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08/11/2018 AVA UNINOVE
https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 1/6
A contabilidade gerencial possibilita o controle da movimentação do patrimônio com o
objetivo de fornecer, por meio de relatórios, informações a cerca da gestão do patrimônio,
principalmente aos usuários externos.
MARION (2011),
CARACTERIZAÇÃO DA
CONTABILIDADE GERENCIAL
POSSIBILITAR AO ALUNO O PLENO CONHECIMENTO DA CONTABILIDADE GERENCIAL E SUAS
PECULIARIDADES DE ATUAÇÃO.
AUTOR(A): PROF. ARMINDO APARECIDO EVANGELISTA
AUTOR(A): PROF. EDILBERTO PONCE BRACONI
A contabilidade gerencial pode ser caracterizada como um enfoque especial conferido a várias técnicas e
procedimentos contábeis já conhecidas da contabilidade financeira, na contabilidade de custos, na analise
financeira de balanços etc., colocados numa perspectiva diferente, num grau de detalhe mais analítico ou
numa forma de apresentação e classificação diferenciada, de maneira a auxiliar os gerentes das entidades
em seu processo decisório.
campos de conhecimento não circunscritos à contabilidade. Atinge e aproveita conceitos da administração
da produção, da estrutura organizacional, bem como da administração financeira, campo mais amplo, no
qual a contabilidade empresarial se situa.
Para que esses relatórios mereçam fé a favor da organização, devem ser elaborados com base na
escrituração contábil oficial e fundamentados em determinações legais e oficiais, não contemplando
informações de natureza operacional, que interessam somente aos usuários internos da organização.
Dessa forma, a contabilidade gerencial, desobrigada de determinações legais ou regras fixadas como a
Comissão de Valores Mobiliários, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis etc., pode ser conceituada como
o sistema de informação que tem por objetivo suprir a entidade com informações não só de natureza
econômica, financeira, patrimonial, física e de produtividade, como também com outras informações de
natureza operacional, para que possa auxiliar os administradores nas suas tomadas de decisão.
FUNçõES DA CONTABILIDADE GERENCIAL
MATEMÁTICA FINAN… 2
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A contabilidade gerencial poderá contemplar funções distintas de acordo com a natureza das
decisões que objetiva orientar, conforme sua importância ou estagio em que essas funções ocupam
na gestão empresarial.
Assim, Marion (2011) segrega três importantes funções da contabilidade gerencial:
Operacional, 
Gerencial e
Estratégica.
 
Função Operacional – tem por fim orientar o pessoal que trabalha na linha de frente, seja na área de
produção ou na área comercial, fabricam ou vendem bens e prestam e vendem serviços.
Nesse nível de responsabilidade, as decisões precisam ser tomadas em curtíssimo prazo, quase diariamente,
no momento em que os obstáculos surgem. Assim os relatórios elaborados para orientar as tomadas de
decisões nesta área normalmente contem informações operacionais quantitativas, ou seja, não financeiras.
Exemplos de informações destinadas ao pessoal operacional.
A quantidade de materiais, suprimentos, mão de obra e tempo de maquina usado para realizar um serviço;
 
O volume de serviços executado pelo empregado ou por um grupo de empregados;
 
As informações de qualidade, como a proporção de peças com defeitos em relação ao volume produzido no
período;
 
O numero de defeitos detectados na execução de serviços.
 
Função Gerencial – tem por fim orientar os gerentes responsáveis pelo comando de uma ou mais áreas ou
simplesmente de um grupo de trabalhadores.
Normamente os gerentes precisam tomar decisões de curto ou de médio prazo, as quais não envolvem a
entidade como um todo, embora toda a entidade sofra o reflexo dessas decisões. Os gerentes têm
necessidade de informações que lhes assegurem acompanhar em tempo real o processo operacional de
produção ou de prestação de serviços, bem como o resultado final desse processo.
Assim os relatórios elaborados para orientar as tomadas de decisões nesta área devem conter não só
informações não financeiras como também financeiras e econômicas, envolvendo comparações de custos
reais com padrões, rentabilidade por produto ou serviços, etc.
Exemplos de informações destinadas aos gerentes:
As informações financeiras acerca dos salários de todos os trabalhadores, para avaliar possíveis injustiças
que possam provocar descontentamentos por parte de alguns deles;
 
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A contabilidade gerencial como uma parte integral do processo de gestão, adiciona valor
distintivamente pela investigação continua sobre a efetividade da utilização dos recursos
pelas organizações – na criação de valor para os acionistas, clientes e outros credito.
(PADOVEZE, 2012).
A qualidade do trabalho executado na produção ou na prestação de serviços, para verificar as tarefas nas
quais os trabalhadores estão gerando defeitos, retrabalho e reclamações de clientes;
 
As informações periódicas (semanal ou mensal) sobre os resultados (lucro ou prejuízo) de toda produção
ou de cada produto ou serviço;
 
A rentabilidade das operações de produção de bens e serviços.
 
Função Estratégica – tem por fim orientar executivos nas suas tomadas de decisões, a principal
preocupação dos executivos é com a rentabilidade do negócio.
Essas decisões normalmente são de longo prazo e envolvem o destino da organização. Referem-se à
rentabilidade de produtos e serviços, ao perfil, a necessidade e satisfação dos clientes, a ameaça de
concorrentes, a inovações tecnológicas, à expansão ou descontinuidade de parte ou do total dos negócios,
etc.
Aos executivos interessa conhecer a lucratividade do negócio, para saber o tempo de retorno do capital
investido, a composição dos custos, bem como a rentabilidade de cada produto, para incentivar o aumento
da produção dos mais restáveis e a descontinuidade daqueles que não atingem os propósitos previamente
estabelecidos.
São exemplos de informações destinadas aos executivos da organização:
Informações que possibilitem projetar variações no volume, na quantidade e no preço, com reflexos na
produtividade;
 
Relatórios contábeis, englobando as demonstrações financeiras oficiais e também os relatórios
extraoficiais como balancetes parciais ou ainda relatórios de custos, utilizando sistemas de custeio não
obrigatórios, como o custeio variável/direto;Informações financeiras segregadas por área ou
departamento, acerca da rentabilidade de cada produto ou serviço, com detalhamento da composição dos
respectivos custos e despesas;
 
Relatórios contendo analise de balanços e de outros documentos e comparação com padrões.
ATIVIDADE
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Quando a   contabilidade gerencial mensura e analisa que o custo por
atendimento teve um acréscimo elevado comparando um período com
outro período, está montando um informação de que Natureza?
A. Financeira
B. Econômica
C. Física
D. Patrimonial
E. Produtividade 
REFERÊNCIA
CARDOSO, Ricardo Lopes; Poueri do Carmo Mário; André Carlos Busanelli de Aquino. Contabilidade
gerencial: mensuração, monitoramento e incentivos. 1.ed. – 2. reimpr. – São Paulo: Atlas, 2007.
CORONADO, Osmar. Contabilidade gerencial básica. 2. Ed – São Paulo: Saraiva, 2012.
IUDICIBUS, Sérgio de. Contabilidade gerencial. 6.ed – 11.reimpr. – São Paulo: Atlas, 2008.
MARION, José Carlos; Osni Moura Ribeiro. Introdução à contabilidade gerencial. São Paulo: Saraiva, 2011.
PADOVEZE, Clóvis Luis. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. 7.ed –
São Paulo: Atlas, 2010.
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A CONTABILIDADE GERENCIAL
COMO SISTEMA DE INFORMAÇÕES
DEMONSTRAR QUE É POSSÍVEL FAZER E TER CONTABILIDADE GERENCIAL DENTRO DA EMPRESA
DESDE QUE SE CONSTRUA UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL.
AUTOR(A): PROF. ARMINDO APARECIDO EVANGELISTA
AUTOR(A): PROF. EDILBERTO PONCE BRACONI
Para que a informação contábil seja usada no processo de administração, é necessário que essa informação
seja desejável e útil para as pessoas responsáveis pela administração da empresa.
Para os administradores que buscam a excelência empresarial, uma informação, mesmo que útil, só é
desejável se conseguida a um custo adequado e interessante para a empresa, ou seja, a informação não pode
custar mais do que ela pode valer para a administração da empresa.
Diante desses pressupostos básicos para a informação contábil, torna-se nítido que o caminho a ser
adotado para que a contabilidade se transforme em uma ferramenta de ação administrativa e se torne um
instrumento gerencial para por uma construção de um sistema de informação contábil.
Assim, as informações contábeis gerenciais evidenciam a qualidade dos materiais, produtos e serviços; a
mensuração dos períodos de maturação em que os produtos permanecem no processo de fabricação; a
capacidade, eficiência e desempenho dos colaboradores; a avaliação da satisfação dos clientes, etc.
Dessa forma qualquer que seja a decisão a ser tomada independente da área de atuação, será encontrada na
informação contábil gerencial o fundamento necessário para que a opção encontrada seja benéfica possível
para o desenvolvimento da organização.
Como refinamento dos sistemas de apoio à gestão, existem sistemas específicos desenhados para um auxilio
direto à questão das decisões gerenciais.
São denominados de Sistemas de Suporte à Decisão – DSS; Sistemas de Informações Executivas –EIS e
Business Inteligence – BI.
Eles utilizam-se da base de dados dos sistemas operacionais e dos sistemas de apoio à gestão e tem como
foco flexibilizar informações não estruturadas para tomadas de decisões.
Existe ainda o sistema integrado de gestão empresarial que tem como objetivo fundamental a consolidação
e aglutinação de todas as informações necessárias para a gestão do sistema empresa. Esses sistemas unem e
integram todos os subsistemas componentes dos sistemas operacionais e dos sistemas de apoio á gestão,
através de recursos da tecnologia da informação, de tal forma que todos os processos de negócios da
empresa possam ser visualizados em termos de um fluxo dinâmico de informações, que perpassam todos os
departamentos e funções.
Permitem, assim, uma visão horizontal e de processo, em oposição à visão tradicional verticalizada da
hierarquia funcional das empresas.
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Os sistemas integrados de gestão empresarial são mais conhecidos pela denominação de Enterprise
Resource Planning – ERP e esses sistemas permitem também o acoplamento de outras soluções de
tecnologia da informação como o CRM (Customer Relationship Management), cadeia de suprimentos,
Workflow, Data Warehouse etc. bem como total interação em rede e com a internet.
CONTABILIDADE
Objetivamente a contabilidade é um sistema de informação.
 
Sistema de informação gerencial
 
Objetivamente a contabilidade é um sistema de informação e avaliação destinado a prover seus usuários
com demonstração e analises de Natureza econômica, financeira, física e de produtividade, com relação a
entidade objeto de contabilização.
Os objetivos da contabilidade, pois, devem ser aderentes, de alguma forma explicita ou implícita, àquilo que
o usuário considera como elementos importantes para seu processo decisório.
Esta conceituação é importante para entender os objetivos e a abrangência do sistema de informação
contábil gerencial.
A informação contábil precisa atender primariamente a dois pressupostos básicos, para que tenha validade
integral no processo de gestão administrativa:
Sua necessidade como informação;
Seu planejamento e controle.
Necessidade da informação - A informação deve ser tratada como qualquer outro produto que esteja
disponível para consumo. Ela deve ser desejada, para ser necessária.
Para ser necessária, deve ser útil. Assim, cabe aos contadores gerenciais, construir essa mercadoria com
qualidade e custos competitivos, já que temos plena consciência de sua utilidade e, portanto, de sua
extrema necessidade para o gerenciamento dos negócios.
A necessidade da informação é determinada pelos usuários finais dessa informação, por seus consumidores.
Assim, a informação deve ser construída para atender a esses consumidores e não para atender aos
contadores.
O contador gerencial é aquele que sabe perfeitamente que a informação que faz parte de seu sistema foi
elaborada para atender às necessidades de outros. O contador gerencial deve fazer um estudo básico das
necessidades de informações a partir das decisões-chave que serão tomadas baseadas no sistema de
informações contábil gerencial.
Para que um sistema de informação contábil seja vivo dentro de uma empresa, é preciso do apoio da alta
administração empresa.
Por conseguinte, a necessidade tem que ser sentida pela cúpula da empresa, fazendo com que, a partir daí,
tenhamos tranquilidade para desenvolver e manter adequadamente o sistema de informação.
Planejamento e controle - O sistema de informação gerencial exige planejamento para produção dos
relatórios atenderem plenamente aos usuários.
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É necessário saber o conhecimento contábil de todos os usuários, e construir relatórios com enfoques
diferentes para os diferentes níveis de usuários.
SISTEMA DE INFORMAçãO CONTáBIL
Para Gil (1992) o sistema de informação contábil deve produzir informações que possam atender
aos seguintes aspectos:
a) Níveis empresariais:
1. Estratégico
2. Tático
3. Operacional
b) Ciclo administrativo:
1. Planejamento
2. Execução
3. Monitoramento
4. Controle
c) Nível de estruturação da informação:
1. Estruturada
2. Semiestruturada
3. Não estruturada
Um olhar sobre a contabilidade gerencial
Entre os diversos fatores que se pode observar, a contabilidade gerencial apresenta alguns que são
predominantes, vejamos:
FATOR DESCRIÇÃO:
Usuários dos
relatórios:
Internos.
 
Objetivo dos
relatórios:
Facilitar o planejamento, controle, avaliação de desempenho e tomada de decisão
internamente.
 
Forma dos
relatórios:
Orçamentos, contabilidade por responsabilidade, relatórios de desempenho,
relatórios de custos, relatórios especiais não rotineiros para facilitar a tomada de
decisão.
 
Frequência dos
relatórios:
 
Quando necessário pela administração.
 
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Valores ou custos
utilizados:
Valores históricos e valores previstos.
Bases de
mensuração
usadas para
quantificar os
dados:
 
Varias bases (moeda corrente, moeda estrangeira, moeda forte, medidas físicas,
indexadores, etc.)
 
Restrições nas
informações
fornecidas:
 
Nenhuma restrição, exceto aqueles determinados pela administração.
 
Arcabouço teórico
e técnico:
 
Utilização pesada de outras disciplinas, como economia, finanças, estatística,
pesquisa operacional e comportamento organizacional.
 
Características dainformação
fornecida:
 
Deve ser relevante e a tempo, podendo ser subjetiva, possuindo menos
verificabilidade e menos precisão.
 
