.16;
Jó 31.26-27
4.20 eÊx 19.4-6
4.21 'Nm 20.12
4.22 sDt 3.25;
2Pe 1.13-15
4.23 »>Ex 20.4-5
4.24 >Hb 12.29
4 .2 5 /Dt 4.16;
2Rs 17.17
terra, semelhança de algum volátil que voa
pelos céus,
18 semelhança de algum animal que ras
teja sobre a terra, semelhança de algum peixe
que há nas águas debaixo da terra.
19 Guarda-te não levantes os olhos para
os céus e, vendo o sol, a lua e as estrelas, a
saber, todo o exército dos céus, sejas seduzido
a inclinar-te perante eles e dês culto àqueles,
coisas que o Senhor, teu Deus, repartiu a
todos os povos debaixo de todos os céus.rf
20 Mas o Senhor vos tomou e vos tirou
da fornalha de ferro do Egito, para que lhe
sejais povo de herançae, como hoje se vê.
21 Também o S en h o r se indignou contra
mim, por vossa causa, e jurou que eu não
passaria o Jordão^ e não entraria na boa terra
que o S enhor, teu Deus, te dá por herança.
22 Porque eu morrerei neste lugar, não
passarei o Jordão; porém vós o passareis e
possuireis aquela boa terra. 9
23 Guardai-vos não vos esqueçais da
aliança do Senhor, vosso Deus, feita con-
vosco, e vos façais alguma imagem esculpida,
semelhança de alguma coisa que o Senhor,
vosso Deus, vos proibiu.h
24 Porque o Senhor, teu Deus, é fogo
que consome', é Deus zeloso.
25 Quando, pois, gerardes filhos e filhos
de filhos, e vos envelhecerdes na terra, e vos
corromperdes, e fizerdes alguma imagem es
culpida, semelhança de alguma coisa, e fizer
des mal aos olhos do S enhor, teu Deus, para
o provocar à ira,/
26 hoje, tomo por testemunhas contra vós
outros o céu e a terra, que, com efeito, perece-
de santidade, justiça e verdade, incluídos no Decãlogo e im
plícitos em toda a lei, que se impõe a todas as gerações de
judeus e cristãos. A estes se refere a frase "está escrito"
(M t4 .1 0 ; 5.17; Rm 13.9; 1 Pe 1.16). Em terceiro lugar, como
parte da Bíblia inspirada, todo o livro foi escrito para nos
instruir (Rm 15.4) e é muito "proveitoso" (2 Tm 3.16). Final
mente, é sabido que Moisés escreveu acerca de Cristo
( |o 5 .4 6 ; Dt 18.15 nota). Cristo, portanto, deve ser procu
rado nessas páginas, já que toda Lei tem o fim de nos condu
zir a Ele (Cl 3.24).
4 .9 farás saber. É uma ênfase repetida, cf 6.7; 11.19; 24.8;
31.19.
4.13 Sua aliança. Essa é a primeira das vinte e sete ocorrên
cias desse tema em Deuteronômio. A palavra é aqui usada
para indicar o estabelecimento de uma relação, de um vín
culo permanente entre os dois lados. Pelo pacto de Horebe,
Deus tomou a Israel como Seu povo particular e Israel o to
mou como seu Senhor (Êx 19.5,8), cf Is 42.6n.
4.15 Aparência nenhuma vistes. Ninguémjamais viu a Deus
Pai (|o 1.18). Deus é espírito (|o 4.24), e é errado o homem
tentar representá-lo materialmente para um auxílio à adora
ção. Quando o Antigo Testamento se refere a manifestações
visíveis de Deus, pode referir-se a um aparecimento do Cristo
pré-encarnado. Um estudo cuidadoso de todas as referências
do Antigo Testamento ao "anjo do Senhor" parece indicar
que assim sucede. Veja-se a nota de 2 Cr 3.1.
4.19 O sol, a lua. Já no tempo de Abraão se erguiam grandio
sos templos à lua, em Ur. No Egito, em Om (Heliópolis), pres-
tava-se culto ao sol.
4.20 Povo de herança. Os crentes de hoje também são povo
de uma herança (1 Pe 1.4), neste caso eterna.
4.24 Deus zeloso. A palavra hebraica qãnõ, tanto pode signifi
car "zeloso", como "ciumento" aliás duas idéias que andam
intimamente ligadas. O amor de Deus é muitas vezes compa
rado ao do marido que se dá sem reservas e que espera em
troca um amor incondicional.
DEUTERONÔMIO 4.27 258
reis, imediatamente, da terra a qual, passado o
Jordão, ides possuir; não prolongareis os vos
sos dias nela; antes, sereis de todo des
truídos.*
27 O S en h o r v o s espalhará entre os po
vos, e restareis poucos em número entre as
gentes aonde o S enho r vos conduzirá.'
28 Lá, servireis a deuses que são obra de
mãos de homens, madeira e pedra, que não
vêem, nem ouvem, nem comem, nem
cheiram."1
29 De lá, buscarás ao Senhor, teu Deus,
e o acharás", quando o buscares de todo o teu
coração e de toda a tua alma.
30 Quando estiveres em angústia, e todas
estas coisas te sobrevierem nos últimos dias,
e te voltares para o Senhor, teu Deus, e lhe
atenderes a voz,0
31 então, o Senhor, teu Deus, não te de
samparará, porquanto é Deus misericordioso,
nem te destruirá, nem se esquecerá da aliança
que jurou a teus pais.P
32 Agora, pois, pergunta aos tempos pas
sados, que te precederam, desde o dia em que
Deus criou o homem sobre a terra, desde uma
extremidade do céu até à outra, se sucedeu
jamais coisa tamanha como esta ou se se ou
viu coisa como esta; 9
33 ou se algum povo ouviu falar a voz de
algum deus do meio do fogo, como tu a ou-
viste, ficando vivo;r
34 ou se um deus intentou ir tomar para si
um povo do meio de outro povo, com provas,
e com sinais, e com milagres, e com peleja, e
com mão poderosa, e com braço estendido, e
com grandes espantos, segundo tudo quanto o
Senhor, vosso Deus, vos fez no Egito, aos
vossos olhos.5
35 A ti te foi mostrado para que soubesses
que o Senhor é Deus; nenhum outro há, se
não ele(.
36 Dos céus te fez ouvir a sua voz, para
4.26
*Dt 30.18-19;
Mq 6.2
4.27 <Lv 26.33;
Ne 1.8
4.28 ">(27-28)
Dt 28.36
4.29 "Ir 29.13
4.30 °Gn 49.1;
Jr 23.20; Jl 2.12
4.31 p2Cr 30.9;
S1116.5
4.32 q\ó 8.8
4.33 'Êx 24.11
4.34 6.6
4.35 'Mc 12.32
4.36 wÉx 19.9;
Hb 12.18
4.37 v-Èx 13.3;
Dt 10.15
4.38 *D t 7.1
4.39 *Dt 4.35
4.40 Ybí 22.31;
Ef 6.3
4.41 ^Nm 35.6
4.42 o Dt 19.4
4 .4 3 b(41-43)
Dt 19.1-3;
js 20.7-9
te ensinar, e sobre a terra te mostrou o seu
grande fogo, e do meio do fogo ouviste as
suas palavras."
37 Porquanto amou teus pais, e escolheu a
sua descendência depois deles, e te tirou do
Egito, ele mesmo presente e com a sua grande
força,1'
38 para lançar de diante de ti nações maio
res e mais poderosas do que tu, para te intro
duzir na sua terra e ta dar por herança, como
hoje se vê.lv
39 Por isso, hoje, saberás e refletirás no
teu coração que só o S e n h o r é Deus em cima
no céu e embaixo na terra; nenhum ou
tro há.*
40 Guarda, pois, os seus estatutos e os
seus mandamentos que te ordeno hoje, para
que te vá bem a ti e a teus filhos depois de ti
e para que prolongues os dias na terra que
o S e n h o r , teu Deus, te dá para todo o
sempre.)'
Três cidades de refugio
Nm 35.9-15; Dt 19.1-3
41 Então, Moisés separou três cidades da-
lém do Jordão, do lado do nascimento
do sol,*
42 para que se acolhesse ali o homicida
que matasse, involuntariamente, o seu pró
ximo, a quem, dantes, não tivesse ódio algum,
e se acolhesse a uma destas cidades e
vivesse:0
43 Bezer, no deserto, no planalto, para os
rubenitas; Ramote, em Gileade, para os gadi-
tas; e Golã, em Basã, para os manassitas.b
O S e g u n d o D i s c u r s o d e M o i s é s
Moisés conta a história da legislação
44 Esta é a lei que Moisés propôs aos fi
lhos de Israel.
45 São estes os testemunhos, e os estatu-
4.27 tos espalhará entre os povos. Israel é avisado que seriam
exilados de sua herança como pena pela idolatria. Cf nota
sobre 28.64.
4.29 De lá. Não importando onde estiver, nem suas circuns
tâncias, qualquer um pode encontrar a Deus se realmente O
busca de todo o coração (Jo 4.23,24).
4.31 Aliança,. . teus pais. Embora Israel viesse a sofrer a pena
máxima (27) por violar o pacto mosaico, Deus seria gracioso
para com Israel, à base do pacto abraâmico anterior.
Cf 30.20; Lv 26.33,42; Gn 15. • N . Hom. O emprego de
objetos materiais para adorar a Deus: 1) É incompatível com
a natureza espiritual de Deus (15); 2) Conduz à adoração aos
próprios objetos (19); 3) Pode levar a uma vida corrupta (16);
4) Incorre na ira de Deus (25b -26 ).
4 .34 Desde os princípios da existência humana, os homens
foram desenvolvendo crenças e costumes religiosos, e, já no
tempo de Moisés cada tribo e região tinha sua religião local,
imutável, já havia séculos. Eram idéias humanas produzidas
pelo fato de a própria natureza do universo proclamar muita
coisa sobre Seu Criador, S119.1. A idéia de Deus procurar
deliberadamente um povo, resgatando-o com amor e poder,
era desconhecida aos pagãos.
259 DEUTERONÔMIO 5.12
tos, e os juízos que Moisés falou aos filhos de
Israel, quando saíram do Egito,
46 além do Jordão, no vale defronte de
Bete-Peor, na terra de Seom, rei dos amor
reus, que habitava em Hesbom, a quem Moi
sés e os filhos de Israel feriram ao saírem do
Egito,c
47 e tomaram a sua terra em possessão,
como também a terra de Ogue, rei de Basã,
dois reis dos amorreus, que estavam além do
Jordão, do lado do nascimento do sol;d
48 desde Aroer, que está à borda do vale
de Arnom, até ao monte Siom, que é
Hermom,*
49 e toda a Arabá, além do Jordão, do lado
oriental, até ao mar da Arabá, pelas faldas de
Pisga.f
A repetição dos dez mandamentos
Êx 2 0 .1 -1 7
5 Chamou Moisés a todo o Israel e disse- lhe: Ouvi, 6 Israel, os estatutos e juízos
que hoje vos falo aos ouvidos, para que os
aprendais e cuideis em os cumprirdes.
2 O S e n h o r , nosso Deus, fez aliança co
nosco em Horebe.s
3 Não foi com nossos pais que fez o
4.46 cNm 21.24
4.47
dNm 21.35
4.48 fDt 2.36
4.49 /Dt 3.17
5.2 9Êx 19.5
5.3*M t13.17
5.4 'Êx 19.9;
Dt 4.33,36
5 .5 /Êx 19.16
5.6 *Êx 20.2;
Dt 6.4
5 .7 'Êx 20.3
5.8 Êx 34.17;
Lv 19.4; 26.1;
Dt 4.15-19;
27.15
5.9 "Êx 34.7
5.10 o(9-10)
Êx 34.7;
Nm 14.18;
Dt 7.9
5.11 f>Lv 19.12
S e n h o r esta aliança, e sim conosco, todos os
que, hoje, aqui estamos vivos.'1
4 Face a face falou o S e n h o r conosco, no
monte, do meio do fogo1
5 (Nesse tempo, eu estava em pé entre o
S e n h o r e vós, para vos notificar a palavra do
S e n h o r , porque temestes o fogo e não subis-
tes ao monte.), dizendo:/
6 Eu sou o S e n h o r , teu Deus, que te tirei
do Egito, da casa da servidão.k
7 Não terás outros deuses diante
de mim.'
8 Não farás para tim imagem de escultura,
nem semelhança alguma do que há em cima
no céu, nem embaixo na terra, nem nas águas
debaixo da terra;
9 não as adorarás, nem lhes darás culto;
porque eu, o S e n h o r , teu Deus, sou Deus
zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos
filhos até a terceira e quarta geração daqueles
que me aborrecem,"
10 e faço misericórdia até mil gerações
daqueles que me amame guardam os meus
mandamentos.0
11 Não tomarás o nomeP do S e n h o r , teu
Deus, em vão, porque o S e n h o r não terá por
inocente o que tomar o seu nome em vão.
12 Guarda o dia de sábado, para o santifi-
Cap 5 -1 1 Esta seção contém o segundo discurso de Moisés,
que apresenta uma extensa exposição dos Dez Mandamen
tos, com exortações à obediência. Faz-se referência especial
aos dois primeiros mandamentos.
Cap 5 Moisés começa o discurso com uma introdução aos
Dez Mandamentos (1 - 5 ) . Então repete os mandamentos
(6 -2 1 ) e explica mais plenamente o que ocorreu no Sinai,
após o livramento do povo (2 2 -3 3 ).
5.3 Não foi com nossos pais. Isto é: não só com os nossos
antepassados, mas também conosco.
5.5 Entre o Senhor e vós. Moisés era mediador e intercessor.
Cf nota sobre 9.25.
5.6 Eu sou. É a natureza revelada de Deus que determina
aquilo que Seus servos devem ser: "Sede vós perfeitos como
perfeito é o vosso Pai celeste", M t 5.48.
5 .6 -2 1 Constituem-se os Dez Mandamentos, no âmago da
Lei e a base da Aliança de Deus com Israel. Os capítulos
1 2 -2 6 pode-se considerar uma aplicação pormenorizada dos
princípios que contêm para a vida do povo em C anaã.. . A
diferença entre os mandamentos expostos no capítulo 20 de
Êxodo e os do presente capítulo de Deuteronômio leva a su
por que as "palavras" originais não passavam de simples fra
ses como esta; "Honra a teu pai e a tua mãe" (16). As palavras
que seguem eram apenas um comentário, mais ou menos
desenvolvido. Os Dez Mandamentos são sem paralelo em
muitas coisas, e foram um sumário completo da Lei de Deus
(Cf nota sobre 4.8). A forma pela qual o decálogo é apresen
tado no Antigo Testamento, porém, mostra que era aplicado
em termos próprios para a era mosaica. (Cf notas sobre
1 2 -1 5 e 16). O decálogo é chamado de "a aliança" (4.13;
9.9), e como tal se refere a Israel, o povo do pacto.
5 .7 Outros deuses. Na derrota do Faraó e de todos os mági
cos do Egito, Deus já revelara plenamente que, embora haja
ídolos e crendices numerosos no mundo, esses "deuses" não
têm existência real, que se possa revelar pela atuação. Esta
demonstração (4 .3 2 -3 5 ) é a maior autoridade para se exigir
obediência aos Mandamentos. M t 11 .28 -30 ; Jo 14.15.
5.10 Guardar os mandamentos de Deus não deve ser consi
derado um fardo pesado para pessoas religiosas carregarem,
mas sim, pura e simplesmente, a expressão alegre e aben
çoada de amar a Deus,
5.11 O nome do Senhor. No pensamento hebraico, o nome
(heb shèm) liga-se intimamente à pessoa; umas vezes indica
o seu caráter (cf Êx 3.13; M t 1.21), e outras, a posição que
ocupa (Êx 23.21).
5 .1 2 -1 5 A principal diferença entre as duas apresentações
dos Dez Mandamentos reside nas razões dadas para a obser
vação do sábado (Êx 20.11; D t 5.15). A palavra "sábado" tem
raiz no termo hebraico shãbhat, que quer dizer "cessar, desis
tir". Esta palavra estava associada ao sétimo dia antes mesmo
da legislação do Sinai (cf Êx 16.26). A referência específica ao
sétimo dia não aparece no próprio mandamento sobre o sá
bado (D t5 .1 2 ), mas no comentário que se segue (cf 16n).
Não há razão lingüística pela qual a palavra "sábado" não
DEUTERONÔMIO 5.13 260
car, como te ordenou o S e n h o r , teu Deus.4
13 Seis dias trabalharás e farás toda a tua
obra/
14 Mas o sétimo dia é o sábado do
S e n h o r , teu Deus; não farás nenhum traba
lho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha,
nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu
boi, nem o teu jumento, nem animal algum
teu, nem o estrangeiro das tuas portas para
dentro, para que o teu servo e a tua serva
descansem como tu;5
15 porque te lembrarás que foste servo na
terra do Egito e que o S e n h o r , teu Deus, te
tirou dali com mão poderosa e braço esten
dido; pelo que o S E N H O R , teu Deus, te orde
nou que guardasses o dia de sábado.'
16 Honra a teu pai“ e a tua mãe, como o
S e n h o r , teu Deus, te ordenou, para que se
prolonguem os teus dias e para que te vá bem
na terra que o S e n h o r , teu Deus, te dá.
17 Não matarás.''
18 Não adulterarás."'
19 Não furtarás.*
20 Não dirás falso testemunho)' contra o
teu próximo.
21 Não cobiçarás2 a mulher do teu pró
ximo. Não desejarás a casa do teu próximo,
nem o seu campo, nem o seu servo, nem a sua
serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem
coisa alguma do teu próximo.
Moisés, mediador entre Deus e o povo
Êx 2 0 .1 8 -2 1
22 Estas palavras falou o S e n h o r a toda
a vossa congregação no monte, do meio do
fogo, da nuvem e da escuridade, com grande
voz, e nada acrescentou. Tendo-as escrito em
duas tábuas de pedra, deu-mas a mim.a
23 Sucedeu que, ouvindo a voz do meio
5.12 <7 Ex 20.8
5.13 rÊx 23.12
5.14 sCn 2.2;
Hb-4.4
5.15 t(12-15)
Êx 16.23-30;
23.12; 31.12-17;
34.21; 35.2-3;
Lv 23.3
5.16 “ Dt 27.16;
Mt 15.4; 19.19;
Mc 7.10; 10.19;
Lc 18.20;
Ef 6.2-3
5.17 ‘'Gn 9.6;
Lv 24.17;
Mt 5.21; 19.18;
Mc 10.19;
Lc 18.20;
Rm 13.9;
Tg 2 .11
5.18 wLv 20.10;
Mt 5.27; 19.18;
Mc 10.19;
Lc 18.20;
Rm 13.9;
Tg 2 .11
5.19 «Lv 19.11;
Mt 19.18;
Mc 10.19;
Lc 18.20;
Rm 13.9
5.20 rtx 23.1;
Mt 19.18;
Mc 10.19;
Lc 18.20;
Rm 13.9
5.21 zRm 7.7;
13.9
5.22 ° íx 24.12
5.23
6ÊX 20.18-19
5.24cÊx 19.19;
|z 13.22
5.25 rfDt 18.16
5.26 eDt 4.33
5.27 '(22-27)
Hb 12.18-19
5.28 9Dt 18.17
5.29 hDt 4.40;
Is 48.18;
Lc 19.42
das trevas, enquanto ardia o monte em fogo,
vos achegastes a mim, todos os cabeças das
vossas tribos e vossos anciãos,b
24 e dissestes: Eis aqui o S e n h o r , nosso
Deus, nos fez ver a sua glória e a sua gran
deza, e ouvimos a sua voz do meio do fogo;
hoje, vimos que Deus fala com o homem, e
este permanece vivo.c
25 Agora, pois, por que morreríamos?
Pois este grande fogo nos consumiria; se
ainda mais ouvíssemos a voz do S e n h o r ,
nosso Deus, morreríamos.d
26 Porque quem há, de toda carne, que
tenha ouvido a voz do Deus vivo falar do
meio do fogo, como nós ouvimos, e permane
cido vivo?e
27 Chega-te, e ouve tudo o que disser o
S e n h o r , nosso Deus; e tu nos dirás tudo o
que te disser o S e n h o r , nosso Deus, e o ouvi
remos, e o cumpriremos/
28 Ouvindo, pois, o S e n h o r as vossas pa
lavras, quando me faláveis a mim, o S e n h o r
me disse; Eu ouvi as palavras deste povo,
as quais te disseram; em tudo falaram
eles b e m . 9
29 Quem dera que eles tivessem tal cora
ção, que me temessem e guardassem em todo
o tempo todos os meus mandamentos, para
que bem lhes fosse a eles e a seus filhos, para
sempre \h
30 Vai, dize-lhes: Tomai-vos às vossas
tendas.
31 Tu, porém, fica-te aqui comigo, e eu te
direi todos os mandamentos, e estatutos, e
juízos que tu lhes hás de ensinar que cum
pram na terra que eu lhes darei para possuí-
la.1
5.31 <GI 3.19
pudesse ser também aplicada a um dia de descanso no princí
pio da semana. A mudança do descanso sabático do sétimo
para o primeiro dia é o cumprimento do princípio moral do
sábado. O sábado do sétimo dia comemorava a obra da cria
ção divina (Êx 20.11) e a redenção (D t5 .1 5 ). O sábado do
primeiro dia pode ser reputado como comemoração da nova
obra de criação divina (2 Co 5.17; Ef 2.10) e a redenção espi
ritual (Tt 2.14). A ressurreição de |esus assinalou o clímax de
Sua obra redentora (Rm 4.25; 1 Pe 1.3) e parece certo que os
cristãos primitivos começaram reunindo-se no primeiro dia
da semana em comemoração a esse grande acontecimento.
Cristo chamou-se Senhor do sábado (Mc 2.28) e o primeiro dia
da semana ficou depois conhecido como Dia do Senhor
(Ap 1.10). Desde então o sábado do primeiro dia tem sido
aceito pela vasta maioria dos cristãos.
5.16 Na terra que . . . te dá. í uma referência específica a
Canaã e mostra que os comentários ligados aos mandamen
tos não se aplicam, necessariamente,de modo literal ao cris
tão (cf 4.5n; 4.8n). O princípio moral básico, porém, ainda é
válido, cf Ef 6.3.
5.17 Não matarás. Este mandamento proíbe o homicídio.
Outras escrituras deixam perfeitamente claro que se relaciona
tanto ao desejo íntimo como à conduta externa. Ler
Mc 1 0 .1 7 -2 2 e Rm 7.7,8. • N . Hom. Obrigação do homem:
1) Para com Deus (7 -1 5 ); 2) Para com outros (1 6 -2 1 ). (Estu
dar a cada mandamento, observando o pleno escopo de suas
implicações positivas e negativas, cf M t 2 2 .3 6 -3 9 ;
cap 7, etc.).
261 DEUTERONÔMIO 6.20
32 Cuidareis em fazerdes como vos man
dou o S e n h o r , vosso Deus; não vos desvia-
reis, nem para a direita, nem para a
esquerda./
33 Andareis em todo o caminho que vos
manda o SENHOR, vosso Deus, para que vi
vais, bem vos suceda, e prolongueis os dias na
terra que haveis de possuir.k
O fim da lei é a obediência
6 Estes, pois, são os mandamentos, os estatutos e os juízos que mandou o
S enho r, teu Deus, se te ensinassem, para que
os cumprisses na terra a que passas para a
possuir;'
2 para que temas ao Senhor, teu Deus, e
guardes todos os seus estatutos e mandamen
tos que eu te ordeno, tu, e teu filho, e o filho
de teu filho, todos os dias da tua vida; e que
teus dias sejam prolongados."1
3 Ouve, pois, ó Israel, e atenta em os cum-
prires, para que bem te suceda, e muito te
multipliques na terra que mana leite e mel,
como te disse o Senhor, Deus de teus pais."
4 Ouve, Israel0, o Senhor, nosso Deus, é
o único Senhor.
5 Amarás, pois, o Senhor, teu DeusP, de
todo o teu coração, de toda a tua alma e de
toda a tua força.
6 Estas palavras que, hoje, te ordeno esta
rão no teu coração;?
7 tu as inculcarás a teus filhos, e delas
falarás assentado em tua casa, e andando pelo
caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te/
8 Também as atarás como sinal na tua
mão, e te serão por frontal entre os olhos.5
5.32 /Dt 17.20;
Pv4.27
5.33 *Dt 4.40;
Jr 7.23
6.1 'Dt 4.1
6.2 m 1x20.20;
SI 111.10;
Ec 12.13
6.3 "Cn 15.5
6.4 o Mc 12.29
6.5 pMt 22.37;
Mc 12.30;
Lc 10.27
6.6 gDt 11.18;
Pv 3.3
6.7 rDt 4.9;
Ef 6.4
6.8 sÊx 13.9;
Dt11.18
6.9 í (6-9)
Dt 11.18-20
6.10 “Gn 12.7
vGn 26.3
"Gn 28.13
6.11 Dt 8.10
6.13 KMt 4.10;
Lc4.8
6.14 ^Dt 8.19
6.15 aÊx 20.5
6 .1 6 &Êx 17.7;
Mt 4.7; Lc 4.12
6.17 cDt 11.13;
SI 119.4
6.18^1x15.26
6.19
<?Nm 33.52-53
9 E as escreverás nos umbrais de tua casa
e nas tuas portas.(
10 Havendo-te, pois, o Senhor, teu
Deus, introduzido na terra que, sob jura
mento, prometeu a teus pais, Abraãou, Isa-
quev e Jacóvv, te daria, grandes e boas
cidades, que tu não edificaste;
11 e casas cheias de tudo o que é bom,
casas que não encheste; e poços abertos, que
não abriste; vinhais e olivais, que não plan-
taste; e, quando comeres e te fartares/
12 guarda-te, para que não esqueças o
Senhor, que te tirou da terra do Egito, da
casa da servidão.
13 O Senhor, teu Deus, temerás»', a ele
servirás, e, pelo seu nome, jurarás.
14 Não seguirás outros deuses, nenhum
dos deuses dos povos que houver à roda
de t i /
15 porque o Senhor, teu Deus, é Deus
zeloso no meio de ti, para que a ira do
Senhor, teu Deus, se não acenda contra ti e
te destrua de sobre a face da terra.0
16 Não tentarás o Senhor, teu Deusb,
como o tentaste em Massá.
17 Diligentemente, guardarás os manda
mentos do Senhor, teu Deus, e os seus teste
munhos, e os seus estatutos que te ordenou.c
18 Farás o que é reto e bom aos olhos do
Senhor, para que bem te suceda, e entres, e
possuas a boa terra a qual o Senhor, sob
juramento, prometeu dar a teus pais,d
19 lançando todos os teus inimigos de
diante de ti, como o Senhor tem dito.5
20 Quando teu filho, no futuro, te pergun
tar, dizendo: Que significam os testemunhos,
Cap 6 Deus quer nossa devoção exclusiva. Moisés exorta à
obediência (1 -3 ) , enuncia o grande mandamento (4,5),
apresenta os meios pelos quais as obrigações do pacto devem
ser lembradas (6 -9 ) , adverte a Israel contra vários perigos
(1 0 -1 9 ) e diz aos pais como devem instruir a seus filhos
(2 0 -2 5 ).
6.3 Para que bem te suceda. O usufruto contínuo de Canaã
da parte de Israel, bem como o usufruto do jardim do Éden
por Adão, dependia da contínua fidelidade ao Senhor.
6.4,5 O grande mandamento (M c 12.29,30) é essencial
mente uma reafirmação do primeiro mandamento do decá-
logo em forma positiva. Não há muitos deuses mas um
Senhor, que é soberano e sem igual; assim, Israel teria de ter
uma só lealdade. Esta é a verdade básica da qual tudo mais
depende.
6 .4 O único Senhor. A palavra hebraica aqui empregada para
"único" ( 'ehadh), significa uma unidade composta e, por
tanto, não excluía o conceito cristão de uma Trindade de
Pessoas dentro daquela unidade. A palavra hebraica que ex
pressa unidade absoluta é yahidh, e nunca é usada para ex
pressar a unidade da Deidade.
6 .8 /4s atarás como sinal. Os judeus antigos, interpretando à
letra este versículo, encerraram em pequenas caixas, chama
das filactérios, alguns passos escritos da Lei, que atavam de
pois à cabeça ou às mãos.
6 .1 3 -1 6 jesus citou estes versículos por ocasião de Sua ten
tação.
6 .16 Não tentarás o Senhor. Cf SI 95.8,9 e Hb 3.15. Israel não
devia ser presunçoso ao ponto de submeter Deus a um teste,
buscando prova de Sua presença e poder. Devemos confiar
na suficiência de Sua Palavra.
6 .20 Que significam os testemunhos. A Palavra de Deus é vá
lida para cada geração. Nossa responsabilidade é compreen
der a Sua palavra para que possamos prestar adoração e
serviço inteligente, a fim de transmitir a outros essa grande
herança.
DEUTERONÔMIO 6.21 262
e estatutos, e juízos que o S e n h o r , nosso
Deus, vos ordenou?f
21 Então, dirás a teu filho: Éramos servos
de Faraó, no Egito; porém o S e n h o r de lá
nos tirou com poderosa mão. 9
22 Aos nossos olhos fez o S e n h o r sinais
e maravilhas, grandes e terríveis, contra o
Egito e contra Faraó e toda a sua casa;h
23 e dali nos tirou, para nos levar e nos dar
a terra que sob juramento prometeu a nossos
pais.
24 O S e n h o r nos ordenou cumpríssemos
todos estes estatutos e temêssemos o
S e n h o r , nosso Deus, para o nosso perpétuo
bem, para nos guardar em vida, como tem
feito até hoje.1
25 Será por nós justiça, quando tivermos
cuidado de cumprir todos estes mandamentos
perante o Senhor, nosso Deus, como nos tem
ordenado./
Admoestações contra a infidelidade
Êx 3 4 .1 0 -1 7
7 Quando o S e n h o r , teu Deus, te introduzir na terra a qual passas a possuir, e
tiver lançado muitas nações de diante de ti, os
heteus, e os girgaseus, e os amorreus, e os
cananeus, e os ferezeus, e os heveus, e
os jebuseus, sete nações* mais numerosas e
mais poderosas do que tu;
2 e o Senhor, teu Deus, as tiver dado
diante de ti, para as ferir, totalmente as des-
6.20 fEx 13.14
6.21 gbí 3.19
6.22 ^Êx 7.1-25
6.24 'Dt 4.1;
SI 41.2; Lc 10.28
6 .2 5 /Lv 18.5;
Rm 10.3,5
7.1 *At 13.19
7 .2 'Êx 23.32;
Nm 33.52;
|s 2.14
7.3 m|s 23.12;
IRs 11.2
7.4 "Dt 6.15
7.5 »Dt 12.3
7.6 PÊx 19.5;
Dt 14.2; Tt 2.14;
1 Pe 2.9
7.7 qDt 10.22
7.8 rÊx 13.3;
Dt 10.15;
Lc 1.55,72-73
7.9 sÊx 20.5-6;
Dt 5.9-10
truirás; não farás com elas aliança, nem terás
piedade delas;1
3 nem contrairás matrimônio com os fi
lhos dessas nações; não darás tuas filhas a
seus filhos, nem tomarás suas filhas para teus
filhos;™
4 pois elas fariam desviar teus filhos de
mim, para que servissem a outros deuses; e a
ira do Senhor se acenderia contra vós outros
e depressa vos destruiria.n
5 Porém assim lhes fareis: derribareis os
seus altares0, quebrareis as suas colunas, cor-
tareis os seus postes-ídolos e queimareis as
suas imagens de escultura.
6 Porquetu és povo santo ao Senhor, teu
Deus; o Senhor, teu Deus, te escolheu, para
que lhe fosses o seu povo próprioP, de todos
os povos que há sobre a terra.
7 Não vos teve o S en h o r afeição, nem
vos escolheu porque fósseis mais numerosos
do que qualquer povo, pois éreis o menor de
todos os povos, i
8 mas porque o S en h o r v o s amava e,
para guardar o juramento que fizera a vossos
pais, o S en h o r v o s tirou com mão poderosa
e vos resgatou da casa da servidão, do poder
de Faraó, rei do E gito/
9 Saberás, pois, que o Senhor, teu Deus,
é Deus, o Deus fiel5, que guarda a aliança
e a misericórdia até mil gerações aos que o
amam e cumprem os seus mandamentos;
10 e dá o pago diretamente aos que o
odeiam, fazendo-os perecer; não será demo-
6.23 Esta tríplice declaração é, ao mesmo tempo, básica e
sumária. Note-se o fato, o propósito por trás do fato, e a razão
que subjaz tanto o fato como o propósito.
6.2S Será por nós justiça. A lei desvenda o padrão de conduta
que é justiça perante Deus. Justiça, heb tsdhâqãh, é uma das
palavras-chaves do Antigo Testamento. Significa tudo aquilo
que é reto, justo e verdadeiro, resumindo num "juízo de jus
tiça" (1 6 .18 ) ou "num peso inteiro e justo" (25.15),
cf Pv 24.15; 25.5n. • N . Hom. O tipo de amor que Deus
quer (5); 1) Um amor que envolve a todo o nosso ser (cora
ção, alma); 2) Um amor que se entrega inteiramente (todo,
toda, tudo); 3) Um am or que é ativo (a tua força).
• N. Hom. Tornando a Palavra de Deus de valor prático:
1) Em nossas vidas pessoais (6); 2 ) Na instrução de nossos
filhos (7a); 3) Em nossa conduta diária (7b). • N. Hom. Per
manecendo fiel a Deus em tempos de prosperidade. 1) O
perigo da infidelidade (12; cf cap 8, N. Hom.); 2) A evidência
da fidelidade (13,14). Reverência (temerás). Serviço (servirás).
Testemunho (jurarás). Lealdade (não seguirás outros deuses);
3) O motivo da fidelidade (15). • N . Hom. Fazer uma aplica
ção espiritual da tríplice declaração de 6.23.
Cap 7 O programa para o extermínio dos deuses estrangei
ros e seus povos em Canaã é anunciado. Há uma chamada
para separação (1 -5 ) , seguida das razões dessa separação
(6 -1 1 ), e das bênçãos decorrentes da obediência (1 2 -1 6 ).
Deus lutará por Israel (1 7 -2 4 ), mas Israel terá que ter o cui
dado de observar o princípio da completa separação (25,26).
