Pontuação

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Português - Redação 
 
 
 
 
PONTUAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Sumário 
 
Introdução ...........................................................................................................................................2 
 
Objetivos ..............................................................................................................................................2 
 
1. Pontuação ...................................................................................................................................2 
1.1. Sinais de Pontuação ..............................................................................................................3 
 
Exercícios .......................................................................................................................................... 10 
 
Gabarito ............................................................................................................................................ 11 
 
Resumo ............................................................................................................................................. 11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Introdução 
 
Os Sinais de pontuação são recursos que auxiliam no sentido das orações, 
proporcionam entonação, ritmo e pausa, indicam limites de sentido a gramática. São 
usados como recursos de linguagem empregados na língua escrita e oral. Cumprem o 
papel de limitar as unidades e apontar estruturas sintáticas nos textos, também 
estabelecem um papel junto aos recursos prosódicos, que são aquelas ferramentas 
utilizadas na modalidade de expressão verbal, facilita a comunicação e é uma forma 
de intensificar o ritmo, a entonação e pausas dentro de limites sintáticos e unidades 
de sentido. 
Ao nos comunicarmos, fazemos pausas, se você se observar, perceberá as 
interrupções que pratica naturalmente no momento da fala, e isso são mais do que as 
palavras em si porque a pontuação altera significativamente o sentido de uma frase. 
Na interação escrita, a pontuação corresponde a essas paradas, a inserção dos pontos 
e suas aplicabilidades são difíceis, por conta das regras, mas flui mais e de forma 
perceptível do que quando expressamos verbalmente. 
Objetivos 
 O estudo a seguir sugere uma reflexão sobre pontuação, que é um mecanismo 
muito usado tanto na escrita quanto na fluência verbal, é importante que você 
conheça e identifique os seus elementos. 
 
1. Pontuação 
Na comunicação verbal temos o contato direto com os receptores, usamos os 
gestos como um auxílio para deixar claro o que queremos expressar. 
Na escrita, são os sinais de pontuação que tem a eficácia de atribuir coesão e 
coerência interna aos textos e proporcionar sentido aos enunciados. 
 
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São recursos de linguagem inseridos na língua escrita e desenvolvem a função 
de demarcar as estruturas sintáticas nos textos escritos, utilizados na fala, 
possibilitam entonação, ritmo e pausas. 
 
IMPORTANTE! 
 
 
 
1.1. Sinais de pontuação nos processos de escrita 
 
Ponto (.) 
a) Indica o fim da frase declarativa: 
Gosto de bolo chocolate. 
 
b) Divide intervalos. 
Fica mais um pouco. Ainda não deu o horário. 
 
c) Encurtas as palavras: 
Av. (Avenida) 
p. (página) 
Dr. (doutor) 
 
Dois-pontos (:) 
a) Iniciar a fala dos atores: 
O aluno respondeu: 
– Parta agora! 
 
Os sinais de pontuação dão ritmo as frases, as orações 
indicam entonação e estabelecem pausa tanto na fala como 
escrita. 
 
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b) Antes de apostos ou orações apositivas, enumerações ou sequência de palavras 
que explicam e/ou resumem ideias anteriores. 
Esse é o problema dos caixas eletrônicos: não tem ninguém para auxiliar os mais 
idosos. 
 
Anote o número do protocolo: 4254654258. 
 
c) Antes de citação direta: 
Como já dizia Vinícius de Morais: “Que o amor não seja eterno posto que é chama, 
mas que seja infinito enquanto dure.” 
 
Reticências (...) 
a) Indicar dúvidas ou hesitação: 
Sabe... andei pensando em uma coisa..., mas não é nada demais. 
 
b) Interromper uma frase incompleta sintaticamente: 
Quem sabe se tentar mais tarde... 
 
c) Concluir uma frase gramaticalmente incompleta com a intenção de estender a 
reflexão: 
“Sua tez, alva e pura como um foco de algodão, tingia-se nas faces duns longes cor-
de-rosa...” (Cecília - José de Alencar) 
 
d) Eliminar palavras copiadas: 
“Quando penso em você (...) menos a felicidade.” (Canteiros - Raimundo Fagner) 
 
Parênteses () 
a) Substituem a vírgula ou o travessão: 
Manuel Bandeira não pôde comparecer à Semana de Arte Moderna (1922). 
 
 
 
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Ponto de Exclamação (!) 
a) Após vocativo: 
João, boa noite! 
 
b) Final de frases imperativas: 
Faça! 
 
c) Após interjeição: 
Ufa! Que alívio! 
 
d) Após palavras que expresse emoção: 
Que alegria! 
 
