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CERIMONIAL E PROTOCOLO – ANOTAÇÕES 
 
MÓDULO I 
 
Seja bem-vindo e bem-vinda a este espaço de construção de conhecimento da 
Câmara dos Deputados. 
 
O objetivo deste curso é oferecer a você os principais elementos para compreender 
a organização de solenidades, estabelecendo a interface entre cerimonial e etiqueta 
comportamental para vários tipos de solenidades, principalmente as relacionadas com o 
Poder Legislativo 
 
Sabemos hoje que o vínculo direto que o cerimonialista mantém com as 
autoridades constituídas, subsidiando suas ações oficiais, torna-o parte integrante do 
sistema de governo. 
Outro importantíssimo papel do cerimonialista que deve ser ressaltado é o de 
fomentador das relações institucionais entre organizações. 
 
Ao formular políticas capazes de promover marcas e serviços, esse profissional 
interfere diretamente na construção da imagem organizacional. 
 
É importante também lembrar que a atividade de Cerimonial está, por certo, 
presente nos mais de 5 mil municípios brasileiros, o que assegura a multiplicidade de 
profissionais que atuam nesse segmento em todo o País, quer em organizações públicas, 
quer em organizações privadas, no assessoramento técnico e direto aos seus titulares e a 
mando desses, zelando pela correta aplicabilidade de suas normas em seus diversos fins. 
 
Por tudo isso, acreditamos que sua decisão de se fazer este curso lhe colocará em 
contato com um conteúdo indispensável para o dia a dia do assessor parlamentar, seja na 
Câmara dos Deputados, Assembleia Legislativa ou Câmara de Vereadores. 
No ano de 2009, foi sancionada a Lei nº 12.092/2009, criando o Dia Nacional do 
Cerimonialista. Na presente data, tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei Nº. 
5.425 de 2009, que dispõe sobre a regulamentação da profissão de cerimonialista e suas 
correlatas. 
MÓDULO II 
 
Cerimonial é o conjunto de regras a serem seguidas na realização de uma 
solenidade, definindo a sequência dos atos que a compõe. 
 
O cerimonial se caracteriza pela forma de organizar as solenidades num evento 
levando-se em conta as normas oficiais, a cultura dos povos, o tipo de evento, a ordem de 
precedência das autoridades, a ordem de fala dos oradores, o destaque de personalidades 
e o uso dos Símbolos Nacionais. 
 
O cerimonial legislativo segue as leis e normas específicas e os regimentos 
internos das Casas Legislativas. 
 
É importante destacar que cada instituição, ao seguir as regras gerais do 
cerimonial, mantém o que podemos chamar de “estilo particular”, mesmo porque as 
regras estão sujeitas a mudanças e adaptações, pois se encontram alicerçadas no momento 
histórico e oscilam em consonância com a conjuntura política e cultural institucional 
vigente em cada época. 
Há dois tipos básicos de cerimonial: 
 
a) Cerimonial Social, que subsidia as diversas celebrações do homem, baseado em 
sua cultura e tradições. 
 
b) Cerimonial Oficial – ligada ao Poder Executivo; Poder legislativo; Poder 
Judiciário; Cerimonial Militar, integrado pelas forças armadas, como Marinha, Exército 
e Aeronáutica, e forças auxiliares, como a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros e 
corporações correlatas; Diplomático, que compreende o corpo diplomático e consular; 
Universitário, composto pelas instituições de ensino superior públicas e privadas; 
Religioso, que normaliza as práticas rituais nas diversas religiões existentes no País; e 
Desportivo, no qual agregam-se todas as ações do desporto e lazer. 
 
 
 
 
MÓDULO III 
 
Protocolo é o conjunto das normas formado por leis, decretos e convenções que 
regula a ordem hierárquica e as regras de conduta aos governos e seus representantes em 
ocasiões oficiais. 
 
O protocolo assegura que cada autoridade receba a posição e o respeito aos quais 
seu cargo faz jus. 
a) Constituição Federal - § 1º do Art. 13 (Símbolos Nacionais) e § 2º do Art. 14 
(símbolos estaduais e municipais). 
 
b) Lei nº 5.700 de 1º setembro de 1971 – dispõe sobre a forma, a apresentação dos 
Símbolos Nacionais em solenidades oficiais e no uso comum pelos cidadãos. 
 
c) Decreto nº 70.274 de 9 de março de 1972 – dispõe sobre as normas do 
cerimonial público e a ordem geral de precedência, que deverão ser observadas nas 
solenidades oficiais realizadas na Capital da República, nos Estados, nos Territórios 
Federais e nas Missões diplomáticas do Brasil. 
 
d) Decreto nº 88.513 de 13 de julho de 1983, alterado pelo Decreto nº 818 de 7 de 
maio de 1993 – regulamento de continências, honras e sinais de respeito e cerimonial 
militar. 
 
e) Portaria Ministério Exército nº 77, de 31 de janeiro de 1984 – contém instruções 
para aplicação do Decreto nº 88.513 de 13 de julho de 1983. 
 
São pressupostos a que se subordina o cerimonial: solidariedade, hospitalidade, 
consideração, tolerância, cortesia, bom senso, bom gosto e simplicidade. 
 
O protocolo internacional, amplamente aceito e exercido pela diplomacia, 
contempla os costumes de ordem social, religiosa, cultural e política dos países. A visita 
de chefes de Estado a outros países, a entrega de credenciais a embaixadores, as recepções 
oficiais em parlamentos, seguem regras cerimonialísticas universais. 
CERIMONIAL DESAFIA A COMITIVA 
 
Folha de S. Paulo – 1-10 – Terça-feira, 19 de dezembro de 1995. Cores são rígidas 
no protocolo da Malásia; Dorothéa Werneck comete gafe 
A ala feminina da comitiva do presidente Fernando Henrique Cardoso enfrentou 
ontem seu principal desafio na viagem à Ásia: atender a todas as exigências feitas pelo 
cerimonial da Malásia durante os eventos de boas-vindas ao país. Amarelo e azul, cores 
reais, nem pensar. A cor é expressamente proibida na presença do rei Tuanku Jaáfar e da 
rainha Najihah, anfitriões da festa, realizada no pátio do Parlamento, em Juala Lumpur. 
 
