Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA
CAMPUS DE SÃO MIGUEL DO OESTE
CURSO DE FISIOTERAPIA
DISCIPLINA – FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR
PROFESSOR(A) – ANA PAULA KOJOROSKI
	
	
Acadêmico(a)s: Camila Beatriz Herchaft e Paula Mayara Pereira
DOENÇAS CARDÍACAS CONGÊNITAS
São Miguel do Oeste - SC
28 de março de 2019
INTRODUÇÃO
As malformações congênitas que acontecem em pacientes com patologias congênitas, apresentam ampla visão clínica, apresentando desde defeitos que evoluem sem sintomas, até aqueles que causam grandes alterações na qualidade de vida do paciente, podendo evoluir para o óbito. A análise de prevalência desses sintomas pode ser diferente, tendo em vista que as patologias podem se manifestar em diferentes faixas etárias. 
Entretanto, a maior prevalência de doenças cardíacas congênitas se encontra em recém-nascidos e crianças. As alterações mais encontradas nessas crianças são: comunicação interventricular e defeito átrio ventricular. Sendo assim, tem-se a importância de diagnosticar essas malformações na infância, para um melhor amparo no tratamento de doenças decorrentes delas. As cardiopatias congênitas apresentam grande número de internações e óbitos em crianças e adolescentes no Brasil. De todas crianças que morrem ao nascimento, 2% a 3% dessas são por cardiopatias congênitas. Antes do surgimento de cirurgias cardíacas para tratar tais malformações, menos de 20% das crianças com cardiopatias congênitas chegava a fase adulta. 
Embora o país tenha melhorado em questões de acompanhamento neonatal, implementações de políticas públicas para um melhor diagnóstico e tratamento dessas patologias, o prognóstico ainda tem grandes implicações na qualidade de vida dessas crianças, e a sobrevida dependerá do tipo e da gravidade da cardiopatia. Estudos feitos na universidade federal do Maranhão apontam que as cirurgias para reparo das cardiopatias congestivas devem ser realizadas antes do primeiro ano de vida, fato que ainda é escasso no Brasil, pois a demanda é grande. 
DESENVOLVIMENTO
2.1 FISIOPATOLOGIA
	As cardiopatias congênitas são patologias advindas da má formação do coração causada por fatores ambientais (infecções virais, álcool, drogas) ou por alterações cromossômicas, como a síndrome de Down, que possuem 8x mais chances de desenvolver cardiopatias congestivas. Quanto mais precocemente, na gestação, o feto ser acometido com essa má formação, mais complexa será a mesma. Porém, mesmo portando tais malformações cardíacas, o feto é capaz de sobreviver, desde que o coração seja capaz de enviar sangue pela aorta para toda a grande circulação. 
	As cardiopatias congênitas podem ser divididas em dois tipos: cardiopatias acianogênicas e cardiopatias cianogênicas. 
	As cardiopatias acianogênicas são caracterizadas por alterações ligadas às comunicações das circulações sistêmicas e pulmonar, ou seja, os “shunts” atrial e ventricular, esquerdo e direito, ou alterações valvares. Como cardiopatias acianogênicas, podem-se citar: 
 Comunicação interventricular: Falha na fase de desenvolvimento do septo atrioventricular. Há comunicação patológica dos ventrículos;
 Comunicação interatrial: Falha na fase de desenvolvimento do septo interatrial e da fusão dos coxins. Há comunicação entre os átrios;
 Defeito do septo atrioventricular: Falha na fase de desenvolvimento da septação atrioventricular;
 Estenose valvar aórtica: Estreitamento da válvula aórtica, consequente hipertrofia do ventrículo;
 Persistência do canal arterial: Há comunicação da aorta com a artéria pulmonar devido ao não fechamento do canal arterial no recém-nascido. 