Perspectiva dos
relatórios:
 
Orientada para o futuro para facilitar o planejamento, controle e avaliação de
desempenho antes do fato (para impor metas), acoplada com uma orientação
histórica para avaliar os resultados reais (para o controle posterior do fato)
 
Fonte: Adaptado de Padoveze (2010).
ATIVIDADE
Quando a  contabilidade gerencial mensura e analisa que o custo por
atendimento teve um acréscimo elevado comparando um período com
outro período, está montando um informação de que Natureza?
A. Financeira
B. Econômica
C. Física 
D. Patrimonial
E. Produtividade 
REFERÊNCIA
GIL, Antonio Loureiro. Sistemas de informações contábil/financeiros. São Paulo: Atlas, 1992.
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IUDICIBUS, Sérgio de. Contabilidade gerencial. 6.ed – 11.reimpr. – São Paulo: Atlas, 2008.
MARION, José Carlos; Osni Moura Ribeiro. Introdução à contabilidade gerencial. São Paulo: Saraiva, 2011.
PADOVEZE, Clóvis Luis. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. 7.ed –
São Paulo: Atlas, 2010.
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O contador gerencial deve ser experiente e versátil, com ilibado conhecimento não só em
contabilidade como em administração, matemática financeira, estatística e economia, um
profissional que domine bem a analise de balanços e conheça com detalhes as rotinas
internas e os objetivos da organização, para que saiba ler os relatórios da contabilidade
financeira e da gerencial, e interpreta-los conjugando dados econômicos e financeiros
com operacionais, para, assim, apresentar sugestões fundamentadas que auxiliem a
organização na tomada das decisões.
MARION (2011)
É fundamental que o contador gerencial saiba tratar, refinar e apresentar de maneira
clara, resumida e operacional os dados esparsos contidos nos registros da contabilidade
financeira, de custos, etc. bem como juntar outros conhecimentos não especificamente
ligados à área contábil, para suprir a administração em seu processo decisório.
IUDICIBUS (2008),
Comenta que cada contador é responsável por uma função contábil especializada, como
sistemas e métodos, contabilidade financeira, orçamentos e analise orçamentária,
relatórios e analises especiais, impostos e contabilidade de custos.
WARREN APUD CORONADO (2012)
O CONTADOR GERENCIAL
APRESENTAR AO ALUNO AS COMPETÊNCIAS, HABILIDADES, FUNÇÕES, PERFIL E DESAFIOS
REQUERIDOS PARA O BOM DESEMPENHO DA ATIVIDADE DO CONTADOR GERENCIAL.
AUTOR(A): PROF. ARMINDO APARECIDO EVANGELISTA
AUTOR(A): PROF. EDILBERTO PONCE BRACONI
O contador gerencial é um profissional que identifica, mede, acumula, analisa, prepara, interpreta e relata
informações (financeiras e operacionais) para uso da administração de uma empresa, nas funções de
planejamento, avaliação e controle de suas atividades e para assegurar o uso apropriado e a
responsabilidade abrangente de seus recursos.
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O termo competência tem sido utilizado na literatura organizacional com grande
frequência a partir das últimas décadas do século XX em virtude do acirramento da
competição.
BITTENCOURT (2004)
COMPETÊNCIAS
O conceito de competência passa a fazer parte das preocupações gerenciais
 
O conceito de competência passa a fazer parte das preocupações gerenciais onde é identificado
como capabilidades, conhecimentos da organização que possam assegurar algum diferencial no
mercado competitivo.
Independentes dos diversos significados associados ao termo competência no contexto das organizações
existe um consenso quando se trata de competência de que “fatores internos das organizações têm
importância para a posição em que elas se localizam no mercado”.
Quanto às competências, os contadores gerenciais deverão ser capazes de:
Utilizar adequadamente a terminologia e a linguagem próprias das ciências contábeis e atuarias;
Demonstrar uma visão sistêmica e interdisciplinar da atividade contábil;
Elaborar pareceres e relatórios que contribuam para o desempenho eficiente e eficaz de seus usuários,
quaisquer que sejam os modelos organizacionais;
Desenvolver, analisar e implantar sistemas de informação contábil e de controle gerencial.
HABILIDADES
esforço, ética, seriedade e confiança.
HABILIDADE
A complexidade dos negócios, surgidas com a necessidade de um entendimento mais abrangente dos
diversos aspectos relacionados às atividades de uma organização pelos usuários diretamente interessados
na situação econômico-financeira das entidades, vem contribuindo para a importante responsabilidade do
contador gerencial, que deverão estar munidos das suas principais habilidades: esforço, ética, seriedade e
confiança, pois o esse profissional assume uma função que oferece à sociedade vários benefícios, incluindo
menores riscos ao investir e a melhor destinação dos recursos.
Os contadores gerenciais devem ser capazes de:
a) Desenvolver, com motivação e através de permanente articulação, a liderança entre equipes
multidisciplinares para a captação de insumos necessários aos controles técnicos, à geração e disseminação
de informações contábeis, com reconhecido nível de precisão;
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Comenta que o Contador gerencial também deve possuir a habilidade para negociar
situações de conflito de forma harmônica e construtiva, pois a negociação é um campo de
conhecimentos que visa a conquista de simpatia, credibilidade e confiança das pessoas
envolvidas. É um modo de agir que permite desenvolver compreensão, aceitação mútua e
respeito.
SILVA (2001)
O perfil do Contador gerencial moderno é o de uma pessoa de valor que precisa acumular
muitos conhecimentos e ter a consciência de que a maior remuneração exige qualidade de
trabalho e que esta se consegue com o melhor conhecimento, muito estudo, muita
aplicação, ser proativo, íntegro, não pode ter medo de arriscar, não pode ser egoísta, ter
boa capacidade de comunicação, compreender a sistemática econômico-financeira,
b) Exercer suas funções com expressivo domínio das funções que viabilizem aos agentes econômicos e aos
administradores de qualquer segmento produtivo ou institucional o pleno cumprimento da sua
responsabilidade quanto ao gerenciamento, aos controles e à prestação de contas da sua gestão perante a
sociedade, gerando também informações para a tomada de decisão, organização de atitudes e construção de
valores orientados para a cidadania;
c) Exercer com ética e proficiência as atribuições e prerrogativas que lhe são prescritas através da legislação
específica, revelando domínios adequados aos diferentes modelos organizacionais.
PERFIL
Conjunto de qualificações deve estar presente no dia-a-dia do contador gerencial.
PERFIL
No mundo atual, o Contador gerencial tem recebido diversas tarefas que lhe foram atribuídas, sendo assim
o profissional para exercer essas funções deve possuir o seguinte perfil:
a) Entendimento geral do setor de atividades econômica do qual sua empresa faz parte e das forças
políticas, econômicas e sociais diretamente relacionadas;
b) Conhecimento amplo de sua própria empresa, sua história, suas políticas, seu programa, sua organização
e, até certo ponto, de suas operações;
c) Entendimento dos problemas básicos de organização, planejamento e controle;d) Entendimento dos problemas básicos de administração da produção, da distribuição, de finanças e de
pessoal;
e) Saber analisar e interpretar dados contábeis e estatísticos de tal forma que se tornem à base para a ação;
f)Expressar ideias claras por escrito, isto é, na linguagem adequada e;
g) Esse conjunto de qualificações deve estar presente no dia-a-dia do contador gerencial para fazer frente
às necessidades das organizações.
 
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política e social, em nível local, regional ou mesmo internacional, entender dos aspectos
técnicos dos negócios, para isso tem de estar sempre atualizado e procurar estudar a
situação das empresas a qual irá prestar assessoria ou consultoria.
MOURA (2003)
Outro fato que mudou o perfil de todas as profissões e inclusive a do Contador gerencial
foi à alta tecnologia, que intensificou os processos de trabalhos de tal maneira que a
maioria das rotinas físicas, burocráticas e intelectuais foi absorvida por ela. Dando espaço
para um trabalho tipicamente mental e intelectual.
SILVA (2001)
Sem essas concepções e consciência, o desenvolvimento profissional fica bastante prejudicado.
É preciso que o Contador gerencial entenda a organização e sua razão de ser, compreendendo seus modelos
de gestão, seus objetivos e políticas e suas inter-relações com o ambiente externo, pois assim terá
condições de auxiliar a empresa a crescer, orientando adequadamente seus dirigentes a tomarem as
decisões acertadamente.
Como os tempos atuais exigem muitos esforços ocasionados pelas repentinas mudanças na vida das
organizações, a corrida para disputa dos mercados internacionais e o mercado competitivo não aceitam
indecisões, e assim o contador gerencial moderno tem de ter iniciativa, coragem, visão de futuro,
habilidade de negociação, agilidade, segurança para resolver os problemas que surgem, capacidade de
aprender a lidar com mudanças, ideias de melhoria, flexibilidade, capacidade de inovar e criar, sobretudo na
área de sua atuação, interagir e estudar as realidades políticas, sociais e financeiras, saber orientar as
empresas para o melhor caminho de forma que elas sobrevivam aos fortes abalos gerados pela globalização
da economia, o poder de manipular conhecimentos é o ponto chave das grandes decisões.
Nesse contexto as melhores oportunidades serão oferecidas aos Contadores gerenciais que detenham um
intelecto bem apurado, ou seja, aqueles que tenham capacidade de abstração desenvolvam o pensamento
sistêmico, ao invés da compreensão parcial e fragmentada dos fenômenos, tenham criatividade, curiosidade
e capacidade de pensar em múltiplas alternativas para um mesmo problema (desenvolvimento do
pensamento divergente), detenha a capacidade de trabalhar em equipe, disposição para procurar e aceitar
críticas, possuir disposição para correr determinados riscos e detenham a capacidade de buscar
constantemente o conhecimento.
Este novo perfil profissional que antes era conhecido como mão de obra pode ser chamado agora de mente
de obra, e ao contrário da mão de obra que obtinha uma educação apenas por um período a fim de
desempenhar tal função, passa a ser uma educação por toda a vida, sempre desenvolvendo habilidade, tato
e sabedoria para poder melhor utilizar o potencial de conhecimento, inteligência e criatividade.
Silva (2001) detalha o novo perfil de profissional que deve atuar na nova sociedade, fazendo uma
comparação com a sociedade existente até chegarmos no século XXI, aqui ele define como sociedade
industrial e sociedade da informação, ou seja, do conhecimento.
 
08/11/2018 AVA UNINOVE
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Sociedade Industrial:
MÃO DE OBRA
Sociedade da Informação: MENTE
DE OBRA
Sociedade
Industrial: MÃO
DE OBRA
Sociedade da Informação:
MENTE DE OBRA
Visão cartesiana. Visão holística e futurista.
Mão de Obra
subordinada e
especialista.
Mente de Obra com
liderança e iniciativa,
generalista e polivalente
com versatilidade.
Profissional. Empreendedor de negócios. Obediente. Proativo e dinâmico.
Segue rotinas e
normas. Toma decisões e assume riscos.
Sensibilidade para
problemas
operacionais.
Sensibilidade estratégica
para resultados de
negócios.
Lei de Gerson
(vantagem).
Valores éticos. Técnico e
especialista
Culto e polivalente.
Rígido. Flexível. Impositor. Negociador, flexível e hábil.
Individualista. Sinergético e cooperativo.
Compromisso
com atividades.
Compromisso com
resultados de negócios,
clientes e mercado.
Foco no produto. Foco no cliente. Burocrata. “Micreiro”/usuário de
informática.
Gerente assumindo
as
responsabilidades;
não o funcionário.
Assume responsabilidades e riscos,
toma iniciativa e decisões. O
gerente atua como facilitador.
Acomodação e
resignação.
Garra e determinação.
Bem-mandado. Decide, pensa, analisa e faz.
Conhecimento
técnico específico.
Maior conhecimento do
processo de negócios como
um todo.
Clima de certezas /
trabalho
estruturado.
Clima de incertezas e de mudanças
rápidas.
Comunicação
mais restrita e
burocrática.
Sabe se expressar com
objetividade e clareza; tem
bom relacionamento.
Análise dos
impactos das
decisões de
atividades no
departamento.
Análise dos impactos de suas
decisões nos clientes e negócios.
Tem
conhecimento da
tecnologia para
suporte e
operação.
Tem domínio de
conhecimento para suporte
aos negócios e clientes.
Falta de equilíbrio
emocional e
controle, gerando
stress e conflito.
Equilíbrio físico e emocional
através de técnicas de
neurolingüística e autocontrole e
inteligência emocional.
Conservador e
tradicional.
Agente de mudanças,
flexível e colaborador.
Atende às
expectativas do
cliente.
Supera as expectativas do cliente.
Automação de
processo.
Transformação de
processos.
Competência para
trabalho individual.
Competência para trabalho em
equipe, sinergismo e cooperação.
   
Fonte: Silva (2001)
MODERNO AMBIENTE DE ATUAÇÃO
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O Mercado de trabalho do contador gerencial sempre foi muito privilegiado, face às suas diversidades de
campo de atuação, cujas potencialidades estão afetas a todas as empresas, sejam elas de natureza pública,
privada ou mistas; como também do porte: micro, pequenas, médias e grandes empresas, sendo elas
nacionais e nos tempos atuais mais fortemente nas empresas multinacionais. Todas, sem exceção,
necessitam dos préstimos desse profissional, que pode fazê-lo através da relação de emprego efetivo por
tempo determinado e indeterminado, temporário, como prestador de serviços autônomo ou empresarial.
ATIVIDADE
Por que o contador gerencial deve ser um profissional com formação
bastante ampla e com conhecimentos específicos? 
A. Para destacar-se no mercado de trabalho
B. Para alcançar os objetivos pessoais
C. Para treinar adequadamente as equipes de trabalho
D. Para calcular perfeitamente os tributos da empresa
E. Para apoiar a melhor tomada de decisão
REFERÊNCIA
BITTENCOURT, E.;FABRIS,C.C.;ROWE,D.E.O. Gestão de competências em organizações. Universidade
Federal de Minas Gerais: Belo Horizonte, 2004.
CORONADO, Osmar. Contabilidade gerencial básica. 2. Ed – São Paulo: Saraiva, 2012.
IUDICIBUS, Sérgio de. Contabilidade gerencial. 6.ed – 11.reimpr. – São Paulo: Atlas, 2008.
MARION, José Carlos; Osni Moura Ribeiro. Introdução à contabilidade gerencial. São Paulo: Saraiva, 2011.
MOURA, I.J.L. Perspectivas da profissão contábil no Brasil. Disponível em: http://www.sinescontabil.com.br
. Acessado em 04 de setembro.de 2014.
SILVA, L.N. Novo perfil de liderança do Terceiro Milênio. 2.ed. Rio de Janeiro: Record, 2001.
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O Produto Interno Bruto representa o total de bens e serviços produzidos pelas unidades
produtoras residentes no país num determinado período.
Portanto, equivale a soma dos valores adicionados pelos diversos setores, acrescida dos
impostos, líquidos de subsídios, sobre produtos não incluídos na valoração da produção.
WERNKE (2008)
EVOLUÇÃO DOS INDICADORES
ECONÔMICOS
APRESENTAR OS INDICADORES DE INFLAÇÃO
AUTOR(A): PROF. ARMINDO APARECIDO EVANGELISTA
AUTOR(A): PROF. EDILBERTO PONCE BRACONI
Evolução dos indicadores econômicos
 
O contador gerencial precisa e deve acompanhar a evolução dos indicadores econômicos mais relevantes ou
daqueles índices mais estreitamente relacionados com a atividade da empresa que gerencia.
Isso é importante porque parâmetros como produto Interno Bruto (PIB), risco-pais, balança comercial,
índices de inflação, taxa de cambio, entre outros, sinalizam acerca de como poderão ser os cenários
econômicos com os quais a empresa devera lidar futuramente ou ainda o que esta flutuação está
ocasionando para a empresa nesse momento.
Produto Interno Bruto (PIB)
Pode ser conceituado como a soma dos consumos finais de bens e serviços valorados a preço de mercado
sendo, igual a soma das rendas primarias.Ou seja, o PIB pode ser expresso em três ângulos:
Produção – o PIB é igual ao valor da produção menos o consumo intermediário, mais os impostos, líquidos
dos subsídios, sobre produtos não incluídos no valor da produção;
 
Demanda – o PIB é igual à despesa de consumo final, mais a formação bruta do capital fixo, mais a
variação de estoques, mais as exportações de bens e serviços, menos as importações de bens e serviços; e
 
Renda – o PIB é igual a remuneração dos empregados mais o total dos impostos, líquidos de subsídios,
sobre a produção e a importação, mais o rendimento misto bruto, mais o excedente operacional bruto.
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“a taxa Selic se origina de taxas de juros efetivamente observadas no mercado. As taxas
de juros relativas às operações em questões refletem, basicamente, as condições
instantâneas de liquidez no mercado monetário (oferta versus demanda de recursos).
Estas taxas de juros não sofrem influencia do risco do tomador de recursos financeiros
nas operações compromissadas, uma vez que o lastro oferecido é homogêneo. Como todas
as taxas de juros nominais, por outro lado, a taxa Selic pode ser decomposta “ex post”
(juros resultado do calculo sobre a inflação passada), em duas parcelas: taxa de juros reais
e taxa de inflação no período considerado”.
CONFORME DEFINIçãO DO BANCO CENTRAL
A apuração do PIB do Brasil é de responsabilidade do IBGE, que também pode informar o crescimento do
PIB setorial (por exemplo: indústria, agropecuária).
Ainda é possível identificar a evolução desse indicador sob a ótica da despesa (envolvendo o consumo das
famílias, o consumo do governo, as exportações e importações) e por períodos menores que um ano (que é a
forma geralmente mais conhecida) entre outros desdobramentos.
Assim, o governo, as entidades de classe e as empresas de determinados segmentos podem usar o PIB como
um referencial para:
Adequar ou direcionar ações futuras no sentido de otimizar resultados;
 