FHC não teve que usar songkok – chapéu usado pelos homens na cerimônia. Mas 
as mulheres não escaparam da exigência de usar chapéu – um artifício ocidental para 
simular o uso do chador (véu). O véu cobre obrigatoriamente as cabeças das malasianas, 
segundo as tradições do islamismo, a religião oficial do país. A primeira-dama foi de 
chapéu no estilo panamá e um conjunto verde. Cumpriu integralmente as regras. 
 
Aspásia Camargo (secretária-executiva do ministério de Recursos Hídricos) 
lançou mão de um chapéu de abas largas salmão e um vestido verde-cana, combinando 
com o de Ruth Cardoso. 
 
Lenir Lampreia, mulher do chanceler brasileiro, usava um discreto tailleur rosa e 
chapéu pequeno, estilo parisiense. A ministra Dorothéa Werneck não foi tão feliz: 
apareceu na cerimônia com uma grande boina desestruturada e branca – cor 
desaconselhada pelo cerimonial por significar o luto na Malásia. Dorothéa também 
esqueceu das luvas. Do lado malasiano, também nem tudo saiu perfeito: a banda real 
desafinou tanto que tornou quase irreconhecível o hino nacional brasileiro. (MS). 
Podemos entender um evento como um acontecimento planejado para atender um 
objetivo de interesse público ou privado. 
 
As solenidades são realizadas dentro dos eventos e são decorrentes dos seus 
formatos. Solenidade de abertura, solenidade de premiação, solenidade de encerramento, 
todas podem acontecer, por exemplo, na realização de uma olimpíada. 
 
Ressaltamos que as solenidades oficiais dos Poderes Executivo, Legislativo, 
Judiciário, Militar, Internacional tem formas diferentes de se realizar. Todos, entretanto, 
utilizam os procedimentos cerimonialísticos oficiais, pois a boa imagem pública da 
instituição depende de solenidades bem organizadas e bem conduzidas. 
 
Os eventos recebem denominações de acordo com a sua finalidade e formade 
organização: conferência, seminário, fórum, convenção, ciclo-de-palestras, exposições. 
Na área pública os mais comuns são as inaugurações de obras, posses de dirigentes, 
assinaturas de atos (convênios, contratos), festivais, homenagens, entronização de fotos 
em galerias e outros. 
Lembre-se de que eventos e cerimônias constituem-se meios de aproximação de 
organizações governamentais e privadas com o público e podem ter o objetivo de 
promover a compreensão e a aceitação de suas políticas ou produtos, construindo e 
projetando, assim, imagem favorável para a opinião pública. 
 
MÓDULO IV 
 
Um importantíssimo passo para quem organiza um evento é diferenciar os 
diversos tipos de eventos, mas não é tarefa tão fácil. Assim, resumidamente, vamos buscar 
nomear algumas características dos eventos mais comumente promovidos. 
 
Os congressos e conferências são eventos de grande porte, organização complexa 
e programação variada. Os participantes discutem temas com palestrantes gabaritados e 
especialistas em suas áreas de atuação. No final, as conclusões servirão de base para 
nortear ações e procedimentos futuros. Geralmente, os congressos e conferências são 
realizados por organizações associativas, como Lions, Rotary, confederações de comércio 
e indústria e entidades científicas. Há uma comissão organizadora para dirigir o evento, 
assessorada por um coordenador geral e vários coordenadores administrativos por áreas 
ou temas. 
 
Já as convenções são reuniões promovidas por entidades empresariais, instituições 
e corporações, muito utilizadas por partidos políticos para deliberar sobre uma pauta 
preestabelecida. Para o planejamento organizacional, é formada uma comissão especial 
para os procedimentos administrativos e são designados coordenadores e técnicos por 
área específica. 
O chamado ciclo de palestras é uma reunião preparatória que objetiva discutir 
teses e temas para serem levados à pauta de congressos e convenções. 
 
A palestra e a mesa-redonda são os que melhor objetivam seus resultados. 
 
O fórum se caracteriza pelo livre debate de ideias e opiniões. Pode ter o propósito 
de marcar o início de discussão de temas para se aprimorar e melhor qualificar algum tipo 
de serviço. Exemplos: Fórum da Saúde Municipal, Fórum Permanente de Informática. 
Deve-se observar que no caso dos fóruns a programação precisa ser bem enxuta. 
 
Já o seminário se divide em três partes: exposição, discussão e conclusão. Tem a 
finalidade de atualizar o debate de técnicas e conhecimento nas áreas cultural e científica. 
Diversos plenários para diversos grupos de discussão podem ser utilizados ao mesmo 
tempo. 
A exposição pode ser um evento pessoal de pequeno porte promovido por um 
artista, ou de grande porte, realizado por segmentos empresariais ou entidades de classes. 
 
Sua característica é a exposição de produtos e serviços para atrair consumidores. 
Para atrair o público, geralmente há uma programação de lazer popular e cobrança de 
ingressos. 
 
Seu corpo promocional deve ser uma comissão organizadora, sua administração 
fica a cargo de um coordenador e de coordenadores por áreas. 
 
MÓDULO V 
 
Segundo o Professor Wendell Dantas, símbolo é todo objeto que traz consigo um 
contexto histórico-social que dispensa explicação. 
 
