Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

Tópicos de Contabilidade
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Ms. João Paulo Lima
Revisão Textual:
Profa. Ms. Luciene Oliveira da Costa Santos
Ativo Imobilizado (CPC 27) e Redução ao Valor Recuperável de 
Ativos (CPC 01).
• Ativo Imobilizado – CPC 27 – IAS 16
• Redução ao Valor Recuperável de Ativos – CPC 01 (R1) – IAS 36
 · Compreender como os bens do ativo imobilizado devem ser 
mensurados, reconhecidos e contabilizados com base no CPC 27 – 
Ativo Imobilizado. Além disso, tem-se por objetivo avaliar quando se 
deve realizar o teste de recuperabilidade (imparment) de acordo com 
o CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Caro(a) aluno(a),
Para que você tenha um melhor aproveitamento nesta quinta unidade da disciplina 
Tópicos de Contabilidade, seguem algumas orientações de estudo.
Inicialmente, é fundamental que você compreenda quais são os objetivos do CPC 
01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos e do CPC 27 – Ativo Imobilizado. 
Dessa forma, recomendamos que, além de ler o conteúdo teórico da unidade, leia 
as normas em questão na íntegra. As referidas normas estão indicadas no item 
materiais complementares.
Ao longo da leitura do conteúdo teórico, você deve atentar para as importantes 
discussões acerca de como os bens que compõem o ativo imobilizado devem ser 
reconhecidos, mensurados e contabilizados e, também, em que situações o teste 
de recuperabilidade é aplicado.
Após os estudos de todos esses itens, você estará preparado(a) para fazer as 
atividades desta unidade. Lembre-se de não deixar para estudar e fazer as 
atividades na última hora do vencimento dos prazos. Crie uma rotina de estudos 
e seja disciplinado(a). Isso é fundamental para o seu desenvolvimento profissional.
Saudações virtuais!
ORIENTAÇÕES
Ativo Imobilizado (CPC 27) e 
Redução ao Valor Recuperável 
de Ativos (CPC 01).
UNIDADE Ativo Imobilizado (CPC 27) e Redução ao 
Valor Recuperável de Ativos (CPC 01).
Contextualização
Para iniciarmos esta unidade, convidamos você para emergir no Relatório 
Financeiro da Natura Cosméticos S.A. de 2015.
Disponível em: http://goo.gl/EUBKKv
Ex
pl
or
Explore o referido relatório à procura de informações sobre o ativo imobilizado 
(CPC 27) e sobre a aplicação do teste de recuperabilidade (CPC 01) e, ao mesmo 
tempo, reflita sobre o conteúdo teórico desta unidade.
Saudações virtuais!
6
7
Ativo Imobilizado – CPC 27 – IAS 16
O objetivo da norma IAS 16 (CPC 27) é prescrever o tratamento contábil para 
o imobilizado, de modo que os usuários das demonstrações financeiras possam 
extrair informações sobre o investimento de uma entidade em imobilizado e as 
mudanças nesse investimento.
Reconhecimento
O custo de um item do imobilizado só será reconhecido como um ativo se:
a) For provável que os benefícios econômicos seguirão para a entidade;
b) O custo puder ser mensurado de forma confiável.
A IAS 16 não prescreve o que deve ou não ser reconhecido individualmente no 
imobilizado. É necessário utilizar-se de julgamento profissional para a definição dos 
critérios de reconhecimento.
Custos iniciais
A entidade pode adquirir itens do imobilizado por motivos ambientais ou de 
segurança. Esta aquisição, apesar de não aumentar diretamente os benefícios 
econômicos futuros de outros ativos do imobilizado existente, pode ser importante 
para que seja possível ter tais benefícios de outros ativos e, portanto, qualificam-se 
para reconhecimento como ativos. Porém, o valor contábil resultante desses ativos 
e seus correspondentes devem ser revisados quanto à redução ao valor recuperável.
Custos subsequentes
A entidade não deve reconhecer no valor contábil de um item do imobilizado 
os custos dos serviços diários do item. Esses custos, quando incorridos, devem ser 
reconhecidos no resultado.
