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Esculápio da Silva, brasileiro, casado, engenheiro, domiciliado na capital do Estado de WYK, é
comunicado por amigos que a Administração do Estado está providenciando um plano de obras
custosas e pretendendo que elas sejam entregues, independentemente de licitação, a empresas
com vínculos pessoais com dirigentes do seu partido político. Os valores correspondentes às
obras são incluídos no orçamento, observado o devido processo legislativo. Quando da realização
das obras, aduz a necessidade de urgência diante de evento artístico de grande repercussão a
realizar ‐ se em aproximadamente um ano, o que inviabilizaria a realização de procedimento
licitatório e designa três empresas para repartir as verbas orçamentárias, cabendo a cada uma
realizar parte da obra preconizada. As empresas Mastodonte S.A., Mamute S.A. e Dente de Sabre
S.A. aceitam, de bom grado, o encargo e assinam os contratos com a Administração. O valor das
obras corresponde a um bilhão de reais. Inconformado com esse fato, Esculápio da Silva, cidadão
que gosta de participar ativamente da defesa da Administração Pública e está em dia com seus
direitos políticos, procura orientação jurídica e, após, resolve ajuizar a competente ação.
Na qualidade de advogado, elabore a peça cabível, observando:
a) competência do juízo;
b) legitimidade ativa e passiva;
c) fundamentos de mérito constitucionais e legais vinculados;
d) os requisitos formais da peça;
e) tutela de urgência.
Resumo da resposta:
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ... Vara de Fazenda Pública da Comarca do
Estado WKY
(10 linhas)
Esculápio da Silva, brasileiro, casado, engenheiro, portador do título de eleitor nº...,
inscrito no CPF/MF nº..., residente e domiciliado à ... Estado WYK, por seu advogado infra‐assinado
com instrumento de mandato anexo e endereço constante à ..., para onde devem ser remetidas
as intimações na forma do art. 39, I CPC, vem perante Vossa Excelência, com base no art. 5º
CRFB/88 e na Lei 4.717/65 mover:
AÇÃO POPULAR COM PEDIDO DE LIMINAR
Em desfavor do Estado WYK, pessoa jurídica de direito público, neste ato representado por seu
governador, com sede à ...; empresa Mastodente S.A., pessoa jurídica de direito privado, neste ato
representado por seu presidente, com endereço à ...; Mamute S.A., pessoa jurídica de direito
privado, neste ato representado por seu presidente, com endereço à ..., e Dente de Sabre S.A.,
pessoa jurídica de direito privado, neste ato representado por seu presidente pelos fatos e
fundamentos jurídicos que passa a expor:
I – DA CIDADANIA ATIVA
O art 5º da CRFB/88 e a lei 4.717/65, exigem como condição de legitimidade em ação
popular a cidadania ativa, isto é, o direito de participar da vida política do país. O art. 1, § 3º, da lei
4.717/65 que “ a prova da cidadania, para ingresso em juízo, será feita com título eleitoral ou com
documento que a ele corresponda”.
O autor prova sua cidadania através dos fatos através das provas que instruem a presente
inicial.
II‐ DOS FATOS
Breve resumo dos fatos
III – DO DIREITO
A presente ação popular proposta busca tutelar os direitos difusos, como o patrimônio
público.
A referida contratação, sem observar o procedimento licitatório, ofende frontalmente os
princípios regentes da administração pública contidos no art. 37, caput da CRFB/88 dentre os quais
determina ao administrador a observância dos princípios da legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência.
Legalidade foi abalroada na medida em que não foi observado o art. 37, XXI, CRFB/88 e o
que preceitua o 2º da lei 8.666/90.
A não realização de procedimento licitatório ofende o princípio da moralidade e da
impessoalidade por obvio, uma vez que o administrador contratará com quem lhe for mais
conveniente e não o mais competente ou que apresentar melhor proposta.
Eficiência na administração pública impõe ao administrador colher para a sociedade o
máximo de benefício com o menor custo possível, ora, a não realização de licitação impede que o
administrador descubra se existe proposta mais vantajosa para os administrados, verdadeiros
titulares do poder estatal, art. 1º, parágrafo único da CRFB/88.
Ademais, o art., 2º, “b” e “d” da Lei da ação popular estabelece que são nulos os atos
lesivos ao patrimônio das entidade mencionadas no artigo anterior, nos casos de vício de forma e
inexistência dos motivos, como aconteceu no caso em comento.
IV – DA MEDIDA LIMINAR
Impõe‐se a necessidade tutela de urgência em razão do sério risco de dano que a medida
poderá causar, não conceder a liminar de imediato, fará com que a administração disponha de
recursos financeiros vultuosos trazendo prejuízos irreparáveis, ou de difícil reparação para a
sociedade.
Uma vez demonstrado o perigo na demora (periculum in mora) da prestação jurisdicional,
impõe observar que a verossimilhança da alegação (fumus boni iuris) está presente pelos próprios
fatos alegados nesta exordial aliados às provas que instruem os autos.
V ‐ DO PEDIDO
Ante o exposto requer:
a) Seja deferida a liminar, para suspender o ato lesivo, sendo, de imediato, suspenso o
contrato celebrado entre os réus;
b) A citação do impetrados para, querendo, responder a presente ação no prazo legal;
c) A intimação do ilustre representante do Ministério Público para intervir no feito até o final;
d) Seja julgado procedente o pedido para anular o contrato administrativo guerreado;
e) A condenação dos réus para ressarcir o erário de eventual prejuízo decorrente do
pagamento efetuado, o que será apurado em futura liquidação;
f) Sejam condenados os impetrados nos ônus da sucumbência.
Pretende provar o alegado por todos os meios em direito admitidos, em especial por meio de
produção de prova documental e oral.
Apesar de ser a ação gratuita nos termos do art. 5º, LXXIII da CRFB/88, atribui a causa, por
questões formais, o valor de R$ 1.000.000.000,00 (um bilhão de reais).
Nestes termos
Espera deferimento
Local e data
Advogado
OAB
MODELO DE PEÇA‐DIREITO
DO TRABALHO
[Subtítulo do documento]
Comentários da prova da área
Trabalhista 2ª fase da OAB –
42º Exame
Profª Isabelli Gravatá
Queridos alunos, seguem os comentários das questões da última prova da
OAB. Estou torcendo por todos!
PEÇA PRÁTICO‐PROFISSIONAL:
ESTRUTURA DA CONTESTAÇÃO:
‐ Endereçamento (EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 1ª
VARA DO TRABALHO DE BOA ESPERANÇA / MG)
‐ Número do processo (RT nº
1234/2010)
‐ Indicação do nome do Reclamado (Banco Finanças S/A) / identificar a
ação (reclamação trabalhista, pelo rito ordinário) / nome da Reclamante
(Kelly Amaral) / endereço do advogado – arts. 39, I e 44 do CPC
‐ NOME DA PEÇA
(CONTESTAÇÃO)
‐ Amparo legal: art. 300 do CPC c/c arts. 847 e
769 da CLT
‐ Preliminar (INÉPCIA DA PETIÇÃO INICIAL PELA FALTA DE
FUNDAMENTAÇÃO DO PEDIDO DE DANOS MORAIS – art. 301, III do
CPC)
‐ No
mérito:
Prescrição do período anterior a 13.09.2005 (art. 7º XXIX da
CRFB – prescrição quinquenal)
Fatos: dados – admissão (04.08.2002), função (gerente geral da
agência), salário (R$5.000,00), jornada (prevista em lei), demissão
(15/07/2009).
Fundamentos
(separar por tópicos, colocar sempre o amparo legal e no final requerer a improcedência
de cada pedido)
DA IMPOSSIBILIDADE DE REINTEGRAÇÃO AO EMPREGO PELA
INEXISTÊNCIA DE
ESTABILIDADE � mencionar a O.J. 369 da SDI�1 do TST, pois
delegado sindical não tem direito à estabilidade, portanto, não há que se
falar em reintegração.DAS HORAS EXTRAS – fundamentar no art. 62, II e parágrafo único da
CLT c/c Súmula 287 do TST informando que por se tratar de gerente geral
da agência, com gratificação de função de 45% do seu salário, não tem
limite de jornada, razão pela qual não são devidas as horas extras
postuladas.
DO AUXÍLIO EDUCAÇÃO – mencionar que o referido direito foi
concedido por força de convenção coletiva, logo, não se incorpora ao
contrato de trabalho – Súmula 277, I do TST.
DA QUEBRA DE CAIXA – a referida parcela só é devida aos que trabalham
no caixa do banco, o que não era o caso da reclamante, não havendo que
se falar em isonomia – Súmula 247 do TST.
DA EQUIPARAÇÃO SALARIAL – citar o parágrafo 4º do art. 461 que diz ser incabível
a equiparação salarial a empregado readaptado em nova função, razão pela qual o pedido
deve ser julgado inteiramente improcedente.
DAS FÉRIAS INTEGRAIS 2007/2008 – a reclamante se retirou em licença remunerada por
32 dias durante o período aquisitivo das referidas férias, portanto, com base no art. 133, II
da CLT não terá direito a férias.
DOS DANOS MORAIS – inobstante a inépcia arguida, contestar no mérito alegando que
a reclamante não sofreu qualquer dano durante o seu contrato de trabalho, nem tampouco
em sua saída.
DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS – indevidos por não estar a reclamante assistida
por sindicato de classe � mencionar as Súmulas 219 e 329 do TST, bem como a O.J. 305
da SDI�1 do TST.
‐ Das Deduções e/ou Compensação (art. 767 da CLT)
‐ Protestar pelos meios de prova
‐ Encerramento – acolhimento da preliminar e/ou julgar improcedente a demanda com a
condenação da reclamante às verbas de sucumbência:
‐ Local e data
‐ Assinatura / nome do advogado / nº da OAB
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MODELO DE PEÇA
DIREITO PENAL
[Subtítulo do documento]
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Estrutura da peça processual
I – DOS FATOS – Resumo do fato criminoso e/ou do ocorrido no processo
II – DA FUNDAMENTAÇÃO
1. CONDIÇÕES DA AÇÃO
a) Possibilidade jurídica do pedido – previsão legal do crime
b) interesse de agir – imposição de uma pena
c) legitimidade de partes – ação penal pública ou privada (ver no CP qual o crime da questão)
d) justa causa – lastro probatório mínimo para o oferecimento da denúncia – art. 41 CPP
o indícios de autoria
o prova da existência do fato
2. PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
EXISTÊNCIA VALIDADE
Órgão investido de jurisdição Competência
Partes Capacidade
Pedido Regularmente formulado
Citação regular
a) Competência – art. 109, IV, IX e XI CR e art. 69 CPP.
b) Nulidades – art. 564 CPP
c) Impedimento – art. 252 CPP
d) Suspeição – art. 254 CPP
e) Litispendência – art. 110 CPP
f) Coisa julgada – art. 110 CPP
3. PRELIMINAR DE MÉRITO
a) Morte do réu – art. 62 CPP
b) Anistia, graça ou indulto
c) Abolitio criminis – art. 2o CP
d) Prescrição – art. 109 CP
e) Decadência – art. 38 CPP
f) Perempção – art. 60 CPP
g) Renúncia do querelante – art. 49 CPP
h) Perdão do querelante – art. 51 CPP
i) Retratação do agente – art. 25 CPP
j) Perdão judicial – art. 120 CP
k) Questões prejudiciais – art. 92 e 93 CPP
4. PRISÃO
a) Ilegal – Relaxamento – ausência dos requisitos formais – art. 301 e seguintes CPP.
b) Desnecessária – Revogação da prisão preventiva ou liberdade provisória (flagrante) – não presença dos
requisitos do art. 312 e 313 CPP.
5. MÉRITO – Todas as questões relativas ao Direito Penal Material.
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FATO TÍPICO ILICITUDE CULPABILIDADE
Conduta Estado de necessidade Imputabilidade
Resultado Legítima defesa Potencial consciência da ilicitude
Nexo causal Estrito cumprimento do dever legal Exigibilidade de conduta diversa
Tipicidade Exercício regular de um direito
Consentimento do ofendido
6. PEDIDO
7. AUTENTICAÇÃO ‐ Termos em que, Pede deferimento. Data e assinatura.
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AGRAVO DE INSTRUMENTO
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA
DO ESTADO DE ,
(Pular 10 Linhas)
José, já qualificado nos autos do recurso extraordinário no , por seu advogado que esta subscreve, não
se conformando com a respeitável decisão que negou seguimento ao recurso, vem, respeitosamente, perante Vossa
Excelência, dentro do prazo legal,
interpor
AGRAVO DE INSTRUMENTO
com fundamento nos arts. 544 e ss. do Código de Processo Civil e artigo 28 da Lei 8.038/90.
De acordo com o §1o do artigo 544 do Código de Processo Civil, instrui o presente com as seguintes peças:
1. a) Decisão condenatória de primeira instância, acórdão mantendo a condenação e acórdão negando
provimentos aos embargos de declaração.
2. b) Certidão de intimação do acórdão negando provimento dos embargos.
3. c) Interposição e razões do recurso extraordinário.
4. d) Decisão que denegou o recurso extraordinário.
5. e) Certidão de intimação da decisão que denegou o recurso extraordinário.
6. f) Procuraçãodoréu.
Requer seja recebido e processado o presente recurso e encaminhado, com as inclusas razões, ao Colendo
Supremo Tribunal Federal.
Nesses termos,
pede Deferimento.
(local de data)
advogado – OAB no
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RAZÕES DE
AGRAVO DE INSTRUMENTO AGRAVANTE:
José. AGRAVADO: Justiça Pública
RECURSO EXTR. No
Supremo Tribunal Federal, Colenda Turma,
Douto Procurador da República,
Em que pese o indiscutível saber jurídico da Colenda Presidência do Egrégio Tribunal de Justiça, impõe-se a reforma da
respeitável decisão que negou seguimento ao
recurso extraordinário, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:
I – DOS FATOS
O Agravante foi processado e condenado pelo crime de furto qualificado. Ocorre que a pena foi fixada acima do mínimo
legal em razão do Agravante estar sendo
processado, em outra vara criminal, por crime de estelionato.
Tendo apelado dessa decisão, o Egrégio Tribunal negou provimento ao recurso, ocasião em que o Agravante interpôs
embargos de declaração, sendo que o Tribunal novamente negou provimento.
Inconformado, o Agravante interpôs recurso extraordinário, requerendo o recebimento do referido recurso com o
encaminhamento das suas razões para o Colendo Supremo Tribunal Federal, porém, foi negado seguimento ao recurso
extraordinário, sob o fundamento de ser ele intempestivo e proferida sem amparo legal.
II – DO DIREITO
Não merece prosperar a respeitável decisão denegatória, por ter sido
Com efeito, conforme reza o artigo 26 da Lei 8.038/90, o prazo para a interposição dos recursos especial e extraordinário
é de 15 dias. “In verbis”:
“Os recursos extraordinário e especial, nos casos previstos na Constituição Federal, serão interpostos no prazo comum
de 15 (quinze) dias, perante o Presidente do Tribunal recorrido (...)”
No presente caso, o recurso extraordinário foi interposto no 8o dia a contar da certidão de publicação do acórdão que
negou provimento aos embargos de declaração (fls. ).
De fato, o acórdão que negou provimento à apelação foi publicado em 05/01/04 (fls.), tendo Agravante interposto
embargos de declaração no dia 07/01/04 (fls.), o qual interrompeu o prazo para a interposição do recurso extraordinário.
Logo, com a publicação do v. acórdão que negou provimento aos embargos, ocorrida em 13/01/04 (fls.), o prazo para a
interposição do recurso extraordinário iniciou seu fluxo, pelo que teria ainda o Agravante quinze dias para interpor o
recurso extraordinário, ocasião em que o fez no 8o dia, a contar da publicação do referido acórdão, mais propriamente
no dia 21/01/04.
Portanto, não há falar em intempestividade do recurso extraordinário, em razão de ter se operado, no caso, a interrupção
do prazo em virtude dos embargos de declaração.Justiça:
Nesse sentido, a doutrina:
“De modo que, atualmente, se pode entender que o prazo para outros recursos fica interrompido também no campo
penal, recomeçando a contar em sua inteireza a partir da intimação da decisão que julga os embargos” (GRINOVER,
Ada Pellegrini et alli. Recursos Penal. 3a edição. São Paulo: RT, 2001. P. 236)”
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Também nessa trilha, é o entendimento do Colendo Supremo Tribunal Federal.
“Os embargos de declaração, mesmo em matéria criminal, interrompem o prazo para interposição de outros Recursos
(CPC, art. 538, C.C. art. 3o CPP), o que significa dizer: despreza-se por completo o tempo transcorrido
precedentemente” (STJ RESP – Rel. Fernando Gonçalves – TRF 105/355).
Dessarte, indevida e arbitrária a denegação do recurso extraordinário, devendo ser ele conhecido, sob pena de
cerceamento de defesa e violação ao princípio constitucional insculpido no artigo 5o, LV, da Constituição Federal.
III – DO PEDIDO
Diante do exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso, determinando-se o processamento do recurso
extraordinário, e, estando presentes os elementos necessários, que seja desde logo julgado o mérito, nos termos do
disposto na norma contida do § 3o do artigo 28 da Lei 8.038/90, como medida de inteira justiça.
(local e data)
advogado – OAB no
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Habeas Corpus
Fundamentação
O Habeas Corpus tem a sua fundamentação no artigo 647 e seguintes do Código de Processo Penal e no
artigo 5º, inciso LXVIII, da Constituição Federal.
Admissibilidade
a) Pode ser impetrado por qualquer pessoa, inclusive por quem esteja sofrendo a coação ilegal, ou esteja na
iminência de sofrê-la;
b) Deve ser dirigido à autoridade hierarquicamente superior àquela tida como coatora;
c) Poder ser preventivo para amparar a liberdade de locomoção;
d) Poder ser liberatório para cessar a coação ilegal;
e) Cabe Recurso em Sentido Estrito, quando denegado em primeira instância e Recurso Ordinário
Constitucional, se denegado em segunda instância;
f) Não cabe Habeas Corpus em punição disciplinar;
g) Denominações utilizadas:
1) Paciente: Agente que sofre ou está ameaçada de sofrer uma coação ilegal;
2) Impetrante: Quem pede a ordem de Habeas Corpus;
3) Impetrada: Autoridade a quem é dirigido o pedido;
4) Coator: Quem exerce ou ameaça exercer a coação ilegal;
5) Detentor: Quem detém o paciente.
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Modelo da Peça
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Corregedor do Departamento de Inquéritos Policiais da Capital de São
Paulo SP;
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca de ;
Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Presidente do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de
;
Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Presidente do Egrégio Tribunal Regional Federal da
. (espaço de 10 linhas para despachos)
' ... ', Advogado inscrito na OAB/__ n° , com escritório na Rua , nº , nesta cidade, vem
com fundamento no artigo 5º., inciso LXVIII, da Constituição Federal e artigo 647, do Código de Processo
Penal, impetrar ordem de "HABEAS CORPUS" em favor de ' ... ' (qualificação completa), que vem sofrendo
constrangimento ilegal por parte do Meritíssimo Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca de ,
ou contra ato do Ilustríssimo Senhor Delegado de Polícia do Distrito Policial de _, pelas razões a
seguir aduzidas.
(2 linhas)
DOS FATOS
O paciente ... (transcrever o enunciado ou resumi-lo, caso seja muito extenso).
(2 linhas)
DO DIREITO
Iniciar o parágrafo em consonância a tese que será utilizada, como abaixo:
Nulidade: Com Sentença
A condenação constitui uma coação ilegal contra o paciente, por ter sido proferida num processo
manifestamente nulo. Com efeito, ... (elaborar a dissertação expondo a dissonância existente entre os fatos e
a lei).
Nulidade: Sem Sentença
O referido processo (referida prisão) constitui uma coação ilegal contra o paciente, por ser
manifestamente nulo(a). Com efeito, ... (dissertar).
Falta de Justa Causa: Com Sentença
A referida condenação constitui uma coação ilegal contra o paciente, por falta de justa causa.
Com efeito, ... (dissertar).
Falta de Justa Causa: Sem Sentença
A referida ação penal (referida prisão) constitui uma coação ilegal contra o paciente, por falta de
justa causa. Com efeito, ... (dissertar).
Extinção de Punibilidade: Com Sentença
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A referida condenação constitui uma coação ilegal contra o paciente, por ter sido proferida
quando já estava extinta a punibilidade. Com efeito, quando foi proferida a respeitável sentença condenatória,
já tinha ocorrido a (decadência ou prescrição ou perempção), conforme estatui o disposto no artigo 107,
inciso IV, do Código Penal.
Desse modo, ... (dissertar).
Extinção de Punibilidade: Sem Sentença
A referida ação penal constitui uma coação ilegal contra o paciente, por ter sido proferida quando
já estava extinta a punibilidade. Com efeito, quando foi instaurada a ação penal, já tinha ocorrido a (decadência
ou prescrição ou perempção), conforme estatui o disposto no artigo 107, inciso IV, do Código Penal.
Desse modo, ... (dissertar).
Abuso de Autoridade
A referida prisão ou decisão (Exemplo: denegação de sursis) constitui uma coação ilegal contra o
paciente e não deve prosperar em razão de ... (dissertar).
(2 linhas)
Reforçando o que foi acima descrito, citamos jurisprudência predominante pertinente ao caso
(transcrever a melhor jurisprudência ou acórdão).
" ... "
A doutrina pacificou o entendimento no mesmo sentido, dentre as quais selecionamos o
posicionamento do ilustre (Doutor ou Professor - Citar a obra, página, volume e edição).
" ... "
Conclui-se, portanto, que o paciente faz jus ... (expor o que se pede), a fim de cessar a coação
ilegal que vem sofrendo por parte da autoridade coatora.
(2 linhas)
DO PEDIDO
Diante do acima exposto, pleiteia-se que sejam requisitadas informações, com máxima urgência,
para o presente caso, perante a autoridade ora apontada como coatora, para que ao final conceda-se a
ordem impetrada, com fulcro no artigo 648, inciso , do Código de Processo Penal e que seja ... (completar
de acordo com a tese utilizada, conforme abaixo)
1) Nulidade: ... decretada a anulação “ab initio” (ou a partir de algum ato específico) da ação penal, ...
2) Extinção de Punibilidade: ... decretada a extinção de punibilidade do fato imputado ao paciente na ação
penal, ...
3) Falta de Justa Causa - Sem Sentença: ... decretado o trancamento da ação penal, ...
4) Falta de Justa Causa - Com Sentença: ... decretada a cassação da sentença proferida contra o paciente,
revogando-se os efeitos oriundos da mesma; ...
Deve-se ainda complementar os pedidos acima de acordo com a situação em que se encontra o
agente, podendo ser:
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a) ... com a revogação da prisão preventiva decretada contra o paciente e a expedição do alvará de soltura
em seu favor, ou, expedição do contramandado de prisão em seu favor, por ser medida da mais lídima
JUSTIÇA!
b) ... com o relaxamento da prisão em flagrante imposta ao paciente e a expedição do alvará de soltura em
seu favor, por ser medida da mais lídima JUSTIÇA!
(2 linhas)
Nestes termos
Pede Deferimento
(2 linhas)
Loca e Data
OAB - Seccional de ...
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Habeas Corpus Com Pedido de Liminar
A elaboração desta peça é idêntica ao Habeas Corpus normal. Apenas no preâmbulo deve-se mencionar a
impetração com pedido liminar e no discorrer da argumentação enfocar os requisitos do pedido liminar, ou
seja: Perigo da Demora e a Fumaça do Bom Direito.
DO PEDIDODiante do acima exposto, postula-se que seja concedida LIMINARMENTE a ordem impetrada,
com fulcro no artigo 648, inciso ..., do Código de Processo Penal, bem como, ordenando-se de plano, o
relaxamento da prisão ilegal do paciente e a expedição do competente alvará de soltura em seu favor.
Para que ao final, depois de colhidas informações perante a autoridade coatora, conceda-se o
julgamento favorável do presente pedido, com a definitiva concessão da ordem de Habeas Corpus.
Alternativamente, como uma segunda opção.
Diante do acima exposto, requer a concessão da presente ordem de Habeas Corpus
"LIMINARMENTE", tendo em vista a probabilidade de dano irreparável e a fumaça do bom direito estarem
presentes, a fim de que seja concedido o competente alvará de soltura (ou outro pedido que a peça requeira).
Desse modo, postula-se o regular processamento do feito, com a confirmação da liminar
concedida e a concessão definitiva da ordem de Habeas Corpus, como medida das mais lídima JUSTIÇA!.
(2 linhas)
Nestes termos
Pede Deferimento
(2 linhas)
Loca e Data
OAB - Seccional de ...