O "símbolo" é um elemento essencial no processo de comunicação, encontrando-
se difundido pelo cotidiano e pelas mais variadas vertentes do saber humano, ou seja, 
estão presentes em nosso dia-a-dia. 
 
Existem símbolos que são reconhecidos internacionalmente, outros só são 
compreendidos dentro de um determinado grupo ou contexto religioso, cultural, social, 
político etc.). 
A semiótica é a disciplina que se ocupa do estudo dos símbolos, do seu processo 
e sistema em geral. Outras disciplinas especificam metodologias de estudo consoantes à 
área, como a semântica, que se ocupa do simbolismo na linguagem, ou seja, das palavras, 
ou a psicanálise, que entre outros se debruça sobre a interpretação do simbolismo nos 
sonhos. 
 
Na Semiótica, todo signo que um grupo social convenciona pode possuir uma 
relação com algum símbolo. Exemplo disso é a paz mundial e a pomba da paz, a 
convenção fez da imagem semelhante a uma pomba branca um símbolo de paz. 
Assim, de acordo com a semiótica, podemos resumir símbolo como algo que 
representa alguma coisa para alguém. 
Neste curso, o contexto de estudo é o ambiente sociopolítico, de modo que vamos 
privilegiar neste módulo os Símbolos Nacionais, que dignificam e oficializam 
documentos, diplomas legais, repartições públicas e solenidades cívicas da República, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
 
Entre os Símbolos Nacionais não há precedência e muito menos hierarquia. Cada 
símbolo, a seu modo, expressa o espírito cívico da Nação Brasileira. 
 
São Símbolos Nacionais: 
 
I - a Bandeira Nacional; 
 
II - o Hino Nacional; 
 
III - as Armas Nacionais; 
 
IV - o Selo Nacional. 
 
Em 2009, a Câmara dos Deputados promoveu exposição sobre a história da 
construção dos símbolos que marcam a nação brasileira, a saber: a Bandeira Nacional, o 
Hino Nacional, o Brasão (Armas) e o Selo Nacional; assim como para demonstrar a 
participação do poder Legislativo nesse processo. 
 
Glória, honra e nobreza foram o ideal contado por meio de textos, gravuras e 
partituras musicais reunidos a partir do acervo da Casa. 
As Cores Nacionais são o verde e o amarelo, podendo ser usadas sem quaisquer 
restrições, inclusive associadas a azul e branco. O verde, presente no escudo imperial 
brasileiro, simboliza nossas extensas florestas e a natureza pródiga que Pero Vaz de 
Caminha ressaltou em sua famosa carta ao Rei D. Manuel. 
 
O amarelo representa, num losango, as fartas riquezas minerais, a presença do 
dourado sol da vida e é símbolo do poder e da autoridade. 
 
O azul é um firmamento resplendente de estrelas iluminadoras, as mesmas do céu 
da proclamação da República, luzes de democracia, de cidadania, de ordem, de progresso, 
de respeito e de soberania. 
 
O branco é a paz que prezamos e realça o permanente anseio que nutrimos pela 
concórdia e a disposição para o convívio pacífico. 
Outra versão da história. O verde e o amarelo entraram na nossa bandeira em 1822, 
num trabalho do francês Jean-Baptiste Debret. O verde representava a Casa Real 
Portuguesa de Bragança (família de Dom Pedro I) e o amarelo, a Casa Imperial Austríaca 
de Habsburgo (família da princesa Leopoldina). 
 
O losango foi uma homenagem de Dom Pedro I ao general francês Napoleão 
Bonaparte (o losango era uma das formas preferidas das bandeiras militares 
napoleônicas). O azul e o branco também eram cores usadas em bandeiras portuguesas. 
O art. 12 da Lei 5.700, de 1º de setembro de 1971, diz que a Bandeira Nacional 
estará permanentemente no topo de um mastro especial plantado na Praça dos Três 
Poderes de Brasília, no Distrito Federal, como símbolo perene da Pátria e sob a guarda 
do povo brasileiro. 
Consideram-se padrões dos Símbolos Nacionais os modelos compostos de 
conformidade com as especificações e regras básicas estabelecidas na Lei nº 5.700, de 1º 
de setembro de 1971, e redação dada pela Lei nº 8.421 de 11/05/1992. 
 
No dia 18 de setembro comemoramos o Dia Nacional dos Símbolos Nacionais. 
O Brasil já teve doze bandeiras diferentes, a atual foi escolhida em 19 de 
novembro de 1889 e a data ficou conhecida como o Dia da Bandeira. 
 
A semiótica é a disciplina que se ocupa do estudo dos símbolos, do seu processo 
e sistema em geral. Outras disciplinas especificam metodologias de estudo consoantes à 
área, como a semântica, que se ocupado simbolismo na linguagem, ou seja, das palavras, 
ou a psicanálise, que entre outros se debruça sobre a interpretação do simbolismo nos 
sonhos. 
 
Na Semiótica, todo signo que um grupo social convenciona pode possuir uma 
relação com algum símbolo. Exemplo disso é a paz mundial e a pomba da paz, a 
convenção fez da imagem semelhante a uma pomba branca um símbolo de paz. 
 
 
Referência: http://www.quemsaonossosherois.com.br (Acessado em fev. 2013) 
Segundo o Professor Wendell Dantas, símbolo é todo objeto que traz consigo um 
contexto histórico-social que dispensa explicação. 
 
O "símbolo" é um elemento essencial no processo de comunicação, encontrando-
se difundido pelo cotidiano e pelas mais variadas vertentes do saber humano, ou seja, 
estão presentes em nosso dia-a-dia. 
 
Existem símbolos que são reconhecidos internacionalmente, outros só são 
compreendidos dentro de um determinado grupo ou contexto religioso, cultural, social, 
político etc.). 
 