	As cardiopatias cianogênicas são mais complexas, geralmente envolvendo mais de uma estrutura, contendo mais de um defeito cardíaco. É característico das patologias cianogênicas a coloração arroxeada, devido à falta do aporte de oxigênio ou por alterações do fluxo sanguíneo. Como cardiopatias cianogênicas, podem-se citar: 
 Dupla saída do ventrículo direito: A aorta e a artéria pulmonar se originam do ventrículo direito, devido à um erro na fase de septação do tronco conal;
 Dupla saída do ventrículo esquerdo: A aorta e a artéria pulmonar se originam do ventrículo esquerdo, devido à um erro na fase de septação do tronco conal;
 Tronco arterioso comum: Devido à um erro no desenvolvimento do coração, a aorta e a artéria pulmonar são apenas um vaso;
 Hipoplasia de câmeras esquerdas: Malformação nas estruturas esquerdas do coração, levando à uma diminuição do tamanho das mesmas;
 Ventrículo único: Malformação em que há apenas uma câmara ventricular funcional, de onde imergem os vasos de base; 
 Transposição das grandes artérias: Malformação em que a aorta emerge do ventrículo direito, e a artéria pulmonar emerge do ventrículo esquerdo, ou seja, trocando de posição; 
 Tetralogia de Fallot: Possui quatro anormalidades: grande defeito do septo ventricular; obstrução do fluxo de saída do ventrículo direito e obstrução da valva pulmonar; hipertrofia ventricular direita e excesso de cavalgamento da aorta. Há alterações na septação tronco conal. Essa patologia é rara, porém é ampla e grave. 
2.2 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
A suspeita de cardiopatias congênitas pode ser levantada quando o paciente apresentar algumas manifestações clínicas clássicas da doença. São esses: 
1 – Sopro cardíaco: Sopros rudes, quase sempre sistólicos, e usualmente localizados. As causas desse sopro são muitas, mas normalmente está ligado à comunicação interventricular, a persistência do canal ventricular, a estenose da valva pulmonar e a estenosa da valva aórtica. 
2 – Cianose: Como se sabe, a cianose é constituída pelas extremidades arroxeadas encontrada nos pacientes. Ela pode estar presente em mãos, pés, boca e nariz. Causas mais frequentes da cianose por cardiologia congênita são: Transposição dos grandes vasos, tetralogia de Fallot e atresia das valvas.
 3 – Taquipneia/Dispneia: A taquipneia é um sintoma que deve ser muito bem avaliado pelo fisioterapeuta, pois este pode ser um fator transitório, e não patológico no paciente. Normalmente as cardiopatias congêticas que apresentam a taquipneia como manifestação clínica, acompanham também o sopro cardíaco e alterações nas bulhas cardíacas, anormalidades nos pulsos artérias e ruídos. 
4 – Arritmias: A arritmia é o batimento inadequado do músculo cardíaco, ou seja, a contração arrítmica do coração. Comumente vista em patologias como os bloqueios átrio-ventriculares congênitos. 
Embora os pacientes portadores de malformações cardíacas serem submetidos à cirurgia e, consequentemente, repararem as estruturas físicas, as consequências e riscos que esses pacientes correm ao longo da vida, são altos. Existem complicações pós operatórias que ainda são capazes de induzir o paciente à óbito. 
Os pacientes podem apresentar alterações da homeostasia, ou seja, são mais sujeitos à sangramentos. Condições que aumentam a viscosidade sanguínea, que podem aumentar o risco de tromboembolismos. Também correm risco de anemias, que por sua vez, aumentam o débito cardíaco, diminuindo a eficiência venosa, causando cianose. Os pacientes ainda podem desenvolver disfunções miocárdicas devido à cirurgia.
2.3 DIAGNÓSTICO
O diagnóstico das cardiopatias congênitas deve ser realizado com a maior antecedência possível, para sucesso no tratamento. Há possibilidades de se encontrar as malformações congênitas com o feto ainda dentro da barriga, por meio de um ecocardiograma fetal, um ecocardiograma simples, ou até mesmo pela ultrassom. Porém, se o paciente não for diagnosticado com a doença na barriga da mãe, é possível identificar a patologia por meio da observação das manifestações clínicas apresentadas pelo paciente, ou seja, pela ausculta cardíaca, pela observação da frequência respiratória, entre outros. 
