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ROTEIRO AULA PRÁTICA – AVALIAÇÃO SENSORIAL SISTEMA SOMATOSSENSITIVO FUNÇÃO EXTEROCEPTIVA Orientações Gerais: ambiente tranquilo e confortável com o mínimo de interferência externa. Paciente sentado de frente para o examinador com a mão ou pé apoiados e relaxados. Demonstrar o teste para o paciente utilizando uma área da pele com sensibilidade normal. Ocluir a visão do paciente com uma barreira ou solicitar ao paciente que feche os olhos. Testar os pontos previamente determinados. TATO Instrumento utilizado: estesiômetro (monofilamentos), caneta esferográfica comum, pincel. Técnica do estesiomêtro: Iniciar o teste com o filamento verde (0,05g) em todos os pontos indicados. Nos pontos em que o paciente não sentir o filamento verde, prossiga a avaliação passando para o filamento azul e assim sucessivamente; ou seja, inicie com o mais fino e vá para o mais grosso. O filamento é aplicado sobre a pele perpendicularmente produzindo uma curvatura no fio. Essa curvatura não deve encostar-se à pele do paciente, para não produzir estímulo extra. A cada ponto testado, o filamento deve ser tocado 3 vezes seguidas, para garantir que o paciente percebeu o toque. Começar o teste com o fio numa distância de 2 cm da área a ser testada. Tocar a pele com o filamento mantendo sua curvatura por 1 ou 1,5 segundos (OBS: Evitar movimentos bruscos ou muito lentos). Solicitar ao paciente que responda sim quando sentir o toque. Técnica da caneta: Tocar a ponta da caneta bem levemente sobre a área a ser testada, perpendicularmente à pele. Solicitar ao paciente a resposta sim quando perceber o toque da caneta. Voltar a cada ponto duas vezes para certificar-se da resposta. Registrar a resposta S = sim ou N = não, em cada ponto especificamente. ESTEROGNOSIA Instrumento utilizado: objetos de diferentes formas, texturas e tamanhos. Evitar objetos cujo reconhecimento possa ser feito por intermédio da sensibilidade sensorial, como molho de chaves pela audição ou isqueiro, pelo odor do fluído. Utilize objetos comuns na rotina diária. Técnica: coloca-se o objeto na mão do paciente e pede-se ao mesmo que o identifique, sem o auxílio dos olhos. LOCALIZAÇÃO E DISCRIMINAÇÃO TÁTEIS Discriminação de dois pontos: Capacidade de reconhecer se o estímulo aplicado é único ou duplo. Grafestesia: reconhecimento de números ou letras na pele por meio de um objeto rombo SENSIBILIDADE TÉRMICA Instrumento utilizado: dois tubos de ensaio ou copos de café, um contento água gelada (4 até 10) e outro quente (40 até 45). Temperaturas abaixo ou acima destas podem provocar estímulo doloroso e devem ser evitadas para a avaliação da sensibilidade térmica. Da mesma forma, cubos de gelo também podem provocar dor. Técnica: Tocar o tubo de ensaio bem levemente sobre a área a ser testada, perpendicularmente à pele. Solicitar ao paciente a resposta sim quando perceber o toque do tubo de ensaio. Voltar a cada ponto duas vezes para certificar-se da resposta. Registrar a resposta S = sim ou N = não, em cada ponto especificamente. SENSIBILIDADE DOLOROSA SUPERIFICIAL Instrumento utilizado: lápis pontiagudo. Técnica: Tocar o lápis pontiagudo bem levemente sobre a área a ser testada, perpendicularmente à pele. Solicitar ao paciente a resposta sim quando perceber o toque do tubo de ensaio. Voltar a cada ponto duas vezes para certificar-se da resposta. Registrar a resposta S = sim ou N = não, em cada ponto especificamente. SENSIBILIDADE DOLOROSA PROFUNDA Instrumento utilizado: mãos. Técnica: O terapeuta realiza compressão de massas musculares, tendões ou nervos. SENSIBILIDADE VIBRATÓRIA Instrumento utilizado: diapasão. Técnica: utiliza-se um diapasão de vibrações lentas (128 ciclos/segundo), que se faz virar mediante golpe sobre o ramo U. O diapasão é aplicado sucessivamente nas diversas saliências ósseas. FUNÇÃO PROPRIOCEPTIVA SENSO DE POSIÇÃO (SENSIBILIDADE CINÉTICO-POSTURAL) Técnica: O terapeuta move o membro do paciente para uma determinada posição e mantem o membro nessa posição por cerca de 5 segundos. O membro é posicionado na posição de repouso. Pede-se, então, que o paciente posicione o seu membro no local que o terapeuta previamente havia posicionado. O terapeuta move o membro do paciente em diferentes direções e pede que o paciente indique onde o membro está posicionado. Este teste é feito com base em um sistema de referência externo. Por exemplo, o paciente pode dizer, para cima, para baixo, para fora, entre outros. O terapeuta posiciona o membro do paciente em uma determinada amplitude. Posteriormente, requisita que o paciente posicione o membro oposto na mesma amplitude. SISTEMA VISUAL E AUDITIVO OBSERVAÇÕES E ENTREVISTA O paciente utiliza óculos, tem algum exame médico que comprove alguma alteração visual ou auditiva. SEGUIMENTO VISUAL E AUDITIVO Instrumento: lanterna, objeto sonoro. Técnica: o paciente deve acompanhar a luz ou o ruído em diferentes direções e acompanha-los. Observar a capacidade de enxergar a luz ou ouvir o som no campo central e periférico NOÇÃO DE PROFUNDIDADE Descer escada, andar sobre diferentes níveis. Necessidade da visão binocular e convergência visual. SISTEMA VESTIBULAR Podem ser utilizados testes de equilíbrio e coordenação TESTES DE EQUILÍBRIO Teste de Romberg: O examinador deve pedir para o paciente permanecer em pé com os pés juntos, mãos ao lado do corpo e olhos fechados por um minuto. O examinador deve permanecer perto do paciente por precaução, já que este pode cair ou se machucar. O teste é considerado positivo quando se observa o paciente balançar, balançar irregularmente ou mesmo cair. A característica principal a ser observada é que o paciente se torna mais instável com os olhos fechados. O teste positivo aparece em pacientes que apresentam ataxia sensorial, dependente da perda da propriocepção. Teste de Babinsky-Weill: O paciente caminha de olhos fechados, para frente e para trás, num percurso aproximado de 1,5 m e o pesquisador observa se há desvio da marcha para lateral. Teste de Fukuda: O teste é realizado sobre três círculos concêntricos desenhados no chão, cujos raios têm 0,5m de diferença entre si. Estes círculos são divididos em 12 partes iguais, por retas que cruzam o centro, formando um ângulo de 30°. O paciente marcha, elevando os joelhos aproximadamente 45° sem deslocar-se, executando 60 passos (um por segundo) com os braços estendidos e os olhos fechados. São considerados resultados patológicos se houver deslocamento maior do que 1m e/ou rotação superior a 30°. Este teste é útil no acompanhamento de pacientes com patologias periféricas durante o tratamento, pois fornece sinais de compensação vestibular.