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PORTUGUÊS
FUNÇÕES DE LINGUAGEM.
Função emotiva ou expressiva: o objetivo do emissor é transmitir suas emoções e anseios. A realidade é transmitida sob o ponto de vista do emissor, a mensagem é subjetiva e centrada no emitente e, portanto, apresenta-se na primeira pessoa. A pontuação (ponto de exclamação, interrogação e reticências) é uma característica da função emotiva, pois transmite a subjetividade da mensagem e reforça a entonação emotiva. Essa função é comum em poemas ou narrativas de teor dramático ou romântico.
Por exemplo: “Porém meus olhos não perguntam nada./ O homem atrás do bigode é sério, simples e forte./Quase não conversa.
Função referencial ou denotativa: transmite uma informação objetiva, expõe dados da realidade de modo objetivo, não faz comentários, nem avaliação. Geralmente, o texto apresenta-se na terceira pessoa do singular ou plural, pois transmite impessoalidade. A linguagem é denotativa, ou seja, não há possibilidades de outra interpretação além da que está exposta.
Em alguns textos é mais predominante essa função, como: científicos, jornalísticos, técnicos, didáticos ou em correspondências comerciais.
Por exemplo: “Bancos terão novas regras para acesso de deficientes”. O Popular, 16 out. 2008.
Função conativa ou apelativa: O objetivo é de influenciar, convencer o receptor de alguma coisa por meio de uma ordem (uso de vocativos), sugestão, convite ou apelo (daí o nome da função). Os verbos costumam estar no imperativo (Compre! Faça!) ou conjugados na 2ª ou 3ª pessoa (Você não pode perder! Ele vai melhorar seu desempenho!). Esse tipo de função é muito comum em textos publicitários, em discursos políticos ou de autoridade.
Por exemplo: Não perca a chance de ir ao cinema pagando menos!
Função metalinguística: Essa função refere-se à metalinguagem, que é quando o emissor explica um código usando o próprio código. Quando um poema fala da própria ação de se fazer um poema, por exemplo. Veja:
“Pegue um jornal
Pegue a tesoura.
Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema.
Recorte o artigo.”
Este trecho da poesia, intitulada “Para fazer um poema dadaísta” utiliza o código (poema) para explicar o próprio ato de fazer um poema.
Função fática: O objetivo dessa função é estabelecer uma relação com o emissor, um contato para verificar se a mensagem está sendo transmitida ou para dilatar a conversa.
Quando estamos em um diálogo, por exemplo, e dizemos ao nosso receptor “Está entendendo?”, estamos utilizando este tipo de função ou quando atendemos o celular e dizemos “Oi” ou “Alô”.
Função poética: O objetivo do emissor é expressar seus sentimentos através de textos que podem ser enfatizados por meio das formas das palavras, da sonoridade, do ritmo, além de elaborar novas possibilidades de combinações dos signos lingüísticos. É presente em textos literários, publicitários e em letras de música.
Por exemplo: negócio/ego/ócio/cio/0
Na poesia acima “Epitáfio para um banqueiro”, José de Paulo Paes faz uma combinação de palavras que passa a ideia do dia a dia de um banqueiro, de acordo com o poeta.
COLOCAÇÃO PRONOMINAL
Próclise - o pronome é colocado antes do verbo.
Mesóclise - o pronome é colocado no meio do verbo.
Ênclise - o pronome é colocado depois do verbo.
 
Próclise
É a colocação pronominal antes do verbo. A próclise é usada:
1) Quando o verbo estiver precedido de palavras que atraem o pronome para antes do verbo. São elas:
a) Palavras de sentido negativo: não, nunca, ninguém, jamais, etc.
Ex.: Não se esqueça de mim.
b) Advérbios. 
Ex.: Agora se negam a depor.
c) Conjunções subordinativas. 
Ex.: Soube que me negariam.
d) Pronomes relativos. 
Ex.: Identificaram duas pessoas que se encontravam desaparecidas.
e) Pronomes indefinidos. 
Ex.: Poucos te deram a oportunidade.
f) Pronomes demonstrativos. 
Ex.: Disso me acusaram, mas sem provas.
2) Orações iniciadas por palavras interrogativas. 
Ex.: Quem te fez a encomenda?
3) Orações iniciadas por palavras exclamativas. 
Ex.: Quanto se ofendem por nada!
4) Orações que exprimem desejo (orações optativas). 
Ex.: Que Deus o ajude.
Mesóclise
É a colocação pronominal no meio do verbo. A mesóclise é usada:
1) Quando o verbo estiver no futuro do presente ou futuro do pretérito, contanto que esses verbos não estejam precedidos de palavras que exijam a próclise. 
Exemplos:
Realizar-se-á, na próxima semana, um grande evento em prol da paz no mundo.
Não fosse os meus compromissos, acompanhar-te-ia nessa viagem.
Ênclise
É a colocação pronominal depois do verbo. A ênclise é usada quando a próclise e a mesóclise não forem possíveis:
1) Quando o verbo estiver no imperativo afirmativo. 
Ex.: Quando eu avisar, silenciem-se todos.
2) Quando o verbo estiver no infinitivo impessoal. 
Ex.: Não era minha intenção machucar-te.
3) Quando o verbo iniciar a oração. 
Ex.: Vou-me embora agora mesmo.
4) Quando houver pausa antes do verbo. 
Ex.: Se eu ganho na loteria, mudo-me hoje mesmo.
5- Quando o verbo estiver no gerúndio.
Ex.: Recusou a proposta fazendo-se de desentendida.
Dicas:
O pronome poderá vir proclítico quando o infinitivo estiver precedido de preposição ou palavra atrativa.
Exemplos:
É preciso encontrar um meio de não o magoar.
É preciso encontrar um meio de não magoá-lo.
Colocação pronominal nas locuções verbais
1) Quando o verbo principal for constituído por um particípio
a) O pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar. 
Ex.: Haviam-me convidado para a festa.
b) Se antes da locução verbal houver palavra atrativa, o pronome oblíquo ficará antes do verbo auxiliar. 
Ex.: Não me haviam convidado para a festa.
Dicas:
Se o verbo auxiliar estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito, ocorrerá a mesóclise, desde que não haja palavra atrativa antes dele. 
Ex.: Haver-me-iam convidado para a festa.
2) Quando o verbo principal for constituído por um infinitivo ou um gerúndio:
a) Se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar ou depois do verbo principal. 
Exemplos:
Devo esclarecer-lhe o ocorrido/ Devo-lhe esclarecer o ocorrido.
Estavam chamando-me pelo alto-falante./ Estavam-me chamando pelo alto-falante.
b) Se houver palavra atrativa, o pronome poderá ser colocado antes do verbo auxiliar ou depois do verbo principal. 
Exemplos:
Não posso esclarecer-lhe o ocorrido./ Não lhe posso esclarecer o ocorrido.
Não estavam chamando-me./ Não me estavam chamando.
Observações importantes:
Emprego de o, a, os, as
1) Em verbos terminados em vogal ou ditongo oral, os pronomes: o, a, os, as não se alteram.
Exemplos:
Chame-o agora.
Deixei-a mais tranquila.
2) Em verbos terminados em r, s ou z, estas consoantes finais alteram-se para lo, la, los, las. 
Exemplos:
(Encontrar) Encontrá-lo é o meu maior sonho.
(Fiz) Fi-lo porque não tinha alternativa.
3) Em verbos terminados em ditongos nasais (am, em, ão, õe, õe,), os pronomes o, a, os, as alteram-se para no, na, nos, nas.
Exemplos:
Chamem-no agora.
Põe-na sobre a mesa.
4) As formas combinadas dos pronomes oblíquos: mo, to, lho, no-lo, vo-lo, formas em desuso, podem ocorrer em próclise, ênclise ou mesóclise. 
Ex.: Ele mo deu. (Ele me deu o livro)
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
No arquivo , parte2
4.PONTUAÇÃO
1 – Ponto de Interrogação (?)
Usado para:
Indicar perguntas.
Expressar sentimentos (indignação, surpresa, expectativa):
2 – Ponto simples(.)
Usado para:
a) Indicar o fim de uma frase ou período simples que tenham sentido completo.
b) Abreviações:
3 – Ponto de Exclamação (!)
Usado para:
Expressar sentimentos tais como: reclamação, surpresa, empolgação, súplica, horror:
Interjeiçõese locuções interjetivas:
Após vocativos:
4 – Reticências (…)
Utilizadas para:
Suprimir trechos:
Indicar continuidade de pensamento ou enumerações:
5 – Parênteses ( )
Usados para:
Indicar uma explicação ou fontes bibliográficas.
Isolarum pensamento ou comentário.
6 – Aspas (“ ”)
Usadas para:
Destacar transcrições e frases de autoria de alguém :
Indicar expressões neologismos, estrangeiras, gírias, arcaísmos, apelidos ou enfatizar uma expressão:
Indicar ironia.
Relativizar o sentido de uma expressão.
7 – Dois pontos (:)
Usados para:
Citações, referências ou introduções de fala
Indicar enumerações, esclarecimento, explicação, resumo, notas, exemplos e observações
Antes de orações apositivas
Correspondências (invocações)
8 – Travessão (-)
Usado para:
Indicar a mudança de interlocutor em um diálogo:
Separar orações intercaladas
Evidenciar frase, expressão ou palavra:
Expressar comentário ou opinião:
9 – Ponto e Vírgula (;)
Usados para:
Separar itens:
Evitar o excesso de vírgulas quando ao separar orações coordenadas
Separar antítese.
Pausar conjunções adversativas
10 – Vírgula (,)
No interior da oração
Separando apostos, vocativos e termos com mesma função sintática
Após termos deslocados (complementos – objeto direto ou indireto)
Antecipação de adjunto adverbial:
Separar conjunção, termo explicativo e termos que servem como conectivos
Para indicar um elemento elíptico
Quando houver um complemento pleonástico
Estruturas específicas
Separar os nomes dos locais de datas
Após a saudação em correspondências, após a saudação.
Entre orações:
Separar paralelismo de provérbios, oração intercalada, orações coordenadas (assindéticas, sindéticas).