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“HABEAS CORPUS”
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO ESTADO DE ,
(Pular 10 linhas para despacho judicial)
, Advogado inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, Seção de , sob o no
, com escritório nesta Comarca, na Rua , vem,
respeitosamente, perante Vossa Excelência, impetrar ordem de
“HABEAS CORPUS”
com fulcro no art. 5o, inciso LXVIII, da Constituição Federal, e art. 647 e 648, inc. I, do Código de Processo
Penal, em favor de Maria, (nacionalidade), (estado civil), advogada, residente e domiciliada na Rua
contra ato ilegal praticado por , pelas razões de fato e de direito
a seguir expostas:
I – DOS FATOS
A Paciente foi denunciada pelo crime de falso testemunho, em co- autoria com Pedro, testemunha que
falseou a verdade em processo contravencional, em que estava sendo processado Carlos, que veio a ser
condenado.
A denúncia, já recebida, afirma que a Paciente veio a instruir o testemunho de Pedro, visando à absolvição de
Carlos.
II – DO DIRETO
Trata-se de ação penal instaurada sem amparo legal, constituindo-se constrangimento a ser reparado pela
medida ora requerida.
É evidente o constrangimento ilegal que está sofrendo a Paciente, pois que não exista perfeita adequação do
fato concreto à descrição do art. 342 do Código Penal, que diz:
“Fazer afirmação falsa, ou negar, ou calar a verdade como testemunha, perito, contador, tradutor ou
intérprete, em processo judicial ou administrativo, inquérito policial ou em juízo arbitral.”
Em direito penal, o princípio da reserva legal exige que os textos legais sejam interpretados sem ampliações
ou equiparações por analogia, salvo quando “in bonam partem”. O tipo, a partir de tal princípio, não pode ser
distendido ao gosto do intérprete para cobrir hipóteses nele não contidas.
Dessa forma, é manifesta a inexistência de justa causa para a ação penal, uma vez que o falso testemunho é
crime de mão própria, podendo apenas ser praticado pelas pessoas elencadas no artigo retro referido. Não se
admite, portanto, a co-autoria.
No caso concreto, a Paciente é advogada, sendo certo que não figura entre aqueles que podem praticar o
crime de falso testemunho.
Sobre o assunto, preleciona o renomado Julio Fabbrini Mirabete: “Como o delito de falso testemunho ou falsa
perícia é crime de mão própria, discute-se a possibilidade de responder por ele outra pessoa que não a
testemunha. Afirma-se que nos crimes de mão-própria, que só podem ser cometidos pelo sujeito em pessoa,
é impossível a co- autoria por instigação, dado o caráter personalíssimo da infração.” (Manual de Direito
Penal – Parte Especial – 17aedição, Editora Atlas, pág. 417)
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No mesmo sentido, é a construção jurisprudencial, “in verbis”:< “É impossível a co-autoria no delito de falso
testemunho, perito ou intérprete” (STJ – RT 655/281).
“Co-autoria – Não caracterização- Advogado que teria induzido testemunha a mentir na instrução criminal –
Natureza personalíssima da infração, que não admite qualquer forma de co-participação em mero pedido ao
futuro depoente para falsear a verdade – Comunicação impossível de circunstâncias pessoais entre o
depoente mendaz e o advogado – Atipicidade penal reconhecida, sem embargo da reprovabilidade ética da
conduta do causídico – Ordem concedida para trancar a ação penal.” (TJSP – HC – Rel. Márcio Bonilha –
RJTJSP 72/284)
Portanto, é forçoso concluir que não deve prosseguir a ação penal instaurada contra a Paciente, pois que
atípica sua conduta.
III – DO PEDIDO
Diante do exposto, requer, após as informações prestadas pela autoridade apontada como coatora, seja
concedida a ordem de “Habeas Corpus”, determinando-se o trancamento da ação penal que tramita contra a
Paciente, como medida de inteira justiça.
Nesses termos,< pede deferimento.<
(local e data).
advogado – OAB no
14
AGRAVO EM EXECUÇÃO
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DAS EXECUÇÕES CRIMINAIS DA
COMARCA DE ,
(Pular 10 linhas para despacho judicial)
Tício, já qualificado nos autos do processo de execução no_ , por seu advogado que esta
subscreve, não se conformando com a respeitável decisão que indeferiu o pedido de liberdade, vem,
respeitosamente, perante de Vossa Excelência, dentro do prazo legal, interpor
AGRAVO EM EXECUÇÃO
com fundamento no art. 197 da Lei de Execução Penal
Requer seja recebido e processado o presente agravo e, caso Vossa Excelência entenda que deva manter a
respeitável decisão, que seja encaminhado, com as inclusas razões ao Egrégio Tribunal de Justiça.
Nesses termos,
pede deferimento.
(local e data).
advogado – OAB no
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RAZÕES DE< AGRAVO EM EXECUÇÃO AGRAVANTE
Tício AGRAVADO: Justiça Pública
EXECUÇÃO No
Egrégio Tribunal de Justiça, Colenda Câmara, < Douto Procurador de Justiça,
Em que pese o indiscutível saber jurídico do Meritíssimo Juiz “a quo”, impõe-se a reforma da respeitável
decisão que indeferiu o pedido de liberdade do Agravante, pelas razões de fato e de direito a seguir aduzidas:
I – DOS FATOS
O Agravante foi condenado em três processos-crime às penas de 18, 25 e 30 anos, respectivamente, por três
homicídios qualificados.
Após ter cumprido 30 anos de prisão efetivamente, o Agravante requereu ao Meretíssimo Juiz sua liberdade,
tendo esta sido indeferida sob o fundamento de que tem outras penas a cumprir.
II – DO DIREITO
Trata-se de decisão proferida sem amparo legal, devendo ser reformada pela medida ora requerida.
Com efeito, o artigo 75 do Código Penal estabelece que:
“O tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade não pode ser superior a 30 (trinta) anos.”
A referida limitação presente no citado dispositivo respeita a proibição constitucional de prisão perpétua,
prevista no art.5o, XLVII, “b”, da nossa Carta Magna.
No caso em tela, é evidente o constrangimento ilegal que o Agravante vem sofrendo, uma vez que já cumpriu
30 (trinta) anos de prisão.
Sobre tal aspecto, merece ser trazido à baila o excelente magistério de Miguel Reale Júnior:
“Uma das condições para preservação da identidade moral do condenado, com positivas repercussões na
disciplina carcerária, está na possibilidade de vislumbrar a liberdade. Daí fixar-se um limite do tempo de
cumprimento, mesmo porque o encarceramento por mais de 15 ou 20 anos destrói por completo o homem,
tornando-o inadequado à vida livre.” (Código Penal e sua interpretação jurisprudencial, 5aedição – Editora
Revista dos Tribunais, pg. 926)
Na mesma trilha de entendimento,é a construção jurisprudencial, “in verbis”:
“Para que as condenações não se consubstanciem em verdadeira prisão perpétua, o que é vedado pela
Constituição Federal, o réu tem o remédio do art. 75 do CP, que limita o cumprimento de suas penas
privativas de liberdade em trinta anos” (TACRIM – SP – RA – Rel. Rubens Gonçalves- JUTACRIM 91/219)
“Quando o montante das reprimendas carcerárias ultrapassa a previsão do art. 75 do CP, surge para o réu o
direito de invocar o imediato provimento jurisdicional limitando o tempo de seu cumprimento em trinta anos,
sem reflexão na obtenção de outros benefícios, que continuam regulados pela somatória real das penas.”
(TACRIM – RA – Rel. David Haddad – JUTACRIM 88/198)
Portanto, não assiste razão à respeitável decisão que indeferiu o pedido de liberdade no presente caso, uma
vez que o Agravante, já havia cumprido efetivamente 30 (trinta) anos de prisão.
III – DO PEDIDO
Diante do exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso, concedendo-se a liberdade ao
Agravante e expedindo-se o competente alvará de soltura, como medida de inteira justiça.
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(local e data).
advogado – OAB no
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AGRAVO REGIMENTAL
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO ESTADO DE ,
(Pular 10 linhas para despacho judicial)
José, já qualificado nos autos do agravo de instrumento no , por seu advogado que esta subscreve,
não se conformando com a respeitável decisão que negou seguimento ao recurso sob a alegação de estar ele
intempestivo, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, dentro do prazo legal, interpor
AGRAVO REGIMENTAL
com fulcro no artigo 545 do Código de Processo Civil e artigo 28 § 5o da Lei 8.038/1990 c.c artigo
do Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado de pelas razões de fato e de direito a
seguir expostas:
I – DOS FATOS
O Agravante foi processado e condenado pelo crime de furto qualificado. Ocorre que a pena foi fixada acima
do mínimo legal em razão do recorrente estar sendo processado, em outra vara criminal, por crime de
estelionato.< Tendo apelado dessa decisão, o Egrégio Tribunal de Justiça negou provimento ao recurso,
ocasião em que o Agravante interpôs embargos de declaração, sendo que o tribunal novamente negou
provimento.
Inconformado, o Agravante interpôs recurso extraordinário, requerendo o recebimento do referido recurso
com o encaminhamento das suas razões para o Colendo Supremo Tribunal Federal, porém, foi negado
seguimento ao recurso, sob o fundamento de ser intempestivo.
Contra esta respeitável decisão, interpôs o Agravante agravo de instrumento, requerendo fosse encaminhado
com as inclusas razões e cópias das peças que o instruiam ao Colendo Supremo Tribunal Federal. Ocorre
que foi negado seguimento ao agravo de instrumento, alegando-se, da mesma forma, que este também
estaria intempestivo.
II – DO DIREITO
Em que pese a indiscutível sabedoria da Digníssima Presidência do Egrégio Tribunal, a respeitável decisão
não merece prosperar por ter sido proferida sem amparo legal.
Com efeito, o prazo para a interposição do Agravo de Instrumento é de 5 dias, conforme, segundo dispõe o
artigo artigo 28, “caput”, da Lei 8.038/90, vazado nos seguintes termos:
“Denegado o recurso extraordinário ou recurso especial, caberá agravo de instrumento, no prazo de 5 (cinco)
dias, para o Supremo Tribunal Federal ou para o Superior Tribunal de Justiça, conforme o caso.”
Ademais, a súmula 699 do Supremo Tribunal Federal expressamente dispõe que:
“O prazo para interposição de Agravo, em processo penal, é de 5 (cinco) dias, de acordo com a lei 8.038/90,
não se aplicando o disposto a respeito nas alterações da Lei 8.950/94 ao Código de Processo Civil.”
No presente caso, o agravo de instrumento foi interposto no 4o dia a contar da certidão de publicação da
decisão que negou seguimento ao recurso extraordinário, conforme consta das fls. .
Ora, não há falar em intempestividade, uma vez que a publicação da decisão recorrida se deu no dia 26/01/04
e o recurso de agravo de instrumento foi interposto no dia 30/01/04, isto é, no 4o dia subsequente, conforme
consta das fls. , indicando a data do protocolo.
Dessa forma, a respeitável decisão está causando prejuízo à parte agravante, merecendo ser reparada pela
presente medida.
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Sobre o assunto, pertinente é a lição do mestre Fernando da Costa Tourinho Filho:
“Assim, tomando a parte interessada ciência de despacho do Presidente do Tribunal, de Presidente de
Turma, da Seção ou do Relator, dês que tal despacho lhe cause um prejuízo, poderá interpor, no prazo de 5
dias, agravo regimental. (Manual de Processo Penal – 3a edição – Editora Saraiva – pág. 723)
Desse entendimento, não destoa a jurisprudência, merecendo destaque o julgado abaixo transcrito:
“Agravo Regimental no Recurso Especial. Decisão Monocrática negando seguimento a recurso interposto –
Alegação de ser manifestamente intempestivo – Havendo discussão no Superior Tribunal de Justiça sobre o
início do prazo de intimação para o membro do Ministério Público (se a partir da ciência pessoal ou do
recebimento dos autos com vista), não pode o Em. Relator negar seguimento monocraticamente a recurso
interposto, uma vez não se tratar de recurso “manifestamente” extemporâneo. Tanto é assim que Recente
Julgado (Agrg No Agi 338.477/Rs, Dj 20.8.2001) afirma ser da ciência pessoal o início de contagem do prazo
para o MP, estando, assim, o apelom ministerial tempestivo”. (Agravo Regimental no Recurso Especial
299130 – HBC 199900200 26593 – STJ – Rel Min. Hamilton Carvalhido – 6a Turma)
Portanto, cabível o agravo regimental na hipótese, e estando plenamente tempestivo o agravo de instrumento
interposto, a respeitável decisão deverá ser integralmente reformada.
III – DO PEDIDO
Diante do exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso e, caso Vossa Excelência entenda
que deva manter a respeitável decisão, que seja o presente agravo regimental submetido a julgamento pelo
respectivo órgão julgador, para que o agravo de instrumento seja conhecido e processado nos ditames da
Lei, como medida de inteira Justiça.
Nesses termos, pede deferimento.
(local e data)
Advogado – OAB / SP No
19
MEMORIAIS
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA
COMARCA DE ,
(Pular 10 linhas para despacho judicial)
Luis, já qualificado nos autos do processo crime no , que lhe move a Justiça Pública (2), por seu
advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, dentro do prazo legal,
apresentar
MEMORIAIS
com fulcro no artigo 403 §3o do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de direito a seguir
expostas:
I – DOS FATOS
O Acusado foi denunciado como incurso nas penas do art. 171, parágrafo 2o, inciso VI, do Código Penal,
porque pagou compra que fizera com cheque devolvido pelo banco sacado, por falta de suficiente provisão de
fundos.< Ocorre que, durante a instrução criminal, o Acusado juntou prova de que pagara a dívida no curso do
inquérito policial.< O Ministério Público, em seus memoriais, pediu a condenação do Réu.
II – DO DIREITO
Não assiste razão ao ilustre representante do Ministério Público quando pretende ver condenado o Acusado
pela prática do delito de estelionato por meio de pagamento de cheque sem fundos.
Com efeito, a súmula 554 do Supremo Tribunal Federal preceitua que:
“O pagamento de cheque emitido sem provisão de fundos, após o recebimento da denúncia, não obsta ao
prosseguimento da ação penal.”
Portanto, pode-se facilmente perceber que, quando o pagamento efetuar-se antes do recebimento da
denúncia, ficaimpedida a instauração da ação penal.
No caso em apreço, foi justamente o que aconteceu. O Acusado saldou a dívida ainda durante a investigação
criminal, razão pela qual sequer deveria ter sido proposta a presente ação e, tendo-a sido, indevidamente,
certamente não pode resultar na condenação do Acusado.
Ademais, a súmula de número 246, também do Supremo Tribunal Federal, estabelece que:
“Comprovado não ter havido fraude, não se configura o crime de emissão de cheque sem fundos”.
De fato, a caracterização do crime de estelionato por meio de pagamento de cheque sem fundos somente se
configura quando há o dolo de praticar a fraude. O crime previsto no artigo 171, §2o, VI não admite
modalidade culposa.
Ora, o pronto pagamento da dívida revela que o Réu não agiu com má-fé e que não houve o dolo, que é a
vontade consciente de fraudar para obter a vantagem indevida.
Ademais, não logrou o Réu vantagem ilícita e o beneficiário do cheque não sofreu prejuízo patrimonial, já que
o compromisso foi honrado, sendo pago o cheque na fase do inquérito policial (cf. doc. acostado nos autos),
ou seja, antes do recebimento da denúncia oferecida pelo Promotor de Justiça, restando provado que não
houve configuração do delito em tela. Com muita propriedade, o ilustre Fernando Capez traça as seguintes
explanações sobre o assunto:
“Se o indivíduo emite um cheque na certeza de que tem fundos disponíveis para o devido pagamento pelo
banco, quando na realidade não há qualquer numerário depositado na agência bancária, não se pode falar
em ilícito criminal, ante a ausência de má-fé. (...) O que a lei penal pune é o pagamento fraudulento. (...) A
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fraude, portanto, reside no ato de o emitente fazer o beneficiário crer na existência de fundos suficientes em
sua conta bancária para arcar com o pagamento prometido. Com engodo, ele obtém vantagem almejada,
sem que realize a contraprestação pecuniária exigida.” (Curso de Direito Penal – Parte Especial – vol. 2,
Editora Saraiva, págs. 486/487)
Nessa esteira também o entendimento jurisprudencial uniforme, conforme já o comprovou a súmula 246 já
comentada.
Dessarte, se o cheque foi pago antes do recebimento da denúncia, inexiste o delito, não devendo prosseguir
a ação penal por falta de justa causa.
III – DO PEDIDO
Diante do exposto, requer seja julgada improcedente a presente ação, absolvendo-se o Réu, nos termos do
art. 386, inciso III (5), do Código de Processo Penal, como medida de inteira justiça.
Nesses termos,< pede deferimento.
(local e data).
advogado – OAB no
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Alegações Finais
Fundamentação
A fundamentação das Alegações Finais, quando tratar-se do rito ordinário (dos crimes contra a honra e dos
crimes de responsabilidade de funcionário público, está prevista no artigo 500, do Código de Processo Penal,
do rito especial do Tribunal do Júri, prevista no artigo 406 do mesmo diploma legal, do rito sumário no artigo
538, § 2º do CPP, as quais podem ser feitas oralmente, mas faculta-se a entrega por escrito, ou seja,
memoriais e no rito de entorpecentes a entrega de memoriais está prevista no artigo 57, da Lei 11.343/06.
Trata-se de um Ato Processual e é a última manifestação das partes no processo, para expor matéria de
fato e de direito. Contudo, deve-se observar que as nulidades devem ser argüidas preliminarmente.
No rito sumário, as ALEGAÇÕES FINAIS são feitas oralmente, sendo facultada a entrega por escrito, ou
seja, a entrega de memoriais, (art. 538, 2° do CPP). No rito de entorpecentes, a entrega de memoriais
encontra sua fundamentação no artigo 57, da Lei 11.343/06.
Procedimento
O advogado de defesa deve postular a ABSOLVIÇÃO DO RÉU (será este o pedido). O prazo para
apresentá-las é de 3 dias no rito ordinário e de 5 dias no rito especial do Tribunal do Júri.
Admissibilidade
A peça deve ser endereçada ao Meritíssimo Juiz da Vara por onde tramita o processo e depois das partes
apresentarem as suas Alegações Finais, os autos vão conclusos ao Juiz para que ele possa proferir a
sentença.
No rito especial do Tribunal do Júri as ALEGAÇÕES FINAIS encontram-se fundamentadas no art. 406 do
CPP, e o pedido deve ser:
a) Pronúncia: Pedir para que o réu seja levado a julgamento pelo Tribunal do Júri;
b) Impronúncia: Quando não houver indícios de autoria ou prova de materialidade do delito. Neste caso não
ficará livre de ser processado novamente pelo mesmo fato, enquanto não estiver extinta a punibilidade, por
que se surgirem novas provas, poderá ser instaurado novo processo contra ele;
c) Desclassificação: A desclassificação ocorre quando o delito não for de competência do Tribunal do Júri.
Neste caso o processo deve ser remetido para Vara Comum;
b) Absolvição Sumária: A absolvição sumária ocorre quando o ato praticado pelo agente estiver amparado
por uma das excludentes de antijuricidade ou exclusão da ilicitude (legítima defesa, estado de necessidade,
estrito cumprimento do dever legal e exercício regular do direito.
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Modelo da Peça
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca de .
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da Secção Judiciária de .
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara do Tribunal do Júri da Comarca de
. (Crimes da competência do Júri)
(espaço de 10 linhas para despachos)
" ... ", já qualificado nos autos da ação penal em trâmite, que lhe move (Justiça Pública ou nome
do querelante), por seu advogado que esta subscreve, vem respeitosamente, à presença de Vossa
Excelência, com fundamentado no artigo 404 parágrafo único do Código de Processo Penal (ou do 411§ 4º
do CPP - crime de competência do júri ou do 534 - sumário), oferecer suas ALEGAÇÕES FINAIS ou
MEMORIAIS e para tanto expõe.
(2 linhas)
DOS FATOS
O réu ... (resumir o problema dado).
DO DIREITO
Embora os fatos descritos, a acusação é totalmente improcedente, com efeito (redigir uma
dissertação com início, meio e fim, expondo o caso concreto e a dissonância existente entre os fatos e a lei).
Reforçando o que foi acima descrito, citamos jurisprudência predominante pertinente ao caso
(transcrever a melhor jurisprudência ou acórdão).
" ... "
A doutrina pacificou o entendimento no mesmo sentido, dentre as quais selecionamos o
posicionamento do ilustre (Doutor ou Professor - Citar a obra, página, volume e edição).
" ... "
Conclui-se, portanto, conforme ficou demonstrado, que o réu faz jus a ... (expor o que se pede).
DO PEDIDO
Diante do acima exposto, requer que seja decretada a "absolvição do réu, com fulcro no artigo
386, inciso..., do Código de Processo Penal, como medida da mais lídima JUSTIÇA !!!!!!
ou
No caso de competência do Júri, pedir, conforme o caso: Impronúncia, Desclassificação ou
Absolvição Sumária, conforme artigos do CPP), com medida da mais lídima JUSTIÇA !!
Nestes termos
Pede Deferimento
Loca e Data
OAB - Seccional de ...
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Apelação
Fundamentação
O recurso de Apelação é cabível das sentenças definitivas condenatórias ou absolutórias de 1º grau, com
prazo de interposição de 5 dias a contar da intimação da sentença, ou, por nos autos quando o juiz profere a
sentença na audiência e o advogado toma ciência interpondo a Apelação oralmente e o escrevente reduz a
termo. A Apelação compõe-se 2 peças: Interposição e Razões de Apelação.
A interposição será sempre endereçada ao próprio Juiz que prolatou a sentença, para que ele possa
analisar os pressupostos de admissibilidade, ou seja, o Juízo de Prelibação. Em seguida o Juiz poderá tomar
3 decisões:
a) Recebê-la: Os autos voltam ao apelante para que ele apresente as RAZÕES em 8 dias;b) Denegá-la: Se o juiz denegá-la, cabe o recurso RESE, conforme art. 581, XV do CPP;
a) Recebê-la e Julgá-la Deserta: Esta situação ocorre quando o réu apela e foge). Também cabe o recurso
RESE.
Com as razões os autos são remetidos ao Tribunal competente para reexame da matéria (Tribunal de
Justiça ou TRF).
A Apelação é um recurso de Instância Reiterada, ou seja, o julgamento do recurso é realizado por um
órgão diverso daquele que prolatou a sentença. Na apelação comum, postula-se, via de regra, pela reforma
da sentença.
A apelação se extingue de 2 formas:
a) normal: Pelo seu julgamento, proferido o acórdão;
b) normal: Pela deserção, ou seja, quando o réu apela e foge;
Pode-se apelar das sentenças absolutórias quando:
a ): Absolvem o réu e aplicam medida de segurança (absolvição imprópria);
b ): Visando alteração do inciso do artigo 386 (Ex.: que absolvem por insuficiência de provas ou concedem o
perdão judicial, etc.).
Apelação de Sentenças Proferidas Pelo Tribunal do Júri
As decisões do Tribunal do Júri são soberanas, isto é, nenhum órgão jurisdicional pode alterar as decisões
proferidas por ele. Assim, ao se apelar de uma sentença proferida pelo Tribunal do Júri, não se pede a
reforma da sentença, mas sim, que o apelante seja submetido a um novo júri, conforme estabelece o art. 5º,
XXXVII, "c" da CF. (Princípio da Soberania do Júri).
Mas se a apelação se basear no fato da sentença do Juiz-Presidente ser contrária à lei expressa, ou à
decisão dos jurados ou se houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de
segurança, pode o Tribunal de 2ª Instância corrigir o erro (art. 593, §§ 1º e 2º do CPP).
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Modelo da Peça
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca de .
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Presidente do Tribunal do Júri da Comarca da Capital de
. (Contra sentença proferida pelo Tribunal do Júri, em casos de crimes dolosos contra a vida, tentados ou
consumados).
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara do Tribunal do Júri da Comarca de
. (Crimes da competência do Júri)
(espaço de 10 linhas para despachos)
" ... ", já qualificado nos autos da ação penal em nº , que lhe move a Justiça Pública, por seu
defensor, não se conformando "data máxima venia", com a sentença que o condenou à pena de anos
de reclusão (ou detenção), como incurso no artigo , do Código Penal, dela vem interpor, tempestivamente,
RECURSO DE APELAÇÃO, com fundamento no artigo 593, inciso , do Código de Processo Penal (ou do
artigo 593, III, "d",§ 3º, se for Tribunal do Júri) ao Egrégio Tribunal de .
(2 linhas)
Termos em que, requer que seja ordenado o processamento do recurso, com as inclusas razões.
(2 linhas)
Pede Deferimento
(2 linhas)
Loca e Data
OAB - Seccional de ...
25
Razões de Apelação
APELANTE:
APELADA: Justiça Pública
Processo Crime Nº.:
(5 linhas)
Egrégio Tribunal de
Colenda Câmara
Ínclitos julgadores
Douta Procuradoria de Justiça
(5 linhas)
Em que pese o ilibado saber jurídico do Meritíssimo Juiz de 1º grau, impõe a reforma da
respeitável sentença condenatória proferida contra o apelante, pelas razões a seguir aduzidas:
(2 linhas)
DOS FATOS
O apelante ... (copiar o problema, ou, resumi-lo quando for demasiadamente extenso).