Comparar o desempenho em relação a outros períodos, aos concorrentes ou a outros países; e
 
Principalmente no âmbito empresarial, projetar a demanda dos produtos ou serviços (elaborando o
orçamento de vendas) que tenham algum vínculo com a evolução histórica desse indicador.
TAXA SELIC
A taxa SELIC (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) é considerada a taxa de juros da
economia brasileira, sendo estabelecida em reuniões pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do
Banco Central do Brasil.
O Copom tem como objetivos principais implementar a política monetária, definir a meta da taxa
Selic e analisa o Relatório de Inflação.
A taxa Selic é um importante indicador econômico especialmente por dois motivos:Serve como ponto de
partida para definição das de juros – o governo federal necessita financiar suas dividas e recorre ao mercado
financeiro para obter os recursos que precisa. Já que o volume de recursos disponíveis no país não é alto, o
governo se obriga a pagar taxas mais elevadas para capta-los.
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A Inflação pode ser conceituada, como um aumento persistente e generalizado no índice
de preço, ou seja, os movimentos inflacionários são aumentos contínuos de preços e não
podem ser confundidos com altas esporádicas de preços, devidas a flutuações sazonais.
SEGUNDO VASCONCELLOS E GARCIA (2004)
Com isso, essa taxa básica acaba norteando o quanto empresas e pessoas físicas terão que pagar para
comprar dinheiro dos bancos, ou seja, o banqueiro pode escolher entre vender dinheiro ao governo “X”, ou
ao setor privado por taxa mais alta.
Assim, a taxa Selic influencia praticamente todas as taxas de juros da economia desde as operações entre
bancos até empréstimos para empresas e particulares, pois todas as taxas cobradas tendem a considerar a
Selic como a remuneração mínima a ser exigida para concessão de crédito.
É um instrumento utilizado pelo Banco Central do Brasil no controle da inflação do País – a partir da
adoção da sistemática de metas para inflação em 1999, as decisões do Copom passaram a ter como objetivo
cumprir as metas de inflação definidas pelo Conselho monetário nacional (CMN).
Assim, quando deseja conter o avanço da inflação, o Copom eleva a taxa básica de juros.
Com isso, o credito oferecido pelos bancos às empresas e as pessoas físicas se tornam mais caro, implicando
uma menor procura por financiamentos, desaquecendo as vendas e, por consequência, tende a diminuir a
inflação do País.
Índices de inflação
Pode ser mensurada a partir de preços praticados entre comerciantes (chamando-se então de preços por
atacado) ou considerando preços pagos por consumidores finais (os índices de inflação mais comuns).
Há varias instituições que periodicamente mensuram e divulgam índices inflacionários no Brasil, e as mais
conhecidas são:
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE [WWW.ibge.org.br]
 
Fundação Getulio Vargas – FGV [WWW.fgv.br]
 
Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE [WWW.fipe.org.br]
 
Departamento intersindical de Estatística e estudos Socioeconômicos – DIEESE [WWW.dieese.org.br]
 
Em relação aos indexadores de inflação, os principais índices brasileiros têm as seguintes características:
 
INPC – índice nacional de preços ao consumidor – este é mensurado pelo IBGE. Sua população abrange as
famílias com rendimentos mensais compreendidos entre hum a oito salários mínimos, cujo chefe é
assalariado em sua ocupação principal e residente nas áreas urbanas das regiões metropolitanas.
 
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IPCA – índice de preços ao consumidor amplo – também apurado pelo IBGE. Abrangendo as famílias com
rendimentos mensais compreendidos entre hum e quarenta salários mínimos, qualquer que seja a fonte de
rendimentos, e residentes nas áreas urbanas das regiões metropolitanas.Tanto o INPC como o IPCA
abrangem itens de alimentação e bebidas, habitação, vestuário, transportes, saúde, educação e
comunicação.
 
IGP-DI – Índice Geral de preços Disponibilidade Interna – este é mensurado pela FGV.É calculada com uma
média ponderada envolvendo os preços no atacado através do IPA (índice de preços por atacado) com peso
de 60%; os preços no varejo através do IPC (índice de preços ao consumidor) com peso de 30% e os preços
na construção civil através do INCC (índice nacional de custo da construção) com peso de 10%.
Considerando os dados coletados no período que compreende do dia 1º ao dia 30 do mês em referencia.
 
IPA – Índice de Preços por Atacado – é calculado pela FGV e mede o ritmo evolutivo de preços em nível de
comercialização atacadista. Abrange as vinte principais regiões produtoras do País, com mais de
quatrocentos e cinquenta produtos e serviços.
 
IPC – Índice de Preços ao Consumidor – é calculado pela FGV e avalia o poder de compra do consumidor.
Abrange as variações de preço de um conjunto de mais de quatrocentos tipos de bens e serviços consumidos
por famílias com rendimento de hum a trinta e três salários mínimos, em doze capitais brasileiras.
 
INCC – Índice Nacional do Custo da Construção – de responsabilidade da FGV, mede a evolução de custos
da construção habitacional. Realizada em doze capitais brasileiras e a amostra abrange mais de sessenta
itens, cujos preços são levantados em atacadistas, grandes varejistas, construtoras e sindicatos.
 
IGP-M – Índice Geral de Preços do Mercado – também apurado pela FGV, tem a mesma composição que o
IGP-DI, apenas se distinguindo do período de pesquisa, que vai do dia vinte e hum do mês anterior ao dia
vinte do mês de referencia.
 
IPC-Fipe - Índice de Preços ao Consumidor- calculado pela Fipe, este índice abrange itens consumidos por
famílias residentes no município se São Paulo, que tenha renda mensal entre dois e seis salários mínimos.
 
ICV – Índice de Custo de Vida – o DIEESE é responsável por esse indicador, que monitora a evolução mensal
dos produtos e serviços consumidos por famílias paulistanas com renda de hum a trinta salários mínimos.
RISCO-PAíS
O conceito risco-país geralmente é empregado no mesmo sentido de risco soberano que diz
respeito à possibilidade de que as políticas adotadas pelo governo de um país possam afetar a
capacidade de nessa nação de honrar sua divida externa.
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Nessa direção, o uso de uma escala que mensure o risco-país permite que os investidores avaliem a
capacidade de um país cumprir com suas obrigações e fundamentados nesta analise, decidam se vale a pena
correr o risco de comprar os títulos daquela nação.
 
É interessante salientar que a avaliação do risco-país considera dois aspectos em especial:
1. Risco de honrar compromissos: a determinação do risco a longo prazo é
realizada por agencias de rating (empresas que efetuam a avaliação e a
classificação de riscos, que orientam investidores quanto à qualidade dos
títulos emitidos por um país ou empresas). Essas empresas publicam
minuciosos relatórios periódicos baseados nos fundamentos da economia
do país ou da situação financeira de uma empresa, para medir o risco de
estes honrarem as suas dividas junto aos credores.
 
2. Risco de negociação: a avaliação do risco no curto prazo leva em conta
atividade de um mercado secundário de títulos governamentais de algumas
dezenas de países emergentes (como Brasil, Rússia, México, etc.)
Balança comercial
A balança comercial registra o resultado das negociações de bens entre um país e o resto do mundo
(importações e exportações) num determinado período.
Caso o valor das exportações supere o valor das importações, diz-se que a balança comercial apresentou um
superávit comercial (saldo positivo). Por outro lado, ocorrendo importações superiores às exportações, o
saldo negativo é chamado de déficit comercial (saldo negativo).
 
 
Taxa de câmbio
A expressão taxa de câmbio designa as operações em que ocorre a troca da moeda do país por alguma
estrangeira ou vice-versa, por exemplo: um brasileiro que pretende viajar à Europa pode trocar uma quantia
de moeda nacional (reias) por euros, com isso o montante em moeda estrangeira que levará na viagem terá
ampla aceitação em qualquer estabelecimento comercial europeu. No retorno, caso mantenha algum saldo
em moeda estrangeira, pode troca-las por reais novamente no Brasil.
No exemplo citado, quando adquirir euros no Brasil, estará pagando um valor relativo à cotação de venda da
moeda pelo banco ou instituição credenciada, entretanto na hora de trocar o saldo da viagem pela moeda
nacional (reais) será usado um valor relativo à cotação de compra, normalmente o valor de venda é maior
que o valor de compra, assim o banco ou instituição credenciada fica com a diferença de valores conhecida
como spread, ou seja quanto maior for a diferença de valores entre venda e compra, maior será o spread,
maior lucratividade do banco ou instituição credenciada.As taxas de câmbio mais conhecidas no Brasil,
atualmente são:
Cambio Comercial – os contratos de câmbio comercial são regulamentados e fiscalizados pelo Banco
Central, sendo utilizados nas operações de exportação e importação, no pagamento de dívidas externas de
dividendos das empresas sediadas fora do Brasil.
 
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Câmbio Negro (ou Paralelo) – representa a cotação de compra ou venda de moedas estrangeiras fora dos
canais de conversão aceitos pelo Banco Central. As operações de câmbio realizadas entre mercado são
ilegais (assim como a posse de moeda estrangeira sem documentação de origem adequada).
 
Câmbio Turismo (ou Flutuante) – operação de câmbio entre instituições credenciadas pelo Banco Central,
fora da sistemática relativa às operações do câmbio comercial, neste caso, na venda do câmbio pela
instituição financeira é exigida a identificação do comprador, enquanto na compra de câmbio esse
procedimento não é necessário.
ATIVIDADE
Quando o Governo divulga nos meios de comunicação que naquele
período o País obteve um superávit na balança comercial, quer dizer
que:
A. O país importou mais do que exportou
B. O país importou a mesma quantidade do que importou
C. O país exportou a mesma quantidade do que exportou
D. O país somente exportou
E. O país exportou mais do que importou
REFERÊNCIA
PADOVEZE, Clóvis Luis. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. 7. ed –
São Paulo: Atlas, 2010.
VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval; GARCIA, Manoel Enriquez. Fundamentos de economia. 2. Ed –
São Paulo: Saraiva, 2004.
WERNKE, Rodney. Gestão Financeira: ênfase em aplicações e casos nacionais. Rio de Janeiro: Saraiva, 2008.
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CALCULANDO A INFLAÇÃO NOS
CUSTOS DA EMPRESA
APRESENTAR OS IMPACTOS DA INFLAÇÃO NOS CUSTOS DA EMPRESA EM DIFERENTES PERÍODOS.
AUTOR(A): PROF. ARMINDO APARECIDO EVANGELISTA
AUTOR(A): PROF. EDILBERTO PONCE BRACONI
INFLAçãO NOS CUSTOS DA EMPRESA
A inflação da empresa é a apuração da variação percentual média ponderada dos custos e despesas
da empresa de um período para outro.
A necessidade de um número que meça com rapidez as alterações nos custos e despesas da empresa é o que
fundamenta o calculo da inflação interna da empresa. Isso possibilita á empresa analises comparativas com
os diversos índices existentes medidores de inflação. Podendo ser calculados no período em que a empresa
julgar importante e necessário para as suasatividades, ou seja, mensalmente, bimestralmente,
trimestralmente, semestralmente, anualmente ou a qualquer outro período de medição.Vejamos um
exemplo de aplicabilidade do calculo da inflação interna da empresa Modelo S/A que produz dois produtos
homogêneos chamados aqui de Produto X1 e o outro de Produto X2, que possuem algumas diferenças em
seus pesos e tamanhos.
 
Suas estruturas e custos no mês de referencia julho 2013, são:
 
Itens por unidade: Produto X1 Produto X2
Materiais R$12,00 R$36,00
Mão de obra R$40,00 R$50,00
Outros custos R$10,00 R$12,00
Totais R$62,00 R$98,00
 
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Após o período de um ano, iremos fazer a medição da inflação interna da empresa, assim os índices de
inflação para cada um dos insumos (itens por unidade) são os seguintes: Materiais = 12,5%; Mão de obra =
5,5% e Outros custos = 2,0%.
Com os dados (itens por unidade) de julho de 2013 e os índices de inflação em julho de 2014 temos a tarefa
de calcular o novo valor de custo de cada um, ou seja, aplicar o índice em cada um dos itens:
 
PRODUTO X1
 
Produto X1
Custo em julho
2013
(a)
% de
inflação
Valor da
inflação
(b)
Custo corrigido em julho
2014
(a +b)
Materiais R$12,00 12,5% R$1,50
 
R$13,50
 
Mão de obra R$40,00 5,5% R$2,20
 
R$42,20
 
Outros
custos
R$10,00 2,0% R$0,20
 
R$10,20
 
Total R$62,00    
 
R$65,90
 
 
PRODUTO X2
 
Produto X2
Custo em julho
2013
(a)
% de
inflação
Valor da
inflação
(b)
 
Custo corrigido em julho
2014
(a +b)
 
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Materiais R$36,00 12,5% R$4,50
 
R$40,50
 
Mão de obra R$50,00 5,5% R$2,75
 
R$52,75
 
Outros
custos
R$12,00 2,0% R$0,24
 
R$12,24
 
Total R$98,00    
 
R$105,49
 
 
Agora com os valores de custos de cada um dos produtos em julho de 2013 e julho 2014, temos de
calcular a variação percentual de cada um deles, para isso usamos a seguinte fórmula matemática:
[(valor atual / valor anterior)-1]*100, ou seja, vamos aos números:
 
Produto X1 = [(R$65,90 / R$62,00)-1]*100 = 6,29%
Produto X2 = [(R$105,49 / R$98,00)-1]*100 = 7,64%
 
Após calcular a variação percentual da inflação de cada um dos produtos, precisamos juntar os
dados de previsão quantitativa dos produtos X1 e X2 a fim de calcular a média ponderar dos custos
e medir a inflação interna da empresa MODELO S/A. As mesmas somam 185.000 e 248.800
respectivamente.
 
Produtos: Quantidade MULTIPLICADA pelo custo
unitário em julho 2013
 
Quantidade MULTIPLICADA pelo custo
unitário em julho 2014
 
Produto
X1
185.000 X R$62,00 = R$11.470.000,00
185.000 X R$65,90 = R$12.191.500,00
 
Produto
X2
248.800 X R$98,00 = R$24.382.400,00
 
248.800 X R$105,49 = R$26.245,912,00
 
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TOTAL R$35.852.400,00
 
R$38.437.412,00
 
 
Agora com os valores de custos totais de cada um dos produtos em julho de 2013 e julho 2014,
temos de calcular a variação percentual e inflação da empresa no período, para isso também usamos
a seguinte fórmula matemática: [(valor atual / valor anterior)-1]*100, ou seja, vamos aos números:
 
Empresa Modelo S/A = [(R$38.437.412,00/ R$35.852.400,00)-1]*100 = 7,21%
 
Resumindo temos o produto X1 com uma inflação interna de 6,29% e o produto X2 com uma
inflação interna de 7,64% mas considerando a quantidade prevista de cada um dos produtos e
inserindo-as no calculo da variação percentual chegamos a uma inflação interna nos custos da
empresa Modelo S/A de 7,21% no período medido.
 