Isolar elementos repetidos:
Nas orações subordinadas adjetivas:
Restritiva – Proibido anteceder com vírgula
Explicativa – Ficam isoladas por vírgula.
As orações subordinadas substantivassão separadas por vírgula se apostas à principal, se estiverem após vírgula ou dois pontos comuns (apositivas)
Nas orações subordinadas adverbiais, pontuação segue as regras dos adjuntos adverbiais
A conjunção [e] geralmente não está acompanhada do uso da vírgula, exceto em orações com sujeitos diferentes, houver repetição da conjunção, quando possuir valor não aditivo, na presença de aposto, termo ou expressões deslocados e em pausas respiratórias.
Orações Reduzidas: de gerúndio (isolada por vírgula se tiver valor de oração coordenada aditiva), particípio e infinitivo.
5.ORTOGRAFIA	
Ortografia Oficial, ou simplesmente Ortografia, é a parte da nossa gramática que se dedica a estudar a escrita correta das palavras.
Vamos para a origem dos componentes do termo “Ortografia”:
Orthos – palavra grega que exprime a idéia de direito, reto, exato.
Graphia – palavra latina que significa “escrever”.
Sendo assim, praticar Ortografia é escrever corretamente, conhecer as regras gramaticais que tornam a escrita de acordo com as regras da Língua Portuguesa, em nosso caso.
Quando falamos de “Ortografia Oficial” estamos nos referindo à Ortografia definida oficialmente no Brasil como a correta.
Alfabeto, consoantes e vogais
O alfabeto é formado pelas vogais (A, E, I, O, U) e pelas consoantes (B, C, D, F, G…).
Uma curiosidade sobre a classificação de vogais e consoantes se refere ao uso das letras Y, K e W.
Quando utilizá-las no Português? Vejo muito concurseiro errando questões com pegadinhas desse tipo. Mas a partir de agora você não erra mais. Veja as duas possibilidades para a utilização dessas letras:
Na transcrição de nomes próprios estrangeiros e de seus derivados portugueses: Katy Perry, Nova York, Disney World, etc.
Nas abreviaturas e símbolos de uso internacional: Kg (quilograma), W (Watt), Km (quilômetro), etc.
Se na parte de Ortografia Oficial do seu concurso for perguntado se qualquer substantivo comum (iogurte, ilha, vale, cabelo, cansaço) pode ser escrito com Y, K ou W não faça a besteira de escrever que sim.
Y, K e W só para abreviaturas e nomes próprios!
ACENTOS.
De maneira geral, a acentuação serve para modificar o som de alguma letra, fazendo com que palavras de escrita semelhante tenham leituras diferentes e, portanto, significados diferentes. Assim, o acento é utilizado para diferenciar SECRETÁRIA de SECRETARIA. BABA e BABÁ. MAGOA e MÁGOA.
Sem os acentos, essas diferenciações não poderiam ser feitas.
De maneira geral, podemos definir os acentos da seguinte forma:
ACENTO AGUDO: é representado por um traço voltado para a direita. É colocado sobre as vogais indicando que a sílaba onde ele está é tônica (tem o som mais forte). O acento agudo faz com que a vogal seja pronunciada de forma aberta. Exemplos: maré, jacaré, tórax, célebre.
TIL: o til é representado por um traço sinuoso (um “S” deitado). Ele torna nasal o som das letras A e O. Exemplos: canhão, interpõe, barão, constituição, leões.
ACENTO CIRCUNFLEXO: é representado pelo famoso “chapéu” em cima das vogais A, O e E. O acento circunflexo indica que a vogal deve ser pronunciada de forma fechada. Exemplos: judô, bônus, ângulo, acadêmico.
ACENTO GRAVE: o acento grave é semelhante ao agudo, só que virado para o lado esquerdo. Ele indica a ocorrência de. Mas sobre isso vamos falar mais adiante, de maneira mais aprofundada. Por enquanto, basta saber que o acento existe.
Você sabe utilizar os acentos adequadamente? Uma dica é falar a palavra mentalmente e tentar verificar se o som está de acordo com o significado e com o que está escrito.
Recapitulando: o acento agudo deixa o som da vogal mais aberto. O til faz com que o som fique anasalado. O circunflexo faz com que o som fique fechado.
Palavras homônimas e parônimas: fique atento a estas pegadinhas.
É importante você estar atento dois conceitos importantíssimo, que tem feito muita gente boa cair em cascas de banana nas questões de Ortografia Oficial. Você já ouviu falar em palavras parônimas e homônimas? Entenda:
PARÔNIMAS são palavras com pronúncia e grafia semelhantes mas significado diferente. Exemplos: deferir (acatar) e diferir (adiar); tráfico (comércio) e tráfego (trânsito); flagrante (evidente) e fragrante (aromático).
HOMÔNIMAS são palavras que possuem a mesma pronúncia, mas significado diferente. Exemplos: conserto (correção) e concerto (apresentação); são (do verbo ser e sadio); ser (verbo e substantivo).
Como gera muita confusão, esse é um tema bastante cobrado em questões de concurso. Fique atento a ele.
A partir de agora vou abordar diretamente dúvidas comuns entre candidatos que têm dificuldade em Ortografia Oficial. É hora de aprender, na prática, como escrever corretamente.
MAL E MAU
Essa é uma das grandes dúvidas de quem escreve: devemos escrever “MAU” ou “MAL”?
Acho essa uma questão bem fácil de entender. “Mal” é o oposto de bem, e “mau” é o oposto de bom.
“Mal” será substantivo, quando estiver acompanhado de artigo ou pronome.
Exemplo: Preciso me curar desse mal.
“Mal” será advérbio quando modificar um verbo ou um adjetivo.
Exemplo: Mal me olhou e foi embora.
Já a palavra “mau” exerce sempre a função de adjetivo.
Exemplo: Você é um homem mau.
Para não errar, basta substituir “mau” ou “mal” por “bom” ou “bem”, e assim confirmar o correto uso gramatical da palavra.
Exemplo: Ele é um homem mau, só pratica o mal.
Pela oposição: Ele é um homem bom, só pratica o bem.
Quando uso mau? 
O adjetivo mau é usado principalmente para indicar algo de má qualidade ou alguém que faz maldades, sendo sinônimo de ruim e malvado. Apresenta ainda outros significados, sendo também sinônimo de nocivo, indelicado, incapaz, incorreto, endiabrado, difícil, indecente, entre outros.
Exemplos com mau:
Ele é um mau professor.
Afaste esses maus pensamentos de sua mente.
Quando uso mal?
O advérbio mal é usado principalmente para indicar algo feito de forma errada e incorreta, sendo sinônimo de erradamente, incorretamente, insatisfatoriamente, negativamente, indevidamente, entre outros. Mal também é substantivo, podendo significar doença, moléstia, angústia, desgosto, maldade, tudo aquilo que é prejudicial ou nocivo. Mal pode ser ainda uma conjunção temporal, sinônima de assim que.
Exemplo com mal:
Eu preciso descansar porque tenho dormido mal.
O mal da sociedade moderna é a violência urbana.
Mal tocou o sino, os alunossaíram correndo.
 USO DOS PORQUÊS
Porque (junto e sem acento) – o “porque” é uma conjunção explicativa. É um substituto da palavra “pois”. Então, quando couber essa substituição pode errar sem medo o “porque” junto e sem acento. Exemplo: eu estou gripado porque tomei suco gelado.
Por que (separado e sem acento) –  o “por que” é utilizado no início de perguntas, ou como substituto de “o motivo pelo qual”. Exemplo (pergunta): por que você foi para o bar?. Outro exemplo (motivo pelo qual): ninguém explicou por que nós brigamos.
Porquê (junto e com acento) – “porquê” nada mais é que um substantivo. Ele vem acompanhado de artigo, numeral, adjetivo ou pronome. Exemplo: ainda me pergunto o porquê desta multa.
Por quê (separado e com acento) – É usado no final de frases interrogativas. Exemplo: você deixou o livro no armário por quê?
Simplificando:
PORQUE – substitui por pois.
POR QUE – início de pergunta ou substitui por motivo pelo qual.
PORQUÊ – substantivo.
POR QUÊ – final de pergunta.
Uso do X e CH
Uma das dificuldades no aprendizado da Língua Portuguesa diz respeito à quantidade de exceções existentes em relação a determinadas regras. O uso do “x” e do “ch”, por exemplo, traz essa dificuldade para os candidatos.
Mas podemos, de maneira geral, apontar as seguintes circunstâncias para o uso ou não uso dessas estruturas na ortografia oficial:
Costuma-se utilizar o “X” depois da sílaba inicial “me”. Exemplo: mexendo e mexicano.
Costuma-se utilizar o “X” depois da sílaba inicial “en”. Exemplo: enxergar e enxugar.
Costuma-se utilizar o “X” depois de ditongos. Exemplo: caixa, abaixar.
Costuma-se utilizar o “X” em palavras de origem indígena e africana. Exemplo: orixá e abacaxi.
Esses são os casos básicos onde você deverá usar o “x” no lugar do “ch”. Mas minha sugestão é que você leia muito e assimile a grafia das palavras independentemente das regras. Vai lhe ajudar muito mais na sua prova.
Uso da crase
Quem nunca se viu em dúvida na utilização da crase em um texto? Vamos sanar agora as dúvidas que você tem em relação a isso.
Antes de qualquer coisa você precisa saber que crase é a junção da preposição “a” com o artigo “a”. Ela é marcada com o uso do acento grave (`) na letra “a”.
Para saber se devemos ou não usar a crase devemos analisar a palavra que vem antes e a palavra que vem depois do “a”
Eu fui à escola
Nesse caso, o verbo “fui” exige uma preposição “a”. Já o substantivo “escola” exige um artigo “a”.
Para tirar a prova, basta substituir por uma palavra masculina. Se a frase fosse “Eu fui ao teatro” teríamos a preposição “a” mais o artigo “o”. Como não existe a palavra “aa”, usa-se a crase para designar essa junção entre a preposição e o artigo.
A crase também pode ser utilizada como a fusão das preposições “aquele” ou “aquela” com o artigo “a”. Exemplo: devemos tudo àqueles homens.