Ponto de Interrogação (?) 
 
a) Em questionamentos diretos: 
Qual o seu nome? 
 
b) O ponto de exclamação dá ênfase ao enunciado: 
Pessoal, é sério?! 
 
Vírgula (,) 
A vírgula desempenha várias funções, marca a pausa do enunciado e a separação de 
termos: 
Não devemos usar a vírgula para separar os seguintes termos: 
 
a) Sujeito de Predicado; 
b) Objeto de Verbo; 
c) Adjunto adnominal de nome; 
d) Complemento nominal de nome; 
e) Predicativo do objeto do objeto; 
 
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f) Oração principal da Subordinada substantiva 
 
Devemos utilizar a vírgula nos seguintes casos: 
 
Interior da oração 
a) Separa o vocativo: 
Pedro, traga os documentos. 
O tempo, meus queridos, é o que consola. 
 
b) Separa os apostos: 
Vanuza, minha prima do Ceará, ligou para mim anteontem. 
Fernando, o aluno do segundo ano C, não veio à aula. 
 
c) Separa o adjunto adverbial: 
Quando chegar do passeio, procurarei por ela. 
 
d) Separa elementos de uma enumeração 
Estamos admitindo analistas, técnicos. 
Traga picolé de uva, groselha, morango, coco. 
 
e) Utilizada com o objetivo de isolar expressões explicativas: 
Quero o meu suco com gelo e açúcar, ou melhor, somente gelo. 
 
f) Utilizada com o objetivo de separar conjunções intercaladas: 
Não explicaram, porém, o porquê de tantas faltas. 
 
g) Utilizada com o objetivo de separar o complemento pleonástico antecipado: 
A ele, nada mais abala. 
 
h) Utilizada com o objetivo de isolar o nome do lugar na indicação de datas: 
Goiânia, 01 de novembro de 2016. 
 
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i) Utilizada com o objetivo de separar termos coordenados assindéticos: 
É pau, é pedra, é o fim do caminho. 
 
j) Utilizada com o objetivo de marcar a omissão de um termo: 
Ele gosta de fazer academia, e eu, de comer. (omissão do verbo gostar) 
 
Casos em que se usa a vírgula antes da conjunção “e”: 
 
a) Utilizamos a vírgula quando as orações coordenadas possuem sujeitos diferentes: 
Os banqueiros estão cada vez mais ricos, e o povo, cada vez mais pobre. 
 
b) Utilizamos a vírgula quando a conjunção “e” repete-se com o objetivo de enfatizar 
alguma ideia (polissíndeto): 
E eu canto, e eu danço, e me jogo nos blocos de carnaval. 
 
c) Utilizamos a vírgula quando a conjunção “e” assume valores distintos que não 
retratam sentido de adição (adversidade, consequência, por exemplo): 
Chorou muito, e ainda não conseguiu superar a distância. 
 
A vírgula entre orações 
 
A vírgula é utilizada entre orações nas seguintes situações: 
 
a) Para separar as orações subordinadasadjetivas explicativas: 
Meu filho, de quem só guardo boas lembranças, deixou-nos em fevereiro de 2000. 
 
b) Para separar as orações coordenadas sindéticas e assindéticas, com exceção das 
orações iniciadas pela conjunção “e”: 
 
Cheguei em casa, tomei um banho, fiz um sanduíche e fui direto ao supermercado. 
 
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Estudei muito, mas não consegui ser aprovada. 
 
c) Para separar orações subordinadas adverbiais (desenvolvidas ou reduzidas), 
principalmente se estiverem antepostas à oração principal: 
 
"No momento em que o tigre se lançava, curvou-se ainda mais; e fugindo com o corpo 
apresentou o gancho." (O selvagem - José de Alencar) 
 
d) Para separar as orações intercaladas: 
"– Senhor, disse o velho, tenho grandes contentamentos em estar plantando-a...” 
 
e) Para separar as orações substantivas antepostas à principal: 
Quando sai o resultado do vestibular, ainda não sei. 
 