Uma forma interessante de analisar o resultado obtido pela empresa seria identificar o segmento
em que ela atua e compara-lo com o índice de inflação medido externamente pelas instituições
conhecidas (FGV, IBGE, FIPE, DIEESE), isso traria uma visão mais abrangente para os gestores.
Vale dizer que os índices apresentados pelas instituições conhecidas, quando positivos, são
inflação, mas quando aparecem negativos são chamados de deflação. Os cálculos a serem efetuados
internamente são os mesmos aplicados na empresa Modelo S/A.
ATIVIDADE
Considerando que a empresa BRIC trabalha com três produtos distintos
e que seus custos em maio de 20X4 foram: Produto (A) R$250,00;
Produto (B) R$390,00 e Produto (C) R$550,00. O gestor comercial
precisa saber quais são os custos atualizados em maio de 20X5, pois
pretende fazer algumas promoções para atingir suas metas. Sabe-se que
os índices de inflação medidos no mesmo período foram distintos para
cada produto, ou seja, Produto (A) inflação de 15,5%; Produto (B)
deflação 11,0% e Produto (C) inflação de 13,0%? Os custos em maio de
20X5 são respectivamente?
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A. R$288,75; R$432,90; R$621,50
B. R$38,75; R$42,90; R$71,50
C. R$288,75; R$390,00; R$621,50
D. R$250,00; R$390,00; R$550,00
E. R$288,75; R$347,10; R$621,50
REFERÊNCIA
PADOVEZE, Clóvis Luis. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. 7. ed –
São Paulo: Atlas, 2010.
VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval; GARCIA, Manoel Enriquez. Fundamentos de economia. 2. Ed –
São Paulo: Saraiva, 2004.
WERNKE, Rodney. Gestão Financeira: ênfase em aplicações e casos nacionais. Rio de Janeiro: Saraiva, 2008.
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ANALISE DOS RESULTADOS A
PARTIR DOS CUSTOS ORIGINAIS,
CORRIGIDOS E DE REPOSIÇÃO
IDENTIFICAR OS DIFERENTES RESULTADOS FINANCEIROS E GERENCIAIS COM A UTILIZAÇÃO DE
METODOLOGIAS DIFERENCIADAS QUE APOIAM A TOMADA DE DECISÃO.
AUTOR(A): PROF. ARMINDO APARECIDO EVANGELISTA
AUTOR(A): PROF. EDILBERTO PONCE BRACONI
O PROBLEMA DAS VARIAçõES DE PREçOS NUMA
OPERAçãO SIMPLES
Numa simples enunciação de uma operação de compra e venda de mercadorias ou de materiais,
com condições variáveis de preço, já se pode caracterizar dramaticamente a limitação da
contabilidade de custos originais, para finalidades informativas.
Suponha a seguinte situação simplificada: certa empresa, dispondo de um patrimônio líquido de
R$100.000,00, em 31 de dezembro de 20X0, inteiramente aplicado em numerário, adquire certa
mercadoria, a vista, por R$100.000,00. Nesta primeira data o índice geral de preços (escolhido como
melhor indicador das flutuações do poder aquisitivo da moeda) está no patamar de 100 (dado
hipotético).Em 31de março de 20X1, primeiro período de relatório, a mercadoria não foi vendida,
mas sabe-se que o mesmo índice geral de preços acusa agora o patamar de 107 e que, se
quiséssemos comprar a mercadoria agora, teríamos de gastar R$112.000,00.  Em 30 de junho de
20X1, 60% do lote físico da mercadoria foram vendidos a vista por R$105.000,00.  Sabe-se
que, nesta ultima data, o índice geral de preços está no patamar de 116 e que, se
quiséssemos repor os 100% do lote físico inicialmente adquirido, teríamos de gastar
R$125.000,00.
Você, como contador gerencial da empresa, está convidado a apresentar uma versão correta sobre
as variações efetivas, decorrentes das operações descritas, do patrimônio liquido da empresa,
provavelmente como ponto de referencia, você iniciaria sua analise utilizando os conceitos da
contabilidade tradicional.
08/11/2018 AVA UNINOVE
https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 2/8Custo Histórico (Original) é o valor original da transação, isto é, quanto custou à empresa
adquirir um determinado ativo ou quanto custaram os insumos contidos no ativo, se for
fabricado.
MARION (2011)
As características do Ativo consistem em seus métodos de avaliação, que na observância ao
princípio da continuidade e do registro pelo valor original para geração de benefícios futuros, onde
os mesmos são avaliados por algum tipo de custo que podem ser:
Custo histórico original:é o valor original da transação
Custo histórico corrigido: os custos históricos são corrigidos pela variação do poder aquisitivo
médio geral da moeda
Custo de Reposição: é a maneira onde se coloca o valor do ativo de um bem onde seu custo
original e reposto através de uma avaliação do seu custo em uma determinada data.
A interpretaçãoda contabilidade a custos originais
 
Receita de Vendas (1) R$105.000,00
(-) Custo das Mercadorias Vendidas (2) (R$60.000,00)
= Lucro Bruto (3) R$45.000,00
 
Desmembrando os valores:
(1) O valor da receita de vendas foi proveniente das vendas a vista mencionada no enunciado, assim não é
necessário nenhum calculo adicional para se obtiver esse valor.
(2) O valor do custo das mercadorias vendidas segue o custo original que foi gasto pela empresa, ou seja,
R$100.000,00. Desse montante foram vendidas 60% do lote fi sico, assim calculamos 60% desse valor para se
obter o valor do custo da mercadoria vendida.
(3) O valor do lucro bruto é resultante da diferença do valor da receita de vendas e o custo da mercadoria
vendida.
Observe que nessa apuração a contabilidade gerencial não teve esforço adicional pois simplesmente
trabalhou com as informações registradas na contabilidade financeira e não considerou nenhuma variação
ou flutuação de preços ocorridas externamente, ou seja nem o índice geral de preços e nem tampouco o
custo de mercado (de reposição), assim o relatório informacional não apoia a tomada de decisão de maneira
eficaz.
A interpretação da contabilidade a custos originais corrigidos pelas variações do poder aquisitivo médio da
moeda
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Custo Histórico Corrigido conserva, basicamente, todas as propriedades do custo
histórico somente que, periodicamente, os custos históricos são corrigidos pela variação
do poder aquisitivo médio geral da moeda, segundo algum índice geral de preços, como o
Índice Geral de Preços (IGP) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), ou o INPC (Índice
Nacional de Preços ao Consumidor) do IBGE, ou outros índices gerais que foram ou são
indexadores oficiais.
MARION (2011)
 
Receita de vendas= (1) R$105.000,00
(-) Custo das mercadorias vendidas (corrigido) (2) (R$69.600,00)
= Lucro Bruto (3) R$35.400,00
 
Desmembrando os valores:
(1) O valor da receita de vendas foi proveniente das vendas a vista mencionada no enunciado, assim não é
necessário nenhum calculo adicional para se obtiver esse valor.
(2) O valor do custo da mercadoria vendida precisa ser ajustado em função da variação do índice geral de
preços veja que no momento da aquisição das mercadorias (31 de dezembro de 20X0) o incide correspondia
hipoteticamente a 100 e no momento da venda (30 de junho de 20X1) esse índice chegou ao patamar de
116. Isso ocasiona um incremento de 16% por cento que precisa ser aplicado ao custo original, assim temos:
(R$60.000,00 * 1,16 = R$69.600,00), ou ainda, calculam-se somente os 16% de R$60.000,00 chegando ao
valor de R$9.600,00 e este deve ser somado ao custo original de R$60.000,00, totalizando também o valor
de R$69.600,00.
(3) O valor do lucro bruto é resultante da diferença do valor da receita de vendas e o custo da mercadoria
vendida (ao custo corrigido).
Observe que nesta interpretação o Lucro também é, ao mesmo tempo, bruto, operacional, realizado e
líquido, da mesma forma que no custo histórico. A única mudança foi ter admitido a variação do poder
aquisitivo da moeda e ter expressado os resultados numa moeda de poder aquisitivo da mesma data, isto é,
em 30 de junho de 20x1.
Nesse caso, aconteceu uma inflação no período, pois o valor de 30 de junho de 20X1 é maior que o valor de
31 de dezembro de 20X0. Se, por ventura, houvesse uma inversão e o valor de 30 de junho de 20X1 fosse
menor que o valor de 31 de dezembro de 20X0, a situação seria de deflação. A maneira de calcular não
sofreria alteração.
O Contador Gerencial ainda não se deu por satisfeito e especula agora sobre a possibilidade de levar em
conta de custos de mercado (reposição), desprezando a inflação.
A interpretação da contabilidade a custos de reposição
 
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Custo de Reposição pode ter várias conceituações, dependendo da data na qual pensamos
fazer a reposição de um ativo por outro em estado de novo.
MARION (2011)
Receita de vendas (1) R$105.000,00
(-) Custo das mercadorias vendidas (reposição) (2) (R$75.000,00)
= Lucro operacional (3) R$30.000,00
+ Ganho realizado de estocagem (4) R$15.000,00
= Lucro realizado (5) R$45.000,00
+ Ganho não realizado de estocagem (6) R$10.000,00
= Lucro líquido (7) R$55.000,00
 
Desmembrando os valores
(1) O valor da receita de vendas foi proveniente das vendas a vista mencionada no enunciado, assim não é
necessário nenhum calculo adicional para se obtiver esse valor.
 
(2) O valor do custo da mercadoria vendida ao custo de mercado (reposição), segundo as informações do
exercício, está estipulado em R$125.000,00 para se adquirir 100% do lote físico, como é sabido que
vendemos 60% do lote então podemos simplesmente aplicar 60% em cima desse valor total e apurar assim o
custo da mercadoria vendida ao custo de mercado (reposição), vejamos R$125.000,00 multiplicado por 60%
é igual a R$75.000,00. Outra forma de apurar esse valor seria a seguinte: o custo total de aquisição em 31 de
dezembro de 20X0 foi R$100.000,00 e o custo total de aquisição (se fosse adquirir 100% do lote físico) em
30 de junho de 20X1 seria R$125.000,00. Isso acarreta uma variação percentual de 25%, assim ao aplicar
essa variação no custo de mercadoria vendida (custo original) de R$60.000,00 chega-se ao valor total de
R$75.000,00.
 
(3) O valor do lucro operacional é resultante da diferença do valor da receita de vendas e o custo da
mercadoria vendida (ao custo de reposição). Representa em muitos casos, um indicador melhor para
avaliação de desempenho de gerentes e empresas do que o lucro bruto no conceito histórico. Representa
excesso de do valor corrente de vendas sobre o custo dos fatores, a preços correntes de reposição. Alem do
mais, não inclui a parte do lucro realizada por ter a mercadoria subida de preço entre a data da aquisição e
a data da venda.
 
(4) Para se apurar o ganho realizado, deve-se calcular a diferença entre o custo total ao custo de reposição e
o custo total ao custo original. Dessa diferença aplica-se o percentual de venda do lote físico, veja o calculo:
 
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Custo total ao custo de reposição R$125.000,00
(-) Custo total ao custo original (R$100.000,00)
= Diferença de valores R$25.000,00
Percentual de venda do lote físico 60%
Valor do ganho realizado em estocagem R$15.000,00
 
Esse ganho realizado de estocagem, mais propriamente denominado “economia de custo realizada” é o
lucro legitimo, realizado pela venda, e representa quanto lucramos por termos adquirido as mercadorias em
31de dezembro de 20X0, em lugar de 30 de junho de 20x1.
Como você pode observar o lucro realizado coincide com o lucro bruto total da demonstração a custos
originais,entretanto no conceito de custo original o lucrooperacional e ganho de estocagem estão
unificados (englobados) e no conceito de custo de reposição separa-se a componente operacional e de
estocagem.
 
(5) O valor do lucro realizado é resultante da somatória do valor do lucro operacional com o valor do ganho
realizado em estocagem.
 
(6) Para se apurar o ganho não realizado, deve-se calcular a diferença entre o custo total ao custo de
reposição e o custo total ao custo original. Dessa diferença aplica-se o percentual do lote físico
remanescente nos estoques, ou seja, aquele que não foi vendido veja o calculo:
 
Custo total ao custo de reposição R$125.000,00
(-) Custo total ao custo original (R$100.000,00)
= Diferença de valores R$25.000,00
Percentual do lote físico permanecido em estoque 40%
Valor do ganho realizado em estocagem R$10.000,00
 
(7) O valor do lucro líquido é resultante da somatória do valor do lucro realizado com o valor do ganho não
realizado em estocagem.
ATIVIDADE
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Determinada empresa, após a sua constituição, utiliza todo o capital,
integralizado em dinheiro, na aquisição de 1.400 unidades de
mercadorias para revenda a R$35,00por unidade em 31 de dezembro de
20X4. Em dezembro de 20X5, foram vendidas 1.120 unidades a R$55,00
por unidade. Nesta ocasião, o custo de reposição dos estoques era de
R$40,00. Pede-se para calcular e responder qual é o resultado contábil
da empresa a custos corrigidos, considerando que a inflação do período
tenha sido de 18%. 
A. R$61.600,00 
B. R$49.000,00 
C. R$39.200,00 
D. R$22.400,00 
E. R$15.344,00 
REFERÊNCIA
IUDICIBUS, Sérgio de. Contabilidade gerencial. 6.ed – 11.reimpr. – São Paulo: Atlas, 2008.
MARION, José Carlos; Osni Moura Ribeiro. Introdução à contabilidade gerencial. São Paulo: Saraiva, 2011.
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ESTRUTURA DE CAPITAL DA
EMPRESA
ATENTAR PARA O ASPECTO DE QUE A FORMAÇÃO DA ESTRUTURA DE CAPITAL DA EMPRESA É UM DOS
PONTOS RELEVANTES NA TOMADA DE DECISÃO GERENCIAL.
AUTOR(A): PROF. ARMINDO APARECIDO EVANGELISTA
AUTOR(A): PROF. EDILBERTO PONCE BRACONI
Estrutura de Capital da Empresa
A estrutura de capital é uma das áreas mais complexas da tomada de decisões financeiras por causa da sua
interação com outras variáveis de decisão em finanças. Decisões equivocadas de estrutura de capital podem
resultar em um caso de capital elevado, reduzindo, assim o Valor Presente Líquido (VPL) dos projetos e
fazendo com que um número maior deles seja inaceitável.
 
Decisões eficazes quanto á estrutura de capital podem reduzir o custo de capital, resultando em VPL
maiores e mais projetos aceitáveis, e com isso, aumentar o valor da empresa.A estrutura de capital é a
composição das fontes de financiamentos da empresa e podem ter origem externa (capital de terceiros ou
passivo exigível) e interna (capital próprio ou patrimônio líquido).
 
Na estrutura do capital não se consideram como fontes de capital os passivos normais decorrentes do
financiamento dos custos das operações da empresa, tais como: fornecedores, contas a pagar, salários e
encargos sociais, tributos a recolher e adiantamentos de clientes. Esses são denominados passivos de
funcionamento, pois não são remunerados explicitamente com juros e os seus prazos de pagamento
existem para dar operacionalidade de rotina de pagamentos.
 