O professor Pasquale, um dos grandes mestres da Língua Portuguesa, deu uma entrevista interessante à BBC Brasil dizendo como identificarmos o correto uso da crase:
O Novo Acordo Ortográfico
Embora já esteja em vigor desde 2016, ainda tem muita gente sem saber direito o que significa e o que mudou com o mais recente Acordo Ortográfico, que mudou regras da nossa Ortografia Oficial. Veja aqui as regras de maneira objetiva e simples:
Mudança no alfabeto
Antes: A B C D E F G H I J L M N O P Q R S T U V X Z
Depois: A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z
Na prática, as letras “k”, “w” e “y” são usadas em várias situações, como na escrita de símbolos de unidades de medida (Ex.: km, kg) e de palavras e nomes estrangeiros (Ex.: show, William).
Uso do trema
Não se usa mais o trema, exceto em nomes próprios estrangeiros ou derivados, como por exemplo: Müller, mülleriano, Hübner, hüberiano etc.
Antes: cinqüenta, freqüente
Depois: cinquenta, frequente
Acentuação
Perdem o acento os ditongos abertos “éi” e “ói” das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).
Antes: assembléia, jóia
Depois: assembleia, joia
Perdem o acento o “i” e o “u” tônicos nas palavras paroxítonas, quando eles vierem depois de ditongo.
Antes: feiúra, Bocaiúva
Depois: feiura, Bocaiuva
Perdem o acento as palavras terminadas em êem e ôo(s).
Antes: abençôo, lêem
Depois: abençoo, leem
Perdem o acento diferencial as duplas: pára/para, péla(s)/ pela(s), pólo(s)/polo(s), pêlo(s)/pelo(s), pêra/pera.
Antes: Ele foi ao Pólo Norte.
Depois: Ele foi ao Polo Norte.
Atenção: Permanece o acento diferencial:
Nas duplas: – pôde/pode Ex.: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode. – pôr/por Ex.: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.
No plural dos verbos ter e vir, assim como das correspondentes formas compostas (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.). Ex.: Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros.
Obs: É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Ex.: Qual é a forma da fôrma do bolo? O circunflexo sai da palavra côa (do verbo coar).
Perde o acento o u tônico das formas verbais rizotônicas (com acento na raiz) nos grupos que e qui/gue e gui.
Antes: ele argúi
Depois: ele argui
O que não muda?
a)    Eles têm e eles vêm (terceira pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos TER e VIR);
b)    Ele contém, detém, provém, intervém (terceira pessoa do singular do presente do indicativo dos verbos derivados de TER e VIR: conter, deter, manter, obter, provir, intervir, convir);
c)    Eles contêm, detêm, provêm, intervêm (terceira pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos derivados de TER e VIR).
Como fica?
ELE/ELA        ELES/ELAS        ELE/ELA        ELES/ELAS
-ê                    -eem                   -em/-ém         -êm
crê                  creem                  tem                têm
dê                   deem                   vem               vêm
lê                     leem                   contém          contêm
vê                    veem                  provém          provêm
2ª) Regra do “u” e do “i” (parcialmente abolida):
O que não mudou?
As vogais “i” e “u” recebem acento agudo sempre que formam hiato com a vogal anterior e ficam sozinhas na sílaba ou com “s”:
Gra-ja-ú, ba-ú, sa-ú-de, vi-ú-va, con-te-ú-do, ga-ú-cho, eu re-ú-no, ele re-ú-ne, eu sa-ú-do, eles sa-ú-dam;
I-ca-ra-í, eu ca-í, eu sa-í, eu tra-í, o pa-ís, tu ca-ís-te, nós ca-í-mos, eles ca-í-ram, eu ca-í-a, ba-í-a, ra-í-zes, ju-í-za, ju-í-zes, pre-ju-í-zo, fa-ís-ca, pro-í-bo, je-su-í-ta, dis-tri-bu-í-do, con-tri-bu-í-do, a-tra-í-do...
Observações:
a)     A vogal “i” tônica, antes de “NH”, não recebe acento agudo: rainha, bainha, tainha, ladainha, moinho...
b)    Não há acento agudo quando o “u” e o “i” formam ditongo e não hiato: gra-tui-to, for-tui-to, in-tui-to, cir-cui-to, mui-to, sai-a, bai-a, que eles cai-am, ele cai, ele sai, ele trai, os pais...
c)    Não há acento agudo quando as vogais “i” e “u” não estão isoladas na sílaba: ca-iu, ca-ir-mos, sa-in-do, ra-iz, ju-iz, ru-im, pa-ul...
O que mudou?
Perdem o acento agudo as palavras em que as vogais “i” e “u” formam hiato com um ditongo anterior: fei-u-ra, bai-u-ca, Bo-cai-u-va, Guaiba, Guaira...
Como era/ como fica?
Feiúra – feiura;
Baiúca – baiuca;
Bocaiúva – Bocaiuva:
3ª) Regra dos ditongos abertos “éu”, “éi” e “ói” (parcialmente abolida):
Como era?
Acentuavam-se todas as palavras que apresentam ditongos abertos:
ÉU: céu, réu, chapéu, troféus...
ÉI: papéis, pastéis, anéis, idéia, assembléia...
ÓI: dói, herói, eu apóio, esferóide...
Observações:
a)    Não se acentuam os ditongos fechados:
EU: seu, ateu, judeu, europeu...
EI: lei, alheio, feia...
OI: boi, coisa, o apoio...
b)    No Brasil, colmeia e centopeia são pronunciados com o timbre aberto.    
 
O que mudou?
Perdem o acento agudo somente as palavras paroxítonas: ideia, epopeia, assembleia, jiboia, boia, eu apoio, ele apoia, esferoide, heroico...
O que não mudou?
O acento agudo permanece nas palavras oxítonas: dói, mói, rói,herói, anéis, papéis, pastéis, céu, réu, troféu, chapéus...
Hífen
Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com as letras r ou s, que serão duplicadas.
Antes: auto-retrato e anti-social
Depois: antissocial e autorretrato
Atenção: Mantém-se o hífen quando os prefixos hiper, inter e super se ligam a elementos iniciados por r. Ex.: hiper-requisitado; inter-regional; super-resistente.
Usa-se o hífen quando o prefixo termina com a mesma vogal que inicia o segundo elemento.
Antes: antiinflamatório
Depois: anti-inflamatório
Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da que inicia o segundo elemento.
Antes: auto-escola
Depois: autoescola
Atenção: Não se usa o hífen com o prefixo co, ainda que o segundo elemento comece pela vogal o. Ex.: coocupante, cooptar.
Não se usa hífen em palavras compostas que, pelo uso, passaram a formar uma unidade.
Antes: manda-chuva
Depois: mandachuva
) As terminadas em EZ e EZA serão escritas com z quando forem substantivos abstratos provindos de adjetivos, ou seja, quando indicarem qualidade:
escasso / escassez
macio / maciez
rígido / rigidez
sensato / sensatez
surdo / surdez
avaro / avareza
certo / certeza
duro / dureza
nobre / nobreza
pobre / pobreza
rico / riqueza
z2) Grafam-se com “z” as palavras derivadas com os sufixos “zada, zal, zarrão, zeiro, zinho, zito, zona, zorra, zudo”. O “z“, neste caso, é uma consoante de ligação com o infixo.
pazada
cafezal
homenzarrão
açaizeiro
papelzinho
cãozito
mãezona
mãozorra
pezudo
https://segredosdeconcurso.com.br/ortografia-oficial/	
http://resumosparaconcursos.com.br/2018/03/29/ortografia-oficial-resumo/
6.Classes gramaticais.
SUBSTANTIVO – é dita a classe que dá nome aos seres, mas não nomeia somente seres, como também sentimentos, estados de espírito, sensações, conceitos filosóficos ou políticos, etc.
Exemplo: Democracia, Andréia, Deus, cadeira, amor, sabor, carinho, etc.
ARTIGO – classe que abriga palavras que servem para determinar ou indeterminar os substantivos, antecedendo-os.
Exemplo: o, a, os, as, um, uma, uns, umas.
ADJETIVO – classe das características, qualidades. Os adjetivos servem para dar características aos substantivos.
Exemplo: querido, limpo, horroroso, quente, sábio, triste, amarelo, etc.
PRONOME – Palavra que pode acompanhar ou substituir um nome (substantivo) e que determina a pessoa do discurso.
Exemplo: eu, nossa, aquilo, esta, nós, mim, te, eles, etc.
VERBO – palavras que expressam ações ou estados se encontram nesta classe gramatical.
Exemplo: fazer, ser, andar, partir, impor, etc.
ADVÉRBIO – palavras que se associam a verbos, adjetivos ou outros advérbios, modificando-os.
Exemplo: não, muito, constantemente, sempre, etc.
NUMERAL – como o nome diz, expressam quantidades, frações, múltiplos, ordem.
Exemplo: primeiro, vinte, metade, triplo, etc.
PREPOSIÇÃO – Servem para ligar uma palavra à outra, estabelecendo relações entre elas.
Exemplo: em, de, para, por, etc.
CONJUNÇÃO – São palavras que ligam orações, estabelecendo entre elas relações de coordenação ou subordinação.
Exemplo: porém, e, contudo, portanto, mas, que, etc.
INTERJEIÇÃO – Contesta-se que esta seja uma classe gramatical como as demais, pois algumas de suas palavras podem ter valor de uma frase. Mesmo assim, podemos definir as interjeições como palavras ou expressões que evocam emoções, estados de espírito.
Exemplo: Nossa! Ave Maria! Uau! Que pena! Oh!
7.REGENCIA NOMINAL E VERBAL.
http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/portugues/regencia-verbal-e-nominal
https://www.conjugacao.com.br/regencia-verbal-e-nominal/		
A REGÊNCIA é o campo da língua portuguesa que estuda as relações de concordância entre os verbos (ou nomes) e os termos que completam seu sentido. Ou seja, estuda a relação de subordinação que ocorre entre um verbo (ou um nome) e seus complementos.
A regência é necessário visto que algumas palavras da língua portuguesa (verbo ou nome) não possuem seu sentido completo.
Observe o exemplo abaixo:
Muitas crianças têm medo. (medo de quê?) 
Muitas crianças têm medo de fantasmas.
Obs.: perceba que o nome pede complemento antecedido de preposição (“de” = preposição e “fantasmas” = complemento).