Partes de alguns itens podem exigir substituição. Uma entidade deve reconhecer 
o custo da substituição no valor contábil de um item do imobilizado quando esse 
custo é incorrido, se os critérios de reconhecimento forem atendidos.
A realização de inspeções regulares de grande porte, em busca de falhas é uma 
condição de continuidade de operação de um item do imobilizado. Quando uma 
inspeção é realizada, seu custo deve ser reconhecido no valor contábil do item do 
imobilizado como substituição, se os critérios de reconhecimento forem atendidos. 
Se necessário, o custo estimado de uma inspeção similar no futuro pode ser utilizado 
como uma indicação de qual era o custo do componente de inspeção existente 
quando o item foi adquirido ou construído.
7
UNIDADE Ativo Imobilizado (CPC 27) e Redução ao 
Valor Recuperável de Ativos (CPC 01).
Mensuração no reconhecimento
Todos os itens que atendam às regras de reconhecimento como ativo imobilizado 
devem ser mensurados inicialmente pelo custo.
O custo de um item do imobilizado deve incluir:
a) Seu preço de compra, inclusos impostos de importação e impostos não 
recuperáveis sobre compras, após deduzir os descontos comerciais e reabates;
b) Todo e qualquer custo diretamente atribuível para colocar o ativo no local e 
condição necessários para colocá-lo em funcionamento, conforme esperado 
pela administração;
c) A estimativa do custo para desmontar e retirar o item de sua localização e 
restauração do local em que está situado, em cuja obrigação uma entidade 
incorre, seja quando o item é adquirido ou como consequência de ter usado 
o item durante um período específico, para fins que não sejam o da produção 
de estoques durante esse período.
Exemplos de custos diretamente atribuíveis:
a) Benefícios aos empregados decorrentes diretamente da construção ou 
aquisição do item do imobilizado;
b) Custos de preparação do local;
c) Custos de entrega inicial e manuseio;
d) Custos de instalação e montagem;
e) Custos de testes para confirmar se o ativo está funcionando adequadamente, 
após deduzir as receitas líquidas da venda de quaisquer itens produzidos ao 
colocar o ativo nesse local e condição (tais como as amostras produzidas ao 
testar o equipamento); e
f) Honorários profissionais.
Exemplo de custos que não devem se enquadrar como custos de um item 
do imobilizado:
a) Custos de abertura de uma nova instalação (ou seja, custos pré-operacionais);
b) Custos de introdução de um novo produto ou serviço (custos de publicidade 
e atividades promocionais, inclusive);
c) Custos da realização de um negócio em um novo local ou com uma nova 
classe de cliente (custos de treinamento de pessoal, inclusive); e
d) Custos administrativos e outros custos gerais.
O reconhecimento do custo no valor contábil deve cessar quando um item do 
imobilizado está no local e condição necessários para que seja capaz de operar da 
forma que a administração deseja. Portanto, custos incorridos no uso ou reaplicação 
8
9
de um item não devem ser incluídos em seu valor contábil. Exemplos de custos que 
não devem ser incluídos no valor contábil de um item do imobilizado:
a) Custos incorridos enquanto um item, capaz de operar da forma pretendida 
pela administração, ainda tem de ser colocado em uso ou ser operado em 
capacidade inferior à total;
b) Perdas operacionais iniciais, tais como aquelas incorridas enquanto a 
demanda pela produção do item está sendo formada; e
c) Custos de realocação ou reorganização de parte ou da totalidade das 
operações de uma entidade.
Algumas operações ocorrem em conexão com a construção ou 
desenvolvimento de um item do imobilizado, mas não são necessárias para 
colocar o item no local e condição necessários para que seja capaz de operar 
da forma pretendida pela administração. Tais operações ocasionais podem 
ocorrer antes ou durante as atividades de construção ou desenvolvimento. Seus 
resultados são reconhecidos em resultado do exercícioe incluídos em suas 
respectivas classificações de receita e despesa.