(2 linhas)
DO DIREITO
Elaborar a defesa com introdução, exposição e conclusão.
Reforçando o que foi acima descrito, citamos jurisprudência predominante pertinente ao caso
(transcrever a melhor jurisprudência ou acórdão).
" ... "
A doutrina pacificou o entendimento no mesmo sentido, dentre as quais selecionamos o
posicionamento do ilustre (Doutor ou Professor - Citar a obra, página, volume e edição).
" ... "
Conclui-se, portanto, que a sentença condenatória padece de vícios insanáveis.
(2 linhas)
DO PEDIDO
Diante do acima exposto, postula-se que seja dado provimento ao recurso interposto,
decretando-se a absolvição do apelante com fulcro no artigo 386, do Código de Processo Penal, como
medida da mais lídima JUSTIÇA!!!
(2 linhas)
Loca e Data
OAB - Seccional de ...
26
Razões de Apelação - Tribunal do Júri
APELANTE:
APELADA: Justiça Pública
Processo Crime Nº.:
(5 linhas)
Egrégio Tribunal de
Colenda Câmara
Ínclitos julgadores
Douta Procuradoria de Justiça
(5 linhas)
Não é por mero espírito procrastinatório que o apelante clama por justiça, mas para pleitear aos
ínclitos Desembargadores que não permitam que a respeitável sentença condenatória do Egrégio Tribunal do
Júri da Comarca de , continue a prevalecer, pelas razões a seguir aduzidas.
(2 linhas)
DOS FATOS
O apelante ... (copiar o problema, ou, resumi-lo quando for demasiadamente extenso).
(2 linhas)
DO DIREITO
Elaborar a defesa com introdução, exposição e conclusão.
Reforçando o que foi acima descrito, citamos jurisprudência predominante pertinente ao caso
(transcrever a melhor jurisprudência ou acórdão).
" ... "
A doutrina pacificou o entendimento no mesmo sentido, dentre as quais selecionamos o
posicionamento do ilustre (Doutor ou Professor - Citar a obra, página, volume e edição).
" ... "
Conclui-se, portanto, que a sentença condenatória padece de vícios insanáveis.
(2 linhas)
DO PEDIDO
Diante do acima exposto, postula-se que seja dado provimento ao recurso interposto,
determinando que o apelante seja submetido a novo julgamento, com fulcro no artigo 593, inciso III, alínea
"d", parágrafo 3º, do Código de Processo Penal, como medida da mais lídima JUSTIÇA!!!
(2 linhas)
Loca e Data
OAB - Seccional de ...
27
Petição de Juntada de Contra-Razões de Apelação
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara Criminal da Capital de São
Paulo. ou
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Presidente do Tribunal do Júri da Comarca de .
(Contra sentença proferida pelo Tribunal do Júri, casos de crimes dolosos contra a vida, tentados ou
consumados).
(Pular 10 linhas para despacho judicial)
" ", já qualificado nos autos da ação penal nº. , que lhe move a Justiça Pública, por seu
advogado infra assinado, não se conformando "data máxima venia", com o recurso interposto pelo Digno
Representante do Ministério Público, vem respeitosamente perante Vossa Excelência requerer a juntada das
CONTRA-RAZOES DE APELAÇÃO, com fulcro no artigo 600 do Código de Processo Penal. Requerendo,
desde já, seja recebida e remetida ao Egrégio Tribunal de .
(2 linhas)
Termos em que,
Pede Deferimento
Loca e Data
OAB - Seccional de ...
28
Contra-Razões de Apelação
APELADO:
APELANTE: Justiça Pública
Processo Crime Nº.:
(Pular 10 linhas para despacho judicial)
Egrégio Tribunal de
Colenda Câmara
Ínclitos julgadores
Douta Procuradoria de Justiça
(5 linhas)
Impõe-se, "data venia", a presente contra-razões de Apelação, com fulcro no artigo 600, do
Código de Processo Penal, para que seja mantida a respeitável sentença absolutória proferida em favor do
apelado, pelas razões a seguir aduzidas:
(2 linhas)
DOS FATOS
O apelado ... (copiar o problema, ou, resumi-lo quando for demasiadamente extenso).
(2 linhas)
DO DIREITO
Elaborar a defesa com introdução, exposição e conclusão.
Reforçando o que foi acima descrito, citamos jurisprudência predominante pertinente ao caso
(transcrever a melhor jurisprudência ou acórdão).
" ... "
A doutrina pacificou o entendimento no mesmo sentido, dentre as quais selecionamoso
posicionamento do ilustre (Doutor ou Professor - Citar a obra, página, volume e edição).
" ... "
Conclui-se, portanto, que ...
(2 linhas)
DO PEDIDO
Diante do exposto, requer seja negado provimento a Apelação interposta pelo Digno
Representante do Ministério Público, mantendo-se a absolvição em favor do apelado, como medida da mais
lídima JUSTIÇA !!!
(2 linhas)
Loca e Data
OAB - Seccional de ...
29
Apelação No Juizado Especial Criminal - JECRIM
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara do Juizado Especial Criminal de
(Pular 10 linhas para despacho judicial)
" ... ", já qualificado nos autos da ação penal nº., por seu defensor infra-assinado, não se
conformando, "data máxima venia", com a sentença que o condenou a pena de meses de detenção, como
incurso no art. , do Código Penal , dela vem APELAR, tempestivamente, com fundamento no art. 82 (ou
76, parágrafo 5º) da Lei nº. 9.099/95, à Egrégia Turma Julgadora.
(2 linhas)
Termos em que, requer que seja ordenado o processamento do recurso, com as inclusas razões.
(2 linhas)
Pede Deferimento.
Local.data
OAB/SP - Nº.
30
Razões de Apelação no JECRIM
APELANTE:
APELADA: Justiça Pública
Processo Crime Nº.:
(5 linhas)
Ilustre Turma Julgadora
Doutos Julgadores
(5 linhas)
Impõe-se a reforma da respeitável sentença condenatória proferida contra o apelante, pelas
razões a seguir aduzidas:
(2 linhas)
DOS FATOS
O apelante ... (copiar o problema, ou, resumi-lo quando for demasiadamente extenso).
(2 linhas)
DO DIREITO
Elaborar a defesa com introdução, exposição e conclusão.
Reforçando o que foi acima descrito, citamos jurisprudência predominante pertinente ao caso
(transcrever a melhor jurisprudência ou acórdão).
" ... "
A doutrina pacificou o entendimento no mesmo sentido, dentre as quais selecionamos o
posicionamento do ilustre (Doutor ou Professor - Citar a obra, página, volume e edição).
" ... "
Conclui-se, portanto, que ...
(2 linhas)
DO PEDIDO
Diante do exposto, requer seja negado provimento ao recurso interposto, decretando-se a
absolvição do apelante, por ser medida da mais lídima JUSTIÇA !!!
(2 linhas)
Loca e Data
OAB - Seccional de ...
31
APELAÇÃO
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA
CRIMINAL DA COMARCA DE ,
(Pular 10 linhas para despacho judicial)
Ana, já qualificada nos autos do processo crime no , que lhe move a Justiça
Pública, por seu advogado que esta subscreve, não se conformando com a respeitável
sentença que a condenou como incursa nas penas do art. 299 do Código Penal, vem,
respeitosamente, perante Vossa Excelência, dentro do prazo legal, interpor
RECURSO DE APELAÇÃO
com fundamento no art. 593, inciso I, do Código de Processo Penal.
Requer seja recebida e processada a presente apelação e encaminhada, com as inclusas
razões, ao Egrégio Tribunal de Justiça.
Nesses termos, pede deferimento.
(local e data).
advogado – OAB no
32
RAZÕES DE< RECURSO DE APELAÇÃO
APELANTE: Ana
< APELADA: Justiça Pública
PROCESSO No
Egrégio Tribunal de Justiça,
Colenda Câmara,< Douto Procurador de Justiça,
Em que pese o indiscutível saber jurídico do Meritíssimo Juiz “a quo”, impõe-se a reforma da
respeitável sentença proferida contra a Apelante, pelas razões de fato e de direito a seguir
expostas:
I – DOS FATOS
Ana, ora Apelante, foi acusada por crime de falsidade ideológica, sendo instaurado inquérito
policial que foi arquivado em 2002.
No ano seguinte ao do arquivamento, um outro Promotor Público, analisando os autos do
inquérito, chegou à conclusão de que os fatos eram suscetíveis de se enquadrarem em nova
definição jurídica e ofereceu denúncia. A denúncia prosperou e acabou sendo a Apelante
condenada.
II – DO DIREITO
Com a devida vênia, a respeitável sentença foi proferida em processo manifestamente nulo,
não podendo subsistir.
Com efeito, o artigo 18 do Código de Processo Penal preceitua que :
“Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base
para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras
provas tiver notícia.”
Analisando-se o disposto no referido artigo, é de se concluir que o inquérito policial somente
poderá ser desarquivado se surgirem novas provas.
No caso em tela, o inquérito policial foi desarquivado apenas e tão- somente porque um
outro D.D. Promotor de Justiça entendeu que os fatos eram suscetíveis de nova capitulação
jurídica.
Ora, Nobres Julgadores, não existiram novas provas para o desarquivamento do inquérito
policial, no presente caso, constituindo tal fato manifesto constrangimento ilegal contra a
Apelante.
Acrescente-se que novas provas são somente aquelas que produzem alteração dentro do
conjunto probatório em que foi baseado o arquivamento. Assim, “a nova prova há de ser
substancialmente inovadora, e não apenas formalmente nova” (RTJ 91/831 e RT 540/393)
Nesse sentido, é a lição do ínclito penalista Júlio Fabbrini Mirabete: “Produzidas novas
provas que modifiquem a matéria de fato, poder-se- á desarquivar o inquérito para o
33
oferecimento da denúncia ou queixa.” (Código de Processo Penal Interpretado, 9a edição,
Editora Atlas, págs.124)
No mesmo sentido, o Colendo Supremo Tribunal Federal já consagrou o seu entendimento
na Súmula 524, a qual passamos a transcrever:
“Arquivado o inquérito policial, por despacho do Juiz, a requerimento do Promotor de Justiça,
não poderá a ação penal ser iniciada sem novas provas”.
Dessa forma, não se valeu o DD. Representante do Ministério Público de provas novas, vez
que eram inexistentes, não podendo assim ter sido desarquivados os autos do inquérito
policial, tampouco ter sido condenada a Apelante.
III – DO PEDIDO
Diante do exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso, anulando-se o
processo, “ab initio”, bem como expedindo-se contramandado de prisão em favor da
Apelante, como medida de inteira justiça.
(local e data)
advogado – OAB no
34
Carta Testemunhável
Fundamentação
A Carta Testemunhável está fundamentada nos artigos 639 a 646 do CPC, a ser requerida no prazo de 48
horas, com interposição e razões. Ela é cabível da decisão que nega seguimento ao RESE e Agravo de
Execução, e tem como objetivo garantir o processamento de um outro recurso, evitando-se, assim, que
algum inconformismo não seja apreciado pelo judiciário.
Denegação de Recursos
Os recursos, em geral, poderão ser denegados em 1ª. instância ou em 2ª. instância (Juízo de
Admissibilidade), sendo:
a) do não recebimento da Apelação caberá RESE;
b) do não recebimento dos Embargos Declaratórios, Infringentes ou de Nulidade caberá Agravo Regimental;
c) do não recebimento do Recurso Especial ou Extraordinário caberá Agravo de Instrumento;
d) do não recebimento da Correição Parcial caberá Mandado de Segurança.
Processamento da Carta
Se o recurso (RESE ou Agravo em Execução) for negado em 1ª. instância, a Carta Testemunhável será
requerida ao Escrivão do Cartório, mas se for negado em 2ª. instância, ela será requerida ao Secretário do
Tribunal.
O pedido da Carta deverá conter a indicação das peças a serem trasladadas, que formarão o instrumento
para o julgamento da Carta Testemunhável. Caso o Secretário ou Escrivão se recusarem a extrair peças,
poderá haver reclamação ao Presidente do Tribunal "ad quem", que determinará a subida dos autos e
aplicará as sanções administrativas aosfaltosos.
Extraído e autuado o instrumento, a Carta seguirá o procedimento do recurso denegado, e deverá, neste
momento, ser feito o Juízo de Retratação.
Se o juiz se retratar o recurso que anteriormente não foi recebido será remetido ao Tribunal, mas se
sustentar a decisão de denegação, o Tribunal "ad quem' mandará subir o recurso denegado ou, se estiver
instruída a Carta, poderá o Tribunal apreciar o mérito da questão que ensejou o Recurso denegado.
35
Modelo da Peça
Ilustríssimo Senhor Escrivão do Cartório do Ofício Criminal do Foro da Comarca de
. ou
Ilustríssimo Senhor Secretário do Cartório da Câmara do Tribunal de Justiça de .
" ... ", (qualificação e endereço), por seu advogado infra-assinado, vem perante Vossa Senhoria,
com fundamento no artigo 639, do Código de Processo Penal, requerer a extração da CARTA
TESTEMUNHÁVEL , bem como que seja recebido, processado e remetido o presente recurso ao Egrégio
Tribunal de Justiça de .
Requer, ainda, que Vossa Senhoria comunique ao Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz, para que
ele possa exercer o juízo de retratação.
Para tanto, Indica para serem transladas as seguintes peças:
1) Decisão recorrida;
2) Intimação da decisão recorrida;
3) Petição do recurso; e
4)Despacho denegatório do recurso.
(2 linhas)
Nestes Termos
Pede Deferimento.
(2 linhas)
Loca e Data
OAB - Seccional de ...
36
Razões de Carta Testemunhável
REQUERENTE:
REQUERIDA: Justiça Pública
Processo Crime Nº.:
(5 linhas)
Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de
Colenda Câmara
Ínclitos Desembargadores ou Doutos Julgadores
(5 linhas)
A Respeitável decisão do Meritíssimo Juiz, julgando intempestivo o Recurso de ..., não deve
"data venia", subsistir, pelas razões a seguir aduzidas:
(2 linhas)
DOS FATOS
O Requerente ... (resumir o problema dado).
(2 linhas)
DO DIREITO
O Meritíssimo Juiz não poderia ter indeferido o recurso em apreço, pois o mesmo foi interposto
tempestivamente.
(2 linhas)
DO PEDIDO
Diante de todo o exposto , postula-se a presente Carta Testemunhável, para que esse Egrégio
Tribunal, determine que o recurso de ... seja processado, para que assim se faça unicamente justiça.
Requer, ainda, caso Vossa Excelência entenda que a presente Carta acha-se devidamente
instruída, o seu processamento em conformidade com o artigo 644, do Código de Processo Penal.
(2 linhas)
Loca e Data
OAB - Seccional de ...
37
CARTA TESTEMUNHÁVEL
ILUSTRÍSSIMO SENHOR ESCRIVÃO DIRETOR DO OFÍCIO CRIMINAL
DA COMARCA DE ,
(Pular 10 linhas para despacho judicial)
“A”, já qualificado nos autos do recurso em sentido estrito no , por seu
advogado que esta subscreve, não se conformando com a respeitável decisão que negou
seguimento ao recurso, vem, respeitosamente, perante Vossa Senhoria, dentro do prazo
legal, requerer a extração de
CARTA TESTEMUNHÁVEL
com fulcro no artigo 639 do Código de Processo Penal.
Indica para trasladado as seguintes peças:
a) decisão que ensejou o recurso denegado;
b) certidão de intimação dessa decisão;<
c) interposição e razões do recurso denegado;
d) a decisão que denegou o recurso;
e) certidão de intimação da decisão denegou o recurso
f) cópia da queixa-crime
Diante do exposto, requer seja extraída a presente carta testemunhável e, caso o Douto
Magistrado entenda que deva manter a respeitável decisão, que seja encaminhada com as
inclusas razões ao Egrégio Tribunal de Justiça.
Nesses termos, pede deferimento.
(local e data)
advogado – OAB no
38
RAZÕES DE< CARTA TESTEMUNHAVEL.
RECORRENTE: “A”
RECORRIDO:< PROC:
Egrégio Tribunal de Justiça, Colenda Câmara, < Douto Procurador de Justiça,
Em que pese o indiscutível saber jurídico do Meritíssimo Juiz ”a quo”, impõe-se a reforma da
respeitável decisão que negou seguimento ao recurso em sentido estrito interposto pelo
testemunhante, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:
I – DOS FATOS
O Testemunhante, processado por violação ao artigo 213 do Código Penal, requereu que
fosse declarada a extinção da punibilidade por decadência, uma vez que a ofendida não
intentou a ação no prazo legal.
Referido pedido foi indeferido pelo Meretíssimo Juiz de 1o grau, ocasião em que o
Testemunhante interpôs recurso em sentido estrito, dentro do prazo legal, com fundamento
no art. 581, IX, do Código de Processo Penal.
Ocorre que o Meretíssimo Juiz “a quo” negou seguimento ao recurso interposto, sob a
alegação de que era intempestivo.
II – DO DIREITO
Não merece prosperar a respeitável decisão do Meritíssimo Juiz, por ter sido proferida sem
amparo legal.
Com efeito, segundo a regra insculpida no artigo 586 do Código de Processo Penal, o prazo
para a interposição do recurso em sentido estrito, ressalvada a hipótese do inciso XIV do
artigo 581, é de cinco dias.
Ora, o recurso interposto pelo Testemunhante, ao contrário do que afirma a respeitável
decisão, é plenamente tempestivo, pois foi interposto dentro do prazo legal de 5 (cinco) dias
(fls._ ), nos termos do supra citado artigo, contados da intimação da respeitável decisão que
indeferiu o pedido de extinção da punibilidade por decadência (fls. _ ).
Dessa forma, é perfeitamente cabível a presente carta testemunhável, conforme o disposto
no artigo 639 do Código de Processo Penal.
Sobre o assunto, preleciona o ínclito doutrinador Júlio Fabrini Mirabete:
“Cabe a carta testemunhável da decisão que denegar o recurso, ou mais precisamente, da
decisão do juiz ou tribunal ‘a quo’ que não admitir o recurso ou, quando admitido, obstar sua
expedição ou seguimento para o juízo ad quem”. (Código de Processo Penal Interpretado,
9a edição, pag. 1664).
Em consonância com a doutrina, não destoa a jurisprudência de nossos tribunais,
merecendo destaque o julgado abaixo transcrito:
“Entre nós, por expressa disposição da lei penal processual, é admissível a carta
39
testemunhável, quando for denegado recurso em sentido estrito.” (TACRIM-SP – RT
553/375)
III – DO PEDIDO
Diante do exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso, determinando-se o
processamento do recurso em sentido estrito, ou, caso Vossas Excelências entendam estar
suficientemente instruída a carta, que decidam “de meritis” em face do disposto no art.644 do
CPP, como medida de inteira justiça.
(local e data).
advogado – OAB no
40
REQUERIMENTO DE HABILITAÇÃO COMO ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA
CRIMINAL DA COMARCA DE ,
(Pular 10 linhas para despacho judicial)
Maria, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), residente e domiciliada na Rua
, por seu advogado que esta subscreve (conforme procuração anexa –
doc. 01), vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, nos autos do processo-crime no
, requerer sua
HABILITAÇÃO COMO ASSISTENTE DA ACUSAÇÃO
com fulcro no artigo 268 do Código de Processo Penal, após manifestação do Ministério
Público.
Nesses termos, pede deferimento.
(local e data).
advogado – OAB no
41
REQUERIMENTO PARA INSTAURAÇÃO DE INQUÉRITO POLICIAL
ILUSTRÍSSIMO SENHOR DOUTOR DELEGADO DE POLÍCIA TITULAR DO
DISTRITO POLICIAL DE ,
(Pular 10 linhas para despacho policial)
, (nacionalidade), (estado civil), comerciante, residente e domiciliado na Rua
, por seu advogado que esta subscreve (conforme procuração anexa – doc.
01), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Senhoria requerer
INSTAURAÇÃO DE INQUÉRITO POLICIALcom fulcro no artigo 5o, II, do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de direito a
seguir expostas:
I – DOS FATOS
O Requerido comprou do Requerente mercadorias no valor de R$ 1.500,00 (hum mil e
quinhentos reais), efetuando o pagamento por meio de cheque.
Ocorre que o cheque foi recusado após duas apresentações, por falta de fundos,
configurando o delito de estelionato na modalidade de pagamento por meio de cheque sem
provisão de fundos.
II – DO DIREITO
Com efeito, o artigo 171, § 2o, VI, do Código Penal, assim descreve o crime de estelionato:
“ Art. 171. Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou
mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento:...
§2o Nas mesmas penas incorre quem: ...
VI – emite cheque, sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado, ou lhe frustra o
pagamento.”
Note-se que houve perfeita adequação entre a conduta do Requerido e o disposto no
supracitado dispositivo penal.
A emissão de cheque pelo Requerido sem suficiente provisão de fundos, bem como o efetivo
prejuízo para o Requerente encontram-se amplamente caracterizados.
III – DO PEDIDO
Diante do exposto, requer seja instaurado o competente Inquérito Policial para que,
posteriormente, possa ser promovida a persecução penal contra o Requerido.
Requer, outrossim, a notificação e oitiva das testemunhas a seguir arroladas:
42
Rol de Testemunhas:
1) Nome, endereço
2) Nome, endereço
3) Nome, endereço
Nesses termos, pede deferimento.
(local e data).
advogado – OAB no
43
JUSTIFICAÇÃO CRIMINAL
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL
DA COMARCA DE ,
(Pular 10 linhas para despacho judicial)
“A”, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), residente e domiciliado na Rua
, por seu advogado que esta subscreve (conforme procuração anexa
– doc.01), vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, apresentar
JUSTIFICAÇÃO CRIMINAL
nos termos da lei, com base nos artigos 861 e seguintes do Código de Processo Civil, pelas
razões de fato e de direito a seguir expostas:
I – DOS FATOS
“A” foi processado e condenado por ter alugado seu apartamento para um casal manter ali
relações sexuais, mediante o preço de R$200,00 (duzentos reais).
Ocorre que, um mês após a publicação do acórdão que confirmou a sentença condenatória,
surgiram testemunhas garantindo ter sido a primeira vez que praticara tal fato.
II – DO DIREITO
Diante do surgimento de novas provas que atestam a inocência do Condenado, a oitiva das
testemunhas referidas é pertinente e necessária uma vez que a prova produzida poderá
basear a revisão criminal para desconstituir o acórdão que condenou o Réu à pena de 2
(dois) anos de reclusão pelo delito tipificado no artigo 229 do Código Penal.
III – DO PEDIDO
Diante do exposto, requer a notificação e oitiva das testemunhas a seguir arroladas, como
medida de inteira Justiça:
Rol de testemunhas:
1) Nome, endereço 2) Nome, endereço 3) Nome, endereço
Nesses termos, pede deferimento.
(local e data).
advogado – OAB no
CORREIÇÃO PARCIAL
44
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA
DA COMARCA DE
(Pular 10 linhas para despacho judicial)
Carlos, nos autos do processo crime que lhe move a Justiça Pública, por seu advogado que
esta subscreve, não se conformando com a respeitável decisão que determinou a oitiva das
testemunhas de defesa antes da oitiva das testemunhas da acusação, vem,
respeitosamente, perante Vossa Excelência, dentro do prazo legal, interpor
CORREIÇÃO PARCIAL
com fulcro no artigo .
Requer seja recebido e processado o presente recurso e, caso Vossa Excelência entenda
deva ser mantida a respeitável decisão, que seja encaminhado, com as inclusas razões ao
Egrégio Tribunal de Justiça.
Nesses termos, pede deferimento.
(local e data).
advogado – OAB no
45
RAZÕES DE < CORREIÇÃO PARCIAL
RECORRENTE: Carlos
RECORRIDO: Justiça Pública
PROCESSO No
Egrégio Tribunal de Justiça, Colenda Câmara,< Douto Procurador de Justiça,
Em que pese o indiscutível saber jurídico do Meritíssimo Juiz ”a quo”, impõe-se a reforma da
respeitável decisão que determinou a oitiva das testemunhas da defesa antes das da
acusação, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:
I – DOS FATOS
O Recorrente foi denunciado pela prática do crime previsto no artigo 157, § 2o, inciso I, do
Código Penal, pois supostamente teria subtraído a carteira de um motorista, mediante grave
ameaça com emprego de arma.< Apresentou defesa preliminar, ocasião em que arrolou as
testemunhas da defesa.<
Ocorre que o Meretíssimo Juiz “a quo” determinou a oitiva das testemunhas da defesa antes
da oitiva das testemunhas da acusação.
II – DO DIREITO
A respeitável decisão não pode prosperar, porque fruto de um erro que importa inversão
tumultuária do processo.