IMPORTANTE: A regência estabelece uma relação entre um termo principal (termo regente) e o termo que lhe serve de complemento (termo regido) e possui dois tipos: REGÊNCIA NOMINAL e REGÊNCIA VERBAL.
REGÊNCIA NOMINAL
Regência nominal é quando um nome (substantivo, adjetivo) regente determina para o nome regido a necessidade do uso de uma preposição, ou seja, o vínculo entre o nome regente e o seu termo regido se estabelece por meio de uma preposição.
DICA: A relação entre um nome regente e seu termo regido se estabelece sempre por meio de uma preposição.
Exemplo: 
- Os trabalhadores ficaram satisfeito com o acordo, que foi favorável a eles. 
Veja: "satisfeito" é o termo regente e "com o acordo" é o termo regido, "favorável" é o termo regente e "a eles" é o termo regido. 
Obs.: Quando um pronome relativo (que, qual, cujo, etc.) é regido por um nome, deve-se introduzir, antes do relativo, a preposição que o nome exige. 
Exemplo: 
- A proposta a que éramos favoráveis não foi discutida na reunião. (quem é favorável, é favorável a alguma coisa/alguém)
Regência Nominal: Principais Casos (Mais Utilizados nas Provas)
Como vimos, quando o termo regente é um nome, temos a regência nominal.
Então pra facilitar segue abaixo uma lista dos principais nomes que exigem preposições, existem nomes que pedem o uso de uma só preposição, mas também existem nomes que exigem os uso de mais de uma preposição. veja:
Nomes que exigem o uso da preposição “a”:
Acessível, acostumado, adaptado, adequado, afeição, agradável, alheio, alusão, análogo, anterior, apto, atento, atenção , avesso, benéfico, benefício, caro, compreensível, comum, contíguo, contrário, desacostumado desagradável, desatento, desfavorável, desrespeito, devoto, equivalente, estranho, favorável, fiel, grato, habituado, hostil, horror, idêntico, imune, inacessível, indiferente, inerente, inferior, insensível, Junto , leal, necessário, nocivo, obediente, odioso, ódio, ojeriza, oneroso, paralelo, peculiar, pernicioso, perpendicular, posterior, preferível, preferência, prejudicial, prestes, propenso, propício, proveitoso, próximo, rebelde, rente, respeito, semelhante, sensível, simpático, superior, traidor, último, útil, visível, vizinho...
Nomes que exigem o uso da preposição “de”:
Abrigado, amante, amigo ávido, capaz, certo, cheio, cheiro, comum, contemporâneo, convicto, cúmplice, descendente, desejoso, despojado, destituído, devoto, diferente, difícil, doente, dotado, duro, êmulo, escasso, fácil, feliz, fértil, forte, fraco, imbuído, impossível, incapaz, indigno, inimigo, inocente, inseparável, isento, junto, livre, longe, louco, maior, medo, menor, natural, orgulhoso, passível, piedade, possível, prodígio, próprio, querido, rico, seguro, sujo, suspeito, temeroso, vazio...
Nomes que exigem a preposição “sobre”:
Opinião, discurso, discussão, dúvida, insistência, influência, informação, preponderante, proeminência, triunfo,
Nomes que exigem a preposição “com”:
Acostumado, afável, amoroso, analogia, aparentado, compatível, cuidadoso, descontente, generoso, impaciente, impaciência, incompatível, ingrato, intolerante, mal, misericordioso, obsequioso, ocupado, parecido, relacionado, satisfeito, severo, solícito, triste...
Nomes que exigem a preposição "em":
Abundante, atento, bacharel, constante, doutor, entendido, erudito, fecundo, firme, hábil, incansável, incessante, inconstante, indeciso, infatigável, lento, morador, negligente, perito, pertinaz, prático, residente, sábio, sito, versado...
Nomes que exigem a preposição "contra":
Atentado, Blasfêmia, combate, conspiração, declaração, luta, fúria, impotência, litígio, protesto, reclamação, representação...
Nomes que exigem a preposição "para":
Mau, próprio, odioso, útil...
REGÊNCIA VERBAL
Dizemosque regência verbal é a maneira como o verbo (termo regente) se relaciona com seus complementos (termo regido).
Nas relações de regência verbal, o vínculo entre o verbo e seu termo regido (complemento verbal) pode ser dar com ou sem a presença de preposição.
Exemplo: 
- Nós assistimos ao último jogo da Copa. 
Veja: "assistimos" é o termo regente, "ao" é a preposição e "último jogo" é o termo regido.
No entanto estudar a regência verbal requer que tenhamos conhecimentos anteriores a respeito do verbo e seus complementos, conhecer a transitividade verbal.
Basicamente precisamos saber que:
Um verbo pode ter sentido completo, sem necessitar de complementos. São os verbos intransitivos. 
Há verbos que não possuem sentido completo, necessitam de complemento. São os verbos transitivos.
Exemplos: 
- Transitivo direto: quando seu sentido se completa com o uso de um objeto direto (complemento sem preposição). 
Exemplo: A avó carinhosa agrada a netinha. 
"Agrada" é verbo transitivo direto e "a netinha" e o objeto direto. 
- Transitivo indireto: quando seu sentido se completa com o uso de um objeto indireto (complemento com preposição). 
Exemplo: Ninguém confia em estranhos. 
"Confia" é verbo transitivo indireto, "em" é a preposição e "estranhos" é o objeto indireto. 
- Transitivo direto e indireto: quando seu sentido e completa com os dois objetos (direto e indireto). 
Exemplo: Devolvi o livro ao vendedor. "Devolvi" é verbo transitivo direto e indireto, "o livro" é objeto direto e "vendedor" é objeto indireto.
A regência e o contexto (a situação de uso)
A regência de um verbo está ligada a situação de uso da língua. Determinada regência de um verbo pode ser adequada em um contexto e ser inadequada em outro.
1. Quando um ser humano irá a Marte? 
2. Quando um ser humano irá em Marte? 
Em contextos formais, deve-se empregar a frase 1, porque a variedade padrão, o verbo “ir” rege preposição a. Na linguagem coloquial (no cotidiano), é possível usar a frase 2.
Regência de Alguns Verbos
Para estudarmos a regência dos verbos, devemos dividi-los em dois grupos:
1- O primeiro, dos verbos que apresentam uma determinada regência na variedade padrão e outra regência na variedade coloquial; 
2- E o segundo dos verbos que, na variedade padrão, apresentam mais de uma regência.
PRIMEIRO GRUPO - Verbos que apresentam uma regência na variedade padrão e outra na variedade coloquial:
VERBO ASSISTIR
- SENTIDO: “Auxiliar”, “caber, pertencer” e “ver, presenciar, atuar como expectador”. É nesse último sentido que ele é usado.
- VARIEDADE PADRÃO (Exemplos): Ele não assiste a filme de violência; Pela TV, assistimos à premiação dos atletas olímpicos. Assistir com significado de ver, presenciar: É verbo transitivo indireto (VTI), apresenta objeto indireto iniciado pela preposição a. Quem assiste, assiste a (alguma coisa). 
- VARIEDADE COLOQUIAL (Exemplos): Ela não assiste filmes de violência. Assistir com significado de ver, presenciar: É verbo transitivo direto (VTD); apresenta objeto direto. Assistir (alguma coisa)
VERBO IR e CHEGAR
- VARIEDADE PADRÃO (Exemplos): No domingo, nós iremos a uma festa; O prefeito foi à capital falar com o governador; Os funcionários chegam bem cedo ao escritório. Apresentam a preposição a iniciando o adjunto adverbial de lugar: Ir a (algum lugar), Chegar a (algum lugar)
- VARIEDADE COLOQUIAL (Exemplos): No domingo, nós iremos em uma festa; Os funcionários chegam bem cedo no escritório. Apresentam a preposição em iniciando o adjunto adverbial de lugar: Ir em (algum lugar), Chegar em (algum lugar)
VERBO OBEDECER/DESOBEDECER
- VARIEDADE PADRÃO (Exemplos): A maioria dos sócios do clube obedecem ao regulamento; Quem desobedece às leis de trânsito deve ser punido. São VTI; exigem objeto indireto iniciado pela preposição a. Obedecer a (alguém/alguma coisa), Desobedecer a (alguém/alguma coisa)
- VARIEDADE COLOQUIAL (Exemplos): A maioria dos sócios do clube obedecem o regulamento; Quem desobedece as leis de trânsito deve ser punido. São transitivos direto (VTD); apresentam objeto sem preposição inicial. Obedecer (alguém/alguma coisa), Desobedecer (alguém/alguma coisa)
VERBO PAGAR e PERDOAR
- SENTIDO: Obs.: Se o objeto for coisa (e não pessoa), ambos são transitivos direto, tanto na variedade padrão, como na coloquial. Exemplo: Você não pagou o aluguel. O verbo pagar também é empregado com transitivo direto e indireto. (Pagar alguma coisa para alguém) A empresa pagava excelentes salários a seus funcionários.
- VARIEDADE PADRÃO (Exemplos): A empresa não paga aos funcionários faz dois meses; É ato de nobreza perdoar a um amigo. São VTI quando o objeto é gente; exigem preposição a iniciando o objeto indireto. Pagar a (alguém), Perdoar a (alguém)
- VARIEDADE COLOQUIAL (Exemplos): A empresa não paga os funcionários faz dois meses; É um ato de nobreza perdoar um amigo. São VTD, apresentam objeto sem preposição (objeto direto): Pagar (alguém), Perdoar (alguém)
VERBO PREFERIR
- VARIEDADE PADRÃO (Exemplos): Os brasileiros preferem futebol ao vôlei; Você preferiu trabalhar a estudar. Prefiro silêncio à agitação da cidade. É VTDI; exige dois objetos: um direto outro indireto (iniciado pela preposição a. Preferir (alguma coisa) a (outra)
- VARIEDADE COLOQUIAL (Exemplos): Os brasileiros preferem mais o futebol que o vôlei; Você preferiu (mais) trabalhar que estudar; Prefiro (muito mais) silêncio do que a agitação da cidade. É empregado com expressões comparativas (“mais...que”, “muito mais ...que”, “do que”, etc.). Preferir (mais) (uma coisa) do que (outra).