7.1 Os cananeus. Na conquista de Canaã cumprir-se-ia a an
tiga profecia de Noé (cf Cn 9.25,26). Sete nações. Noutras
listas dessas nações, o número varia. "Sete", provavelmente, é
cifra que significa um número completo.
7.2 Totalmente as destruirás. Essa guerra santa se baseou no
temor da influência corruptora da cultura cananéia (16;
Êx 23 .2 3 -3 3 ; 3 4 .11 -16 ). A ordem de exterminar aos cana
neus de modo nenhum vai contrariar o caráter de Deus. Deus
usou, com justiça, ao Seu povo escolhido para ser Seu instru
mento contra aqueles que persistiam na iniqüidade. No Novo
Testamento, porém, os juízos de Deus tomam uma forma
diferente e a guerra dos crentes é espiritual (Ef 6.12).
7.6 Tu és povo santo ao Senhor. No Antigo Testamento a
palavra "santo" (heb qãdõsh) tem um duplo significado: "de
dicado ao serviço do Senhor" e "puro e brilhante". Em vir
tude da vocação divina, Israel partilharia destes dois atributos.
263 DEUTERONÔMIO 8.3
rado para com o que o odeia; prontamente,
lho retribuirá/
11 Guarda, pois, os mandamentos, e os
estatutos, e os juízos que hoje te mando
cumprir.
Bênçãos decorrentes da obediência
Lv 26.3-13; Dt 28.1-14
12 Será, pois, que, se, ouvindo estes juí
zos, os guardares e cumprires, o S enho r, teu
Deus, te guardará a aliança e a misericórdia
prometida sob juramento a teus pais;u
13 ele te amará, e te abençoará, e te fará
multiplicar; também abençoará os teus filhos,
e o fruto da tua terra, e o teu cereal, e o teu
vinho, e o teu azeite, e as crias das tuas vacas
e das tuas ovelhas, na terra que, sob jura
mento a teus pais, prometeu dar-te.1'
14 Bendito serás mais do que todos os po
vos; não haverá entre ti nem homem, nem
mulher estéril, nem entre os teus animais.w
15 O Senhor afastará de ti toda enfermi
dade; sobre ti não porá nenhuma das doenças
malignas dos egípcios, que bem sabes; antes,
as porá sobre todos os que te odeiam."
16 Consumirás todos os povos que te der
o Senhor, teu Deus; os teus olhos não terão
piedade deles, nem servirás a seus deuses,
pois isso te seria por ciladas.)'
17 Se disseres no teu coração: Estas na
ções são mais numerosas do que eu; como
poderei desapossá-las?2
18 Delas não tenhas temor; lembrar-te-ás
do que o Senhor, teu Deus, fez a Faraó e a
todo o Egito;0
19 das grandes provas que viram os teus
olhos, e dos sinais, e maravilhas, e mão pode
rosa, e braço estendido, com que o Senhor,
teu Deus, te tirou; assim fará o Senhor, teu
Deus, com todos os povos, aos quais temes.*
20 Além disso, o Senhor, teu Deus, man
7.10 <Dt 32.35;
Na 1.2
7.12 "Lv 26.3;
S1105.8-9
7.13 ‘'Dt 28.4
7.14 "Êx 23.26
7.15 "Êx 9.14
7.16 Y íx 23.33;
Jz 8.27
7.17
*Nm 33.53
7.18 °Dt 31.6
7.19 í>Dt 4.34
7.20 cÊx 23.28
7.21
dNm 11.20;
Js 3.10
7.22
eÊx 23.29-30
7.24 f Êx17.14;
Js 1.5
7.25 9Êx 32.20;
Js 7.1,21;
1 Cr 14.12;
Sf 1.3
7.26 hLv 27.28;
Js 6.17-18
8.1 'Dt 4.1
8.2 ;Êx 16.4;
2Cr 32.31;
S1136.16;
Jo 2.25
dará entre eles vespões, até que pereçam os
que ficarem e se esconderem de diante de ti.c
21 Não te espantes diante deles, porque o
Senhor, teu Deus, está no meio de ti, Deus
grande e temível.d
22 O Senhor, teu Deus, lançará fora es
tas nações, pouco a pouco, de diante de ti; não
poderás destruí-las todas de pronto, para que
as feras do campo se não multipliquem con
tra ti.e
23 Mas o Senhor, teu Deus, tas entregará
e lhes infligirá grande confusão, até que se
jam destruídas.
24 Entregar-te-á também nas mãos os
seus reis, para que apagues o nome deles de
debaixo dos céus; nenhum homem poderá re
sistir-te, até que os destruas/
25 As imagens de escultura de seus deuses
queimarás; a prata e o ouro que estão sobre
elas não cobiçarás, nem os tomarás para ti,
para que te não enlaces neles; pois são abomi-
nação ao Senhor, teu Deus. 9
26 Não meterás, pois, coisa abominável
em tua casa, para que não sejas amaldiçoado,
semelhante a ela; de todo, a detestarás e, de
todo, a abominarás, pois é amaldiçoada.h
Exortação a ter em memória
os benefícios do S e n h o r
8 Cuidareis de cumprir todos os mandamentos que hoje vos ordeno, para que
vivais, e vos multipliqueis, e entreis, e pos
suais a terra que o S en h o r prometeu sob
juramento a vossos pais.1
2 Recordar-te-ás de todo o caminho pelo
qual o Senhor, teu Deus, te guiou no deserto
estes quarenta anos, para te humilhar, para te
provar, para saber o que estava no teu cora
ção, se guardarias ou não os seus manda
mentos/
3 Ele te humilhou, e te deixou ter fome, e
7 .1 2 -1 4 Os habitantes da terra atribuíam as bênçãos da fer
tilidade aos seus deuses da natureza, e não ao verdadeiro
Deus.
7.20 Vespões. Alguns pensam que enxames desses insetos
ajudavam materialmente aos israelitas. Outros acreditam que
se trata de um símbolo do terror de Deus, ou ainda, um
símbolo do Egito. • N . Hom. Fazer uma comparação entre a
escolha de Israel e a escolha do crente, por Deus; 1) A base
da escolha divina (7,8a); 2) A percepção da escolha divina
(8b); 3) O propósito da escolha divina (6). • N. Hom. Como
Deus cuida dos Seus: 1) Amando-os (8a); 2) Livrando-os
(8b); 3) Encorajando-os (9); 4 ) Avisando-os (10 ,11).
• N. Hom. Tentações especiais do povo de Deus: 1) Orgulho
devido aos próprios privilégios (6ss); 2) Timidez devido às res
ponsabilidades (17ss). • N. Hom. Razões do encorajamento:
1) Evidência da fidelidade divina no passado (18); 2) Conhe
cimentoda proximidade de Deus no presente (21); 3) Cer
teza da ajuda divina no futuro (22).
Cap 8 Moisés exorta o povo a obedecer e a lembrar-se dos
benefícios de Deus (1 -6 ) . Apresenta a possibilidade de pros
peridade (7 -1 0 ) e adverte contra o perigo de esquecer-se de
Deus (11 -2 0 ).
8.3 Ele te humilhou. A humilhação consistiu primeiramente de
privação, e então da provisão do maná. O maná obrigou Is
rael a reconhecer que dependia de Deus, a fonte última da
DEUTERONÔMIO 8.4 264
te sustentou com o maná, que tu não conhe-
cias, nem teus pais o conheciam, para te dar
a entender que não só de pão viverá o ho
memk, mas de tudo o que procede da boca do
Senhor viverá o homem.
4 Nunca envelheceu a tua veste sobre ti,
nem se inchou o teu pé nestes quarenta
anos.'
5 Sabe, pois, no teu coração, que, como
um homem disciplina a seu filho, assim te
disciplina o Senhor, teu Deus.m
6 Guarda os mandamentos do Senhor,
teu Deus, para andares nos seus caminhos e o
temeres;”
7 porque o Senhor, teu Deus, te faz en
trar numa boa terra, terra de ribeiros de águas,
de fontes, de mananciais profundos, que saem
dos vales e das montanhas;0
8 terra de trigo e cevada, de vides, figuei
ras e romeiras; terra de oliveiras, de azeite
e mel;
9 terra em que comerás o pão sem escas
sez, e nada te faltará nela; terra cujas pedras
são ferro e de cujos montes cavarás o cobre.P
10 Comerás, e te fartarás, e louvarás o
Senhor, teu Deus, pela boa terra que
te deu. 9
11 Guarda-te não te esqueças do Senhor,
teu Deus, não cumprindo os seus mandamen
tos, os seus juízos e os seus estatutos, que
hoje te ordeno;
12 para não suceder que, depois de teres
comido e estiveres farto, depois de haveres
edificado boas casas e morado nelas/
13 depois de se multiplicarem os teus ga
8.3*M t4.4;
Lc 4.4
8.4 'Dt 29.5
8.5 '"2Sm 7.14;
Pv 3.12; Ap 3.19
8.6 "Dt 5.33
8.7
°Dt 11.10-12
8.9 pDt 33.25
8.10
iD t 6.11-12
8.12 rDt 28.47;
Os 13.6
8.14 sOs 13.5-6
8.15
tNm 20.11;
Is 63.12-14;
Os 13.5
8.16 “ Êx 16.15;
|r 24.5-6
8.17 ‘'Dt 9.4;
1 Co 4.7
8.18 "Dt 7.8;
Pv 10.22
8.19 «Dt 4.26
8.20
vDn 9.11-12
dos e os teus rebanhos, e se aumentar a tua
prata e o teu ouro, e ser abundante tudo
quanto tens,
14 se eleve o teu coração, e te esqueças do
S e n h o r 5, teu Deus, que te tirou da terra do
Egito, da casa da servidão,
15 que te conduziu por aquele grande e
terrível deserto de serpentes abrasadoras, de
escorpiões e de secura, em que não havia
água; e te fez sair água da pederneira;1
16 que no deserto te sustentou com maná,
que teus pais não conheciam; para te humi
lhar, e para te provar, e, afinal, te fazer bem.11
17 Não digas, pois, no teu coração; A mi
nha força e o poder do meu braço me adquiri
ram estas riquezas.1'
18 Antes, te lembrarás do Senhor, teu
Deus, porque é ele o que te dá força para
adquirires riquezas; para confirmar a sua
aliança, que, sob juramento, prometeu a teus
pais, como hoje se vê.vv
19 Se te esqueceres do Senhor, teu Deus,
e andares após outros deuses, e os servires, e
os adorares, protesto, hoje, contra vós outros
que perecereis.*
20 Como as nações que o Senhor des
truiu de diante de vós, assim perecereis; por
quanto não quisestes obedecer à voz do
Senhor, vosso Deus.v
Moisés lembra aos israelitas
o socorro divino
9 Ouve, ó Israel, tu passas, hoje, o Jordão para entrares a possuir nações maiores e
vida. Não só de pão viverá o homem. Essas palavras foram
citadas por Jesus em Sua tentação. A verdadeira vida não é
fruto do bem-estar material, mas, sim, da Palavra de Deus,
d 32.46,47. Tudo o que procede da boca do Senhor. Moisés,
provavelmente, se referia em particular à revelação de Deus
que ele mesmo transmitira ao povo. É importante notar que
a mais poderosa arma espiritual, da qual |esus lançou mão
para derrotar as tentações de Satanás, foi a própria Palavra de
Deus. Os três tipos de tentação, dos quais Satanás lançou
mão para desviar |esus da Sua obra de salvação, descrevem-
se em M t 4.1 —11; as três respostas finais e inabaláveis, que
lesus deu, foram todas tiradas deste discurso de Moisés, e se
registram em Dt 6.13; 6.16 e aqui neste versículo Jesus reco
nheceu que as palavras que citou são a plena revelação da
vontade do Seu Pai, que são a verdade eterna e inabalável, e,
citadas com a plena compreensão do seu sentido, com fé
inabalável, e com autoridade, são eficazes para enfrentar as
forças infernais que desejam estragar o plano divino de res
taurar os homens à plenitude da comunhão com Deus. "Para
sempre, ó Senhor, está firmada a tua palavra no céu"
S1119.89.
8.5 Te disciplina o Senhor. Deus é um pai e Sua disciplina tem
o propósito de reformar e instruir. Cf 32.6; Hb 12 .5 -1 1 .
8.9 Ferro.. . cobre. Veios de cobre e ferro existem no subs
trato de areia calcária da Palestina. Minas antigas foram des
cobertas ao sul do mar Morto. • N. Hom. Perigos da
prosperidade. Pode levar a: 1) Esquecimento (11a); 2) Deso
bediência (11b); 3) Auto-indulgência (12,13); 4 ) Orgulho
(14a); 5) Segurança carnal (17); (Pode ser usado em conexão
com a última N. Hom., no fim do cap 6). • N . Hom, Deve
mos obedecer a Deus: 1) Por causa de Suas misericórdias pas
sadas (15); 2) Em vista do fato de que dependemos dEle
diariamente (18); 3) Tendo em vista nosso futuro bem-es-
tar (19).
Cap 9 - Cap 10.11 Moisés encoraja a Israel com a pro
messa que Deus lhe outorgará a vitória (1 -3 ) . Afirma a razão
por que o Senhor lhes dará a vitória (4,5), e lembra o povo de
sua própria inutilidade, comprovada por seu pecado em Ho-
265 DEUTERONÔMIO 9.17
mais fortes do que tu; cidades grandes e amu-
ralhadas até aos céus;2
2 povo grande e alto, filhos dos anaquins,
que tu conheces e de que já ouvistes: Quem
poderá resistir aos filhos de Enaque?0
3 Sabe, -pois, hoje, que o Senhor, teu
Deus, é que passa adiante de ti; é fogo que
consome, e os destruirá, e os subjugará diante
de ti; assim, os desapossarás e, depressa, os
farás perecer, como te prometeu o Senhor.6
4 Quando, pois, o S enhor, teu Deus, os
tiver lançado de diante de ti, não digas no teu
coração: Por causa da minha justiça é que o
S enho r me trouxe a esta terra para a possuir,
porque, pela maldade destas gerações, é que o
S enho r as lança de diante de ti.c
5 Não é por causa da tua justiça, nem pela
retitude do teu coração que entras a possuir a
sua terra, mas pela maldade destas nações o
Senhor, teu Deus, as lança de diante de ti; e
para confirmar a palavra que o Senhor, teu
Deus, jurou a teus pais, Abraão, Isaque e
Jacó.d
As infidelidades de Israel
Êx 32.1-20
6 Sabe, pois, que não é por causa da tua
justiça que o Senhor, teu Deus, te dá esta
boa terra para possuí-la, pois tu és povo de
dura cerviz.e
7 Lembrai-vos e não vos esqueçais de que
muito provocastes à ira o S enhor, vosso
Deus, no deserto; desde o dia em que saístes
do Egito até que chegastes a este lugar, rebel
des fostes contra o SENHOR; f
9.1 ^Dt 1.28
9.2 «Nm 13.22
9.3 *Ex 23.31;
Js 3.11
9.4 cCn 15.16;
Dt 8.17;
1 Co 4.4,7
9.5 <<Cnl2.7
9 .6 1 Êx 32.9
9.7 fEx 14.11;
Dt 31.27
9.8 9 Êx 32.4
9.9 íiÊx 24.18
9 .1 0 'Êx 19.17
9.12/Ex 32.7;
Jz 2.17
9.13 *Êx 32.9;
2 Rs 17.14
9 .1 4 'Êx 32.10;
Dt 29.20
9.15 mÊx 19.18
9.16 "Êx 32.19
8 pois, em Horebe, tanto provocastes à ira
o Senhor, que a ira do S enho r se acendeu
contra vós para vos destruir. 9
9 Subindo eu ao monte a receber as tábuas
de pedra, as tábuas da aliança que o Senhor
fizera convosco, fiquei no monte quarenta
dias e quarenta noitesh; não comi pão, nem
bebi água.
10 Deu-me o Senhor as duas tábuas de
pedra, escritas com o dedo de Deus; e, nelas,
estavam todas as palavras segundo o Senhor
havia falado convosco no monte, domeio do
fogo, estando reunido todo o povo.'
11 Ao fim dos quarenta dias e quarenta
noites, o Senhor me deu as duas tábuas de
pedra, as tábuas da aliança.
12 E o Senhor me disse: Levanta-te,
desce depressa daqui, porque o teu povo, que
tiraste do Egito, já se corrompeu; cedo se
desviou do caminho que lhe ordenei; imagem
fundida para si fezJ
13 Falou-me ainda o S enhor, dizendo:
Atentei para este povo, e eis que ele é povo de
dura cerviz.*
14 Deixa-me que o destrua e apague o seu
nome de debaixo dos céus; e te faça a ti nação
mais forte e mais numerosa do que esta.'
15 Então, me virei e desci do monte; e o
monte ardia em fogo; as duas tábuas da
aliança estavam em ambas as minhas mãos.™
16 Olhei, e eis que havíeis pecado contra
o Senhor, vosso Deus; tínheis feito para vós
outros um bezerro fundido; cedo vos desvias-
tes do caminho que o Senhor vos ordenara.”
17 Então, peguei as duas tábuas, e as arro-
rebe (6 -2 9 ; 10 .1 -11 ).
9 .4,5 O triunfo de Israel não se devia ao seu poder (8.17),
nem à sua justiça (5). As razões desse triunfo foram a iniqüi
dade dos cananeus (5a), a promessa de Deus aos patriarcas
(5b), e a graça perdoadora que Deus usou com Israel (19; 26;
10.10).
9 .6 De dura cerviz. A palavra hebraica 'õreph quer dizer "cos
tas", "nuca", "pescoço", e se restringe mais comumente à
expressão "voltar as costas" na batalha, e "endurecer a cer
viz", que significa rebelião e obstinação. A expressão descreve
a pessoa que, ao ser chamada, não vira sua cabeça para aten
der à voz de quem chamou. Não atende à admoestação, nem
às palavras de amor, não se arrepende e não aceita a revela
ção do amor de Deus. Para se falar apenas do pescoço físico,
literalmente, os hebreus usam a palavra çawwã'r.
9 .6— 10.10 Moisés deixa claro que Israel não tinha base
nenhuma para pensar que sua própria justiça poderia servir
de lastro para o triunfo. De fato, Israel só fora preservada da
destruição através da renovação misericordiosa do pacto que
brado, em uma resposta de Deus à intercessão de Moisés.
9 .9 -1 2 A completa inutilidade de Israel se evidenciava no
fato de haverem pecado contra Deus, exatamente quando o
pacto era solenemente instaurado.
9 .10 Estando reunido todo o povo. Uma melhor tradução se
ria: "No dia da congregação". A palavra hebraica (qõhõl) aqui
empregada é traduzida para o grego por ekklesia (igreja). Por
isso Estêvão fala de uma "congregação (ou igreja) no de
serto" (At 7.38). Tanto o vocábulo grego como hebraico sig
nificam escolha ou coleção implicando sempre uma
separação. Assim como Israel foi tirado do Egito, os membros
da Igreja de Cristo são tirados do mundo. Cf 10.4; 18.16.
9 .14 Te faça a ti noção. Se Deus tivesse destruído a Israel,
ainda assim poderia cumprir Sua promessa aos patriarcas (5),
fazendo dos descendentes de Moisés uma nova nação com
Ele compactuada (Êx 32.10). Moisés, porém, cumpriu fiel
mente seu ofício mediador em favor de Israel, em vez de
aproveitar-se da oportunidade de ser um segundo Abraão.
9.17 As quebrei. O despedaçamento das tábuas simbolizou o
DEUTERONÔMIO 9.18 266
jei das minhas mãos, e as quebrei ante os
vossos olhos.
18 Prostrado estive perante o Senhor,
como dantes, quarenta dias e quarenta noites;
não comi pão e não bebi água, por causa de
todo o vosso pecado que havíeis cometido,
fazendo mal aos olhos do Senhor, para o
provocar à ira.0
19 Pois temiaP por causa da ira e do furor
com que o Senhor tanto estava irado contra
vós outros para vos destruir; porém ainda esta
vez o Senhor me ouviu.
20 O Senhor se irou muito contra Arão
para o destruir; mas também orei por Arão ao
mesmo tempo.
21 Porém tomei o vosso pecado, o bezerro
que tínheis feito, e o queimei, e o esmaguei,
moendo-o bem, até que se desfez em pó; e
o seu pó lancei no ribeiro que descia do
monte. <J
22 Também em Taberár, em Massá5 e
em Quibrote-Hataavá' provocastes muito a
ira do Senhor.
23 Quando também o Senhor vos en
viou" de Cades-Baméia, dizendo: Subi e
possuí1' a terra que vos dei, rebeldes fos-
tesw ao mandado do Senhor, vosso Deus, e
não o crestes, e não obedecestes à sua voz.
24 Rebeldes fostes contra o Senhor ,
desde o dia em que vos conheci.*
Moisés intercede pelo povo
Êx 3 2 .1 1 -1 4 ,3 0 -3 5
25 Prostrei-me, pois, perante o Senhor e,
quarenta dias e quarenta noites, estive pros
trado; porquanto o Senhor dissera que vos
queria destruir, y
26 Orei ao Senhor, dizendo: Ó Senhor
Deus! Não destruas o teu povo e a tua he
9.18 0 Ex 34.28
9.19pHb 12.21
9.21 <jEx 32.20
9 .2 2 'Nm 11.3
sÊx17.7
(Nm 11.34
9.23
uNm 13.17
«'Dt 1.21
•vNm 13.30;
Dt 1.26
9.24 «Dt 31.27
9 .2 5 /D t 9.18
9.26 *Êx 32.11
9.28
°Gn 41.57;
Nm 14.16;
1 Sm 14.25
9.29 f>Dt 4.20;
1 Rs 8.51; SI 95.7
10.1 cEx 25.10
10.2 <*Ex 25.16
10.3 «Êx 25.5
10.4 fEx 19.17
10.5 9 Ex 34.29;
1 Rs 8.9
rança, que resgataste com a tua grandeza, que
tiraste do Egito com poderosa mão.2
27 Lembra-te dos teus servos Abraão, Isa-
que e Jacó; não atentes para a dureza deste
povo, nem para a sua maldade, nem para o
seu pecado,
28 para que o povo da terra donde nos
tiraste não diga: Não tendo podido o Senhor
introduzi-los na terra de que lhes tinha falado
e porque os aborrecia, os tirou para matá-los
no deserto.0
29 Todavia, são eles o teu povo e a tua
herança, que tiraste com a tua grande força e
com o braço estendido.b
As segundas tábuas da lei
1 A Naquele tempo, me disse o Senhor:
X U Lavra duas tábuas de pedra, como as
primeiras, e sobe a mim ao monte, e faze uma
arca de madeira.c
2 Escreverei nas duas tábuas as palavras
que estavam nas primeiras que quebraste, e as
porás na arca.d
3 Assim, fiz uma arca de madeira de acá
cia, lavrei duas tábuas de pedra, como as pri
meiras, e subi ao monte com as duas tábuas
na mão.e
4 Então, escreveu o Senhor nas tábuas,
segundo a primeira escritura, os dez manda
mentos que ele vos falara no dia da congrega
ção, no monte, no meio do fogo; e o Senhor
mas deu a mim.f
5 Virei-me, e desci do monte, e pus as
tábuas na arca que eu fizera; e ali estão, como
o Senhor me ordenou. 9
Da vocação da tribo de Levi
6 Partiram os filhos de Israel de Beerote-
Benê-Jaacã para Mosera. Ali faleceu
rompimento do pacto. Deus renovou o pacto e mais duas
tábuas foram preparadas (10.1).
9.20 Contra Arão. A inutilidade de Israel foi ainda evidenciada
no fato de seu próprio sumo sacerdote se tornar culpado de
um grave pecado. Cf Êx 32.3,4 e 25.
9.22.23 Outras ocasiões da infidelidade de Israel tiveram lu
gar antes e depois do pacto estabelecido no Sinai.
9.23 Não o crestes. Ver 1.32n.
9.25 Prostrei-me. Em sua intercessão. Moisés tipifica o minis
tério medianeiro de Cristo (1 8 -2 0 ; 2 5 -2 9 ; 10.10), cf 5.5;
cap 18, N. Hom.; Hb 7.25.
9.28 Para que o povo.. . não diga. Moisés pleiteia a suspen
são do julgamento à base do interesse de Deus por Seu pró
prio nome entre os pagãos. • N. Hom. Lembranças do
pecado passado: 1) Seu horror - agravado pelos lugares
onde foi cometido (8,22,23) e pela sua freqüência (7,24);
2) Suas conseqüências - provoca a ira de Deus (22) e pode
resultar em destruição (14). • N. Hom. A grande intercessão.
1) Necessidade de intercessão (13,14,20); 2) intercessão pro
vida (25, nota); 3) Resultados da intercessão (10.10).
10.3 Fiz uma arca. Em princípio parece tratar-se da arca
construída por Bezalel sob a orientação de Moisés (Êx 35), ou
então um recipiente provisório feito por ele próprio. As duas
tábuas na mão. Provavelmente eram pequenas placas retan
gulares, duas das quais facilmente podiam ser levadas numa
das mãos, cf Êx 34.4.
10.6 Eleazar, seu filho, oficiou. Deus manteve o sacerdócio de
Eleazar, apesar de Sua indignação contra seu pai (9.20).
267 DEUTERONÔMIO11.2
Aiãoh e ali foi sepultado. Eleazar, seu filho,
oficiou como sacerdote em seu lugar.
7 Dali partiram para Gudgoda e de Gud-
goda para Jotbatá, terra de ribeiros de águas.'
8 Por esse mesmo tempo, o Senhor sepa
rou a tribo de Levi/ para levar a arca da
Aliança do Senhor, para estar diante do
Senhor, para o servir e para abençoar em seu
nome até ao dia de hoje.
9 Pelo que Levi não tem parte nem he
rança com seus irmãos; o Senhor é a sua
herança, como o Senhor, teu Deus, lhe tem
prometido.*
10 Permaneci no monte', como da pri
meira vez, quarenta dias e quarenta noites; o
Senhor me ouviu ainda por esta vez; não
quis o Senhor destruir-te.
11 Porém o Senhor me disse: Levanta-
te, põe-te a caminho diante do povo, para que
entre e possua a terra que, sob juramento,
prometi dar a seus pais.m
Exortação à obediência
12 Agora, pois, ó Israel, que é que o
Senhor requer de ti? Não é que temas o
Senhor, teu Deus, e andes em todos os seus
caminhos, e o ames, e sirvas ao Senhor, teu
Deus, de todo o teu coração e de toda a tua
alma,"
13 para guardares os mandamentos do
Senhor e os seus estatutos que hoje te or
deno, para o teu bem?0
10.6
f>Nm 20.28
10.7
'Nm 33.32-33
10.8/Nm 3.5-8
10.9
*Nm 18.20;
Dt 18.1-2
10.10 'Êx 34.28
10.11
"i Êx 32.34
10.12 "Dt 5.33;
Mt 22.37
10.13 °Dt 6.24
10.14
pGn 14.19;
1 Rs 8.27; SI 24.1
10.15 ?Dt 4.37
10.16
/■Lv 26.41; Jr 4.4;
Cl 2.11
10.17
sAt 10.34;
Rm 2.11; Cl 2.6;
Ef 6.9
10.18 tSI 68.5
10.19
uLv 19.33-34
10.20 vDt 6.13;
MI4.10
10.21 *vÊx 15.2;
1 Sm 12.24;
2Sm 7.23;
Jr 17.14
10.22
*Gn 46.27
yCn 15.5; 22.17
11.1 /Dt 10.12
14 Eis que os céus e os céus dos céus são
do Senhor, teu Deus, a terra e tudo o que
nela há.P
15 Tão-somente o Senhor se afeiçoou a
teus pais para os amar; a vós outros, descen
dentes deles, escolheu de todos os povos,
como hoje se vê.?
16 Circuncidai, pois, o vosso coração e
não mais endureçais a vossa cerviz/
17 Pois o Senhor, vosso Deus, é o Deus
dos deuses e o Senhor dos senhores, o Deus
grande, poderoso e temível, que não faz acep
ção5 de pessoas, nem aceita suborno;
18 que faz justiça ao órfão e à viúva e ama
o estrangeiro, dando-lhe pão e vestes.'
19 Amai, pois, o estrangeiro, porque fos-
tes estrangeiros na terra do Egito.u
20 Ao Senhor, teu Deus, temerás; a ele
servirás, a ele te chegarás e, pelo seu nome,
jurarás.1'
21 Ele é o teu louvor e o teu Deus, que te
fez estas grandes e temíveis coisas que os teus
olhos têm visto.w
22 Com setenta almas*, teus pais desce
ram ao Egito; e, agora, o Senhor, teu Deus,
te pôs como as estrelas dos céus»' em mul
tidão.
n Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, e todos os dias guardarás os seus preceitos, os seus estatutos, os seus juízos e os
seus mandamentos.2
2 Considerai hoje (não falo com os vossos
10.8 Separou a tribo de Levi. Assim como um dia na semana
e o dízimo dos bens de Israel eram consagrados ao Senhor,
assim também uma entre as doze tribos foi separada para
servir no Santuário.
Cap 10.12— 11.32. O segundo discurso de Moisés termina
com um apelo para que se faça tudo quanto Deus requer. Há
um apelo à completa devoção baseada na grandeza do Deus
de Israel (1 0 .1 2 -2 2 ), um apelo ao amor e à obediência, ba
seado na disciplina de Deus, demonstrada no Egito e no de
serto (1 1 .1 -7 ), um apelo à obediência baseado nas bênçãos
que Israel receberia se este permanecesse fiel (1 1 .8 -1 7 ), e a
exortação para que usassem vários meios, para se lembrarem
das palavras de Deus, baseada na promessa de vitória
(1 1 .1 8 -2 5 ). Finalmente, o discurso termina com um apelo
baseado nas duas únicas alternativas com que Israel se de
frontava, uma bênção ou uma maldição (2 6 -3 2 ).
10.12,13 Esses versículos esclarecem quais são as exigências
básicas para Israel, cf Mq 6.8.
10.12 Temas.. . ames. O verdadeiro temor e o verdadeiro
amor são complementares e inseparáveis.
10.16 Circuncidai.. . o vosso coração. A circuncisão, sinal fí
sico do pacto, deveria ser acompanhada pela relação espiri
tual que simbolizava.
10.17 Deus dos deuses. A grandeza de Deus permeia o livro
inteiro e é a tônica de seu ensino.
10.18 Amo o estrangeiro. Cf 1.16n. Este versículo subentende
o segundo grande mandamento de Lv 19.17,18.
10.21 Ele é o teu louvor, cf Jr 17.14. • N. Hom. O ministério
divino (cf 1 8 .1 -5 ): 1) A chamada vem de Deus (8a);
2) Os deveres são especificados por Deus (8b); 3) Está envol
vida a renúncia (9a); 4) O galardão é o próprio Deus (9b);
5) Deve ser sustentado pelo povo de Deus (18 .3 ,4 ).
• N. Hom. Cumprimento do que Deus requer: 1) A obriga
ção (12). Tendo reverência, andando em obediência,
amando, servindo; 2) A motivação. Vantagem pessoal (13),
justiça imparcial de Deus (17,18) e bondade de Deus (22).
11.1 Preceitos. Heb mishmõr, lit "aquilo que se deve guar
dar", portanto, a soma total daquilo que Deus ordenou ao
povo observar. A palavra está no singular. Estatutos. Heb hõq,
que provém da idéia de "gravar", "fixar indelevelmente",
"delinear", "estabelecer". Significa "lei" ou "estatuto", no
sentido de ser estabelecido como norma inviolável, juízos.
Heb mishpãt, o pronunciamento do juiz depois de ter exami
nado o caso. É o veredicto de Deus sobre a situação humana,
é a receita de como se deve colocar em prática a justiça na
vida diária. Mandamentos. Heb miçwâh, derivado da raiz çã-
DEUTERONÔMIO 11.3 268
filhos que não conheceram, nem viram a dis
ciplina do Se n h o r , vosso Deus), considerai a
grandeza do Se n h o r , a sua poderosa mão e o
seu braço estendido;0
3 e também os seus sinais, as suas obrasb,
que fez no meio do Egito a Faraó, rei do
Egito, e a toda a sua terra;
4 e o que fez ao exército do Egito, aos
seus cavalos e aos seus carros, fazendo passar
sobre eles as águas do mar Vermelhoc,
quando vos perseguiam, e como o Senhor os
destruiu até ao dia de hoje;
5 e o que fez no deserto, até que chegastes
a este lugar;
6 e ainda o que fez a Datã e a Abirão,
filhos de Eliabe, filho de Rúben; como a terra
abriu a bocad e os tragou e bem assim a sua
família, suas tendas e tudo o que os seguia, no
meio de todo o Israel;
7 porquanto os vossos olhos são os que
viram todas as grandes obras que fez o
Sen h o r /
Os benefícios da obediência
8 Guardai, pois, todos os mandamentos
que hoje vos ordeno, para que sejais fortes,
e entreis, e possuais a terra para onde vos
dirigis;f
9 para que prolongueis os dias na terra que
o Senhor, sob juramento, prometeu dar a
vossos pais e à sua descendência, terra que
mana leite e mel.9
10 Porque a terra que passais a possuir
não é como a terra do Egito, donde saístes, em
que semeáveis a vossa semente e, com o pé,
a regáveis como a uma horta;h
11 mas a terra que passais a possuir é terra
de montes e de vales; da chuva dos céus be-
berá as águas;1
12 terra de que cuida o S e n h o r , v o sso
11.2oDt5.24
11.3
Í>ÊX 7.8-12.13
11.4 cÊx 14.28
11.6
dNm 16.31-32
11.7eDt5.3
11.8 f|s 1-6-7
11.99ÊX 3.8;
Pv 10.27
11.10
/>Zc 14.18
11.11 'Dt 8.7
11.12/1 Rs 9.3
11.13 ‘ Dt 6.17
11.14 /Lv 26.4;
112.23
11.15
m Dt 6.11;
Jl 2.19
11.16 "Dt 8.19
11.17 °Dt4.26;
1 Rs 8.35;
206 .26
11.18pDt6.6
11.19
qDt 4.9-10
11.20'(18-20)
Dt 6.6-9
11.21 JDt4.40;
Pv 3.2
11.22 (Dt 6.17
Deus; os olhos do Se n h o r , vosso Deus, estão
sobre ela continuamente, desde o princípio
até ao fim do ano./
13 Se diligentemente obedecerdes a meus
mandamentos que hoje vos ordeno, de amar o
S e n h o r , v o sso Deus, e de o servir de todo o
vosso coração e de toda a vossa a lm a /
14 darei as chuvas da vossa terra a seu
tempo, as primeiras e as últimas, para que
recolhais o vosso cereal, e o vosso vinho, e o
vosso azeite/
15 Darei erva no vosso campo aosvossos
gados, e comereis e vos fartareis.m
16 Guardai-vos não suceda que o vosso
coração se engane, e vos desvieis, e sirvais a
outros deuses, e vos prostreis perante eles;"
17 que a ira do Senh o r se acenda contra
vós outros, e feche ele os céus, e não haja
chuva, e a terra não dê a sua messe, e cedo
sejais eliminados da boa terra que o Senh o r
vos dá.°
18 Ponde, pois, estas minhas palavras no
vosso coração e na vossa alma; atai-as por
sinal na vossa mão, para que estejam por
frontal entre os olhos.P
19 Ensinai-as a vossos filhos, falando de
las assentados em vossa casa, e andando pelo
caminho, e deitando-vos, e levantando-vos/
20 Escrevei-as nos umbrais de vossa casa
e nas vossas portas/
21 para que se multipliquem os vossos
dias e os dias de vossos filhos na terra que o
Sen h o r , sob juramento, prometeu dar a vos
sos pais, e sejam tão numerosos como os dias
do céu acima da terra.s
22 Porque, se diligentemente guardardes
todos estes mandamentos que vos ordeno para
os guardardes, amando o S e n h o r , v o sso
Deus, andando em todos os seus caminhos, e
a ele vos achegardes/
wâh, "estabelecer", "colocar", "dar ordens". Os
mandamentos são deveres e instruções que se confia a
pessoas de posição inferior.