Com efeito, o artigo 400 do Código Penal dispõe que:
“Art. 400. Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 60
(sessenta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, à inquirição das
testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no
art. 222 deste Código, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao
reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando- se, em seguida, o acusado
No caso em tela, referido dispositivo não foi observado pelo Meritíssimo Juiz “a quo”, uma
vez que as testemunhas de defesa serão ouvidas antes das de acusação, o que acaba por
ferir o princípio constitucional do contraditório e ampla defesa.< Nesse sentido, pertinente é a
lição do douto Júlio Fabbrini Mirabete ao ensinar que:
“As testemunhas arroladas pela acusação devem ser ouvidas em primeiro lugar (...) Isto
porque, evidentemente, as testemunhas arroladas pela defesa estão destinadas, em
princípio, a contrariar a prova produzida pela acusação. A inversão dessa ordem causa
tumulto processual, reparável por via de correição parcial (...)” ( Processo Penal, 10a edição,
Editora Atlas, pg. 480)
Na mesma trilha de entendimento, é a jurisprudência pátria:< “ (...)as testemunhas de
acusação deverão ser ouvidas antes das de defesa em respeito ao princípio do contraditório;
porém, a inversão da prova somente poderá anular a ação penal se demonstrado efetivo
prejuízo à defesa” ( TJSC – RT 747/748)
46
Em face do acima articulado, a respeitável decisão do Meritíssimo Juiz de 1o grau deve ser
inteiramente reformada.
III – DO PEDIDO
Diante do exposto, requer seja conhecida e provida a presente correição parcial, tornando-se
sem efeito a decisão recorrida, para que as testemunhas da defesa sejam ouvidas após as
da acusação, como medida de inteira justiça.
(local e data).
advogado – OAB no
47
DEFESA PRELIMINAR – RITO DE FUNCIONÁRIO PÚBLICO
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL
DA COMARCA DE
(Pular 10 linhas para despacho judicial)
José, já qualificado na denúncia oferecida pelo Digníssimo membro do Ministério Público,
por seu advogado que esta subscreve (conforme procuração anexa – doc. 01), vem,
respeitosamente, perante Vossa Excelência, apresentar
DEFESA PRELIMINAR
com fulcro no artigo 514 do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de direito a
seguir expostas:
I – DOS FATOS
O Acusado, policial civil, foi denunciado como incurso nas penas do artigo 312, “caput”, do
Código Penal, porque supostamente teria se apropriado de um relógio pertencentea um
preso, que lhe confiara a guarda.
II – DO DIREITO
Como bem passaremos a demonstrar, a denúncia deve ser rejeitada pelo Meritíssimo Juiz “a
quo”, uma vez que não houve tipicidade nem perfeita adequação do caso concreto à
descrição legal do delito em tela.
Com efeito, o artigo 312, “caput”, do Código Penal, assim descreve a conduta tipificada como
peculato:
“Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público
ou particular, de que tem a posse em razão do cargo (...)
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos e multa”
Nota-se que o crime somente se configura quando o agente, após ter obtido de forma lícita a
posse do bem em razão do cargo, passa a se comportar como dono do objeto, invertendo-se
o ânimo sobre ele.
No caso em tela, o Acusado, em nenhum momento passou a se comportar como dono do
relógio, nem sequer colocando-o no pulso.
O que, de fato, ocorreu foi que, após o preso ter sido algemado e pedido para o acusado
guardar o seu relógio, este recebeu um telefonema da sua esposa, comunicando que o seu
filho mais novo tinha sofrido um acidente de carro, razão pela qual, após efetuadas as
diligências na delegacia, saiu apressado, com o relógio no bolso, esquecendo-se de devolvê-
lo.
Importante ressaltar que foram juntados à colação documentos que comprovam as referidas
alegações como Boletim de Ocorrência, referente ao acidente de carro (doc.1), a ficha de
internação do acidentado no Hospital das Clínicas (doc. 2) e a conta telefônica da casa do
acusado, da qual consta o telefonema que sua mulher fez naquele horário para o seu celular
48
(doc. 3) Ensina o mestre Julio Fabbrini Mirabete:
“O dolo do crime de peculato é a vontade de transformar a posse em domínio, como ocorre
com o delito de apropriação indébita (...). Quanto ao peculato-apropriação basta a vontade
referida a esta, que pressupõe, conceitualmente, o animus ‘rem sibi habendi’, ou seja, a
intenção definitiva de não restituir a ‘res’.” (Manual de Direito Penal – parte especial – 17a
edição, Editora Atlas, pág. 304)
Também nessa trilha de entendimento, posiciona-se a construção jurisprudencial, “in verbis”:
“A ausência do elemento subjetivo do peculato, ‘o anumus rem sibi habendi’, afasta a
configuração do delito.” (TJSP – Ver. – Rel. Acácio Rebouças – RT 487/304)
Portanto, restando configurada a atipicidade da conduta do Acusado, não há falar em crime.
III – DO PEDIDO
Diante de todo o exposto, requer seja rejeitada a denúncia oferecida pelo representante do
Ministério Público, com fulcro no artigo 395, do Código de Processo Penal, como medida de
inteira justiça.
Nesses Termos, pede deferimento.
(local e data)
advogado – OAB no
49
Livramento Condicional
Fundamentação
O Livramento Condicional é um direito subjetivo do sentenciado, se preenchidos os requisitos legais
explicitados nos artigos 83 a 90, do Código Penal, e 131 a 146, da Lei de Execução Penal - LEP.
Trata-se da antecipação provisória da liberdade concedida, sob certas condições ao condenado que já
cumpriu parte da pena privativa de liberdade e o seu tempo de duração corresponde ao restante da pena que
estava sendo executada.
Requisitos
a) Condenação a pena privativa de liberdade igual ou superiora 2 anos;
b) Ter cumprido mais de 1/3 (um terço) da pena, se não for reincidente em crime doloso e tiver bons
antecedentes;
c) Ter cumprido mais da 1/2 (metade), se for reincidente em crime doloso;
d) Ter bom comportamento carcerário, bom desempenho no trabalho e aptidão para prover a própria
subsistência, mediante trabalho honesto;
e) Reparação do dano causado pela infração, salvo efetiva impossibilidade de fazê-lo;
f) Ter cumprido mais de 2/3 (dois terços) da pena, nos casos de condenação por crime hediondo (se não for
reincidente);
g) Se o crime for doloso e cometido com violência ou grave ameaça à pessoa, o condenado deverá ser
submetido à constatação de que não voltará a delinqüir.
Condições Para a Concessão do Livramento Condicional
As condições para a concessão do benefício estão explicitadas no artigo 85, do Código Penal, e de 131, da
LEP. "O Livramento Condicional poderá ser concedido pelo Juiz de Execução, presentes os requisitos do
artigo 83, do Código Penal, ouvidos o Ministério Público e o Conselho Penitenciário". Este último é o órgão
fiscalizador da execução da pena.
Condições Obrigatórias
a) Obter ocupação lícita, dentro de prazo razoável;
b) Comunicar periodicamente ao Juiz sua ocupação;
c) Não mudar de Comarca sem prévia autorização.
Revogação Obrigatória
a) O liberado vem a ser condenado à pena privativa de liberdade por crime em sentença irrecorrível, durante
a vigência do benefício.
Revogação Facultativa
a) O liberado deixar de cumprir as obrigações;
b) Se o liberado for condenado em sentença irrecorrível, durante vigência do benefício, por crime ou
contravenção, à pena não privativa de liberdade.
50
Modelo da Peça
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara das Execuções Criminais da Comarca de
(5 linhas)
Processo Crime Nº.:
(05 linhas)
" ... ", devidamente qualificado nos autos supra referenciado, por seu advogado infra-assinado,
vem respeitosamente perante Vossa Excelência, com fulcro no artigo 83, do Código Penal, combinado com
os artigos 131 e seguintes da Lei de Execução Penal, requerer o beneficio do LIVRAMENTO CONDICIONAL,
pelas razões a seguir aduzidas.
DOS FATOS
O Requerente ... (resumir o problema dado).
(2 linhas)
DO DIREITO
Tendo o requerente cumprido os requisitos do artigo 83, e incisos, do Código Penal, o mesmo faz
jus ao benefício (faça a dissonância entre os fatos e a lei).
Reforçando o que foi acima descrito, citamos jurisprudência predominante pertinente ao caso
(transcrever a melhor jurisprudência ou acórdão).
" ... "
A doutrina pacificou o entendimento no mesmo sentido, dentre as quais selecionamos o
posicionamento do ilustre (Doutor ou Professor - Citar a obra, página, volume e edição).
" ... "
Conclui-se, portanto, que ...
(2 linhas)
DO PEDIDO
Diante de todo o exposto e presentes os requisitos legais conforme os documentos juntados,
após a oitiva do representante do Ministério Público e do Conselho Penitenciário, requer a concessão do
Livramento Condicional e a expedição da competente Carta de Livramento em favor do requerente, por ser
medida de Justiça.
2 linhas)
Nestes Termos
Pede Deferimento.
(2 linhas)
Loca e Data
OAB - Seccional de ...
51
LIVRAMENTO CONDICIONAL
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DAS EXECUÇÕES
CRIMINAIS DA COMARCA DE ,
(Pular 10 linhas para despacho judicial)
Manoel, já qualificado nos autos do processo de execução no , por seu advogado
que esta subscreve, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, requerer
LIVRAMENTO CONDICIONAL
com fulcro nos artigos 83 e seguintes do Código Penal, c.c. os artigos 131 e seguintes da Lei
de Execução Penal, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:
I – DOS FATOS
O Requerente foi condenado à pena de 12 anos de reclusão por infração ao artigo 121, §2o,
do Código Penal, tendo a respeitável sentença transitado em julgado.
II – DO DIREITO
Segundo estabelece o artigo 83 do Código Penal, faz jus ao livramento condicional o
condenado, mesmo por crime hediondo, que preencher os seguintes requisitos:
a) comprovação de comportamento satisfatório durante a execução da pena, bom
desempenho no trabalho que lhe foi atribuído e aptidão para prover à própria subsistência
mediante trabalho honesto;b) reparação, salvo efetiva impossibilidade de fazê-lo, do dano causado pela infração;
c) cumprimento de mais de dois terços da pena, se o apenado não for reincidente específico
em crime hediondo ou equiparado. Ocorre, no presente caso, que da referida pena,
efetivamente já foram cumpridos mais de 2/3 (doc. 01).
De acordo com a declaração do Diretor do Estabelecimento Prisional, o Requerente sempre
demonstrou bom comportamento carcerário e condições de prover a própria subsistência
(doc. 2).
Consoante decorre do doc. 03, o dano causado pela infração foi integralmente reparado pelo
Requerente (1).
III – DO PEDIDO
Diante do exposto, requer, depois de ouvido o Digníssimo Representante do Ministério
Público, seja concedido o livramento condicional, expedindo-se o competente alvará de
soltura, como medida de inteira Justiça.
Nesses termos, pede Deferimento.
52
(local e data).
advogado – OAB no
53
Revisão Criminal
Fundamentação
A Revisão Criminal é um recurso privativo da defesa e está fundamentada no artigo 621, do Código de
Processo Penal, e é cabível nos processos findos, ou seja, já com sentença transitada em julgado e ela tem
como propósito a possibilidade do erro judiciário e os efeitos da coisa julgada.
Requisitos
a) Quando a sentença condenatória for contrária ao texto expresso da Lei Penal ou à evidência dos autos;
b) Quando a sentença condenatória se fundar em depoimentos, exames ou documentos comprovadamente
falsos;
c) Quando, após a sentença, se descobrirem novas provas de inocência do condenado ou de circunstância
que determine ou autorize diminuição especial da pena.
Pressupostos da Revisão Criminal
A Revisão Criminal está elencada, no CPP, como sendo um recurso, todavia, a doutrina, na sua maioria,
entende que se trata de uma ação de natureza constitutiva, complementar pois visa invalidar uma sentença já
transitada em julgado.
Não há prazo para a sua propositura, basta que exista uma sentença condenatória, transitada em julgado
para que ela possa ser pedida pelo condenado, mediante Advogado, e, no caso de sua morte, pelo cônjuge,
ascendentes, descendentes ou irmão (art. 623 do CPP).
Competência
Geralmente a competência da Revisão Criminal é do Tribunal - TJ. Devido a isto, será sempre endereçada
a ele, como se fosse uma ação que tramitará em 2ª instância, exceto quando há interposição de recurso
extraordinário ao STF, sendo este competente para julgar a Revisão Criminal.
Procedimento
O julgamento é feito da mesma forma que os outros recursos, isto é, a Revisão Criminal é sempre julgada
por um grupo de câmaras, duas câmaras formando ao todo 10 membros.
Se houver empate, prevalecerá a decisão mais favorável ao condenado e, caso o condenado seja
absolvido, ele poderá pedir indenização em processo próprio e distinto, em área cível.
54
Modelo da Peça
Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Presidente do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de
ou
Excelentíssimo Senhor Doutor Ministro Presidente do Supremo Tribunal Federal
(10 linhas)
" ... ", (qualificação completa e endereço), por seu advogado infra-assinado, não se conformando
com a referida sentença, já transitada em julgado (certidão anexa), da Vara Criminal (ou Tribunal do Júri),
processo nº. , que o condenou à pena de anos reclusão (ou detenção ou prisão simples), com incurso
no artigo , do Código Penal, vem respeitosamente apresentar contra a mesma, REVISÃO CRIMINAL, com
fulcro no artigo 621 e seguintes, do Código de Processo Penal, pelas razões a seguir aduzidas.
DOS FATOS
O condenado ... (resumir o problema dado).
(2 linhas)
DO DIREITO
Assiste direito ao revisionando em pleitear a Revisão Criminal, pois ... (faça a dissonância entre
os fatos e a lei).
Reforçando o que foi acima descrito, citamos jurisprudência predominante pertinente ao caso
(transcrever a melhor jurisprudência ou acórdão).
" ... "
A doutrina pacificou o entendimento no mesmo sentido, dentre as quais selecionamos o
posicionamento do ilustre (Doutor ou Professor - Citar a obra, página, volume e edição).
" ... "
Conclui-se, portanto, que ...
(2 linhas)
DO PEDIDO
Diante de todo o exposto, postula-se que os autos do processo-crime sejam apensados à
revisão, para que seja deferido o presente pedido REVISIONAL, e a sentença condenatória seja reformada,
decretando-se a absolvição do condenado (ou outros pedidos do 626 do CPP), com fulcro no artigo 626 do
Código de Processo Penal, como medida da mais lídima justiça !!!.
2 linhas)
Nestes Termos
Pede Deferimento.
(2 linhas)
Loca e Data OAB - Seccional de ...
55
MODELO DE REVISÃO CRIMINAL
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE
(Pular 10 linhas para despacho judicial)
Paulo, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), residente e domiciliado na Rua
, por seu advogado que esta subscreve (conforme procuração anexa – doc. 01), não se
conformando com o venerando acórdão já transitado em julgado (doc. 02) que o condenou
como incurso no delito do artigo 126 do Código Penal, vem, respeitosamente, perante Vossa
Excelência, propor
REVISÃO CRIMINAL
nos termos do art. 621, inciso I, do Código de Processo Penal (2), pelas razões de fato e de
direito a seguir expostas:
I – DOS FATOS
Paulo, ora Revisionando, foi processado e condenado pela prática de aborto em Maria,
tendo sido a sentença confirmada em 2a instância e já transitada em julgado.
Ocorre, porém, que examinados os autos, verifica-se a inexistência de exame de corpo de
delito direto ou indireto, tendo as decisões judiciais se valido da confissão de Maria para
justificar a sanção penal.
II – DO DIREITO
No delito em tela, por tratar-se de crime que deixa vestígios, é obrigatório o exame de corpo
de delito direto ou, sendo este impossível, o indireto, desde que inequívoco, o que
efetivamente não ocorreu. Portanto, faltou nos autos uma prova essencial para demonstrar a
existência do crime, sem a qual não poderia o réu ter sido condenado por mera suposição ou
pela simples confissão de “B”.< Nesse sentido, cabe trazer à lume as palavras do mestre
Fernando Capez:
“Por ser crime material, a comprovação de sua existência virá pelo exame de corpo de delito
(direto, realizado à vista do material retirado do útero, à vista do próprio corpo da mulher),
suprível, na impossibilidade, pela prova testemunhal ou documental (exame de corpo de
delito indireto), mas não pela só palavra da gestante.” (Curso de Direito Penal – parte
especial, vol. 2, Editora Saraiva, pag.110)
Com isso, concluímos que é necessária a prova da gravidez da mulher (TJSP, RJTJSP
97/438; RJTJSP 75/285; RT 505/332; TACRIM – SP, Julgados 69/207), não a suprindo a
confissão da gestante (TJSP, RT 623/287; TACRIM – SP, RT 569/ 330), nem meros indícios
(TJSP, RT 518/349). passamos a transcrever:
Ainda nesse sentido, é a jurisprudência contida na RT 569/330, que
56
“O aborto consiste na interrupção da gestação e, se esta não resultar rigorosamente
demonstrada, não há falar no delito do aborto, mesmo que o tenha confessado a gestante,
pois que a experiência tem demonstrado que à confissão não se pode, nem se deve, em
princípio, atribuir absoluto valor probatório”.
Assim como não há nos autos o meio de prova eleito pela lei processual como único hábil a
demonstrar a materialidade do crime, evidente a insuficiência probatória.
III – DO PEDIDO
Diante do exposto, requer seja julgada procedente a presente ação revisional, absolvendo-seo Revisionado nos termos do art. 386, inciso VII e art. 626, ambos do CPP, bem como
expedindo-se alvará de soltura em seu favor. Requer, ainda, seja reconhecido o direito do
Revisionando à devida indenização, como medida de inteira justiça.
Nesses termos, < pede deferimento.<
(local e data).
advogado – OAB no
57
Embargos Infringentes e de Nulidade
Fundamentação
Os Embargos Infringentes e de Nulidade estão fundamentados no artigo 609, parágrafo único, do CPP, e
só cabem em decisões não-unânimes de votação de RESE, AGRAVO e APELAÇÃO. Tratam-se de recursos
privativos da defesa e são oponíveis, no prazo de 10 dias, a contar da publicação do acórdão embargado,
contra uma decisão não-unânime (2x1) de 2ª instância desfavorável ao réu.
Embargos de Nulidade
Leva o nome de Embargos de Nulidade quando a divergência versar sobre a matéria estritamente
processual, ou seja, quando a tese levantada for de nulidade. Nesse caso, os embargos visam à anulação do
feito.
Embargos Infringentes
Recebe o nome de Embargos Infringentes quando a divergência se fundamentar sobre o mérito.
Processamento
O recurso é encaminhado ao Relator do acórdão embargado, o qual decidirá sobre a sua admissibilidade,
exercendo, assim o juízo de prelibação ou admissibilidade.
Se o recurso for denegado caberá agravo regimental no prazo de 5 dias e se for admitido, abre-se vista a
parte contrária, pelo prazo de 10 dias para a impugnação (contra-razões).
Os embargos são distribuídos a um relator sorteado dentre os Juízes que integrarão o órgão julgador, não
podendo ser nenhum dos Juízes que tomaram parte do julgamento do acórdão embargado.
58
Modelo da Peça
Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador-Relator da Câmara Criminal do Egrégio Tribunal de Justiça do
Estado de
(5 linhas)
APELAÇÃO Nº.:
ou
RESE Nº.:
ou
AGRAVO Nº.:
(5 linhas)
" ... ", já qualificado nos autos do processo crime, que lhe move a Justiça Pública, por seu
advogado infra-assinado, vem respeitosamente a presença de Vossa Excelência, com fulcro no artigo 609,
parágrafo único, do Código de Processo Penal, opor, tempestivamente, EMBARGOS INFRINGENTES (ou de
NULIDADE) ao venerando acórdão que condenou o embargante, por 2 votos contra 1, por crime previsto no
artigo , do Código Penal, requerendo que seja recebido, processado e remetido ao Egrégio Tribunal ,
o presente recurso, com as inclusas razões.
2 linhas)
Nestes Termos
Pede Deferimento.
(2 linhas)
Loca e Data
OAB - Seccional de ...
59
Razões de Embargos Infringentes e de Nulidade
EMBARGANTE:
EMBARGADA: Justiça Pública
Processo Crime Nº.:
(5 linhas)
Egrégio Tribunal de
Colenda Câmara
Ínclitos julgadores
Douta Procuradoria de Justiça
(5 linhas)
Opõem-se "data venia" os presentes embargos, para que o voto vencido seja reconhecido, pelas
razões a seguir aduzidas.
(2 linhas)
DOS FATOS
O embargante ... (copiar o problema, ou, resumi-lo quando for demasiadamente extenso).
(2 linhas)
DO DIREITO
Elaborar a defesa com introdução, exposição e conclusão, fazendo uma dissertação entre os
fatos e a lei processual.
Reforçando o que foi acima descrito, citamos jurisprudência predominante pertinente ao caso
(transcrever a melhor jurisprudência ou acórdão).
" ... "
A doutrina pacificou o entendimento no mesmo sentido, dentre as quais selecionamos o
posicionamento do ilustre (Doutor ou Professor - Citar a obra, página, volume e edição).
" ... "
Conclui-se, portanto, que ...
(2 linhas)
DO PEDIDO
Diante de todo o exposto, requer seja dado provimento ao presente recurso, reformando o
venerando acórdão recorrido, para que ao final seja mantido o voto vencido, como medida da mais lídima
JUSTIÇA !!!
(2 linhas)
Loca e Data
OAB - Seccional de ...
60
EMBARGOS INFRINGENTES (OU DE NULIDADE)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR RELATOR DO ACÓRDÃO No
DA CÂMARA CRIMINAL DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO
DE
(Pular 10 linhas para despacho judicial)
“A”, já qualificado nos autos da apelação no , por seu advogado que esta
subscreve, não se conformando com o venerando acórdão que, por votação não unânime,
negou provimento ao recurso, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, dentro do
prazo legal, opor
EMBARGOS INFRINGENTES
com fundamento do art. 609, parágrafo único, do Código de Processo Penal.< Requer seja
recebido e processado o presente recurso, com as inclusas razões.
Nesses termos, pede deferimento.
(local e data).
advogado – OAB no
61
RAZÕES DE< EMBARGOS INFRINGENTES: EMBARGANTE: “A” EMBARGADA: Justiça
Pública APELAÇÃO No
Egrégio Tribunal de Justiça, Colenda Câmara,< Douto Procurador de Justiça,
Em que pese o indiscutível saber jurídico da Colenda Câmara Criminal deste Egrégio
Tribunal de Justiça, impõe-se a reforma do venerando acórdão, pelas razões de fato e de
direito a seguir expostas:
I – DOS FATOS
“A”, ora Embargante, foi condenado à pena de 2 (dois) anos de reclusão, por ter subtraído,
para si, cinco canetas esferográficas, avaliadas em R$ 5,00 cinco reais.
O Embargante interpôs recurso de apelação, tendo a Colenda Câmara, por maioria de votos,
negado provimento ao recurso.
O voto vencido entendeu que a pena aplicada ao Embargante deveria ser de 8 (oito) meses
de detenção, em razão do disposto no artigo 155, § 2o, do Código Penal que leva em conta a
primariedade do agente e o pequeno valor da coisa furtada.
II – DO DIREITO
Assiste razão ao Meritíssimo Desembargador que proferiu o voto vencido.
Com efeito, o artigo 155,§ 2o, do Código Penal preceitua que:
“Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a
pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a
pena de multa.”
No caso em tela, faz jus o Embargante ao benefício do supracitado dispositivo, em face de
sua primariedade e também de ser a coisa furtada de pequeno valor, isto é, de apenas R$
5,00 (cinco reais).
Nessa linha, o mestre E. Magalhães Noronha ensina que:
“Pequeno valor é o que corresponde ao de um salário mínimo ou menos, na época do fato
(...)” (Direito Penal, vol 2, Ed Saraiva 31a edição, pag. 236).
Ademais, oportuno é o magistério do culto Celso Delmanto ao interpretar o disposto no §2o,
do art. 155 do Código Penal:
“Embora a lei empregue o verbo poder, a substituição, redução ou alternatividade da
punição, prevista neste § 2o, não fica ao arbítrio do juiz. Se este não reconhece a
primariedade ou o pequeno valor, negará o privilégio. Entretanto, se considera comprovados
os dois requisitos não pode o magistrado deixar de concedê-lo, pois preenchidas as
condições que o §2o prevê, este constitui direito público subjetivo do agente”. (Código Penal
Comentado, 5a edição, pág. 314)
Nesse mesmo sentido, é o entendimento da jurisprudência pátria:
“Ainda que o art. 155, § 2o, do CP se utilize do verbo ‘poder’ (“o juiz pode substituir a
62
pena...”), é de toda evidência que não se trata de mera faculdade. Vige no Direito Penal o
princípio da legalidade ou taxatividade, segundo o qual as restrições à liberdade humana
devem ser expressas de maneira clara.” (TACRIM SP RT 566/339)
“Estando presentes os requisitos que a lei pede, a aplicação do §2o do art. 155 é direito
subjetivo do réu.” (TACRIM-SP, RT 722/478)
Portanto, com fundamento na nossa legislação e no entendimento doutrinário e
jurisprudencial, é direito subjetivo do Embargante a aplicação do disposto no art. 155, § 2o,do Código Penal, uma vez que é primário e a coisa furtada não alcançou o valor de um
salário mínimo, sendo assim considerada de pequeno valor.