VERBO VISAR
- SENTIDO: O emprego mais usual do verbo “visar” é no sentido de “objetivar, ter como meta”.
- VARIEDADE PADRÃO (Exemplos): Todo artista visa ao sucesso; Suas pesquisas visavam à criação de novos remédios. É VTI, com preposição a iniciando o objeto indireto. Visar a (alguma coisa)
- VARIEDADE COLOQUIAL (Exemplos): Todo artista visa o sucesso; Suas pesquisas visavam a criação de novos remédios. É VTD, apresenta objeto sem preposição (objeto direto). Visar (alguma coisa)
SEGUNDO GRUPO - Verbos que, na variedade padrão, apresentam mais de uma regência (dependendo do sentido/significado em que são empregados:
VERBO ASPIRAR
- TRANSITIVIDADE (Sentido): Verbo transitivo direto (sugar/respirar) Verbo transitivo indireto (pretender)
- EXEMPLOS: Sentiu fortes dores quando aspirou o gás. O Ex-governador aspirava ao cargo de presidente.
VERBO ASSISTIR
- TRANSITIVIDADE (Sentido): Verbo transitivo direto (ajudar); Verbo transitivo indireto (ver); Verbo transitivo indireto (pertencer)
- EXEMPLOS: Rapidamente os paramédicos assistiram os feridos. Você assistiu ao filme? O direito de votar assisti a todo cidadão.
VERBO INFORMAR
- TRANSITIVIDADE (Sentido): Verbo transitivo direto e indireto (passar informação)
- EXEMPLOS: Algumas rádios informam as condições das estradas aos motoristas. Algumas rádios informam os motoristas das condições das estradas
VERBO QUERER
- TRANSITIVIDADE (Sentido): Verbo transitivo direto (desejar); Verbo transitivo indireto (amar/gostar)
- EXEMPLOS: Todos queremos um Brasil menos desigual. Isabela queria muito aos avós.
VERBO VISAR
- TRANSITIVIDADE (Sentido): Verbo transitivo direto (mirar); Verbo transitivo direto (pôr visto); Verbo transitivo indireto (objetivar)
- EXEMPLOS: O atacante, ao chutar a falta, visou o ângulo do gol. Por favor, vise todas as páginas do documento. Esta fazenda visa à produção de alimentos orgânicos.
Observações:
O verbo aspirar, como outros transitivos indiretos, não admite os pronomes lhe/lhes como objeto. Devem ser substituídos por a ele (s) /a ela (s). Ex.: O diploma universitário é importante; todo jovem deve aspirar a ele.
No sentido de “ver presenciar”, o verbo assistir não admite lhe (s) como objeto, essas formas devem ser substituídas por ele (s) ela (s). Ex.: o show de abertura das olimpíadas foi muito bonito; você assistiu a ele?
No sentido de “objetivar, ter como meta”, o verbo visar (TD) não admite como objeto a forma lhe/lhes, quedevem ser substituídas por a ele (s) a ela (s). Ex: O título de campeão rende uma fortuna ao time vencedor, por isso todos os clubes visam a ele persistentemente.
Existem outros verbos que, na variedade padrão, apresentam a mesma regência do verbo informar. São eles: avisar, prevenir, notificar, cientificar.
DICAS GERAIS SOBRE REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL PARA FIXAÇÃO: 
‣ Alguns nomes ou verbos da língua portuguesa não tem sentido completo. 
‣ Na regência nominal, a relação entre um nome regente e seu termo regido se estabelece sempre por meio de uma preposição. 
‣ Na regência verbal, temos que conhecer a transitividade dos verbos, ou seja, se é direta (VTD-verbo transitivo direto), se é indireta (VTI- verbo transitivo indireto) ou se é, ao mesmo tempo, direta e indireta (VTDI- verbo transitivo direto e indireto). 
‣ Observe sempre os verbos que mudam de regência ao mudar de sentido, como visar, assistir, aspirar, agradar, implicar, proceder, querer, servir e outros. 
‣ Não se pode atribuir um mesmo complemento a verbos de regências distintas. Por exemplo: o verbo assistir no sentido de “ver”, requer a preposição a e o verbo gostar, requer a preposição de. Não podemos, segundo a gramatica, construir frases como: “Assistimos e gostamos do jogo. ”, temos que dar a cada verbo o complemento adequado, logo, a construção correta é “Assistimos ao jogo e gostamos dele. ” 
‣ O conhecimento das preposições e de seu uso é fator importante no estudo e emprego da regência (nominal, verbal) correta, pois elas são capazes de mudar totalmente o sentido do que for dito. Ex.: As novas medidas escolares vão de encontro aos anseios dos alunos. Os alunos da 3ª série foram ao encontro da nova turma. 
‣ Pronomes oblíquos, algumas vezes, funcionam como complemento verbal. 
‣ Pronomes relativos, algumas vezes, funcionam como complemento verbal.
8.CRASE
Como saber se devo empregar a Crase?
Uma dica é substituir a crase por "ao" e o substantivo feminino por um masculino, caso essa preposição seja aceita sem prejuízo de sentido, então haverá crase.
Exemplo: Fui à farmácia, substituindo o "à" por "ao" ficaria: "fui ao supermercado". Logo, o uso da crase está correto.
Quando o uso da Crase é facultativo?
- Antes dos pronomes possessivos femininos minha, tua, nossa etc.: Nesses casos, o uso do artigo antes do pronome é opcional. Exemplo:
- "Eu devo respostas à minha professora" pode ser facultado por "eu devo respostas a minha professora".
- Antes de substantivos femininos próprios: Vale lembrar que, antes de nomes próprios femininos, o uso da crase é opcional, até porque o artigo antes do nome não é obrigatório.
Exemplo: "José fez um convite à Mari". José fez um convite a Mari.
- Depois da palavra até: Se depois da preposição até houver uma palavra feminina que admita artigo, a crase será opcional. Exemplo: "O grupo foi até à praça General Osório"; ou "O grupo foi até a praça General Osório".
- Depois da preposição até. Ex: Foi até a porta - foi até à porta.
Quando não devo usar Crase?
- Antes de palavras masculinas: Ex: Caminhava a passo lento.
- Antes de verbos: Ex: Estou disposta a aceitar.
- Antes de pronomes pessoais: Ex: Eu pedi a ela um vestido emprestado.
- Antes de nomes de cidade (que não utilizam o artigo feminino). Ex: Irei a São Paulo no mês que vem.
-Antes da palavra casa (quando tem significado do próprio lar). Ex: Fui a casa (lar) apanhar os documentos do carro.
- Antes da palavra terra (quando tem sentido de solo). Ex: Depois de horas no barco, descemos a terra.  
- Entre palavras repetidas. Ex: A funcionária atualizava a lista de presença dia a dia.
- Depois de preposições. Ex: Ele estará perante a juiza. Nós iremos após a cerimônia.
Os 12 mandamentos da Crase
Uma dica para lhe ajudar a entender a regra, é a famosa rima que segue:
- Diante de pronome, crase passa fome.
- Diante de masculino, crase é pepino.
- Diante de ação, crase é marcação.
- Palavras repetidas, crase proibida.
- A+ aquele, crase nele!
- Vou a, volto da: crase há!
- Vou a, volto de: crase pra quê?
- Diante de cardinal, crase faz mal.
- Quando for hora, crase sem demora.
- Palavra determinada, crase liberada.
- Sendo à moda de, crase vai vencer.
- Adverbial, feminina e locução, coloque crase, meu irmão!
9.CONCORDANCIA NOMINAL E VERBAL
a concordância verbal, o verbo se flexiona para concordar com o sujeito.
Sujeito simples
Quando o sujeito é simples, haverá concordância do verbo de acordo com o número e pessoa.
Exemplo: Roberto foi ao estádio de futebol.
Como “Roberto” está na terceira pessoa do singular (ele), o verbo deve estar conjugado na mesma pessoa.
Exemplo: Os casais se reuniram na igreja.
O sujeito “os casais” está na terceira pessoa do singular (eles), então o verbo “reunir” deve se flexionar para adequar-se (eles se reuniram).
Seria muito fácil se a regra se aplicasse a todas as situações, não é mesmo? Mas temos muitos casos particulares:
Expressões Partitivas
Quando se refere a partes de um todo, o verbo tanto pode ficar no singular quanto no plural, dependendo de que parte se refere.
Exemplo: A maioria dos participantes saiu mais cedo (concordando com “a maioria”).
Mas também é correto dizer que “A maioria dos participantes saíram mais cedo” (concordando com “os participantes”).
Essa regra vale para “metade”, “uma parte”, “a maioria”, “uma porção”, “grande parte”, etc., desde que estejam seguidas de um substantivo ou pronome no plural.
Em nosso caso: “participantes” é o substantivo determinante. O mesmo vale para coletivos.
Exemplo: Um bando de galinhas fugiu/fugiram do sítio nesta noite.
Cabe a você decidir se quer se referir à unidade do conjunto (um bando) ou a galinhas (elementos formadores do conjunto).
Quer mais casos particulares? Temos vários!
Quantidade aproximada
Quando a quantidade é aproximada (cerca de, em torno de, menos de) mais numeral e substantivo, o verbo deve concordar com o substantivo.
Exemplo: Em torno de mil manifestantes estiveram na praça hoje.
Mas, quando se tratar de “Mais de” seguido de verbos com reciprocidade, o verbo concorda com o plural.
Exemplo: Mais de cinquenta pessoas se machucaram na briga (um machucou o outro).
Sujeito apenas no plural
Se o sujeito só existir no plural, a concordância varia de acordo com a presença ou ausência do artigo.
Com o artigo, use no plural. Sem o artigo, mantenha no singular. Vejamos os exemplos:
Exemplo 1: Os Estados Unidos estão sofrendo com o inverno rigoroso.
Exemplo 2: Minas Gerais possui cidades históricas bonitas.
Exemplo 3: Os Mistérios do Chocolate tornaram a autora Joanne Fluke conhecida no Brasil.
Sujeito pronome
Nos casos onde o sujeito é um pronome interrogativo ou indefinido no plural (como “Quem”, “Quais”, “Quantos”), acompanhado por “de nós” ou “de vós”, o verbo pode concordar:
Com o primeiro pronome, utilizando a terceira pessoa do plural (eles): “Quais de nós vão à excursão?”