11.6 Datã e Abirão. Os juízos divinos manifestos em forma de
milagres, no passado, deveriam servir de solene advertência
para os que agora viviam (cf Nm 16; Jz 5).
11.8,9 Cf 6 .1 -3 .
11.10 Não é como a terra do Egito. O Egito dependia de irri
gação para ser frutífero, mas Canaã dependia da bênção di
reta de Deus, cf 8.7. Deus dá gratuitamente aquilo pelo que
o mundo trabalha. Com o pé regáveis. O pé era usado para
abrir e fechar pequenos canais em lugares onde a água era
necessária.
11.11 Da chuva dos céus. Em Canaã, a fertilização se realizava
pelo gracioso dom de Deus das chuvas de outono (outubro e
novembro), que caíam na época das sementeiras e faziam
germinar as sementes. Por outro lado, as chuvas da primavera
(março e abril) beneficiavam os cereais que só em maio ou
junho eram colhidos (14), cf Tg 5.7.
11.13 Se diligentemente obedecerdes. A prosperidade de Is
rael, tão dependente das chuvas, dependia da obediência do
povo para com Aquele que controlava a chuva.
11.21 Vossos dias.. . na terra. A fidelidade contínua, por
parte de todas as gerações era essencial para Israel manter a
posse da Terra Prometida. Como os dias do céu acima da terra,
quer dizer para sempre.
269 DEUTERONÔMIO 12.6
23 o Senhor desapossará todas estas na
ções, e possuireis nações maiores e mais po
derosas do que vós.u
24 Todo lugar que pisar a planta do vosso
pé, desde o deserto, desde o Líbano, desde o
rio, o rio Eufrates, até ao mar ocidental, será
vosso.1'
25 Ninguém vos poderá resistir1’'; o
Senhor, vosso Deus, porá sobre toda terra
que pisardes o vosso terror e o vosso temor,
como já vos tem dito.*
A bênção e a maldição
26 Eis que, hoje, eu ponho diante de vós a
bênção e a maldição:/
27 a bênção, quando cumprirdes os man
damentos do Senhor, vosso Deus, que hoje
vos ordeno ;z
28 a maldição, se não cumprirdes os man
damentos do Senhor, vosso Deus, mas vos
desviardes do caminho que hoje vos ordeno,
para seguirdes outros deuses que não conhe-
cestes.Q
29 Quando, porém, o Senhor, teu Deus,
te introduzir na terra a que vais para possuí-
la, então, pronunciarás a bênção sobre o
monte Gerizim6 e a maldição sobre o monte
Ebal.
30 Porventura, não estão eles além do Jor
dão, na direção do pôr-do-sol, na terra dos
cananeus, que habitam na Arabá, defronte de
Gilgal, junto aos carvalhais de Moré?c
31 Pois ides passar o Jordão para entrar-
11.23 «Dt 4.38
11.24
►Cn 15.18;
Nm 34.3
11.25 »|s 1.5
*(24-25) Js 1.3-5
11.26 yDt 30.1
11.27 ^Dt 28.2
11.28
oDt 28.15
11.29
bDt 27.11-14;
)s 8.33-35
11.30 cGn 12.6
11.31 ^Dt 9.1
11.32 eDt 5.32
12.1 fDt 4.10;
1 Rs 8.40
12.2 gÊx 34.13;
2Rs 16.4; Jr 3.6
12.3 ^Dt 7.5
12 .4 'Dt 12.31
12.5 /Dt 12.11;
1 Rs 8.29;
2Cr 7.12;
SI 78.68
des e possuirdes a terra que vos dá o Senhor,
vosso Deus; possuí-la-eis e nela habitareis.d
32 Tende, pois, cuidado em cumprir todos
os estatutos e os juízos que eu, hoje, vos pres
crevo. e
0 lugar do culto verdadeiro
1 O São estes os estatutos e os juízos que
JL Á* cuidareis de cumprir na terra que vos
deu o Senhor, Deus de vossos pais, para a
possuirdes todos os dias que viverdes sobre a
terra.f
2 Destruireis por completo todos os luga
res onde as nações que ides desapossar servi
ram aos seus deuses, sobre as altas
montanhas, sobre os outeiros e debaixo de
toda árvore frondosa;^
3 deitareis abaixo os seus altaresh, e des-
pedaçareis as suas colunas, e os seus postes-
ídolos queimareis, e despedaçareis as
imagens esculpidas dos seus deuses, e apaga-
reis o seu nome daquele lugar.
4 Não fareis assim para com o Senhor,
vosso Deus,'
5 mas buscareis o lugar que o Senhor,
vosso Deus, escolher de todas as vossas tri
bos, para ali pôr o seu nome e sua habitação;
e para lá ireis J
6 A esse lugar fareis chegar os vossos ho-
locaustos, e os vossos sacrifícios, e os vossos
dízimos, e a oferta das vossas mãos, e as
ofertas votivas, e as ofertas voluntárias, e os
11.24 O império israelita se estendia, idealmente, até o Eu
frates (Gn 15.18), o limite norte das conquistas de Davi
(2 Sm 8.3). Ver nota sobre 11.7.
11.29 Cerizim.. . Ebal. A quem viaja das planícies de Moabe
(34.1) é fácil avistar ao longe aquelas duas montanhas, para
além do vale do Jordão, onde, ao entardecer, o sol se esconde
(30). Ali estão como a atestar a necessidade de uma escolha
entre o bem e o mal. • N. Hom. Motivos da obediência.
1) A grandeza de Deus (10 .1 7 -2 2 ); 2) As maravilhas por Ele
operadas (1 1 .1 -7 ); 3) As bênçãos que desfrutaremos
(1 1 .8 -1 7 ). • N. Hom. A palavra de Deus deve ser: 1) Ente-
sourada no coração (18); 2 ) Ensinada a nossos filhos (19);
3) Exibida em casa (20). (Cf 6 .6 -9 ). • N. Hom. Disciplina
divina: 1) É exibida de vários modos (3 -7 ); 2) Precisa ser to
mada em consideração (2); 3) Deve conduzir à obediên
cia (8,9).
Caps 12— 26 Essa seção consiste de estatutos e ordenanças
(12.1) que Moisés apresentou para a vida religiosa, civil, so
cial e doméstica em Canaã.
Cap 12 Israel só deveria adorar no lugar escolhido por Deus.
Moisés exigiu a destruição de todo santuário idólatra (1 -3 ) ,
restringiu a adoração ao santuário central (4 -1 4 ), deixou re
gulamentos acerca dos sacrifícios e da matança dos animais
para alimentação (1 5 -2 8 ) e advertiu contra a imitação às prá
ticas idólatras (2 9 -3 2 ).
12.2 Destruireis por completo. Também na vida cristã não
pode haver qualquer transigência para com o mal
(2 Co 6 .1 4 -1 7 ).
1 2 .4 -1 4 Tinha de haver um lugar particular para adorar a
Deus. A ausência do nome do lugar evidencia uma data mais
antiga para Deuteronômio. Jerusalém não é mencionada no
Pentateuco, e tampouco foi escolhida como local do santuá
rio central, senão muito depois de Moisés. O fato de que
Deus não indicou, nessa ocasião, o lugar do santuário, nos
ensina que a orientação dada pelo Senhor, geralmente, é
passo a passo, e que precisamos olhar continuamente para
Ele. Note-se também o contraste entre a ênfase do Antigo
Testamento sobre um lugar, e a ênfase do Novo Testamento
sobre uma pessoa (Jo 4 .2 0 -2 6 ).
12.5 Ali pôr o seu nome. Embora a habitação do Senhor seja
o céu (1 Rs 8 .2 7 -3 0 ), seu nome no qual se manifesta sua
pessoa ou natureza, representa-o no santuário, e nesse sen
tido a sua habitação está ali (11).
DEUTERONÔMIO 12.7 270
primogênitos das vossas vacas e das vossas
ovelhas . k
I Lá, comereis perante o Sen h o r , vosso
Deus, e vos alegrareis em tudo o que fízerdes,
vós e as vossas casas, no quevos tiver aben
çoado o Sen h o r , vosso Deus.'
8 Não procedereis em nada segundo esta
mos fazendo aqui, cada qual tudo o que bem
parece aos seus olhos,m
9 porque, até agora, não entrastes no des
canso e na herança que vos dá o Se n h o r ,
vosso Deus.
10 Mas passareis o Jordão e habitareis na
terra que vos fará herdar o Sen h o r , vosso
Deus; e vos dará descanso de todos os vossos
inimigos em redor, e morareis seguros."
II Então, haverá um lugar que escolherá o
Sen h o r , vosso Deus, para ali fazer habitar o
seu nome; a esse lugar fareis chegar tudo o
que vos ordeno: os vossos holocaustos, e os
vossos sacrifícios, e os vossos dízimos, e a
oferta das vossas mãos, e toda escolha dos
vossos votos feitos ao Sen h o r ,0
12 e vos alegrareis perante o Sen h o r ,
vosso Deus, vós, os vossos filhos, as vossas
filhas, os vossos servos, as vossas servas e o
levita que mora dentro das vossas cidades e
que não tem porção nem herança convosco.P
13 Guarda-te, não ofereças os teus holo
caustos em todo lugar que vires;?
14 mas, no lugar que o S e n h o r escolher
numa das tuas tribos, ali oferecerás os teus
holocaustos e ali farás tudo o que te ordeno . '
De como comer a carne e as ofertas
15 Porém, consoante todo desejo da tua
alma, poderás matar e comer carne nas tuas
cidades, segundo a bênção do Se n h o r , teu
Deus; o imundo e o limpo dela comerão, as
sim como se come da carne do corço e do
veado.5
12.6 Hv 17.3-4
12.7 'Lv 23.40
12.8 "i|z 17.6
12.10
"Dt 11.31
12.11 oDt 12.5;
)s 18.1; 1 Rs 8.29
12.12 pDt 10.9
12.13 íLv 17.4
12.14'D tl2.11
12.15
iDt 12.21-22
12.16 iCn 9.4;
Lv 7.26-27;
17.10-14; 19.26;
Dt 15.23
12.18
«Dt 12.11-12
12.19 vDt 4.27
12.20
*vCn 15.18;
D t11.24
12.22
*Dt12.15
12.23
r lv 17.10-14
12.25
^Êx 15.26;
1 Rs 11.38;
Is 3.10
16 Tão-somente o sangue não comerás';
sobre a terra o derramarás como água.
17 Nas tuas cidades, não poderás comer o
dízimo do teu cereal, nem do teu vinho, nem
do teu azeite, nem os primogênitos das tuas
vacas, nem das tuas ovelhas, nem nenhuma
das tuas ofertas votivas, que houveres prome
tido, nem as tuas ofertas voluntárias, nem as
ofertas das tuas mãos;
18 mas o comerás perante o Sen h o r , teu
Deus, no lugar que o Se n h o r , teu Deus, es
colher, tu, e teu filho, e tua filha, e teu servo,
e tua serva, e o levita que mora na tua cidade;
e perante o Se n h o r , teu Deus, te alegrarás
em tudo o que fizeres."
19 Guarda-te, não desampares o levita to
dos os teus dias na terra.1'
20 Quando o Se n h o r , teu Deus, alargar o
teu território, como te prometeu, e, por dese-
jares comer carne, disseres; Comerei carne,
então, segundo o teu desejo, comerás carne.w
21 Se estiver longe de ti o lugar que o
Sen h o r , teu Deus, escolher para nele pôr o
seu nome, então, matarás das tuas vacas e tuas
ovelhas, que o Sen h o r te houver dado, com o
te ordenei; e comerás dentro da tua cidade,
segundo todo o teu desejo.
22 Porém, como se come da carne do
corço e do veado, assim comerás destas car
nes; destas comerá tanto o homem imundo
como o limpo."
23 Somente empenha-te em não comeres
o sangue, pois o sangue é a vida)'; pelo que
não comerás a vida com a carne.
24 Não o comerás; na terra o derramarás
como água.
25 Não o comerás, para que bem te suceda
a ti e a teus filhos, depois de ti, quando fizeres
o que é reto aos olhos do S e n h o r . 2
26 Porém tomarás o que houveres consa
grado daquilo que te pertence e as tuas ofertas
12.7 Vos alegrareis. Isso é repetido em 12.12,18; 14.26;
16.11,14; 26.11; 27.7. A alegria é parte importante da reli
gião cristã, cf |o 15.11; Fp 3.1; 4.4.
12.10 Descanso. Somente quando Israel descansou, nos dias
de Salomão e Davi (2 Sm 7.1; 1 Rs 5.4), é que Deus escolheu
a Jerusalém como o local de Sua casa (1 Rs 3.1; 8.44). Antes
disso, Silo servira temporariamente como lugar de adoração
()r 7.12).
12 .1 5 -2 8 É feita a distinção entre os animais oferecidos em
sacrifício e os abatidos como alimento. Quando Israel entrasse
em Canaã, muitos morariam a uma grande distância do san
tuário central. Tiveram, portanto, permissão para matar ani
mais que precisassem para si mesmos, sem trazerem uma das
partes para o santuário. No caso de sacrifício, o sangue teria
que ser apresentado no santuário, Lv 17.1 -9 .
12.16 O sangue não comerás. O sangue, como elemento pri
mordial e símbolo da vida, é tratado com um grande respeito
em todo o Antigo Testamento (cf Gn 9 .4 -6 ), muito particu
larmente em relação à aliança e ao sacrifício, como tipo de
expiação de Cristo (cf Lv 16; Hb 9 .1 2 -1 4 ; 1 Pe 1.18,19;
Lv 17.1 In ).
271 DEUTERONÔMIO 13.11
votivas e virás ao lugar que o Senhor es
colher.0
27 E oferecerás os teus holocaustos, a
carne e o sangue sobre o altar do Senhor, teu
Deus; e o sangue dos teus sacrifícios se derra
mará sobre o altar do Senhor, teu Deus; po
rém a carne com erás/
28 Guarda e cumpre todas estas palavras
que te ordeno, para que bem te suceda a ti
e a teus filhos, depois de ti, para sempre,
quando fizeres o que é bom e reto aos olhos
do Senhor, teu Deus.c
29 Quando o Senhor, teu Deus, eliminar
de diante de ti as nações, para as quais vais
para possuí-las, e as desapossares e habitares
na sua terra,d
30 guarda-te, não te enlaces com imitá-
las, após terem sido destruídas diante de ti; e
que não indagues acerca dos seus deuses, di
zendo: Assim como serviram estas nações aos
seus deuses, do mesmo modo também fa
rei eu,e
31 Não farás assim ao Senhor, teu Deus,
porque tudo o que é abominável ao Senhor
e que ele odeia fizeram eles a seus deuses,
pois até seus filhos e suas filhas queimaram
aos seus deuses/
32 Tudo o que eu te ordeno observarás;
nada lhe acrescentaráss, nem diminuirás.
Contra os falsos profetas e os idólatras
1 O Quando profeta ou sonhador se le-
I J vantar no meio de ti e te anunciar um
sinal ou prodígio/
2 e suceder o tal sinal ou prodígio de que
te houver falado, e disser: Vamos após outros
12.26
°Nm 5.9-10;
1 Sm 1.21-22,24
12.27 f>Lv 1.5
12.28
cDt 12.25
12.29
díx 23.23;
Js 23.4
12.30 cDt 7.16
12.31 fLv 18.3;
Dt 12.4;
2Rs 17.15;
Ez 23.37
12.32 sDt 4.2;
Ap 22.18-19
13.1 AZclO.2;
2Ts2.9
13.2 'Dt 18.22;
Mt 7.22
13.3 /Dt 8.2;
1 Co 11.19;
2Ts 2.11;
Ap 13.14
13.4 *Dt 10.20;
2Rs 23.3;
2Cr 34.31
13.5 'Dt 17.7;
Zc 13.3;
ICo 5.13
13.6 mCnl 6.5;
1 Sm 18.1,8;
Pv 5.20
13.8 "Pv 1.10
13.9 oDt 17.5;
At 7.58
deuses, que não conheceste, e sirvamo-los,'
3 não ouvirás as palavras desse profeta ou
sonhador, porquanto o Senhor, vosso Deus,
vos prova, para saber se amais o Senhor,
vosso Deus, de todo o vosso coração e de toda
a vossa alma./
4 Andareis após o Senhor, vosso Deus, e
a ele temereis; guardareis os seus mandamen
tos, ouvireis a sua voz, a ele servireis e a ele
vos achegareis/
5 Esse profeta ou sonhador será morto,
pois pregou rebeldia contra o S enhor, v o sso
Deus, que vos tirou da terra do Egito e vos
resgatou da casa da servidão, para vos apartar
do caminho que vos ordenou o S enhor,
vosso Deus, para andardes nele. Assim, elimi-
narás o mal do meio de ti.'
6 Se teu irmão, filho de tua mãe, ou teu
filho, ou tua filha, ou a mulher do teu amor,
ou teu amigo que amas como à tua alma te
incitar em segredo, dizendo: Vamos e sirva
mos a outros deuses, que não conheceste, nem
tu, nem teus pais,m
7 dentre os deuses dos povos que estão em
redor de ti, perto ou longe de ti, desde uma até
à outra extremidade da terra,
8 não concordarás com ele, nem o ouvirás;
não olharás com piedade, não o pouparás,
nem o esconderás/
9 mas, certamente, o matarás. A tua mão
será a primeira contra ele, para o matar, e
depois a mão de todo o povo.010 Apedrejá-lo-ás até que morra, pois te
procurou apartar do Senhor, teu Deus, que te
tirou da terra do Egito, da casa da servidão.
11 E todo o Israel ouvirá e temerá, e não
12.30 Como serviram.. . aos seus deuses. Entre os pagãos é
freqüente admitir-se uma íntima relação entre uma terra e os
deuses que os seus habitantes adoraram (cf 2 Rs 17.26,27).
Os israelitas seriam levados a pensar do mesmo modo e a
temer os deuses de Canaã. • N. Hom. Natureza da adoração
autêntica: 1) Deve ser exclusiva e distinta (29 -3 1 ); 2) Deve
ser cheia de alegria (7,12).
Cap 13 Moisés acautela o povo contra o aparecimento da
idolatria dentre eles mesmos. Poderiam ser impelidos a isso
através de um falso profeta (1 -5 ) , através de sua própria pa-
rentela (6 -1 1 ), ou através de elementos vis dentro da comu
nidade (1 2 -1 8 ).
13.1 Sinal ou prodígio. O sinal (heb 'oth) e qualquer marca ou
prova que revela, relembra ou confirma qualquer aconteci
mento do passado, do presente ou do futuro. É algo que
chama a atenção para um assunto, e que faz com que o
mesmo seja levado a sério; milagres e profecias seriam os
sinais mais claros. O prodígio (heb môphêt) é um milagre que
comprova a autoridade de quem o operou; a palavra vem da
raiz yãphat, "persuadir".
13.2 Até mesmo hoje existem seitas religiosas que se vanglo
riam de revelações sobrenaturais, curas milagrosas, êtc. Sinais
e maravilhas em si mesmos, porém não provam que Deus
falou (cf Êx 7.11,12; M t 7.22,23; 24.24; Ap 13.13,14). Um
evento sobrenatural é de Deus somente quando leva à fé no
Deus verdadeiro e é coerente com a revelação dada a nós nas
Sagradas Escrituras (cf 18.9-14n).
13.5 Será morto. Deus ordenara o extermínio dos cananeus.
Se os israelitas participassem de seus pecados, também parti
cipariam dos castigos daqueles. O castigo é severo porque a
idolatria contamina a santidade da comunidade.
13.6 Irm ão.. . filho.. . mulher. A tentação pode sobrevir atra
vés de nossos mais íntimos parentes. Foi Eva que tentou
Adão, e Cristo foi tentado por Pedro.
13.11 Todo o Israel ouvirú. O castigo devia ser publicamente
ministrado, como purificador coletivo do mal.
DEUTERONÔMIO 13.12 272
se tomará a praticar maldade como esta no
meio de ti.P
12 Quando em alguma das tuas cidades
que o S e n h o r , teu Deus, te dá, para ali habi-
tares, ouvires dizer1)
13 que homens malignos saíram do meio
de ti e incitaram os moradores da sua cidade,
dizendo: Vamos e sirvamos a outros deuses,
que não conheceste/
14 então, inquirirás, investigarás e, com
diligência, perguntarás; e eis que, se for ver
dade e certo que tal abominação se cometeu
no meio de ti,
15 então, certamente, ferirás a fio de es
pada os moradores daquela cidade, des
truindo-a completamente e tudo o que nela
houver, até os animais.5
16 Ajuntarás todo o seu despojo no meio
da sua praça e a cidade e todo o seu despojo
queimarás por oferta total ao S e n h o r , teu
Deus, e será montão perpétuo de ruínas;
nunca mais se edificará.f
17 Também nada do que for condenado
deverá ficar em tua mão, para que o Senhor
se aparte do ardor da sua ira, e te faça miseri
córdia, e tenha piedade de ti, e te multiplique,
como jurou a teus pais,u
18 se ouvires a voz do S e n h o r , teu Deus,
e guardares todos os seus mandamentos que
hoje te ordeno, para fazeres o que é reto aos
olhos do S e n h o r , teu Deus.v
Mutilação do corpo proibida
Filhos sois do S e n h o r , vosso Deus;
não vos dareis golpesw. nem sobre a14
13.11
P Dt 17.13
13.12 q)s 22.11
13.13 rDt 17.2;
2Rs 17.21;
ljo 2.19; Jd 1.19
13.15
sêx 22.2 0;
|s 6.17,21
13.16 fJs 6.24;
Ir 49.2
13.17
uGn 22.17;
js 6.18,26
13.18
vDt 12.25
14.1 wLv 19.28;
21.5
14.2 *Êx 19.5-6;
Dt 7.6; Tt 2.14;
1 Pe 2.9
14.3 yEz4.14
14.4 zLv11.2
14.8
oLv 11.26-27
14.9 *Lv 11.9
14.12 cLv 11.13
testa fareis calva por causa de algum morto.
2 Porque sois povo santo ao Sen h o r ,
vosso Deus, e o Senh o r vos escolheu de
todos os povos que há sobre a face da terra,
para lhe serdes seu povo próprio".
Leis sobre os animais limpos e os imundos
Lv 11.1-47
3 Não comereis coisa alguma abomi
nável.)'
4 São estes os animais que comereis: o
boi, a ovelha, a cabra,2
5 o veado, a gazela, a corça, a cabra mon
tes, o antílope, a ovelha montês e o gamo.
6 Todo animal que tem unhas fendidas, e
o casco se divide em dois, e rumina, entre os
animais, isso comereis.
7 Porém estes não comereis, dos que so
mente ruminam ou que têm a unha fendida: o
camelo, a lebre e o arganaz, porque ruminam,
mas não têm a unha fendida; imundos vos
serão.
8 Nem o porco, porque tem unha fendida,
mas não rumina; imundo vos será. Destes não
comereis a carne e não tocareis no seu
cadáver.0
9 Isto comereis de tudo o que há nas
águas: tudo o que tem barbatanas e escamas.b
10 Mas tudo o que não tiver barbatanas
nem escamas não o comereis; imundo vos
será.
11 Toda ave limpa comereis.
12 Estas, porém, são as que não comereis:
a águia, o quebrantosso, a águia marinha,c
13.13 Homens malignos. Lit "filhos de Belial", sendo que a
palavra transcrita "Belial" se interpreta pelo Rabino Salomão
Itshaqui como "sem jugo", sem restrições religiosas ou
morais.
13.14 Inquirirás. Plena investigação deve preceder o castigo.
13.17 Condenado. Cf 20 .17n. • N . Hom . O perigo de ser
levado ao pecado: 1) Pelo poder sedutor do que é estranho e
incomum (1,2); 2) Pelo poder sedutor das afeições humanas
(6,7); 3) Pelo poder sedutor da maioria (12,13).
Cap 14 Israel devia ser um povo distinto. Devia evitar as la
mentações dos pagãos (1,2 ) e os alimentos imundos (3 -2 1 ).
Sua consagração também precisava ser demonstrada com os
dízimos que viessem a dar (2 2 -2 9 ).
14.1 Por causa de algum morto. Ver nota anterior,
cf Lv 19.28; 21.5.
1 4 .3 -21 Em alguns casos, há uma explicação higiênica para
a classificação de certos alimentos como limpos ou imundos.
Noutros casos, a razão para a distinção não é clara. Seja como
for, esses regulamentos serviriam para testar a obediência de
Israel e como sinal de seu caráter próprio e exclusivo de uma
nação. Essas regras de saúde corporal pertencem somente a
Israel, e não vigoram na dispensação cristã (ver 1 T m 4 .4 ),
porém indicam a necessidade de discrição e autocontrole.
14.7 A lebre e o arganaz. Só aparentemente é que podem ser
considerados ruminantes, pois na realidade não o são. Mas a
aparência é que interessava, cf Lv 11.5 e 6n. Os nomes dos
animais e pássaros ainda nos dão margem para longos deba
tes; os animais mencionados no v 5 pertencem mormente à
família das gazelas; dos pássaros, alguns nomes hebraicos re
ceberam uma interpretação dos rabinos, como se segue; o
íbis v 16, heb yanshüph, parece ser um tipo de coruja que voa
só depois do crepúsculo (heb nesbeph); a cegonha, heb hasi-
dâh, a forma feminina da palavra hesedh "misericórdia", que
se refere à dedicação da cegonha em alimentar os filhotes; a
garça, heb ‘anãphâh, lit "ferocidade", uma referência à pose
e ao aspecto do referido pássaro.
273 DEUTERONÔMIO 15.2
13 o açor, o falcão e o milhano, segundo a
sua espécie;
14 e todo corvo, segundo a sua espécie;
15 o avestruz, a coruja, a gaivota e o ga
vião, segundo a sua espécie;
16 o mocho, a íbis, a gralha,
17 o pelicano, o abutre, o corvo marinho,
18 a cegonha, e a garça, segundo a sua
espécie, e a poupa, e o morcego.
19 Também todo inseto que voa vos será
imundo; não se comerá.d
20 Toda ave limpa comereis.
21 Não comereis nenhum animal que
morreu por si. Podereis dá-lo ao estrangeiro
que está dentro da tua cidade, para que o
coma, ou vendê-lo ao estranho, porquanto
sois povo santo ao S e n h o r , vosso Deus. Não
cozerás o cabrito5 no leite da sua pró
pria mãe.
Os dízimos para o serviçodo Senhor
22 Certamente, darás os dízimos de todo o
fruto das tuas sementes, que ano após ano se
recolher do campo.f
23 E, perante o S e n h o r , teu Deus, no lu
gar que escolher para ali fazer habitar o seu
nome, comerás os dízimos do teu cereal, do
teu vinho, do teu azeite e os primogênitos das
tuas vacas e das tuas ovelhas; para que apren
das a temer o S e n h o r , teu Deus, todos os
dias.9
24 Quando o caminho te for comprido de
mais, que os não possas levar, por estar longe
14.19
dLv 11.20-21
14.21
eÈx 23.19;
34.26
14.22
'Lv 27.30;
Ne 10.37
14.23
pDt 12.5-7
14.24
^Dt 12.21
14.26 íDt 12.7
14.27
/Nm 18.20
14.28
‘ Dt 26.12
14.29 1(22-29)
Lv 27.30-33;
Nm 18.21
15.1
mÊx 23.10-11
de ti o lugar que o S e n h o r , teu Deus, esco
lher para ali pôr o seu nome, quando o
S e n h o r , teu Deus, te tiver abençoado,h
25 então, vende-os, e leva o dinheiro na
tua mão, e vai ao lugar que o S e n h o r , teu
Deus, escolher.
26 Esse dinheiro, dá-lo-ás por tudo o que
deseja a tua alma, por vacas, ou ovelhas, ou
vinho, ou bebida forte, ou qualquer coisa que
te pedir a tua alma; come-o ali perante o
S e n h o r , teu Deus, e te alegrarás, tu e a tua
casa;'
27 porém não desampararás o levita que
está dentro da tua cidade, pois não tem parte
nem herança contigo./
28 Ao fim de cada três anos, tirarás todos
os dízimos do fruto do terceiro ano e os reco-
lherás na tua cidade.*
29 Então, virão o levita (pois não tem
parte nem herança contigo), o estrangeiro, o
órfao e a viúva que estão dentro da tua cidade,
e comerão, e se fartarão, para que o S e n h o r ,
teu Deus, te abençoe em todas as obras que as
tuas mãos fizerem.1
0 ano da remissão
1 ^ Ao fim de cada sete anosm, farás re-
J . ._/ missão.
2 Este, pois, é o modo da remissão: todo
credor que emprestou ao seu próximo alguma
coisa remitirá o que havia emprestado; não o
exigirá do seu próximo ou do seu irmão, pois
a remissão do S e n h o r é proclamada.
14.21 No leite da sua própria mãe. Era um costume cerimo
nial dos cananeus, e por isso foi proibido. Além disso era uma
violência à compaixão, para se satisfazer a gulodíce.
1 4 .2 2 -2 9 Uma décima parte da produção da terra devia ser
oferecida a Deus. Quando Moisés pronunciou este discurso, já
era bem conhecido e praticado o uso dos dízimos, que po
diam representar um sinal de gratidão (Gn 14.20) ou mesmo
de devoção (Gn 28.22). O princípio básico é o mesmo da lei
do sábado (15.12). Tudo o que o homem possui, a Deus o
deve, sendo apenas um fiel depositário (D t8 .1 8 ; M t 25.14).
Para que vissem que eram sagrados todos esses bens, separa
vam uma parte deles e ofereciam ao santuário (23,25). Na
legislação anterior (isto é, Lv 27.30; Nm 18.21ss), quando o
povo ainda se encontrava em seu estágio nômade, os dízimos
eram entregues aos sacerdotes e levitas, que provavelmente
tinham grande necessidade deles. Agora, entretanto, quando
o povo estava preparado para entrar na Palestina e dar início
a uma vida estabelecida, é ordenado um uso mais lato dos
dízimos.
14.23 Comerás. O ofertante podia comer dos dízimos (pre
sume-se, porém, que apenas uma pequena parte do
mesmo), pela festa de comunhão no santuário. Exceção a isso
haveria no terceiro e no sexto ano (28,29), e também no ano
sabático bissexto (Êx 23.11). • N . Hom. Grandes bênçãos
desfrutadas pelo povo de Deus; 1) Adoção (27); 2 ) Santifica
ção (2a); 3) Eleição (2b). • N. Hom. Propósitos dos dízimos e
ofertas: 1) Reconhecimento de que Deus é o Doador (23);
2) Sustento do trabalho ministerial (27); 3) Alívio das necessi
dades de outros (29).
Cap 15 Moisés dá ordens sobre o ano da libertação (1 -1 1 ),
sobre a servidão dos hebreus (1 2 -1 8 ) e sobre o sacrifício dos
animais primogênitos (1 9 -2 3 ).
15 .1 -11 O caráter mais específico das prescrições nos livros
de Êxodo e Levítico se deve ao fato de que se destinava a um
povo nômade, enquanto o caráter mais geral das prescrições
do livro de Deuteronômio se destina a um povo prestes a se
estabelecer na sua terra.
1S.1 Farás remissão. Os que haviam tomado dinheiro em
prestado e não podiam saldar a dívida antes do ano da remis
são teriam essa dívida perdoada nessa ocasião.
Os comentaristas judeus concordam que a remissão do em
préstimo não era temporária, mas absoluta. Porém, podia-se
pagar a dívida por questão moral.
DEUTERONÔMIO 15.3 274
.3 Do estranho podes exigi-lo, mas o que
tiveres em poder de teu irmão, quitá-lo-ás;n
4 para que entre ti não haja pobre; pois o
Senhor, teu Deus, te abençoará abundante
mente na terra que te dá por herança, para a
possuíres,0
5 se apenas ouvires, atentamente, a voz do
Senhor, teu Deus, para cuidares em cumprir
todos estes mandamentos que hoje te ordeno.