III – DO PEDIDO
Diante do exposto, requer seja conhecido e provido o recurso, acolhendo-se o voto vencido e
reduzindo-se a pena a oito meses de detenção, como medida de inteira
Justiça.
(local e data).
advogado – OAB no
63
EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA
CRIMINAL DA COMARCA DE .
(Pular 10 linhas para despacho judicial)
Paulo, já qualificado nos autos do processo crime no , que lhe move a
Justiça Pública, por seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, perante
Vossa Excelência, opor
EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA DESSE D. JUÍZO
com fulcro nos artigos 95, inciso II, e 108, ambos do Código de Processo Penal, pelas
razões de fato e de direito a seguir expostas:
I – DOS FATOS
O Excipiente, vendedor da relojoaria “X”, está sendo processado como incurso nas penas do
artigo 155, §2o, II, do Código Penal, porque, supostamente, teria subtraído, mediante abuso
de confiança de seu patrão, uma jóia da relojoaria onde trabalha.
Ocorre que a relojoaria situa-se na Rua , no centro da cidade “X”, e o
Acusado está sendo processado na cidade “Y”, onde fixou domicílio.
II – DO DIREITO
Com efeito, o artigo 70 do Código de Processo Penal preceitua que:
“A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consuma a infração, ou,
no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução.”
Dessa forma, no caso em tela, se tivesse ocorrido o crime de furto, o que se afirma apenas a
título de argumentação, a sua consumação teria ocorrido no momento em que o objeto fosse
tirado da esfera de disponibilidade da vítima, ou seja, no momento em que o agente, ainda
que por breve espaço de tempo, conseguisse ter a posse tranqüila da “res furtiva”.
Logo, o furto, na hipótese, teria se consumado quando o Acusado estivesse na relojoaria, ou,
no mínimo, na cidade “X”, sendo esta a comarca competente para o processamento da
presente ação, e não a comarca “Y”.
Nesse sentido, vejam-se as lapidares considerações do ilustre professor Victor Eduardo Rios
Gonçalves:
“Há casos, entretanto, em que o furto deve ser reconhecido como consumado ainda que o
ladrão e o bem permaneçam no âmbito patrimonial do lesado. É, por exemplo, o caso de
empregada doméstica que se apodera de uma jóia da patroa e a esconde em um local da
casa, para depois, sem despertar suspeitas, transportá-la para outro lugar. Neste caso, ainda
64
que a jóia seja recuperada antes de ser tirada da casa, é necessário que se reconheça que
desapareceu, por parte da vítima, mesmo que momentaneamente, a possibilidade de
exercer seu poder de livre disposição sobre a coisa, e o crime, portanto, se consumou.” (Dos
Crimes contra o Patrimônio, Editora Saraiva, 5 edição, vol. 9, pág. 7)
Convém salientar, ademais, que se trata, no caso, de incompetência relativa que deve ser
alegada no momento oportuno, sob pena de preclusão.
Nesse diapasão, é o entendimento da jurisprudência pátria:
“Competência – Definição em razão do lugar da infração – Inobservância que deve ser
excepcionada desde logo, quando da apresentação da defesa prévia, sob pena de preclusão
– Prorrogação da competência que se impõe na ausência de declinatória suscitada pelos
interessados (...)” ( TJCE – RT 770/621)
“Só a incompetência absoluta é que pode ser arguida em qualquer tempo e instância,
devendo ser declarada pelo juiz “ex officio”. A incompetência ‘racione loci’ deve ser arguida
oportunamente e de forma hábil” (TJSP- RT 565/310)
III – DO PEDIDO
Diante do exposto, requer, após ouvido o representante do Ministério Público, seja acolhida
a presente exceção, determinando-se o encaminhamento do feito ao Juízo competente,
como medida de inteira justiça.
Nesses termos, pede deferimento.
(local e data)
advogado – OAB no
65
EXCEÇÃO DE SUSPEIÇÃO
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL
DA COMARCA DE .
(Pular 10 linhas para despacho judicial)
“A”, já qualificado nos autos do processo crime no , que lhe move “B”, por
seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência,
opor
EXCEÇÃO DE SUSPEIÇÃO
com fulcro nos artigos 95, inciso I e seguintes, do Código de Processo Penal, pelas razões
de fato e de direito a seguir expostas:
I – DOS FATOS
O Excipiente está sendo processado pelo crime de calúnia, previsto no artigo 138,
combinado com 141, III, ambos do Código Penal, porque supostamente teria ofendido a
honra de “B”.
Ocorre que “B” é juiz de direito e está julgando um processo em que a cônjuge de Vossa
Excelência figura como uma das partes, razão pela qual Vossa Excelência é tida por
suspeita.
II – DO DIREITO
Com efeito, o artigo 254, inciso III, do Código de Processo Penal, preceitua que:
“O juiz dar-se-á por suspeito e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes:
...
III – se ele, seu cônjuge, ou parente, consangüíneo, ou afim, até o terceiro grau, inclusive,
sustentar demanda ou responder o processo que tenha de ser julgado por qualquer das
partes.”
Dessa forma, a suspeição é evidente quando configurada uma das hipóteses do supracitado
dispositivo.
No caso em tela, conforme já mencionado, a cônjuge de Vossa Excelência está
respondendo processo que será julgado pelo suposto ofendido “B”, o qual figura, no presente
processo, como parte contrária.< Nesse sentido, pertinente é a lição do ilustre Julio Fabbrini
Mirabete ao ensinar que:
“O juiz deve dar-se por suspeito, ou poderá ser recusado por qualquer das partes por meio
da exceção de suspeição (art. 95, I), nas hipóteses mencionadas no art. 254, que é taxativo,
não admitindo ampliação.” (Código de Processo Penal Interpretado– 9a edição, Editora
Atlas, pág. 640)
66
Nessa linha de entendimento, manifesta-se a jurisprudência pátria:
“Em tema de suspeição do magistrado não podem ser alegadas pelas partes outras causas
que não as estritamente enumeradas na lei (art. 254 do Código de Processo Penal)” (TJSC –
508/404).
À luz do expendido, é de se concluir cabível e oportuna a presente exceção de suspeição.
III – DO PEDIDO
Diante do exposto, requer seja acolhida a presente exceção, reconhecendo-se a suspeição e
ordenando-se a remessa dos autos ao substituto legal, como medida
de inteira justiça. Requer, outrossim, a notificação e oitiva das testemunhas a seguir
arroladas: Rol de Testemunhas:
1) “Nome”, “endereço”
2) “Nome”, “endereço”
3) “Nome”, “endereço”
Nesses termos,< pede deferimento.<
(local e data)
advogado – OAB no
67
EXCEÇÃO DE ILEGITIMIDADE DE PARTE
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA
VARA CRIMINAL DA COMARCA DE
.
(Pular 10 linhas para despacho judicial)
João da Silva, já qualificado nos autos do processo crime no , que lhe move a
Justiça Pública, por seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, perante vossa
excelência, opor
EXCEÇÃO DE ILEGITIMIDADE DE PARTE
nos termos dos artigos 95, IV e 110 e seguintes, do Código de Processo Penal, pelos
motivos que passa a expor:
I – DOS FATOS
O Excipiente foi denunciado pela prática do crime previsto no art 213 c.c. art. 224, ambos do
Código Penal, pois teria mantido conjunção carnal com Maria, que contava ainda com 13
anos de idade. Apesar do consentimento da suposta vítima, brada o Ministério Público pela
existência de crime, pois o consentimento é inválido em decorrência da idade, impondo o art.
224 do CódigoPenal a conclusão pela violência presumida.
II – DO DIREITO
Reza o art. 225 do Código Penal que o crime de estupro tem ação penal privada, salvo se a
vítima for pobre, ou se o crime for praticado com abuso de pátrio poder, curatela, tutela, ou
se o agente á padrasto da vítima.
Não é a situação dos autos, em que o único laço entre o Excipiente e a suposta vítima é a
relação de vizinhança, sendo que esta é pessoa rica, e seus pais empresários de notório
poder econômico na região, conforme informações constantes do inquérito policial que instrui
o processo.
Assim, o Ministério Público é parte ilegítima na presente ação, devendo ser assim
reconhecido, com a consequente anulação ab initio do presente feito, pela evidente ausência
de condição da ação.
No sentido da nulidade a jurisprudência:
“Nulidade. Denúncia. Recebimento em caso de dano praticado contra particular.
Inadmissibilidade. Feito anulado ab initio. Ilegitimidade de parte do Ministério Püblico”. (RT.
464/433)
III – DO PEDIDO
Ante o exposto, requer seja reconhecida a ilegitimidade da parte, declarando a nulidade “ab
68
initio” do presente processo, por ser medida de Direito.
Nesses termos, pede deferimento.
(Local e data)
Advogado – OAB no
69
EXCEÇÃO DE COISA JULGADA
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA
CRIMINAL DA COMARCA DE .
(Pular 10 linhas para despacho judicial)
João da Silva, já qualificado nos autos do processo no , que lhe move a Justiça
Publica, por seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de vossa
Excelência opor
EXCEÇÃO DE COISA JULGADA
na forma dos artigos 95, V e 110 e seguintes do Código de Processo Penal, pelos motivos
que passa a expor:
I – DOS FATOS
O Excipiente foi processado pela prática de furto simples por ter, no dia 10 de dezembro de
2004, furtado aparelho toca-fitas do veículo Gol pertencente a Henrique Aranda.
Regularmente processado perante a Terceira Vara Criminal dessa comarca, nos autos
134/04, foi absolvido por insuficiência de provas, conforme documentos em anexo.
No entanto, vem novamente o Ministério Público processar o Excipiente, por fato idêntico,
pelo que se percebe da sumária leitura da inicial acusatória de fls. 2.
II – DO DIREITO
Inviável a presente ação, visto que já há coisa julgada em favor do Excipiente, que tem o
direito de não ser processado duas vezes pelo mesmo fato.
Nesse sentido a jurisprudência:
“Incide a coisa julgada se o paciente, processado criminalmente pelos mesmos fatos
delituosos em dois juízos diferentes, em um deles foi absolvido por sentença transitada em
julgado” (RT 652/347).
III – DO PEDIDO
Diante do exposto, requer seja reconhecida a existência de coisa julgada em favor do
Excipiente, anulando-se o presente processo “ab initio”, por ser medida de Direito.
Termos em que, pede deferimento.
(Local e data)
Advogado – OAB no
70
Embargos de Declaração
Embargos de Declaração - 2ª Instância
Fundamentação
Os Embargos de Declaração estão fundamentados no artigo 619, do Código de Processo Penal, e devem
ser opostos no prazo de 2 (dois) dias, a contar da publicação do acórdão, contra decisões de 2ª instância que
forem ambíguas, contraditórias, obscuras ou omissas. Na peça o embargante deverá indicar o ponto que
deve ser declarado (corrigido). Exemplo: O réu é condenado por dois delitos e apela da sentença, e o
Tribunal, por omissão, aprecia somente um dos crimes.
Obscuridade
A obscuridade está relacionada a falta de clareza na redação, não sendo possível a perfeita compreensão
do que foi decidido.
Ambigüidade
A ambigüidade acontece quando a decisão permite duas ou mais interpretações.
Contradição
A contradição ocorre quando sempre que conceitos e afirmações expostas na decisão são inconciliáveis ou
incompatíveis entre si.
Processamento
Os Embargos de Declaração interrompem o prazo de outro recurso e a parte contrária não é ouvida. Da
decisão do relator que indeferir os Embargos, cabe AGRAVO REGIMENTAL no prazo de 5 dias.
Trata-se de um recurso da Instância iterada, isto porque é a própria Câmara que prolatou a decisão que
proferirá a decisão dos Embargos.
Embargos de Declaração - 1ª Instância
Em 1ª instância os Embargos de Declaração são conhecidos como "EMBARGUINHO" e estão
fundamentos no artigo 382, do Código de Processo Penal, e poderão ser opostos pelas mesmas razões, isto
é, havendo ambigüidade, obscuridade ou contrariedade na sentença.
Processamento
Qualquer das partes poderá, através de uma petição e no prazo de 2 dias, requer ao Juiz que declare a
sentença.
Embargos de Declaração - JECRIM
No JECRIM, os Embargos deverão ser propostos no prazo de 5 dias, conforme estabelece o artigo 83, da
Lei 9.099/95.
71
Modelo da Peça
Acórdão
Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador-Relator da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do
Estado de
Sentença - Justiça Comum
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca de
Sentença - Tribunal do Júri
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Presidente do Tribunal do Júri da Comarca de
(05 linhas)
Embargante:
Embargada: Justiça Pública
Processo Crime Nº.:
(05 linhas)
Opõem-se "data venia" os presentes Embargos de Declaração, nos termos dos artigos 619 e 620
(acórdão) ou sentença (artigo 382), do Código de Processo Penal, pelas razões a seguir aduzidas.
(2 linhas)
DOS FATOS
O embargante ... (copiar o problema, ou, resumi-lo quando for demasiadamente extenso).
(2 linhas)
DO DIREITO
O referido acórdão (ou referida sentença) ... (descrever o ponto duvidoso, a contradição ou a
omissão do julgado.
Reforçando o que foi acima descrito, citamos jurisprudência predominante pertinente ao caso
(transcrever a melhor jurisprudência ou acórdão).
" ... "
A doutrina pacificou o entendimento no mesmo sentido, dentre as quais selecionamos o
posicionamento do ilustre (Doutor ou Professor - Citar a obra, página, volume e edição).
" ... "
Conclui-se, portanto, que ...
(2 linhas)
DO PEDIDO
Diante de todo o exposto, postula-se digne Vossa Excelência, dar provimento ao presente
recurso, corrigindo-se a obscuridade (ou ambigüidade ou omissão ou contradição) contido no acórdão (ou na
sentença), como medida da mais lídima JUSTIÇA !!!
72
(2 linhas)
Loca e Data
OAB - Seccional de ...
73
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR RELATOR DO ACÓRDÃO No
DA CÂMARA CRIMINAL DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA
DO ESTADO DE .
(Pular 10 linhas para despacho judicial)
“A”, já qualificado nos autos da apelação no , por seu advogado que esta
subscreve, vem, respeitosamente, perante Vossa Execelência, dentro do prazo legal, opor
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
com fulcro no artigo 619 do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de direito a
seguir expostas:
I – DOS FATOS
O Embargante foi condenado à pena de 1 (um) ano e 2 (dois) meses de reclusão em
primeira instância.
Após haver apelado da respeitável sentença condenatória, a Colenda Câmara Criminal do
Egrégio Tribunal de Justiça deu provimento à apelação do Embargante para o fim
de diminuir-lhe a pena.
Ocorre que consta da ementa do acórdão a condenação do Embargante à pena de 14
meses de reclusão, estando esta contraditória com o teor do acórdão, uma vez que não
houve qualquer redução.
II – DO DIREITO
Trata-se de decisão contraditória, pois caberia à Colenda Câmara reformar o venerandoacórdão, diminuindo a pena aplicada ao Embargante, eis que foi dado provimento à apelação
interposta.
Com efeito, o artigo 619 do Código de Processo Penal dispõe que:
“Aos Acórdãos proferidos pelos Tribunais de Apelação, câmaras ou turmas, poderão ser
opostos embargos de declaração, no prazo de 2 (dois) dias contado da sua publicação,
quando houver na sentença ambiguidade, obscuridade, contradição ou omissão.”
No caso vertente, a contradição do venerando acórdão foi evidente, pois a Colenda Câmara
apenas deu provimento à apelação, acolhendo o pleito de redução da pena, substituindo
sanção de “1 (um) ano e 2 (dois) meses” por “14 (catorze) meses”, não provocando,
portanto, qualquer alteração substancial.< Dessa forma, o referido erro material deverá ser
corrigido pela medida ora requerida.
O magistério de E. Magalhães Noronha é esclarecedor sobre este aspecto:
“Uma decisão é ambígua quando se presta a mais de um sentido; obscura quando há falta
de clareza ou precisão de linguagem; contraditória quando conceitos e afirmações se opõem
e colidem (e tanto mais grave será a contradição quando a fundamentação chocar- se com a
74
disposição) (...)” (Curso de Direito Processual Penal, 27a edição, pags. 499/ 500) (grifo
nosso)
Em consonância com a doutrina, não destoa a jurisprudência de nossos tribunais,
merecendo destaque os julgados abaixo transcritos:
“Ocorrendo contradição entre a ementa e a conclusão do v. acórdão, é de se receber os
embargos de declaração a fim de se desfazer a contradição.” (TAPR – RT 585/382)
“Tratando-se de embargos de declaração que visam corrigir erro material, admite-se seu
recebimento para a devida correção, com a conseqüente modificação do julgado.” (TJSP –
RT 661/267)
III – DO PEDIDO
Diante do exposto, requer sejam recebidos e providos os presentes embargos, corrigindo-se
a referida contradição, aplicando-se a redução da pena imposta ao Embargante, como
medida de inteira Justiça.
Nesses termos, pede deferimento.
(local e data).
advogado – OAB no
75
Recurso Em Sentido Estrito - RESE
Fundamentação
O Recurso Em Sentido Estrito - RESE é cabível, no prazo de 5 dias, a contar da intimação, contra um
despacho, de uma decisão ou de uma sentença proferida pelo Juiz de 1º grau, exceto decisões de Juiz da
Vara de Execuções. Está fundamentado no artigo 581, do Código de Processo Penal, possuindo um rol
taxativo que não permite ampliação, ou seja, só cabe nos incisos do elencados no artigo em questão.
Lei de Execuções Penais
A Lei das Execuções Penais, no seu artigo 197, estabelece o Agravo em Execução, que é o recurso previsto
para decisões proferidas na fase executória da pena.
Processamento
Trata-se de um recurso da instância mista, pois inicialmente apresenta o efeito iterado (o julgamento
compete ao próprio órgão que prolatou a decisão) e, posteriormente, caso o Juiz mantenha a sua decisão,
apresenta o efeito reiterado (o julgamento compete ao órgão diverso daquele que prolatou a decisão).
Trata-se, assim, de um recurso em que cabe o Juízo de Retratação, uma vez que o Juiz pode rever a sua
decisão e anterior, podendo reformá-la.
Tramitação
O recurso deverá ser interposto ao próprio Juiz que prolatou a decisão para que ele analise os pressupostos
recursais (juízo de prelibação ou admissibilidade).
Admitida a interposição, o recorrente terá que apresentar as razões no prazo de 2 dias, encaminhando
sempre ao Meritíssimo Juiz/Colenda Câmara. Em seguida, abre-se vista ao recorrido para que este contra-
razoe o recurso em 2 dias, após o que, os autos seguem conclusos ao Juiz que proferiu a decisão, que, em 2
dias reformará ou sustentará sua decisão.
Se o Juiz mantiver sua decisão, o recurso subirá ao Tribuna! competente, no prazo de 5 dias, para
reexame da matéria, mas se o Juiz reformá-la, haverá uma nova decisão, que poderá ou não ser recorrível.
Cabendo recurso, a parte contrária poderá recorrer por simples petição, no prazo de 5 dias, sem a
necessidade de novas razões.
Caso o juiz não receba o recurso ou obste o seu seguimento, o recorrente poderá dispor de Carta
Testemunhável, no prazo de 48 horas, conforme estabelece o artigo 639 CPP.
76
Modelo da Peça
Acórdão
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca de
ou
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara do Tribunal do Júri da Comarca de
(Contra sentenças de pronúncia, impronúncia, absolvição sumária e de desclassificação)
(5 linhas)
Processo Crime Nº.:
(5 linhas)
" ... ", já qualificado nos autos do processo crime, que lhe move a Justiça Pública (ou querelante -
ação privada), por seu advogado infra-assinado, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, com fulcro
no artigo 581, inciso , do Código de Processo Penal, por não se conformar, "data máxima venia" com
a decisão (ou sentença que pronunciou o recorrente) dela vem, tempestivamente, recorrer EM SENTIDO
ESTRITO.
Assim sendo, caso Vossa Excelência entenda que deva manter a decisão, requer seja recebido,
processado e remetido o presente recurso ao Egrégio Tribunal de Justiça de (TJ ou TRF).
2 linhas)
Nestes Termos
Pede Deferimento.
(2 linhas)
Loca e Data
OAB - Seccional de ...
77
Razões de Recurso Em Sentido Estrito - RESE
RECORRENTE:
RECORRIDA: Justiça Pública
Processo Crime Nº.:
(5 linhas)
Egrégio Tribunal de
Colenda Câmara
Ínclitos julgadores
Douta Procuradoria de Justiça
(5 linhas)
Não se conformando com a respeitável decisão proferida contra o recorrente "data venia", dela
vem RECORRER EM SENTIDO ESTRITO, aguardando a sua reforma pelos motivos a seguir aduzidos.
(2 linhas)
DOS FATOS
O recorrente ... (copiar o problema, ou, resumi-lo quando for demasiadamente extenso).
(2 linhas)
DO DIREITO
Elaborar a defesa com introdução, exposição e conclusão, fazendo uma dissertação entre os
fatos e a lei processual.
Reforçando o que foi acima descrito, citamos jurisprudência predominante pertinente ao caso
(transcrever a melhor jurisprudência ou acórdão).
" ... "
A doutrina pacificou o entendimento no mesmo sentido, dentre as quais selecionamos o
posicionamento do ilustre (Doutor ou Professor - Citar a obra, página, volume e edição).
" ... "
Conclui-se, portanto, que ...
(2 linhas)
DO PEDIDO
Diante de exposto, requer seja dado provimento ao presente recurso para tornar sem efeito a
decisão proferida que ... (pedir o que não foi concedido, ex.: com a conseqüente despronúncia), como
medida de JUSTIÇA !!!
(2 linhas)
Loca e Data
OAB - Seccional de ...
78
Contra-Razões de Recurso Em Sentido Estrito - RESE
RECORRIDO:
RECORRENTE: Justiça Pública
Processo Crime Nº.:
(5 linhas)
Egrégio Tribunal de
Colenda Câmara
Ínclitos julgadores
Douta Procuradoria de Justiça
(5 linhas)
aduzidas.
(2 linhas)
impõe-se a manutenção da respeitável decisão que ... (citar a decisão), pelas razões abaixo
DOS FATOS
O recorrido ... (copiar o problema, ou, resumi-lo quando for demasiadamente extenso).
(2 linhas)
DO DIREITO
Elaborar a defesa com introdução, exposição e conclusão, fazendo uma dissertação entre os
fatos e a lei processual.
Reforçando o que foi acima descrito, citamos jurisprudência predominante pertinente ao caso
(transcrever a melhor jurisprudência ou acórdão).
" ... "
A doutrina pacificou o entendimento no mesmo sentido, dentre as quais selecionamos o
posicionamento do ilustre (Doutor ou Professor - Citar a obra, página, volumee edição).
" ... "
Conclui-se, portanto, que ...
(2 linhas)
DO PEDIDO
Diante do exposto, requer seja negado provimento ao recurso interposto pelo Digno
Representante do Ministério Público, mantendo a favor do recorrido a decisão tão bem proferida pelo juízo "a
quo" como medida de JUSTIÇA !!!
(2 linhas)
Loca e Data
OAB - Seccional de ...
79
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DO JÚRI
DA COMARCA DE .
(Pular 10 linhas para despacho judicial)
Maria, já qualificada nos autos da ação penal no , que lhe move a Justiça Pública,
por seu advogado que esta subscreve, não se conformando com a respeitável decisão que
a pronunciou, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, interpor
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
com fulcro no art. 581, IV, do Código de Processo Penal.
Requer seja recebido e processado o presente recurso e, caso Vossa Excelência entenda
que deva ser mantida a respeitável decisão, que seja encaminhado, com as inclusas razões,
ao Egrégio Tribunal de Justiça.
Nesses termos, pede deferimento.
(local e data).
advogado – OAB no
80
RAZÕES DE< RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
RECORRENTE: Maria
RECORRIDA: Justiça Pública PROC. No
Egrégio Tribunal de Justiça, Colenda Câmara,< Douto Procurador de Justiça,
Em que pese o indiscutível saber jurídico do Meritíssimo Juiz “a quo”, impõe-se a reforma de
respeitável sentença que pronunciou a Recorrente, pelas razões de fato e de direito a seguir
expostas:
I – DOS FATOS
Por ter, supostamente, praticado aborto, com a autorização da gestante, a Recorrente foi
denunciada, sendo processada e ao final pronunciada pela conduta descrita no art. 126 do
CP.
