AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA

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AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA
APLICAÇÕES EM BACIAS HIDROGRAFICAS
Fernanda da Costa Pinto
A expressão avaliação ambiental estratégica corresponde à tradução direta da palavra inglesa strategic environmental assessment, designação genérica que se convencionou adotar para identificar o processo de avaliação ambiental de políticas, planos e programas. (BIM, 2014)
A (AAE) é um instrumento de política ambiental que tem por objetivo auxiliar, , os tomadores de decisões no processo de identificação e avaliação dos impactos e efeitos, que uma dada decisão estratégica tem a respeito da implementação de uma política, um plano ou um programa. (BIM, 2014)
INTRODUÇÃO
MOMENTO DE APLICAÇÃO DO AAE
(BIM, 2014)
visão abrangente das implicações ambientais da implementação das políticas, planos e programas governamentais, sejam eles pertinentes ao desenvolvimento setorial setoriais ou aplicados a uma região;
segurança de que as questões ambientais serão devidamente tratadas;
facilitação do encadeamento de ações ambientalmente estruturadas;
processo de formulação de políticas e planejamento integrado e ambientalmente sustentável;
antecipação dos prováveis impactos das ações e projetos necessários à implementação das políticas e dos planos e programas que estão sendo avaliados;
melhor contexto para a avaliação de impactos ambientais cumulativos potencialmente gerados pelos referidos projetos.
Entre os benefícios que se podem esperar como resultado da aplicação da AAE, destacam-se os seguintes:
(BIM, 2014)
Os problemas relacionados à bacia hidrográfica do Ribeirão São Bartolomeu estão ligados ao relevo acidentado, aliado ao uso inadequado do solo, que afeta diretamente o abastecimento do lençol freático, pois aumenta o escoamento superficial e, consequentemente, diminui a infiltração e a percolação de água no solo. (JÚNIOR, 2014)
Para resolver o problema torna-se indispensável a implantação de um manejo integrado com medidas de recuperação e conservação da bacia, a fim de suportar a crescente demanda de água, visto o aumento da população de Viçosa. (JÚNIOR, 2014)
BACIA HIDROGRAFICA DO RIBEIRÃO SÃO BARTOLOMEU, VIÇOSA / MG
 
Foi utilizado para esta bacia as diretrizes do Guia sobre Avaliação Ambiental Estratégica do Ministério do Meio Ambiente do Brasil (MMA, 2002), sendo esta constituída de oito etapas. 
( FONTE : JÚNIOR, 2014)
Seleção das propostas (screening)
consiste na clara definição da necessidade de se aplicar a AAE às iniciativas em análise, evitando atrasos nos processos de tomada de decisão.
Definição de prazos (timing) 
ocorre a definição de prazos das etapas subsequentes do processo de AAE, para que os resultados da avaliação estejam disponíveis a tempo para sua efetiva utilização como subsídio para o planejamento e formulação das iniciativas em análise. 
Definição do conteúdo da avaliação (scoping) 
essa etapa tem por objetivo definir o conteúdo da avaliação, identificando, do ponto de vista operacional, os temas que devem ser abordados pela AAE. 
(JÚNIOR, 2014)
É o momento de se iniciar a avaliação propriamente dita. Para isso, é apresentada abaixo uma descrição de cada uma das etapas indicadas no item anterior, a fim de orientar sua execução. 
I - Comissão da AAE.
Para garantir a transparência do processo de AAE é interessante a apresentação e a oficialização da comissão.
II - Justificativa para aplicação da AAE:
Deve apresentar a descrição da matriz problema.
II - Identificação de objetivos, atores sociais envolvidos e indicadores
estratégicos:
IV - Estabelecimento de responsabilidades:
Identificação das funções e responsabilidades das instituições envolvidas. 
V - Análise de consistência e análise de compatibilidade:
Garante a efetividade do desenvolvimento de alternativas .
AVALIAÇÃO ESTRATÉGICA 
(JÚNIOR, 2014)
VI - Levantamento das informações e caracterização das questões ambientais relevantes: Consiste na caracterização da qualidade e, se possível, da capacidade de suporte da área de influência, em termos de seus ecossistemas e de bacias hidrográficas potencialmente afetadas.
VII - Identificação de alternativas: Identificar as alternativas de diversas naturezas em termos do uso dos recursos naturais que gerem menores perdas de qualidade do meio ambiente.
VIII - Previsão de impactos e comparação das alternativas: Identificar e analisar as consequências que potencialmente serão ocasionadas pelas iniciativas.
IX - Definição de procedimentos de acompanhamento e monitoramento: Relação dos parâmetros e indicadores estratégicos que deverão ser analisados periodicamente, possibilitando a aplicação de possíveis ajustes.
(JÚNIOR, 2014)
Documentação e informação
Os resultados obtidos nas fases anteriores são organizados na forma de documento .
Revisão 
O controle da qualidade do processo e das atividades técnicas da AAE 
Decisão 
Esta etapa utiliza os resultados obtidos pela AAE para definir quais e como serão
implantadas as estratégicas e é de responsabilidade das autoridades políticas ou
privadas envolvidas. 
Definição de procedimentos de acompanhamento e monitoramento 
Tem como função, verificar periodicamente as reais consequências da
implantação das estratégicas definidas, bem como intervir de forma corretiva pelo meio de ajustes, possibilitando um processo de aprimoramento contínuo 
(JÚNIOR, 2014)
A bacia hidrográfica do rio Taquari-Antas está situada na região nordeste do Rio Grande do Sul, sendo uma das principais formadoras da Região Hidrográfica do Guaíba.
 Desde 2001 o órgão licenciador estadual no Rio Grande do Sul, – FEPAM, vem utilizando avaliação ambiental estratégica da bacia como um dos quesitos para o licenciamento de empreendimentos. 
Bacia hidrográfica do rio Taquari-Antas Rio Grande do Sul
(REVISTA DA FUNDAÇÃO ESTADUAL DE PROTEÇÃO AMBIENTAL HENRIQUE LUÍS ROESSLER, 2017)
Alvos e metas para avaliação ambiental da bacia do rio Taquari-Antas. Cada meta pode contemplar mais de um dos alvos. 
(REVISTA DA FUNDAÇÃO ESTADUAL DE PROTEÇÃO AMBIENTAL HENRIQUE LUÍS ROESSLER, 2017)
Fatores de pressão ambiental
(REVISTA DA FUNDAÇÃO ESTADUAL DE PROTEÇÃO AMBIENTAL HENRIQUE LUÍS ROESSLER, 2017)
Resultado
As Zonas de Alta Criticidade Ambiental correspondem às 
áreas da bacia que foram avaliadas como de mais alta prioridade para salvaguarda ambiental, tendo sido definidas a partir dos Fatores de Importância Ambiental (IA) e dos Fatores de Pressão Ambiental (PA) utilizados no diagnóstico da bacia e pelas metas e diretrizes de proteção ambiental definidas pelo órgão ambiental do Estado.
 