Ponto e vírgula (;) 
 
a) Separa os itens de uma sequência: 
 
Há perguntas que o autor deve indicar no início da escrita, como por exemplo: o que 
dizer; a quem dizer, como dizer, por que dizer, os objetivos a se alcanças com a escrita. 
 
b) Separa orações coordenadas longas ou que já tenha se utilizado da vírgula: 
 
“O rosto de tez amarelenta e feições inexpressivas, numa quietude apática, era 
pronunciadamente vultuoso, o que mais se acentuava no fim da vida, quando a 
bronquite crônica de que sofria desde moço se foi transformando em opressora asma 
cardíaca; os lábios grossos, o inferior um tanto tenso." (O Visconde de Inhomerim - 
Visconde de Taunay) 
 
 
 
 
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Travessão (—) 
 
a) O travessão pontua o início da fala de um personagem no discurso direto: 
A mãe perguntou ao filho: 
— Já comeu o lanche e tomou o suco? 
 
b) Utilizamos o travessão para indicar mudança do interlocutor nos diálogos: 
 
— Filha, você já fez a tarefa da classe? 
— Não se preocupe, pai, farei tudo a tempo. 
 
c) O travessão une grupos de palavras que guiam um itinerário: 
Disseram-me que não existe mais asfalto na rodovia Belém—Brasília. 
 
d) Utilizamos o travessão também para substituir a vírgula em expressões ou frases 
explicativas: 
Pelé — o rei do futebol — anunciou sua aposentadoria. 
 
Aspas (“”) 
 
As aspas são utilizadas com as seguintes finalidades: 
 
a) Isola palavras ou expressões que são contrárias a norma culta 
A aula hoje foi “feedback” aos alunos. 
 
b) Indica uma referência direta: 
“Ia viajar! Viajei. Trinta e quatro vezes, às pressas, bufando, com todo o sangue na 
face, desfiz e refiz a mala”. (O prazer de viajar - Eça de Queirós) 
 
Para destacar um termo que já está inserido em uma sentença indicada por aspas, 
deve-se usar uma marcação simples ('), não dupla ("). 
 
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Os termos ligados pelas conjunções “e, ou”, não dispensam o uso da vírgula. 
 
Exercícios 
1. Assinale a opção em que a anulação das vírgulas alteraria o sentido do anunciado: 
a) os países menos desenvolvidos vêm buscando, ultimamente, soluções para seus 
problemas no acervo cultural dos mais avançados; 
b) alguns pesquisadores, que se encontram comprometidos com as culturas dos 
países avançados, acabam se tornando menos criativos; 
c) torna-se, portanto, imperativa uma revisão modelo presente do processo de 
desenvolvimento tecnológico; 
d) a atividade científica, nos países desenvolvidos, é tão natural quanto qualquer 
outra atividade econômica; 
e) por duas razões diferentes podem surgir, da interação de uma comunidade com 
outra, mecanismos de dependência. 
 
2. Assinale a opção em que está corretamente indicada a ordem dos sinais de 
pontuação que devem preencher as lacunas da frase abaixo: 
“Quando se trata de trabalho científico ___ duas coisas devem ser consideradas ____ 
uma é a contribuição teórica que o trabalho oferece ___ a outra é o valor prático que 
possa ter”. 
 
a) dois pontos, ponto e vírgula, ponto e vírgula; 
b) dois pontos, vírgula, ponto e vírgula; 
c) vírgula, dois pontos, ponto e vírgula; 
d) pontos vírgula, dois pontos, ponto e vírgula; 
e) ponto e vírgula, vírgula, vírgula. 
 
 
 
 
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Gabarito 
1. B. - A vírgula está separando os elementos da frase e dando sentido a cada pausa 
realizada. 
2. C - O ponto e vírgula está indicando ma pausa maior que a vírgula e menor que 
o ponto e assim está contribuindo para o melhor entendimento do contexto. 
 
 
Resumo 
O mecanismo de pontuação representa um certo tipo de descanso no diálogo, 
na fala, na escrita; existe também as situações que exige uma maior entonação, que 
são os casos do ponto de exclamação e de interrogação. 
Também tem o objetivo e a função de demonstrar emoções, propósitos e 
desejos. 
Na fala cumpre a função de auxílio ao ritmo, entoação e pausas, neste caso 
temos o contato direto com nossos interlocutores, então acrescentamos gestos para 
complementar aquilo que temos a intensão de comunicar. Na escrita, cumpre papel 
de auxilio quanto a coesão e coerência dentro dos textos e enunciados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Referências bibliográficas 
VANOYE, Francis. Usos da linguagem: problemas e técnicas na produção oral e escrita. São Paulo: 
Martins Fontes, 2003. 
CUNHA, C.; CINTRA, L. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 6 ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 
2013. 800 p. 
CEGALLA, D. P. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa. 48 ed. São Paulo: Companhia Editora 
Nacional. 2009. 696 p.