A vítima não foi submetida a exame de corpo de delito.
II – DO DIREITO
Com efeito, o Meritíssimo Juiz “a quo” deixou de cumprir o art.158 do Código de Processo
Penal, que estabelece que :
“Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame do corpo de delito, direto ou
indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.”
O aborto consiste na interrupção da gestação e, se esta não resultar rigorosamente
demonstrada, não há que se falar no delito do art. 126 do Código Penal, mesmo que o tenha
confessado a Recorrente, uma vez que a experiência tem demonstrado que à confissão não
se pode, nem se deve, atribuir absoluto valor probatório.
Dessa forma, torna-se imprescindível a comprovação da autoria e da materialidade do
aborto, não se podendo submeter a Recorrente, ao julgamento do Tribunal do Júri,
sem esclarecimento de laudo pericial baseado em exame de corpo de delito.< Nesse
raciocínio, o mestre E. Magalhães Noronha preleciona no sentido de que:
“ O exame do corpo de delito é, destarte, o meio material que comprova a existência do fato
típico. É ele indispensável no processo, diz o art. 158 do Código, que o declara nulo quando,
nos delitos que deixam vestígios, não for tal exame realizado (art. 564, III, “b”). A exigência
do Código é imperiosa, não admitindo que ele seja suprido pela confissão do acusado” (
Curso de Direito Processual Penal, Editora Saraiva, 27a edição, pág. 134).
Na trilha desse entendimento, é pacífica a jurisprudência, que diz:
“A realização do exame de corpo de delito é indispensável no processo relativo a crime que
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deixa vestígio, como o aborto, sem a possibilidade de ter-se consumado sem que os
vestígios sensíveis ficassem. Sua falta acarreta nulidade do processo, nos termos do arts.
158 e 564, III, “b”, do CPP” (TJSP-AC-Rel. Adriano Marrey -RT448 / 321).
Não comprovada nem a gravidez, nem a existência do feto sacrificado, é impossível a
persecução penal, e, com muito maior razão, mostra-se inviável a subsistência do decreto de
pronúncia, já que deparamos com crime material.
III – DO PEDIDO
Diante do exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso, impronunciando-se a
Recorrente, nos termos do art. 414 do Código de Processo Penal e expedindo-se
contramandado de prisão em seu favor, como medida de inteira justiça.
(local e data).
advogado – OAB no
82
Agravo Em Execução
Fundamentação
O Agravo em Execução está fundamentado no artigo 197 da LEP (Lei de Execução Penal), o qual deverá
ser interposto no prazo de 5 dias, a contar da decisão.
Processamento
Após a interposição ocorrerá o juízo de prelibação ou admissibilidade. Aceito o Agravo, o agravante terá o
prazo de dois dias para apresentar as razões, em seguida o agravado terá o prazo de 2 dias para apresentar
suas contra-razões.
Concluída esta fase os autos vão conclusos ao Juiz que reformará (juízo de retratação) ou manterá sua
decisão.
Se o Juiz reformar a decisão, a parte contrária poderá recorrer por simples petição, sem necessidade de
novas razões, mas se o Juiz não modificar sua decisão, o agravo subirá para o Tribunal para ser apreciado.
83
Modelo da Peça
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara das Execuções Criminais da Comarca de
(5 linhas)
Processo Crime Nº.:
(5 linhas)
" ... ", já qualificado nos autos do processo-crime supra citado, por seu advogado infra-assinado,
vem respeitosamente perante Vossa Excelência, por não se conformar "data máxima venia", com a decisão
que indeferiu requerimento de livramento condicional (ou outro pedido), dela vem AGRAVAR,
tempestivamente, com fundamento no artigo 197, da Lei de Execução Penal.
Assim sendo, caso Vossa Excelência entenda que deva manter a decisão, requer seja recebido,
processado e remetido o presente recurso ao Egrégio Tribunal de Justiça de (TJ ou TRF).
2 linhas)
Nestes Termos
Pede Deferimento.
(2 linhas)
Loca e Data
OAB - Seccional de ...
84
Razões de Agravo Em Execução
AGRAVANTE:
AGRAVADA: Justiça Pública
Processo Crime Nº.:
(5 linhas)
Egrégio Tribunal de
Colenda Câmara
Ínclitos julgadores
Douta Procuradoria de Justiça
(5 linhas)
Impõe-se a reforma da respeitável decisão que negou progressão de regime (ou outro pedido),
pelas razões a seguir aduzidas.
(2 linhas)
DOS FATOS
O agravante ... (copiar o problema, ou, resumi-lo quando for demasiadamente extenso).
(2 linhas)
DO DIREITO
Elaborar a defesa com introdução, exposição e conclusão, fazendo uma dissertação entre os
fatos e a lei processual.
Reforçando o que foi acima descrito, citamos jurisprudência predominante pertinente ao caso
(transcrever a melhor jurisprudência ou acórdão).
" ... "
A doutrina pacificou o entendimento no mesmo sentido, dentre as quais selecionamos o
posicionamento do ilustre (Doutor ou Professor - Citar a obra, página, volume e edição).
" ... "
Conclui-se, portanto, que ...
(2 linhas)
DO PEDIDO
Diante do exposto, postula-se seja dado provimento ao presente recurso, para tomar sem efeito a
decisão proferida que denegou a progressão de regime (ou outro pedido), para que assim se faça unicamente
JUSTIÇA !!!
(2 linhas)
Loca e Data
OAB - Seccional de ...
85
Contra-Razões de Agravo Em Execução
AGRAVADA: Justiça Pública
AGRAVANTE:
Processo Crime Nº.:
(5 linhas)
Egrégio Tribunal de
Colenda Câmara
Ínclitos julgadores
Douta Procuradoria de Justiça
(5 linhas)
aduzidas.
(2 linhas)
impõe-se a manutenção da respeitável decisão que ... (citar a decisão), pelas razões abaixo
DOS FATOS
O agravado ... (copiar o problema, ou, resumi-lo quando for demasiadamente extenso).
(2 linhas)
DO DIREITO
Elaborar a defesa com introdução, exposição e conclusão,fazendo uma dissertação entre os
fatos e a lei processual.
Reforçando o que foi acima descrito, citamos jurisprudência predominante pertinente ao caso
(transcrever a melhor jurisprudência ou acórdão).
" ... "
A doutrina pacificou o entendimento no mesmo sentido, dentre as quais selecionamos o
posicionamento do ilustre (Doutor ou Professor - Citar a obra, página, volume e edição).
" ... "
Conclui-se, portanto, que ...
(2 linhas)
DO PEDIDO
Diante do exposto, requer seja negado provimento ao recurso interposto pelo Digno
Representante do Ministério Público, mantendo a favor do agravado a decisão tão bem proferida pelo juízo "a
quo" como medida de JUSTIÇA !!!
(2 linhas)
Loca e Data
OAB - Seccional de ...
86
Recurso Ordinário Constitucional - ROC
Fundamentação
O Recurso Ordinário Constitucional está fundamentado nos artigos 102, inciso II, alínea "a" e 105, inciso II,
alínea "a", da CF, o qual deverá ser interposto no prazo de 5 dias, a contar da intimação, contra decisão
denegatória de Habeas Corpus em 2ª instância.
Processamento
O ROC é interposto através de petição dirigida ao Presidente do Tribunal que denegou a ordem de
"Habeas Corpus" (TJ ou TRF), juntando-se à petição as razões de pedido de reforma.
Recebido o recurso, o Presidente do Tribunal determina juntada aos autos respectivos e a abertura de vista
ao órgão do Ministério Público (Procurador Geral da Justiça), que funciona perante o Tribunal coator ("a quo"
- TJ ou TRF).
Após esclarecimentos, eventualmente aduzidos pela autoridade coatora, ou seja, pelo Presidente do
Tribunal, serão os autos remetidos ao Tribunal competente (STF ou STJ).
A competência será do STJ (art. 105, II "a" CF) no caso de "Habeas Corpus" denegado em 2ª instância, ou
seja, denegado pelo TJ ou TRF e será ao STF (art.102, II "a" CF) no caso de matéria constitucional ou
"Habeas Corpus" denegado em única instância no STJ.
Caso no Tribunal "a quo" o recurso for denegado ou se retarda, injustificada mente por mais de 30 dias,
poderá o interessado interpor Agravo de Instrumento.
Chegando os autos ao STF ou STJ, conforme a hipótese, serão eles protocolados, registrados e distribuídos
e em seguida, abre-se vista a Procuradoria Geral da República, pelo prazo de 48 horas. Após, são
encaminhados ao Relator designado, que submete o feito a julgamento.
Se o Tribunal conceder a ordem, o recurso oponível poderá ser o Extraordinário ou o Especial, também no
prazo de 5 dias para interposição e razões.
É o único recurso em que se pede alvará de soltura e os pedidos são os mesmos do HC.
87
Modelo da Peça
Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Presidente do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de
(10 linhas)
" ... ", já qualificado nos autos do pedido de "Habeas Corpus" nº. , por seu advogado infra-
assinado, não se conformando, "data venia", com o venerando acórdão, denegatório da ordem, vem
respeitosamente perante Vossa Excelência, com fundamento no artigo 105, II "a", da Constituição Federal,
combinado com os artigos 30 e 32 da Lei 8.038/90, tempestivamente, interpor RECURSO ORDINÁRIO
CONSTITUCIONAL.
Nestes termos, apresentando desde já suas razões, postula-se que seja o mesmo recebido e
encaminhado ao Egrégio Superior Tribunal de Justiça.
2 linhas)
Nestes Termos
Pede Deferimento.
(2 linhas)
Loca e Data
OAB - Seccional de ...
88
Razões de Recurso Ordinário Constitucional
PACIENTE:
"HABEAS CORPUS" Nº.:
(5 linhas)
Egrégio Superior Tribunal de Justiça de
Colenda Câmara
Ínclitos julgadores
Douta Procuradoria de Justiça
(5 linhas)
Em que pese o alto prestígio do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de , o
venerando acórdão proferido pela sua Colenda Câmara, denegando o pedido de "Habeas Corpus" impetrado
em favor do paciente, não pode "data venta" prosperar, pelas razões abaixo aduzidas.
(2 linhas)
DOS FATOS
O paciente ... (copiar o problema, ou, resumi-lo quando for demasiadamente extenso).
(2 linhas)
DO DIREITO
Elaborar a defesa com introdução, exposição e conclusão, fazendo uma dissertação entre os
fatos e a lei processual.
Reforçando o que foi acima descrito, citamos jurisprudência predominante pertinente ao caso
(transcrever a melhor jurisprudência ou acórdão).
" ... "
A doutrina pacificou o entendimento no mesmo sentido, dentre as quais selecionamos o
posicionamento do ilustre (Doutor ou Professor - Citar a obra, página, volume e edição).
" ... "
Conclui-se, portanto, que ...
(2 linhas)
DO PEDIDO
Diante de todo o exposto, o impetrante aguarda que essa Suprema Corte, dê provimento ao
recurso para tomar sem efeito a decisão impugnada (ou decisão que denegou a ordem de "Habeas Corpus")
e concedendo ... (completar o pedido com o que havia no "HC" ora denegado), como medida da mais lídima
JUSTIÇA !!!
(2 linhas)
Loca e Data
OAB - Seccional de ...
89
RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE .
(Pular 10 linhas para despacho judicial)
“A”, já qualificado nos autos do pedido de “habeas corpus” no , por seu
advogado que esta subscreve, não se conformando com o venerando acórdão
denegatório da ordem, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, interpor
RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL
com fulcro no art. 105, inciso II, alínea “a”, da Constituição Federal e na Lei 8.038/90.
Requer seja recebido e processado o presente recurso e encaminhado, com as inclusas
razões, ao Colendo Superior Tribunal de Justiça.
Termos em que, pede deferimento.
(local e data).
advogado – OAB no
90
RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL
RECORRENTE: “A”
RECORRIDA: Justiça Pública HC No.
Superior Tribunal de Justiça, Colenda Turma,< Douto Procurador da República,
Em que pese o indiscutível saber jurídico da Colênda Câmara Criminal do Egrégio Tribunal
de Justiça, o venerando acórdão que denegou o pedido de “habeas corpus”, impetrado em
favor do Recorrente, não pode prosperar, pelas razões a seguir expostas:
I – DOS FATOS
O Recorrente foi condenado como incurso no crime do art. 155, “caput”, c.c. o art. 14, ambos
do Código Penal, à pena de 8 (oito) meses de reclusão.
O Meritíssimo Juiz competente negou o pedido da suspensão condicional da pena formulado
pelo Recorrente, mesmo sendo ele primário e de bons antecedentes.
Diante dessa decisão, foi impetrado “habeas corpus”, o qual foi negado pela
Câmar
a Criminal do Egrégio Tribunal de Justiça.
II – DO DIREITO
Não pode prosperar a respeitável decisão que denegou a ordem de “habeas corpus”, por
encontrar-se desprovida de amparo legal.
Com efeito, o artigo 105, inciso II, “a”, da Constituição Federal dispõe que:
“Compete ao Superior Tribunal de Justiça: ...
II- julgar, em recurso ordinário:< a) habeas corpus decididos em única ou última instância
pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos Tribunais dos Estados, do Distrito Federal e
Territórios, quando a decisão for denegatória;”
No caso em tela, a impetração de “habeas corpus” era perfeitamente cabível, não havendo
razão de ter sido negado pela Colenda Câmara.
O “habeas corpus” é uma garantia constitucional, prevista no art. 5o , inciso LXVII, da nossa
Carta Magna, utilizada sempre quando alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer
violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder.
Dessa forma, uma vez preenchidos os requisitos do artigo 77, do Código Penal,que
possibilitam a concessão da suspensão condicional da pena, o indeferimento do benefício
reforçado pela denegação da ordem de “habeas corpus” impetrada constituíram nítido
constrangimento ilegal para o Recorrente.
Nesse diapasão, tem sido o entendimento jurisprudencial, “in verbis”:
91
“A suspensão condicional da pena é direito subjetivo do réu que satisfaz os requisitos à sua
obtenção. Por esse motivo, a sentença condenatória deve ser expressa, para conceder ou
negar, sempre fundamentadamente, o benefício.” (STJ – RJDTACRIM 33/401)
Portanto, é de se concluir que o presente recurso é medida que se impõe para reformar a
respeitável decisão denegatória, possibilitando, assim, que o Recorrente faça jus ao
benefício que lhe é de direito.
III – DO PEDIDO
Diante do exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso, concedendo-se a
suspensão condicional da pena, expedindo-se o competente alvará de soltura em favor do
Recorrente, como medida de inteira justiça.
(local e data).
advogado – OAB no
92
RECURSO ESPECIAL
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE .
(Pular 10 linhas para despacho judicial)
, já qualificado nos autos da apelação criminal no , por seu
advogado que esta subscreve, não se conformando com a respeitável decisão de fls., que
violou os artigos 1o e 155 ambos do Código Penal, vem respeitosamente, perante Vossa
Excelência, interpor
RECURSO ESPECIAL
com fulcro no art. 105, III, “a”, da Constituição Federal e lei 8.038/90.
Requer seja recebido e processado o presente recurso, e encaminhado, com as inclusas
razões, ao Colendo Superior Tribunal de Justiça.
Nesses termos, pede deferimento.
(local e data).
advogado – OAB no
93
RAZÕES DE< RECURSO ESPECIAL
RECORRENTE:
RECORRIDA: Justiça Pública APELAÇÃO No:
Superior Tribunal de Justiça, Colenda Turma,< Douto Procurador da República,
Em que pese o indiscutível saber jurídico da Colenda Câmara Criminal do Egrégio Tribunal
de Justiça, impõe-se a reforma do venerando acórdão, pelas razões de fato e de direito a
seguir expostas:
I – DO CABIMENTO DO RECURSO ESPECIAL
Das causas decididas em última instância pelos Tribunais dos Estados, dispõe a
Constituição Federal que cabe Recurso Especial para o Superior Tribunal de Justiça, quando
a decisão recorrida “negar vigência a lei federal”, “der à lei federal interpretação divergente
da que haja atribuído outro tribunal” ou “julgar válida lei ou ato de governo local contestado
em face de lei federal” (art. 105, III, alíneas “a”, “b”, “c”, da CF).
Ora, no caso, o venerando acórdão do Egrégio Tribunal de Justiça infringiu o disposto nos
artigos 1o e 155 do Código Penal, pois proferiu um decreto condenatório sem ter como
parâmetro a conduta praticada pelo Réu e a descrição contida na lei.
Tendo havido o pré-questionamento da matéria, em sede de embargos de declaração, e,
assim, esgotando todas as instâncias recursais ordinárias, é cabível o presente recurso
especial, interposto em tempo útil e forma regular.
II – DOS FATOS
O Recorrente foi condenado e processado por tentativa de furto qualificado, mediante
escalada, nos termos do artigo 155, § 4o, II, c.c. artigo 14, inciso II, ambos do Código Penal,
porque teria sido surpreendido pela polícia ao escalar o muro de um imóvel localizado na
Rua , com o propósito de alí adentrar para subtrair coisa alheia móvel.
A sentença o condenou à pena de 2 (dois) anos de reclusão, além da pena de multa, tendo o
Recorrente apelado dessa decisão.
Negado provimento à apelação pelo Egrégio Tribunal de Justiça, o Recorrente interpôs
embargos de declaração, visando suprimir contradição existente no acórdão.
Porém, o Egrégio Tribunal também negou provimento aos embargos.
III – DO DIREITO
Com efeito, o artigo 1o do Código Penal, que também foi elevado a categoria de garantia
constitucional, enuncia que:
94
“Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.”
Com base no disposto nesse artigo, é cediço que, no nosso ordenamento jurídico, vige o
princípio da reserva legal, consignando a tradicional e indispensável regra de que as leis que
definem crimes devem ser precisas, marcando exatamente a conduta que visam punir.
Com efeito, o artigo 155 do Código Penal estabelece que o crime de furto se configura
quando o agente “subtrair para si ou para outrem, coisa alheia móvel”.
De fato, se o agente não conseguir consumar o crime por circunstâncias alheias a sua
vontade, dispõe o nosso direito, abraçado na norma de extensão do artigo 14 do Código
Penal, que também o agente será punido, porém , com a pena correspondente ao crime
consumado diminuída de um a dois terços.
Nota-se, contudo, que somente haverá punição a título de tentativa se o agente efetivamente
iniciar a execução do crime, não estando compreendidos atos meramente preparatórios.
No caso em tela, não há que se falar em tentativa de furto, pois o Recorrente não iniciou
qualquer ato executivo que demonstrasse idoneidade para a consumação do crime de furto,
ou seja, ele não foi flagrado pelos policiais tentando subtrair coisa alheia móvel.< Sobre o
assunto, necessário se faz trazer à baila o execelente magistério de Fernando Capez:
“ (..) somente caracterizará início de execução (e, portanto, a tentativa punível) o ato idôneo
para a consumação do delito. Assim, se o sujeito é surpreendido subindo a escada para
entrar em uma residência, não há como sustentar que houve tentativa de furto ou roubo,
uma vez que não havia se iniciado nenhuma subtração.” (Curso de Direito Penal – parte
geral, vol. 1, 4a edição, pág. 215)
Também por esse prisma é o entendimento do nobre José Frederico Marques:
“A atividade executiva é típica, e, portanto, o princípio da execução tem de ser compreendido
como início de uma atividade típica. Assim, o ato executivo é aquele que realiza uma parte
da ação típica.” (Tratado de direito penal, Bookseller, 1997,v.2, p.372)
Ademais, a corroborar o posicionamento doutrinário expendido nos tópicos supracitados,
impende trazer à colação a judiciosa ementa do venerando acórdão do Egrégio Tribunal de
Alçada Criminal de São Paulo:< “A caminhada para a tipicidade, ou o início da realização do
tipo, ou a tentativa, enfim, em sede de crime de furto, apenas ocorre à medida que o agente,
de forma iniludível, inequívoca, dá início ao gesto de retirar, de afastar, de pegar para si, a
coisa alheia (...)” (TACRIM-SP – AC – Rel. Canguçu de Almeida).
Portanto, diante da flagrante violação à Lei Federal, não merece prosperar a respeitável
decisão proferida.
IV – DO PEDIDO
Diante do exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso, absolvendo-se o
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Recorrente nos termos do artigo 386, inciso III, do Código de Processo Penal, como medida
de inteira justiça.
(local e data)
advogado – OAB no
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RECURSO EXTRAORDINÁRIO
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE .
(Pular 10 linhas para despacho judicial)
José, já qualificado nos autos da apelação criminal no , por seu advogado que esta
subscreve, não se conformando com a respeitável decisão de fls., que contrariou o
artigo 5o, inciso LVII, da Constituição Federal, vem, respeitosamente, perante Vossa
Excelência, interpor
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
com fundamento no art. 102, III, alínea “a”, também da Constituição Federal e Lei 8.038/90.
Requer seja recebido e processado o presente recurso e encaminhado, com as inclusas
razões, ao Colendo Supremo Tribunal Federal.Nesses termos, pede deferimento.
(local e data).
advogado – OAB no
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RAZÕES DE< RECURSO EXTRAORDINÁRIO
RECORRENTE: José
RECORRIDA: Justiça Pública
APELAÇÃO no Supremo Tribunal Federal, Colenda Turma,< Douto Procurador da
República,
Em que pese o indiscutível saber jurídico da Colenda Câmara Criminal do Egrégio Tribunal
de Justiça, impõe-se a reforma do venerando acórdão, pelas razões de fato e de direito a
seguir expostas:
I – DO CABIMENTO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Das causas decididas em única ou última instância pelos Tribunais Superiores dispõe a
Constituição Federal que cabe Recurso Extraordinário para o Supremo Tribunal Federal,
quando a decisão recorrida “contrariar dispositivo desta Constituição”, (art. 102, III, alíneas
‘a’, da CF).
Ora, no caso, o venerando acórdão do Egrégio Tribunal de Justiça infringiu o disposto no
artigo 5o, LVII da Constituição Federal, pois proferiu um decreto condenatório sem
observância do princípio constitucional da presunção da inocência.
Tendo havido o pré-questionamento da matéria, em sede de embargos de declaração, e,
assim, esgotando todas as vias recursais, é cabível o presente Recurso Extraordinário,
interposto em tempo útil e forma regular.
II – DOS FATOS
O Recorrente foi processado e condenado pelo crime de furto qualificado. Ocorre que a pena
foi fixada acima do mínimo legal em razão do recorrente estar sendo processado, em outra
vara criminal, por crime de estelionato.
Tendo apelado dessa decisão, o Egrégio Tribunal de Justiça negou provimento ao recurso,
ocasião em que o Recorrente interpôs embargos de declaração, sendo que o Tribunal
novamente negou provimento.
III – DA REPERCUSSÃO GERAL
Impende destacar, de início, a repercussão geral da matéria em debate. Conforme preconiza
o artigo 543-A, § 3o, do CPC, com redação dada pela Lei no 11.418/06:
“Haverá repercussão geral sempre que o recurso impugnar decisão contrária à súmula ou
jurisprudência dominante no Tribunal”.
No caso em tela insurge-se a Recorrente contra decisão do Egregio Tribunal de Justiça que
fixou a pena base acima do mínimo legal, considerando como maus antecedentes o fato do
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Recorrente estar sendo processado, em outra vara criminal, pelo crime de estelionato.
Tal entendimento, no entanto, contrária a posição firmada nessa Corte, no sentido de que,
em homenagem ao princípio da presença de inocência, apenas sentenças
condenatórias com trânsito em julgado podem ser consideradas para efeitos de maus
antecedentes.
Confira-se à respeito, a ementa:
“A mera existência de investigações policiais (ou de processos penais em andamento) não
basta, só por si, para justificar o reconhecimento de que o réu não possui bons
antecedentes” (STF – HC 84687/MS).
De modo que, nos termos da legislação vigente, encontra-se demonstrada a repercussão
geral da matéria em debate.
IV – DO DIREITO
Com efeito, o artigo 5o, inciso LVII, da Constituição Federal preceitua que:
“Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado da sentença penal
condenatória.”
Analisando-se o caso em tela, é de se concluir que houve manifesta violação ao supracitado
dispositivo constitucional, já que o Recorrente foi condenado, tendo sua pena aumentada
apenas e tão-somente porque estava respondendo processo em outra vara criminal.