Depois de suspeitado da doença, é necessário a execução de um exame de imagem, como o ecocardiograma, eletrocardiograma, Raio x de tórax e saturação de oxigênio. Segundo o protocolode avaliação de cardiopatias congênitas da universidade federal do rio de janeiro, as condutas após uma suspeita da patologia, devem ser as seguintes: 
Exame físico completo;
Aferição da pressão sanguínea nos quatro membros;
RX de tórax;
Eletrocardiograma;
Teste da hiperóxia: oferecer oxigênio a 100% para o RN e verificar a PO2 por gasometria arterial pré (membro superior direito) e pós ductal (membros inferiores). Teste positivo: PO2>250mmHg; PO2 < 100mmHg – cardiopatia congênita grave e entre 100 e 250mmHg –provável cardiopatia congênita com shunt misto. Se houver diferença na PO2 pré e pós ductal maior que 20mmHg suspeitar de hipertensão pulmonar.
Após avaliação, certificação de que esse paciente possui CC, é necessário encaminhamento imediato para um centro específico de tratamento especializado, onde este será avaliado se há a necessidade de uma cirurgia cardíaca.
2.4 FATORES DE RISCO
Embora a etiologia da patologia seja desconhecida, sabe-se que há alguns fatores que influenciam no desenvolvimento de uma cardiopatia congestiva. 
Pais que tenham patologias cardíacas podem aumentar o risco do filho desenvolver; 
Doenças cromossômicas como a síndrome de down, síndrome de turner e trissomia 13;
 Infecções virais, como a rubéola, durante a gravidez;
As diabetes tipo 1 e tipo 2 são grandes fatores que levam ao desenvolvimento de cardiopatias congestivas;
Consumo de certos medicamentos, ou uso de álcool ou drogas durante a gravidez. 
Gravidez após os quarenta anos também pode levar à uma cardiopatia congênita. 
 INCIDÊNCIA E PREVENÇÃO
As malformações congênitas estão entre as principais causas de mortalidade infantil, sendo a cardiopatia congênita, uma das mais frequentes, representando cerca de 40% das malformações.
Conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a incidência de cardiopatias congênitas varia entre 0,8% em países com alta renda e 1,2% em países de baixa renda, de modo que o valor médio de 1% é aceito para o Brasil e demais países da América Latina. Sendo assim, visto que no Brasil são registrados 2,8 milhões de nascidos vivos a cada ano, estima-se o surgimento de aproximadamente 29 mil novos casos de cardiopatias congênitas anualmente.
De acordo com os registros do Sistema Nacional de Nascidos Vivos, as notificações relacionadas as malformações congênitas registradas no Sistema Único de Saúde (SUS), indicam incidência de 0,06% (1.680 casos) a menos da esperada por ano, o que significa que a incidência é desconhecida possivelmente porque o diagnóstico não é realizado. 
O diagnóstico da cardiopatia congênita quando realizado de forma precoce pode evitar uma série de problemas como choque, acidose, parada cardíaca ou agravo neurológico, antes da intervenção para o tratamento da doença. 
A prevenção de algumas doenças cardíacas congênitas pode se dar através de um acompanhamento pré-natal, realizado com restrita observância das indicações e contraindicações relativas à gestação e a manutenção de uma boa saúde durante todo o período gestacional. Porém, para as cardiopatias com origem genética ou alteração cromossômica, nenhuma prevenção é possível.
TRATAMENTO FISIOTERAPEUTICO 
As crianças portadoras de cardiopatias congênitas são mais suscetíveis a pneumonias, crises de hipóxia, limitação ao exercício físico e insuficiência cardíaca, e frequentemente desenvolvem alteração da mecânica respiratória. As principais complicações observadas pós cirurgia cardíaca são: atelectasia, pneumonia, derrame pleural, pneumotórax, hipertensão pulmonar, hemorragia pulmonar e paralisia diafragmática. 