O custo de um item do imobilizado abrange o equivalente ao preço à vista na 
data do reconhecimento. Se seu pagamento for diferido além dos prazos normais 
de crédito, a diferença entre o equivalente ao preço à vista e o pagamento total deve 
ser reconhecida como despesa de juros ao longo do período deste financiamento.
Um ou mais itens do imobilizado podem ser adquiridos em troca de ativos não 
monetários, ou uma combinação de ativos monetários e não monetários. O custo 
de tal item é mensurado pelo valor justo, a menos que:
a) A transação de troca não possua substância comercial; ou
b) O valor justo do ativo recebido ou do ativo concedido não possa ser 
mensurado de forma confiável.
O item adquirido deve ser mensurado dessa forma, mesmo se a entidade 
não puder baixar imediatamente o ativo concedido. Se o item adquirido não for 
mensurado pelo seu valor justo, seu custo é mensurado pelo valor contábil do ativo 
que foi concedido.
A entidade determina se uma transação de troca possui substância comercial, 
considerando até que ponto se espera que seus fluxos de caixa futuros mudem 
como resultado da transação. A transação de troca tem substância comercial se:
a) A configuração (risco, época e valor) dos fluxos de caixa do ativo recebido 
diferir da configuração dos fluxos de caixa do ativo transferido; ou
b) O valor específico da entidade da parte das operações da entidade afetada 
pela transação mudar, como resultado da troca; e
c) A diferença em a) ou b) for significativa em relação ao valor justo dos 
ativos trocados.
9
UNIDADE Ativo Imobilizado (CPC 27) e Redução ao 
Valor Recuperável de Ativos (CPC 01).
O valor justo de um ativo para o qual não existam transações comparáveis no 
mercado é mensurável de forma confiável se:
a) A variabilidade na faixa de estimativas de valores justos razoáveis não for 
significativa para esse ativo; ou
b) As probabilidades de várias estimativas dentro da faixa puderem ser 
razoavelmente avaliadas e usadas na estimativa do valor justo.
Se a entidade for capaz de determinar de forma confiável o valor justo do ativo 
recebido ou concedido, então o valor justo do primeiro será usado para mensurar 
o custo do segundo, a não ser que o valor justo do ativo recebido for claramente 
mais evidente. O valor contábil de um item do imobilizado pode ser reduzido por 
subvenções governamentais.
Depreciação
A depreciação representa o consumo dos benefícios econômicos do ativo. 
Diversos fatores afetam o cálculo da depreciação, como por exemplo, a 
determinação da vida útil (tempo que o ativo irá trazer benefícios econômicos 
para a entidade), o cálculo do valor residual (valor estimado de venda do ativo 
ao final da vida útil), a definição do método de depreciação (padrão no qual os 
benefícios econômicos do ativo são consumidos).
Valor depreciável e período de depreciação
O valor depreciável de um item do imobilizado deverá ser alocado sistema-
ticamente ao longo de sua vida útil. O valor residual e a vida útil deverão ser 
revisados ao menos no final de cada exercício social.
A depreciação deve ser reconhecida mesmo se o ativo estiver com o seu 
valor justo excedendo o valor contábil. A condição para que a depreciação seja 
reconhecida é que seu valor residual não exceda o valor contábil.
O valor depreciável deverá ser determinado após a dedução do valor residual do 
ativo. A depreciação deverá começar quando o ativo estiver disponível para uso e 
se encerrará quando o ativo se tornar ocioso ou for retirado de ativo em uso.
Não só o uso, mas também outros fatores podem contribuir para a redução dos 
benefícios econômicos futuros de um item do imobilizado. São considerados na 
determinação da vida útil de um ativo:
a) O uso esperado do ativo, que é avaliado por referência à capacidade ou 
produção física esperada;
b) Desgaste físico natural esperado, que depende de fatores operacionais, tais 
como o cuidado e manutenção do ativo enquanto ocioso, o número de 
turnos nos quais este será utilizado e o programa de reparo e manutenção;
10
11
c) Obsolescência técnica ou comercial decorrente de mudanças na 
produção ou uma mudança na demanda de mercado pelo produto ou 
serviço resultante do ativo;
d) Limites legais ou similares sobre o uso do ativo, como, por exemplo, datas de 
vencimento de arrendamentos relacionados.
