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Glaslay Leal – Monitoramento anestésico O uso de catecolaminas só é feito quando o coração possui algum batimento , MONITORAMENTO ANESTÉSICO Aumenta significativamente a segurança. “Ato de vigiar, observar ou verificar, especialmente com um objetivo em particular.” OBJETIVOS DO MONITORAMENTO Detectar alterações nos parâmetros vitais de forma precoce; Acompanhar profundidade anestésica e permitir ajustes; Diferenciar as alterações fisiológicas (espécie, raça e idade). A inalatória é mais fácil de monitorar o aprofundamento. 90 % dos erros ocorre por negligencia O QUE OBSERVAR NO MONITORAMENTO O plano anestésico é o ideal? A analgesia e o relaxamento muscular são suficientes? Está havendo alguma intercorrência anestésica? FR, tipo de respiração e profundidade (Analisar amplitude respiratória); FC, ritmo cardíaco e pulso (Associar ritmo e pulso); Temperatura; Coloração de mucosas aparentes Posicionamento do globo ocular Saturação de O2 e CO2 PA (PAS, PAD E PAM) MONITORAMENTO CARDIOVASCULAR FREQUÊNCIA E RITMO DO CORAÇÃO Importância capital; Comparação entre as medias de cada espécie; Fazer antes e durante o ato anestésico; Permite identificar e tratar problemas precocemente; MÉTODOS Palpação arterial; Estetoscópica tradicional; Estetoscópica esofágica. PARÂMETROS BASAIS DE FC Cão = 80 – 120 bpm Gato = 160 – 240 bpm POSSÍVEIS PROBLEMAS Bradicardia e bradiarritmia = Assistolia Taquicardia sinusal = Aumento do consumo de O2 pelo miocárdio Taquicardia ventricular Fibrilação e assistolia. FATORES QUE PODEM DESENCADEAR A BRADICARDIA. 1. Manipulação excessiva de vísceras (aumento do tônus vagal). 2. Procedimento oftálmicos (reflexo óculo-cardíaco). 3. Ação de fármacos (Cloridrato de xilazina, opioides/opiáceos). FATORES QUE PODEM DESENCADEAR A TAQUICARDIA. 1. Planos anestésicos superficiais (dor – aumento das catecolaminas). 2. Anestesia inadequada 3. Hipotensão (compensatória). 4. Hipertermia (respiratória acompanha – perda de água e eletrólitos). Glaslay Leal – Monitoramento anestésico PRESSÃO ARTERIAL Um dos melhores indicador de profundidade. Aferir a P.A. antes da anestesia (basal) = Permite tomar decisões mais acertadas. P.A. em equinos. Decúbito dorsal = 1. Compressão das vísceras abdominais sobre a caixa torácica. 2. Eleva o trabalho respiratório. 3. Desencadeia menor retorno venoso da veia cava. Consequência = Queda do volume sistólico e diminuição do DC Decúbito lateral = 1. Perda aproximadamente de 50% da capacidade respiratória. HIPOTENSÃO Sinais clínicos = Baixo TPC, palidez de mucosas, cianose, diminuição do débito urinário (má perfusão renal). Causas = Tranquilizantes (Fenotiazinicos e butirofenonas). Agentes anestésicos (Barbitúricos, propofol, agentes halogenados). Doenças pré-existentes = Choque toxemico, obstruções gastrointestinais, piometra, etc. Tratamento = Eliminar causa base, arsenal farmacológico (Dopamina, dobutamina e adrenalina). HIPERTENSÃO Causas = Analgesia inadequada e plano superficial. MONITORAMENTO RESPIRATÓRIO Contar os movimentos da parede torácica. Contar os movimentos do balão respiratório. Ventilometria = é uma técnica de avaliação da mecânica pulmonar que utiliza como instrumento o ventilômetro. PARÂMETROS BASAIS DA FR Cães = 18 a 36; Gatos = 20 a 40 BRADIPNÉIA Planos anestésicos profundos; Hipotermia; Fármacos empregados = Barbitúricos, Opioides e Opiaceos TAQUIPNEIA Planos anestésicos superficiais (estímulos dolorosos); Fármacos empregados = Cetamina (eliminado na 1ª fase) APNEIA Síndrome dos cães braquicefálicos Crânio largo e curto Anomalias anatômicas. Prevenção = Anticolinérgicos (MPA), pré-oxigenar por 15 min e monitorar temperatura. Maior perda dos braquicefálicos é no pós operatório imediato. MUCOSAS E GLOBO OCULAR Mucosas aparentes: Rósea = Boa oxigenação. Pálida = Anemia ou vasoconstrição. Cianótica = Hipóxia severa. Globo ocular Cães e gatos: 1. Miose e centralizado = normal. 2. Rotação ventromedial = plano anestésico cirúrgico. Glaslay Leal – Monitoramento anestésico Tiopental – causa miose puntiforme; Atropina – causa midríase 3. Midríase e centralizado = Plano anestésico profundo. Ruminantes = Rotação ventral; Equinos = Nistagmo (Estágio 3, plano 1); Lacrimejamento – superficializando. Reflexo ocular = É abolido em equinos e felinos, no plano 3-4, estágio 3. VENTILAÇÃO OXIMETRIA Frequência de pulso e a saturação de oxigênio na hemoglobina SpO2 em porcentagem, o ideal é acima de 90%. Mucosa cianótica = SpO2 60-80%. Melhor localização para o oxímetro = Lingual (artéria sublingual). Outros locais = Orelha, coxim e vulva. Objetivo = Detectar precocemente hipóxia. Sensor de apneia CAPNOMETRIA Mensura a quantidade de CO2 que está sendo exalada, concentração de CO2 ao final da expiração. O ideal é 35 a 45. Ou 35 a 50mmHg dependendo do paciente. Fatores que alteram a capnometria: 1. Obstrução das vias áreas; 2. Desconexão do circuito anestésico; 3. Hiperventilação. 4. Plano profundo; 5. Hipoventilação; 6. Reinalação de CO2. TERMOMETRIA SNC, Cardíaco, muscular e respiratório. Termômetro digital. Monitor multiparametrico 24o temperatura ambiente mínima HIPOTERMIA Potros, idosos, filhotes. Período anestésico prolongado. Abertura da cavidade corporal. Baixa quantidade de anestésico. Recuperação prolongada. Leve, moderada e severa. Mecanismo de controle 1. Vasoconstrição/tremores. 2. Consumo de glicose e de O2. 3. Hipercalemia na fase de reaquecimento. O que pode desencadear 1. Anestesias (fármacos) 2. Cirurgias (cavidade aberta) 3. Condição previa do paciente Tratamento/prevenção 1. Colchão térmico. 2. Fluido terapia aquecida HIPERTERMIA Hipertermia maligna Taquipnéia, taquicardia, aumento do tônus muscular. Tratamento/prevenção 1. Dantrolene 2. Bolsas de gelo (nuca, axilar, inguinal).