Os passivos remunerados com juros, que fazem parte do conceito de estrutura de capital, são denominados
passivos de financiamento.
Estrutura do capital como opção
 
Para determinação da estrutura de capital existe um grau de liberdade tanto nas decisões iniciais de
financiamento dos investimentos, como posteriormente, quando, em um conjunto normal de condições
empresariais, há sempre possibilidades de se refazer o perfil da divida, tanto em termos de participações
percentuais como de prazos de amortização e taxas de juros.Principais parâmetros norteadores da estrutura
de capital:
Grau de aversão ao risco;
Dilema liquidez versus rentabilidade; MATEMÁTICA FINAN… 2
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GITMAN, 2010
Mensuração do endividamento.
Grau de aversão ao risco
As empresas são de propriedade das pessoas e administradas por pessoas que tem comportamentos
específicos, que refletem nas varias atividades empresariais dentro dos diversos modelos decisórios. Talvez
seja no modelo decisório de financiamento que as variáveis comportamentais ou os elementos culturais,
crenças e valores estejam mais presentes.
O risco pode ser definido como probabilidade de perda em relação a resultados esperados. Uma decisão
inadequada de financiamento pode afetar enormemente outras decisões anteriores de investimentos.
Assim, as pessoas têm posturas diferentes em relação aos riscos decorrentes dos negócios.
Recursos que apresentam maior chance de perda são considerados mais arriscados do que os que trazem
uma chance menor.
Em termos mais formais, risco é usado de forma intercambiável com incerteza em referencia à variabilidade
dos retornos associados a um determinado recurso.No caso da decisão de financiamento, o risco em questão
é o financeiro, que se refere à possibilidade de empresa não resultados positivos operacionais suficientes
para honrar seus compromissos de pagamentos das dividas assumidas e seus encargos de juros.
O grau de aversão ao risco indica como a empresa vê o risco financeiro, que é evidenciado na sua estrutura
de capital.
Quanto mais ela se vale de fontes externas de capital, menos aversão ao risco ela tem. A empresa que se
vale mais de fontes dos seus acionistas evidencia maior aversão ao risco financeiro. Também dizemos que
as empresas com menor grau de aversão ao risco financeiro são mais arrojadas na sua estrutura de capital e
as com maior grau são consideradas financeiramente conservadoras.
Dilema da liquidez versus rentabilidade
A busca de uma estrutura ótima de capital parte do pressuposto de que é possível ter lucros maiores quando
se obtém a maior quantidade de fontes baratas de capital.
O custo das fontes de capital são os juros e qualquer outra remuneração que se pague aos detentores e
cedentes de capital.
Quanto menor o custo das fontes de capital, maior lucro a empresa poderá conseguir.
Nesse pressuposto, há uma ideia inicial de se buscar a maior quantidade de fontes externas de capital,
desde que a um custo menor, que as fontes dos acionistas.
Entretanto, a empresa pode não conseguir os resultados esperados, em função de outros riscos existentes e
perder parcial ou totalmente, temporária ou definitivamente a condição de honrar o pagamento das
parcelas dos juros e das amortizações do principal.
Denominamos de liquidez a condição que a empresa tem de honrar todos os seus compromissos
financeiros.
Quanto maior ela for, mais segurança financeira a empresa terá.
Denominamos iliquidez quando a empresa apresenta sem condições de honrar seus compromissos
financeiros. Portanto, na busca da maior rentabilidade através do uso intensivo de fontes externas de
capital, a empresa pode se ver, no horizonte futuro, às voltas com a possibilidade de perda parcial ou total
“em sua acepção mais simples, o risco é a chance de perda financeira”.
MATEMÁTICA FINAN… 2
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Risco financeiro – a possibilidade de que a empresa não seja capaz de fazer frente a suas
obrigações. Seu nível é determinado pela previsibilidadedos fluxos de caixa operacionais
da empresa e por obrigações financeiras de custo fixo.
GITMAN, 2010
de liquidez.
Este dilema, não facilmente solúvel, é denominado de dilema liquidez versus rentabilidade.
Esta é uma das gestões prioritárias da área financeira e gerencial das empresas.
Capital Próprio e Capital de Terceiros
A visão tradicional de finanças (denominada abordagem ortodoxa) encara os fornecedores de fontes
externas de capital (financiamentos e debêntures) como capital de terceiros, ou seja, seus detentores não
fazem parte da gestão da empresa.
O valor das fontes dos acionistas, considerados fornecedores internos de capital, é denominada de capital
próprio.
Em nosso país, enquadram-se os acionistas preferenciais e ordinários. Na literatura norte-americana , as
ações preferenciais são consideradas como capital de terceiros.
A separação entre capital próprio e capital de terceiros decorre de dois fundamentos:
1. Aspecto jurídico – legalmente os acionistas é que assumem os riscos e as
responsabilidades finais pelo empreendimento quando de sua eventual
liquidação.
2. Tipo de remuneração – as fontes de capital de terceiros devem ser
remuneradas de acordo com os termos contratuais, através dos juros ou
prêmios, independentemente de a empresa ter tido ou não lucro suficiente
para tanto; são considerados como renda fixa. Já as fontes de capital próprio
são remuneradas pelo lucro residual, após o pagamento dos juros aos
financiadores externos. No caso da inexistência dos lucros residuais
(prejuízo), os acionistas não terão lucros para serem distribuídos. Os lucros
que lhe são pagos são denominados de dividendos ou lucros distribuídos e
considerados como renda variável por serem lucros residuais.
Grau de endividamento e risco financeiro
A separação das fontes de capital em capital próprio e capital de terceiros decorre então, do fato de que a
empresa, através de seus acionistas, é responsável final do empreendimento, e que os financiadores
externos (bancos e debenturistas) devem receber os juros independentemente da existência ou não do
lucro.
Denomina-se risco financeiro a possibilidade de a empresa não se responsabilizar, temporária ou
definitivamente, pelos pagamentos das parcelas do principal e dos juros contratados.
Portanto, os financiadores externos tem um risco de não receber em devolução o capital emprestado e seus
juros, este é o risco financeiro da empresa.
Os financiadores externos adotam como referencia básica para medir o risco financeiro de cada empresa,
alem do potencial de geração operacional de lucros, o grau de endividamento atual e futuro, o grau de
endividamento é a relação percentual entre o total das fontes de capital de terceiros em relação ao total das
MATEMÁTICA FINAN… 2
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A alavancagem resulta do uso de ativos ou fundos a custo fixo para multiplicar os
retornos aos proprietários da empresa.
fontes de capital próprio.
Veja bem que o Grau de Endividamento é igual a soma do Capital de terceiros dividido pela soma do Capital
Próprio.
Assim, quanto maior o grau de endividamento, maior será o risco financeiro da empresa, pois há maior
utilização do capital de terceiros.
Como o capital de terceiros exige uma remuneração fixa, quanto mais empréstimos e debêntures existirem
na empresa, maiores serão os comprometimentos financeiros no fluxo de caixa. os financiadores externos
sempre estarão atentos a empresas com elevado grau de endividamento, pois, em caso de lucros futuros
menores que os esperados, a possibilidade de inadimplência dos compromisso financeiros aumenta.
O grau de endividamento também mostra uma relação de garantia.
Evidencia qual proporção do negocio os acionistas estão financiando em relação ao capital de terceiros.
Quanto mais investem no próprio negócio, mais indicações há de confiança no empreendimento e de que
eles dispostos a assumir os riscos operacionais, evidenciando aos donos do capital de terceiros uma
garantia adicional.
Exemplo de grau de endividamento:
Fontes de capital Estrutura A1 Estrutura B1 Estrutura C1
Capital próprio (A) R$1.000.000 R$500.000 R$250.000
Capital de terceiros (B) zero R$500.000 R$750.000
Total das fontes (A + B) R$1.000.000 R$1.000.000 R$1.000.000
Grau de endividamento (B / A) Nulo 1,0 3,0
 
A estrutura A1 é de uma empresa que não se utiliza de capital de terceiros e, portanto, o grau de
endividamento é zero, bem como seu risco financeiro. É também denominada de estrutura
financeira não alavancada, absolutamente conservadora.
A estrutura B1 mostra uma relação de 1 para 1, ou seja, para cada unidade monetária de capital de
terceiros os acionistas também participam da estrutura financeira em montante igual. Logo, o
endividamento é igual a 1.
A estrutura C1 mostra uma empresa com pouco grau de aversão ao risco e uso intensivo de capital
de terceiros, com grau de endividamento igual a 3, pode ser considerada uma estrutura arrojada
financeiramente.
ALAVANCAGEM FINANCEIRA
De modo geral, aumentá-lo resulta em maior retorno e risco, ao passo de reduzi-la, diminui ambos.
MATEMÁTICA FINAN… 2
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GITMAN, 2010
O volume de alavancagem na estrutura de capital da empresa – o mix de divida de longo prazo e capital
próprio que ela mantém – pode afetar seu valor de maneira significativa ao afetar o retorno e o risco, ao
contrario de algumas fontes de risco, a administração tem controle quase total sobre o risco introduzido
pelo uso da alavancagem, em virtude de seu efeito sobre o valor, o administrador financeiro deve saber
como medir e avalia-la, especialmente ao tomar decisões referentes a estrutura de capital.
Especificamente, a alavancagem financeira significa a possibilidade de os acionistas da empresa obterem
maiores lucros para suas ações com o uso mais intensivo de capital de terceiros, ou seja, empréstimos.
O fundamento da alavancagem financeira é que os juros são custos fixos e, portanto permitem o fenômeno
alavancagem.
É fato que no dilema risco versus retorno, a alavancagem baseado em custos fixos, tem a sua contrapartida
negativa, que é o risco.
Assim a alavancagem financeira traz também o risco financeiro.
O fato de os juros serem um custo fixo permite duas possibilidades de alavancagem financeira, a primeira
decorre da obtenção de custos de financiamentos das fontes externas em percentual inferior à rentabilidade
oferecida pelos ativos da empresa.
A segunda alavancagem decorre da natural possibilidade de as empresas aumentarem seu nível de
atividade, com vendas e lucros operacionais maiores, e alavancando rentabilidade para os acionistas por
manterem fixos os valores pagos ao capital de terceiros.
A alavancagem financeira decorrente do aumento do volume é similar à alavancagem operacional e dentro
de expectativas de volumes maiores esperados, pode até permitir aceitar taxas de juros maiores, daquelas
admissíveis dentro de volumes menores de atividade de vendas.
ATIVIDADE
Com base nas contas do balanço patrimonial da Cia. Sempre Verde qual
é o grau de endividamento no período?
Capital Social R$ 10.000,00; Duplicatas a pagar (ELP) R$ 35.000,00;
Empréstimos e financiamentos R$ 13.000,00; Fornecedores R$
20.000,00; Obrigações tributárias R$ 28.820,00; Reservas R$ 93.000,00.
A. 46,6%
B. 47,4%
C. 94,0%
D. 111,0%
E. 114,6%
REFERÊNCIA
GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.MATEMÁTICA FINAN… 2
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PADOVEZE, Clóvis Luis. Controladoria estratégica e operacional: conceitos, estrutura, aplicação. São Paulo:
Pioneira Thomson, 2003.WERNKE, Rodney. Gestão Financeira: ênfase em aplicações e casos nacionais. Rio de Janeiro: Saraiva, 2008.
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MATEMÁTICA FINAN… 2
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MATEMÁTICA FINAN… 2
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CUSTO DE CAPITAL DA EMPRESA
DEMONSTRAR O CÁLCULO DO CUSTO DO CAPITAL DA EMPRESA, BEM COMO O CUSTO DO CAPITAL DE
TERCEIROS E O CUSTO DO CAPITAL PRÓPRIO.
AUTOR(A): PROF. ARMINDO APARECIDO EVANGELISTA
AUTOR(A): PROF. EDILBERTO PONCE BRACONI
Custo do Capital
Nas decisões de investimento e financiamento é importante entender o significado da expressão “custo do
capital” que representa o retorno que os investidores e fornecedores de capital exigem por destinarem
recursos a um determinado empreendimento ou empresa.
O custo de capital pode ser dividido em:
Custo do capital de terceiros: representa o custo de captação de recursos que a empresa se sujeita a pagar
na compra de dinheiro em instituições financeiras e, geralmente, essa taxa de juros está definida nos
contratos firmados com os bancos para essa finalidade.
Custo do capital próprio: equivale ao retorno mínimo que o investidor deseja obter por aplicar capital na
empresa por prazo indeterminado.
Convém salientar que, nos dois casos, o valor a ser considerado numa analise financeira deve priorizar o
custo de capital após o imposto de renda, já que na maioria das vezes a empresa pode deduzir o valor pago
na captação de recursos quando da apuração da base de calculo desse tributo.
Por outro lado, com base na representatividade de cada fonte de recursos (capital de terceiros e capital
próprio) utilizada no financiamento de curto e longo prazo da empresa, calcula-se o “Custo Médio
Ponderado de Capital” (CMPC).
Ou seja, apura-se uma média ponderada dos custos de captação das distintas origens do capital investido
na empresa.
O CMPC pode ser entendido como o custo de capital que o administrador financeiro deve considerar quando
das decisões de financiamento e investimento da empresa.
Admita-se que uma empresa tem a estrutura de capital:
 
PASSIVO Valor em R$ % do Total
Financiamento bancário R$100.000.00 20,0%
PATRIMONIO LÍQUIDO    
Capital social R$400.000,00 80,0%
TOTAL DAS FONTES DE RECURSOS R$500.000,00 100,0%
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E que custo do único financiamento bancário é de 10,0% ao ano, enquanto os investidores desejam uma
taxa de retorno anual de 15,0%.
Neste caso, o CMPC é de 14,0% ao ano, obtido pela seguinte equação:
[(20,0% X 10,0% ao ano) + (80,0% X 15,0% ao ano)].  *
 
*desconsiderando os efeitos tributários
Com isso, os novos investimentos que a empresa cogita realizar devem propiciar retorno superior ao CMPC
para se justificarem.
Sob o mesmo raciocínio, as novas captações de recursos devem ter custo máximo limitado ao CMPC para
não prejudicarem a rentabilidade final do negócio.
Determinação do custo de capital
O custo de capital serve como um indicador de retorno mínimo a ser gerado para remunerar credores e
acionistas.
Para agregar valor o retorno da empresa deve superar o custo de capital, ou seja, remunerar os proprietários
das fontes de recursos (externos e internos) no valor exigido, e ainda fornecer um excedente que se
constitui no valor econômico agregado.
Conforme a formação da estrutura de capital, sendo composta por capital próprio e de terceiros, deve-se
apurar o custo de cada uma dessas fontes de financiamento.
A abordagem tradicional centra-se na questão de minimizar o custo médio de capital da empresa que
podemos denominado com (Ko), assim, define o valor da empresa como o valor de mercado de suas fontes
de capital, ou seja, o valor dos empréstimos, financiamentos e ações.
Define-se (Ki) como o custo de alavancagem ou custo de empréstimos e de financiamentos e ainda, define-
se (Ke) como o custo das ações ou o custo exigido pelos acionistas.
O valor dos acionistas é o lucro após os juros, portanto, temos as seguintes equações para trabalhar a
estrutura e custo de capital da empresa:
(Ki) = custo anual dos juros / valor de mercado das dividas (capital de terceiros)
 
(Ke) = lucro disponível aos acionistas (lucro operacional depois dos juros) / valor de mercado do
patrimônio liquido (capital próprio)
 
(Ko) = lucro operacional / valor de mercado da empresa (capital de terceiros + capital próprio)
 
(Ve) Valor da empresa = Capital de terceiros + capital próprio
 
 
EXEMPLO 1
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Uma empresa tem a seguinte carteira de empréstimos:
Empréstimos I – R$10.000 a 11% a.a.
Empréstimos II– R$20.000 a 10 a.a.
Empréstimos III- R$20.000 a 9% a.a.
O lucro operacional (antes dos juros) está estimado em R$15.400 e o valor da empresa em
R$120.000.
Vamos calcular:
1. o custo médio de capital de terceiros (ki);
2. o custo médio de capital dos acionistas (ke);
3. o custo médio de capital da empresa (ko).
 
Custo médio ponderado de capital de terceiros
Primeiro calcula-se separadamente cada um dos valores de empréstimo aplicando a sua respectiva taxa de
juros, ou seja:
Empréstimos I – R$10.000 a 11% aa = R$1.100
Empréstimos II– R$20.000 a 10% aa = R$2.000
Empréstimos III- R$20.000 a 9% aa = R$1.800
Em seguida somam-se os valores das taxas calculadas, nesse caso (R$1.100 + R$2.000 + R$1.800) = R$4.900
e divide-se esse montante de taxa de juros pelo montante do valor total de empréstimos, nesse caso
(R$10.000 + R$20.000 + R$20.000) = R$50.000.
Aplicando a fórmula obtém-se: Ki = R$4.900 / R$50.000 = 9,8% aa
 
Custo médio de capital dos acionistas
Como o exemplo menciona que o valor da empresa é de R$120.000, retiramos desse montante o valor de
capital de terceiros que é R$50.000 e o restante podemos considera-lo todo como o valor do capital dos
acionistas, ou seja, R$70.000.
Continuamos o com o calculo do lucro disponível aos sócios, que é proveniente do lucro operacional
deduzindo-se o custo anual dos juros de terceiros, ou seja:
Lucro operacional R$15.400 (-) Custo dos juros (R$4.900) = Lucro para os acionistas R$10.500
Assim, aplicando a fórmula obtém-se: Ke = R$10.500 / R$70.000 = 15,0% aa
 
Custo médio de capital da empresa
O CMPC (custo médio ponderado de capital) considera todos os valores já conhecidos nessa fase, ou seja, o
valor do custo anual dos juros (de terceiros) o valor do lucro disponível para os sócios (próprio), o valor do
capital de terceiros e o valor do capital próprio.
Ou seja, (R$4.900 + R$10.500) = R$15.400 e (R$50.000 + R$70.00) = R$120.000.
Assim, aplicando a fórmula obtém-se: Ko = R$15.400 / R$120.000 = 12,83% aa
EXEMPLO 2
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Outra empresa tem um ativo de R$20.000 e um giro de ativo na ordem de 2,2 vezes.
Os acionistas possuem 40% do capital total da empresa.
Sabe-se que a margem operacional é de 6,5% (antes dos juros).
O custo médio de capital de terceiros (ki) é de 18%.
Vamos calcular as seguintes situações isoladamente, assim podemos criar resultados distintos em cenários
diferentes:
 
Situação 1) Calcular ke e ko.
Situação 2) Qual seria o valor da empresa se os acionistas desejassem um custo de capital de 14% aa?
Situação 3) Qual poderia ser o custo de capital de terceiros para manter o valor da empresa em R$20.000 e
o custo de capital de 14% para os acionistas?
 