A utilidade esperada para a entidade é o que define a vida útil do item. A vida útil 
de um ativo pode ser mais breve que sua vida econômica (ou seja, a vida total que 
o ativo é capaz de produzir benefícios econômicos futuros) e sua estimativa é uma 
questão de julgamento, que depende da experiência da entidade com ativos similares.
A entidade deve contabilizar separadamente terrenos e edificações. Terrenos 
quase sempre possuem vida útil ilimitada, logo, não são depreciados. Já edificações 
possuem vida útil limitada e são depreciadas.
Método de depreciação
Ao final de cada exercício social, o método de depreciação aplicado a um ativo 
deverá ser revisado e, em casos de mudança significativa no consumo dos benefícios 
econômicos futuros incorporados, o método deverá ser alterado.
Há uma variedade de métodos que podem ser utilizados para definir a depreciação 
de um ativo, como, por exemplo, o método linear (também conhecido como 
método das quotas constantes), o método crescente ou decrescente, o método por 
fatores limitantes, entre outros. A entidade deverá selecionar o método que melhor 
reflete o padrão de consumo dos benefícios econômicos futuros.
Baixa do Ativo Imobilizado
O valor contábil de um item do imobilizado será baixado:
a) Na alienação; ou
b) Quando não forem esperados benefícios econômicos futuros de seu uso 
ou alienação.
A entidade deve incluir o ganho ou perda na baixa de um ativo de imobilizado 
em lucros e perdas quando o item for baixado. Os ganhos não serão classificados 
como receitas.
A diferença entre as receitas líquidas obtidas na alienação e o valor contábil do 
item corresponde ao ganho ou perda na baixa de um item do imobilizado.
A entidade deve reconhecer a contrapartida recebível por ocasião da alienação 
de um item do imobilizado inicialmente pelo valor justo. Caso o pagamento por 
este item for diferido, a contrapartida deve ser reconhecida inicialmente pelo 
equivalente ao preço à vista. A diferença entre o valor nominal da contrapartida e 
o equivalente ao preço à vista é reconhecida como receita de juros de acordo com 
a IAS 18, refletindo o rendimento efetivo sobre o recebível.
11
UNIDADE Ativo Imobilizado (CPC 27) e Redução ao 
Valor Recuperável de Ativos (CPC 01).
Agora, convidamos você a pesquisar diretamente no CPC 27 – Ativo Imobilizado –os 
requisitos de Divulgação exigidos na norma para os ativos que compõem o grupo Imobilizado.
Disponível em: http://goo.gl/hlfYqq
Ex
pl
or
Redução ao Valor Recuperável de 
Ativos – CPC 01 (R1) – IAS 36
Este pronunciamento foi desenvolvido com vistas a assegurar que os ativos 
sejam registrados a seu valor recuperável. Isso significa que os ativos de uma 
empresa não poderiam ter seus valores representados maiores do que seu valor 
econômico para a entidade, seja em seu uso, seja pela sua venda.
Uma questão que surge é a de como medir esse valor econômico, qual conceito 
de valor usar e como mensurá-lo. Existem muitas escolhas dentre valores de entrada 
e de saída. Pode-se usar, por exemplo, o valor de compra desse ativo, ou o de um 
ativo semelhante no mercado. Pode-se ainda, considerar o valor do ativo como 
fruto do valor que agregará à empresa ao ser usado por esta. Desse ponto de vista, 
surgiria do valor de seu fluxo de serviços para a entidade.
Para se saber quanto um ativo vale para uma entidade, deve-se saber, 
por exemplo, quanto tempo ele será usado, qual o valor dos serviçosque 
prestará para a empresa e por quanto tempo. Além disso, como esse fluxo de 
benefícios será gerado ao longo e um período, deve-se descontar os valores 
gerados, considerando-se a data de sua ocorrência e uma taxa de juros que 
represente a taxa de oportunidade financeira para a empresa para escolha 
dentre alternativas cronológicas.