6 Pois o Senhor, teu Deus, te abençoará,
como te tem dito; assim, emprestarás a muitas
nações, mas não tomaras empréstimos; e do-
minarás muitas nações, porém elas não te do
minarão. p
Leis a favor dos pobres
Lv 25.35-38
7 Quando entre ti houver algum po-
bre<) de teus irmãos, em alguma das tuas ci
dades, na tua terra que o Senhor, teu Deus,
te dá, não endurecerás o teu coração, nem
fecharás as mãos a teu irmão pobre;
8 antes, lhe abrirás de todo a mão e lhe
emprestarás o que lhe falta, quanto baste para
a sua necessidade/
9 Guarda-te não haja pensamento vil no
teu coração, nem digas; Está próximo o sé
timo ano, o ano da remissão, de sorte que os
teus olhos sejam malignos para com teu irmão
pobre, e não lhe dês nada, e ele clame contra
ti ao Senhor, e heua em ti pecado.5
10 Livremente, lhe darás, e não seja ma
ligno o teu coração, quando lho deres; pois,
por isso, te abençoará o Senhor, teu Deus,
15.3 "Dt 23.20
15.4 °Dt 28.8
15.6
pDt 28.12-13;
Pv 22.7
15.7 <JEx 22.25;
Dt 23.19-20
15.8 rLv 25.35;
Lc 6.34-35
15.9 íDt 24.15;
Mt 20.15
15.10
<Dt 14.29;
Pv 22.9;
2Co 9.5,7
15.11
"Mt 26.11;
Mc 14.7; Jo 12.8
15.12 ''Êx 21.2;
/r 34.14
15.14
»Pv 10.22
15.15 *Dt 5.15
15.16
KÊx 21.5-6
15.18^(12-18)
Lv 25.39-46
em toda a tua obra e em tudo o que empreen-
deres.(
11 Pois nunca deixará de haver po-
bresu na terra; por isso, eu te ordeno: livre
mente, abrirás a mão para o teu irmão, para o
necessitado, para o pobre na tua terra.
Leis acerca dos servos
Êx 21.1-11
12 Quando um de teus irmãos, hebreu ou
hebréia, te for vendido, seis anos servir-te-á,
mas, no sétimo, o despedirás forro.1'
13 E, quando de ti o despedires forro, não
o deixarás ir vazio.
14 Liberalmente, lhe fomecerás do teu re
banho, da tua eira e do teu lagar; daquilo com
que o Senhor, teu Deus, te houver aben
çoado, lhe darás.w
15 Lembrar-te-ás de que foste servo na
terra do Egito e de que o Senhor, teu Deus,
te remiu; pelo que, hoje, isso te ordeno.x
16 Se, porém, ele te disser: Não sairei de
ti; porquanto te ama, a ti e a tua casa, por estar
bem contigo,)'
17 então, tomarás uma sovela e lhe furarás
a orelha, na porta, e será para sempre teu
servo; e também assim farás à tua serva.
18 Não pareça aos teus olhos duro o des
pedi-lo forro; pois seis anos te serviu por me
tade do salário do jornaleiro; assim, o
Senhor, teu Deus, te abençoará em tudo o
que fizeres.7
Leis acerca dos primogênitos do gado
19 Todo primogênito que nascer do teu
15.3 Estranho. A palavra hebraica aqui usada é nokhri. Ver
nota de 1.16. Estes, principalmente egípcios ou outros que
visitavam a negócios, teriam meios de pagar.
15.4 Não haja pobre. Se a vontade de Deus fosse perfeita
mente obedecida, chegar-se-ia à ocasião em que não haveria
mais pobreza (3 -5 ). Enquanto não chegar esse tempo, po
rém, nunca deixará de haver pobres na terra (11).
15.7 Irmão pobre. Os judeus ortodoxos sempre cuidaram de
seus pobres, como tam bém a igrejade |erusalém
(At 4.34,35).
15.8 Emprestarás. Algumas vezes é melhor emprestar que
dar. O empréstimo obriga aquele que toma emprestado a
trabalhar e ajudar-se a si mesmo.
1 5 .1 2 -1 8 Em Lv 2 5 .3 9 -4 6 é ensinado que os escravos he-
breus seriam libertados no ano do jubileu. Isto significaria
eventualmente que, se o ano do jubileu chegasse antes do
escravo ter servido sete anos, este podia ser libertado. Até o
tempo do exílio, essa lei da libertação era freqüentemente
negligenciada, cf Jr 34 .8 -20 ; Ne 5 .1 -1 3 .
15.13 Não o deixarás ir vazio. Quando o escravo era liber
tado, devia receber provisões para começar sua nova vida.
Isso não é mencionado no livro de Êxodo, senão o povo,
dificilmente, deixaria de recair na escravidão.
15.15 Lembrar-te-ás. A lembrança da maravilhosa graça de
Deus para conosco na redenção nos leva a seguir o curso da
verdadeira obediência.
15.16 Por estar bem contigo. Embora não fosse proibida a
escravatura em Israel, as condições da servidão eram, fre
qüentemente, num clima de bastante liberdade, cf N. Hom.
abaixo.
15.17 Servo.. . serva. Os escravos e as escravas eram conside
rados no mesmo nível social.
15.19 Todo primogênito. No livro do Êxodo, declara-se o
princípio de que todos os animais primogênitos deviam ser
dedicados a Deus. A antiga lei sobre o sacrifício dos primogê
nitos (cf Êx 13.2,12; Lv 27.26ss; N m l8 .15ss ) é adaptada
para as exigências do santuário central, cf 1 2 .1 5 -2 8 .
• N. Hom. A servidão perpétua era: 1) Voluntária (16a);
275 DEUTERONÔMIO 16.15
gado ou de tuas ovelhas, o ma
cho0 consagrarás ao S e n h o r , teu Deus; com
o primogênito do teu gado não trabalharás,
nem tosquiarás o primogênito das tuas
ovelhas.
20 Comê-lo-ás perante o S e n h o r , tu e
a tua casa, de ano em ano, no lugar que o
S e n h o r escolher.*
21 Porém, havendo nele algum defeito, se
for coxo, ou cego, ou tiver outro defeito
grave, não o sacrifxcarás ao S e n h o r , teu
Deus.c
22 Na tua cidade, o comerás; o imundo e
0 limpo o comerão juntamente, como a carne
do corço ou do veado.d
23 Somente o seu sangue não comerás e;
sobre a terra o derramarás como água.
As três festas dos judeus
A Páscoa
Êx 23.14-15; 34.18; Lv 23.4-8
1 / f Guarda o mês de abibe e celebra a
X U Páscoa do S e n h o r , teu Deus; por
que, no mês de abibe, o S e n h o r , teu Deus, te
tirou do Egito, de noite/
2 Então, sacrificarás como oferta de Pás
coa ao S e n h o r , teu Deus, do rebanho e do
gado, no lugar que o S e n h o r escolher para
ali fazer habitar o seu nome. 9
3 Nela, não comerás levedado; sete dias,
nela, comerás pães asmos, pão de aflição
(porquanto, apressadamente, saíste da terra do
Egito), para que te lembres, todos os dias da
tua vida, do dia em que saíste da terra do
Egito.h
4 Fermento não se achará contigo por sete
dias, em todo o teu território; também da
carne que sacrificares à tarde, no primeiro dia,
nada ficará até pela manhã.1
5 Não poderás sacrificar a Páscoa em ne
nhuma das tuas cidades que te dá o S e n h o r ,
teu Deus,
15.19
"Êx 13.12
15.20
*Dt 12.5-7
15.21 c Lv 22.20
15.22
dDt 12.15
15.23 eCn 9.4;
Lv 7.26-27;
17.10-14;
Dt 12.16,23
16.1 'Êx 12.2
16.2
gNm 28.19
16.3 í>Êx 12.15
16.4 'Êx 12.10
16.6/Êx 12.6
16.7 »Êx 12.8-9;
2Rs 23.23;
2 0 35.13
16.8 '(1-8)
Êx 12.1-20;
Nm 23.15;
28.16-25; 34.18
16.9 f"Êx 23.16;
Nm 28.26
16.10
"Dt 16.17;
1 Co 16.2
16.11 °Dt 12.7
16.12 P(9-12)
Nm 28.26-31
16.13
Í Ê X 23.16;
Nm 29.12
16.14 fNe 8.9
6 senão no lugar que o Sen h o r , teu Deus,
escolher para fazer habitar o seu nome, ali
sacrificarás a Páscoa à tarde, ao pôr-do-sol,
ao tempo em que saíste do Egito./
7 Então, a cozerás e comerás no lugar que
o Se n h o r , teu Deus, escolher; sairás pela ma
nhã e voltarás às tuas tendas.k
8 Seis dias comerás pães asmos, e, no sé
timo dia, é solenidade ao Se n h o r , teu Deus;
nenhuma obra farás.'
O Pentecostes
Ê x 23.16; 34.22; Lv 2 3 .1 5 -2 1
9 Sete semanas contarás; quando a foice
começar na seara, entrarás a contar as sete
semanas.m
10 E celebrarás a Festa das Semanas ao
Sen h o r , teu Deus, com ofertas voluntárias da
tua mão, segundo o Se n h o r , teu Deus, te
houver abençoado.n
11 Alegrar-te-ás perante o Se n h o r , teu
Deus, tu, e o teu filho, e a tua filha, e o teu
servo, e a tua serva, e o levita que está dentro
da tua cidade, e o estrangeiro, e o órfão, e a
viúva que estão no meio de ti, no lugar que o
Se n h o r , teu Deus, escolher para ali fazer ha
bitar o seu nome.0
12 Lembrar-te-ás de que foste servo no
Egito, e guardarás estes estatutos, e os cum
pri rás.P
Os Tabemáculos
Lv 2 3 .3 3 -4 3
13 A Festa dos Tabemáculos, celebrá-la-
ás por sete dias, quando houveres recolhido
da tua eira e do teu lagar.í
14 Alegrar-te-ás, na tua festa, tu, e o teu
filho, e a tua filha, e o teu servo, e a tua serva,
e o levita, e o estrangeiro, e o órfão, e a viúva
que estão dentro das tuas cidades/
15 Sete dias celebrarás a festa ao Se n h o r ,
teu Deus, no lugar que o Senh o r escolher,
2) Impulsionada pelo amor (16b); 3) Simbolizada por um si
nal (17, cf Gl 6.17, quanto à aplicação espiritual).
Cap 16 São dadas instruções sobre as três festas anuais
(1 -1 7 ), a administração da justiça (1 8 -2 0 ), e sobre a proibi
ção de contato com símbolos pagãos (21,22).
1 6 .1 -1 7 Quanto a instruções anteriores, ver Êx12; Lv 23;
Nm 28,29. Deuteronômio adiciona que essas festas deveriam
ser celebradas no santuário central por toda a nação de Israel.
16.1 <4 Páscoa. A Páscoa histórica é relacionada à décima
praga, à morte dos primogênitos do Egito. Israel foi instruído
a aplicar o sangue de um cordeiro às ombreiras e à verga de
suas portas, como sinal que lhes asseguraria segurança se fi
cassem em casa. "Páscoa" se deriva do verbo pasah, "passar
por cima”, incluindo a idéia de "poupar e proteger".
16.10 A festa das semanas. Era uma das festas da colheita,
celebrada quando a colheita de cereais, que durava sete se
manas, era terminada. Mais tarde recebeu o nome grego de
Pentecostes, visto cair cinqüenta dias depois da Páscoa.
16.13 A festa dos tabemáculos. Era celebrada quando o pro
duto da terra já fora colhido, incluindo figos, azeitonas e uvas.
Durante esse período de sete dias o povo vivia em tendas.
DEUTERONÔMIO 16.16 276
porque o Se n h o r , teu Deus, há de abençoar-
te em toda a tua colheita e em toda obra das
tuas mãos, pelo que de todo te alegrarás.5
16 Três vezes no ano, todo varão entre ti
aparecerá perante o Sen h o r , teu Deus, no
lugar que escolher, na Festa dos Pães Asrnos,
e na Festa das Semanas, e na Festa dos Taber-
náculos; porém não aparecerá de mãos vazias
perante o Se n h o r ;1
17 cada um oferecerá na proporção em
que possa dar, segundo a bênção que o
Sen h o r , seu Deus, lhe houver concedido.u
Deveres dos juizes
Êx 23.6-9
18 Juizes e oficiais constituirás em todas
as tuas cidades que o SENHOR, teu Deus, te
der entre as tuas tribos, para que julguem o
povo com reto juízo.v
19 Não torcerás a justiça, não farás acep
ção de pessoas, nem tomarás suborno; por
quanto o suborno cega os olhos dos sábios e
subverte a causa dos justos."'
20 A justiça seguirás, somente a justiça,
para que vivas e possuas em herança a terra
que te dá o SENHOR, teu Deus.*
21 Não estabelecerás poste-ídolo, plan
tando qualquer árvore junto ao altar do
Sen h o r , teu Deus, que fizeres para ti.)'
22 N em levantarász coluna, a qual o
Sen h o r , teu Deus, odeia.
16.15 s(l 3-15)
Nm 29.12-38
16.16
tÊx 23.14-15
16.17
“Dt 16.10
16.18 ^Dt 1.16;
1 Cr 23.4;
2Cr 19.5,8
16.19 ” íx 23.2;
Lv 19.15;
Pv 17.23
16.20 *(19-20)
Êx 23.6-8;
Lv 19.15-16
16.21
/Êx 34.13;
1 Rs 14.15;
2Rs17.16;
2Cr 33.3
16.22 ^Lv 26.1
17.1 oDt 15.21
17.2 tD t 13.6;
Jz 2.20;
2Rs 18.12
17.3 cDt4.19;
|r 7.22-23,31
17.4 dDt 13.12
17.5 eLv 24.14;
Dt 13.10
17.6
'Nm 35.30;
Dt 19.15;
Mt 18.16;
2Co 13.1;
ITm 5.19;
Hb 10.28
17.7 gDt 7.12
O castigo da idolatria
n Não sacrificarás ao Se n h o r , teu Deus, novilho ou ovelha em que haja imperfeição ou algum defeito grave; pois é
abominação ao Sen h o r , teu Deus.®
2 Quando no meio de ti, em alguma das
tuas cidades que te dá o Sen h o r , teu Deus, se
achar algum homem ou mulher que proceda
mal aos olhos do Sen h o r , teu Deus, transgre
dindo a sua aliança,6
3 que vá, e sirva a outros deuses, e os
adore, ou ao sol, ou à lua, ou a todo o exército
do céu, o que eu não ordenei;c
4 e te seja denunciado, e o ouvires; então,
indagarás bem; e eis que, sendo verdade e
certo que se fez tal abominação em Israel,d
5 então, levarás o homem ou a mulher que
fez este malefício às tuas portas e os apedreja-
rás, até que morram.e
6 Por depoimento de duas ou três testemu
nhas f, será morto o que houver de morrer;
por depoimento de uma só testemunha, não
morrerá.
7 A mão das testemunhas será a primeira
contra ele, para matá-lo; e, depois, a mão de
todo o povo; assim, eliminarás o mal do meio
de ti.9
Julgamento de questões difíceis
8 Quando alguma coisa te for difícil de
mais em juízo, entre caso e caso de homicí
dio, e de demanda e demanda, e de violência
1 6 .1 8 -2 0 Enquanto Israel esteve no deserto, tinha juizes e
oficiais, segundo seus números (Éx 18.25). Em Canaã, porém,
deviam ser escolhidos segundo suas aldeias e cidades.
16.21,22 Os cananeus praticavam ritos grosseiramente imo
rais. Tais ritos foram uma grande tentação para os israelitas
até a época do exílio, cf Is 5 7 .3 -8 .
16.21 Poste-ídolo. Era uma árvore ou poste sagrado talvez
erguido como símbolo da deusa cananéia Asera.
16.22 Coluna. Era uma pedra posta de pé sobre uma das
extremidades, talvez representando a divindade masculina.
• N. Hom. As três festas anuais podem ser usadas para ilus
trar importantes verdades do Novo Testamento; 1) Páscoa.
Assim como essa festa comemorava o sacrifício pascal e o
livramento de Israel da escravidão egípcia, assim a Ceia do
Senhor comemora o sacrifício de Cristo e o nosso livramento
da escravidão do pecado (Lc 22.19; 1 Co 5.7,8); 2 ) Festa das
semanas. Essa festa, depois conhecida como Pentecostes, era
caracterizada pelas primícias da colheita, como também na
igreja cristã o dia de Pentecostes foi marcado com as primí
cias do dom do Espírito Santo (At 2 .14 -1 8 ); 3) Festa dos Ta-
bernáculos. Essa marcava o fim da colheita, como também
haverá grande colheita no fim desta era (M t 13 .39 -41 ;
Ap 14 .14 -20 ).
Cap 17 Essas instruções dizem respeito à perfeição dos ani
mais oferecidos a Deus, cf Lv 2 2 .1 7 -3 3 . Os sacrifícios do An
tigo Testamento eram tipos de Cristo o "cordeiro sem defeito
e sem mácula" (1 Pe 1.9; cf Hb 9.14).
17.3 Sol. Heb shemesh, que, sob o nome próprio Shamash e
outros nomes, era adorado por vários povos semíticos, assim
como era a lua, heb yarêah. É por este motivo, para demons
trar que o sol e a lua não eram divindades poderosas, e sim,
apenas objetos que obedeciam aos propósitos divinos, que
estas duas palavras hebraicas não são mencionadas na narra
tiva da criação do mundo, Gn 1.15, sendo chamados de "lu
zeiros". O exército dos céus se refere à adoração dos planetas
e estrelas,
17.5 Os apedrejarás, até que morram. A morte era a pena
tanto para a idolatria como para instigação à mesma
(13.5,9,15).
17.7 A mão das testemunhas. A confiança em seu próprio
testemunho precisava ser evidenciada pelo ato de assumirem
a responsabilidade de desfechar os primeiros golpes.
17 .8 -1 3 Os tribunais inferiores seriam espalhados pelas al
deias de Israel (16.18), mas o tribunal superior continuara
funcionando no santuário central.
277 DEUTERONÔMIO 18.4
e violência, e outras questões de litígio, então,
te levantarás e subirás ao lugar que o
Senhor, teu Deus, escolher.h
9 Virás aos levitas sacerdotes e ao juiz que
houver naqueles dias; inquirirás, e te anuncia
rão a sentença do juízo.'
10 E farás segundo o mandado da palavra
que te anunciarem do lugar que o Senhor
escolher; e terás cuidado de fazer consoante
tudo o que te ensinarem.
11 Segundo o mandado da lei que te ensi
narem e de acordo com o juízo que te disse
rem, farás; da sentença que te anunciarem não
te desviarás, nem para a direita nem para a
esquerda.
12 O homem, pois, que se houver sober-
bamente, não dando ouvidos ao sacerdote,
que está ali para servir ao Senhor, teu Deus,
nem ao juiz, esse morrerá; e eliminarás o mal
de Israel/
13 para que todo o povo o ouça, tema e
jamais se ensoberbeça.k
A eleição e os deveres de um rei
14 Quando entrares na terra que te dá o
S enhor, teu Deus, e a possuíres, e nela habi-
tares, e disseres: Estabelecerei sobre mim um
rei', como todas as nações que se acham em
redor de mim,
15 estabelecerás, com efeito, sobre ti
como rei aquele que o Senhor, teu Deus,
escolher; homem estranho, que não seja den
tre os teus irmãos, não estabelecerás sobre ti,
e sim um dentre eles.m
16 Porém este não multiplicará para si ca-
valos", nem fará voltar o povo ao Egito, para
17.8 *Ex 21.13;
Nm 35.11,16,
19; 2Cr 19.10;
SI 122.5; Ml 2.7
17.9 >Dt 19.17;
Ez 44.24
17.12
/Nm 15.30;
Ed 10.8
17.13
»Dt 13.11
17.14 '1 Sm 8.5
17.15
m1Sm 9.15;
ICr 22.10
17.16
"lRs 10.28
17.17
olRs 11.1-8
17.18pDt31.9;
2Rs 11.12
17.191)5 1.8
17.20 rDt 5.32;
1 Rs 15.5
18.1
sNm 18.8-9;
Dt 10.9;
1 Co 9.13
18.2 (Nm 18.20
18.3
"Lv 7.30-34
multiplicar cavalos; pois o Senhor vos disse:
Nunca mais voltareis por este caminho.
17 Tampouco para si multiplicará mulhe
res0, para que o seu coração se não desvie;
nem multiplicará muito para si prata ou ouro.
18 Também, quando se assentar no trono
do seu reino, escreverá para si um traslado
desta lei num livro, do que está diante dos
levitas sacerdotes.P
19 E o terá consigo e nele lerá todos os
dias da sua vida, para que aprenda a temer o
Senhor, seu Deus, a fim de guardar todas as
palavras desta lei e estes estatutos, para os
cumprir.1)
20 Isto fará para que o seu coração não se
eleve sobre os seus irmãos e não se aparte do
mandamento, nem para a direita nem para a
esquerda; de sorte que prolongue os dias no
seu reino, ele e seus filhos no meio de
Israel/
A herança e os direitos
dos sacerdotes e dos levitas
1 Q Os sacerdotes levitas e toda a tribo de
J- O Levi não terão parte nem herança em
Israel; das ofertas queimadas ao Senhor e
daquilo que lhes é devido comerão/
2 Pelo que não terão herançaf no meio de
seus irmãos; o Senhor é a sua herança, como
lhes tem dito.
3 Será este, pois, o direito devido aos sa
cerdotes, da parte do povo, dos que oferece
rem sacrifício, seja gado ou rebanho: que
darão ao sacerdote a espádua, e as queixadas,
e o bucho.u
4 Dar-lhe-ás as primícias do teu cereal, do
17.12 Para servir ao Senhor. O sacerdote e os juizes deviam
ser respeitados por agirem em favor de Deus, cf Rm 13.1.
17 .1 4 -2 0 O povo viria a pedir por um rei no tempo de Sa
muel. Quando o povo solicitou um rei, tinha todo direito de
fazê-lo. Samuel fez objeção ao espírito antiteocrático com o
qual foi feita a solicitação. O povo não solicitou um rei tendo
em vista o bem da teocracia Divina. Queriam um rei, a fim de
que pudessem ser semelhantes às nações vizinhas, e a caracte
rística exclusiva da teocracia era que Israel deveria ser dife
rente das nações adjacentes.
17.16,17 Quanto maior poder enfeixa nas mãos, maior o pe
rigo de abusar dele. O terceiro rei de Israel, Salomão, nego
ciava com cavalos (1 Rs 1 0 .2 6 -2 9 ) e teve setecentasmulheres (1 Rs 1 1 .1 -8 ).
17.19 O terá consigo. É bom que cada qual tenha sua própria
Bíblia para uso diário. • N. Hom. O lugar que cabe à autori
dade na promoção do bem-estar da sociedade é: 1) Tornado
necessário pelas limitações humanas (8); 2) Ordenado por
Deus (2); 3) Obedecido como obrigação pelo homem
(1 0 -1 1 ). • N. Hom. Os investidos em posição de autoridade
devem estar cônscios de que: 1) São sujeitos a tentações par
ticulares (16,17); 2) Necessitam vitalmente da Palavra de
Deus (18,19a) - cujo emprego apropriado conduz à reverên
cia (19b), à obediência (19b), à humildade (20a), e ao su
cesso (20b).
Cap 18 São dadas instruções a respeito dos direitos dos sa
cerdotes e levitas (1 -8 ) , da proibição contra as superstições e
a magia dos pagãos (9 -1 4 ), e da lei do profeta (1 5 -2 2 ).
18.1 Os sacerdotes levitas. Esses são os ministros do altar que
serviam no santuário central; toda a tribo de Levi incluía os
demais membros da tribo. Todos os sacerdotes eram levitas,
mas nem todos os levitas eram sacerdotes.
18.2 Não terão herança. Deviam cuidar para não se envolve
rem com os negócios desta vida, cf 2 T m 2.4. Não teriam
território unificado pertencente à tribo (cf 10.9; 12.12;
14.27,29). Ver também N. Hom. no cap 10.
DEUTERONÔMIO 18.5 278
teu vinho e do teu azeite e as primícias da
tosquia das tuas ovelhas.v
5 Porque o Senhor, teu Deus, o escolheu
de entre todas as tuas tribos para ministrar em
o nome do Senhor, ele e seus filhos, todos os
dias."'
6 Quando vier um levita de alguma das
tuas cidades de todo o Israel, onde ele habita,
e vier com todo o desejo da sua alma ao lugar
que o Senhor escolheu/
7 e ministrar em o nome do Senhor, seu
Deus, como também todos os seus irmãos, os
levitas, que assistem ali perante o Senhor,)'
8 porção igual à deles terá para comer,
além das vendas do seu patrimônio.z
Contra os adivinhos e os feiticeiros
9 Quando entrares na terra que o Senhor,
teu Deus, te der, não aprenderás a fazer con
forme as abominações daqueles povos.0
10 Não se achará entre ti quem faça passar
pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem
adivinhador, nem prognosticador, nem agou-
reiro, nem feiticeiro;b
11 nem encantador, nem necromante, nem
mágico, nem quem consulte os mortos;c
12 pois todo aquele que faz tal coisa é
abominação ao Senhor; e por estas abomina
ções o Senhor, teu Deus, os lança de diante
de ti.d
13 Perfeito seráse para com o Senhor,
teu Deus.
14 Porque estas nações que hás de possuir
ouvem os prognosticadores e os adivinhado-
res; porém a ti o Senhor, teu Deus, não per
mitiu tal coisa.
18.4 vEx 22.29
18.5 "ÊX28.1;
Dt 10.8
18.6
*Nm 35.2-3
18.7 y2Cr 31.2
1 8 .8 *2 0 31.4
18.9
° lv 18.26-27;
Dt 12.29-31
18.10
í>Lv 18.21 ;
Is 8.19
18.11
cLv 20.27;
1 Sm 28.7
18.12
à Lv 18.24-25
18.13 eMt 5.48
18.15
'At 3.22-23;
7.37
18.16
9Êx 20.19;
Hb 12.19
18.17»>Dt5.28
18.18
'Dt 18.15;
|o 1.45
18.19/At 3.23
18.20
‘ Dt 13.1-2;
Jr 2.8
18.22 'Dt 13.2;
Jr 28.9
A promessa do grande profeta
15 O Senhor, teu Deus, te suscitará' um
profeta do meio de ti, de teus irmãos, seme
lhante a mim; a ele ouvirás,
16 segundo tudo o que pediste ao
Senhor, teu Deus, em Horebe, quando reu
nido o povo: Não ouvirei mais a voz do
Senhor, meu Deus, nem mais verei este
grande fogo, para que não morra.9
17 Então, o Senhor me disse: Falaram
bem aquilo que disseram.h
18 Suscitar-lhes-ei um profeta do meio de
seus irmãos, semelhante a ti, em cuja boca
porei as minhas palavras, e ele lhes falará
tudo o que eu lhe ordenar.'
19 De todo aquele que não ouvir as mi
nhas palavras, que ele falar em meu nome,
disso lhe pedirei contas.i
20 Porém o profeta que presumir de falar
alguma palavra em meu nome, que eu lhe não
mandei falar, ou o que falar em nome de ou
tros deuses, esse profeta será morto.*
21 Se disseres no teu coração: Como co
nhecerei a palavra que o Senhor não falou?
22 Sabe que, quando esse profeta falar em
nome do Senhor, e a palavra dele se não
cumprir, nem suceder, como profetizou, esta
é palavra que o Senhor não disse; com so
berba, a falou o tal profeta; não tenhas temor
dele.'
Seis cidades de refúgio
Nm 3 5 .9 -1 5 ; D t 4 .4 1 -4 3
1 Q Quando 0 Senhor, teu Deus, elimi-
l y nar as nações cuja terra te dará o
1 8 .9 -1 4 Magia, feitiçaria e consulta aos mortos (cf Is 8.19)
foram proibidas. Os poderes sobrenaturais de origem satâ
nica, muitas vezes, se manifestam nessas práticas. A seita reli
giosa do espiritismo é incompatível com o cristianismo
bíblico.
18.10 Passar pelo fogo. Provavelmente se refere à prova do
fogo, um teste de devoção cabal a Moloque, o deus de
Amom (12.31). Veja Lv 18.21.
1 8 .1 5 -2 2 Após a morte de Moisés, ainda haveria necessi
dade de revelações divinas. Para suprir a esta necessidade, o
Senhor criaria a instituição profética. Mas, segundo a descri
ção do profeta ideal feita por Moisés, tais palavras apontam
mais para o Messias. Os profetas, de Samuel a Malaquias,
possuíam as características mencionadas, até a certo grau,
mas só em |esus Cristo tal predição foi realmente cumprida.
Ver referências.
18.22 Se não cumprir. Muitas falsas seitas religiosas têm sido
obrigadas a alterar ou a reinterpretar algumas de suas predi-
ções, visto não se terem cumprido como esperavam. Ver tam
bém 13.1,2n. • N. Hom. Faça-se um estudo de Moisés
como tipo de Cristo. A citação que segue é útil. "Tanto na
vida, como na missão que desempenhou, foi Moisés a perso
nificação de Cristo, pois como Ele, salvaram-lhe a vida
quando criança; como Ele, renunciou a um trono para parti
lhar da sorte de seus irmãos; finalmente, como Ele, tornou-se
um guia da salvação de Israel. Foi fiel (Hb 3.2) e manso
(N m 1 2 .3 ; M t 11.29); cheio de compaixão e amor
(Nm 27.17; M t 9.36); poderoso intercessor pelo seu povo
(D t 9.18; Hb 7.25) que falou face a face com Deus e irradiou
a glória divina (2 Co 3.7). Tal como Jesus, foi profeta pode
roso em obras e palavras (cf U 2 4 .1 9 ), anunciador da von
tade de Deus (D t 6.1; Ap 1.1), mediador da aliança (D t 29.1;
Hb 8.6,7), e finalmente chefe e guia do povo (cf Is 55.3,4)",
(NCB, p 244).
Cap 19 São dadas instruções acerca das cidades de refúgio
(1 -1 3 ), dos marcos de territórios (14) e das testemunhas
(1 5 -2 1 ).
279 DEUTERONÔMIO 19.21
Senhor, teu Deus, e as desapossares e mora-
res nas suas cidades e nas suas casas,m
2 três cidades separarás" no meio da tua
terra que te dará o Senhor, teu Deus, para a
possufres.
3 Preparar-te-ás o caminho e os limites da
tua terra que te fará possuir o Senhor, teu
Deus, dividirás em três; e isto será para que
nelas se acolha todo homicida.
Privilégios oferecidos
pelas cidades de refúgio
Nm 35.22-28
4 Este é o caso tocante ao homicida que
nelas se acolher, para que viva; aquele que,
sem o querer, ferir o seu próximo, a quem não
aborrecia dantes.0
5 Assim, aquele que entrar com o seu pró
ximo no bosque, para cortar lenha, e, mane
jando com impulso o machado para cortar a
árvore, o ferro saltar do cabo e atingir o seu
próximo, e este morrer, o tal se acolherá em
uma destas cidades e viverá;
6 para que o vingador do sangue não per
siga o homicida, quando se lhe enfurecer o
coração, e o alcance, por ser comprido o ca
minho, e lhe tire a vida, porque não é culpado
de morte, pois não o aborrecia dantes.P
7 Portanto, te ordeno: três cidades sepa-
rarás.
8 Se o Senhor, teu Deus, dilatar os teus
limites, como jurou a teus pais, e te der toda
a terra que lhes prometeu, 9
9 desde que guardes todos estes manda
mentos que hoje te ordeno, para cumpri-los,
amando o Senhor, teu Deus, e andando nos
seus caminhos todos os dias, então, acrescen-
tarás outras três cidades além destas três/
10para que o sangue inocente se não der
rame no meio da tua terra que o Senhor, teu
Deus, te dá por herança, pois haveria sangue
sobre ti.
19.1 mDt 12.29
19.2
"Dt 4.41-43;
js 20.1-7
19.4
°Nm 35.15
19.6
pNm 35.12
19.8 qCn 15.18
19.9 r js 20.7-8
19.11
*Êx 21.12;
Dt 27.24
19.13
(Nm 35.33-34;
1 Rs 2.31
19.14
"Dt27.17
19.15
vNm 35.30;
Dt 17.6;
Mt 18.16;
2Co 13.1;
ITm 5.19;
Hb 10.28
19.16 wSI 27.12
19.17 *Dt 17.9
19.19 yDt 13.5;
Dn 6.24
19.20
'D t 17.13
Execução do homicida
Nm 35.16-21
11 Mas, havendo alguém que aborrece a
seu próximo, e lhe arma ciladas, e se levanta
contra ele, e o fere de golpe mortal, e se
acolhe em uma dessas cidades,5
12 os anciãos da sua cidade enviarão a
tirá-lo dali e a entregá-lo na mão do vingador
do sangue, para que motra.
13 Não o olharás com piedade; antes, ex-
terminarás de Israel a culpa do sangue ino
cente, para que te vá bem.f
Acerca dos limites e das testemunhas
14 Não mudesu os marcos do teu pró
ximo, que os antigos fixaram na tua herança,
na terra que o Senhor, teu Deus, te dá para
a possuíres.
15 Uma só testemunha não se levantará
contra alguém por qualquer iniqüidade ou por
qualquer pecado, seja qual for que cometer;
pelo depoimento de duas ou três testemu
nhas1', se estabelecerá o fato.
16 Quando se levantar testemunha falsa
contra alguém, para o acusar de algum
transvio,"'
17 então, os dois homens que tiverem a
demanda se apresentarão perante o Senhor,
diante dos sacerdotes e dos juizes que houver
naqueles dias.*
18 Os juizes indagarão bem; se a testemu
nha for falsa e tiver testemunhado falsamente
contra seu irmão,
19 far-lhe-eis como cuidou fazer a seu ir
mão; e, assim, exterminarás o mal do meio
de ti;v
20 para que os que ficarem o ouçam, e
temam, e nunca mais tomem a fazer seme
lhante mal no meio de ti.z
21 Não o olharás com piedade: vida por
19 .1 -13 Moisés já havia separado três cidades no lado orien
tal do rio jordão (4.41 -4 3 ). Agora separa mais três no lado
ocidental. Caso o vingador de sangue agisse meramente mo
vido pela paixão, podia ser frustrado em seus propósitos, por
meio daquelas cidades.
19.4 Aborrecia. Nota-se que a chave do assassinato delibe
rado é o ódio; jesus mostrou que o ódio é a quebra do man
damento "Não matarás", M t 5.21 - 2 6 . Os psicólogos
modernos denominam os ressentimentos contra alguém de
‘ desejos mortíferos", e os juizes dão o título de "crime pre
meditado" aos casos onde já existia ódio, não aceitando a
desculpa de "acidente" ou "crime provocado".
19.9 Outras três cidades. Não há qualquer registro de que
essas cidades adicionais tenham sido exigidas alguma vez.
19.12 Os anciãos. Eram os que desfrutavam de maiores rega
lias e prestígio, quer pela família a que pertenciam, quer pelas
qualidades de que eram dotados, e constituíam a autoridade
local em questões judiciais e até comerciais.