Dessa forma, o fisioterapeuta tem sido solicitado na equipe multidisciplinar de saúde, tanto nos períodos pré, peri e pós-operatório, para promover uma melhora no quadro clinico do paciente, prevenir e recuperar complicações pulmonares, auxiliar na reabilitação social e reduzir os efeitos provenientes da cirurgia e da restrição ao leito. Existe também uma melhora do volume corrente expiratório, da complacência e resistência pulmonar, e diminuição do tempo de internação hospitalar. 
Existem particularidades cirúrgicas importantes a serem levadas em conta durante o manuseio fisioterapêutico pré e pós-operatório. O estado do paciente no pós-operatório imediato de cirurgias cardíacas depende de três fatores: cardiopatia diagnosticada, presença de malformações associadas ao quadro cardíaco e procedimento cirúrgico realizado.
No pré-operatório, o fisioterapeuta realiza a avaliação do paciente, com o objetivo de identificar aqueles com risco aumentado de desenvolver complicações pulmonares, além de servir como parâmetro para acompanhamento pós-operatório. Nesse período é avaliado o volume e capacidade pulmonar, força muscular respiratória e fatores de risco clínicos e cirúrgicos.
Outras orientações importantes à criança e aos familiares, é explicar a importância e objetivos da fisioterapia na fase pós-operatória, bem como, realizar as instruções das técnicas que serão realizadas posteriormente, como exercícios de expansão pulmonar e mobilizações no leito.
A fisioterapia pós-operatória inclui mobilização precoce no leito, posicionamento, exercícios respiratórios, técnicas de indução a tosse, vibração na parede torácica, manobra de reexpansão pulmonar, aspiração, entre outros.
O objetivo principal da fisioterapia é reduzir o risco de complicações pulmonares decorrentes da anestesia geral, incisão cirúrgica, tempo de isquemia, retenção de secreções pulmonares, atelectasias e pneumonias no período pré-operatório, bem como tratá-las no pós-operatório.
CONCLUSÃO
Conclui-se este trabalho tendo em conhecimento as patologias cardíacas congênitas, que ocorrem com recém-nascidos ou crianças, devido a malformações do músculo cardíaco. Essas malformações, em sua maioria, necessitam de cirurgias para reparar o coração, assim fazendo-se possível a vida do feto. Devido à essas malformações e à cirurgia invasiva que o paciente é submetido, as consequências são grandes e a criança sobre os efeitos por toda sua vida, sendo monitorado e tratado constantemente por profissionais da saúde. 
Sabe-se da importância da fisioterapia nesses pacientes, tanto pré operatório, como pós, devolvendo ao paciente uma melhor qualidade de vida, evitando e prevenindo piores danos que acometer essa criança, e firmemente agregando grande significância no tratamento cardiovascular. 
REFERÊNCIAS
BRAUNWALD, Eugene. Tratado de doenças cardiovasculares. 10 ed. São Paulo: Elsevier, 2017. 2392 p.
CAVENAGHII, S. et al. Importância da fisioterapia no pré e pós-operatório de cirurgia cardíaca pediátrica. Revista Brasileira de Cardiologia, São Jose do Rio Preto, v. 24, n. 3, jul./set. 2009.
FIGUEIREDO, L. R. D. A. et al. Síntese de evidências para políticas de saúde diagnóstico precoce de cardiopatias congênitas. 1 ed. Brasília: EVIP, 2017. 46 p.
JR, Carlos V Serrano; TIMERMAN, Ari; STEFANINI, Edson. Tratado de cardiologia socesp. 2 ed. Barueri, SP: Manole, 2009. 2896 p.
WECHSLER, S. B.; WERNOVSKY, G. Distúrbios cardíacos. In: CLOHERTY, J. P.; EICHENWALD, E. C.; STARK, A. R. Manual de neonatologia. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. p.349-394.
ZAHKA, K. G. The cardiovascular system. Part 4: principles of neonatal cardiovascular hemodynamics. In: MARTIN, R. J.; FANAROFF, A. A.; WALSH, M. C. Neonatal-perinatal medicine: diseases of the fetus and infant. 8th.ed, Philadelphia: Elsevier, 2006. p.1211-1215.

Mais conteúdos dessa disciplina