Muitas vezes, ainda, não é possível, ou não faz sentido, medir o fluxo de benefícios 
de um ativo isoladamente. Deve-se, então, considerar a existência desse grupo de 
ativos como uma única unidade geradora de resultados e de caixa.
Objetivo da norma 
Em linhas gerais, esse pronunciamento busca assegurar que os ativos estejam 
registrados ao valor que será obtido no tempo, considerando o período de uso na 
operação ou, conforme o caso, seu valor de venda.
Esta norma estipula procedimentos para que, comprovando-se que o ativo esteja 
registrado por valor maior do que se poderá recuperar, se provisione a diferença 
e se reduza o valor do ativo ao seu valor efetivamente recuperável pela entidade.
Deve ser notado que esse pronunciamento se aplica a todos os ativos ou conjunto 
de ativos relevantes relacionados a todas as atividades econômicas.
12
13
Alguns negócios, operações ou grupos de ativos, como ativos financeiros e 
estoques, exigem definições especiais no tocante à aplicação dos procedimentos 
para ajuste ao valor recuperável. 
Em suma, o objetivo do teste de recuperabilidade (impairment) é assegurar que 
o valor contábil líquido de um ativo ou grupo de ativos de longo prazo não seja 
superior ao seu valor recuperável, sendo este último o MAIOR entre o valor 
líquido de venda e o valor em uso.
Visão geral do assunto
Esta seção trata de como identificar um ativo na situação de desvalorização, 
e quais exceções devem ser testadas anualmente, independentemente da análise 
de indicação.
Deve ficar claro que, caso não haja indicação de deterioração do ativo (com 
exceção para ágio e ativo intangível), não se necessita partir para a etapa de 
mensuração deles.
No contexto da IAS36, ativo desvalorizado é aquele cujo valor contábil seja 
maior que o valor recuperável deteriorando.
Esses indicadores, muitas vezes, exigirão grande dose de julgamento, por parte 
do contador. Em alguns casos, por exemplo, pode ser necessário ajustar vida útil 
remanescente, método de depreciação, amortização e exaustão ou mesmo de valor 
residual do ativo, sem que nenhuma perda por desvalorização seja reconhecida.
A ideia é a de que esta análise dos indicadores de possível perda deva ser 
efetuada ao final de cada período de reporte, o que não necessariamente 
significa o fim do ano fiscal, ou ano societário, mas também as datas de relatório 
intermediários, o que implica, dependendo da entidade, testar os indicadores 
mais de uma vez ao ano.
Defi nições
O CPC 01 (IAS 36), que trata da redução ao valor recuperável, define alguns 
conceitos-chave, apresentados aqui como base nas mesmas definições, conforme 
expostas no corpo do CPC 01/2010.
• Valor contábil é o montante pelo qual o ativo está reconhecido no balanço 
depois da dedução de toda respectiva depreciação, amortização ou exaustão 
acumulada e ajuste para perdas.
• Unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de ativos que gera 
entradas de caixa, entradas essas que são, em grande parte, independentes 
das entradas de caixa de outros ativos ou outros grupos de ativos.
• Ativos corporativos são ativos, exceto ágio por expectativa de rentabilidade 
futura (goodwill), que contribuem, mesmo que indiretamente, para os fluxos 
13
UNIDADE Ativo Imobilizado (CPC 27) e Redução ao 
Valor Recuperável de Ativos (CPC 01).
de caixa futuros tanto da unidade geradora de caixa sob revisão, quanto de 
outras unidades geradoras de caixa.
• Despesas de venda ou de baixa são despesas incrementais diretamente 
atribuíveis à venda ou à baixa de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa, 
excluindo as despesas financeiras e de impostos sobre o resultado gerado.
• Valor depreciável, amortizável e exaurível é o custo de um ativo, ou outra base 
que substitua o custo nas demonstrações contábeis, menos seu valor residual.
• Depreciação, amortização e exaustão é a alocação sistemática do valor 
depreciável, amortizável e exaurível de ativos durante sua vida útil. 
• Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria 
pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre 
participantes do mercado na data de mensuração.
• Perda por desvalorização é o montante pelo qual o valor contábil de um ativo 
ou de unidade geradora de caixa excede seu valor recuperável.