Resolução situação1:
Resoluções como esta devem sempre ter um ponto de partida, ou seja,o marco zero, assim pode-se voltar a
fórmula do (Ke) = lucro disponível aos acionistas (lucro operacional depois dos juros) / valor de mercado do
patrimônio liquido (capital próprio) e encontrar o numerador e depois o denominador.
Para determinar o valor do lucro operacional começamos com a utilização da fórmula (giro do ativo X valor
do ativo), logo temos 2,2 X R$20.000 = R$44.000 que é o valor das vendas ou receita de vendas.
Em seguida aplica-se a fórmula (receita de vendas X margem operacional) para apurar-se o valor do Lucro
Operacional (antes dos juros), vejamos: R$44.000 X 6,5% = R$2.860.
Outra informação recebida é de que o ativo da empresa soma R$20.000, assim por dedução e certeza
dizemos que o montante de passivo da empresa também soma os mesmos R$20.000.
Os acionistas possuem 40% do capital, logo a divisão do capital fica em 40% para os acionistas e 60% para
capital de terceiros. Ou seja, R$20.000 X 40% = R$8.000 de capital próprio e R$20.00 X 60% = R$12.000 de
capital de terceiros R$12.000.
A informação do custo anual do capital de terceiros também foi dada, retrabalhando a fórmula obtém-se: Ki
= R$12.000 X 18% = R$2.160 (custo anual dos juros).
Agora temos as informações para calcular o valor do lucro disponível para os acionistas, ou seja, o lucro
operacional de R$2.860 (-) custo anual dos juros (R$2.160) = lucro para os acionistas R$700.
Assim, aplicando a fórmula obtém-se: Ke = R$700 / R$8.000 = 8,75% a.a. que representa o percentual de
retorno oferecido aos acionistas.
O custo médio ponderado de capital (CMPC) aplicando-se a fórmula obtém: Ko = R$2.860 / R$20.000 =
14,3% a.a.
 
Resolução situação2:
Relembrando a situação é: Qual seria o valor da empresa se os acionistas desejassem um custo de capital de
14% a.a.?
Como já foi definido que o valor de lucro disponível aos acionistas soma R$700, ele deve representar 14,0%,
assim usamos a famosa regra de três onde dividimos esse valor pela porcentagem que ele representa e
chegamos ao valor de R$700 / 0,14 = R$5.000.
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O novo valor da empresa deve considerar o valor de capital de terceiros que é R$12.000 e somar o novo
capital de acionistas (calculado) de R$5.000, assim a resposta assertiva é Novo Valor da empresa de
R$17.000.
 
Resolução situação3:
Relembrando a situação é: Valor da empresa volta para R$20.000 com custo (retorno) de capital dos
acionistas de 14% a.a.
Os acionistas possuem 40% do capital, logo a divisão do capital fica em 40% para os acionistas e 60% para
capital de terceiros.
Ou seja, R$20.000 X 40% = R$8.000 de capital próprio e R$20.00 X 60% = R$12.000 de capital de terceiros
R$12.000.
Como o lucro esperado (retorno) para os acionistas é de 14% a.a. aplicamos esse percentual sobre o capital
próprio e chegamos ao valor de (R$8.000 X 0,14 = R$1.120), logo esse é o novo valor disponível para os
acionistas.
Sabemos que o lucro operacional da empresa é de R$2.860 e assim deduzimos o lucro esperado pelos
acionistas que é R$1.120 e chegamos ao custo de juros de terceiros R$1.740 (que é o valor máximo), agora é
só aplicar a fórmula de Ki = R$1.740 / R$12.000 = 14,5% a.a.
Observe que mantendo o valor do lucro operacional e aumentando o percentual de retorno dos sócios
reduz-se o custo anual dos juros de terceiros, o contrario também acontece, assim o contador gerencial ou
gestor financeiro precisa encontrar os patamares aceitáveis para a sua empresa e isso deve fazer parte do
plano estratégico.
ATIVIDADE
Se a empresa Albuquerque está sendo financiada por três credores:
Credor 1 – R$10.000,00 a taxa de 8,5% aa;
Credor 2 – R$15.000,00 a taxa de 9,6% aa;
Credor 3 – R$12.000,00 a taxa de 13,0 aa.
Pergunta-se: Qual é o percentual do custo médio anual de juros sobre o
capital de terceiros?
A. 31,10%
B. 10,37%
C. 11,2%
D. 10,40%
E. 11,47%
REFERÊNCIA
GITMAN, Lawrence J. Princípios da administração financeira. São Paulo: Pearson Pratice Hall, 2010.
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MACHADO, Julio Henrique. Custo de capital ponderado a valor de Mercado: análise de sua influencia na
determinação do valor econômico agregado. Revista brasileira de contabilidade. Brasília, v. XXXVIII. Nº 175.
p.71-81, jan-fev. 2009.
PADOVEZE, Clóvis Luis. Controladoria estratégica e operacional: conceitos, estrutura e aplicação. São
Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003.
WERNKE, Rodney. Gestão Financeira: ênfase em aplicações e casos nacionais. Rio de Janeiro: Saraiva, 2008.
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Retorno Sobre Investimentos (RSI) ou
Return On Investments (ROI)
FORNECER UM INDICADOR DE ANALISE DA PERFORMANCE DOS INVESTIMENTOS EMPRESARIAIS,
COMBINANDO FATORES DE LUCRATIVIDADE (RECEITAS, CUSTOS E INVESTIMENTOS)
TRANSFORMANDO-OS EM UMA TAXA PERCENTUAL E COMPARANDO-OS INTERNA E EXTERNAMENTE
AO AMBIENTE DA EMPRESA.
AUTOR(A): PROF. ARMINDO APARECIDO EVANGELISTA
AUTOR(A): PROF. EDILBERTO PONCE BRACONI
Introdução
A escassez de recursos, notadamente os financeiros, enseja que os gestores se preocupem em avaliar a
aplicação do montante de capital disponível para investimento na empresa, quer seja proveniente de
capital próprio ou obtido junto a terceiros.
E, independentemente da origem dos recursos, estes somente estarão à disposição dos administradores
mediante um custo de captação associado. Como é notório, os detentores de capital que financiam as
atividades da empresa são remunerados, em geral, pelas taxas de juros vigentes no mercado financeiro.
Por outro lado, os investidores empregam suas economias em determinado empreendimento com a
intenção de obter um retorno superior ao que conseguiriam em aplicações financeiras ou outra
oportunidade de investimento que eles possuem.Assim, como dispor de capital para utilizar na empresa
implica dispêndio de valores para remunerar os financiadores e investidores, cabe que esses recursos sejam
aplicados em ativos da forma mais otimizada possível.
Com isso, espera-se que propiciem a geração de resultados suficientes para ressarcir as fontes de
financiamento e, ainda, proporcionar lucros para reinvestimento na organização.
Neste sentido, para averiguar se os ativos estão sendo adequadamente empregados em termos de
maximizar o desempenho deles, os gestores financeiros devem preocupar-se em mensurar a produtividade
destes ativos.
PRODUTIVIDADE DE ATIVOS
O ambiente empresarial moderno caracteriza-se pela forte cobrança de resultados, exigindo
medidas gerenciais que proporcionem a maximização do retorno do capital disponibilizado pelos
investidores à companhia.
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Geralmente, o lucro conseguido num período é o parâmetro de avaliação da performance empresarial de
maior visibilidade, entretanto, analisar o desempenho da companhia apenas com base no lucro liquido pode
prejudicar a interpretação ao não refletir se o resultado gerado no período foi condizente, ou não, com o
potencial econômico da companhia.
Ou seja, o raciocínio – de que o desempenho da empresa deve ser reconhecido com ênfase no lucro, sem
considerar os ativos empregados para gera-los, é um principio inadequado de controle, especialmente nas
empresas que atual em setores de uso intensivo de ativos (alta tecnologia, química, metalurgia,
transportadoras e bens de consumo).
Seguindo essa linha de pensamento, todos os administradores deempresas com finalidades lucrativas
deveriam se preocupar com o aumento da rentabilidade do capital investido nos ativos da organização e
não apenas com o lucro gerado no período. Isso porque a produtividade dos ativos possibilita identificar a
eficácia com o qual os gestores da organização transformam os investimentos efetuados nos ativos em
receitas operacionais e lucros.
VEJAMOS OS EXEMPLOS A SEGUIR:
Duas empresas que atuam no mesmo mercado (portanto, de risco assemelhado) obtiverem lucro de
R$100.000,00 em um determinado período, esse resultado não pode ser considerado satisfatório
para ambas se o montante investido nelas for muito diferente.
Ou seja, se a empresa AA utilizou ativos na ordem de R$1.000.000,00 e a empresa BB exigiu
investimentos de apenas R$500.000,00, a produtividade dos ativos da empresa AA é
significativamente menor que aquela conseguida pela empresa BB.
A consideração do colume de recursos destinados ao ativo de cada empresa é imprescindível para se
realizar uma avaliação de desempenho consistente, pois, quanto mais recurso financeiro for
investido numa empresa, maior deve ser o lucro gerado por ela.
Retorno Sobre Investimentos (RSI) ou Return On Investments (ROI)
O indicador conhecido como “retorno sobre investimentos” é um dos instrumentos mais difundidos
relativamente à analise da performance dos investimentos empresariais.
O interesse por este indicador deve-se ao fato de que este combina fatores de lucratividade (como receitas,
custos, despesas e investimentos) e os transforma em uma taxa percentual. Por isso, possibilita que este
parâmetro seja comparado com a taxa de retorno de outros investimentos, internos ou externos à
companhia.
Existem divergências sobre os fatores que devem ser considerados numerador e denominador na formula de
calculo deste indicador financeiro.
Algumas empresas usam o lucro operacional como numerador e outras empresas usam o lucro liquido.
Algumas empresas usam o ativo total no denominador, outras usam o ativo total deduzindo o valor do
passivo corrente.
Mas a versão mais difundida sobre o calculo do ROI é obtida com a versão entre o numerador “resultado
operacional” e o denominador “valor do investimento”.
Ou seja,
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RSI
=
lucro operacional (antes do imposto de renda e
contribuição social)
/
investimentos (passivo oneroso +
patrimônio liquido)
 
No que tange ao fator “investimentos”, este equivale ao montante de capital voluntariamente obtido de
terceiros e dos acionistas (sócios) para aplicação nas atividades da empresa.
Assim, o valor a considerar como investimento é constituído pelos recursos captados de terceiros (PC +
ELP) de forma onerosa (como empréstimos e financiamentos) e os recursos próprios aplicados pelos
proprietários, que são contabilizados no patrimônio liquido.
O motivo de computar apenas esses valores que possuem um custo de captação associado reside no fato que
representam os recursos aplicados na empresa pelos investidores (acionistas ou sócios), bem como por
terceiros (bancos e instituições financeiras).
Ao contrario, os demais passivos que estão disponíveis costumeiramente de forma não onerosa (também
chamados de passivos de funcionamento) não são recursos efetivamente investidos na empresa por seus
credores e acionistas, mesmo que sejam necessários ao funcionamento da organização (como salários,
encargos sociais e as dividas perante os fornecedores de insumos ou de serviços públicos).
FATORES EMPREGADOS NA EQUAçãO QUE
DETERMINA O ROI
Em razão dos fatores empregados na equação que determina o ROI, é possível concluir que o
desempenho desse indicador melhorará se a empresa conseguir:
a) Aumentar o valor do lucro operacional – para essa finalidade devem ser implementadas
iniciativas visando redução de custos e despesas, aumento da produtividade dos funcionários e
equipamentos, diminuição da capacidade ociosa, entre outras medidas de redução de custos e
despesas e ainda uma possível melhora no nível de receitas operacionais.
b) Reduzir o valor do investimento (passivo oneroso + patrimônio liquido) – com esse objetivo são
cabíveis medidas que reduzam a necessidade de captação de recursos de forma onerosa – que
diminuam o valor do ativo total e aumentem o passivo de funcionamento.
Uma outra forma de calcular o ROI seria multiplicar a margem de lucro pelo giro do ativo, ou seja.
ROI = MARGEM DE LUCRO X GIRO DO ATIVO
O primeiro termo da fórmula, a Margem de Lucro é uma medida da capacidade da administração controlar
os custos e despesas operacionais em relação as vendas. Quanto menor o custo e a despesa operacional por
R$ de vendas, maior a margem de lucro.
Assim a margem de lucro é calculada da seguinte forma:
MARGEM DE LUCRO =(RESULTADO OPERACIONAL LIQUIDO / RECEITA DE VENDAS LIQUIDAS) X 100
O segundo termo da formula é o Giro do Ativo, calculado da seguinte forma:
GIRO DO ATIVO =RECEITA DE VENDAS LÍQUIDAS / MÉDIA DOS ATIVOS OPERACIONAIS
O Giro do Ativo é a medida de vendas geradas por R$ investido em ativos operacionais, em termos práticos,
é preciso ter cuidado na identificação correta dos ativos à disposição da empresa.
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A média dos ativos operacionais deve e pode ser calculada de maneira simples, ou seja, quando se tem dois
exercícios somam-se os valores e divide-se por dois, quando for um único exercício somam-se os saldos
iniciais e finais e divide-se por dois.
Exemplo de aplicabilidade:
Considere os seguintes dados:
Item: Operação Azul Operação Verde
Receita de vendas R$300.000,00 R$270.000,00
Resultado Operacional Líquido R$21.000,00 R$14.850,00
Média dos Ativos Operacionais R$80.000,00 R$30.000,00
 
E calcule a margem de lucro, o giro do ativo e o ROI das Operações Azul e Verde.
Item: Operação Azul Operação Verde
Margem de Lucro R$21.000,00 / R$300.000,00 = 0,07 R$14.850,00 / R$270.000,00 = 0,055
Giro do Ativo R$300.000,00 / R$80.000,00 = 3,75 R$270.000,00 / $30.000,00 = 9
ROI 0,07 * 3,75 = 0,262 ou 26,2% 0,055 * 9 = 0,495 ou 49,5%
 
Com os dados calculados, verifica-se que a Operação Verde tendo um volume de ativo médio menor obteve
um índice de produtividade melhor que a Operação Azul. 
 