19.18 Indagarão bem. A investigação tinha de ser completa.
Não podia haver julgamento por ordálio, como algumas ve
zes era praticado entre os vizinhos de Israel.
19.21 Vida por vida. A pena do talião era a punição contra o
DEUTERONÔMIO 20.1 280
vida, olho por olho0, dente por dente, mão
por mão, pé por pé.
Acerca da guerra
O n Quando saíres à peleja contra os teus
inimigos e vires cavalos, e carros, e
povo maior em número do que tu, não os
temerás; pois o Senhor, teu Deus, que te fez
sair da terra do Egito, está contigo.b
2 Quando vos achegardes à peleja, o sa
cerdote se adiantará, e falará ao povo,
3 e dir-lhe-á: Ouvi, ó Israel, hoje, vos
achegais à peleja contra os vossos inimigos;
que não desfaleça o vosso coração; não te
nhais medo, não tremais, nem vos aterrorizeis
diante deles,
4 pois o Senhor, vosso Deus, é quem vai
convosco a pelejar por vós contra os vossos
inimigos, para vos salvar.c
5 Os oficiais falarão ao povo, dizendo:
Qual o homem que edificou casa nova e ainda
não a consagrou? Vá, tome-se para casa, para
que não morra na peleja, e outrem a con
sag re i
6 Qual o homem que plantou uma vinha e
ainda não a desfrutou? Vá, tome-se para casa,
para que não morra na peleja, e outrem a
desfrute.
7 Qual o homem que está desposado com
alguma mulher e ainda não a recebeu? Vá,
tome-se para casa, para que não morra na
peleja, e outro homem a receba.e
8 E continuarão os oficiais a falar ao povo,
dizendo: Qual o homem medroso e de cora
19.21
°Êx 21.23-25;
Lv 24.19-20;
Mt5.38
20.1
í>Nm 23.21;
2013.12;
SI 20.7
20.4 cDt 1.30
20.5 dNe 12.27
20.7 eDt 24.5
20.8 fjz 7.3
20.10
g2Sm 20.18
20.13
f>Nm 31.7
20.14 i|s 8.2
20.16
/Nm 21.2-3;
Dt 7.1-2
ção tímido? Vá, tome-se para casa, para que
o coração de seus irmãos se não derreta como
o seu coração/
9 Quando os oficiais tiverem falado ao
povo, designarão os capitães dos exércitos
para a dianteira do povo.
10 Quando te aproximares de alguma ci
dade para pelejar contra ela, oferecer-lhe-ás
a paz.9
11 Se a sua resposta é de paz, e te abrir as
portas, todo o povo que nela se achar será
sujeito a trabalhos forçados e te servirá.
12 Porém, se ela não fizer paz contigo,
mas te fizer guerra, então, a sitiarás.
13 E o Senhor, teu Deus, a dará na tua
mão; e todos os do sexo masculino que hou
ver nela passarás a fio de espada;h
14 mas as mulheres, e as crianças, e os
animais, e tudo o que houver na cidade, todo
o seu despojo, tomaras para ti; e desfrutarás
o despojo dos inimigos que o Senhor, teu
Deus, te deu.'
15 Assim farás a todas as cidades que esti
verem mui longe de ti, que não forem das
cidades destes povos.
16 Porém, das cidades destas nações que o
Senhor, teu Deus, te dá em herança, não
deixarás com vida tudo o que tem fôlego.,
17 Antes, como te ordenou o Senhor, teu
Deus, destruí-las-ás totalmente: os heteus, os
amorreus, os cananeus, os ferezeus, os heveus
e os jebuseus,
18 para que não vos ensinem a fazer se
gundo todas as suas abominações, que fize-
perjúrio. Longe de ser uma permissão para a vingança, era a
garantia da justiça, que equiparava o castigo à ofensa. Esta
punição era cobrada com uma avaliação monetária da parte
lesada, Êx 21.32 e 23. • N. Hom. A justiça nas questões hu
manas é assegurada por: 1) Proteção aos inocentes (4 -1 0 );
2) Punição aos culpados (1 1 -1 3 ); 3) Insistência sobre evidên
cia convincente (1 5 -1 8 ); 4) Equiparação do castigo ao crime
(1 9 -2 1 ).
Cap 20 A questão da guerra é abordada aqui, no encoraja
mento aos que vão à batalha (1 -4 ) , na isenção de serviço
(5 -9 ) , e nos assédios contra cidades (1 0 -2 0 ).
20.1 Da terra do Egito. A libertação do Egito, sempre na lem
brança de Moisés, serve agora para encorajar os filhos de
Israel. Mas, a solicitude do profeta vai mais longe. Entre ou
tros, dá-lhes os seguintes conselhos, para que tudo lhe seja
favorável, não só na paz como na guerra: não esquecer, pois,
a devoção sincera (4.20), a humildade (8.14), o arrependi
mento (9.7), a bondade para com os estranhos (10.19), a
obediência (11.3), a constância (13.5), a libertação dos servos
(15.15), a caridade para com os pobres (24.18,22), e, per
fim, a gratidão a Deus (26.5,8).
20.4 Pelejar por vós. Isso não significa tanto que Deus estavs
do lado deles, mas sim eles é que estavam do lado de Deus
cumprindo Sua vontade.
2 0 .5 -8 A vitória, nas guerras do Senhor, não era ganha pele
poder dos números. As isenções do serviço militar eram com
passivas, cf |z 7. As desculpas válidas para isenção do serviçc
militar, porém, não devem ser usadas para que se escape ac
convite evangélico para a "grande ceia" (Lc 1 4 .1 8 -2 0 ), que t
o convite para a aceitação do evangelho.
20.10 Oferecer-lhe-ás a paz. Esse oferecimento de paz à o-
dade fora da Palestina ilustra a missão salvadora do povo deDeus no mundo.
20.17 Destruí-las-ás totalmente. As cidades de Canaã erair
tão corruptas, ao ponto de chegarem à impertinência. St»
iniqüidade estava completa (Gn 15.16). Nenhum despojo de
veria ser tomado e a cidade inteira devia ser destruída comt
santo sacrifício ao Senhor (cf 13 .12-18; Js 7). A expressk
hebraica é "causar a ser maldição" definida em Lv 27.28n.
281 DEUTERONÔMIO 21.15
ram a seus deuses, pois pecaríeis contra o
S e n h o r , v o sso Deus.*
19 Quando sitiares uma cidade por muito
tempo, pelejando contra ela para a tomar, não
destruirás o seu arvoredo, metendo nele o ma
chado, porque dele comerás; pelo que não o
cortarás, pois será a árvore do campo algum
homem, para que fosse sitiada por ti?
20 Mas as árvores cujos frutos souberes
não se comem, destruí-las-ás, cortando-as; e,
contra a cidade que guerrear contra ti, edifxca-
rás baluartes, até que seja derribada.
Expiação por morte
cujo autor é desconhecido
1 Quando na terra que te der o
Se n h o r , teu Deus, para possuí-la se
achar alguém morto, caído no campo, sem
que se saiba quem o matou,
2 sairão os teus anciãos e os teus juizes e
medirão a distância até às cidades que estive
rem em redor do morto.
3 Os anciãos da cidade mais próxima do
morto tomarão uma novilha da manada, que
não tenha trabalhado, nem puxado com o
jugo,
4 e a trarão a um vale de águas correntes,
que não foi lavrado, nem semeado; e ali, na
quele vale, desnucarão a novilha.
5 Chegar-se-ão os sacerdotes, filhos de
Levi, porque o Se n h o r , teu Deus, os esco
lheu para o servirem, para abençoarem em
nome do Se n h o r e, por sua palavra, decidi
rem toda demanda e todo caso de violência.1
6 Todos os anciãos desta cidade, mais pró
20.18 *Ex 23.33
21.5 'Dt 10.8;
1 Cr 23.13
21.6 mSI 19.12
21.8 "|oh 1.14
21.9 °Dt 19.13
21.13 pSI 45.10
21.14
<lGn 34.2;
|z 19.24
ximos do morto, lavarão as mãos sobre a no
vilha desnucada no valem
7 e dirão: As nossas mãos não derrama
ram este sangue, e os nossos olhos o não
viram derramar-se.
8 Sê propício ao teu povo de Israel, que tu,
ó Se n h o r , resgataste, e não ponhas a culpa
do sangue inocente no meio do teu povo de
Israel. E a culpa daquele sangue lhe será per
doada.”
9 Assim, eliminares a culpa do sangue
inocente do meio de ti, pois farás o que é reto
aos olhos do Se n h o r .0
Acerca da mulher prisioneira
10 Quando saíres à peleja contra os teus
inimigos, e o S e n h o r , teu Deus, os entregar
nas tuas mãos, e tu deles levares cativos,
11 e vires entre eles uma mulher formosa,
e te afeiçoares a ela, e a quiseres tomar por
mulher,
12 então, a levarás para casa, e ela rapará
a cabeça, e cortará as unhas,
13 e despirá o vestido do seu cativeiro, e
ficará na tua casa, e chorará a seu pai e a sua
mãe durante um mês. Depois disto, a tomarás;
tu serás seu marido, e ela, tua mulher./1
14 E, se não te agradares dela, deixá-la-ás
ir à sua própria vontade; porém, de nenhuma
sorte, a venderás por dinheiro, nem a tratarás
mal, pois a tens humilhado. <?
O direito do primogênito
15 Se um homem tiver duas mulheres,
uma a quem ama e outra a quem aborrece, e
20.19,20 Essa estipulação limita a destruição desregrada dos
recursos naturais. • N. Hom. Nossa guerra: 1) Combatemos
contra um inimigo poderoso (1); 2) Precisamos de coragem
para a batalha (8); 3) Temos um grande Deus que luta em
nosso favor (4). • N. Hom. A humanidade tem duas alterna
tivas: 1) Submissão; mediante a qual experimenta a paz de
Deus (10,11); 2) Oposição; mediante a qual experimenta o
julgamento de Deus (12,13).
Cap 21 Moisés explica como expiar um homicídio de autor
desconhecido (1 -9 ) , regula o casamento com mulheres cati
vadas na guerra (1 0 -1 4 ), garante os direitos do filho primo
gênito (1 5 -1 7 ), provê para a punição dos filhos rebeldes
(1 8 -2 1 ), e recomenda o sepultamento do criminoso enfor
cado (22,23).
21.2 Os teus anciãos e os teus juizes. Os anciãos representa
vam as cidades das vizinhanças. Os juizes, provavelmente,
eram os levitas do supremo tribunal do santuário
(cf 1 7 .8 -13 ). Medirão a distância até as cidades. Isso, para
determinar que comunidade tinha a responsabilidade de ex
piar pelo crime.
21.4 Desnucarão a novilha. Era uma execução cerimonial em
que a novilha era reputada substituta do homicida desconhe
cido. Prefigurava a execução vicária de Cristo pela culpa de
Seu povo. Ver Hb 9 .1 2 -1 4 .
21.10,11 Era permitido o casamento com mulheres estran
geiras que vivessem em cidades fora da Palestina. As mulheres
estrangeiras que vivessem na própria Palestina tinham de ser
mortas com todos os demais cananeus (7 .1 -3 ) .
21.12,13 Esses atos de purificação simbolizavam sua remo
ção do estado de escrava. O mês de luto era para lhe dar
tempo de refazer-se no seu íntimo e também testar a sinceri
dade do amor do homem.
21.14 Deixá-la-ás ir. O vínculo matrimonial podia ser rom
pido (cf 2 4 .1 -4 ), mas o homem não podia tratar a mulher
como uma escrava.
21.15 Duas mulheres. A poligamia não é aprovada, mas é
DEUTERONÔMIO 21.16 282
uma e outra lhe derem filhos, e o primogênito
for da aborrecida/
16 no dia em que fizer herdar a seus filhos
aquilo que possuir, não poderá dar a primoge-
nitura ao filho da amada, preferindo-o ao fi
lho da aborrecida, que é o primogênito.5
17 Mas ao filho da aborrecida reconhecerá
por primogênito, dando-lhe dobrada porção
de tudo quanto possuir, porquanto aquele é o
primogênito do seu vigor; o direito da primo-
genitura é dele.1
Acerca dos filhos desobedientes
18 Se alguém tiver um filho contumaz e
rebelde, que não obedece à voz de seu pai e à
de sua mãe e, ainda castigado, não lhes dá
ouvidos,
19 seu pai e sua mãe o pegarão, e o leva
rão aos anciãos da cidade, à sua porta,
20 e lhes dirão; Este nosso filho é rebelde
e contumaz, não dá ouvidos à nossa voz, é
dissoluto e beberrão.
21 Então, todos os homens da sua cidade
o apedrejarão até que morra; assim, elimina-
rás o mal do meio de ti; todo o Israel ouvirá
e temerá."
Os cadáveres serão tirados do patíbulo
22 Se alguém houver pecado, passível da
pena de morte, e tiver sido morto, e o pendu-
rares num madeiro,v
23 o seu cadáver não permanecerá no ma
deiro durante a noite, mas, certamente, o en-
terrarás no mesmo dia; porquanto o que for
pendurado no madeiro é maldito”' de Deus;
21.is
rCn 29.33
21.16 OCr 5.2;
2Cr 11.19,22
21.17
tCn 25.31;
1 Cr 5.1
21.21 “ Dtl3.5
21 .22 ‘'Dt 19.6
21.23 »GI 3.13
22.1 *1x23.4
22.4 y (M )
Êx 23.4-5
22.6 zLv 22.28
22.7 oDt 4.40
assim, não contaminarás a terra que o
Senh o r , teu Deus, te dá em herança.
Acerca do que se perdeu
^ Vendo extraviado o boi ou a ovelha
de teu irmão, não te furtarás a eles;
restituí-los-ás, sem falta, a teu irm ão/
2 Se teu irmão não for teu vizinho ou tu o
não conheceres, recolhê-los-ás na tua casa,
para que fiquem contigo até que teu irmão os
busque, e tu lhos restituas.
3 Assim também farás com o seu jumento
e assim farás com as suas vestes; o mesmo
farás com toda coisa que se perder de teu
irmão, e tu achares; não te poderás furtar
a ela.
4 O jumento que é de teu irmão ou o seu
boi não verás caído no caminho e a eles te
furtarás; sem falta o ajudarás a levantá-lo.)"
Diversas leis
5 A mulher não usará roupa de homem,
nem o homem, veste peculiar à mulher; por
que qualquer que faz tais coisas é abominável
ao S e n h o r , teu Deus.
6 Se de caminho encontrares algum ninho
de ave, nalguma árvore ou no chão, com pas
sarinhos, ou ovos, e a mãe sobre os passari
nhos ou sobre os ovos, não tomarás a mãe
com os filhotes;7
7 deixarás ir, livremente, a mãe e os filho
tes tomarás para ti, para que te vá bem, e
prolongues os teus dias.0
8 Quandoedificares uma casa nova, far-
lhe-ás, no terraço, um parapeito, para que
reconhecida como prática existente que precisava ser regu
lada. A monogamia é a única forma válida de casamento
(Gn 2.18,24; M t 1 9 .4 -6 ). A Bíblia não condena diretamente
os casamentos múltiplos que tiveram lugar no Antigo Testa
mento, mas descreve os maus efeitos de tais uniões.
21.17 O direito da primogenitura. Incluía a herança da pro
priedade em dupla porção relativa aos outros filhos. Esse di
reito era antigo (Gn 2 5 .2 9 -3 4 ) e não podia ser abandonado
à custa de preferências pessoais. A primogenitura, heb bekhõ-
rah, que vem da raiz bãkhar, "ser cedo", a qual se refere ao
próprio raiar da manhã, tem grande significado para o pensa
mento hebraico. O primogênito do pai é considerado as pri-
mícias do seu vigor (Gn 49.3), e fazia as vezes do pai em
liderar a família. O primogênito do rei era herdeiro do trono.
2 1 .18 -21 Sendo os pais representantes de Deus, em caso de
rebelião comprovada, o castigo era severo e semelhante ao
da blasfêmia, pressupondo-se que em vão tentavam conduzir
ao bom caminho os filhos desobedientes. A execução era efe
tuada sob a direção dos anciãos.
21.22,23 O enforcamento reconhecia que a maldição de
Deus pesava contra aquele pecado. • N. Hom. Exigências
básicas para uma vida familiar saudável: 1) Cuidado ao con
trair matrimônio (12 ,13n) - o ajustamento envolvido, a sin
ceridade do amor; 2) Tratamento adequado dos filhos -
imparcialidade (16) e disciplina (18).
Cap 22 Preceitos diversos apresentados (1 -1 2 ), e a seguir
são dadas leis regulamentando as relações sexuais (1 3 -3 0 ).
2 2 .1 -4 O amor fraternal deve ser demonstrado a qualquer
compatriota israelita que precise de ajuda.
22.5 Deus criou o homem e a mulher com naturezas e fun
ções distintas. O homem não deve procurar obscurecer essa
distinção, como era feito entre as religiões pagãs.
22.6,7 Os pássaros são úteis para controlar as numerosas
pestes de insetos, e além disso esta lei evita a perversidade de
aproveitar-se da dedicação da mãe.
22.8 Um parapeito. Os hóspedes eram, muitas vezes, entreti-
dos no pátio das casas de teto plano.
283 DEUTERONÔMIO 22.28
nela não ponhas culpa de sangue, se alguém
de algum modo cair dela.
9 Não semearás a tua vinha com duas es
pécies de semente, para que não degenere o
fruto da semente que semeaste e a messe da
vinha.b
10 Não lavrarás com junta de boi e
jumento.0
11 Não te vestirás de estofos de lã e linho
juntamente.d
A lei acerca das borlas
12 Faráse borlas nos quatro cantos do
manto com que te cobrires.
Leis da castidade e do casamento
13 Se um homem casar com uma mulher,
e, depois de coabitar com ela, a aborrecer/
14 e lhe atribuir atos vergonhosos, e con
tra ela divulgar má fama, dizendo: Casei com
esta mulher e me cheguei a ela, porém não a
achei virgem,
15 então, o pai da moça e sua mãe toma
rão as provas da virgindade da moça e as
levarão aos anciãos da cidade, à porta.
16 O pai da moça dirá aos anciãos: Dei
minha filha por mulher a este homem; porém
ele a aborreceu;
17 e eis que lhe atribuiu atos vergonhosos,
dizendo: Não achei virgem a tua filha; toda
via, eis aqui as provas da virgindade de minha
filha. E estenderão a roupa dela diante dos
anciãos da cidade,
18 os quais tomarão o homem, e o açoi
tarão,
19 e o condenarão a cem ciclos de prata, e
22.9 H v 19.19
22.10
c2Co 6.14-16
22.11 <<(9-11)
Lv 19.19
22.12
«■Nm 15.37-41
22.13
'Gn 29.21
22.21
gGn 34.7;
|z 20.6,10;
2Sm 13.12-13
22.22
H v 20.10
22.23
■ Mt 1.18-19
22.24/Dt 21.14
o darão ao pai da moça, porquanto divulgou
má fama sobre uma virgem de Israel. Ela fi
cará sendo sua mulher, e ele não poderá
mandá-la embora durante a sua vida.
20 Porém, se isto for verdade, que se não
achou na moça a virgindade,
21 então, a levarão à porta da casa de seu
pai, e os homens de sua cidade a apedrejarão
até que morra, pois fez loucura em Israel,
prostituindo-se na casa de seu pai; assim, eli-
minarás o mal do meio de ti.9
22 Se um homem for achado deitado com
uma mulher que tem marido, então, ambos
morrerão, o homem que se deitou com a mu
lher e a mulher; assim, eliminarás o mal de
Israel.h
23 Se houver moça virgem, desposada, e
um homem a achar na cidade e se deitar
com ela,'
24 então, trareis ambos à porta daquela
cidade e os apedrejareis até que morram; a
moça, porque não gritou na cidade, e o ho
mem, porque humilhou a mulher do seu pró
ximo; assim, eliminarás o mal do meio
de ti J
25 Porém, se algum homem no campo
achar moça desposada, e a forçar, e se deitar
com ela, então, morrerá só o homem que se
deitou com ela;
26 à moça não farás nada; ela não tem
culpa de morte, porque, como o homem que
se levanta contra o seu próximo e lhe tira a
vida, assim também é este caso.
27 Pois a achou no campo; a moça despo
sada gritou, e não houve quem a livrasse.
28 Se um homem achar moça virgem, que
2 2 .9 -11 Combinações incomuns podem levar a dificulda
des. Aplicadas espiritualmente, esta lei proíbe a transigência
com o mundo. Ver 2 Co 6 .1 4 -1 6 .
22.11 Estofos. Vestes desse tipo não podiam ser lavadas facil
mente.
22.12 Borlas. Eram um sinal que demonstrava que os israeli
tas eram o povo de Deus.
2 2 .13 -21 Essas leis consideram o caso em que o marido
acusa a esposa de falta de castidade, falsa (1 3 -1 9 ) ou sensa
tamente (20,21).
22.17 As provas da virgindade. Era costumeiro, após a consu
mação do casamento, guardar o pedaço de fazenda marcado
com as manchas de sangue correspondentes.
22.21,22 Muitos não consideram, hoje em dia, a infidelidade
sexual ou a desobediência aos pais (1 8 -2 1 ) como grandes
crimes. O que Deus pensa desses pecados, porém, é refletido
claramente no castigo prescrito no Antigo Testamento contra
eles - a morte.
2 2 .2 3 -2 9 Essas leis abordam a sedução de virgens solteiras,
quer noivas (2 3 -2 7 ) quer não (28,29).
22.23 Desposada. Os esponsais eram quase obrigatórios
quanto o próprio casamento. A donzela apenas desposada,
algumas vezes era chamada "esposa", e tinha de manter-se
fiel (cf Gn 29.21; M t 1 .1 8 -2 0 ). A pena contra a relação se
xual ilegítima, nesse caso, era a mesma que no caso do adul
tério.
2 2 .2 5 -2 7 A mulher só podia ser condenada à morte se ti
vesse podido clamar por auxílio, mas não o fizesse. Estando,
por outro lado, a mulher, incapacitada de pedir socorro, su
punha-se que fora vítima contra a sua vontade.
22.28,29 O sedutor de uma virgem solteira era obrigado a
casar-se com ela. Tinha de pagar o dote costumeiro
(Êx 22.16,17) e perdia o direito ao divórcio.
DEUTERONÔMIO 22.29 284
não está desposada, e a pegar, e se deitar com
ela, e forem apanhados,*
29 então, o homem que se deitou com ela
dará ao pai da moça cinqüenta ciclos de prata;
e, uma vez que a humilhou, lhe será por mu
lher; não poderá mandá-la embora durante a
sua vida/
30 Nenhum homem tomará sua ma
drasta™ e não profanará o leito de seu pai.
Pessoas excluídas das assembléias santas
^ O Aquele a quem forem trilhados os
testículos ou cortado o membro viril
não entrará na assembléia do S e n h o r .
2 Nenhum bastardo entrará na assembléia
do S enhor; nem ainda a sua décima geração
entrará nela.
3 Nenhum amonita ou moabita entrará na
assembléia do Senhor; nem ainda a sua dé
cima geração entrará na assembléia do
Senhor, eternamente."
4 Porquanto não foram ao vosso encontro
com pão e água, no caminho, quando saíeis
do Egito; e porque alugaram contra ti Ba-
laão0, filho de Beor, de Petor, da Mesopotâ-
mia, para te amaldiçoar.
5 Porém o Senhor, teu Deus, não quis
ouvir a Balaão; antes, trocou em bênção a
maldiçãoP, porquanto o Senhor, teu Deus,
te amava.1?
6 Não lhes procurarás nem paz nembem
em todos os teus dias, para sempre.r
7 Não aborrecerás o edomita, pois é teu
irmão; nem aborrecerás o egípcio, pois es
trangeiro foste na sua terra.5
8 Os filhos que lhes nascerem na terceira
22.28
*Êx 22.16-17
22.29 <(28-29)
Êx 22.16-17
22.30 mLv 18.8;
20.11; Dt 27.30
23.3
"Ne 13.1-2
23.4
«Nm 22.1-6
23.5
pNm 23.7-24.9
1(3-5)
Ne 13.1-2
23.6 rEd 9.12
23.7
sGn 25.24-26;
Lv 19.34;
Ob 10.12
23.10 tLv 15.16
23.11 «Lv15.5
23.14 vLv 26.12
23.15
"ISm 30.15
23.16 *Ex 22.21
23.17
yGn 19.5;
2Rs 23.7;
Pv 2.16
geração, cada um deles entrará na assembléia
do Senhor.
Limpeza do acampamento
9 Quando sair o exército contra os teus
inimigos, então, te guardarás de toda
coisa má.
10 Se houver entre vós alguém que, por
motivo de polução noturna, não esteja limpo,
sairá do acampamento; não permanecerá
nele.'
11 Porém, em declinando a tarde, lavar-
se-á em água; e, posto o sol, entrará para o
meio do acampamento."
12 Também haverá um lugar fora do
acampamento, para onde irás.
13 Dentre as tuas armas terás um porrete;
e, quando te abaixares fora, cavarás com ele e,
volvendo-te, cobrirás o que defecaste.
14 Porquanto o Senhor, teu Deus, anda
no meio do teu acampamento para te livrar e
para entregar-te os teus inimigos; portanto, o
teu acampamento será santo, para que ele não
veja em ti coisa indecente e se aparte de ti.1'
Acerca de fugitivos, prostitutas e usura
15 Não entregarás ao seu senhor o escravo
que, tendo fugido dele, se acolher a ti.w
16 Contigo ficará, no meio de ti, no lugar
que escolher, em alguma de tuas cidades onde
lhe agradar; não o oprimirás.*
17 Das filhas de Israel não haverá quem se
prostitua no serviço do templo, nem dos fi
lhos de Israel haverá quem o faça.*'
18 Não trarás salário de prostituição nem
preço de sodomita à Casa do Senhor, teu
Deus, por qualquer voto; porque uma e outra
22.30 Quanto às leis adicionais que proibiam casamento
com parentes próximos, ver Lv 18. • N. Hom. Característi
cas da vida piedosa; 1) Ajuda aos demais (1 -4 ); 2) Pureza
(13 -3 0 ); 3) Humanidade (6,7); 4) Consideração pelos outros
(8). • N . Hom. O amor fraternal envolve a ajuda aos outros;
1) Mesmo quando nos são desconhecidos (2); 2 ) Sempre
que tenham necessidade disto (1,3,4); 3) Mesmo quando isso
é inconveniente, envolvendo nosso tempo (1), dinheiro - para
o sustento de um animal (2), ou esforço (4).
Cap 23 Essa seção trata dos membros da congregação
(1 -8 ) , da higiene no campo (9 -1 4 ), da segurança a escravos
fugitivos (15,16), da prostituição religiosa (17,18), da co
brança de lucros (19,20), dos votos (21 -2 3 ) e da extensão da
própria liberdade quando se estiver no campo ou em vinha
alheia (24,25).
23.1,2 Essas incapacidades físicas não eram obstáculo à parti
cipação na vida da congregação. Mesmo no Antigo Testa
mento, serviam de obstáculos só quanto a privilégios
externos; jamais quanto às realidades espirituais da salvação.
23.1 Emasculação é a mutilação do membro viril
(cf 25.11,12n). Era uma prática pagã. Nas antigas religiões
pagãs, os eunucos eram sacerdotes dos templos.
23.14 O Senhor teu Deus anda no meio. A presença de Deus
no coração do crente deveria ser uma forte motivação para
ele aplicar-se à pureza e à santidade.
23.15,16 Pode-se supor que o escravo fugira de um senhor
cruel. Em contraste com essa lei humana, o antigo Código de
Hamurabi decretava a morte como pena por se abrigar um
escravo fugitivo.
23.17,18 Israel tinha de abster-se totalmente da prostituição
religiosa ligada aos ritos de fertilidade pagãos. Em Canaã,
tanto as mulheres como os homens eram fomicadores.
285 DEUTERONÔMIO 24.8
coisa são igualmente abomináveis ao
S e n h o r , teu Deus.z
19 A teu irmão não emprestarás com ju
ros, seja dinheiro, seja comida ou qualquer
coisa que é costume se emprestar com juros. a
20 Ao estrangeiro emprestarás com juros,
porém a teu irmão não emprestarás com juros,
para que o S enhor, teu Deus, te abençoe em
todos os teus empreendimentos na terra a qual
passas a possuir. b
Acerca de votos
21 Quando fizeres algum votoc ao
Senhor, teu Deus, não tardarás em cumpri-
lo; porque o Senhor, teu Deus, certamente, o
requererá de ti, e em ti haverá pecado.
22 Porém, abstendo-te de fazer o voto,
não haverá pecado em ti.
23 O que proferiram os teus lábios, isso
guardarás e o farás, porque votaste livremente
ao Senhor, teu Deus, o que falaste com a tua
boca.d
24 Quando entrares na vinha do teu pró
ximo, comerás uvas segundo o teu desejo, até
te fartares, porém não as levarás no cesto.
25 Quando entrares na seara do teu pró
ximo, com as mãos arrancarás as espigas; po
rém na seara não meterás a foice.e
Acerca do divórcio
O A Se um homem tomar uma mulher e se
casar com ela, e se ela não for agra
23.18 ^(17-18)
Lv 19.29
23.19
°Êx 22.25;
Ne 5.2,7;
Lc 6.34-35
23.20 <>(19-20)
Êx 22.25;
Lv 25.36-37;
Dt 15.7-11
23.21
cNm 30.1-16;
Mt5.33
23.23
<*Nm 30.2
23.25 ^Mt 12.1;
Lc 6.1
24.1 /Mt 5-31;
19.7; Mc 10.4
24.4 9|r 3.1
24.5 í>Dt 20.7
24.7 <Êx 21.16
24.8
/Lv 13.1-14.54
dável aos seus olhos, por ter ele achado coisa
indecente nela, e se ele lhe lavrarf um termo
de divórcio, e lho der na mão, e a despedir de
casa;
2 e se ela, saindo da sua casa, for e se
casar com outro homem;
3 e se este a aborrecer, e lhe lavrar termo
de divórcio, e lho der na mão, e a despedir da
sua casa ou se este último homem, que a to
mou para si por mulher, vier a morrer,
4 então, seu primeiro marido, que a despe
diu, não poderá tomar a desposá-la para que
seja sua mulher, depois que foi contaminada,
pois é abominação perante o S e n h o r ; assim,
não farás pecar a terra que o S e n h o r , teu
Deus, te dá por herança.9
Leis de caráter humanitário
5 Homem recém-casado não sairá à
guerra, nem se lhe imporá qualquer encargo;
por um ano ficará livre em casa e promoverá
felicidade à mulher que tomou.h
6 Não se tomarão em penhor as duas mós,
nem apenas a de cima, pois se penhoraria,
assim, a vida.
7 Se se achar alguém que, tendo rou
bado' um dentre os seus irmãos, dos filhos
de Israel, o trata como escravo ou o vende,
esse ladrão morrerá. Assim, eliminarás o mal
do meio de ti.
8 Guarda-te da praga da lepra/ e tem di
ligente cuidado de fazer segundo tudo o que
23.19,20 Não havia objeção contra empréstimos a estrangei
ros, pois usualmente eram de caráter comercial. Mas a lei do
amor proibia emprestar a juros a um compatriota mais pobre.
2 3 .2 1 -2 3 O voto aqui referido envolvia alguma questão par
ticular que não era atinente à obrigação de todos. Qualquer
voto feito a Deus é uma questão solene e não deve ser feito
displicentemente.
23.24,25 Quando os fariseus se escandalizaram (Mc 2.23,24)
pelo fato de os discípulos de Cristo apanharem as espigas,
não se referiam à violação desta lei, mas supunham que o
descascar das espigas era considerado uma debulha, e, por
tanto, um trabalho servil e violação do descanso do sábado.
• N . Hom. Não se podia obter lucro material por: 1) Práticas
imorais (18); 2) Tirar vantagens de um irmão (20); 3) Trans
formar a liberdade em libertinagem (24,25).
Cap 24 Moisés proibiu o novo casamento em um caso espe
cífico de divórcio (1 -4 ) , e apresentou vários regulamentos
humanos (5 -2 2 ). Esses regulamentos falam sobre a isenção
militar aos recém-casados (5), sobre as fianças (6 ,1 0 -1 3 ), so
bre o rapto (7), sobre a lepra (9), sobre o imediato paga
mento dos ordenados (14,15), sobre a justiça (1 6 -1 8 ) e
sobre a generosidade para com os pobres (1 9 -2 2 ).
2 4 .1 -4 Não é aprovado o divórcio tal como o caso da poli
gamia (cf 21.15n), mas é visto como uma prática já existente
e que precisava ser regulada. O divórcionão era necessário
mas, se usado, tinha que ser preparado um documento legal,
declarando o motivo do mesmo e entregue à mulher. O
ponto inflexível desta lei, porém, é que o homem nunca mais
poderia casar-se novamente com a sua ex-esposa se nesse
ínterim ela tivesse se casado novamente, e o segundo casa
mento da mulher se tivesse rompido pela morte de seu se
gundo marido ou por divórcio.
• N . Hom. 2 4 .5 -2 5 .4 A chave destas leis é a compaixão
posta em prática, o amor de Deus refletido no compor
tamento humano; não se permitia que as dívidas pudessem
esmagar um homem ao ponto de não levantar mais,
24 .1 2 -1 3 (cf Am 2.8); não se podia desamparar o homem
sem recursos, 14,15; devia haver sempre alguma sobra para os
que não tinham condições dè se defender a si mesmos,
1 9 -2 2 ; a punição seria justa, 2 5 .1 -3 ; a compaixão se
estendia aos animais, 25.4.
24.6 Ninguém devia aceitar, como garantia de um emprés
timo, aquilo de que a vida ou a saúde de outrem dependia
(cf 1 0 -3 1 ).
24.8 Praga da lepra. Devia ser dada cuidadosa atenção à
prescrição divina para tratar com essa enfermidade visto que
DEUTERONÔMIO 24.9 286
te ensinarem os sacerdotes levitas; como lhes
tenho ordenado, terás cuidado de o fazer.
9 Lembra-te do que o Senhor, teu Deus,
fez a Miriã^ no caminho, quando saíste do
Egito.
10 Se emprestares alguma coisa ao teu
próximo, não entrarás em sua casa para lhe
tirar o penhor.