(REVISTA DA FUNDAÇÃO ESTADUAL DE PROTEÇÃO AMBIENTAL HENRIQUE LUÍS ROESSLER, 2017)
O rio Chopim situa-se na região sudoeste do Estado do Paraná, sendo afluente pela margem esquerda do rio Iguaçu. 
Entre 1997 e 1999, a Companhia Paranaense de Energia – COPEL, concessionária estadual de energia elétrica do estado do Paraná, realizou o Estudo do Inventário Hidrelétrico da Bacia. 
Como resultado, o Estudo do Inventário Hidrelétrico da Bacia selecionou a divisão de queda com 12 empreendimentos, sendo 5 usinas hidrelétricas – UHs - e outras sete pequenas centrais hidrelétricas - PCHs (menos de 30 MW de potência instalada). 
O IAP passou a receber os pedidos de licenciamento de diversos empreendimentos no rio Chopim. Entretanto, no final de 2001 o IAP interrompeu o processo de análise de cada empreendimento hidrelétrico isoladamente, requisitando por parte dos empreendedores a elaboração de uma Avaliação Ambiental Estratégica., para depois analizar o EIA.
BACIAS DO RIO CHOPIM NO PARANÁ
(BURIAN, 2014)
O escopo da AAE teve como ponto de partida um estudo que separou os empreendimentos previstos no inventário hidrelétrico em três níveis: baixo potencial de impacto (licenciamento através de Relatório Ambiental Simplificado – RAS), médio potencial de impacto (licenciamento através de EIA/RIMA) e alto potencial de impacto (empreendimentos inviáveis).
Inicialmente foi elaboradoo diagnostico que foi dividido no componentes-sínteses:
a)	Uso e Qualidade da Água;
b)	Ictiofauna;
c)	Ecossistemas Terrestres;
d)	Modos de Vida.
AVALIAÇÃO ESTRATÉGICA 
(BURIAN, 2014)
TABELA DE FRAGILIDADE
Este índice total poderia variar de 27 (menor criticidade possível) a 667 pontos (maior criticidade possível)
Resultados
Dos 12 empreendimentos previstos no inventário, 2 foram classificados como de pequenos potencial de impacto ambiental, 9 como médio potencial de impacto ambiental (com grandes 15 diferenças entre os mesmos) e 1 como inviável ambientalmente (um daqueles que apresentavam um dos maiores reservatórios que afetaria remanescentes florestais na região mais baixa da bacia)
(BURIAN, 2014)
ALVARELI ; J, S. AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA: POTENCIAL DE APLICAÇÃO PARA A BACIA HIDROGRÁFICA DO RIBEIRÃO SÃO BARTOLOMEU, VIÇOSA - MG. 2014. Disponível em: <http://www.locus.ufv.br/bitstream/handle/123456789/3157/texto%20completo.pdf?sequence=1&isAllowed=y>. Acesso em: 03 jul. 2019.
BIM; E, F. AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA (AAE), LICENCIAMENTO AMBIENTAL E AUTOCONTENÇÃO JUDICIAL. 2014. Disponível em: <https://seer.agu.gov.br/index.php/AGU/article/view/423>. Acesso em: 04 jul. 2019.
BURIAN; P, P. “Avaliação Ambiental Estratégica como instrumento de licenciamento para hidrelétricas – o caso das bacias do rio Chopim no Paraná”. 2014. Disponível em: <https://seer.agu.gov.br/index.php/AGU/article/view/423>. Acesso em: 03 jul. 2019.
REVISTA DA FUNDAÇÃO ESTADUAL DE PROTEÇÃO AMBIENTAL HENRIQUE LUÍS ROESSLER: Síntese da Avaliação Ambiental Regional na Bacia Hidrográfica do Rio Taquari-Antas para fins de Licenciamento de Empreendimentos Hidrelétricos. Porto Alegre: Fepam., v. 1, n. 1, 2017. Semestral. Disponível em: <http://www.fepam.rs.gov.br/fepamemrevista/default.asp>. Acesso em: 03 jul. 2019.
REFERÊNCIAS