Outras análises podem ser retiradas das informações com o propósito de explicitar as variações entre as
duas operações (Azul e Verde).
VANTAGENS E LIMITAçõES ASSOCIADAS AO
RSI/ROI
Quando usa-se o ROI como parâmetro de avaliação do retorno do capital investidos, encontram-se
opiniões favoráveis e contrarias a respeito na literatura que trata desse assunto.
Como pontos positivos e vantajosos acerca deste indicador podem ser elencados os seguintes:
1. Permite comparar o desempenho dos gerentes de cada unidade de negócio
da empresa: por abranger fatores como receitas, custos, despesas, resultado
do período e recursos investidos em ativos, que são controláveis pelos
gerentes de cada divisão da empresa, permite avaliar comparativamente a
rentabilidade do investimento conseguida pelos administradores dessas
unidades de negocio. O desempenho será maior quanto mais alta for a
capacidade dessas unidades de gerar lucro com os ativos disponíveis.
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2. Avaliação da performance da empresa em relação a períodos passados e
perante a concorrência: o ROI é útil para confrontar o desempenho da
empresa a cada período com os resultados anteriormente obtidos e também
para comparar com os demais integrantes do mercado no qual a empresa
compete. Este comparativo pode trazer informações sobre a adequação daspolíticas comerciais adotadas pela empresa ou pelos concorrentes.
3. Facilidade pata identificar como o desempenho pode ser otimizado: o
exame detalhado dos componentes desse indicador mostra que é possível
melhorar ser resultado aumentando receitas e lucros, reduzindo custos e
despesas e diminuindo o valor destinado a investimentos.
 
No entanto, o ROI possui aspectos que podem ser considerados desfavoráveis à sua utilização e são
elencados os seguintes:
1. Por fundamentar-se nas informações oriundas das demonstrações contábeis
tradicionais, contem as limitações provenientes dos preceitos contábeis
legalmente exigidos ( como a metodologia de avaliação de estoques a preço
médio e as taxas de depreciação padronizadas pela legislação que não se côa
afeta coadunam com a vida útil efetiva dos bens, entre outros aspectos).
Ainda, ignora a política de financiamento da empresa, portanto, despreza a
influencia da estrutura de capital no balanceamento dos riscos e retorno,
aspecto que afeta o preço da ação.
2. Pode levar a rejeição de projetos com taxa de retorno inferior ao desejado
pela direção da empresa: se um administrador tem a incumbência de
superar um ROI de 10% em todos os investimentos efetuados, será levado a
desprezar uma oportunidade de investimentos que propicie 8%. Se não agir
dessa forma, estará diminuindo o retorno total sobre os investimentos da
empresa. Contudo, admitindo-se que o custo de captação de recursos seja
apenas de 5%, o administrador deve efetuar o investimento porque seu
retorno esperado excede o custo do capital investido.
3. Seu resultado também é favorecido pela manutenção de ativos
ultrapassados tecnologicamente, pois estes tendem a contribuir com um
valor menor para o total de ativos da empresa e comparados com os bens
mais atualizados em termos tecnológicos. Como o ativo é o divisor da
equação do ROI, quanto menor for esse valor, melhor será o desempenho da
unidade de negocio nesse critério. Assim, pode estimular decisões que
conduzem à perda de competitividade futura. Em razão disso, algumas
empresas utilizam o valor de reposição dos ativos como forma de minimizar
as consequências dessa restrição.
ATIVIDADE
Considerando os dados a seguir, qual é o ROI de cada uma das divisões?
Divisão AA 
Receita de vendas R$405.000,00 MATEMÁTICA FINAN… 2
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Resultado Operacional Líquido R$71.000,00 
Média de Ativos Operacionais R$190.000,00 
 
Divisão BB 
Receita de vendas R$306.000,00 
Resultado Operacional Líquido R$56.000,00 
Média de Ativos Operacionais R$135.000,00 
A. Divisão AA 17,53% e Divisão BB 18,30%
B. Divisão AA 46,91% e Divisão BB 44,12%
C. Divisão AA 75,56% e Divisão BB 71,05%
D. Divisão AA 62,09% e Divisão BB 33,33%
E. Divisão AA 37,34% e Divisão BB 41,54%
REFERÊNCIA
PADOVEZE, Clóvis Luis. Controladoria estratégica e operacional: conceitos, estrutura e aplicação. São
Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003.
WERNKE, Rodney. Gestão Financeira: ênfase em aplicações e casos nacionais. Rio de Janeiro: Saraiva, 2008.
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Retorno Sobre Ativos (RSA) ou Return
On Assets (ROA)
DEMONSTRAR QUE OS ATIVOS A DISPOSIÇÃO DA EMPRESA DEVEM SER BENS UTILIZADOS PELOS
GESTORES, POIS ESTES TEM A CAPACIDADE DE GERAR RECEITAS DE VENDAS COM CUSTOS E DESPESAS
OTIMIZADAS BUSCANDO ASSIM O MELHOR RESULTADO EMPRESARIAL, OU SEJA A MELHOR MARGEM
LÍQUIDA E O MELHOR RETORNO SOBRE OS ATIVOS.
AUTOR(A): PROF. ARMINDO APARECIDO EVANGELISTA
AUTOR(A): PROF. EDILBERTO PONCE BRACONI
Introdução
A escassez de recursos, notadamente os financeiros, enseja que os gestores se preocupem em avaliar a
aplicação do montante de capital disponível para investimento na empresa, quer seja proveniente de
capital próprio ou obtido junto a terceiros.
E, independentemente da origem dos recursos, estes somente estarão à disposição dos administradores
mediante um custo de captação associado.
Como é notório, os detentores de capital que financiam as atividades da empresa são remunerados, em
geral, pelas taxas de juros vigentes no mercado financeiro.
Por outro lado, os investidores empregam suas economias em determinado empreendimento com a
intenção de obter um retorno superior ao que conseguiriam em aplicações financeiras ou outra
oportunidade de investimento que eles possuem.
Assim, como dispor de capital para utilizar na empresa implica dispêndio de valores para remunerar os
financiadores e investidores, cabe que esses recursos sejam aplicados em ativos da forma mais otimizada
possível.
Com isso, espera-se que propiciem a geração de resultados suficientes para ressarcir as fontes de
financiamento e, ainda, proporcionar lucros para reinvestimento na organização.
Neste sentido, para averiguar se os ativos estão sendo adequadamente empregados em termos de
maximizar o desempenho deles, os gestores financeiros devem preocupar-se em mensurar a produtividade
destes ativos.
PRODUTIVIDADE DE ATIVOS
O ambiente empresarial moderno caracteriza-se pela forte cobrança de resultados, exigindo
medidas gerenciais que proporcionem a maximização do retorno do capital disponibilizado pelos
investidores à companhia.
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Geralmente, o lucro conseguido num período é o parâmetro de avaliação da performance empresarial de
maior visibilidade, entretanto, analisar o desempenho da companhia apenas com base no lucro liquido pode
prejudicar a interpretação ao não refletir se o resultado gerado no período foi condizente, ou não, com o
potencial econômico da companhia.
Ou seja, o raciocínio – de que o desempenho da empresa deve ser reconhecido com ênfase no lucro, sem
considerar os ativos empregados para gera-los, é um principio inadequado de controle, especialmente nas
empresas que atual em setores de uso intensivo de ativos (alta tecnologia, química, metalurgia,
transportadoras e bens de consumo).
Seguindo essa linha de pensamento, todos os administradores de empresas com finalidades lucrativas
deveriam se preocupar com o aumento da rentabilidade do capital investido nos ativos da organização e
não apenas com o lucro gerado no período. Isso porque a produtividade dos ativos possibilita identificar a
eficácia com o qual os gestores da organização transformam os investimentos efetuados nos ativos em
receitas operacionais e lucros.
Vejamos os exemplos a seguir:
Duas empresas que atuam no mesmo mercado (portanto, de risco assemelhado) obtiverem lucro de
R$100.000,00 em um determinado período, esse resultado não pode ser considerado satisfatório para ambas
se o montante investido nelas for muito diferente.
Ou seja, se a empresa AA utilizou ativos na ordem de R$1.000.000,00 e a empresa BB exigiu investimentos
de apenas R$500.000,00, a produtividade dos ativos da empresa AA é significativamente menor que aquela
conseguida pela empresa BB.
A consideração do volume de recursos destinados ao ativo de cada empresa é imprescindível para se
realizar uma avaliação de desempenho consistente, pois, quanto mais recurso financeiro for investido numa
empresa, maior deve ser o lucro gerado por ela.
RETORNO SOBRE ATIVOS (RSA) OU RETURN ON
ASSETS (ROA)
O indicador conhecido “retorno sobre ativos” evidencia o retorno conseguido com o dinheiro
aplicado pela empresa em ativos em um determinado período.
O calculo desseíndice provem da junção de duas outras importantes medidas de desempenho:
RSA/ROA = Margem X Giro
Onde a Margem = Lucro Líquido / Vendas Líquidas (X100) e
O Giro = Vendas Líquidas / Ativos
 
O conceito de margem refere-se ao percentual de lucratividade obtido em relação às vendas efetuadas,
depois de descontados todos os valores relacionados com custos, despesas, tributos incidentes sobre o
faturamento e tributos sobre a renda em um determinado período.
Por sua vez, neste contexto a palavra “giro” indica a velocidade com que a empresa consegue vender um
montante equivalente ao valor do seu ativo em um mês ou em um ano.
Ou seja, ele mostra quantas vezes o ativo girou no prazo determinado.
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No caso da equação que mostra a margem, o fator lucro líquido corresponde ao lucro final do período (após
a provisão de imposto de renda e tributos afins).
Entretanto alguns autores defendem que este valor deve ser ajustado com o acréscimo relativo às despesas
financeiras, para melhor representar as atividades cotidianas da empresa.
Quanto ao elemento vendas liquida, este deve expressar um valor equivalente à receita operacional liquida
(ROL) obtida no período avaliado.
Para apurar o giro, considera-se ativos o valor aplicado em bens e direitos da empresa, já descontada a
depreciação respectiva.
No que tange ao fator vendas líquidas, o valor a considerar também equivalente à receita operacional
liquida (ROL) obtida no período avaliado.
Pela analise dos componentes do RSA/ROA, é fácil perceber que o resultado desse indicador aumentara se a
administração da empresa conseguir executar ações que aumentem a margem de lucro e/ou o giro dos
ativos.
Para facilitar a escolha das iniciativas a serem aplicadas para melhorar o desempenho do RSA/ROA, é
interessante verificar como os fatores margem e giro são afetados.
FATORES QUE AUMENTAM A MARGEM E O GIRO
Veja alguns fatores que contribuem diretamente para o aumento do retorno sobre o ativo
Fatores no calculo do RSA/ROA que permite o aumento da Margem
Aumento de vendas – um crescimento das vendas, em especial nos produtos ou segmentos mais lucrativos,
ou a venda de resíduos e subprodutos para outras empresas, aos itens que incrementam a margem de lucro
final que a empresa obtém em suas atividades comerciais.
Redução de custos – iniciativas que contribuam para minimizar o consumo de matérias primas ou
diminuam o valor do custo de aquisição respectivo, que reduzam o consumo de energia elétrica ou água na
produção, que possibilitem o reaproveitamento de insumos no processo fabril, que baixem os custos ligados
à manutenção das operações, entre outras possibilidades, tem o poder de reduzir custos e
consequentemente aumentar a margem de lucro da empresa.
Diminuição de despesas – implementar ações com o intuito de baixar as despesas administrativas (como
telefone, correio, internet, energia elétrica, água, folha de pagamentos, entre outras), as despesas de vendas
(como propaganda, comissões, tributos sobre o faturamento, fretes, entre outras) e as despesas financeiras
(como tarifas bancarias, juros, entre outras) acarretam efeito idêntico a redução de custos e
consequentemente aumentam a margem de lucro da empresa.
 
Fatores no calculo do RSA/ROA que permite o aumento do Giro
Aumento das vendas – um crescimento das vendas, em especial nos produtos ou segmentos mais
lucrativos, ou a venda de resíduos e subprodutos para outras empresas, aos itens que incrementam o giro
final que a empresa obtém em suas atividades comerciais.
Redução do Ativo Circulante (AC) – medidas para baixar o volume de recursos empregados nos estoques ou
para reduzir o prazo de cobrança das vendas (com a consequente diminuição das contas a receber), por
exemplo, contribuem para que o ativo tenha um valor menor no período, o que aumenta o indicador de giroMATEMÁTICA FINAN… 2
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dos ativos.
Menor aplicação de recursos no Ativo Não Circulante (ANC) – ações que reduzam a capacidade instalada
ociosa (como aumentar o numero de turnos de trabalho ou desmobilização de maquinas inativas) ou que
causem uma imobilização menor de recursos (venda de imóveis ociosos ou improdutivos; substituição de
veículos sofisticados por outros que, mais simples, supram as necessidades da empresa, entre outros).
VANTAGENS PROPORCIONADAS PELO RSA/ROA
O gestor financeiro ou contador gerencial obtém informações essenciais para melhorar o
desempenho da empresa ao utilizar o RSA/ROA.
ATIVIDADE
Considerando os dados da empresa Juventude Para Sempre calcule e
responda quais são os RSA/ROA dos dois anos: 
ANO 2018 
Ativo Circulante R$2.000.000,00
Ativo Não Circulante R$1.400.000,00
Receita de Vendas Líquidas R$12.000.000,00
Resultado Operacional Líquido R$780.000,00
 
ANO 2017 
Ativo Circulante R$1.800.000,00
Ativo Não Circulante R$1.500.000,00
Receita de Vendas Líquidas R$9.000.000,00
Resultado Operacional Líquido R$855.000,00
A. Ano 2018 = 17,53% e Ano 2017 = 18,30%
B. Ano 2018 = 46,91% e Ano 2017 = 44,12%
C. Ano 2018 = 75,56% e Ano 2017 = 71,05%
D. Ano 2018  = 62,09% e Ano 2017 = 33,33%
E. Ano 2018 = 22,94% e Ano 2017 = 25,90%
ATIVIDADE
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Considerando os dados da empresa Juventude Para Sempre calcule e
responda quais são os RSA/ROA dos dois anos: 
ANO 2018 
Ativo Circulante R$2.000.000,00
Ativo Não Circulante R$1.400.000,00
Receita de Vendas Líquidas R$12.000.000,00
Resultado Operacional Líquido R$780.000,00
 
ANO 2017 
Ativo Circulante R$1.800.000,00
Ativo Não Circulante R$1.500.000,00
Receita de Vendas Líquidas R$9.000.000,00
Resultado Operacional Líquido R$855.000,00
A. Ano 2018 = 17,53% e Ano 2017 = 18,30%
B. Ano 2018 = 46,91% e Ano 2017 = 44,12%
C. Ano 2018 = 75,56% e Ano 2017 = 71,05%
D. Ano 2018  = 62,09% e Ano 2017 = 33,33%
E. Ano 2018 = 22,94% e Ano 2017 = 25,90%
Entre os benefícios informativos propiciados por esse parâmetro, alguns pontos merecem destaques:
1. Identifica como a margem de lucro aumenta ou se deteriora: a comparação
dos percentuais de custos e despesas em relação as vendas ao longo dos
vários períodos (meses ou anos) evidencia as causas da melhoria ou
deterioração da margem de lucro.
2. Permite medir a eficiência dos ativos não circulantes em produzir vendas:
se os lucros aumentam com o mesmo montante de ativos, a performance
está melhorando e vice-versa.
3. Possibilita avaliar a gestão do capital de giro por intermédio de indicadores
mensurados em dias, como o prazo de estocagem, o prazo de recebimento
das contas a receber, o prazo de pagamento das contas a pagar, entre
outras.
4. Faculta o estabelecimento de medidas que aferem a habilidade do gestor
para controlar custos e despesas em função do volume de vendas (como a
relação percentual de cada fator como a receita, o que permite monitorar a
tendência de comportamento desses gastos).
5. Propicia a comparação das medidas de eficiência citadas no item anterior
com outras unidades da empresa ou o confrontar com o desempenho da
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concorrência.
6. Estabelecer o patamar máximo de custo de captação de recursos que a
empresa pode suportar. Assim, se conseguir um RSA/ROA superior ao
custo de novas dividas, pode contrata-las porque a rentabilidade do seu
negocio supera a remuneração exigida por terceiros. Caso contrario, os
administradores devem evitar tomar empréstimos ou financiamentos,
sob penade ocorrer uma alavancagem financeira inadequada.
Demonstrações contábeis sintéticas da empresa AllGreen em 2020.
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVOS:
Circulante R$2.500.000,00
Realizável Longo Prazo R$1.200.000,00
Não Circulante R$1.100.000,00
Total do Ativo R$4.800.000,00
 
PASSIVOS
Circulante R$2.300.000,00
Exigível Longo Prazo R$500.000,00
Patrimônio Líquido R$2.000.000,00
Total do Passivo R$4.800.000,00
 
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCICIO
Receita Operacional Líquida R$32.000.000,00
(-) Custo dos Produtos Vendidos (R$28.000.000,00)
= Resultado Operacional Bruto R$4.000.000,00
(-) Despesas Operacionais (R$1.800.000,00)
= Resultado Operacional Líquido R$2.200.000,00
(-) Provisão para Imposto de Renda (R$748.000,00)
= Lucro Líquido do Exercício R$1.452.000,00
 
Calculo do RSA/ROA da empresa AllGreen em 2020.
Para calcular o RSA/ROA do período da empresa AllGreen, inicialmente será apurada a margem de lucro
líquida, que é obtida pela divisão do Lucro Líquido do Exercício pelo montante das vendas líquidas, ou seja,
nesse caso, a Receita Operacional Líquida.
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Margem = (Lucro Líquido / Vendas Líquidas) X 100
Margem = (R$1.452.000,00 / R$32.000.000,00) X 100, logo
Margem = 4,5375%
 
Ou seja, no período calculado a margem foi de 4,5375%, representando que de cada R$100,00 de vendas a
empresa AllGreen obteve uma margem de R$4,53.
 