Assim, de acordo com a semiótica, podemos resumir símbolo como algo que 
representa alguma coisa para alguém. 
 
 
 
Em 2009, a Câmara dos Deputados promoveu exposição sobre a história da 
construção dos símbolos que marcam a nação brasileira, a saber: a Bandeira Nacional, o 
Hino Nacional, o Brasão (Armas) e o Selo Nacional; assim como para demonstrar a 
participação do poder Legislativo nesse processo. 
 
Glória, honra e nobreza foram o ideal contado por meio de textos, gravuras e 
partituras musicais reunidos a partir do acervo da Casa. 
 
Neste curso, o contexto de estudo é o ambiente sociopolítico, de modo que vamos 
privilegiar neste módulo os Símbolos Nacionais, que dignificam e oficializam 
documentos, diplomas legais, repartições públicas e solenidades cívicas da República, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
 
Entre os Símbolos Nacionais não há precedência e muito menos hierarquia. Cada 
símbolo, a seu modo, expressa o espírito cívico da Nação Brasileira. 
 
São Símbolos Nacionais: 
 
I - a Bandeira Nacional; 
 
II - o Hino Nacional; 
 
III - as Armas Nacionais; 
 
IV - o Selo Nacional. 
 
 
Outra versão da história. O verde e o amarelo entraram na nossa bandeira em 1822, 
num trabalho do francês Jean-Baptiste Debret. O verde representava a Casa Real 
Portuguesa de Bragança (família de Dom Pedro I) e o amarelo, a Casa Imperial Austríaca 
de Habsburgo (família da princesa Leopoldina). 
 
O losango foi uma homenagem de Dom Pedro I ao general francês Napoleão 
Bonaparte (o losango era uma das formas preferidas das bandeiras militares 
napoleônicas). O azul e o branco também eram cores usadas em bandeiras portuguesas. 
 
As Cores Nacionais são o verde e o amarelo, podendo ser usadas sem quaisquer 
restrições, inclusive associadas a azul e branco. O verde, presente no escudo imperial 
brasileiro, simboliza nossas extensas florestas e a natureza pródiga que Pero Vaz de 
Caminha ressaltou em sua famosa carta ao Rei D. Manuel. 
 
O amarelo representa, num losango, as fartas riquezas minerais, a presença do 
dourado sol da vida e é símbolo do poder e da autoridade. 
 
O azul é um firmamento resplendente de estrelas iluminadoras, as mesmas do céu 
da proclamação da República, luzes de democracia, de cidadania, de ordem, de progresso, 
de respeito e de soberania. 
 
O branco é a paz que prezamos e realça o permanente anseio que nutrimos pela 
concórdia e a disposição para o convívio pacífico. 
 
 
 
Consideram-se padrões dos Símbolos Nacionais os modelos compostos de 
conformidade com as especificações e regras básicas estabelecidas na Lei nº 5.700, de 1º 
de setembro de 1971, e redação dada pela Lei nº 8.421 de 11/05/1992. 
 
No dia 18 de setembro comemoramos o Dia Nacional dos Símbolos Nacionais. 
 
O art. 12 da Lei 5.700, de 1º de setembro de 1971, diz que a Bandeira Nacional 
estará permanentemente no topo de um mastro especial plantado na Praça dos Três 
Poderes de Brasília, no Distrito Federal, como símbolo perene da Pátria e sob a guarda 
do povo brasileiro. 
 
 
 
O Brasil já teve doze bandeiras diferentes, a atual foi escolhida em 19 de 
novembro de 1889 e a data ficou conhecida como o Dia da Bandeira. 
 
Que tal testarmos um pouco seus conhecimentos sobre este importante Símbolo 
Nacional? 
 
 
No hasteamento, a Bandeira Nacional é a primeira a atingir o topo; no 
descerramento é a última a descer. 
 
O conjunto das três bandeiras - Nacional, Estadual e Municipal - forma o pavilhão. 
A Bandeira Nacional fica no centro e mais alta que as outras duas (em pelo menos 60 
cm); a do Estado fica à direita e a municipal à esquerda. Para a definição dos lados direito 
e esquerdo, considera-se uma pessoa ao lado do mastro central e de frente para o público 
ou plateia. 
 
Em solenidades na sede do Município, as Bandeiras Nacional, Estadual e 
Municipal devem ser hasteadas em mastros afixados em frente ao Paço Municipal. 
As bandeiras são hasteadas por convidados de acordo com a ordem de precedência 
nas solenidades. 
 
A Bandeira Nacional será iluminada para permanecer hasteada após as 18 horas. 
 
Deverá haver coincidência entre o final do hasteamento da Bandeira Nacional e o 
término da execução do Hino Nacional. 
 
No dia da Independência, 07 de setembro, deve-se hastear o Pavilhão Nacional às 
7 horas da manhã e descerrar às 18 horas, preferencialmente com as devidas honras 
protocolares. 
 
No dia 19 de novembro, Dia da Bandeira, o hasteamento será realizado às 12 horas 
e descerrado às 18 horas em solenidade especial. 
 
As bandeiras consideradas inservíveis durante o decorrer do ano serão queimadas 
em pira, nesta solenidade. 
O Hino Nacional é composto da música de Francisco Manoel da Silva e do poema 
de Joaquim Osório Duque Estrada, de acordo com o que dispõem os Decretos nº 171, de 
20 de janeiro de 1890, e nº 15.671, de 6 de setembro de 1922. 
 
Na execução do Hino Nacional, a marcha batida, de autoria do mestre de música 
Antão Fernandes, integrará as instrumentações de orquestra e banda, devendo ser mantida 
e adotada a adaptação vocal, em fá maior, do maestro Alberto Nepomuceno. 
 