11 Ficarás do lado de fora, e o homem, a
quem emprestaste, aí te trará o penhor.
12 Porém, se for homem pobre, não usarás
de noite o seu penhor;
13 em se pondo o sol, restituir-lhe-ás,
sem falta, o penhor para que durma no seu
manto e te abençoe; isto te será justiça diante
do Senhor, teu Deus.'
14 Não oprimirás o jomaleiro pobre e ne
cessitado, seja ele teu irmão ou estrangeiro
que está na tua terra e na tua cidade.m
15 No seu dia, lhe darás o seu salário,
antes do pôr-do-sol, porquanto é pobre, e
disso depende a sua vida; para que não clame
contra ti ao Senhor, e haja em ti pecado."
16 Os pais não serão mortos em lugar dos
filhos0, nem os filhos, em lugar dos pais;
cada qual será morto pelo seu pecado.
17 Não perverterás o direito do estran
geiro e do órfão; nem tomarás em penhor a
roupa da viúva. P
18 Lembrar-te-ás de que foste escravo no
Egito e de que o Senhor te livrou dali; pelo
que te ordeno que faças isso.'?
19 Quando, no teu campo, segares a
messe e, nele, esqueceres um feixe de espi
gas, não voltarás a tomá-lo; para o estran
geiro, para o órfão e para a viúva será; para
24.9
*Nm 12.10
24.13'(10-13)
Êx 22.26-27
24.14 mMI 3.5
24.15 "(14-15)
Lv 19.13
24.16
°2Rs 14.6;
2 0 25.4;
Ez 18.20
24.17
PÉx 22.21-22;
Pv 22.22;
Jr 5.28; Zc 7.10
24.18 <1(17-18)
Êx 23.9;
Lv 19.33-34;
Dt 27.19
24.19
'Lv 19.9-10;
SI 41.1
24.22 s (19-22)
Lv 19.9-10;
23.22
25.1 (Dt 19.17;
Ez 44.24
25.2 “Mt 10.17
25.3 ''Jó 18.3;
2Co 11.24
25.4 wlCo 9.9;
lTm 5.18
25.5 *M t 22.24;
Lc 20.28
que o S e n h o r , teu Deus, te abençoe em toda
obra das tuas m ãos/
20 Quando sacudires a tua oliveira, não
voltarás a colher o fruto dos ramos; para o
estrangeiro, para o órfão e para a viúva será.
21 Quando vindimares a tua vinha, não
tomarás a rebuscá-la; para o estrangeiro, para
o órfão e para a viúva será o restante.
22 Lembrar-te-ás de que foste escravo na
terra do Egito; pelo que te ordeno que faças
A pena de açoites
Em havendo contenda entre alguns, e
vierem a juízo, os juizes os julgarão,
justificando ao justo e condenando ao
culpado. *
2 Se o culpado merecer açoites, o juiz o
fará deitar-se e o fará açoitar, na sua pre
sença, com o número de açoites segundo a
sua culpa.u
3 Quarenta açoites lhe fará dar, não mais;
para que, porventura, se lhe fizer dar mais do
que estes, teu irmão não fique aviltado aos
teus olhos.v
4 Não atarás a boca ao boiw quando
debulha.
O levirato
5 Se irmãos morarem juntos, e um deles
morrer sem filhos, então, a mulher do que
morreu não se casará com outro estranho, fora
da família; seu cunhado a tomará, e a receberá
por mulher, e exercerá para com ela a obriga
ção de cunhado/
6 O primogênito que ela lhe der será su
cessor do nome do seu irmão falecido, para
a saúde da comunidade inteira corria perigo.
24.16 Esse princípio de justiça põe a responsabilidade indivi
dual em primeiro plano. O princípio não entra em conflito
com o juízo divino contra os descendentes daqueles que
odeiam a Deus (isenta-os da culpa, mas não das conseqüên
cias), nem repudia o princípio da responsabilidade coletiva
que existe em certos grupos. • N. Hom. Dois tipos de casa
mento: 1) O casamento fracassado: a) descoberta de um erro
cometido (1); b) declaração de fracasso (3); c) separação per
manente (4); 2) O casamento bem sucedido: a) a união é
feliz; b) o ajustamento exige tempo; c) certas questões de
vem ser consideradas secundárias.
Cap 25 Regras sobre os limites do castigo corporal (1 -3 ) , di
reitos dos animais em serviço (4), casamento sob levirato
(5 -1 0 ), castigo de pecados excepcionais (11,12), justiça nos
negócios (1 3 -1 6 ) e extermínio dos amalequitas (1 7 -1 9 ).
25.3 Aviltado. A dignidade do homem, criado à imagem de
Deus, era resguardada da degradação pública.
2 5 .5 -1 0 O costume do casamento sob levirato era antigo e
não se limitava aos hebreus. Quando um homem morria sem
filhos, seu irmão devia tomar a esposa dele. Os filhos desse
casamento eram reputados filhos do primeiro marido. Onã
recusou-se a cumprir com sua responsabilidade porque seus
filhos não receberiam herança primária (Cn 3 8 .8 -1 0 ). O livro
de Rute mostra que o costume do casamento sob levirato
incluía mais gente, além do irmão do marido falecido. E uma
nova extensão do costume é vista no fato que Boaz se casou
com Rute, e não com Noemi. A lei do levirato não era apli
cada se tivessem nascido filhas (cf Nm 2 7 .1 -1 1 ). Esta lei le
vantou a pergunta que os saduceus apresentaram a Jesus
acerca da ressurreição (M t 22.23,ss).
287 DEUTERONÔMIO 26.5
que o nome deste não se apague em Israel.)'
7 Porém, se o homem não quiser tomar
sua cunhada, subirá esta à porta, aos anciãos,
e dirá: Meu cunhado recusa suscitar a seu
irmão nome em Israel; não quer exercer para
comigo a obrigação de cunhado.2
8 Então, os anciãos da sua cidade devem
chamá-lo e falar-lhe; e, se ele persistir e dis
ser: Não quero tomá-la,°
9 então, sua cunhada se chegará a ele na
presença dos anciãos, e lhe descalçará a san
dália do péh, e lhe cuspirá no rosto, e protes
tará, e dirá: Assim se fará ao homem que não
quer edificar a casa de seu irmão;
10 e o nome de sua casa se chamará em
Israel: A casa do descalçado.
11 Quando brigarem dois homens, um
contra o outro, e a mulher de um chegar para
livrar o marido da mão do que o fere, e ela
estender a mão, e o pegar pelas suas ver
gonhas,
12 cortar-lhe-ás a mão; não a olharás com
piedade.c
Pesos e medulas justos
13 Na tua bolsa, não terás pesos diversos,
um grande e um pequeno.d
14 Na tua casa, não terás duas sortes de
efa, um grande e um pequeno.
15 Terás peso integral e justo, efa integral
e justo; para que se prolonguem os teus dias
na terra que te dá o Senhor, teu Deus.e
25.6 y( 5-6)
Mt 22.24;
Mc 12.19;
Lc 20.28
25.7 zRt 4.1-2
25.8 «Rt 4.6
25.9 ORt 4.7-8
25.12
cDt 19.13
25.13
dLv 19.35-36;
Ez 45.10
25.15 <Ex 20.12
25.16 '(13-16)
Lv 19.35-36
25.17
9 1 Sm 15.2-9
25.18 f>SI 36.1;
Rm 3.18
25.19
'Êx 17.8-14
26.2/1x23.19
16 Porque é abominação ao Senhor, teu
Deus, todo aquele que pratica tal injustiça/
Amaleque será destruído
17 Lembra-te do que te fez Amale-
ques no caminho, quando saias do Egito;
18 como te veio ao encontro no caminho e
te atacou na retaguardatodos os desfalecidos
que iam após ti, quando estavas abatido e
afadigado; e não temeu a D eus/
19 Quando, pois, o Senhor, teu Deus, te
houver dado sossego de todos os teus inimi
gos em redor, na terra que o Senhor, teu
Deus, te dá por herança, para a possuíres,
apagarás' a memória de Amaleque de de
baixo do céu; não te esqueças.
As primícias da terra
Ao entrares na terra que o Senhor,
teu Deus, te dá por herança, ao pos
suí-la e nela habitares,
2 tomarás das primícias de todos os fru
tos) do solo que recolheres da terra que te dá
o Senhor, teu Deus, e as porás num cesto, e
irás ao lugar que o Senhor, teu Deus, esco
lher para ali fazer habitar o seu nome.
3 Virás ao que, naqueles dias, for sacer
dote e lhe dirás: Hoje, declaro ao Senhor, teu
Deus, que entrei na terra que o Senhor, sob
juramento, prometeu dar a nossos pais.
4 O sacerdote tomará o cesto da tua mão e
o porá diante do altar do Senhor, teu Deus.
5 Então, testificarás perante o Senhor,
25.7 Tal como no caso de Tamar (Cn 38), a esposa tinha a
responsabilidade de zelar para que a obrigação do cunhado
tosse cumprida.
25.9 Descalçará a sandália. Isso simbolizava a rejeição da res
ponsabilidade ou sua transferência a outro, cf Rt 4.7,8.
25 .11 ,12 0 órgão masculino não devia ser maltratado
(cf 23.1). Era a fonte da fertilidade e também trazia o sinal do
pacto de Deus com Seu povo (Gn 17.11).
25.13 Pesos diversos. Não podiam ser feitos negócios com
dois tipos de pesos, um maior para os recebimentos, e outro
menor para os pagamentos, cf Am 8.5. • N. Hom. Há inte
ressantes similaridades entre a luta da carne contra o espírito
e a luta de Amaleque (1 7 -1 9 ) contra Israel: 1) Assim como
a carne procura perturbar e derrotar ao crente (Rm 7.23;
Cl 5.17), assim Amaleque tentou perturbar e derrotar a Israel
(Êx 17.8; 1 Sm 30.1 -6 ); 2) Assim como nada há de bom na
carne (Rm 7.18), assim nada havia de louvável para ser pou
pado, em Amaleque (1 Sm 15.3); 3) Como viver segundo a
carne atrai a sua própria ruína (Rm 8.13; Gl 6.8), assim Saul,
que poupou ao rei de Amaleque, foi rejeitado como rei
(1 Sm 15.23); 4 ) Assim como a carne nunca pode ser vencida
pelos recursos naturais do indivíduo (Rm 7 .14 -24 ), assim Is
rael não podia vencer a Amaleque com seus próprios recursos
naturais (Nm 14 .40-45); 5) Assim como a vitória sobre a
carne é possível só através do Espírito Santo (Rm 6.14; 8.2),
assim Deus capacitou o Seu povo a vencer os amalequitas
(Êx 17 .11 -13 ; 1 Sm 30.8).
Cap 26 Moisés faz confissões para a apresentação das primí
cias (1 -1 1 ) e o dízimo do terceiro ano (1 2 -1 5 ). Uma exorta
ção (1 6 -1 9 ) conclui a exposição dos estatutos e ordenanças
contidos nos capítulos 12 a 26.
26.3 O Senhor.. .prometeu. O primeiro ato devia ser a decla
ração de que Deus cumprira a Sua antiga promessa, a de
dar-lhes a terra (Gn 28.13).
26.5 Arameu. A referência é a Jacó, cuja mãe e parentela vi
nham de Arã (Gn 24.10; 25.20).
2 6 .5 -1 0 O costume de repetir-se um Credo, já vem do
tempo de Moisés: o que está sendo feito na cerimônia aqui
descrita é um tipo de profissão de fé naquilo que Deus fizera
para Seu povo Israel, desde os tempos mais antigos, e pode
ser chamado o Credo Histórico. O outro trecho que os israeli
tas até hoje repetem como Credo se lê em 6 .4 -9 , e fala de
um amor perfeito dedicado a Deus, e de uma reverência total
DEUTERONÔMIO 26.6 288
teu Deus, e dirás: Arameu prestes a perecer
foi meu pai, e desceu para o Egito, e ali viveu
como estrangeiro com pouca gente; e ali veio
a ser nação grande, forte e numerosa.*
6 Mas os egípcios nos maltrataram, e afli
giram, e nos impuseram dura servidão.7
7 Clamamos ao Senhor, Deus de nossos
pais; e o Senhor ouviu a nossa voz e atentou
para a nossa angústia, para o nosso trabalho e
para a nossa opressão;m
8 e o Senhor nos tirou do Egito com po
derosa mão, e com braço estendido, e com
grande espanto, e com sinais, e com mi
lagres;"
9 e nos trouxe a este lugar e nos deu esta
terra, terra que mana leite e mel.0
10 Eis que, agora, trago as primícias dos
frutos da terra que tu, ó Senhor, me deste.
Então, as porás perante o Senhor, teu Deus,
e te prostrarás perante ele.
11 Alegrar-te-ás por todo o bem que o
Senhor, teu Deus, te tem dado a ti e a tua
casa, tu, e o levita, e o estrangeiro que está no
meio de ti.P
Os dízimos
12 Quando acabares de separar todos os
dízimos da tua messeí no ano terceiro, que é
o dos dízimos, então, os darás ao levita, ao
estrangeiro, ao órfão e à viúva, para que co
mam dentro das tuas cidades e se fartem.
13 Dirás perante o Senhor, teu Deus: Ti
rei de minha casa o que é consagrado e dei
também ao levita, e ao estrangeiro, e ao órfão,
e à viúva, segundo todos os teus mandamen
tos que me tens ordenado; nada transgredi dos
26.5
*Gn 43.1-2;
Os 12.12
26.6 'Ex 1.11
26.7
™Êx 2.23-25
26.8 "Ex 12.37;
Dt 4.34
26.9 o Ex 3.8
26.11 pDt 12.7
26.12
qDt 14.28-29
26.13
' S1119.141
26.14 sLv 7.20
26.15 fls 63.15
26.17
UÊX 20.19
26.18 vEx 19.5
26.19 wEx 19.6;
Sl 148.14;
IPe 2.9
teus mandamentos, nem deles me esqueci/
14 Dos dízimos não comi no meu luto e
deles nada tirei estando imundo, nem deles
dei para a casa de algum morto; obedeci à voz
do Senhor, meu Deus; segundo tudo o que
me ordenaste, tenho feito.1
15 Olha desde a tua santa habitação, desde
o céu, e abençoa o teu povo, a Israel, e a terra
que nos deste, como juraste a nossos pais,
terra que mana leite e mel.f
Exortação à obediência
16 Hoje, o Senhor, teu Deus, te manda
cumprir estes estatutos e juízos; guarda-os,
pois, e cumpre-os de todo o teu coração e de
toda a tua alma.
17 Hoje, fizeste o Senhor declarar que te
será por Deus, e que andarás nos seus cami
nhos, e guardarás os seus estatutos, e os seus
mandamentos, e os seus juízos, e darás ouvi
dos à sua voz.u
18 E o Senhor, hoje, te fez dizer que lhe
serás por povo seu próprio1', como te disse, e
que guardarás todos os seus mandamentos.
19 Para, assim, te exaltar em louvor, re
nome e glória sobre todas as nações que fez e
para que sejas povo santo ao Senhor, teu
Deus, como tem áito.w
O T e r c e i r o D i s c u r s o d e M o i s é s
Solene promulgação da lei
'”7 Moisés e os anciãos de Israel deram
Á ./ / ordem ao povo, dizendo: Guarda to
dos estes mandamentos que, hoje, te ordeno.
para com Sua Palavra: é o Credo do Coração.
26.12 No ano terceiro. Durante os dois primeiros anos, o dí
zimo anual deveria ser levado ao santuário central
(1 4 .2 2 -2 7 ). No terceiro ano, entretanto, o dízimo seria arma
zenado para distribuição entre os pobres.
26.13 Tirei de minha casa o que é consagrado. O israelita que
tivesse pago seu dízimo de três anos (a porção sagrada) devia
declarar publicamente que obedecera ao mandamento de
Deus.
26.14 O adorador devia confessar que sua oferta não fora
exposta a contaminação cerimonial, especialmente aquela as
sociada com a lamentação pelos mortos.
2 6 .1 6 -1 9 A lei agora fora dada em sua totalidade - a res
ponsabilidade de Israel em observá-la consistia em seu pacto
com Deus. Esta totalidade se reflete nas seguintes palavras:
estatutos, que representam a firmeza eterna das disposições
de Deus (Sl 119 .89-91); juízos, que são os pronunciamentos
de Deus sobre o comportamento humano, no agir e no pen
sar (1 Sm 16.7; Rm 11 .33 -36 ); mandamentos, as ordens ou
instruções de Deus, cujo teor se resume nos Dez Mandamen
tos, registrados em 5 .6 -2 1 . Veja 11.1 n. • N. Hom. A vida
consagrada: 1) Chamada à consagração (16); 2) Ato da con
sagração (17); 3) Significado da consagração: possuído por
Deus (18a), obediente a Deus (18b), abençoado por Deus
(1 9a), santo para Deus (1 9b).
Cap 27 0 estilo volta à forma de narrativa e Moisés aparecena terceira pessoa. 0 capítulo contém instruções para a inscri
ção da lei em pedras no monte Ebal (1 -8 ) , uma injunção
divina à obediência (9,10) e uma ordem para o pronuncia
mento das bênçãos e maldições nos montes Cerizim e Ebal
(11 -2 6 ) . O primeiro estágio da ratificação do pacto teve lu
gar nas planícies de Moabe, quando Moisés ainda era o líder
O desdobramento da ratificação em dois estágios simboliza a
contínua liderança de Deus, embora tenha havido mudança
de líderes no nível humano. Esse capítulo aborda o segundo
estáqio da ratificação, o cumprimento do qual está registrado
em Js 8 .3 0 -3 5 .
289 DEUTERONÔMIO 28.1
2 No dia em que passares o Jordão à terra
que te der o Se n h o r , teu Deus, levantar-te-ás
pedras grandes e as caiarás.*
3 Havendo-o passado, escreverás, nelas,
todas as palavras desta lei, para entrares na
terra que te dá o Sen h o r , teu Deus, terra
que mana leite e mel, como te prometeu o
Se n h o r , Deus de teus pais.
4 Quando houveres passado o Jordão, le-
vantarás estas pedras, que hoje te ordeno, no
monte Ebal, e as caiarás.t'
5 Ali, edificarás um altar ao Se n h o r , teu
Deus, altar de pedras, sobre as quais não ma-
nejarás instrumento de ferro*.
6 De pedras toscas edificarás o altar do
Se n h o r , teu Deus; e sobre ele lhe oferecerás
holocaustos.
7 Também sacrificarás ofertas pacíficas;
ali, comerás e te alegrarás perante o Se n h o r ,
teu Deus.
8 Nestas pedras, escreverás, mui distinta
mente, as palavras todas desta lei.°
9 Falou mais Moisés, juntamente com os
sacerdotes levitas, a todo o Israel, dizendo;
Guarda silêncio e ouve, ó Israel! Hoje, vieste
a ser povo do Se n h o r , teu Deus.b
10 Portanto, obedecerás à voz do
Sen h o r , teu Deus, e lhe cumprirás os manda
mentos e os estatutos que hoje te ordeno.
Maldições do monte Ebal
11 Moisés deu ordem, naquele dia, ao
povo, dizendo:
12 Quando houveres passado o Jordão, es
tarão sobre o monte Gerizimc, para abençoa
rem o povo, estes; Simeão, Levi, Judá,
Issacar, José e Benjamim.
13 E estes, para amaldiçoar, estarão sobre
o monte Ebal: Rúben, Gade, Aser, Zebulom,
Dã e N aftali/
27.2 *Js 4.1
27.4 rDt 11.29
27.5 zÊx 20.25
27.8 o(2-8)
Js 8.30-32
27.9 *Dt 26.18
27.12
cDt 11.29;
js 8.33-35
27.13
rfDt 11.29
27.14
«Dt 33.10;
Dn 9.11
27.15 'Êx 20.4;
34.17; Lv 19.4;
26.1;
Dt 4.15-18; 5.8
27.16
9Èx 20.12;
Dt5.16
27.17
^Dt 19.14
27.18 >Lv 19.14
27.19
/Êx 22.21; 23.9;
Lv 19.33-34;
Dt 24.17-18
27 .2 0 ‘ Lv 18.8;
20.11; Dt 22.30
27.21
IÊ» 22.19;
Lv 18.23; 20.15
27.22 ™Lv 18.9;
20.17
27.23 " Lv 18.7;
20.14
27.24
O Êx 20.13;
Nm 35.31
27.25
PÊx 23.7-8;
Ez22.12
27.26 9Cl 3.10
14 Os levitas testificarão a todo o povo de
Israel em alta voz e dirão:e
15 Maldito o homem que fizer imagem de
escultura ou de fundiçãof, abominável ao
S e n h o r , obra de artífice, e a puser em lugar
oculto. E todo o povo responderá: Amém!
16 Maldito aquele que desprezar a seu
pais ou a sua mãe. E todo o povo dirá:
Amém!
17 Maldito aquele que mudar os marcos
do seu próximoh. E todo o povo dirá: Amém!
18 Maldito aquele que fizer o cego errar o
caminho'. E todo o povo dirá: Amém!
19 Maldito aquele que perverter o direito
do estrangeiro/, do órfão e da viúva. E todo
o povo dirá: Amém!
20 Maldito aquele que se deitar com a ma-
drasta*, porquanto profanaria o leito de seu
pai. E todo o povo dirá: Amém!
21 Maldito aquele que se ajuntar com ani
mal'. E todo o povo dirá: Amém!
22 Maldito aquele que se deitar com sua
írmãm, filha de seu pai ou filha de sua mãe. E
todo o povo dirá: Amém!
23 Maldito aquele que se deitar com sua
sogra". E todo o povo dirá: Amém!
24 Maldito aquele que ferir o seu próximo
em oculto. E todo o povo dirá: Amém!0
25 Maldito aquele que aceitar suborno
para matar pessoa inocente. E todo o povo
dirá: Amém!P
26 Maldito aquele que não confirmar as
palavras desta lei, não as cumprindo1?. E todo
o povo dirá: Amém!
As bênçãos decorrentes da obediência
Lv 26.3-13; Dt 7.12-26
Se atentamente ouvires a voz do
Áá O S e n h o r , teu Deus, tendo cuidado de
guardar todos os seus mandamentos que hoje
27.2 No dia. Não é feita, esta referência, a nenhum dia espe
cífico, mas a um tempo ainda no futuro. Pedras grandes. Tais
pedras se encontram no Egito e noutros países do Oriente
com inscrições gravadas na própria pedra ou então numa
superfície de argamassa ou cal (cf Am 2.1).
27.3 Escreverás. As antigas inscrições podiam ou não ser ex
tensas. Sabe-se de uma gravada nas rochas de Beistum, três
vezes mais extensa que o livro de Deuteronômio. Desta lei.
Refere-se ao pacto do Deuteronômio.
27 .S -7 Assim como a lei testifica sobre o pecado, assim os
sacrifícios no altar do monte Ebal testificavam a graça e a
provisão da misericórdia, inclusas no pacto para encobrir as
culpas. Os holocaustos simbolizavam a completa consagração
a Deus e as ofertas pacíficas simbolizavam a comunhão com
Deus.
27 .26 O povo deveria obrigar-se, sob maldição
(cf At 23 .1 2 -1 4 ), a guardar toda a lei. Cristo libertou o
crente, tomando, sobre Si, essa maldição (Cl 3.13).
• N. Hom. Podemos reviver o nosso ato de consagração
(cap 26, N. Hom.), relembrando: 1) O que fizemos (6); 2) O
que lemos (8); 3) O que ouvimos (9,14); 4) O que dissemos
(15b, 16b, etc.).
Cap 28 Tendo concluído suas instruções sobre o segundo
estágio da renovação do pacto (cap 27n), Moisés agora pro
clama, perante o povo, as bênçãos decorrentes da obediência
(1 -1 4 ) e as maldições oriundas da desobediência (1 5 -6 8 ).
DEUTERONÔMIO 28.2 290
te ordeno, o Senhor, teu Deus, te exaltará
sobre todas as nações da terra/
2 Se ouvires a voz do Senhor, teu Deus,
virão sobre ti e te alcançarão todas estas
bênçãos:5
3 Bendito serás tu na cidade e bendito se
rás no campo.(
4 Bendito o fruto do teu ventre, e o fruto
da tua terra, e o fruto dos teus animais, e as
crias das tuas vacas e das tuas ovelhas.u
5 Bendito o teu cesto e a tua amassadeira.
6 Bendito serás ao entrares e bendito, ao
saíres.1'
7 O S en h o r fará que sejam derrotados na
tua presença os inimigos que se levantarem
contra ti; por um caminho, sairão contra ti,
mas, por sete caminhos, fugirão da tua pre
sença. w
8 O Senhor determinará que a bênção
esteja nos teus celeiros e em tudo o que colo
cares a mão; e te abençoará na terra que te dá
o Senhor, teu Deus.*
9 O Senhor te constituirá para si em
povo santo, como te tem jurado, quando guar-
dares os mandamentos do Senhor, teu Deus,
e andares nos seus caminhos.y
10 E todos os povos da terra verão que és
chamado pelo nome do Senhor e terão medo
de ti.2
1 1 0 Senhor te dará abundância de bens
no fruto do teu ventre, no fruto dos teus ani
mais e no fruto do teu solo, na terra que o
Senhor, sob juramento a teus pais, prometeu
dar-te.°
28.1 rEx 15.26;
Dt26.19
28.2 iDt 28.15
28.3 iGn 39.5
28.4
"Gn22.17;
S1107.38;
1Tm4.8
28.6 -SI121.8
28.7
wLv 26.7-8;
2Sm 22.38-39,
41; SI 89.23
28.8 *Lv 25.21
28.9 yíx 19.5-6
28.10
^Nm 6.27;
2Cr 7.14;
Is 63.19
28.11 °Dt28.4
28.12 *Lv 26.4
28.13
cis 9.14-15
28.14 dDt 5.32
28.15
eLv 26.14;
tm 2.17; Ml 2.2
28.16 fDt 28.3
12 O Senhor te abrirá o seu bom tesouro,
o céu, para dar chuva à tua terra no seu tempo
e para abençoar toda obra das tuas mãos; em
prestarás a muitas gentes, porém tu não toma-
rás emprestado.6
13 O Senh o r te porá por cabeça e não
por cauda; e só estarás em cima e não de
baixo, se obedeceres aos mandamentos do
Se n h o r , teu Deus, que hoje te ordeno, para
os guardar e cumprir.c
14 Não te desviarás de todas as palavras
que hoje te ordeno, nem para a direita nem
para a esquerda, seguindo outros deuses, para
os servires.d
Oscastigos da desobediência
Lv 26.14-46
15 Será, porém, que, se não deres ouvidos
à voz do Sen h o r , teu Deus, não cuidando em
cumprir todos os seus mandamentos e os seus
estatutos que, hoje, te ordeno, então, virão
todas estas maldições sobre ti e te alcan
çarão: e
16 Maldito serás tu na cidade e maldito
seras no campo.
17 Maldito o teu cesto e a tua amassa
deira.
18 Maldito o fruto do teu ventre, e o fruto
da tua terra, e as crias das tuas vacas e das
tuas ovelhas.
19 Maldito serás ao entrares e maldito, ao
saíres.
20 O Senh o r mandará sobre ti a maldi
ção, a confusão e a ameaça em tudo quanto
Durante os últimos quarenta anos, Israel já havia se mostrado
propenso à apostasia. A ênfase dessa passagem, portanto, re
cai sobre as maldições e não sobre as bênçãos. Se o leitor se
admirar com a extensão e a severidade das maldições proferi
das, lembre-se que algumas das expressões utilizadas pelo
Senhor ]esus não eram menos severas. No entender de Moi
sés, não passavam de avisos de misericórdia que, se escuta
dos, teriam poupado a Israel muitos dissabores, muita
miséria. Recorde-se a história dos judeus até ao presente -
que amargo comentário desses passos de Deuteronômio.
2 8 .1 -1 4 As seis bênçãos de 3 - 6 têm seu paralelo nas seis
maldições de 1 6 -1 9 . Note-se a disposição da matéria. As
bênçãos tratam de: 1) Relações estrangeiras de Israel (7);
2) Relações domésticas (8); 3) Relações espirituais (9,10);
4) Relações domésticas (11,12a); 5) Relações estrangeiras
(12b, 13). Se Israel fosse fiel, em suas relações com Deus, pros
peraria em todos os sentidos. Desfrutaria de abundância na
própria pátria e seria bem sucedido em todo encontro militar
ou comercial, com outras nações.
28.1 Te exaltará sobre todas as nações. Esse era o propósito
de Deus para Seu povo. Seu cumprimento dependia da obe
diência deles. Tinham de agir de modo singular, entre as na
ções da terra.
2 8 .3 -1 4 Notar o contraste entre a natureza dessas bênçãos e
a frase do Novo Testamento, "toda sorte de bênção espiritual
nas regiões celestiais" (Ef 1.3).
28.10 Chamado pelo nome do Senhor. Isso significa que eram
povo de Deus e, portanto, estavam sob Sua proteção,
cf Is 63.19; Pv 18.10.
2 8 .1 5 -6 8 O resultado final da desobediência seria a expa-
triação dos israelitas da sua herança, e a perda da sua posição
como povo de Deus.
28.15 Te alcançarão. Não há modo de escapar de Deus, se
não correndo para Ele, nem se pode fugir de Sua justiça senão
fugindo para a Sua misericórdia.
28.20 Me abandonaste. A violação do primeiro mandamento
era a essência do pecado de Israel. Note-se como essas pala
vras de Moisés passam, quase imperceptivelmente, para as de
Deus, como freqüentemente sucede nos escritos proféticos
(cf 29.5).
291 DEUTERONÔMIO 28.40
empreenderes, até que sejas destruído e re
pentinamente pereças, por causa da maldade
das tuas obras, com que me a b an d o n as te .9
21 O S en h o r fará que a pestilência te pe
gue a ti, até que te consuma a terra a que
passas para possuí- l a . h
22 O Senhor te ferirá com a tísica, e a
febre, e a inflamação, e com o calor ardente,
e a secura, e com o crestamento, e a ferrugem;
e isto te perseguirá até que pereças.'
23 Os teus céus sobre a tua cabeça serão
de bronze; e a terra debaixo de ti será de
ferro./
24 Por chuva da tua terra, o S e n h o r te
dará pó e cinza; dos céus, descerá sobre ti, até
que sejas destruído.
25 O S e n h o r te fará cair diante dos teus
inimigos; por um caminho, sairás contra eles,
e, por sete caminhos, fugirás diante deles, e
serás motivo de horror para todos os reinos da
terra.*
26 O teu cadáver servirá de pasto a todas
as aves dos céus e aos animais da terra; e
ninguém haverá que os espante.'
27 O Senhor te ferirá com as úlceras do
Egito, com tumores, com sarna e com prurido
de que não possas curar-te.m
28 O S e n h o r te ferirá com loucura, com
cegueira e com perturbação do espírito."
29 Apalparás ao meio-dia, como o cego
apalpa nas trevas, e não prosperarás nos teus
caminhos; porém somente serás oprimido e
roubado todos os teus dias; e ninguém haverá
que te salve.0
30 Desposar-te-ás com uma mulher, po
rém outro homem dormirá com ela; edificarás
28.20
g1Sm 14.20;
Is 30.17; Ml 2.2
28.21
H v 26.25
28.22 'Lv 26.16
28.23 /Lv 26.19
28.25
*Lv26.17;
Dt 28.7; Jr 15.4
28.26
'1 Sm 17.44;
Sl 79.2
28.27 ">Éx 9.9;
1 Sm 5.6;
Sl 78.66
28.28 "|r 4.9
28.29 °Jó 5.14
28.30 PDt 20.6;
Jr 8.10; Mq 6.15
28.32
«1119.82
28.33
rLv 26.16;
Jr 5.17
28.34 sDt 28.67
28.35 <Dt 28.27
28.36 “Dt 4.28;
2Rs 14,12,14;
2Cr 33.11;
Jr 16.13
28.37
vIRs 9.7-8;
Jr 24.9
28.38 wjl 1.4;
Ag 1.6
casa, porém não morarás nela; plantarás v i
nha, porém não a desfrutarás.P
31 O teu boi será morto aos teus olhos,
porém dele não comerás; o teu jumento será
roubado diante de ti e não voltará a ti; as tuas
ovelhas serão dadas aos teus inimigos; e nin
guém haverá que te salve.
32 Teus filhos e tuas filhas serão dados a
outro povo; os teus olhos o verão e desfalece
rão de saudades todo o dia; porém a tua mão
nada poderá fazer. 9
33 O fruto da tua terra e todo o teu traba
lho, comê-los-á um povo que nunca conhe-
ceste; e tu serás oprimido e quebrantado todos
os dias:/
34 e te enlouquecerás pelo que vires com
os teus olhos/
35 O S e n h o r te ferirá com úlceras malig
nas nos joelhos e nas pernas, das quais não te
possas curar, desde a planta do pé até ao alto
da cabeça/
36 O S e n h o r te levará e o teu rei que
tiveres constituído sobre ti a uma gente que
não conheceste, nem tu, nem teus pais; e ali
servirás a outros deuses, feitos de madeira e
de pedra. “
37 Virás a ser pasmo, provérbio e motejo
entre todos os povos a que o S e n h o r te
levará.v
38 Lançarás muita semente ao campo; po
rém colherás pouco, porque o gafanhoto a
consumirá.w
39 Plantarás e cultivarás muitas vinhas,
porém do seu vinho não beberás, nem colhe
rás as uvas, porque o verme as devorará.
40 Em todos os teus limites terás olivei-
28 .22 Até que pereças. O resultado final da epidemia
(21,22a), da seca (2 2 b -2 4 ) e da guerra (25) seria a destrui
ção de Israel.
28.23 Bronze.. . ferro. Essa seria a aparência do céu e da
terra, porque as chuvas seriam interrompidas e assim seriam
somente poeira.
28.26 Aves.. . animais. Que degradação! O homem, que re
cebeu autoridade sobre o reino animal, sendo devorado pelas
aves e animais. Ap 19.17,18 pinta a condenação da humani
dade rebelde como uma festa em que homens mortos são
devorados pelas aves.
2 8 .2 7 -3 5 O arranjo das maldições é semelhante ao das bên
çãos em 7 -1 2 : 1) Doença incurável (27); 2) Loucura (28);
3) Opressão contínua (29); 4) Frustrações (3 0 -3 2 ); 5) Opres
são contínua (33); 6) Loucura (34); 7) Doença incurável (35).