• Valor recuperável de um ativo ou de unidade geradora de caixa é o maior 
montante entre o seu valor justo líquido de despesa de venda e o seu valor em uso.
• Vida útil é:
a) o período de tempo durante o qual a entidade espera utilizar um ativo; ou
b) o número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a 
entidade espera obter do ativo.
• Valor em uso é o valor presente de fluxos de caixa futuros esperados que 
devem advir de um ativo ou de unidade geradora de caixa.
Periodicidade do Teste de Recuperabilidade (Impairment)
A IAS 36 (CPC 01 – R1) requer que o valor recuperável de um ativo seja 
mensurado sempre que houver indicação de perda de substância econômica do 
valor recuperável desse ativo. Entretanto, os seguintes ativos e/ou classe de ativos 
deverão ser testados para impairment pelo menos anualmente:
a) ativos intangíveis de vida útil indefinida;
b) ativos intangíveis ainda não disponíveis para uso;
c) ágio gerado através de uma combinação de negócios, cujo fundamento 
econômico seja a expectativa de rentabilidade futura (goodwill).
Embora não seja necessária a determinação do valor recuperável para todos os 
ativos anualmente (exceto para aqueles listados acima), a companhia deverá avaliar 
e documentar a existência ou não de indicativos de impairment a cada data de 
encerramento do exercício ou período contábil.
14
15
Essa avaliação deverá considerar pelo menos os seguintes aspectos:
a) Fatores externos:
(I) durante o período, o valor de mercado de um ativo diminuiu significativamente 
mais do que seria esperado como resultado da passagem do tempo ou do uso 
normal;
(II) ocorreram durante o período ou irão ocorrer no futuro próximo alterações 
significativas com um efeito adverso na entidade, relativas ao ambiente 
tecnológico, de mercado, econômico ou legal em que a entidade opera ou no 
mercado ao qual o ativo está dedicado;
(III) as taxas de juros praticadas no mercado ou outras taxas de mercado de 
retorno de investimentos aumentaram durante o período e esses aumentos 
provavelmente afetarão a taxa de desconto usada no cálculo do valor de uso 
de um ativo e reduzirão o valor recuperável do ativo;
(IV) a quantia escriturada dos ativos líquidos da entidade é superior à sua 
capitalização de mercado.
b) Fatores internos:
(I) estão disponíveis evidências de obsolescência ou dano físico de um ativo;
(II) alterações significativas com um efeito adverso na entidade ocorreram 
durante o período, ou espera-se que ocorram num futuro próximo, até ao 
ponto em que, ou na forma em que, um ativo seja usado ou se espera que 
seja usado. Essas alterações incluem planos para descontinuar ou reestruturar 
a unidade operacional a qual o ativo pertence;
(III) existem evidências nos relatórios internos indicando que o desempenho 
econômico de um ativo é, ou será, pior que o esperado.
Outros fatores que podem indicar a redução do valor recuperável de um ativo são:
(I) redução da vida útil do ativo;
(II) dispêndios de capital acima do planejamento para desenvolvimento do ativo;
(III) gastos com manutenção excessivos e/ou acima do esperado;
(IV) o ativo vem operando com capacidade ociosa;
(V) oscilaçõesno ambiente político do país em que o ativo opera ou vende;
(VI) a comparação entre os resultados orçados e os realizados daquele ativo 
apresenta distorções significativas;
(VII) executivos e empregados chaves de uma determinada unidade geradora 
de caixa deixaram de trabalhar na companhia;
(VIII) aumento de concorrência, entre outros.
15
UNIDADE Ativo Imobilizado (CPC 27) e Redução ao 
Valor Recuperável de Ativos (CPC 01).
É importante ressaltar que, embora a IAS 36 exija a mensuração do valor 
recuperável em bases pelo menos anuais, apenas para intangíveis de vida útil 
indefinida, intangíveis ainda não disponíveis para uso e goodwill, a formalização 
da análise da existência de indicativos é indispensável. A formalização da análise 
deve ser executada para todos os ativos que se enquadram no escopo da IAS 36 
a cada encerramento de exercício e/ou período. O cálculo do valor recuperável 
desses ativos, exceto aqueles mencionados acima, é dispensado apenas se não 
forem identificadas razões que indiquem redução ao valor recuperável.