Em solenidades cívicas, nos casos de simples execução instrumental ou vocal, o 
Hino Nacional será tocado ou cantado integralmente, sem repetição. 
 
Em qualquer hipótese (abertura de olimpíada, competições esportivas organizadas 
pelas entidades integrantes do Sistema Nacional do Desporto, encontros, seminários, 
congressos, formaturas ou colação de grau, etc.), o Hino Nacional deverá ser executado 
integralmente e todos os presentes devem tomar atitude de respeito. 
 
Em cerimônia em que se executará hino estrangeiro, este precederá o Hino 
Nacional por questão de cortesia. 
 
Os hinos de Instituição, Município, Estado devem ser executados logo após o Hino 
Nacional. 
O Brasão da República ou Armas Nacionais tem forma redonda e será constituído 
em campo azul-celeste, contendo cinco estrelas de prata, dispostas na forma da 
constelação Cruzeiro do Sul, com a bordadura do campo perfilada de ouro, carregada de 
estrelas de prata em número igual ao das estrelas existentes na Bandeira Nacional. 
O Selo Nacional será usado para autenticar os atos de governo, bem como os 
diplomas e certificados expedidos pelos estabelecimentos de ensino oficiais ou 
reconhecidos, e nos papeis de expediente, nos convites e nas publicações oficiais de 
âmbito federal. 
 
 
 
MÓDULO VI 
 
O cerimonialista é a pessoa responsável pela organização e bom andamento do 
cerimonial de uma instituição ou evento. Ele participa do evento desde o início do 
planejamento,definindo os vários procedimentos que devem ocorrer a fim de que haja 
coerência, expressão e magnitude durante todo o evento a partir da solenidade de abertura. 
 
O tipo de solenidade e o foco principal serão estabelecidos na reunião inicial de 
planejamento. 
 
A definição da data, hora e local de realização da solenidade é o ponto de partida 
para o cerimonialista iniciar seu trabalho. 
 
A formação de uma boa equipe de apoio para operacionalizar as atividades, os 
atos e os serviços é o passo seguinte. 
 
Constituem uma equipe básica para a organização de eventos: 
 
Diretor, coordenador ou chefe do cerimonial; 
Assistente de cerimonial; 
Mestre-de cerimônia; 
e Operador de som. 
O Diretor, coordenador ou chefe do cerimonial é a pessoa responsável pela 
organização e condução do evento desde o planejamento inicial. 
 
O sucesso, a qualidade e a eficiência da solenidade dependem do bom 
desempenho do cerimonialista. 
A posição do chefe de cerimonial durante uma solenidade é atrás da mesa-de-
honra, com a devida discrição. 
Os Assistentes de Cerimonial são pessoas que farão as funções auxiliares da 
cerimônia. Trabalham na recepção, no apoio aos atos da solenidade e nas funções que o 
cerimonialista designar. Por exemplo: conduzir a bandeja com as comendas até a fila de 
honra, servir água aos ocupantes da mesa de honra durante a solenidade, etc. 
 
Mestre-de-cerimônia é o profissional acostumado ao uso de microfone, com boa 
leitura e conhecimento da organização de cerimônias, que fale de forma coloquial. A 
calma, a impostação da voz, o conhecimento das partes da solenidade são habilidades 
necessárias ao mestre-de-cerimônias. Ele colabora na confecção da pauta de locução. 
Mas, atenção! Só o cerimonialista pode autorizar modificações na pauta. 
Operar o equipamento de som, os microfones, o som ambiente e a execução de 
hino são atribuições que requerem conhecimentos especializados. A regulagem da mesa 
de som, ajustada a voz do orador é uma percepção especial deste profissional. 
 
O operador de som deverá portar CD com música adequada ao tipo do ambiente 
e da solenidade. É conveniente ter música ambiente antes da solenidade com volume mais 
alto para animar e depois mais baixo para as pessoas conversarem. 
 
É importante lembrar que a música ambiente deve ser desligada assim que a 
solenidade se inicia. 
Uma solenidade compreende os seguintes procedimentos: 
 
1. Definição do formato da solenidade 
2. Definição de data, local e horário 
3. Elaboração do convite 
4. Definição do roteiro da solenidade 
5. Redação do roteiro de locução 
6. Organização da mesa de honra 
7. Decoração do ambiente e do mobiliário 
8. O som ambiente e seus complementos 
9. Recepção aos convidados especiais 
10. Recepção aos demais convidados e registro de presença. 
Neste momento, são definidos o objetivo do evento e o tipo de cerimônia a ser 
organizada. 
 
Esses aspectos vão possibilitar a definição de hora, data e local, observando-se: 
 
A definição da data da solenidade de abertura do evento assume importância 
básica. Deve ser considerada, na tomada de decisão, a existência ou não de outro evento 
importante na organização, instituição ou cidade. 
 
O local deve ser determinado de acordo com o tipo de solenidade e o número de 
pessoas participantes. A existência ou não de infraestrutura básica ao tipo de solenidade 
deve ser avaliada de forma profissional: as instalações, o acesso, o estacionamento, as 
condições de acomodação, o sistema de som fixo e a segurança. 
 
A duração está ligada ao porte da solenidade. O horário de início deve atender 
também às circunstâncias particulares e possíveis de serem previstas. 
A recepção ao Presidente de um parlamento estrangeiro pode ser definida como 
uma visita oficial com reunião de trabalho com, por exemplo, os seguintes procedimentos: 
a autoridade no Salão Nobre, guardas de honras na chegada, assinatura de livro de visitas, 
encontro de 15 minutos com a presença de outras autoridades da Casa. Em seguida, uma 
reunião de trabalho com membros da Comissão de Relações Exteriores e na saída visita 
ao plenário e acompanhamento até a saída. 
 