28.28 Os juízos de Deus podem chegar à mente do homem,
para enchê-la de trevas e horror.. . e o pior dos juízos é
aquele que faz o homem se constituir em terror para si
mesmo, e na sua própria destruição.
28.29 Este versículo revela a incapacidade total do homem,
mesmo em meio às circunstâncias mais ideais; é a loucura
(w 28 e 34), na sua forma mais terrível e mais comum, a
esquizofrenia, que produz esta enfermidade da persona
lidade.
28.30 Este versículo representa a frustração total dos mais
nobres sonhos do homem, a frustração dos seus melhores
esforços.
28.32 Saudades. Especificamente, saudades que nunca se po
derão "matar", num desespero onde não há saída.
28.36 Servirás a outros deuses, feitos de madeira e de pedra.
Na idolatria, o homem adora criaturas que lhe são inferiores,
em vez de adorar ao Criador, que lhe é superior.
DEUTERONÔMIO 28.41 292
ras; porém não te ungirás com azeite, porque
as tuasazeitonas cairão.
41 Gerarás filhos e filhas, porém não fica
rão contigo, porque serão levados ao cati
veiro. *
42 Todo o teu arvoredo e o fruto da tua
terra o gafanhoto os consumirá.
43 O estrangeiro que está no meio de ti se
elevará mais e mais, e tu mais e mais des-
cerás.
44 Ele te emprestará a ti, porém tu não lhe
emprestarás a ele; ele será por cabeça, e tu
serás por cauda.)'
45 Todas estas maldições virão sobre ti, e
te perseguirão, e te alcançarão, até que sejas
destruído, porquanto não ouviste a voz do
Senhor, teu Deus, para guardares os manda
mentos e os estatutos que te ordenou.2
46 Serão, no teu meio, por sinal e por ma
ravilha, como também entre a tua descendên
cia, para sempre.0
47 Porquanto não serviste ao Senhor, teu
Deus, com alegria e bondade de coração, não
obstante a abundância de tudo.b
48 Assim, com fome, com sede, com nu
dez e com falta de tudo, servirás aos inimigos
que o S en h o r enviará contra ti; sobre o teu
pescoço porá um jugo de ferro, até que te haja
destruído. c
49 O Senhor levantará contra ti uma na
ção de longe, da extremidade da terra virá,
como o vôo impetuoso da águia, nação cuja
língua não entenderás;d
50 nação feroz de rosto, que não respeitará
ao velho, nem se apiedará do moço.*’
51 Ela comerá o fruto dos teus animais e
o fruto da tua terra, até que sejas destruído; e
não te deixará cereal, mosto, nem azeite, nem
as crias das tuas vacas e das tuas ovelhas, até
que te haja consumido/
52 Sitiar-te-á em todas as tuas cidades,
até que venham a cair, em toda a tua terra, os
28.41 x Lm 1.5
28.44
KDt 28.12-13
28.45
^Dt 28.15
28.46 ols 8.18
28.47
í>Dt 32.15
28.48 cjr 28.14
28.49 d\, 5.15;
Ez 17.3,12;
Lc 19.43
28.50
« 2 0 36.17
28.51 fDt 28.33
28.52
ü2Rs25.1-2
28.53
H v 26.29;
2 Rs 6.28-29;
Lm 2.20
28.54 iot 13.6
28.56 /Dt 28.54
28.57
‘ Gn 49.10
28.58 <Ex 6.3
28.59
mDn 9.12
28.60 "Dt 7.15
altos e fortes muros em que confiavas; e te
sitiará em todas as tuas cidades, em toda a
terra que o Senhor, teu Deus, te deu.9
53 Comerás o fruto do teu ventre, a carne
de teus filhos e de tuas filhas, que te der o
Senhor, teu Deus, na angústia e no aperto
com que os teus inimigos te apertarão.h
54 O mais mimoso dos homens e o mais
delicado do teu meio será mesquinho para
com seu irmão, e para com a mulher do seu
amor, e para com os demais de seus filhos que
ainda lhe restarem;1
55 de sorte que não dará a nenhum deles
da carne de seus filhos, que ele comer; por
quanto nada lhe ficou de resto na angústia e
no aperto com que o teu inimigo te apertará
em todas as tuas cidades.
56 A mais mimosa das mulheres e a mais
delicada do teu meio, que de mimo e delica
deza não tentaria pôr a planta do pé sobre a
terra, será mesquinha para com o marido de
seu amor, e para com seu filho, e para com
sua filha;/
57 mesquinha da placenta que lhe saiu
dentre os pés e dos filhos que tiver, porque os
comerá às escondidas pela falta de tudo, na
angústia e no aperto com que o teu inimigo te
apertará nas tuas cidades.*
58 Se não tiveres cuidado de guardar to
das as palavras desta lei, escritas neste livro,
para temeres este nome glorioso e terrível, o
Senhor, teu Deus,'
59 então, o Senhor fará terríveis as tuas
pragas e as pragas de tua descendência, gran
des e duradouras pragas, e enfermidades gra
ves e duradouras ;m
60 fará voltar contra ti todas as moléstias
do Egito, que temeste; e se apegarão a ti.'1
61 Também o Senhor fará vir sobre ti
toda enfermidade e toda praga que não estão
escritas no livro desta Lei, até que sejas des
truído.
28.46 Eles seriam um sinal do julgamento divino e uma ma
ravilha que provocaria estupefação, cf 13.2n.
28.47,48 O argumento é que se era difícil demais obedecer
aos mandamentos de Deus, que são a plenitude da vida, da
alegria e da prosperidade daqueles que neles andam, muito
mais pesados vão ser os mandamentos dos inimigos, que se
deleitam em torturar seus prisioneiros, assim como Satanás
tortura os prisioneiros do pecado.
2 8 .4 9 -5 7 É um quadro profético da desolação e degradação
a que Israel viria a ser reduzido. Tempos de angústia freqüen
temente revelam a depravação daqueles que, em tempos
normais, são considerados retos, mimosos e delicados (54,-
56). Esta cena se cumpriu nos cercos de Samaria (2 Rs 6.28)
e de |erusalém (Lm 2.20,22).
28.58 A finalidade da Lei de Deus é levar os homens ao te
mor de Deus, que, sendo o princípio de toda a sabedoria
(Pv 9.10), é a fonte vital da vida humana. A própria palavra
Lei (heb tôrâh), fala em "guiar alguém até o alvo" (que é
Deus). Da mesma maneira, o evangelho foi escrito para que
creiamos que Jesus é o Cristo, o filho de Deus, e, crendo,
tenhamos a vida eterna, Jo 20.31.
293 DEUTERONÔMIO 29.6
62 Ficareis poucos em número, vós que
éreis como as estrelas dos céus em multidão,
porque não destes ouvidos à voz do Sen h o r ,
vosso Deus.0
63 Assim como o Sen h o r se alegrava em
vós outros, em fazer-vos bem e multiplicar-
vos, da mesma sorte o SENHOR se alegrará em
vos fazer perecer e vos destruir; sereis desar-
raigados da terra à qual passais para possuí-
la. p
64 O Senh o r vos espalhará entre todos
os povos, de uma até à outra extremidade da
terra. Servirás ali a outros deuses que não
conheceste, nem tu, nem teus pais; servirás à
madeira e à pedra.?
65 Nem ainda entre estas nações descan-
sarás, nem a planta de teu pé terá repouso,
porquanto o Senh o r ali te dará coração tre-
mente, olhos mortiços e desmaio de a lm a /
66 A tua vida estará suspensa como por
um fio diante de ti; terás pavor de noite e de
dia e não crerás na tua vida.
67 Pela manhã dirás: Ah! Quem me dera
ver a noite! E, à noitinha, dirás: Ah! Quem me
dera ver a manhã! Isso pelo pavor que sentirás
no coração e pelo espetáculo que terás diante
dos olhos.5
28.62 °Dt 4.27
28.63 pDt 30.9;
Is 1.24
28.64
<?Lv 26.33;
Ne 1.8
28.65
fLv26.16;
Am 9.4
28.67 sDt 7.34
28.68
tDt 17.16;
Os 8.13
29.1 "Pt 5.2-3
29.2 Ê^x 19.4
29.3 ^Dt 4.34
29.4 x Is 6.9-10;
At 28.26-27;
2Ts 2,11-12
29.5 yDt 1.3
68 O Sen h o r te fará voltar ao Egito em
navios, pelo caminho de que te disse: Nunca
jamais o verás; sereis ali oferecidos para
venda como escravos e escravas aos vossos
inimigos, mas não haverá quem vos
compre.1
O Q u a r t o D i s c u r s o d e M o i s é s
Deus faz nova aliança com o povo
O O estas as Pa' avras da aliança que
o S e n h o r ordenou a Moisés fizesse
com os filhos de Israel na terra de Moabe,
além da aliança que fizera com eles em
Horebe.u
2 Chamou Moisés a todo o Israel e disse-
lhe: Tendes visto tudo quanto o Senh o r fez
na terra do Egito, perante vós, a Faraó, e a
todos os seus servos, e a toda a sua terra;v
3 as grandes provas que os vossos olhos
viram, os sinais e grandes maravilhas;w
4 porém o Senh o r não vos deu coração
para entender, nem olhos para ver, nem ouvi
dos para ouvir, até ao dia de hoje.*
5 Quarenta anos vos conduzi pelo deserto;
não envelheceram sobre vós as vossas vestes,
nem se gastou no vosso pé a sandália.)'
6 Pão não comestes e não bebestes vinho
28.64 O Senhor vos espalhará. A desobediência traria não só
a derrota, mas também o exílio. Essas palavras se cumpriram
na queda de Samaria, em 722 a.C., e na queda de Jerusalém,
em 586 a.C. Foram novamente cumpridas quando Tito trans
portou muitos judeus ao Egito, após a destruição de |erusa-
lém, em 70 d.C. Esse notável aviso sobre o exílio foi dado
antes mesmo de Israel ter entrado em Canaã. Só pela inspira
ção divina, Moisés poderia ter previsto de modo tão claro o
resultado da desobediência.
28.68 Voltar ao Egito. Israel fora redimida da escravidão do
Egito, mas muitos deles, que repudiariamseu Salvador, cai
riam novamente em escravidão, cf Os 8.13. No início da era
cristã havia muitos judeus vivendo no delta do Nilo.
• N. Hom. O Contraste dos dois caminhos (cf 30.15ss;
M t 7.13,14): 1) Da obediência e da bênção (1 -1 4 ) - Ser
vindo a Deus com alegria e abundância (47); a alegria de
Deus em fazer o bem (63a); 2) Da desobediência e da ruína
(1 5 -6 8 ) - Servindo ao inimigo em objeção (48); a alegria de
Deus em fazer perecer (63b). • N. Hom. O nome de Deus é
glorioso (58), e o modo como é usado nos revela verdades
importantes a Seu respeito. 1) Deus é vivo (5.26), em con
traste com os deuses materialistas de nossa era; 2) Ele reve
lou-se às gerações passadas (6.3); 3) Ele é supremo (10.17;
cf Ap 19.16); 4 ) Ele é seguro, imutável e digno de confiança
(32.4; cf 1 Co 10.4); 5) Ele é eterno (33.27); 6) Ele entra em
relacionamento pessoal com Seu povo ("o Senhor teu
Deus" - esta expressão é comum, 28.1, etc.).
Cap 29 Neste e no capítulo seguinte, Moisés obriga o povo
a servir a Deus e só a Deus, por meio de uma aliança. O
cap 29 começa introduzindo as palavras desta aliança, (1). A
seguir, há um retrospecto da liderança divina do passado,
como incentivo à obediência (2 -9 ) , uma declaração sobre os
que estavam sendo incluídos na aliança (1 0 -1 5 ), e uma ad
vertência contra a apostasia (1 6 -2 9 ).
29.1 São estas as palavras. Alguns julgam que essas palavras
se referem ao capítulo anterior. Porém, é melhor com
preendê-las como referentes ao discurso que as segue, mos
trando assim o início de uma nova seção. Além da Aliança. A
aliança na terra de Moabe é a mesma que foi feita antes, em
Horebe, com certas modificações devidas às novas circunstân
cias. É distinta e nova, porém, no sentido que agora foi feita
com uma nova geração. Certos expositores bíblicos não con
cebem essa aliança como uma renovação, mas como uma
"Aliança Palestina", inteiramente separada, dando as condi
ções sob as quais Israel devia entrar na Terra Prometida. Essa
posição reconhece sete outras alianças separadas: 1) no Éden
(G n l.2 8 ); 2) com Adão (G n3 .15); 3) com Noé (Gn 9.1);
4) com Abraão (Gn 15.18); 5) por Moisés (Êx20ss); 6) com
Davi (2 Sm 7.16); 7) a Nova Aliança (Hb 8.8).
29.4 O Senhor não vos deu. Isto não significa que Deus fosse
culpado da cegueira espiritual de Israel. Positivamente, Deus
não provoca a rebelião do homem contra Si, mas Ele confor
mou o coração do homem de tal maneira que, cada vez que
este se recusa a fazer a vontade de Deus, torna-se menos
sensível à próxima chamada ou mandamento. A consciência,
assim, torna-se menos acessível, e o coração vai-se endure
cendo.
DEUTERONÔMIO 29.7 294
nem bebida forte, para que soubésseis que eu
sou o S e n h o r , v o sso Deus.2
7 Quando viestes a este lugar, Seom°, rei
de Hesbom, e Ogueb, rei de Basã, nos saíram
ao encontro, à peleja, e nós os ferimos;
8 tomamos-lhes a terra e a demos por he
rança0 aos rubenitas, e aos gaditas, e à meia
tribo dos manassitas.
9 Guardai, pois, as palavras desta aliança
e cumpri-as, para que prospereis em tudo
quanto fizerdes.d
10 V ós estais, hoje, todos perante o
S e n h o r , vosso Deus; os cabeças de vossas
tribos, vossos anciãos e os vossos oficiais,
todos os homens de Israel,
11 os vossos meninos, as vossas mulheres
e o estrangeiro que está no meio do vosso
arraial, desde o vosso rachador de lenha até
ao vosso tirador de água,e
12 para que entres na aliança do Sen h o r ,
teu Deus, e no juramento que, hoje, o
Sen h o r , teu Deus, faz contigo;f
13 para que, hoje, te estabeleça por seu
povo, e ele te seja por Deus, como te tem
prometido, como jurou a teus pais, Abraão,
Isaque e Jacó.9
14 Não é somente convosco que faço esta
aliança e este juramento,h
15 porém com aquele que, hoje, aqui, está
conosco perante o Sen h o r , nosso Deus, e
também com aquele que não está aqui, hoje,
conosco.1
16 Porque vós sabeis como habitamos na
terra do Egito e como passamos pelo meio das
nações pelas quais viestes a passar;
17 vistes as suas abominações e os seus
ídolos, feitos de madeira e de pedra, bem
como vistes a prata e o ouro que havia entre
elas;
18 para que, entre vós, não haja homem,
nem mulher, nem família, nem tribo cujo co
ração, hoje, se desvie do Sen h o r , nosso
Deus, e vá servir aos deuses destas nações;
29.6 z Ex 16.12;
Sl 78.24-25
29.7
»Nm 21.21-30
í>Nm 21.31-35
29.8 cNm 32.33
29.9 <<Dt 4.6;
1 Rs 2.3
29.11 J^s 9.21
29.12
^Ne 10.29
29.13
gGn 17.7;
Dt 28.9
29.14
f>|r 31.31-33
29 .15 'At 2.39;
1 Co 7.14
29.18
/Hb 12.15
29.19
*Nm 15.39;
Is 30.1
29.20 <Dt 9.14;
Ez 14.7-8
29.21
-"Mt 24.51
29.23
"Gn 19.24-25
29.24
oi Rs 9.8-9
29.27 pDn 9.11
29.28
qlRs 14.15;
2Cr 7.20;
Pv 2.22
para que não haja entre vós raiz que produza
erva venenosa e amarga/,
19 ninguém que, ouvindo as palavras
desta maldição, se abençoe no seu íntimo,
dizendo: Terei paz, ainda que ande na perver
sidade do meu coração, para acrescentar à
sede a bebedice.*
20 O Senh o r não lhe quererá perdoar;
antes, fumegará a ira do Senh o r e o seu zelo
sobre tal homem, e toda maldição escrita
neste livro jazerá sobre ele; e o Se n h o r lhe
apagará o nome de debaixo do céu.'
21 O Senh o r o separará de todas as tri
bos de Israel para calamidade, segundo todas
as maldições da aliança escrita neste Livro
da Lei.m
22 Então, dirá a geração vindoura, os vos
sos filhos, que se levantarem depois de vós, e
o estrangeiro que virá de terras longínquas,
vendo as pragas desta terra e as suas doenças,
com que o Se n h o r a terá afligido,
23 e toda a sua terra abrasada com enxofre
e sal, de sorte que não será semeada, e nada
produzirá, nem crescerá nela erva alguma, as
sim como foi a destruição de Sodoma e de
Gomorra", de Admá e de Zeboim, que o
Senh o r destruiu na sua ira e no seu furor,
24 isto é, todas as nações dirão: Por que
fez o Sen h o r assim com esta terra? Qual foi
a causa do furor de tamanha ira?0
25 Então, se dirá: Porque desprezaram a
aliança que o Se n h o r , Deus de seus pais, fez
com eles, quando os tirou do Egito;
26 e se foram, e serviram a outros deuses,
e os adoraram; deuses que não conheceram e
que ele não lhes havia designado.
27 Pelo que a ira do Senh o r se acendeu
contra esta terra, trazendo sobre ela toda a
maldição que está escrita neste livro.P
28 O S e n h o r os arrancou, com ira, de
sua terra, mas também com indignação e
grande furor, e os lançou para outra terra,
como hoje se vê. 9
29.10 Todos. A aliança abarca tudo, desde os líderes do povo
até as crianças e os servos.
29.15 Aquele que não está aqui. A referência é à posteridade
deles.
29.18 Raiz que produza erva venenosa. A idolatria seria como
uma raiz a produzir fruto amargo, cf v 2 2 -2 8 .
29.19 Terei paz. O idólatra conhece a seriedade de sua
ofensa, mas acha que pode pecar impunemente. Para acres
centar à sede a bebedice. Provavelmente uma expressão pro
verbial. O sentido é que, embora a idolatria começasse em
pequena escala, se propagaria e resultaria na ruína de todo o
povo.
29.20 Deus manifestaria a Sua ira e o Seu zelo porque só Ele
tem o direito de ser amado pelo Seu povo, embora eles prefe
rissem amar aos ídolos. Apagará. Cf Ap 22.18,19.
29.23 Admá.. . Zeboim. Cidades que se localizavam perto de
Sodoma e Gomorra (cf Gn 14.2) e partilharam de sua mesma
sorte. A dramática destruição daquelas cidades servia de hor
rível memória do juízo divino, cf Os 11.8.
295 DEUTERONÔMIO 30.16
29 As coisas encobertas pertencem ao
Senhor, nosso Deus, porém as reveladas nos
pertencem, a nós e a nossos filhos, para sem
pre, para que cumpramos todas as palavras
desta lei.
Promessas de misericórdia
Q A Quando, pois, todas estas coisas vie-
J V / remsobre ti, a bênção e a maldição
que pus diante de ti, se te recordares delas
entre todas as nações para onde te lançar o
Senhor, teu Deus;r
2 e tomares ao Senhor, teu Deus, tu e
teus filhos, de todo o teu coração e de toda a
tua alma, e deres ouvidos à sua voz, segundo
tudo o que hoje te ordeno,s
3 então, o Senhor, teu Deus, mudará a
tua sorte, e se compadecerá de ti, e te ajun-
tará, de novo, de todos os povos entre os quais
te havia espalhado o Senhor, teu Deus.'
4 Ainda que os teus desterrados estejam
para a extremidade dos céus, desde aí te ajun-
tará o Senhor, teu Deus, e te tomará de lá.u
5 O Senhor, teu Deus, te introduzirá na
terra que teus pais possuíram, e a possuirás; e
te fará bem e te multiplicará mais do que a
teus pais.
6 O Senhor, teu Deus, circuncidará o teu
coração e o coração de tua descendência, para
amares o Senhor, teu Deus, de todo o cora
ção e de toda a tua alma, para que vivas.1'
7 O Senhor, teu Deus, porá todas estas
maldições sobre os teus inimigos e sobre os
teus aborrecedores, que te perseguiram.
8 De novo, pois, darás ouvidos à voz do
30.1 rLv 26.40;
1 Rs 8.47-48
30 .2 ! Ne 1.9;
Lm 3.40
30.3 tSI 106.45;
Lm 3.22,32
30.4 uDt 28.64
30.6 >-Dt 10.16;
Ez 11.19
30.9 wDt 28.11;
Jr 32.41
30.11 *ls 45.19
30.12 yRm 10.6
30.14^(12-14)
Rm 10.6-8
30.15
o D tll.26
Se n h o r ; cumprirás todos os seus mandamen
tos que hoje te ordeno.
9 O Sen h o r , teu Deus, te dará abundân
cia em toda obra das tuas mãos, no fruto do
teu ventre, no fruto dos teus animais e no
fruto da tua terra e te beneficiará; porquanto o
Senh o r tomará a exultar em ti, para te fazer
bem, como exultou em teus pais;"'
10 se deres ouvidos à voz do Sen h o r , teu
Deus, guardando os seus mandamentos e os
seus estatutos, escritos neste Livro da Lei, se
te converteres ao Se n h o r , teu Deus, de todo
o teu coração e de toda a tua alma.
11 Porque este mandamento que, hoje, te
ordeno não é demasiado difícil, nem está
longe de ti.x
12 Não está nos céus, para dizeres; Quem
subirá por nós aos céus, que no-lo traga e
no-lo faça ouvir, para que o cumpramos?)'
13 Nem está além do mar, para dizeres:
Quem passará por nós além do mar que no-lo
traga e no-lo faça ouvir, para que o cum
pramos?
14 Pois esta palavra está mui perto de ti,
na tua boca e no teu coração, para a cum-
prires.z
A vida ou a morte
15 Vê que proponho, hoje, a vida e o bem,
a morte e o mal;0
16 se guardares o mandamento que hoje te
ordeno, que ames o Sen h o r , teu Deus, andes
nos seus caminhos, e guardes os seus manda
mentos, e os seus estatutos, e os seus juízos,
então, viverás e te multiplicarás, e o Se n h o r ,
29.29 As reveladas. Há mistérios divinos que vão além da
compreensão humana. Mas o que precisamos saber nos foi
revelado, e a isto devemos dar a nossa atenção. • N. Hom.
Em Sua graça, Deus dá a Seu povo: 1) Livramento (2);
2) Orientação (5a); 3) Apoio (5b,6); 4) Vitória (7); 5) He
rança (8; cf 4.20n). • N. Hom. Os perigos da apostasia:
1) Engana (19a); 2) Infecta a outros (19b, nota); 3) Condena
(20ss).
Cap 30 Dá continuidade às palavras do pacto, iniciadas no
cap 29. Apresenta a possibilidade de restauração final (1 -1 0 ),
a afirmação de que a obediência não é difícil demais (1 1 -1 4 ),
e a lembrança das alternativas a Israel (1 5 -2 0 ).
3 0 .1 -1 0 Essa passagem pressupõe o exílio e antecipa a res
tauração.
30.3 Ajuntará de novo. O retorno do exílio babilônico come
çou com Zorobabel. Mas esse retorno tipificou outra restaura
ção. Alguns expositores crêem que a restauração aqui referida
está sendo cumprida politicamente. Outros tomam uma posi
ção diferente, alegando que, sob a Nova Aliança, judeus e
gentios são tratados sob iguais condições. Em Rm 11, porém,
Israel continua sendo visto, nesta nova dispensação, como
um povo distinto, e a reunião dessa nação na Palestina não
violaria, necessariamente, o princípio de iguais privilégios.
30.6 Circuncidará o teu coração. Cf 10.1 nota. O rabino
Nachmanides entende este versículo como uma profecia da
época messiânica, que porá fim ao caráter duplo do homem,
fazendo com que seu único instinto natural seja a bondade;
os judeus receberão então seu sumo bem: a pureza de cora
ção, segundo a interpretação de Rabino Abraão Ibn Ezra.
3 0 .1 1 -1 4 Israel era capaz de cumprir a ordem divina. A
Aliança exigia algo secreto, além da compreensão deles
(cf 29.29). Deus revelara claramente a Sua palavra. Eles a ti
nham ouvido, e era algo sobre o que tinham de falar e ente-
sourar no coração (cf 6 .4 -7 ). Em Rm 1 0 .5 -8 , Paulo aplica
essa passagem a Jesus, mostrando que Sua pessoa é acessível,
e que o caminho da salvação não está distante e difícil.
DEUTERONÔMIO 30.17 296
teu Deus, te abençoará na terra à qual passas
para possuí-la.
17 Porém, se o teu coração se desviar, e
não quiseres dar ouvidos, e fores seduzido, e
te inclinares a outros deuses, e os servires,
18 então, hoje, te declaro que, certamente,
perecerás; não permanecerás longo tempo na
terra à qual vais, passando o Jordão, para a
possuíres.*
19 Os céus e a terra tomo, hoje, por teste
munhas contra ti, que te propus a vida e a
morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois,
a vida, para que vivas, tu e a tua descen
dência,0
20 amando o Senhor, teu Deus, dando
ouvidos à sua voz e apegando-te a ele; pois
disto depende a tua vida e a tua longevidade;
para que habites na terra que o Senhor, sob
juramento, prometeu dar a teus pais,
Abraãod, Isaquee e Jacóf.
A s Ú l t i m a s D i s p o s i ç õ e s
Josué, sucessor de Moisés
O 1 Passou Moisés a falar estas palavras
J I a todo o Israel
2 e disse-lhes; Sou, hoje, da idade de
cento e vinte anos. Já não posso sair e entrar,
e o Senhor me disse: Não passarás o
Jordão?.
3 O Senhor, teu Deus, passará adiante de
ti; ele destruirá estas nações de diante de ti, e
tu as possuirás; Josué passará adiante de ti,
como o Senhor tem dito.,,
4 O Senhor lhes fará como fez a Seom e
30.18 f>Dt 4.26
30.19 cDt 4.26
30.20 <*Gn 12.7
eGn 26.3
fGn 28.13
31.2
gNm 20.12
31.3
h Nm 27.21
31.4
(Nm 21.21-35
31.5 /Dt 7.2
31.6 *Dt 1.29;
1 Cr 22.13;
Hb 13.5
31.7 /Dt 1.38
31.8 m(6-8)
Js 1.5; Hb 13.5
31.9 "Nm 4.15;
|s 3.3;
1015.12,15
31.10
°Dt 15.12
PDt 16.13-15
31.11
qrDt 16.16;
2Rs 23.2;
Ne 8.1-3
a Ogue', reis dos amorreus, os quais des
truiu, bem como a sua terra.
5 Quando, pois, o Senhor vos entregar
estes povos diante de vós, então, com eles
fareis segundo todo o mandamento que vos
tenho ordenadoj
6 Sede fortes e corajosos, não temais, nem
vos atemorizeis diante deles, porque o
Senhor, vosso Deus, é quem vai convosco;
não vos deixará, nem vos desamparará. k
7 Chamou Moisés a Josué e lhe disse na
presença de todo o Israel: Sê forte e corajoso;
porque, com este povò, entrarás na terra que
o Senhor, sob juramento, prometeu dar a
teus pais; e tu os farás herdá-la.'
8 O Senhor é quem vai adiante de ti; ele
será contigo, não te deixará, nem te desampa
rará; não temas, nem te atemorizes.™
A lei deve ser lida ao povo
de sete em sete anos
9 Esta lei, escreveu-a Moisés e a deu aos
sacerdotes, filhos de Levi, que levavam a arca
da Aliança do Senhor, e a todos os anciãos
de Israel."
10 Ordenou-lhes Moisés, dizendo: Ao fim
de cada sete anos0, precisamente no ano da
remissão, na Festa dos Tabemáculos,P
11 quando todo o Israel vier a comparecer
perante o Senhor, teu Deus, no lugar que
este escolher, lerás esta lei diante de todo o
Israel.?
12 Ajuntai o povo, os homens, as mulhe
res, os meninos e o estrangeiro que está den
tro da vossa cidade, para que ouçam, e
30.20 A tua vida. A vida não é a mera extensão dos dias.
Consiste em amar, obedecer e apegar-se ao Senhor, em lugarde seguir-se os caminhos idólatras. Cf |o 17.3. • N. Hom.
Arrependimento depois do desvio; 1) É estimulado pela me
mória (1); 2 ) Envolve uma volta e a obediência (2); 3) Produz
a restauração (3); 4 ) Resulta em am or renovado (6 ).
• N . Hom. A verdadeira vida (19,20), envolve: 1) Amar a
Deus; 2) Obedecer a Deus; 3) Apegar-se a Deus (cf SI 63.8).
Cap 31 Registra a incumbência de Moisés ao povo (1 -6 ) , a
Josué (7 ,8 ) e aos sacerdotes e anciãos (9 -1 3 ); o aparecimento
do Senhor e a comissão a Josué (1 4 -2 3 ); a ordem de pôr a lei
perto da arca da aliança (2 4 -2 7 ), e a ordem de reunir o povo
para recitar o Cântico do Testemunho (2 8 -3 0 ).
31.2 Não posso. Moisés ainda era forte para conduzir sua
própria vida diária (34.7), mas perdera a energia necessária
para liderar a uma nação inteira.
31.3 Passará adiante de ti. Deus continuaria com Seu povo, a
despeito de sua localização (cf 12.30n) ou mudança de lide
rança (cap 27n).
31 .7 ,8 Josué já fora nomeado sucessor de Moisés
(Nm 27 .1 8 -2 3 ). Agora Moisés o encorajava a enfrentar sua
nova responsabilidade.
31.9 Este versículo e o 22 revelam-nos, sem dúvida, a autoria
de Moisés (cf Nm 33.2). As frases que geralmente iniciam os
capítulos, como as seguintes: "São estas as palavras" (1.1);
"esta é a lei" (4.44); "estas são as palavras" (29.1); "esta é a
bênção" (33.1) são expressões próprias de um compilador,
provavelmente o mesmo autor inspirado do cap 34. Não é
fácil, no entanto, distinguir com exatidão o que foi ou não
escrito pela mão de Moisés. Fora de dúvida é a inspiração
do livro, escrito, quando muito, por um contemporâneo de
Moisés.
31.10 De cada sete anos. A leitura da lei, cada sete anos, não
era o único meio de ensinar ao povo as obrigações da aliança.
Os pais também tinham o dever de instruir regularmente aos
seus filhos (6.7,20ss). A instrução normal na Palavra de Deus,
no templo ou na escola, não tornava a instrução paterna me
nos necessária.
297 DEUTERONÔMIO 31.29
aprendam, e temam o S e n h o r , vosso Deus,
e cuidem de cumprir todas as palavras
desta lei;r
13 para que seus filhos que não a soube
rem ouçam e aprendam a temer o Senhor,
vosso Deus, todos os dias que viverdes sobre
a terra à qual ides, passando o Jordão, para a
possuir.5
A futura rebeldia de Israel
14 Disse o Senhor a Moisés: Eis que os
teus dias são chegados, para que morras;
chama Josué, e apresentai-vos na tenda da
congregação, para que eu lhe dê ordens. As
sim, foram Moisés e Josué e se apresentaram
na tenda da congregação.f
15 Então, o Senhor apareceu, ali, na co
luna de nuvem, a qual se deteve sobre a porta
da tenda.u
16 Disse o Senhor a Moisés: Eis que es
tás para dormir com teus pais; e este povo se
levantará, e se prostituirá, indo após deuses
estranhos na terra para cujo meio vai, e me
deixará, e anulará a aliança que fiz com ele.1'
17 Nesse dia, a minha ira se acenderá con
tra ele; desampará-lo-ei e dele esconderei o
rosto, para que seja devorado; e tantos males
e angústias o alcançarão, que dirá naquele
dia: Não nos alcançaram estes males por não
estar o nosso Deus no meio de nós?w
18 Esconderei, pois, certamente, o rosto
naquele dia, por todo o mal que tiverem feito,
por se haverem tomado a outros deuses/
19 Escrevei para vós outros este cântico e
ensinai-o aos filhos de Israel; ponde-o na sua
boca, para que este cântico me seja por teste
munha contra os filhos de Israel.)'
20 Quando eu tiver introduzido o meu
povo na terra que mana leite e mel, a qual, sob
juramento, prometi a seus pais, e, tendo ele
comido, e se fartado, e engordado, e houver
tornado a outros deuses, e os houver servido,
e me irritado, e anulado a minha aliança;2
31.12 'D t 4.10
31.13 5 Dt 11.2
31.14
tNm 27.13;
Dt 34.5,23
31.15 "Ex 33.9
31.16 32.6;
|z 2.12,17,20
31.17
•vNm 14.42;
|z 6.13;
2Q15.2; Is 8.17
31.18
*Dt31.17
31.19
yDt 31.26
31.20
^Dt 13.16;
Os 13.6
31.21
°Dt 31.17;
Am 5.25-26
31.23 b|s 1.6
31.24 cDt 31.9
31.26
dDt 22.19;
2 Rs 22.8
31.27 eEx 32.9
31.28 fDt 30.19
31.29
gCn 49.1;
jz 2.19
21 e, quando o tiverem alcançado muitos
males e angústias, então, este cântico respon
derá contra ele por testemunha, pois a sua
descendência, sempre, o trará na boca; por
quanto conheço os desígnios que, hoje, estão
formulando, antes que o introduza na terra
que, sob juramento, prometi.0
22 Assim, Moisés, naquele mesmo dia, es
creveu este cântico e o ensinou aos filhos de
Israel.
23 Ordenou o Senhor a Josué, filho de
Num, e disse: Sê forte e corajosob, porque tu
introduzirás os filhos de Israel na terra que,
sob juramento, lhes prometi; e eu serei
contigo.
O Livro da Lei posto ao lado da arca
24 Tendo Moisés acabado de escrever, in
tegralmente, as palavras desta lei num livro,c
25 deu ordem aos levitas que levavam a
arca da Aliança do Senhor, dizendo:
26 Tomai este Livro da Lei e ponde-o ao
lado da arca da Aliança do Senhor, vosso
Deus, para que ali esteja por testemunha con
tra ti.d
27 Porque conheço a tua rebeldia e a tua
dura cerviz. Pois, se, vivendo eu, ainda hoje,
convosco, sois rebeldes contra o Senhor,
quanto mais depois da minha morte?*?