Com o pronome pessoal: “Quais de nós vamos à excursão?”.
Se o pronome estiver no singular, utilize o verbo no singular: “Qual de nós vai à excursão?”
Porcentagem mais substantivo
Quando o sujeito apresentar uma porcentagem mais um substantivo, deve-se concordar o verbo com o substantivo.
Exemplo: 1% do time concorda com a regra. 1% dos estudantes chegaramatrasados.
Se não houver substantivo após a porcentagem, concordamos verbo e número.
Exemplo: 1% faltou. 25% estão aqui.
Pronome “que”
Quando o sujeito é o pronome relativo “que”, fazemos a concordância de número e pessoa com o antecedente do pronome.
Exemplo 1: Fui eu que abri a janela.
Exemplo 2: Foram eles que abasteceram o carro.
Exemplo 3: As pessoas que trouxeram comida foram à cozinha.
Sujeito “um dos que”
No caso de o sujeito ser “um dos que”, a concordância é facultativa. Entretanto, é de bom uso da Gramática utilizar o plural, concordando com a palavra que antecede o “que”.
Exemplo: Adriana foi uma das alunas que tiraram nota baixa.
Para entender melhor o sentido, inverta a posição dos termos: “Dasalunas que tiraram nota baixa, Adriana foi uma delas”.
Mas, como dito acima, não é errado dizer: “Adriana foi uma das alunas que tirou nota baixa”.
Pronome “quem”
Se o pronome relativo “quem” for o sujeito, a concordância do verbo pode ser com o antecedente do pronome ou com a terceira pessoa do singular (ele).
Exemplo 1: Fui eu quem deu banho no cachorro.
Exemplo 2: Fui eu quem dei banho no cachorro.
Pronome de tratamento
Nos casos onde o sujeito é um pronome de tratamento, o verbo sempre ficará na terceira pessoa, mas pode ser do singular ou do plural.
Exemplo 1: Vossa Senhoria chegou.
Exemplo 2: Vossas Senhorias chegaram.
Sujeito ligado a horas
No caso do sujeito ser “bater”, “dar” e “soar” (horas), a concordância acontece com o numeral constituinte da oração.
Exemplo 1: Deu uma hora, vamos voltar.
Exemplo 2: Bateram três horas no relógio da escola.
Contudo, se o sujeito for relógio (ou algo semelhante), o verbo deve concordar com ele.
Exemplo: O relógio de Marcos deu vinte horas.
Verbos impessoais
Nos verbos impessoais, sempre utilize concordância com a terceira pessoa do singular. São eles:
Haver (como substituto de existir).
Fazer (indicação de tempo).
Fenômenos da natureza.
Exemplo 1: Há duas pessoas na lista de espera.
Exemplo 2: Faz cinco anos que moramos aqui.
Exemplo 2: Choveu grandes quantidades de granizo ontem.
Sujeito composto
Quando o sujeito é composto, ou seja, constituído por um ou mais termos, a concordância com o verbo tem as seguintes peculiaridades.
Sujeito antes do verbo
Se o sujeito estiver antes do verbo: concordância no plural.
Exemplo: Carlos e Sandra são casados.
Sujeito após o verbo
Se o sujeito vir depois do verbo, a concordância também pode acontecer com o sujeito mais próximo.
Exemplo 1: Faltou Caroline e Matheus apenas.
Exemplo 2: Faltaram Caroline e Matheus apenas.
Pessoas gramaticais diferentes
Caso o sujeito seja formado por pessoas gramaticais diferentes, tenha em mente que “nós” prevalece sobre “vós”, que prevalece sobre “eles”.
Exemplo 1: Tu, Nair e eu iremos ao cinema no sábado (nós).
Exemplo 2: Tu e teus primos acampareis conosco? (vós).
Exemplo 3: Tu e teus primos acamparão conosco?
Exemplo 4: Professores e alunos não sentarão juntos no auditório (eles).
Reciprocidade
No caso de reciprocidade, a concordância sempre é feita no plural.
Exemplo: Os casais se conheceram no curso.
Agora vamos conhecer alguns casos particulares para o sujeito composto.
Palavras sinônimas
Quando as palavras são sinônimas ou semelhantes, o verbo tanto pode ficar no plural quanto no singular.
Exemplo 1: Tristeza e desolação marcaram o enterro dos jovens mortos no acidente.
Exemplo 2: Tristeza e desolação marcou o enterro dos jovens mortos no acidente.
Núcleo de gradação
Em sujeitos compostos com núcleo de gradação, coloque o verbo no plural ou em concordância com o último núcleo do sujeito.
Exemplo 1: Cada hora, cada minuto, cada segundo faz diferença para mim.
Exemplo 2: Cada hora, cada minuto, cada segundo fazem diferença para mim.
Ligação com “ou” e “nem”
Quando a ligação entre os sujeitos for feita por “ou” ou “nem”, a concordância verbal é feita no plural, se puder ser atribuída a todos os núcleos do sujeito.
Exemplo 1: Clarissa ou Bibiana devem ser escolhidas.
Exemplo 2: Nem Rosa nem Vanessa são inteligentes.
Mas, se a declaração for apenas para um dos termos do sujeito, ou seja, um núcleo exclui o outro, deve-se manter o verbo no singular.
Exemplo 1: Clarissa ou Bibiana deve ser a escolhida.
Exemplo 2: Rosa ou Vanessa será escolhida para a última vaga.
“Um ou outro”
Em “um ou outro” ou “nem um nem outro”, a concordância adequada é o singular, mas o plural também é aceito.
Exemplo 1: Um ou outro jogador compareceu. Nem um nem outro foi escolhido.
Exemplo 2: Um ou outro jogador compareceram. Nem um nem outro foram escolhidos.
Termos unidos por “com o”
Se os termos forem unidos por “com o”, o verbo pode ficar no plural. Isto porque a expressão fica semelhante à conjunção aditiva “e”.
Exemplo: Viviane com a nora foram às compras.
Entretanto, não é incorreto se o verbo concordar com o último termo, enfatizando o primeiro elemento da oração.
Exemplo: Viviane com a nora foi às compras.
Porém, caso você opte pelo singular, o sujeito se torna simples e último elemento fica como adjunto adverbial de companhia: “Viviane foi às compras com a nora”.
Núcleos ligados
Se os núcleos do sujeito tiverem ligados a expressões correlatas, como: “mas também”, “não somente”, “tanto quanto”, “mas ainda”, etc., a concordância do verbo o deixa no plural.
Exemplo 1: Não só a mãe, mas também a filha foram atingidas pelo carro.
Exemplo 2: Tanto Carina quanto Rosana são preguiçosas.
Aposto recapitulativo
Se os elementos forem resumidos por um aposto recapitulativo, a concordância é pelo termo resumidor.
Exemplo 1: Filmes, livros, séries, tudo isto a atraía.
Exemplo 2: Chocolate, jujubas, pipoca, nada apetecia Orlando.
Concordância com palavra mais “se”
É preciso analisar a situação, quando o termo “se” for:
Índice de indeterminação do sujeito.
Partícula apassivadora.
No primeiro caso, o “se” acompanha verbos intransitivos, transitivos indiretos ou verbos de ligação. Assim, são conjugados na terceira pessoa do singular.
Exemplo 1: Precisa-se de moças para dividir quarto.
Exemplo 2: Foi-se minha alegria.
Quando o “se” é pronome apassivador, ele acompanha verbos transitivos diretos e também diretos e indiretos, formando voz passiva sintética.
Assim, o verbo concorda com o sujeito da oração (singular ou plural).
Exemplo 1: Alugam-se apartamentos por dia (Apartamentos são alugados por dia).
Exemplo 2: Constrói-se casa rapidamente (Casa é construída rapidamente).
O caso do verbo “ser”
Você aprendeu que na concordância verbal, o verbo concorda com o sujeito, certo? Acontece que com o verbo “ser” a condição muda um pouquinho.
Ou seja, ele também pode concordar com o predicativo do sujeito. Como saber? Depende do caso.
Se o sujeito for representado por isso, isto, aquilo, tudo, mais predicativo no plural: “Tudo são momentos para recordar”. “Isto são as sobras do nosso piquenique”.
Sujeito no singular, referindo-se a coisas, e o predicativo no plural: “Nosso almoço foram sanduíches“. “Seu dia a dia eram tristezas seguidas”.
Se o sujeito for pessoa, o verbo concorda com ele: “André era só músculos”. “Eduarda é minhas alegrias”.
Sujeito for pronome interrogativo “que” ou “quem”: plural, se assim permitir. “Quem são aquelas pessoas?”. “Que são esses papéis sobre a mesa?”.
Indicação de horas, dias ou distâncias: concordância do verbo com o numeral. “São quatorze horas”. “São quinhentos quilômetros”.
Se o sujeito indicar pesos, quantidades ou medidas, além de expressões como pouco, muito, mais de, menos de: verbo fica no singular. “Treze quilos é mais do que suficiente”.
Quando um dos elementos da oração (sujeito ou predicativo do sujeito) for um pronome pessoal do caso reto, o pronome concorda com o verbo. “Eu sou a única mulher na minha casa”. “Nós somos adultos e vocês são crianças”.
Se o sujeito for expressão de sentido partitivo ou coletivo, concorde-o com o predicativo se este se apresentar no plural: “O resto eram alimentosestragados”. “A maioria dos grevistas eram professores“.
Concordância com o verbo “parecer”
Combinado com verbo no infinitivo, o “parecer” pode ou não flexionar. Veja os casos abaixo:
Flexão do verbo parecer, sem flexão do verbo no infinitivo: “As crianças pareciam crescer“.
Verbo parecer não flexiona, com flexão do verbo no infinitivo: “As crianças parecia crescerem“.
A opção “1” é considerada a corrente, enquanto a alternativa “2” acontece em fins literários, geralmente.
Na expressão haja vista
Também há duas concordâncias para a expressão “haja vista”, como você notará abaixo:
Invariável: “Haja vista as tarefas que o professor passou” (substituindo por exemplo). Ou “Haja vista à explicação do professor” (substituição de Atente-se).