Poderia também ser organizada uma recepção social como almoço ou jantar na 
residência oficial ou em algum restaurante exclusivo com as respectivas esposas. 
Toda solenidade ou cerimônia tem um público-alvo, ou seja, um público a ser 
participado, informado, motivado a estar onde se pretende em função de seu objetivo. 
 
Aspectos básicos da solenidade, forma de convites e quem convidar fazem parte 
do planejamento inicial, pois o convite destinado a uma pessoa tem implicações 
recíprocas para o qual se deve dar a devida atenção e zelo. 
 
O convite pode ser elaborado de diversas formas, mas, qualquer que seja a 
utilizada, deverá conter um texto escrito convidando ou participando a realização de uma 
solenidade. 
 
Os convidados especiais, autoridades, personalidades, homenageados e 
palestrantes receberão um convite escrito no melhor estilo e acabamento. 
O convite social deve primar pela deferência, pessoalidade e cordialidade. 
O convite pode ser impresso ou semi-impresso. No semi-impresso deixam-se os 
espaços para serem preenchidos em manuscrito (convidados, homenageados, data, 
horário etc.). 
O formato, tipo de papel, cor e tipo de letra são importantes para o conjunto e a 
harmonia do convite. Muitas vezes o convite chega a valorizar o evento e motivar a 
presença do convidado. 
 
Convite de ofício: é usado somente para convidar uma autoridade ou especialista 
que irá usar da palavra e fará parte do dispositivo de honra. 
 
Convite por carta: é usado para convidar o superior hierárquico da mesma 
instituição ou organização. 
 
Devemos ter bastante atenção com a antecedência da entrega dos convites: 
 
Convites formais: 10, 15 ou até 30 dias antes da cerimônia; 
 
Convites informais: 05 até 10 dias antes da cerimônia. 
Outros aspectos importantes em relação aos convites: 
 
No endereçamento, deve-se usar: Sr. João Paulo Ferreira e Sra. Maria Ferreira e 
não Sr. e Sra. Ferreira. 
Endereçamento em convites para cerimônias formais (recepções, casamento, 
formatura) é feito à mão com caneta de tinta preta. 
Convites não devem ter a assinatura exceto os por oficio ou carta. 
Tarja no convite formado por duas paralelas // indica que há duas entradas no 
local. 
Confirmação de presença – deve-se constar no rodapé do convite o telefone e 
nome das pessoas com as quais se confirmará ou não a presença. 
É admissível o uso de etiquetas impressas em computador quando o evento for 
menos formal. 
É preciso considerar ainda o cartão de apoio (jantar, coquetel etc.) que, caso seja 
necessário, deve ser anexado ao convite e não deve ter tamanho superior a 1/3 do convite. 
O roteiro da solenidade nada mais é do que um passo-a-passo com todas as etapas 
do evento e que envolve toda a equipe de apoio como segurança, serviço de copa, entre 
outros. 
 
O roteiro de locução, por sua vez, é o roteiro de fala do mestre-de-cerimônias. 
 
A mesa principal é o foco de uma solenidade. Ela será ocupada pelos principais 
personagens de acordo com a ordem de importância para o evento. 
 
Podem ser estabelecidos, também, os chamados planos de mesa, outros espaços 
reservados, como por exemplo: a primeira fila de cadeiras do auditório com lugares 
reservados para homenageados ou convidados especiais, um espaço reservado para 
apresentações culturais durante uma solenidade ou mesmo um local adequado ao trabalho 
da imprensa. São espaços complementares à mesa de honra. 
A mesa de honra da solenidade de um evento esportivoserá composta por 
autoridade da Instituição realizadora. A mesa-de-honra é também o principal foco da 
imprensa. As fotos são testemunhas da informação para o jornal, a revista, a TV. Elas são 
a memória documental para a instituição que realiza a solenidade. 
Os lugares de honra serão ocupados de acordo com a ordem de precedência das 
autoridades. 
 
A posição central da mesa de honra será ocupada pela principal autoridade no 
evento. Normalmente, o anfitrião é o ocupante da cadeira central. 
O lugar à direita do anfitrião será ocupado pela maior autoridade presente à 
solenidade. 
O lugar à esquerda será ocupado pela segunda maior autoridade presente no 
evento. 
 
As demais autoridades, homenageados, convidados especiais ocuparão os demais 
lugares alternadamente à direita e à esquerda na ordem em que o mestre-de-cerimônia 
anunciar ao microfone. 
 
O conjunto de bandeiras será colocado do centro para a direita da mesa de honra 
(direita de quem está sentado à mesa.) 
Os demais painéis (logomarcas, banners relativos ao evento, painéis) devem 
situar-se do centro para a esquerda da mesa de honra, inclusive tela para projeção de 
imagens, se for o caso. 
 
A tribuna para falas, se houver, será instalada à direita do anfitrião, e atrás do 
orador estarão os símbolos oficiais. 
A decoração da mesa central deverá ser discreta e de bom tom. Arranjo de flores 
deve ser baixo para não obstruir a visão dos ocupantes. As toalhas devem cobrir os pés 
da mesa. A decoração será resultante da criatividade de quem a faz. 
 
Mesa de apoio, colocada atrás da mesa de honra de forma discreta, portará copos, 
bandeja e jarras de água a ser servida após a composição da mesa de honra. A mesa de 
apoio portará também diplomas, medalhas ou troféus que serão entregues durante a 
solenidade. 
 
Quanto à adequação da música ao ambiente, é importantíssimo reforçar a 
necessária harmonia que deve existir entre o volume, a qualidade da música e o contexto 
do evento. Se a recepção aos convidados é realizada no local onde acontecerá a solenidade 
- mesmo que seja na portaria – o cerimonialista deve cercar-se de maiores cuidados. 
 