Ora, Nobres Julgadores, o reconhecimento de maus antecedentes contra o Recorrente, no
presente caso, é, “data venia”, inadmissível, porque não leva em conta o referido preceito
constitucional, considerando-o culpado por ser meramente processado.< Nesse sentido,
pertinente é a lição do ilustre Julio Fabbrini Mirabete ao ensinar que:
“(...) o acusado é inocente durante o desenvolvimento do processo e seu estado só se
modifica por uma sentença final que o declare culpado.” (Processo Penal – 10a edição,
Editora Atlas, pág. 42)
Na mesma linha de entendimento, é a construção jurisprudencial, “in verbis”:
“A majoração da pena-base acima do mínimo legal fundada nos maus antecedentes, em
razão da existência de inquéritos policiais e ações penais em andamento contra o acusado,
viola o princípio constitucional da não culpabilidade, pois, enquanto não houver sentença
penal condenatória transitada em julgado não há que se falar em antecedentes criminais.” (
TACRIMSP-11a AP – Rel. Ricardo Dipp – RT 754/652)
“Em prol de qualquer acusado milita a presunção de inocência, e não de culpa.” (STF – HC –
Rel. Marco Aurélio – RT 688/388)
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Portanto, diante da flagrante violação a nossa Carta Magna, não merece prosperar a
respeitável decisão proferida.
Diante do exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso, fixando-se a pena no
mínimo legal, como medida de inteira justiça.
(local e data).
advogado – OAB no
100
Relaxamento da Prisão Em Flagrante
Fundamentação
O Relaxamento da Prisão Em Flagrante está fundamentado no artigo 5º, LXV, da Constitucional Federal.
Para que seja cabível, é necessário que a prisão em flagrante seja irregular, mediante a verificação dos
aspectos formais e se foram cumpridas todas as formalidades previstas a lavratura do auto de prisão, ou seja,
verificar os aspectos da legitimidade da prisão em flagrante.
Requisitos da Prisão Em Flagrante
a) Verificação do estado de flagrância;
b) Apresentação do preso à autoridade competente pelo condutor; e
c) Juízo prévio da autoridade, antes da lavratura, com audição do condutor, das testemunhas e do preso.
Requisitos da Lavratura do Auto de Prisão Em Flagrante
a) Presidida pela autoridade competente, no local onde ocorrer a prisão;
b) Depoimento do condutor;
c) Qualificação do preso;
d) Depoimento das testemunhas que presenciaram a prisão;
e) Se não houver testemunha da prisão, logo após depoimento do condutor deve-se obter o depoimento de
duas testemunhas de apresentação do preso;
f) Interrogatório do preso;
g) Lavratura do auto por escrivão ou qualquer outra pessoa, nomeada pela autoridade e devidamente
compromissada;
h) Assinatura do auto por todos e, se o preso não souber, não quiser, não puder assinar, indicação nos autos
de duas outras testemunhas que ouvirem a sua leitura;
i) Nomeação de curador ao menor de vinte e um anos.
Providências Posteriores à Lavratura do Auto de Prisão Em Flagrante
a) Fornecimento de nota de culpa, no prazo de 24 horas, com classificação do delito;
b) Se o preso se recusar, não puder ou souber assinar, deve ser assinado por 2 (duas) testemunhas;
c) Comunicação imediata ao juiz, com remessa de cópia do auto de prisão em flagrante;
d) Recolhimento do preso, se o crime for inafiançável;
e) Arbitramento de fiança, pela autoridade competente, se o crime for afiançável, e o preso preenche os
requisitos;
f) Soltura imediata nos casos em que o preso livra-se solto, sem fiança ou obrigações.
101
Modelo da Peça
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito do Departamento de Inquéritos Policiais da Capital - DIPO
ou
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca de
ou
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara Auxiliar do Tribunal do Júri da Comarca de
(Quando for crime doloso contra a vida)
(10 linhas)
" ... ", (qualificação completa - nacionalidade, estado civil, profissão), residente na rua , nº
, nesta , por seu advogado infra-assinado, vem respeitosamente a presença de Vossa Excelência,
com fulcro no artigo 5º, inciso LXV, da Constituição Federal, requerer o RELAXAMENTO DA PRISÃO
EM FLAGRANTE, pelos motivos a seguir aduzidos.
(2 linhas)
DOS FATOS
O requerente ... (copiar o problema, ou, resumi-loquando for demasiadamente extenso).
(2 linhas)
DO DIREITO
Referida prisão constitui coação ilegal contra o requerente, pois ... (elaborar a defesa com
introdução, exposição e conclusão, fazendo uma dissertação entre os fatos e a lei processual).
Reforçando o que foi acima descrito, citamos jurisprudência predominante pertinente ao caso
(transcrever a melhor jurisprudência ou acórdão).
" ... "
A doutrina pacificou o entendimento no mesmo sentido, dentre as quais selecionamos o
posicionamento do ilustre (Doutor ou Professor - Citar a obra, página, volume e edição).
" ... "
Conclui-se, portanto, que ...
(2 linhas)
DO PEDIDO
Diante de todo exposto, requer que seja concedido o relaxamento da prisão em flagrante que lhe
foi imposta, a fim de que possa permanecer em liberdade durante o processo, com a expedição do competente
Alvará de Soltura em seu favor, como medida de JUSTIÇA !!!
2 linhas)
Nestes Termos
Pede Deferimento.
(2 linhas)
102
Loca e Data
OAB - Seccional de ...
103
Liberdade Provisória
Fundamentação
A Liberdade Provisória está fundamentada no artigo 5º, LXVI, da Constituição Federal, que prescreve:
"Ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir liberdade provisória, com ou sem fiança".
A Liberdade Provisória é uma medida que visa substituir a prisão provisória por outra providência que logre
assegurar a presença do acusado em juízo sem o sacrifício da prisão.
Relaxamento da Prisão e Liberdade Provisória
Relaxamento da Prisão: No relaxamento não há deveres e obrigações, e ocorre quando a prisão for ilegal.
Liberdade Provisória: Na liberdade provisória, há deveres e obrigações, e ocorre quando a prisão for legal.
A liberdade é provisória porque o beneficiado fica sob determinadas condições e com isto poderá perder esse
beneficio a qualquer momento. Em geral, a Liberdade Provisória é obtida mediante o pagamento de fiança
que pode ser prestada pelo próprio preso ou mesmo por outra pessoa.
Pode ser requerida em qualquer face do processo, enquanto não transitar em julgado a sentença
condenatória, sendo que a Liberdade Provisória é obrigatória sem fiança e sem condições quando a pena for
exclusivamente de multa e quando o máximo da pena privativa de liberdade não exceder a 3 meses.
A liberdade provisória é vedada quando couber a prisão preventiva e nas hipóteses em que a lei
estabelecer expressamente a proibição, exemplo: crime hediondo.
Requisitos
a) Réu não reincidente em crime doloso;
b) Bons antecedentes;
c) Trabalhador;
d) Residência fixa;
e) O juiz deve pedir opinião ao Ministério Público.
Recursos
a) Da decisão que concede liberdade provisória cabe RESE (artigo 581, V, CPP);
b) Da decisão que denega liberdade provisória cabe "Habeas Corpus" (coação ilegal).
104
Modelo da Peça
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito do Departamento de Inquéritos Policiais da Capital - DIPO
ou
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca de
ou
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara Auxiliar do Tribunal do Júri da Comarca de
(Quando for crime doloso contra a vida)
(10 linhas)
" ... ", "A", já devidamente qualificado no auto da prisão em flagrante do Inquérito Policial nº ,
lavrado pelo Dr. Delegado do Distrito Policial de , como tendo infringido o disposto no artigo ,
do Código Penal, por seu advogado infra-assinado, vem com fulcro no artigo 5º, inciso LXVI, da
Constituição Federal e artigo 310 e seguintes do Código de Processo Penal, requerer LIBERDADE
PROVISÓRIA, pelas razões a seguir aduzidas.
(2 linhas)
DOS FATOS
O requerente ... (copiar o problema, ou, resumi-lo quando for demasiadamente extenso).
(2 linhas)
DO DIREITO
Referida prisão constitui coação ilegal contra o requerente, pois ... (elaborar a defesa com
introdução, exposição e conclusão, fazendo uma dissertação entre os fatos e a lei processual).
Reforçando o que foi acima descrito, citamos jurisprudência predominante pertinente ao caso
(transcrever a melhor jurisprudência ou acórdão).
" ... "
A doutrina pacificou o entendimento no mesmo sentido, dentre as quais selecionamos o
posicionamento do ilustre (Doutor ou Professor - Citar a obra, página, volume e edição).
" ... "
Conclui-se, portanto, que ...
(2 linhas)
DO PEDIDO
Assim, inexistindo requisitos para a continuação da prisão, postula-se, após O parecer do Digno
Representante do Ministério Público, pela concessão da LIBERDADE PROVISÓRIA, o arbitramento da
fiança (se o crime for afiançável) e a expedição do competente Alvará de Soltura em favor do requerente,
como medida de JUSTIÇA !!!
2 linhas)
Nestes Termos
Pede Deferimento.
105
(2 linhas)
Loca e Data
OAB - Seccional de ...
106
LIBERDADE PROVISÓRIA (com fiança)
EXCELENTÍSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL
DA COMARCA .
(Pular 10 linhas para despacho judicial)
“A”, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), residente e domiciliado na Rua
, nesta Comarca, por seu advogado que esta subscreve (conforme
procuração anexa – doc. 01), vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, requerer a
concessão de
LIBERDADE PROVISÓRIA
com fulcro no art. 5o, inciso LXVI, da Constituição Federal, combinado com o art. 322,
parágrafo único, do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de direito a seguir
expostas:
I – DOS FATOS
Na data de , o Requerente foi preso em flagrante pela prática do crime de
furto qualificado, encontrando-se recolhido no Distrito Policial, desta Comarca.
II – DO DIREITO
O Requerente faz jus ao benefício da liberdade provisória com fiança, uma vez que não se
enquadra nas situações dos arts. 323 e 324, ambos do Código de Processo
Penal, os quais excluem a possibilidade de concessão de fiança.
De fato, os dispositivos citados estabelecem quais os casos em que não é possível a
concessão de Liberdade Provisória, explicitando, portanto, que, fora das hipóteses
taxativamente mencionadas, impõe-se a libertação do preso, mediante o pagamento de
fiança. Por determinação legal, não será concedida a fiança nas seguintes hipóteses:
a) crimes punidos com reclusão em que a pena mínima cominada for superior a 2 (dois)
anos;
b) contravenções tipificadas nos arts. 59 e 60 da Lei das Contravenções Penais;
c) crimes dolosos punidos com pena privativa da liberdade, se o réu já tiver sido condenado
por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado;
d) se houver no processo prova de ser o réu vadio;
e) crimes punidos com reclusão, que provoquem clamor público ou que tenham sido
cometidos com violência contra a pessoa ou grave ameaça.
f) quando o preso, no mesmo processo, tiver quebrado fiança anteriormente concedida ou
infringido, sem motivo justo, qualquer das obrigações a que se refere o art. 350 do CPP;
107
g) em caso de prisão por mandado do juiz do cível, de prisão disciplinar, administrativa ou
militar;
h) quando o prezo a estiver no gozo de suspensão condicional da pena ou de livramento
condicional, salvo se processado por crime culposo ou contravenção que admita fiança;
i) quando presentes os motivos que autorizam a decretação da prisão preventiva Com
efeito, o crime do qual o Requerente está sendo acusado – furto qualificado – tem pena
mínima de dois anos. Trata-se de infração cometida sem emprego de violência ou grave
ameaça e que, ademais, não provocou clamor público.
Além disso, ostenta o Requerente bons antecedentes, permanecendona condição de
primário, o que significa que nunca foi condenado por outro crime em sentence transitada em
julgado.
Convém salientar ainda que o Requerente trabalha, tendo, ademais, residência fixa.
Portanto, não estando o Requerente em qualquer das situações dos artigos 323 e 324 do
Código de Processo Penal, que, como já mencionado, excluem a possibilidade de concessão
de fiança, a sua liberdade é medida que se impõe, em atenção ao preceito constitucional do
art. 5o , inciso LXVI, que, reza:
“Ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória,
com ou sem fiança”
À luz do expendido, a prestação de fiança, para o fim de responder o processo em liberdade,
é direito público subjetivo do réu.
Sobre o assunto, pertinente é a lição do eminente E. Magalhães Noronha ao ensinar que:
“É a liberdade provisória, temperamento ao rigor da custódia preventiva.(...) É-lhe, pois,
antagônica, a liberdade provisória, que se propõe a assegurar a presença do acusado sem o
sacrifício da prisão. Esta só deve ser permitida em casos de absoluta necessidade (...)”
(Curso de Direito Processual penal, 27a edição, pag 235)
Também nesse sentido, não destoa a jurisprudência de nossos tribunais, merecendo
destaque os julgados abaixo transcritos:
“Satisfeitos os pressupostos legais, a prestação de fiança é direito do réu e não faculdade do
juiz” (STF RTJ 116/139).
“Fiança – Furto qualificado – Fato que não gerou clamor público – Acusados primários,
possuindo residência fixa, ocupação definida e laços familiares no distrito da culpa –
Admissibilidade da aplicação da benesse, pois nenhum risco correm a ordem pública e a
aplicação da lei penal (...)” (RT 776/656).
Destarte, restou-se amplamente demonstrado que o Requerente faz jus ao benefício da
liberdade provisória.
108
III – DO PEDIDO
Diante do exposto, requerer seja deferido o presente pedido de liberdade provisória,
arbitrando-se fiança e expedindo-se o competente alvará de soltura em favor do Requerente,
como medida de inteira justiça.
Nesses termos, pede deferimento.
(local e data).
advogado – OAB no
109
LIBERDADE PROVISÓRIA (SEM FIANÇA)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA
CRIMINAL DA COMARCA DE ,
(Pular 10 linhas para despacho judicial)
“A”, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), residente e domiciliado na Rua ,
nesta comarca, por seu advogado que esta subscreve (conforme procuração anexa –
doc 01), vem, respeitosamente, perante vossa Excelência, requer a concessão de
LIBERDADE PROVISÓRIA
com fulcro no artigo 5o, inciso LXVI, Constituição Federal, combinado com o art 310,
parágrafo único, do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de direito a seguir
expostas:
I – DOS FATOS
O Requerente foi preso em flagrante pela prática de furto qualificado.
II – DO DIREITO
É primário, tem bons antecedentes, trabalho lícito e reside na mesma residência há mais de
10 anos, conforme documentos em anexo, não havendo qualquer indício de que buscaria se
livrar de eventual sanção penal, se condenado. Da mesma forma, não há qualquer sinal de
que buscaria interferir na instrução criminal, valendo ressaltar que a perícia do local já foi
feita, e que as testemunhas são policiais com os quais o Requerente não tem nenhum
contato.
Em um Estado Democrático que resguarda a presunção de inocência, a regra é que o
processo transcorra com o acusado em liberdade. Apenas em circunstâncias excepcionais,
que autorizem a custódia cautelar, é que o cárcere antes da sentença definitiva é possível.
Não é o caso ora examinado nos autos.
Ausentes os requisitos da prisão preventiva, a liberdade provisória é medida que se impõe. É
a clara redação do art. 310, parágrafo único, do CPP.
Nesse sentido a jurisprudência:
“Tratando-se de réus possuidores de bons antecedentes, com ocupação lícita e radicados no
distrito da culpa, tem-se que a manutenção da custódia afigura-se desnecessária, mormente
porque o delito praticado permite, em tese, a suspensão do processo, ou no caso
condenação a adoção de penas alternativas. Ordem deferida com extensão aos co-réus.”
(TJRJ HC 2003.059.01156)
III – DO PEDIDO
110
Ante o exposto, requer seja deferida liberdade provisória sem fiança ao requerente, com a
expedição de alvará de soltura
Termos em que, pede deferimento.
(Local, data)
Advogado – OAB no
111
RELAXAMENTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DO JÚRI
DA COMARCA DE .
(Pular 10 linhas para despacho judicial)
Romualdo, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), residente e domiciliado na Rua
, por seu advogado que esta subscreve (conforme
procuração anexa – doc 01), vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência,
requerer o RELAXAMENTO DA PRISÃO EM FLAGRANTE
com fulcro no artigo 5o, LXVI, da Constituição Federal, pelas razões de fato e de direito a
seguir expostas:
I – DOS FATOS
O Requerente encontrava-se no interior de sua residência, quando ouviu um barulho no
quintal.
Munido de um revólver e considerando tratar-se de um ladrão, desferiu neste três tiros,
causando a sua morte.
Diante das circunstâncias, o Requerente dirigiu-se à Delegacia, comunicando à Autoridade
Policial o ocorrido, ocasião em que foi preso em flagrante pelo crime de homicídio.
II – DO DIREITO
Trata-se de flagrante ilegal, devendo ser imediatamente relaxado.
Com efeito, o nosso ordenamento jurídico não convive com prisões ilegais, estabelecendo o
art. 5o, inciso, LXVI, da Constituição Federal que:
“A prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade competente.”
O artigo 302, do Código de Processo Penal, define as situações que ensejam a prisão em
flagrante, quais sejam:
a) quando o agente é apanhado cometendo a infração penal;
b) quando o agente é apanhado tendo acabado de cometê-la;
c) quando o agente é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer
pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração;
d) quando o agente é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis
que façam presumir ser ele autor da infração. Ora, Excelência, no caso em apreço, não se
verificou nenhuma destas situações. O Requerente não foi encontrado, nem mesmo
112
perseguido. Bem ao contrário, ele espontaneamente se apresentou, revelando assim o
ânimo de colaborar com a descoberta da verdade e com a aplicação da justiça.
No caso em tela é evidente o constrangimento ilegal que o Requerente vem sofrendo, um
vez que ao se dirigir espontaneamente à Delegacia, comunicando o ocorrido, o requerente
não tinha qualquer intenção de fugir.< Sobre o assunto, merece ser trazido à lume o
excelente magistério de Julio Fabrini Mirabete:
“Deve-se considerar, entretanto, que a apresentação espontânea do acusado, para ser
preso, se aliada a sua primariedade e outras condições pessoais, é indício de que não há
necessidade ou conveniência da custódia, ainda que já decretada.” (Código de Processo
Penal Interpretado, 9a edição, pg. 833).
No mesmo sentido, deve-se destacar o julgado do Egrégio Tribunal de Justiça:
“A principal finalidade da prisão em flagrante é a de evitar a fuga do criminoso. Ora, se este
se apresenta, espontaneamente, à autoridade policial, óbvio é que não há lugar para o
flagrante. Dispõe, explicitamente, o art. 317 do CPP que o indiciado, em tais condições, só
estará sujeito a prisão preventiva decretada pelo juiz se for o caso.” (RT 274/106)
À luz do expendido, é de se concluir que não merece prosperar o flagrante efetuado.
III – DO PEDIDO
Diante do exposto,requer seja deferido o presente pedido de relaxamento da prisão em
flagrante imposta ao Requerente, expedido-se o competente alvará de soltura em seu favor,
como medida de inteira justiça.
Nesses termos, pede deferimento.
(local e data).
advogado – OAB no
113
PEDIDO DE REVOGAÇÃO DE PRISÃO PREVENTIVA
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA
CRIMINAL DA COMARCA DE .
(Pular 10 linhas para despacho judicial)
“A”, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), residente e domiciliado na Rua
, por seu advogado que esta subscreve (conforme procuração anexa – doc 01), vem,
respeitosamente, perante Vossa Excelência, requerer a
REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA
com fulcro nos artigos 311 e 312, do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de
direito a seguir expostas:
I – DOS FATOS
“A” foi preso preventivamente pela prática de crime de tentativa de roubo, fundamentando-se
a respeitável decisão judicial no fato de que, tendo sido detido na posse da res, havia
indícios de autoria, sendo a prisão decretada para fim de assegurar a instrução criminal, pois
o Requerente não teria comparecido à audiência de instrução e julgamento, prejudicando
assim a produção de prova na medida em que impossibilitava o reconhecimento pessoal por
parte da vítima
II – DO DIREITO
Hoje, após a realização do procedimento para reconhecimento de pessoas e coisas, possível
concluir que os motivos que ensejaram a custódia cautelar desapareceram. É que a vítima
afirmou, com certeza, que o Acusado não foi um dos roubadores, desaparecendo assim os
referidos indícios de autoria e, como já finda a instrução, o periculum libertatis então
apontado.
Nesse sentido a jurisprudência:
“Não demonstrada, suficientemente, a necessidade da prisão preventiva, merece prosperar o
pedido de sua desconstituição. Recurso provido” (RSTJ 106430).
III – DO PEDIDO
Requer, assim, seja revogada a prisão preventiva, por ausentes os requisitos dos arts. 311 e
312 CPP, com a expedição de alvará de soltura.
Nesses termos, pede deferimento.
Local e data
114
(assinatura e OAB)<
115
REQUERIMENTO DE RESTITUIÇÃO DE COISAS APREENDIDAS
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL
DA COMARCA DE .
(Pular 10 linhas para despacho judicial)
, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), residente e domiciliado na Rua
, por seu advogado que esta subscreve (conforme
procuração anexa – doc. 01), vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência,
requerer a RESTITUIÇÃO DE BENS APREENDIDOS
com fulcro no artigo 118 e seguintes, do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e
de direito a seguir expostas:
I – DOS FATOS
O Requerente, ao chegar de viagem, deparou com a sua casa arrombada e remexida.
Dentre outras coisas, sentiu falta de seu revólver, Taurus, calibre 38 e do anel de ouro com
uma pedra de rubi, que recebera do seu pai, já falecido, quando se formou no curso de
Direito.
Logo em seguida, dirigiu-se à Delegacia para lavrar o Boletim de Ocorrência, ocasião em
que o Ilustríssimo Delegado de Polícia o informou de que já tivera feito o flagrante do
presente caso, e, inclusive, aberto Inquérito Policial, tendo tomado conhecimento do ocorrido
pelo vizinho do Requerente, exatamente no dia do fato. Informou, ainda, que as coisas
furtadas e que, até então, estavam na posse do criminoso, haviam sido apreendidas.
II – DO DIREITO
Segundo reza o artigo 118, do Código de Processo Penal, antes de transitar em julgado a
sentença final, as coisas apreendidas não poderão ser restituídas enquanto interessarem ao
processo.
Dessarte, conclui-se que, quando não mais interessarem à apuração da verdade, não há
razão para que os bens apreendidos não sejam prontamente devolvidos e assim, deseja o
Requerente, com a presente medida, pleitear a restituição da sua arma do anel de formatura,
demonstrando, amplamente, ser o fiel proprietário de tais bens.
A propriedade da arma está, indiscutivelmente, comprovada com a juntada da cópia
autenticada do seu respectivo registro.(doc.2)
Nesse sentido, a jurisprudência de nossos tribunais é pacífica em reconhecer que apenas se
comprova a propriedade da arma com a exibição do registro:
116
“Inadmissível a restituição de arma de fogo apreendida sem exibição de seu respectivo
registro, pois somente esta comprova a propriedade” (TACRSP – RT 689/370)
“É inadmissível a liberação de arma apreendida se não houver comprovação de sua
propriedade, mormente se ela é objeto de crime e de origem internacional não documentada,
vez que tal restituição tem o efeito de regularizar a posse do revólver por decisão judicial, o
que é evidentemente inadmissível sem prova de propriedade.” (TACRSP- RJDTACRIM
20/158)
Quanto ao anel de formatura, o Requerente juntou à colação documentos que comprovam
ser ele o legítimo dono, tais como o certificado de garantia do anel (doc. 3), a cópia de uma
carta que o seu pai deixou quando lhe deu o anel, (doc. 4) e uma fotografia que mostra, com
clareza, o Requerente usando o anel, (doc.4). Ora, Excelência, tais documentos estão aptos
a produzir os devidos efeitos legais.
Dessa forma, tendo demonstrado amplamente ser proprietário das coisas apreendidas, o
Requerente faz jus à referida restituição, sendo o Nobre Magistrado competente para
concedê-la.<
Nesse sentido, necessário se faz trazer à baila o excelente magistério de Julio Fabbrini
Mirabete:
“A coisa apreendida deve ser restituída quando não interessa ao processo, não é confiscável
e não foi apreendida em poder de terceiro, não havendo dúvida quanto ao direito do
reclamante. A restituição é deferida pela autoridade policial, durante o inquérito, ou pelo juiz,
sempre após vista ao Ministério Público mediante simples termo nos autos. Essa restituição
pelo juiz criminal só é permitida quando estiver entrelaçada com algum inquérito policial ou
ação penal que visem apurar a prática de uma infração penal e não simplesmente quando a
apreensão foi realizada apenas pelo poder de polícia.” (Código de Processo Penal
Interpretado, 9a edição, Editora Atlas, pág. 410)
Na mesma trilha de entendimento, manifesta-se a jurisprudência pátria:
“A restituição de coisa apreendida somente poderá ser apreciada pela Justiça Criminal,
como se depreende do art. 120 do CPP, quando estiver entrelaçada com algum inquérito
policial ou ação penal que visem apurar crime ou contravenção” (TACRSP – RT624/330)
Portanto, encontrando guarida a pretensão do Requerente no nosso ordenamento jurídico,
corroborada pelo posicionamento doutrinário e jurisprudencial expendido nos tópicos
supracitados, não há como negar a concessão do pedido de restituição das coisas
apreendidas.