Variável: flexionando-se o verbo haver, desde que nãoseja seguido de preposição. “Hajam vista as tarefas que o professor passou” (No lugar de 
CONCORDANCIA NOMINAL
Diferente da concordância verbal, a concordância nominal tem relação entre um substantivo, pronome ou numeral substantivo e palavras que se ligam para caracterizá-lo, como artigos, adjetivos, pronomes adjetivos, numerais adjetivos e particípios.
A concordância é nominal porque se ocupa da relação entre nomes.
Normalmente a concordância nominal possui um substantivo como núcleo de um termo da oração, e o adjetivo funciona como adjunto adnominal. As regras para concordância nominal são as seguintes.
Substantivo único
Quando há apenas um substantivo, o adjetivo concorda com ele em gênero e número: “As lágrimas derramadas marcavam sua tristeza”.
Mais de um termo no substantivo
Quando há mais de um termo no substantivo, a concordância pode variar. A flexão pode acontecer da seguinte forma:
Se o adjetivo vier anteposto aos substantivos, ele concorda com o termo mais próximo.
Exemplo 1: Levamos pesadas malas e casacos para o carro.
Exemplo 2: Levamos pesados casacos e malas para o carro.
Exemplo 3: Levamos pesada mala e casacos para o carro.
Exemplo 4: Levamos pesado casaco e malas para o carro.
No caso acima, mas quando os sujeitos são nomes próprios ou sinais de parentesco, o adjetivo sempre vai para o plural.
Exemplo 1: São muito divertidas as sobrinhas Beatriz e Eduarda.
Exemplo 2: São aplicados os alunos Cláudio e Daniela.
Se o adjetivo for posposto aos substantivos, a concordância será com o mais próximo ou com todos eles, assumindo o masculino caso houver ambos os gêneros nos termos.
Exemplo 1: Encontramos cadernos, lápis e canetas espalhados no chão.
Exemplo 2: O restaurante possui atendimento e comida saborosa.
No caso acima, mas com gêneros iguais para ambos os substantivos, o adjetivo tanto pode ficar no singular como no plural.
Exemplo 1: Ela possui sensualidade e beleza inata.
Exemplo 2: Ela possui sensibilidade e beleza inatas.
Verbo “ser” mais adjetivo
Verbo “ser” mais adjetivo: são vários casos de concordância nominal, que serão explicados e exemplificados abaixo:
Caso o substantivo não esteja acompanhado de agente modificador, o adjetivo fica sempre no masculino e singular.
Exemplo 1: Educação é bom para todos.
Exemplo 2: Água é bom para beber.
Caso o agente modificador acompanhe o substantivo (artigo ou pronome), a concordância é com o substantivo.
Exemplo 1: A educação é boa para todos.
Exemplo 2: Esta água é boa para beber.
Pronomes pessoais
Há concordância de gênero e número com o adjetivo de acordo com os pronomes pessoais referidos na oração.
Exemplo 1: Eu nunca a vi tão feliz.
Exemplo 2: Eu nunca os vi tão felizes.
Pronomes indefinidos
Nos casos de pronomes indefinidos neutros acompanhados por “de” e um adjetivo, a concordância deixa o adjetivo no masculino e singular.
Exemplo 1: Os primos tinham algo de suspeito em suas atitudes.
Exemplo 2: As vizinhas tinham algo de suspeito em suas atitudes.
Palavra “só”
A palavra só, quando quer dizer sozinho, tem função adjetiva. Portanto, concorda com o nome a que se refere.
Exemplo 1: Cláudia e Cleusa estavam sós.
Exemplo 2: Everton saiu só.
É diferente quando quer dizer somente ou apenas, não variando porque se torna um adjunto adverbial: “Eles só querem paz e amor”.
Substantivo mais adjetivo
Se tivermos um substantivo e mais de um adjetivo no singular, você pode concordar desses modos:
Com o substantivo no singular e um artigo antes do último adjetivo: “Aprecio a literatura inglesa e a americana“.
Com o substantivo no plural, omitindo o artigo do último adjetivo: “Aprecio as literaturas inglesa e americana“.
É claro que também temos casos particulares de concordância nominal. Está preparado para conhecê-las? Vamos lá!
“É proibido” e outros…
É proibido, É permitido, É bom, É preciso, É necessário (verbo mais adjetivo):
Fica invariável caso o substantivo não venha acompanhado de artigo: É preciso cuidado. É proibido crianças. É permitido saída em caso de emergência.
Se forem acompanhados de artigos, pronomes ou adjetivos, o verbo e o adjetivo irão concordar com este termo: É preciso o cuidado. É proibida a entrada de crianças.
Palavras “anexo”, “próprio”, “mesmo”…
Anexo, Próprio, Mesmo, Obrigado, Quite, Incluso: sempre concordam em gênero e número com o pronome ou substantivo que acompanharem.
Exemplos: Seguem anexos os documentos. Elas próprias irão fazer a comida. Eles mesmos se limparam. Marta foi obrigada a se desculpar. José e Rafael foram obrigados a pedir desculpas. Nós estamos quites. O papelfoi incluso na pasta.
Palavras “Bastante”, “Caro”, “Barato”, “Longe”
Quando colocados como advérbios, são invariáveis. Quando funcionam como adjetivos, pronomes, numerais ou adjetivos, variam de acordo com o nome referido.
Exemplos:Trouxemos bastantes frutas. Os filhos de Eliete choram bastante. Os melões estão caros. Os melões custam caro. Os pêssegosestão baratos. Os pêssegos tem preço barato. Gosto de viajar para Goiânia, mas é muito longe de minha cidade. Adoro os longes mares de Ubatuba.
“Meio” e “Meia”
No lugar de adjetivo, variam. Mas são invariáveis quando funcionam como advérbios modificadores do adjetivo.
Exemplos: Tânia disse meias verdades. Estou ficando meio doida. O rapaz está meio nervoso. Meios copos de cerveja foram vendidos.
“Alerta” e “Menos”
Aão palavras que sempre vão funcionar como advérbios. Neste caso, não podemos flexioná-los.
Exemplo 1: Os motoristas devem dirigir sempre alerta.
Exemplo 2: Temos menos preocupações hoje do que ontem.
Como você pôde perceber, são muitas as regras de concordância verbal e nominal. Existem outros casos de particularidades, mas citei os mais importantes aqui.
Resolver muitos exercícios e ser um bom leitor são recomendações para ficar fera nesse assunto.
O que aprendemos neste artigo
Hoje nos dedicamos a entender tudo sobre concordância verbal e nominal, e cada um dos conceitos em torno desses assuntos.
Vimos exemplos práticos para evitar erro nas questões de concurso, com especial cuidado às exceções e particularidades de cada regra.
10.TEMPOS E MODOS VERBAIS.
O verbo pode se flexionar de quatro maneiras: PESSOA, NÚMERO, TEMPO e MODO. É a classe mais rica em variações de forma ou acidentes gramaticais. Através de um morfema chamado DESINÊNCIA MODO TEMPORAL, são marcados o tempo e o modo de um verbo. Vejamos mais detalhadamente…
O MODO VERBAL caracteriza as várias maneiras como podemos utilizar o verbo, dependendo da significação que pretendemos dar a ele. Rigorosamente, são três os modos verbais: INDICATIVO, SUBJUNTIVO e IMPERATIVO. Porém, alguns gramáticos incluem, também como modos verbais, o PARTICÍPIO, o GERÚNDIO e o INFINITIVO. Alguns autores, no entanto, as denominam FORMAS NOMINAIS DO VERBO.
Segundo o gramático Rocha Lima, existem algumas particularidades em cada uma destas formas que podem impedir-nos de considerá-las modos verbais:
INFINITIVO: tem características de um substantivo, podendo assumir a função de sujeito ou de complemento de um outro verbo, e até mesmo ser precedido por um artigo.
GERÚNDIO: assemelha-se mais a um advérbio, já que exprime condições de tempo, modo, condição e lugar.
PARTICÍPIO: possui valor e forma de adjetivo, pois além de modificar o substantivo, apresenta ainda concordância em gênero e número.
Mas voltemos aos modos verbais, propriamente ditos:
MODO INDICATIVO: O verbo expressa uma ação que provavelmente acontecerá, uma certeza, trabalhando com reais possibilidades de concretização da ação verbal ou com a certeza comprovada da realização daquela ação.
MODO SUBJUNTIVO: Ao contrário do indicativo, é o modo que expressa a dúvida, a incerteza, trabalhando com remotas possibilidades de concretização da ação verbal.
MODO IMPERATIVO: Apresenta-se na forma afirmativa e na forma negativa. Com ele nos dirigimos diretamente a alguém, em segunda pessoa, expressando o que queremos que esta(s) pessoa(s) faça(m). Pode indicar uma ordem, um pedido,um conselho etc., dependendo da entonação e do contexto em que é aplicado.
Já o TEMPO VERBAL informa, de uma maneira geral, se o verbo expressa algo que já aconteceu, que acontece no momento da fala ou que ainda irá acontecer. São essencialmente três tempos: PRESENTE, PASSADO ou PRETÉRITO e FUTURO.
Os tempos verbais são:
PRESENTE SIMPLES (amo) – expressa algo que acontece no momento da fala.
PRETÉRITO PERFEITO (amei) – expressa uma ação pontual, ocorrida em um momento anterior à fala.
PRETÉRITO IMPERFEITO (amava) – expressa uma ação contínua, ocorrida em um intervalo de tempo anterior à fala.
PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO (amara) – contrasta um acontecimento no passado ocorrido anteriormente a outro fato também anterior ao momento da fala.
FUTURO DO PRESENTE (amarei) – expressa algo que possivelmente acontecerá em um momento posterior ao da fala.
FUTURO DO PRETÉRITO (amaria) – expressa uma ação que era esperada no passado, porém que não aconteceu.
11.ASPECTOS SINTÁTICOS E SEMANTICOS.
FAZER UMA BUSCA...
12.SUJEITO E PREDICADO.
Sujeito e predicado: conceitos, classificações e exemplos
Sujeito e predicado são considerados os termos essenciais de uma oração, porque constituem a estrutura básica das orações mais comuns da língua portuguesa.