28 Ajuntai perante mim todos os anciãos
das vossas tribos e vossos oficiais, para que
eu fale aos seus ouvidos estas palavras e con
tra eles, por testemunhas, tomarei os céus e a
terra.f
29 Porque sei que, depois da minha morte,
por certo, procedereis corruptamente e vos
desviareis do caminho que vos tenho orde
nado; então, este mal vos alcançará nos últi
mos dias, porque fareis mal perante o
Senhor, provocando-o à ira com as obras
das vossas mãos. 9
3 1 .1 4 -2 3 Deus convocou Moisés e Josué à Sua presença
para comissionar pessoalmente o novo líder (14,23). Nesse
encontro, Deus confirmou as predições de Moisés sobre a
apostasia de Israel e a ira divina que se seguiria (1 6 -1 8 ). Tam
bém ordenou que Moisés escrevesse o Cântico do Testemu
nho (1 9 -2 2 ; cf cap 32n).
31.15 A coluna de nuvem, que acompanhou Israel pelo de
serto, aparece novamente.
31.17 Males e angústias sobreviriam a Israel, mas o Cântico
do Testemunho lhes lembraria que só eles eram culpa
dos (21).
31.21 Sempre o trará na boca. O valor dos cânticos é que
podem ser facilmente aprendidos e transmitidos a outros.
Deve-se ensinar aos novos crentes os hinos mais instrutivos e
úteis,
31.23 Uma continuação dos versículos 1 4 -1 5 .
31.28 ístas palavras. í provável referência ao Cântico do Tes
temunho.
DEUTERONÔMIO 31.30 298
O cântico de Moisés
30 Então, Moisés pronunciou, integral
mente, as palavras deste cântico aos ouvidos
de toda a congregação de Israel:
Inclinai os ouvidos, ó céus,h
A* e falarei;
e ouça a terra
as palavras da minha boca.
2 Goteje a minha doutrina como a
chuva,'
destile a minha palavra
como o orvalho,
como chuvisco sobre a relva
e como gotas de água sobre a erva.
3 Porque proclamareii
o nome do Senhor.
Engrandecei o nosso Deus.
4 Eis a Rocha!*
Suas obras são perfeitas,
porque todos os seus caminhos
são juízo;
Deus é fidelidade,
e não há nele injustiça;
é justo e reto.
5 Procederam corruptamente1
contra ele,
já não são seus filhos,
e sim suas manchas;
é geração perversa e deformada.
6 É assim que recompensas™
32.1 ^Dt 4.26;
Is 1.2
32.2 <SI 72.6;
Mq 5.7;
1 Co 3.6-8
32.3/1 Cr 29.11
32.4
k2Sm 22.3;
Jó 34.10;
Jr 10.10; Hc 1.12
32.5 IDt 31.29;
Lc 9.41
32.6
mDt 74.15;
Is 27.11
32.7 "Ex 13.14
32.8 oGn 11.8;
At 17.26
32.9 pEx 15.16;
1Sm 10.1
32.10 <7 Dt 4.36;
Pv 7.2; Os 13.5
32.11 rEx 19.4;
Is 31.5
31.30 Este versículo introduz o Cântico do Testemunho, que
vem a seguir. • N. Hom.tos essenciais do progresso espiri
tual: 1) Forças vindas de Deus (6);2) Confiança em Deus (8);
3) Conhecimento da Palavra de Deus (12,13); 4) Obediência
à Palavra de Deus (12,13). • N. Hom. A importância da Pala
vra de Deus, subentendida pelo fato de que foi: 1) Escrita (9);
2) Lida (11); 3) Ensinada (12); 4 ) Preservada (25,26).
Cap 32 O Cântico do Testemunho aqui apresentado pode
ser esboçado como segue: Uma invocação introdutória (1 -3 ) ,
um contraste entre o caminho de Deus e o de Seu povo
(4 -6 ) , uma pesquisa histórica das relações de Deus com Israel
(7 -1 4 ), o registro da apostasia de Israel (1 5 -1 8 ), a justa in
dignação do Senhor (1 9 -2 7 ), os inimigos de Israel como ins
trumentos do propósito de Deus (2 8 -3 3 ), e o juízo dos
ímpios e a vindicação do povo de Deus (3 4 -4 3 ). O capítulo
termina com um apelo de Moisés baseado no Cântico
(4 4 -4 7 ) e a advertência do Senhor a Moisés sobre sua morte
(4 8 -5 2 ).
3 2 .1 -4 3 Cântico do Testemunho: Ao atravessar o M ar Ver
melho, dirigira Moisés um cântico ao Senhor (Êx 15.1;
cf Ap 15.3); e agora, ao findar de sua vida, deixa ao povo o
seu último cântico. Este tem sido considerado como "a chave
de toda a profecia", por se referir à origem de Israel como
nação, à ingratidão e à apostasia do povo e, finalmente, ao
ao Senhor,
povo louco e ignorante?
Não é ele teu pai, que te adquiriu,
te fez e te estabeleceu?
7 Lembra-te dos dias da antigüidade,"
atenta para os anos
de gerações e gerações;
pergunta a teu pai,
e ele te informará,
aos teus anciãos, e eles to dirão.
8 Quando o Altíssimo distribuía0
as heranças às nações,
quando separava
os filhos dos homens
uns dos outros,
fixou os limites dos povos,
segundo o número
dos filhos de Israel.
9 Porque a porção do Senhorp
é o seu povo;
Jacó é a parte da sua herança.
10 Achou-o numa terra deserta1!
e num ermo solitário
povoado de uivos;
rodeou-o e cuidou dele,
guardou-o como a menina dos olhos.
11 Como a águia despertar
a sua ninhada
e voeja sobre os seus filhotes,
estende as asas e, tomando-os,
os leva sobre elas,
castigo que sofreu e à restauração que, graças ao Senhor, o
elevou à dignidade primitiva. O tema é o nome do Senhor, o
carinho com que tratou o Seu povo, a justiça e a misericórdia
com que o distinguiu. Abrange a história do povo eleito
desde a criação do universo até ao Dia do juízo final. Começa
e termina com um cântico de louvor.
32.1 A invocação aos céus e à terra é uma convocação para
que sejam testemunhas da aliança (31.28).
32.4 Rocha. Essa palavra se emprega sete vezes no Cântico.
Denota a eterna estabilidade e firmeza de Deus, e expressa o
pensamento de refúgio e defesa.
32.6 Louco. O pecado é considerado uma loucura. Contraria
mente, "O temor do Senhor é o princípio do saber" (Pv 1.7).
Teu pai. A referência é ao amor paternal de Deus, ao fazer de
Israel o Seu próprio povo escolhido.
32.8 Fixou os limites dos povos. O Cântico lembra a doutrina
de Gn 1 0 -1 1 . No primeiro destes capítulos, todas as nações
estão incluídas na aliança da graça divina, embora com os
limites demarcados; no segundo, como resultado do orgulho,
registra-se uma separação completa, começando a destacar-
se Abrão, através de quem Deus enviaria as Suas bênçãos ao
mundo, cf Rm 11.25; Ef 2.11 -1 8 .
32.11 Como a águia. Esse versículo descreve a chamada, a
educação e a proteção de Israel.
299 DEUTERONÔMIO 32.27
12 a s s im , s ó o SENHOR o g u io u ,
e não havia com ele deus estranho.
13 Ele o fez cavalgar5
sobre os altos da terra,
comer as messes do campo,
chupar mel da rocha
e azeite da dura pederneira,
14 coalhada de vacasf
e leite de ovelhas,
com a gordura dos cordeiros,
dos carneiros que pastam em Basã
e dos bodes,
com o mais escolhido trigo;
e bebeste o sangue das uvas,
o mosto.
15 Mas, engordando-se o meu amado,u
deu coices;
engordou-se, engrossou-se,
ficou nédio
e abandonou a Deus, que o fez,
desprezou a Rocha da sua salvação.
16 Com deuses estranhos1'
o provocaram a zelos,
com abominações o irritaram.
17 Sacrifícios ofereceram
aos demônios", não a Deus;
a deuses que não conheceram,
novos deuses que vieram há pouco,
dos quais não se estremeceram
seus pais.
18 Olvidaste a Rocha que te gerou/
e te esqueceste do Deus
que te deu o ser.
19 Viu isto o Senhor e os desprezou,»'
por causa da provocação
de seus filhos e suas filhas;
20 e disse: Esconderei deles o rosto,2
verei qual será o seu fim;
32.13
sDt 33.29;
SI 81.16
32.14
(Gn 49.11
32.15 uDt 1.6;
ISm 2.29;
2Sm 22.47;
Is 1.4
32.16
V1 Rs 14.22;
1 Co 10.22
32.17
«-ICO 10.20
32.18 "Is 17.10
32.19 y\z 2.14
32.20
^Dt31.17;
Mt 17.17
32.21
0 1 Co 10.22
í>Rm 10.19
32.22 cjr 15.14
32.23
d SI 7.12-13
32.24 eLv 26.22
32.25 (Lm 1.20;
2Co 7.5
32.26
9Ez 20.13-14
32.27 »>SI140.8
porque são raça de perversidade,
filhos em quem não há lealdade.
21 A zelos me provocaram0
com aquilo que não é Deus;
com seus ídolos
me provocaram à ira;
portanto, eu os provocarei a zelosb
com aquele que não é povo;
com louca nação
os despertarei à ira.
22 Porque um fogo se acendeuc
no meu furor
e arderá até ao mais profundo
do inferno,
consumirá a terra e suas messes
e abrasará os fundamentos
dos montes.
23 Amontoarei males sobre eles;d
as minhas setas esgotarei
contra eles.
24 Consumidos serão pela fome,e
devorados pela febre
e peste violenta;
e contra eles enviarei
dentes de feras
e ardente peçonha
de serpentes do pó.
25 Fora devastará a espada/
em casa, o pavor,
tanto ao jovem como à virgem,
tanto à criança de peito
como ao homem encanecido.
26 Eu teria dito; 9
Por todos os cantos os espalharei
e farei cessar a sua memória
dentre os homens,
27 se eu não tivesse receado'1
a provocação do inimigo,
32.13 Be o fez cavalgar. Deus permitiu a Israel avançar triun
fantemente sobre todos os obstáculos terrenos, e banque-
tear-se com as melhores ofertas dos campos e rebanhos. Mel
da rocha. Vinha dos elevados penhascos onde viviam as abe
lhas, em fendas. Azeite da dura pederneira. O azeite parece
escorrer das "pederneiras", porque junto delas se encontram,
normalmente, as oliveiras que o produzem.
32.15 O meu amado. Aqui e em 33.5,26, a transliteração é
Jesurum. É um nome poético de Israel, que significa "o reto".
Mas aqui é usado em tom de sarcasmo.
32.17 Demônios. Heb shêdhim, uma palavra derivada do assí
rio, que empregavam no sentido de "espírito protetor", que
significa, para os hebreus, "um demônio dos pagãos". Tudo
aquilo que não é de Deus, mesmo sendo sobrenatural, ou
usado como objeto de devoção, pertence ao Maligno; cf v 21
com 1 Co 10 .1 4 -2 2 . Confiar num "espírito protetor" dos pa
gãos é abandonar a adoração a Deus, e cair em idolatria, em
uma adoração falsa, inspirada por poderes do Inferno.
32.21 Zelos. Cf 4.24n. Provocarei. Deus provocava Israel à ira,
usando aos gentios como os Seus instrumentos para castigar
a Israel (2 3 -2 5 ), e mais tarde dando-lhes o evangelho
(Rm 10.19). Não é povo.. . louca nação. Não se subentende
daí qualquer inferioridade em sua cultura. A nação inimiga
não é povo porque não depende de Deus para sua existência
e desenvolvimento, e é louca porque é ímpia (6n).
3 2 .2 3 -2 5 Cf as maldições da aliança no cap 28. O próprio
Israel seria reduzido ao mesmo estado de não ser povo
(cf Os 2.23).
32.27 Nossa mão tem prevalecido. Algumas vezes, o homem
realiza o propósito divino sem se dar conta de que Deus age
por seu intermédio.
DEUTERONÔMIO 32.28 300
para que os seus adversários
não se iludam,
para que não digam:
A nossa mão tem prevalecido,
e não foi o Senhor
quem fez tudo isto.
28 Porque o meu povo'
é gente falta de conselhos,
e neles não há entendimento.
29 Tomara fossem eles sábios!/Então, entenderiam isto
e atentariam para o seu fim.
30 Como poderia um só perseguir mil,*
e dois fazerem fugir dez mil,
se a sua Rocha lhos não vendera,
e o Senhor lhos não entregara?
31 Porque a rocha deles'
não é como a nossa Rocha;
e os próprios inimigos o atestam.
32 Porque a sua vinham
é da vinha de Sodoma
e dos campos de Gomorra;
as suas uvas são uvas de veneno,
seus cachos, amargos;
33 o seu vinho é ardente veneno"
de répteis
e peçonha terrível de víboras.
34 Não está isto guardado comigo,0
selado nos meus tesouros?
35 A mim me pertence a vingançaP,
a retribuição,
a seu tempo,
quando resvalar o seu pé;
porque o dia da sua calamidade
está próximo,
e o seu destino
se apressa em chegar.
36 Porque o Senhor fará justiçai
ao seu povo
32.28 >ls 27.11
32.29 /Dt 5.29;
Lm 1.9
32.30 *js 23.10;
Is 50.1
32.31 n Sm 2.2
32.32 m|s 1.10
32.33 "Sl 58.4
32.34 o]ó 14.17
32.35
pRm 12.19;
Hb 10.30
32.36 q)z 2.18;
IRs 14.10;
2Rs 9.8
32.37 f|z 10.14
32.39
*1Sm 2.6;
Is 41.4
32.40
íCn 14.22
32.41 u |s 1.24
32.42 J^ó 13.24
32.43
"Rm 15.10
*Ap 19.2
e se compadecerá dos seus servos,
quando vir que o seu poder se foi,
e já não há nem escravo
nem livre.
37 Então, dirá:r
Onde estão os seus deuses?
E a rocha em quem confiavam?
38 Deuses que comiam a gordura
de seus sacrifícios
e bebiam o vinho de suas libações?
Levantem-se eles e vos ajudem,
para que haja esconderijo
para vós outros!
39 Vede, agora, que Eu Sou,5
Eu somente,
e mais nenhum deus além de mim;
eu mato e eu faço viver;
eu firo e eu saro;
e não há quem possa livrar alguém
da minha mão.
40 Levanto a mão aos céus(
e afirmo por minha vida eterna:
41 se eu afiar a minha espadau
reluzente,
e a minha mão exercitar o juízo,
tomarei vingança
contra os meus adversários
e retribuirei aos que me odeiam.
42 Embriagarei as minhas setas*'
de sangue
(a minha espada comerá carne),
do sangue dos mortos
e dos prisioneiros,
das cabeças cabeludas do inimigo.
43 Louvai, ó nações, o seu povow,
porque o Senhor vingará
o sangue* dos seus servos,
tomará vingança
dos seus adversários
32.29 O seu fim. Se o inimigo fosse sábio, saberia que se
Deus castigava Seu próprio povo de Israel, ele também seria
punido por sua própria iniqüidade, no fim.
32.31 Muitas religiões falsas imitam aspectos do cristianismo,
chegando até a usar a mesma terminologia. Mas, a rocha
deles não é como a nossa fiocha!
32.34 Tesouros. O tesouro mais valioso que um homem pode
ter é um cabedal de sabedoria que provém do temor de
Deus, que se alimenta pela fé e cresce pela obediência; este
conhecimento prático dos caminhos de Deus é fonte contí
nua de inspiração e consolação.
32.36 Quando vir que o seu poder se foi. Deus interviria para
ajudar Seu povo só quando fossem tão impotentes como
quando Ele os achou a princípio (cf 10). O reconhecimento
de nossa incapacidade própria é requisito necessário para re
ceber o dom divino da salvação (Rm 5.6) e a experiência do
Seu poder, para receber livramento do poder do pecado em
nossas vidas (Rm 7.18).
32.42 Cabeças cabeludas. Aqui, "cabeças", heb rõ'sh, quer
dizer "líderes", "chefes", "liderança" (a palavra se acha no
singular coletivo). "Cabeludas" heb par'ôth, verti de uma raiz
que significa "ser excelente", a qual talvez tenha vindo da
palavra Faraó, título dos reis do Egito. Fala-se, pois, de "gene
rais", "supremos líderes".
32.43 O cântico termina com o prospecto da alegria por
causa do juízo de Deus contra o inimigo e o perdão a Seu
povo. Os gentios também são chamados para partilhar da
alegria da salvação de Deus.
301 DEUTERONÔMIO 33.8
e fará expiação
pela terra do seu povo.
44 Veio Moisés e falou todas as palavras
deste cântico aos ouvidos do povo, ele e Jo
sué, filho de Num.
45 Tendo Moisés falado todas estas pala
vras a todo o Israel,
46 disse-lhes: Aplicai o coração a todas as
palavras que, hoje, testifico entre vós, para
que ordeneis a vossos filhos que cuidem de
cumprir todas as palavras desta lei.x
47 Porque esta palavra não é para vós ou
tros coisa vã; antes, é a vossa vida; e, por esta
mesma palavra, prolongareis os dias na terra
à qual, passando o Jordão, ides para a
possuir.z
O Ú l t i m o D i a d a V i d a d e M o i s é s
Moisés vê do monte Nebo a terra de Canaã
48 Naquele mesmo dia, falou o Se n h o r a
Moisés, dizendo:0
49 Sobe a este monte de Abarim, ao
monte Nebo, que está na terra de Moabe, de
fronte de Jericó, e vê a terra de Canaã, que aos
filhos de Israel dou em possessão.b
50 E morrerás no monte, ao qual terás su
bido, e te recolherás ao teu povo, como Arão,
teu irmão, morreu no monte Hor e se recolheu
ao seu povo,c
51 porquanto prevaricastes contra mim no
meio dos filhos de Israel, nas águas de Meribá
de Cades, no deserto de Zim, pois me não
santificastes no meio dos filhos de Israel.d
52 Pelo que verás a terra defronte de ti,
porém não entrarás nela, na terra que dou aos
filhos de Israel.e
32.46 y Dt 6.6
32.47 ^Lv 18.5;
Pv 3.2,22
32.48
•Nm 27.12-13
32.49
f>Nm 33.47-48
32.50
cNm 20.25
32.51 dLv 10.3
32.52 ?(48-52)
Nm 27.12-14
33.1 fCn 49.28
33.2 9Ex 19.18;
Jz 5.4-5;
Dn 7.10;
At 7.53; Hb 2.2
33.3 »>Ex 19.5;
ISm 2.9;
SI 47.4; Os 11.1;
Lc 10.39
33.4
'S1119.111
33.5 (Cn 36.31;
Jz 9.2
33.7 *Cn 49.8
33.8 <Êx 28.30
A bênção de Moisés
O Q Esta é a bênção que Moisés, homem
J J de Deus, deu aos filhos de Israel, an
tes da sua m orte/
2 Disse, pois: 9
O S e n h o r veio do Sinai
e lhes alvoreceu de Seir,
resplandeceu desde o monte Parã;
e veio das miríades de santos;
à sua direita, havia para eles
o fogo da lei.
3 Na verdade, amas os povos;h
todos os teus santos
estão na tua mão;
eles se colocam a teus pés
e aprendem das tuas palavras.
4 Moisés nos prescreveu a lei1
por herança da congregação
de Jacó.
5 E o S e n h o r se tomou rei/
ao seu povo amado,
quando se congregaram
os cabeças do povo
com as tribos de Israel.
6 Viva Rúben e não morra;
e não sejam poucos os seus homens!
7 Isto é o que disse de Judá:k
Ouve, ó S e n h o r , a voz de Judá
e introduze-o no seu povo;
com as tuas mãos, peleja por ele
e sê tu ajuda
contra os seus inimigos.
8 De Levi disse:
Dá, ó Deus, o teu Tumim
e o teu Urim
para o homem', teu fidedigno,
32.46 Aplicai o coração. Esse foi o apelo final de Moisés ao
povo de Israel. • N . Hom. Nosso maravilhoso Deus: 1) Sua
grandeza e fidelidade (3,4); 2) Seu zelo e vingança (21,35);
3) Sua justiça e compaixão (36); 4 ) Sua soberania e poder
(39); 5) Sua graça e misericórdia (10,43b). • N. Hom. O
amoroso cuidado de Deus: 1) Ao achar-nos (10a); 2) Ao
guardar-nos (10b); 3) Ao instruir-nos e guiar-nos (11,12);
4) Ao sustentar-nos (13,14). • N. Hom. O pecado da ingra
tidão se manifesta: 1) Na autocondescendência (15a); 2) Na
infidelidade (17); 3) No esquecimento (18), cf cap 8,
N. Hom.
Cap 33 Registra a bênção final de Moisés. Consiste em uma
introdução (1 -2 ) , um pronunciamento de bênçãos (6 -2 5 ) e
uma conclusão (2 6 -2 9 ). A bênção é um discurso profético de
oração e louvor, em forma poética, na qual Moisés declara o
favor divino concedido individualmente às tribos.
33.2 Alvoreceu. A entrega da lei é comparada à glória do
alvorecer vermelho dos montes ocidentais da península do
Sinai. Miríades de santos. A referência provável é aos anjos.
3 3 .6 -2 5 Os filhos das duas esposas, Lia e Raquel, são men
cionados primeiro; depois os filhos das servas. A tribo de Si-
meão é omitida nas bênçãos separadas, jacó predissera antes
que Simeão seria espalhado (Cn 4 9 .5 -7 ) . Após entrar em Ca
naã, essa tribo foi gradualmente absorvida pela de Judá. Já
que os dois filhosde |osé desfrutavam dos plenos direitos de
uma tribo para cada um, o número das tribos mencionadas
nas bênçãos continua sendo doze.
33.6 Rúben. Por causa do pecado de Rúben, sua tribo perdeu
a posição de liderança (Cn 49.4). Preferiu ficar no lado orien
tal do Jordão. Assim isolada da maioria, corria mais perigo de
extinguir-se.
33.7 judá. Sendo a tribo real (Gn 4 9 .8 -1 0 ), Judá teria de
defender a Israel de seus inimigos. Ao fazê-lo, precisava da
ajuda divina.
33 .8 -11 Levi. Jacó também profetizara a dispersão de Levi
(Gn 4 9 .5 -7 ) . Mas Levi foi abençoada por haver mostrado de-
DEUTERONÔMIO 33.9 302
que tu provaste em Massá™,
com quem contendeste
nas águas de Meribá";
9 aquele que disse a seu pai0
e a sua mãe:
Nunca os vi;
e não conheceu a seus irmãos
e não estimou a seus filhos,
pois guardou a tua palavra
e observou a tua aliança.
10 Ensinou os teus juízos a JacóP
e a tua lei, a Israel;
ofereceu incenso às tuas narinas
e holocausto, sobre o teu altar.
11 Abençoa o seu poder, ó Senhor,1?
e aceita a obra das suas mãos,
fere os lombos dos que se levantam
contra ele e o aborrecem,
para que nunca mais se levantem.
12 De Benjamim disse:
O amado do Senhor
habitará seguro com ele;
todo o dia o Senhor o protegerá,
e ele descansará nos seus braços.
13 De José disse:r
Bendita do Senhor
seja a sua terra,
com o que é mais excelente
dos céus,
do orvalho e das profundezas,
14 com o que é mais excelente
daquilo que o sol amadurece
e daquilo que os meses produzem,
15 com o que é mais excelente5
dos montes antigos
e mais excelente
dos outeiros eternos,
33.8 mEx 17.7
"Êx 17.7;
Nm 20.13
33.9
°Gn 29.32;
1 Cr 17.17;
Jó 37.24;
Ml 2.5-6
33.10
PÊx 30.7-8;
Nm 16.40;
ISm 2.28;
SI 51.19; Ml 2.7
33.11
92Sm 24.23;
E1 20.40-41
33.13
fCn 27.28
33.15
sGn 49.26
33.16
<Cn 49.26;
At 7.30,35
33.17
“Gn 48.19;
IRs 22.11;
1 Cr 5.1; SI 44.5
33.18
vGn 49.13-15
33.19 "SI 4.5
33.20 *|s 13.10;
1 Cr 12.8
33.21
yNm 32.16-17
16 com o que é mais excelente'
da terra e da sua plenitude
e da benevolência
daquele que apareceu na sarça;
que tudo isto venha
sobre a cabeça de José,
sobre a cabeça do príncipe
entre seus irmãos.
17 Ele tem a imponênciau
do primogênito do seu touro,
e as suas pontas são
como as de um boi selvagem;
com elas rechaçará todos os povos
até às extremidades da terra.
Tais, pois, as miríades de Efraim,
e tais, os milhares de Manassés.
18 De Zebulom disse:v
Alegra-te, Zebulom,
nas tuas saídas marítimas,
e tu, Issacar, nas tuas tendas.
19 Os dois chamarão os povos ao
monte;w
ali apresentarão ofertas legítimas,
porque chuparão
a abundância dos mares
e os tesouros escondidos da areia.
20 De Gade disse: *
Bendito aquele que faz dilatar Gade,
o qual habita como a leoa
e despedaça o braço
e o alto da cabeça.
21 E se proveu da melhor parte, y
porquanto ali estava escondida
a porção do chefe;
ele marchou adiante do povo,
executou a justiça do Senhor
e os seus juízos para com Israel.
voção ao Senhor (8 ,9 ) e foi escolhida pelo Senhor para impor
tantíssimo ministério, especialmente o do sacerdócio (que
pertencia aos descendentes de Arão).
33.8 Tumim e o teu Urim. Parece que eram pedras preciosas
que serviam de instrumentos para revelar a vontade de Deus,
cf 1 Sm 28.6. Provaste.. . contendeste. A "prova" de Moisés e
Arão se deu em Massá, mas só em Meribá "contenderam"
com Deus, quando representavam a sua tribo.
33.9 Guardou.. . observou. Levi comprova sua devoção ao
Senhor no teste pelo qual passou, no Sinai (Êx 3 2 .26 -29 ).
A lealdade a Deus tivera precedência sobre as relações de
família.
33.12 Benjamim. As palavras "e ele descansará nos seus bra
ços" seriam mais bem traduzidas como "e morará entre os
seus ombros" (ARC). Provavelmente é uma profecia de que o
templo futuro será localizado dentro dos limites do território
de Benjamim. Os "ombros" podem estar relacionados com a
elevada posição de |erusalém.
3 3 .1 3 -1 7 /osé. Moisés ora para que essa tribo seja aben
çoada com abundância material da natureza (1 3 -1 6 ) e com
poder militar (17).
33.16 Príncipe. )osé desfrutaria da posição de preeminência
perdida por Rúben. Seus dois filhos, Efraim e Manassés, eram
tribos separadas.
33.17 Miríades. A ARC diz: "dez milhares de Efraim". O irmão
mais novo teria preeminência sobre o mais velho, que tem
apenas "milhares", cf Gn 48.14ss
33.18,19 Zebulom, Issacar. Zebulom teria sucesso no comér
cio, e Issacar teria prosperidade na agricultura pátria.
33.20,21 Gade. Essa tribo preferiu habitar o lado oriental do
jordão, mas, ao mesmo tempo, ajudou as outras tribos a con
quistarem sua herança, cf 3.18.
303 DEUTERONÔMIO 34.9
22 De Dã disse:7
Dã é leãozinho;
saltará de Basã.
23 De Naftali disse:0
Naftali goza de favores
e, cheio da bênção do Senhor,
possuirá o lago e o Sul.
24 De Aser disse:b
Bendito seja Aser
entre os filhos de Jacó,
agrade a seus irmãos
e banhe em azeite o pé.
25 Sejam de ferro e de bronzec
os teus ferrolhos,
e, como os teus dias,
durará a tua paz.
26 Não há outro, ó am ado/
semelhante a Deus,
que cavalga sobre os céus
para a tua ajuda
e com a sua alteza sobre as nuvens.
27 O Deus eterno é a tua habitaçãoe
e, por baixo de ti,
estende os braços eternos;
ele expulsou o inimigo
de diante de ti
e disse: Destrói-o.
28 Israel, pois, habitará seguro/
a fonte de Jacó habitará a sós
numa terra de cereal e de vinho;
e os seus céus destilarão orvalho.
29 Feliz és tu, ó Israel!9
Quem é como tu?
Povo salvo pelo Senhor,
escudo que te socorre,
espada que te dá alteza.
Assim, os teus inimigos
33.22 z|s 19.47
33.23
°Gn 49.21
33.24
f>Cn 49.20
33.25 cDt 8.9
33.26
d(x 15.11;
Sl 68.4,33-34;
Hc 3.8
33.27 «Dt 9.3-5
33.28
'Gn 27.28;
Dt 8.7-8
33.29
9Dt 32.13;
2Sm 7.23
34.1
<iGn 14.14;
Dt 3.27
34.2 'Dt 11.24
34 .3 /Jz 1.16;
2Cr 28.15
3 4 .4 ‘ Gn 12.7
'Gn 26.3
">Gn 28.13
34.5 "Dt 32.50
34.6 o]d 1.9
34.7 pGn 27.1;
)s 14.10-11
34.8 <íGn 50.3;
Nm 20.29
34.9
''Nm 27.18;
Is 11.2
te serão sujeitos,
e tu pisarás os seus altos.
A morte de Moisés
O A Então, subiu Moisés das campinas de
J i Moabe ao monte Nebo, ao cimo de
Pisga, que está defronte de Jericó; e o
Senh o r lhe mostrou toda a terra de Gileade
até Dã;h
2 e todo o Naftali, e a terra de Efraim, e
Manassés; e toda a terra de Judá até ao mar
ocidental;'
3 e o Neguebe e a campina do vale de
Jericó, a cidade das Palmeiras, até Zoar.i
4 Disse-lhe o Sen h o r : Esta é a terra que,
sob juramento, prometi a A b r a ã o a b a
que' e a Jacóm, dizendo: à tua descendência
a darei; eu te faço vê-la com os próprios
olhos; porém não irás para lá.
5 Assim, morreu ali Moisés, servo do
Sen h o r , na terra de Moabe, segundo a pala
vra do Sen h o r .”
6 Este o sepultou num vale, na terra de
Moabe, defronte de Bete-Peor; e ninguém
sabe, até hoje, o lugar da sua sepultura.0
7 Tinha Moisés a idade de cento e vinte
anos quando morreu; não se lhe escureceram
os olhos, nem se lhe abateu o vigor.P
8 Os filhos de Israel prantearam Moisés
por trinta dias, nas campinas de Moabe; en
tão, se cumpriram os dias do pranto no luto
por Moisés.?
9 Josué, filho de Num, estava cheio do
espírito de sabedoria, porquanto Moisés im
pôs sobre ele as mãos; assim, os filhos de
Israel lhe deram ouvidos e fizeram como o
Senh o r ordenara a M oisés/
33.22 Dã. Como um leão ou serpente (Gn 49.17), Dã seria
perigoso para os adversários. Muitos danitas, depois, migra
ram para o extremo norte de Israel.
33.23 Naftali. Essa tribo foi favorecida por possuir uma bela e
fértil região, especialmente na sua parte sul, junto às praias do
mar da Galiléia.33.24,25 Aser. Território famoso por suas oliveiras. Ferrolhos.
A referência é à proteção de Aser contra os inimigos vindos
do norte. Paz. Uma melhor tradução seria força, heb dabha'.
• N. Hom. Deus como Rei: 1) Glória (2); 2) Amor (3); 3) Au
toridade (2b ,3b -5 ). • N. Hom. Serviço: 1) Testado (8b);
2) Prestado (9); 3) Galardoado (8a,10,11).
Cap 3 4 Este capítulo final registra a história da morte de
Moisés (1 -8 ) , a subentendida liderança de Josué (9), e a apre
ciação da vida de Moisés (1 0 -1 2 ).
34.1 Pisga. Um nome comum que denotava um tipo particu
lar de crista montanhosa. Várias "pisgas" são mencionadas na
Bíblia.
34.2,3 Dessa elevada altura Moisés contemplou o mar da
Galiléia (ao norte), o mar ocidental (Mediterrâneo), o sul do
Neguebe (deserto do sul de Judá) e o vale do Jordão ao sul,
até Zoar (antes localizada no fim do mar Morto, Gn 14.2).
34.7 Nem se lhe abateu o vigor, Moisés faleceu por ordem de
Deus, não por velhice.
3 4 .9 -1 2 Estes versículos finais, provavelmente, foram escri
tos por inspiração divina, após o tempo de Josué, sendo então
adicionados ao livro de Deuteronômio.
34.9 A imposição de mãos simbolizava a transferência de po
deres ou qualidades de um indivíduo para outro (cf Lv 16.21;
Gn 48.14; At 6.6; 9.17; 1 T m 4.14).
DEUTERONÔMIO 34.10 304
10 Nunca mais se levantou em Israel pro
feta algum como Moisés, com quem o
Senh o r houvesse tratado face a faces,
11 no tocante a todos os sinais e maravi
lhas que, por mando do Se n h o r , fez na terra
34.10 sEx 33.11
34.11 íDt4.34
do Egito, a Faraó, a todos os seus oficiais e a
toda a sua terra;(
12 e no tocante a todas as obras de sua
poderosa mão e aos grandes e terríveis feitos
que operou Moisés à vista de todo o Israel.
3 4 .1 0 -1 2 Não se levantou profeta igual a Moisés até Cristo,
que é o Grande Profeta predito por Moisés, cf 18 .15 -18 .
34.10 Face a face. Moisés comungava com Deus de um
modo jamais experimentado por outro homem, mas isso não
significa que via a face de Deus (4.15n; Êx 33.11,20;
2 Cr 3.1 n). • N. Hom. Lições sobre Moisés: 1) Sua vida -
notabilizou-se por suas relações com Deus (10), com o
mundo (11), e com o povo de Deus (12); 2) Seu pecado -
isto nos mostra que o melhor dos homens é falivel, e que as
conseqüências, ainda que de um único pecado, são sempre
desastrosas (4; cf 32.51,52); 3) Sua morte (5) - mostra que
Deus é imparcial em Seus juízos (10.17), e que o maior dos
líderes humanos não é insubstituível.
*