Ter um livro ou cartão de registro de presenças no local da solenidade reveste-se 
de grande importância para o cerimonialista, pois nestes documentos são feitas anotações 
sobre o convidado (entidade ou organização que representa, cargo ou função pública, se 
é autoridade, personalidade, homenageado ou parente de homenageado) que contribuem 
para a organização formal da solenidade. 
 
Estas informações poderão vir a fazer parte da pauta de locução e também gerar o 
cartão de saudação do orador quando no uso da tribuna. 
Em um evento poderão estar presentes autoridades do governo federal, estadual e 
municipal, autoridades estrangeiras, palestrantes, conferencistas, homenageados e/ou 
artistas para apresentação. São convidados que, em geral, dão brilho ao evento e acentuam 
o significado e o propósito inicial da sua realização; são os chamados Convidados 
Especiais e farão parte de uma lista diferenciada. 
 
Nestas situações, a Organização do evento deve estar atenta para a necessidade de 
se adotar, quando necessário, logística apropriada. A recepção de boas-vindas, por 
exemplo, por parte do cerimonial é um gesto de simpatia e cordialidade que poderá se dar 
por entrega de lembranças ou mimos: corbeil de flores, chave da cidade, embalagem 
contendo produto do artesanato local ou por outras formas. 
 
Para palestrante e conferencista, entretanto, deve-se entregar, obrigatoriamente, 
uma pasta contendo a programação, jornais recentes que contém divulgação do evento ou 
histórico socioeconômico da instituição, do município ou mesmo da região onde ocorre 
o evento. 
É importante ressaltar que a recepção pode se dar em diferentes lugares: no 
aeroporto, no hotel, na portaria de entrada do local onde acontecerá a solenidade etc., e 
que pode incluir transporte, segurança, hospedagem, alimentação, entrevista pública ou 
reservada, recepção de boas-vindas por parte do cerimonial. 
 
No local do evento, o cerimonialista procederá a recepção do convidado especial 
e o conduzirá imediatamente a uma sala reservada ou à primeira fila de cadeiras do 
auditório. Se estiver acompanhado de familiares, estes ficarão juntos nestes locais. 
Quando o convidado for chamado para o lugar de honra, o familiar ficará na primeira fila 
de cadeiras do auditório. 
Devem ser evitados brindes e mimos que se deterioram em pouco tempo, mesmo 
que sejam cestas com produtos. Na lista de mimos não deve conter barra de chocolates, 
objetos pontiagudos, vaso de plantas ou buquê de flores. 
É de bom tom que o convidado seja orientado previamente quanto aos 
procedimentos de honra cerimonialista da solenidade. Por exemplo: a entrega de uma 
placa de honra a outro convidado. 
 
Para evitar possíveis “esquecimentos” e constrangimentos, a ficha que registra a 
sua presença deverá ser passada imediatamente ao mestre-de-cerimônias para ser incluída 
na pauta. 
 
Encerrada a solenidade, um assistente de cerimonial o acompanhará em sua saída. 
O evento foi planejado, estratégias de realização foram definidas, metodologias 
de divulgação foram utilizadas e a operacionalização do evento está em execução. Chega 
o momento mais importante do evento: a solenidade de abertura. 
 
Veja que, apesar de o cerimonialista ter organizado todo o evento e de acompanhar 
sua execução em todos os momentos, é na solenidade de abertura que se interagem num 
mesmo espaço o público-alvo, as autoridades, personalidades e a imprensa. 
 
O sucesso da solenidade de abertura indica, a priori, que a divulgação prévia foi 
feita de acordo com as necessidades e características de seu público, dos convidados, dos 
patrocinadores, dos apoiadores e da comunidade e, usualmente, é o principal momento 
acompanhado pela imprensa. 
Uma solenidade básica segue a seguinte ordem: 1) abertura; 2) composição da 
mesa de honra; 3) hino nacional, se for o caso; 4) apresentação de número artístico, se 
houver; 5) pronunciamento do presidente da mesa de honra; 6) atos solenes como entrega 
de comendas, homenagens etc., se houver; 7) fala dos oradores pautados, na ordem 
inversa da composição da mesa; 8) fala conclusiva do presidente da mesa; e 9) anúncio 
pelo mestre-de-cerimônia dos próximos procedimentos, como: coquetel, jantar, início das 
atividades previstas etc. 
 
MÓDULO VII 
 
Os membros do cerimonial responsáveis pela comunicação devem, com a 
antecipação possível e necessária, distribuir releases para os veículos de comunicação 
contendo matérias jornalísticas – objetivos do evento, além de eventuais destaques que 
despertem o interesse do público-alvo - que a mídia espontânea e a potencializada 
divulgarão com antecedência, abordando os seguintes aspectos: 
 
"O quê” - o fato a ocorrer 
 
"Quem" - os personagens envolvidos 
 
"Onde" - o local do evento 
 
"Quando" - o momento do evento 
 
"Porquê" - a causa e a importância do evento 
 
"Como" - o modo como o evento acontecerá 
A mesa-de-honra é a prova mais contundente da realização do evento, pois é 
fotografada, gravada, transmitida para dar noticia do acontecimento anteriormente 
anunciado. 
 