Sujeito
Sujeito é todo termo (ou grupo de termos) constituinte de uma oração, e sobre o qual ela se manifesta. O sujeito, é, portanto, o foco da informação que a oração expressa (ou o predicado), esteja ele cometendo ou sofrendo uma ação.
O sujeito, na realidade, é uma função sintática, ou seja, um papel que um termo exerce na oração, estabelecendo uma relação de concordância com um verbo.
Classificações e exemplos
Sujeito Determinado: aquele que está claramente exposto na oração.
- simples: possui um núcleo
Ex: Fernanda conseguiu concluir o curso superior.
-composto: possui dois ou mais núcleos.
Ex: Gabriela e Joaquim decidiram viajar.
- oculto: não está exposto na frase, mas é identificado pela flexão da pessoa.
Ex: Não gostei deste restaurante. (sujeito oculto: eu – verbo flexionado na primeira pessoa do singular). 
Sujeito indeterminado: aquele que não se pode identificar claramente na oração, ainda que seja possível determinar a existência de um sujeito. Existem dois casos em que o sujeito é considerado indeterminado:
- quando o verbo está flexionado na terceira pessoa do plural, mas não faz menção a nenhum termo já especificado: Disseram que o show dos Novos Baianos foi cancelado.
- quando o verbo da oração está acompanhado do pronome se, que tem, no caso, função de índice de indeterminação do sujeito. São os casos de orações com verbos que não pedem complemento direto, ou seja, verbos intransitivos, transitivos indiretos e verbos de ligação. O verbo, portanto, irá apresentar flexão na terceira pessoa do singular: Precisa-se de motociclista habilitado.
Oração sem sujeito: ainda que o sujeito seja considerado um termo essencial da oração, existem alguns casos de orações que não apresentam sujeito, apenas o predicado. Tratam-se de orações que trazem os verbos impessoais. Ocorrem em três situações:
- verbos que indicam fenômenos da natureza: Chove muito hoje nesta cidade.
- verbos estar, fazer, haver e ser, se estiverem denotando noção de tempo ou fenômeno natural: Já está tarde / Faz frio nesta região do país.
- verbo haver, quando no sentido de existir: Há muitos livros aqui na estante.
* Os verbos impessoais devem ser flexionados na terceira pessoa do singular, com exceção do verbo ser, que quando manifesta noção de tempo, irá concordar com a expressão de tempo que o acompanha: Já é meio dia / Já são duas horas da manhã. 
Predicado
É costume dizer que quando o sujeito da oração é identificado, tudo o mais que resta é o predicado. Isso ocorre porque o predicado constitui na parte da oração que contém as informações acerca do sujeito.
As classificações do predicado buscam averiguar se as informações expressas sobre o sujeito correspondem a uma ação (de forma ativa ou passiva) ou a um estado.
Classificações e exemplos
Predicado verbal: aquele cujo núcleo do predicado sempre será um verbo.
Ex: Eu preciso conseguir este emprego
Predicado nominal: aquele cujo núcleo do predicado sempre será um nome, que irá desempenhar função de predicativo do sujeito.
Ex: A professora está muito doente hoje. 
Predicado verbo-nominal: aquele cujo núcleo, na realidade, apresenta um verbo e um nome, simultaneamente. Portanto, possui dois núcleos.
13.SENTIDO DOS VOCÁBULOS NO TEXTO.
Semantica.
A semântica é o ramo da linguística que estuda os significados e/ou sentido dos vocábulos da língua. Do grego, a palavra semântica (semantiká) significa “sinal”.
De acordo com duas vertentes, “sincrônica” e “diacrônica”, a semântica é dividida em:
Semântica Descritiva: denominada de semântica sincrônica, essa classificação indica o estudo da significação das palavras na atualidade.
Semântica Histórica: denominada de semântica diacrônica, se encarrega de estudar o significado das palavras em determinado espaço de tempo.
A fim de conhecer as palavras apropriadas para empregá-las em determinados discursos, recorremos à semântica, ou seja, a significação dos termos.
Para isso, alguns conceitos são basilares para o estudo das significações, a saber:
Sinonímia e Antonímia
Os sinônimos designam as palavras que possuem significados semelhantes, por exemplo:
andar e caminhar
usar e utilizar
fraco e frágil
Do grego, a palavra sinônimo significa “semelhante nome” sendo classificados de acordo com a semelhança que compartilham com o outro termo.
Os sinônimos perfeitos possuem significados idênticos (após e depois; léxico e vocabulário). Já os sinônimos imperfeitos possuem significados parecidos (gordo e obeso; córrego e riacho).
Os antônimos designam as palavras que possuem significados contrários, por exemplo:
claro e escuro
triste e feliz
bom e mau
Do grego, a palavra “antônimo” significa “nome oposto, contrário”.
Leia Sinônimos e Antônimos.
Paronímia e Homonímia
Homônimos são palavras que ora possuem a mesma pronúncia, (palavras homófonas), ora possuem a mesma grafia (palavras homógrafas), entretanto, possuem significados diferentes.
São chamados de "homônimos perfeitos", as palavras que possuem a mesma grafia e a mesma sonoridade na pronúncia, por exemplo:
O pelo do cachorro é curto.
Pelo caminho da vida.
Tenho que chegar cedo.
Cedo meu lugar aos idosos.
Parônimos são aquelas palavras que possuem significados diferentes, porém se assemelham na pronúncia e na escrita, por exemplo:
soar (produzir som) e suar (transpirar);
acento (sinal gráfico) e assento (local para sentar);
acender (dar luz) e ascender (subir).
Leia Homônimos e Parônimos.
Polissemia
A polissemia representa a multiplicidade de significados de uma palavra.
Com o decorrer do tempo, determinado termo adquiriu um novo significado, entretanto, ainda se relaciona com o original, por exemplo:
A menina quebrou a perna no acidente.
A perna da cadeira é marrom.
Que letra ilegível!
A letra dessa canção é muito bonita.
Conotação e Denotação
A conotação designa o sentido virtual, figurado e subjetivo da palavra, alargando o seu campo semântico. Assim, depende do contexto.
Na maioria das vezes, a conotação é utilizada nos textos poéticos com o intuito de produzir sensações no leitor.
A denotação designa o sentido real, literal e objetivo da palavra. Ela explora uma linguagem mais informativa, em detrimento de uma linguagem mais poética (conotativa).
É muito utilizada nos trabalhos acadêmicos, jornais, manuais de instruções, dentre outros.
Exemplos:
Ele foi um cara de pau! (sentido conotativo)
Não foi aquele cara que te pediu informação ontem? (sentido denotativo)
Agiu como um porco. (sentido conotativo)
No sítio do meu avô há um porco. (sentido denotativo)
https://segredosdeconcurso.com.br/significacao-das-palavras/
14.CORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO
Coordenação e Subordinação
Dentro da análisesintática, os períodos podem ser classificados em: composto por coordenação, subordinação ou coordenação e subordinação. O período de coordenação é composto por orações que são autônomas, independentes entre si, mas que juntas complementam o sentido da frase. 
Exemplo: Eu dormi e sonhei com você. Observe que ambas as orações são independentes, isto é, fazem sentido se fossem separadas.
Já o período composto por subordinação apresenta orações que são dependentes entre si, são subordinadas. Veja: O bolo que ela fez ainda deixava lembranças. As duas orações não podem ser separadas.
E ainda há o período composto por coordenação e subordinação que, nada mais é, a junção dos dois. Exemplo: O juiz entrou na quadra e permitiu que o jogo começasse. Há três orações. As duas primeiras são coordenadas e a terceira é subordinada.
Existem 5 tipos de classificações para orações coordenadas:
Oração coordenada aditiva: acresce uma informação. Ex: Eu dormi e sonhei.
Oração coordenada adversativa: apresenta um contraste. Ex: Eu passei no vestibular, mas não sei se é isso que quero.
Oração coordenada alternativa: apresenta alternância. Ex: Ora você gosta de mim, ora você some.
Oração coordenada conclusiva: conclui a ideia. Ex: Não gosto daqui. Portanto, pedirei a minha demissão.
Oração coordenada explicativa: tem como objetivo explicar. Ex: Você está errado porque tenho provas.
Já no período de subordinação há duas categorias: orações subordinadas adjetivas (função de adjetivo) e orações subordinadas adverbiais (função de advérbio).
Orações subordinadas adjetivas
Orações subordinadas adjetivas podem ser duas: restritivas e explicativas. As restritivas limitam o que a frase quer dizer.
 Exemplo: Se não fosse pela mulher que me ajudou, não teria conseguido. 
O sentido da “mulher” é único, não é generalizado, é específico, é uma mulher X. Já nas orações explicativas, o sentido é mais abrangente: O homem, um ser racional, busca ser melhor em todos os campos da vida. A expressão “um ser racional” está entre vírgulas e, portanto, está generalizando todos os homens não apenas um.
Orações subordinadas adverbiais
Podem ter 9 classificações:
Oração subordinada adverbial causal: expressa causa. Ex: Não posso opinar, uma vez que não tenho direito.
Oração subordinada adverbial concessiva: indica permissão. Ex: Você pode fazer isso, mesmo que não tenha experiência.
Oração subordinada adverbial condicional: expressa condição. Ex: Se você conseguir, ganhará uma recompensa.
Oração subordinada adverbial comparativa: indica uma comparação. Ex: Os olhos azuis são bonitos como o do pai.
Oração subordinada adverbial consecutiva: relação de causa e consequência. Ex: Acordei tão atrasado que não consegui entrar na faculdade.
Oração subordinada adverbial final: indica uma finalidade. Ex: Eu fiz isso para subir na vida.
Oração subordinada adverbial temporal: expressa tempo. Ex: Chorei por você quando foi embora.
Oração subordinada adverbial proporcional: indica proporção. Ex: Fui amolecendo à medida que percebi que te amava.
Oração subordinada adverbial conformativa: expressa conformidade. Ex: Fiz o que você pediu conforme as regras.
Para ajudar na classificação, convém retomar os advérbios e separá-los em tabelas. Assim, a oração subordinativa adverbial ficará mais fácil!
Material mais completo. -->
http://esquemasparaconcursos.blogspot.com/2014/01/coordenacao-e-subordinacao.html

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