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Técnicas de Coloração de Cortes Histológicos A coloração é amplamente empregada para permitir a visualização dos microrganismos através da técnica de microscopia, facilitando os estudos dos tecidos sob microscopia . A coloração é de fundamental importância em histologia, pois com poucas exceções, os tecidos são incolores e os tecidos não tratados têm pouca diferenciação óptica. Tipos de coloração: A técnica não somente evidencia os componentes teciduais, mas também os distinguem. As técnicas de colorações, se efetuam por processos físico-químico ou puramente físicos e variam conforme a modalidade, ação, carater, grau de acão, número de corantes e a cromatização. Existem muitos tipos de corantes, mas de um modo geral podem ser agrupados em três classes distintas: 1- Corantes que diferenciam os componentes ácidos e básicos das células; 2- Corantes especializados que diferenciam os componentes fibrosos da matriz extracelular; 3- Sais metálicos que precipitam nos tecidos. Números de cores: De acordo com o número de cores utilizadas para certas lâminas, se dá os devidos nomes: - Monocrômatica: uma corantes - Bicrômicas : duas cores - Tricômicas : três cores Basofilia e Acidofilia Os corantes se comportam como compostos ácidos ou básicos e tende a formar ligações eletrostáticas com radicais ionizados dos tecidos. Os compostos dos tecidos que se coram bem com corantes básicos são chamados de basófilos, os que têm grande afinidade por corantes ácidos são chamados de acidófilos. Os corantes mais utilizados nos procedimentos histológicos são a Hematoxilina e a Eosina (HE). A Hematoxilina é uma base que cora, preferencialmente, componentes ácidos das células em um tom azulado escuro. Como os componentes ácidos mais abundantes são o DNA e o RNA, tanto o núcleo, quanto certas partes do citoplasma, se tornam azulados. Esses componentes são chamados de basófilos. A Eosina, ao contrário, é um ácido que cora as estruturas básicas da célula de rosa. Estas estruturas são abundantes no citoplasma e são chamadas de acidófilas. Outros corantes são também utilizados em procedimentos de rotina em laboratórios, tais como: Tricrômico de Masson - cora o núcleo de azul escuro, o citoplasma, a queratina e o músculo de vermelho e o mucigênio e o colágeno de azul claro; Orceína - cora as fibras elásticas de marrom; Weigert - cora as fibras elásticas de azul; Prata (impregnação por metais) - cora as fibras reticulares de preto; Hematoxilina férrica - cora as estriações dos músculos, os núcleos e os eritrócitos de preto; Ácido periódico reativo de Schiff – cora as moléculas ricas em glicogênio e carboidrato de magenta; Wright e Giemsa - especializado em células sanguíneas, cora de rosa os eritrócitos e os grânulos eosinófilos, de púrpura o núcleo dos leucócitos e grânulos basófilos e de azul o citoplasma dos monócitos e dos linfócitos. Assim, quando os corantes são ácidos eles dão pigmentação a substâncias de características básicas; e quando os corantes são básicos eles dão cor às moléculas ácidas. A regra para quase todas as células é a seguinte: núcleos apresentam basofilia, e citoplasmas acidofilia.