III – DO PEDIDO
Diante de todo o exposto, requer, após ouvido o representante do Ministério Público, seja
deferido o presente pedido, determinando-se a devolução dos bens acima mencionados.
117
Nesses Termos, pede deferimento.
(local e data)
advogado – OAB no
118
QUEIXA – CRIME
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA
CRIMINAL DA COMARCA DE .
(Pular 10 linhas para despacho judicial)
Osvaldo, (2) (nacionalidade), (estado civil), (profissão), residente e domiciliado na Rua
, por seu Advogado que esta subscreve (conforme procuração
com poderes especiais anexa – doc.01), vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência,
oferecer
QUEIXA-CRIME
contra Moacir, (nacionalidade), (estado civil) (profissão), residente e domiciliado na Rua
,
com fulcro no artigo 30, do Código de Processo Penal, (3) pelas razões de fato e de direito a
seguir expostas:
O Querelanteteve sua honra denegrida pelo ora Querelado, que afirmou falsamente, na
presença de várias pessoas, que aquele emitira cheque sem a suficiente provisão de fundos,
em favor de Afonso.
Assim procedendo, cometeu o Querelado o crime de calúnia, previsto no art. 138 do Código
Penal com a pena aumentada de um terço, nos termos do art. 141, inciso III, do mesmo
diploma legal.
Supracitados dispositivos preceituam que:
“Art. 138. Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime:< Pena –
detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. ”< “Art. 141. As penas cominadas neste
Capítulo aumentam-se de um terço, se qualquer dos crimes é cometido:
...< III – na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da
difamação ou da injúria.”
Note-se que, para a caracterização da calúnia, a lei não exige minúcias e pormenores,
bastando que a atribuição feita tenha por objeto fato determinado e falso,
definido como crime, o que se caracterizou realmente no acima descrito.< Com muita
propriedade, o ilustre Fernando Capez traça as seguintes explanações sobre o assunto:
“(...) não basta a imputação de fato definido como crime, exige-se que este seja falso. Se o
fato for verdadeiro, não há que se falar em crime de calúnia.” (Curso de Direito Penal – Parte
Especial , vol. 2 Editora Saraiva, 2003, pag. 222).
119
A esse propósito, vale mencionar o venerando acórdão exarado pelo Egrégio Tribunal de
Alçada Criminal do Estado de São Paulo:
“Inexistindo no escrito incriminado fato definido como crime, não se configura a calúnia, visto
que, na falsa acusação que ela consubstancia, há necessidade que se exponha a ação do
ofendido a algum delito previsto na lei penal” (TACRIM-SP- AC – Rel. Reynaldo Ayrosa –
JUTACRIM 75/127).
À luz do expendido, restou amplamente demonstrada a conduta típica do Querelado,
devendo ele ser condenado nas penas do artigo 138, “caput”, combinado com o art. 141,
inciso III,
ambos do Código Penal.
Diante do exposto, requer seja recebida e autuada a presente queixa crime, determinado-se a
citação do Querelado para ser interrogado, processado e ao final condenado nas penas do
crime previsto no artigo 138 , combinado com o art. 141, inc. III, ambos do Código Penal.
Requer, outrossim, a notificação e oitiva das testemunhas a seguir arroladas.
Rol de Testemunhas:
1) Nome, endereço 2) Nome, endereço 3) Nome, endereço
Termos em que, pede deferimento.
(local e data).
advogado – OAB no
120
Representação
Fundamentação
Nos crimes de ação penal pública condicionada, o titular da ação é o Ministério Público, mas para que ele
possa agir é necessário uma representação do ofendido, pois sem ela não pode praticar o ato inicial do
processo, ou seja, o Promotor de Justiça não pode oferecer denúncia. Exemplo: no crime de ameaça (art. 147
do CP), a ação penal está subordinada à representação da vítima, e sem ela a ação penal não pode ser
intentada.
A representação é a manifestação do ofendido, seja pessoalmente, seja por intermédio de procurador, ao
Juiz, Ministério Público ou ao Delegado de Polícia, dando-lhes ciência do crime ocorrido e pedindo-lhe que se
instaure a persecução penal.
Se a representação for oferecida através de advogado, a procuração que o constitui deve conter poderes
especiais, conforme definido no artigo 39, do CPP. A representação pode ser feita por escrito ou oralmente,
mas se for oral deve ser reduzida a tempo pela autoridade.
A representação sofre o efeito da decadência, ou seja, deve ser oferecida dentro do prazo previsto em lei
para que não ocorra a perda do direito. Sendo decadencial é fatal, peremptório, não se suspende nem se
interrompe.
No caso de morte ou ausência do ofendido declarada por decisão judicial, o direito de representação
passará ao cônjuge, descendente ou irmão (art. 24 do CPP), que poderão exercê-lo pelo tempo que ainda
restava à vitima, pois não há a abertura de novo prazo.
121
Modelo da Peça
Ilustríssimo Senhor Doutor Delegado de Polícia Titular do Distrito Policial da Comarca de
(10 linhas)
" ... ", (qualificação completa - nacionalidade, estado civil, profissão), residente na rua nº ,
nesta Cidade, por seu advogado infra-assinado (doc. 1), vem, com fulcro no artigo 39, do Código de Processo
Penal REPRESENTAR contra " ... ", (qualificação completa - nacionalidade, estado civil, profissão), residente
na rua , nº , nesta Cidade, pelos motivos que passa a expor.
(2 linhas)
DOS FATOS
O representante ... (copiar o problema, ou, resumi-lo quando for demasiadamente extenso).
(2 linhas)
DO DIREITO
Com efeito ... (elaborar a defesa com introdução, exposição e conclusão, fazendo uma
dissertação entre os fatos e a lei processual).
Reforçando o que foi acima descrito, citamos jurisprudência predominante pertinente ao caso
(transcrever a melhor jurisprudência ou acórdão).
" ... "
A doutrina pacificou o entendimento no mesmo sentido, dentre as quais selecionamos o
posicionamento do ilustre (Doutor ou Professor - Citar a obra, página, volume e edição).
" ... "
Conclui-se, portanto, que ...
(2 linhas)
DO PEDIDO
Diante do exposto, praticou o representado o crime previsto no artigo do Código Penal, razão
pela qual é oferecida a presente representação a fim de que possa ser instaurado o competente inquérito
policial e posteriormente oferecida a denúncia pelo Digno representante do Ministério Público.
2 linhas)
Nestes Termos
Pede Deferimento.
(2 linhas)
Loca e Data
OAB - Seccional de ...
122
REPRESENTAÇÃO
ILUSTRÍSSIMO SENHOR DOUTOR DELEGADO DE POLÍCIA TITULAR
DO DISTRITO POLICIAL DE .
(Pular 10 linhas para despacho policial)
Carlos, (nacionalidade), (estado civil), funcionário público, residente e domiciliado na Rua
, por seu advogado que esta subscreve (conforme procuração com
poderes especiais anexa-doc. 01), vem, respeitosamente, perante Vossa Senhoria, oferecer
REPRESENTAÇÃO
com fulcro no artigo 24, do Código de Processo Penal, contra José, (nacionalidade), (estado
civil), funcionário público, residente e domiciliado na Rua , pelas razões de
fato e de direito a seguir expostas:
Carlos, o ora Representante, funcionário público, foi ofendido em sua honra por seu colega
de trabalho José.
Ocorre que, José, após desentendimentos com o Representante por divergências políticas,
imputou – lhe o crime de “corrupção passiva”, dizendo na presença de outros colegas da
repartição que ele recebia “propina”, que era corrupto, indigno do cargo que ocupava.
Assim procedendo, praticou o Representado, o crime previsto no art 138 C.C. 141, II, do
Código Penal, infração esta que é de Ação Penal Pública Condicionada (2), razão pela qual
é oferecida a presente.
Diante do exposto, requer seja instaurado o competente Inquérito Policial para que,
posteriormente, possa ser promovida a persecução penal contra o Representado.
Requer, outrossim, a notificação e oitiva das testemunhas a seguir arroladas:
Rol de Testemunhas:
1) Nome, endereço 2) Nome, endereço 3) Nome, endereço
Nesses termos, pede deferimento.
(local e data).
advogado – OAB no
123
Resposta
Modelo da Peça
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca de
ou
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara Auxiliar do Tribunal do Júri da Comarca de
(Quando for crime doloso contra a vida)
(10 linhas)
" ... ", já qualificado nos autos referida ação penal, por seu advogado infra-assinado, vem
respeitosamenteà presença da Vossa Excelência, apresentar RESPOSTA, com fulcro no artigo 396, do
Código de Processo Penal, contestando a denúncia (ou queixa-crime, se for ação penal privada), em todos os
seus termos e ao final provar na fase do artigo 404, do mesmo Diploma Legal, a sua inocência e requerendo,
dedes já, a notificação (ou inquirição) das testemunhas abaixo arroladas, conforme os ditames da JUSTIÇA.
(2 linhas)
Rol de Testemunhas
a) .................... RG e endereço;
b) .................... RG e endereço;
c) .................... RG e endereço;
2 linhas)
Nestes Termos
Pede Deferimento.
(2 linhas)
Loca e Data
OAB - Seccional de ...
124
DEFESA PRELIMINAR/ RESPOSTA À ACUSAÇÃO
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL
DA COMARCA DE .
(Pular 10 linhas para despacho judicial)
João, já qualificado na denúncia oferecida pelo Digníssimo membro do Ministério Público,
por seu advogado que esta subscreve (conforme procuração anexa – doc. 01), vem,
respeitosamente, perante Vossa Excelência, apresentar
RESPOSTA À ACUSAÇÃO
com fulcro no artigo 396 do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de direito a
seguir expostas:
I – DOS FATOS
João foi denunciado pela prática de furto qualificado,eis que teria ingressado na residência
de Manoel valendo-se de chave falsa e de lá subtraído aparelho de som com
o fim de assenhoramento definitivo
II – DO DIREITO
A denúncia deve ser reconhecida como inepta. A única versão presente nos autos acerca da
autoria e materialidade é a palavra da própria suposta vítima, ou seja, Manoel, que traz
versão desencontrada aos autos, em que chega a reconhecer que o aparelho de som não
lhe pertencia, embora se sinta “roubado” pela atitude do denunciado. Ora, o Direito não pode
se satisfazer com impressões subjetivas,devendo estar a denúncia lastreada em provas que
traduzam fatos,e não meros sentimentos ou ilações. Assim, pela absoluta ausência de
elementos mínimos de convicção a estear a inicial,a denúncia deve ser declarada
inepta.< No sentido da necessidade de prova de materialidade e indícios de autoria para o
recebimento da denúncia a doutrina e a jurisprudência: (...)
Se não bastasse a falta de prova de materialidade e indícios de autoria necessários ao
recebimento da denúncia, é forçoso reconhecer que a inicial acusatória não cumpre os
requisitos essências por não narrar de forma circunstanciada a prática do delito. No caso em
tela, a denúncia não traz a mínima especificação de qual teria sido a res furtiva,mencionando
apenas tratar- se de “aparelho de som”. Ora, sem tal especificação,não há como demonstrar
que tal bem não existia, ou que não era “coisa alheia”, mas sim própria. Sabe-se que a
narrativa insuficiente sobre o fato criminoso cerceia a defesa, e ao é apta a dar impulso a
processo penal válido,pelo que deve ser reconhecida sua inépcia. Nesse sentido a doutrina e
a jurisprudência:
(...)
Por fim,o acusado deve ser absolvido sumariamente pela atipicidade do fato. Conforme os
documentos ora juntados aos autos,o acusado era amigo de Manoel e com ele dividia o
apartamento há três anos, eis que estudavam na mesma faculdade. Em razão de
desentendimento, o acusado teria adentrado a casa para retirar suas coisas, entre elas o
aparelho de som que lhe pertencia, conforme nota fiscal juntada em anexo. Assim, por se
tratar de subtração de coisa própria,o que obviamente não tem qualquer relevância penal,
125
deve ser absolvido pela atipicidade do fato.
III – DO PEDIDO
Diante do exposto requer seja anulada ab initio a presente ação penal ou, caso não seja
esse o entendimento de Vossa Excelência, que seja decretada a absolvição sumária, com
fulcro no artigo 397, I, ou ainda, se não acolhido o pedido de absolvição sumária, requer
sejam intimadas as testemunhas ao final arroladas para que sejam ouvidas na audiência de
instrução e julgamento.
Rol de Testemunhas 1) “Nome”, “endereço” 2) “Nome”, “endereço” 3) “Nome”, “endereço”
126
Mandado de Segurança
Modelo da Peça
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca de
ou
Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Presidente do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de
ou
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara do Tribunal do Júri da Comarca de
(Crimes dolosos contra a vida, tentados ou consumados e a autoridade coatora for Delegado de Polícia)
(10 linhas)
" ... ", (qualificação completa - nacionalidade, estado civil, profissão, residente na Rua número ,
nesta cidade, por seu advogado infra-assinado, conforme procuração anexa (doc. 1), vem respeitosamente
perante Vossa Excelência, impetrar MANDADO DE SEGURANÇA, com fulcro no artigo 5º, inciso LXIX, da
Constituição Federal e artigo 1º, da Lei 1533/5, contra ato ilegal praticado pelo Meritíssimo Juiz da Vara
Criminal da Comarca de , nos autos do processo-crime nº (ou Ilustríssimo Senhor Doutor Delegado
de Polícia do Distrito Policial, nos autos do inquérito policial nº ) pelas razões a seguir aduzidas.
(2 linhas)
DOS FATOS
O impetrante ... (copiar o problema, ou, resumi-lo quando for demasiadamente extenso).
(2 linhas)
DO DIREITO
Referida decisão constitui uma coação ilegal contra o impetrante, pois ... (elaborar a defesa com
introdução, exposição e conclusão, fazendo uma dissertação entre os fatos e a lei processual).
Reforçando o que foi acima descrito, citamos jurisprudência predominante pertinente ao caso
(transcrever a melhor jurisprudência ou acórdão).
" ... "
A doutrina pacificou o entendimento no mesmo sentido, dentre as quais selecionamos o
posicionamento do ilustre (Doutor ou Professor - Citar a obra, página, volume e edição).
" ... "
Conclui-se, portanto, que ...
(2 linhas)
DO PEDIDO
Diante de todo o exposto, assim, líquido e certo por disposição expressa o direito do impetrante,
vem requerer a Vossa Excelência determine, liminarmente o direito de (exemplo: de entrevistar-se com seu
cliente) e, ao final, seja a segurança definitivamente concedida, sanando-se, portanto, a ilegalidade cometida
pela autoridade policial apontada como coatora, nos termos da Lei 1533/51, como medida da mais lídima
justiça.
127
Obs.: Neste caso, indique no preâmbulo que se trata de MS com pedido liminar e defenda seus requisitos no
corpo da peça.
ou
Diante de todo o exposto, postula-se a concessão da ordem impetrada, a notificação da autoridade
coatora para as informações que julgar necessária, bem como, a concessão definitiva da segurança para
garantir ao impetrante o direito de ... (transcrever o que se deseja), como medida da mais lídima justiça.
2 linhas)
Nestes Termos
Pede Deferimento.
(2 linhas)
Loca e Data
OAB - Seccional de ...
128
MANDADO DE SEGURANÇA
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA
CRIMINAL DA COMARCA DE .
(Pular 10 linhas para despacho judicial)
Antenor, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), residente e domiciliado na Rua
, por seu advogado que esta subscreve (conforme procuração anexa
– doc 01), vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, impetrar
MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR
com fulcro no art. 5o, inciso LXIX, da Constituição Federal, e Lei 1.533, de 31-12-1951 e
suas posteriores alterações, contra ato do Ilustríssimo Senhor Doutor Delegado da Polícia
Civil, pelas razões de fato e de direito as seguir expostas:
I – DOS FATOS
O Impetrante teve seu veículo subtraído e posteriormente localizado e apreendido em auto
próprio, instaurando a AutoridadePolicial regular inquérito, já que estabelecida a autoria.
Ocorre que o Impetrante requereu a liberação do seu veículo, o que foi indeferido pela
Autoridade Policial, sob a alegação de que só seria possível a restituição depois do processo
penal transitar em julgado.
II – DO DIREITO
Em que pese a indiscutível sabedoria do Ilustríssimo Senhor Delegado de Polícia, a sua
decisão não encontra abrigo no ordenamento jurídico, por ferir frontalmente direito líquido e
certo.
Primeiramente, convém salientar que o mandado de segurança é um remédio constitucional
colocado à disposição dos indivíduos para a defesa de atos ilegais ou praticados com abuso
de poder que firam direito líquido e certo, constituindo, por isso, verdadeiro instrumento de
liberdade civil e liberdade política.< Nesse sentido, o nosso texto constitucional estabelece,
no seu artigo 5o, LXIX, que:
“Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo não amparado
por “habeas corpus” ou “habeas data”, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de
poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do
Poder Público;”
Com efeito, o artigo 5o, inciso LIV, da nossa Carta Magna, preceitua que:
“ Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal”
129
Em consonância com a referida garantia constitucional, os artigos 119 e 120 do Código de
Processo Penal são uníssonos em reconhecer que a restituição de coisas apreendidas será
plenamente possível quando pertencerem ao lesado ou terceiro de boa-fé e não restarem
dúvidas quanto ao direito do reclamante.
Dessa forma, analisando-se o caso em comento, é evidente que o Impetrante teve o seu
direito líquido e certo violado, uma vez que comprovou indiscutivelmente ser o proprietário do
veículo.
Sobre o assunto, ensina o mestre Alexandre de Moraes que:
“Direito líquido e certo é o que resulta de fato certo, ou seja, aquele capaz de ser
comprovado, de plano, por documentação inequívoca” (Direito Constitucional, 9a edição,
Editora Atlas, pag. 159)
Ademais, a jurisprudência tem admitido mandado de segurança em matéria criminal na
hipótese de apreensão, em inquérito policial, de bens envolvidos em prática delituosa e cuja
devolução é injustamente denegada (Julgados do TACRIM -SP 26/206.)
Portanto, o mandado de segurança é medida que se impõe, no presente caso, para a defesa
do direito violado.
III – DO PEDIDO
Diante do exposto, estando presentes o “fumus boni iuris” e o “periculum in mora”, requer
seja concedida medida liminar, determinando-se a liberação do veículo e, após as
informações prestadas pela autoridade coatora, bem como a manifestação do Ministério
Público, que seja definitivamente concedida a segurança, confirmando-se a liminar, como
medida de inteira Justiça.
Dá-se a causa, para fins meramente fiscais, o valor de RS
. Nesses termos, pede deferimento.
(Local e data).
advogado – OAB no
130
PEDIDO DE EXPLICAÇÃO EM JUIZO
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL
DA COMARCA DE ,
(Pular 10 linhas para despacho judicial)
“A”, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), residente e domiciliado na Rua
, por seu advogado que esta subscreve (conforme procuração anexa
– doc.01), vem, respeitosamente, perante Vossa Execelência, com fulcro no artigo 144 do
Código Penal, requerer
EXPLICAÇÕES
de “B’, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), residente na Rua
, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:
O Requerente, morador de um conjunto residencial, localizado no endereço acima transcrito,
participou da reunião de condomínio, realizada no dia , às 19h:30min, em que se
discutiram algumas questões referentes a convivência harmônica entre os condôminos.
Tendo apresentado algumas propostas referentes à proibição de animais no prédio, o
Requerente foi surpreendido pelas agressões verbais do Requerido, que, sem ao menos
deixar o Requerente acabar de falar, causou tumulto à reunião, encerrando-a.
Dentre as agressões verbais proferidas pelo Requerido, foram ditas repetitivamente as
seguintes afirmações:
“Você é um assassino de animais! Vai cuidar da sua mulher, que você ganha mais!!!
Dessa forma, julgando-se ofendido em sua honra, deseja o Requerente esclarecimentos
acerca das frases pronunciadas.
Diante do exposto, requer seja notificado o Ofensor para que preste explicações perante
este Juízo, como medida de inteira Justiça.
O valor da causa é de 50 UFESPS.
Nesses Termos, pede deferimento.
(local e data) advogado – OAB no
131
Recurso Especial
Modelo da Peça
Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Presidente do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de
(10 linhas)
" ... ", já qualificado nos autos do processo crime nº , por ser advogado infra-assinado, vem
respeitosamente perante Vossa Excelência, por não se conformar com a decisão que ... (citar a decisão
denegada), interpor, tempestivamente, RECURSO ESPECIAL, com fundamento no artigo 105, incisos II e III,
alíneas a,b,c, da Constituição Federal e artigos 26 e seguintes, da Lei nº 8.038/90.
Requer, assim, que seja recebido, processado e remetido o presente recurso ao Superior
Tribunal de Justiça, com as inclusas razões.
2 linhas)
Nestes Termos
Pede Deferimento.
(2 linhas)
Loca e Data
OAB - Seccional de ...
132
Razões de Recurso Especial
RECORRENTE:
RECORRIDA: Justiça Pública
Processo Crime Nº.:
(5 linhas)
Egrégio Superior Tribunal de Justiça
Colenda Turma
Doutos julgadores
(5 linhas)
Em que pese o alto prestígio do Tribunal ... (origem), o venerando Acórdão não deve subsistir,
pelas razoes abaixo aduzidas.
(2 linhas)
DOS FATOS
O recorrente ... (copiar o problema, ou, resumi-lo quando for demasiadamente extenso).
(2 linhas)
DO DIREITO
A decisão do Colendo Tribunal (explicar a questão da matéria infraconstitucional e demonstrar o
prequestionamento - Súmulas 282 e 356 do STF).
Reforçando o que foi acima descrito, citamos jurisprudência predominante pertinente ao caso
(transcrever a melhor jurisprudência ou acórdão).
" ... "
A doutrina pacificou o entendimento no mesmo sentido, dentre as quais selecionamos o
posicionamento do ilustre (Doutor ou Professor - Citar a obra, página, volume e edição).
" ... "
Conclui-se, portanto, que a sentença condenatória padece de vícios insanáveis.
(2 linhas)
DO PEDIDO
Diante de todo o exposto, e demonstrada a divergência entre o venerando acórdão recorrido e a
(explicar a questão de direito infraconstitucional), aguarda o recorrente seja deferido o procedimento do
presente Recurso Especial, a fim de que, conhecido pelo Colendo Superior Tribunal de Justiça, mereça
provimento, cassando-se, destarte, o venerando acórdão do Egrégio Tribunal (TJ, TRF), como medida da
mais lídima JUSTIÇA!!!
(2 linhas)
Loca e Data
OAB - Seccional de ...
133
Recurso Extraordinário
Modelo da Peça
Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Presidente do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de
(10 linhas)
" ... ", já qualificado nos autos do processo crime nº , por ser advogado infra-assinado, vem
respeitosamente perante Vossa Excelência, por não se conformar com a decisão que ... (citar a decisão
denegada), interpor, tempestivamente, RECURSO EXTRAORDINÁRIO, com fundamento no artigo 102,
inciso III, alíneas a,b,c, da Constituição Federal e artigos 26 e seguintes, da Lei nº 8.038/90.
Requer, assim, que seja recebido, processado e remetido o presente recurso aoSuperior
Tribunal de Justiça, com as inclusas razões.
2 linhas)
Nestes Termos
Pede Deferimento.
(2 linhas)
Loca e Data
OAB - Seccional de ...
134
Razões de Recurso Extraordinário
RECORRENTE:
RECORRIDA: Justiça Pública
Processo Crime Nº.:
(5 linhas)
Egrégio Supremo Tribunal Federal
Colenda Turma
Nobres Ministros
(5 linhas)
Impõem-se a reforma da decisão que contraria a Constituição Federal, pois ... (definir a
contrariedade constitucional), pelas razoes abaixo aduzidas.
(2 linhas)
DOS FATOS
O recorrente ... (copiar o problema, ou, resumi-lo quando for demasiadamente extenso).
(2 linhas)
DO DIREITO
A ofensa a Constituição Federal está evidenciada na ... (dissertar a respeito da ofensa e
demonstrar o prequestionamento, conforme Súmula 356 do STF).
Reforçando o que foi acima descrito, citamos jurisprudência predominante pertinente ao caso
(transcrever a melhor jurisprudência ou acórdão).
" ... "
A doutrina pacificou o entendimento no mesmo sentido, dentre as quais selecionamos o
posicionamento do ilustre (Doutor ou Professor - Citar a obra, página, volume e edição).
" ... "
Conclui-se, portanto, que a sentença condenatória padece de vícios insanáveis.
(2 linhas)
DO PEDIDO
Diante de todo o exposto, e demonstrada a ofensa à Constituição Federal, aguarda o recorrente
seja deferido o processamento do presente Recurso Extraordinário, a fim de que, conhecido pela Suprema
Corte, mereça provimento, cassando-se, destarte, a veneranda decisão do Egrégio Tribunal (TJ ou TRF),
como medida da mais lídima JUSTIÇA!!!
(2 linhas)
Loca e Data
OAB - Seccional de ...