Agora, convidamos você para pesquisar diretamente no CPC 01 – Redução ao Valor 
Recuperável de Ativos – os requisitos de Divulgação exigidos na norma. 
Disponível em: http://goo.gl/hlfYqq
Ex
pl
or
16
17
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Caro(a) aluno(a),
Para que você tenha a oportunidade de aprofundar os seus estudos na disciplina Tópicos de 
Contabilidade, seguem algumas indicações de livros recomendadas no Plano de Ensino da 
disciplina como bibliografia básica. 
 Sites
CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos
CPC 27 – Ativo Imobilizado
Recomendamos a leitura das normas emanadas pelo Comitê de Pronunciamentos 
Contábeis (CPC) tratadas nesta unidade.
http://goo.gl/hlfYqq
 Leitura
Curso de contabilidade avançada em IFRS e CPC
ALMEIDA, M. C. São Paulo: Atlas, 2014. (e-book)
Contabilidade avançada e internacional
MULLER, A. N.; SCHERER, L. M. 3 ed. São Paulo : Saraiva, 2013. (e-book)
Para consultar obras na nossa biblioteca virtual, você deve acessar a sua área do aluno e 
clicar no link ‘Biblioteca’, que está disponível no lado direito da página, especificamente 
no item ‘Links’. Após clicar no link ‘Biblioteca’ você será direcionado(a) para a página de 
todas as bases virtuais disponibilizadas para nossos alunos. Os e-books recomendados 
estão em ‘Documentos Eletrônicos’, especificamente no link: ‘E-books – Minha 
Biblioteca’. Pronto! Basta clicar nesse link que você será direcionado(a) para a base 
adequada. Ao carregar a página dessa base, você deve localizar as obras recomendadas 
na ‘lupa’, que está disponível no canto direito superior da página.
Dica: ao acessar o ‘E-books – Minha Biblioteca’, clique no item ‘Administrar’ no canto 
direito superior e, depois, clique no subitem ‘Atualizar Biblioteca’. Sempre faça isso 
ao acessar essa biblioteca virtual. Dessa forma, as obras novas não ficarão fora das 
pesquisas que você realizará.
17
UNIDADE Ativo Imobilizado (CPC 27) e Redução ao 
Valor Recuperável de Ativos (CPC 01).
Referências
CARVALHO, L. N.; LEMES, S.; COSTA, F. M. da (Colab.). Contabilidade 
internacional: aplicação das IFRS 2005. São Paulo: Atlas, 2011.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. Pronunciamento Técnico: 
CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos. Disponível em: http://www.
cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. Pronunciamento Técnico: 
CPC 27 – Ativo Imobilizado. Disponível em: http://www.cpc.org.br/CPC/
Documentos-Emitidos/Pronunciamentos
FUNDAÇÃO INSTITUTO DE PESQUISAS CONTÁBEIS, ATUARIAIS E 
FINANCEIRAS; IUDÍCIBUS, S. de; MARTINS, E.; GELBCKE, E. R. Manual de 
contabilidade das sociedades por ações: (aplicável para as demais sociedades). 
7. ed., rev. e atual. São Paulo: Atlas, 2010.
GLAUTIER, M. W. E.; UNDERDOWN, B. Accounting: theory and practice. 
7th ed. Harlow: Prentice-Hall, 2001.
HENDRIKSEN, E. S.; BREDA, M. F. Van. Teoria da contabilidade. São Paulo: 
Atlas, 1999.
SCHMIDT, P.; SANTOS, J. L.; FERNANDES, L. A. Contabilidade internacional 
avançada. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
NIYAMA, J. K. Contabilidade internacional: causas das diferenças internacionais, 
convergência contábil internacional, estudo comparativo entre países, divergências 
nos critérios de reconhecimento e mensuração, evidenciação segundo FASB e 
IASB. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
18

Mais conteúdos dessa disciplina