A imprensa atua de variadas formas e em momentos diversos da solenidade. Mas, 
é enquanto ela acontece que a imprensa trabalha para obter fotos, gravações, entrevistas, 
cópia de discursos, cópia do plano de slides projetados. E é nessa oportunidade, também, 
que, em busca de registro de situações marcantes, a atenção de repórteres e fotógrafos se 
volta, sobremaneira, ao movimento de autoridades e personalidades presentes,de modo 
que membros do cerimonial precisam estar bem atentos aos fatos no momento em que 
acontecem. 
O envelope, por favor... 
Em 1996, Sharon Stone deveria revelar o vencedor da melhor trilha dramática. Já 
estava no palco quando se deu conta: “Ué! Cadê o envelope com o resultado?” Que gafe! 
Distraída, a atriz o tinha dado por engano aos premiados da categoria anterior, que ela 
também havia apresentado, minutos antes. Por vários segundos, ela ficou literalmente 
sem ter o que dizer. Foi o tempo de um dos auditores da Pricewaterhouse (os únicos que 
sabem os resultados de antemão) lhe passar, discretamente, um cartão com o filme 
laureado: “O Carteiro e o Poeta”. 
Apesar do protocolo, possíveis variações não podem de antemão indicar gafe, sem 
cuidadosa interpretação. Leia a matéria abaixo e veja a interpretação de representantes da 
área. 
 
Abraço de Michelle Obama na rainha é 'sinal dos tempos' 
 
Por Maria Carolina Maia 
 
 
Ao passar o braço pelas costas da rainha Elizabeth II, da Grã-Bretanha, na semana 
passada, a primeira-dama americana, Michelle Obama, se tornou protagonista de uma 
suposta gafe que correu o mundo. Sim, suposta gafe. Na avaliação de uma especialista no 
assunto, Eliane Ubillús - vice-presidente do Comitê Nacional do Cerimonial Público 
CNCP) e da Organização Internacional de Cerimonial e Protocolo (OICP), entidades que 
representam os profissionais da área de cerimonial -, o abraço não configurou quebra de 
protocolo ou sinal de despreparo da primeira-dama em relação à etiqueta da diplomacia. 
Foi, isso sim, uma consciente flexibilização das regras cerimoniais. 
 
Para a especialista, Michelle mostrou personalidade, com uma atitude que 
evidencia a modernização do protocolo público, cada vez menos rígido. "É um sinal dos 
tempos", comenta Ubillús. Já a delicada retribuição por parte da rainha indicaria que ela 
compreendeu e apreciou o gesto, e também que deseja estreitar relações com os Estados 
Unidos. (disponível em http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/abraco-michelle-
obama-rainha-sinal-tempos-modernos-diz-especialista, acessado em 26 jan. 2013) 
abe ao cerimonialista dispor um espaço adequado à imprensa que usa 
equipamentos. Tomadas com energia, tomadas de ligação para computador, cadeiras, 
água, etc., devem fazer parte deste espaço. 
 
Em ambientes estruturados, como um auditório, o plenário da Câmara dos 
Deputados, um ambiente de convenções, o espaço para a imprensa é disponibilizado 
próximo à mesa de honra. 
Para uma solenidade ao ar livre, por exemplo, um palco, a assessoria de imprensa 
do evento pode providenciar gravações e fotografias e, posteriormente, enviar o material 
aos órgãos de imprensa junto com um release. 
 
MÓDULO VIII 
 
O cerimonial no Legislativo não contribui apenas para ordenar precedências entre 
autoridades nas suas relações de importância em solenidades oficiais. Ele se propõe, 
também, a incentivar intercâmbios entre governos nacionais e estrangeiros e a sociedade. 
 
A organização da cerimônia deverá demonstrar toda a deferência que é devida aos 
convidados desde a elaboração do itinerário até a importância simbólica da presença de 
um cidadão comum. 
Além de referenciar atos de cidadãos ou membros da sociedade que contribuíram 
para a engrandecimento da nação, as solenidades e cerimônias também adotam a função 
primordial de garantir maior participação pública e popular. 
Homologação de títulos e condecorações: serve para mostrar que o Legislativo 
reconhece e apoia o cidadão nas suas atividades individuais que beneficiam a nação. 
Cerimônias de apresentação de leis decorrentes de projetos de iniciativa do 
Legislativo, depois de sancionados pelo Executivo, são organizadas para levar ao público 
a importância de seus efeitos, pois as leis, mesmo aprovadas, promulgadas e referendadas, 
são desconhecidas da sociedade quando não apresentadas oficialmente. 
 
Cerimônias que apresentam os resultados de Comissões Parlamentares de 
Inquérito: contribuem para inserir novas perspectivas na população quanto à celeridade e 
efetividade das CPIs ou CPMIs, invertendo a crença de que “acabam em pizza”, ou seja, 
que não são levadas até o fim. 
 
Cerimônias de entrega de projetos de lei de iniciativa popular: visam estimular a 
participação do povo na melhoria do bem estar da Nação. 
Devemos evitar, por exemplo, que cerimônias oficiais sejam eventos faraônicos 
ou hollywoodianos. Deixemos isso para os eventos sociais privados. As solenidades não 
devem demonstrar ostentação e poder excessivos. Não se deve relacionar requinte e bom 
gosto com ostentação. 
 
O verdadeiro estadista torna-se lembrado por sua obra, ética, coerência ideológica, 
senso de realidade, competência e, sobretudo, pela implementação de políticas públicas 
eficazes na transformação positiva de uma nação. E não há política pública de fato 
eficiente sem a devida transparência. 
 
Ações individuais do parlamentar que resultem em autopromoção, no marketing 
eleitoral e partidário devem ser também objeto de preocupação na organização do 
cerimonial do Legislativo. 
 
Uma das condições para existir cerimonial no legislativo é que a solenidade tenha 
uma motivação, uma finalidade, um significado para a comunidade, para o bem comum 
e, é claro, para o público presente. 
 
Por isso, é imprescindível reforçar que os eventos não devem ser organizados 
visando apresentar o apoio a grupos de interesse privado, mas sempre em apoio ao 
interesse público. 
 
Excluem-se, assim, dos atos oficiais todos aqueles que apenas envolvem interesses 
pessoais dos dirigentes e de sua vida privada ou familiar, como também os que visam 
interesses extemporâneos ou secundários da instituição, não envolvendo a comunidade.

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