Em seguida, vamos calcular o valor relativo ao giro, que considera a razão entre vendas líquidas, aqui, a
Receita Operacional Líquida e Ativos.
Com base nas demonstrações contábeis em analise, o valor equivalente ao giro foi:
Giro = Vendas Líquidas / Ativos
Giro = R$32.000.000,00 / R$4.800.000,00, logo
Giro = 6,666667
 
O resultado do giro alcançado no período representa que os ativos utilizados conseguiram produzir vendas
6,666667 vezes maiores que o respectivo valor investido.
Finalmente com os fatores necessários ao calculo do RSA/ROA disponíveis, basta multiplicar esses dois
itens, assim teremos:
RSA/ROA = Margem X Giro
RSA/ROA = 4,5375% X 6,666667, logo
RSA/ROA = 30,250002%
 
Esse resultado pode ser interpretado como o limite máximo com o qual a empresa AllGreen pode arcar no
tocante à captação de recursos junto a terceiros.
Então, se o gestor contratar empréstimos ou financiamentos com taxas de juros que superem o patamar de
30,250002% ao ano estará prejudicando a rentabilidade da empresa.
REFERÊNCIA
PADOVEZE, Clóvis Luis. Controladoria estratégica e operacional: conceitos, estrutura e aplicação. São
Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003.
WERNKE, Rodney. Gestão Financeira: ênfase em aplicações e casos nacionais. Rio de Janeiro: Saraiva, 2008.
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afirma que, embora seja um conceito antigo, o EVA proporcionou uma contribuição para a
analise financeira ao considerar o custo de oportunidade do capital próprio.
Valor Econômico Agregado (VEA) ou
Economic Value Added (EVA)
EVIDENCIAR OS PRINCIPAIS ASPECTOS DO VALOR ECONÔMICO AGREGADO (EVA), COMO CONCEITOS,
FORMAS DE CALCULO, BENEFÍCIOS, LIMITAÇÕES, VANTAGENS E DESVANTAGENS, E AINDA
DEMONSTRAR QUE O EVA É PERFEITAMENTE APLICÁVEL AO CONTEXTO DAS EMPRESAS.
AUTOR(A): PROF. ARMINDO APARECIDO EVANGELISTA
AUTOR(A): PROF. EDILBERTO PONCE BRACONI
CONCEITO
Economic Value Added (EVA) é um conceito contábil que vem ganhando bastante destaque no ambiente
financeiro empresarial.
Tal notoriedade, provavelmente, tem sua origem no conjunto de informações gerenciais que esse indicador
propicia, bem como pela facilidade de identificar os fatores que mais contribuíram para o desempenho
mensurado.
Os gestores das empresas com finalidades lucrativas costumam ter à disposição um montante de recursos
investidos em ativos que pode ser proveniente dos acionistas (capital próprio) ou de financiadores externos
(capital alheiro de terceiros).
Nas duas formas de financiar as operações da empresa, os administradores devem se preocupar com a
remuneração exigida pelos fornecedores de capital.
Então, ao aplicar os recursos em um empreendimento, os investidores costumam desejar que esse capital
possa propiciar um retorno adequado às suas expectativas.
No mesmo sentido, quando a empresa obtém credito de instituições financeiras, esta exige uma
remuneração pelo capital emprestado sob a forma de taxa de juros.
Assim, cabe aos gestores avaliar o desempenho da empresa, considerando essa estrutura de capital e as
respectivas taxas de juros de captação, ou seja, não se deve fundamentar a avaliação unicamente no
montante do lucro contábil conseguido no período porque neste se considera somente o custo do capital de
terceiros.
Dessa maneira, estaria sendo desconsiderado o custo de captar os recursos próprios empregados nas
atividades operacionais da empresa.
Porem, o lucro deveria ser o resultado da empresa depois de remunerar todos os recursos (dos sócios e de
terceiros) aplicados no negócio.
PRINCIPAIS ASPECTOS DO Economic Value Added (EVA)
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SILVA (2008)
pugna que a real medida de desempenho que apropriadamente leva em consideração
todas as maneiras pelas quais o valor corporativo pode ser agregado ou perdido é o valor
econômico agregado (EVA).
STEWART (2005)
ressalta o EVA representa o lucro residual que permanece após o custo de todo o capital,
incluindo o capital que tenha sido deduzido, enquanto o lucro contábil é determinado
sem se colocar uma carga do capital próprio.
BRIGHAM (2001)
Conforme esse autor, o lucro líquido contábil é constituído depois do cômputo das receitas, custos e
despesas, incluindo as receitas e despesas financeiras.
Porem, não considera o custo do capital próprio.
Assim, de acordo com o conceito do EVA, a empresa só gera valor para os acionistas se seus lucros forem
superiores ao custo de todo capital empregado em suas operações.
No que tange À conceituação do EVA,
O EVA é uma medida de receita residual que subtrai o custo do capital dos lucros operacionais gerados em
um empreendimento.
A área operacional pode fazer inúmeras coisas individuais para criar valor, mas todas elas devem em algum
momento cair em uma das três categorias medidas pelo EVA.
Este aumentará se os lucros operacionais puderem ser incrementados sem que seja inserido qualquer
outro capital;
Se um novo capital for investido em todos e quaisquer projetos que produzirem mais do que o custo total
do capital; e
Se o capital for desviado ou retirado de atividades negociais que não cubram seus próprios custos
de capital.
Logo, o EVA é uma estimativa do efetivo lucro econômico da empresa para o período e difere muito
do lucro contábil.
Na concepção do EVA, o capital próprio tem um custo, pois os fundos aportados pelos acionistas poderiam
ser investidos em algum outro lugar onde obtivessem retorno.
Os acionistas abrem mão da oportunidade de investir os fundos em outro lugar quando aportam o capital
na empresa.
O retorno que obteriam de outro modo de investimentos de risco equivalente representa o custo do capital
próprio.
Segundo os autores, “esse custo é um custo de oportunidade em vez de ser um custo contábil, mas é
realmente muito importante”. MATEMÁTICA FINAN… 2
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mencionam que esse indicador pode ser definido como a diferença entre os resultados
operacionais e o custo do capital empregado para gerar tais resultados, ou seja,
“o EVA é um resultado operacional liquido depois dos impostos, menos os encargos do
capital equivalente à quantia de lucro necessária para cobrir as despesas de juros
monetários e prover um retorno adequado aos investidores”.
O valor do EVA aumentará se esses resultados operacionais aumentarem sem
comprometer capital adicional.
FARIA E COSTA (2005)
O EVA E A DESTRUIÇÃO DE VALOR
O conceito de destruição de valor emerge como conceito inverso ao conceito de adição de valor,
considerando o custo de oportunidade de capital.
Todas as atividades que tiverem um resultado inferior ao custo de oportunidade do investimento
apresentam destruição de valor, pois os acionistas estarão sendo remunerados com rentabilidade
inferior ao custo médio de oportunidade do mercado.
A distribuição de resultados nessa condição implicaria um processo de destruição do capital da
empresa, pois se estaria, na realidade, distribuindo capital dos acionistas e, consequentemente,
reduzindo o valor da empresa.
EXEMPLO DE CALCULO DO EVA
Assumindo um custo de oportunidade exigido pelos acionistas de 12% ao ano, teríamos a seguinte
mensuração do valor econômico adicionado para dois exercícios analisados.
 
Item 31/12/20X1 31/12/20X0
Lucro Operacional R$1.145.610 R$1.640.026
(-) Impostos sobre o lucro (34%)
= Lucro Operacional Líquido (A)
Ativo Operacional Líquido (B)
Custo de Oportunidade (12% x B) (C)
(R$389.507)
R$756.103
R$9.159.467
R$1.099.136
(R$557.609)
R$1.082.417
R$8.852.242
R$1.062.269
Valor Econômico Adicionado (A-C) (D) (R$343.033) R$20.148
Rentabilidade Adicional (D/B) -3,75% 0,23%
 
 
Neste exemplo, verificamos que em 20X0 houve um valor adicionado de R$20.148, que representa uma
rentabilidade adicionada de 0,23%.
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Citam que existem varias coisas que podem ser feitas para criar valor em uma empresa,
mas eventualmente, cairão em uma das três categorias medidas por um aumento de EVA.
Em 20X1 não houve valor adicionado, porque a rentabilidade foi inferior à rentabilidade mínima exigida
pelo custo de oportunidade dos acionistas.
Dentro do enfoque do EVA, não houve agregação de valor, e sim, destruição do valor do acionista, ou seja,
destruição de riqueza.
Considera-se destruição do valor do acionista quando o valor adicionado é negativo.
No ano de 20X1, se o acionista tivesse investido em outro negócio, poderia ter uma rentabilidade mínima
de R$1.099.136.
Como a empresa só rendeu R$756.103, o acionista deixou de ter a renda de R$343.033; portanto, sua
riqueza foi parcialmente destruída.
Percentualmente, o investidor perdeu 3,75% no ano, em relação a um custo médio de oportunidade em
outros investimentos e empreendimentos.
AÇÕES PARA MAXIMIZAR O EVA
Apurado o EVA no período, cabe aos administradores averiguar se o resultado alcançado é adequado, ou
não, e tentar otimizar o desempenho com medidas que possam aumentar a geração de riquezas.Apesar de
em qualquer empreendimento existirem inúmeras atividades que podem ser feitas para criar valor, em
algum momento todas elas deverão fazer parte de uma das três categorias medidas por um aumento do
EVA.
Este crescerá se a eficiência operacional for melhorada, se novos investimentos criadores de valor forem
assumidos, e se capital for retirado de atividades não econômicas.
Para ser mais especifico, o EVA aumenta quando:
 
1. A taxa de retorno sobre a base existente de capital cresce, ou seja, se mais
lucros operacionais são gerados, sem qualquer nova adição de fundos ao
empreendimento;
2. O capital adicional é investido em projetos que dão mais retorno do que o
custo de obtenção de capital novo;
3. O capital é liquidado ou ainda, novo investimento é cortado em operações
abaixo do padrão nas quais retornos inadequados vem sendo gerados.
 
Veja também que entre as iniciativas que podem ser utilizadas para melhorar o desempenho do EVA, devem
ser elencadas as seguintes:
 
1. Tentar lucrar mais com o mesmo capital – reduzir custos e cortar gastos não
prioritários; buscar a elevação do faturamento, aproveitando
oportunidades de mercado e necessidades de clientes.
2. Usar menos capital nas operações – revisar métodos e procedimentos,
cortar as despesas e custos ligados às atividades operacionais.
3. Investir capital em projetos de alto retorno – utilizar todo ou parte do
capital de forma extremante sensata.
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FARIA E COSTA (2005)
O EVA AUMENTARá QUANDO:
A taxa de retorno recebida sobre a base de capital existente melhora, de modo que mais lucros
operacionais sejam gerados sem a utilização de mais fundos;
Capital adicional é investido em projetos com retorno superior ao custo de garantia do novo
capital;
Capital é retirado ou são adiados novos investimentos, em operações cujo retorno não é igual ao
custo de capital.
BENEFICIOS E LIMITAÇÕES INERENTES AO EVA
Em relação aos benefícios informativos propiciados pelo EVA, sintetizou-se em dois aspectos:
 
1. Capacidade de conscientizar rapidamente o gestor sobre as expectativas
do investidor em relação a sua atuação;
2. Simplicidade de compreensão.
 
Em relação ao primeiro ponto, a partir do momento em que se define que o administrador deve se esforçar
para remunerar os recursos investidos e gerar um valor adicional ao custo ponderado médio de capital,
torna-se evidente que os objetivos a serem perseguidos nas diversas áreas da empresa devem ser balizados
pela geração de EVA positivo.
Com isso, decisões sobre a manutenção de linhas de produção ou comercialização, aumento ou redução de
investimentos em unidades ou setores, bem como a analise da atual situação da entidade, passam a ser
mais claramente determináveis.
Assim, tendo em mente que o almejado é gerar ou aumentar o EVA das operações, cabe ao gestor verificar
as unidades, os setores ou as linhas que podem ter seus desempenhos otimizados e encetar iniciativas
nesse sentido.
No que tange ao de aspecto da compreensão facilitada, tal ponto pode ser explicado em função de que basta
o gestor entender que a agregação de valor econômico ocorre quando o EVA é positivo.
Nesse caso, as operações da empresa geraram riqueza para o acionista.
Ao contrario, quando o EVA é negativo, acontece a destruição da riqueza do investidor.
O EVA ainda oferece uma boa medida de extensão pela qual a empresa adicionou valor ao acionista, então,
se os gestores fixarem-se no EVA, isso ajudara a assegurar que eles operem de maneira consistente com a
maximização da riqueza do acionista.
Além disso, o EVA pode ser determinado para divisões, assim como para toda a empresa.
Em razão disso, proporciona uma base útil para determinar a remuneração dos gestores em todos os níveis.
Como resultado, o EVA esta sendo usado por numero crescente de empresas como a base principal na
determinação da remuneração dos gestores.
Por outro lado, o EVA possui aspectos que podem ser considerados desfavoráveis à sua utilização porque é
um indicador do passado e não considera o risco do negocio.
Ou seja, administra-se o negocio por meio de medidas que são resultados de ações, enquanto que o corretoMATEMÁTICA FINAN… 2
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menciona como as principais vantagens do EVA os seguintes aspectos:
O custo de capital utilizado é explicitamente considerado nas analises de investimentos
e desempenho;
Os objetivosda empresa são mais bem definidos, permitindo que os administradores
trabalhem centrados nos mesmos;
Ocorre uma melhor integração entre planejamento estratégico e finanças,
possibilitando que todos os administradores trabalhem com os mesmos conceitos,
procedimentos, finalidades e focos de ação quanto aos objetivos das empresas;
É definida uma taxa de retorno mínima a ser requerida nos projetos novos e atuais.
Dessa forma, os objetivos da companhia são definidos de modo claro, objetivo,
consistente e quantificável;
São colocados em evidencia assuntos como estrutura de capital, custo de capital de
terceiros, custo de capital próprio, política de dividendos e custo de manutenção de
ativos não operacionais;
Permite fixar um critério justo para negociação da remuneração variável dos
administradores;
Motiva o envolvimento dos administradores na gestão dos negócios, porque oportuniza
que cada um disponha de parâmetros para mensurar o valor de sua contribuição na
geração de valor aos acionistas;
O pessoal que planeja estrategicamente a empresa tem uma visão certa das principais
variáveis que provocarão impacto na geração ou destruição de valor da empresa;
Os gestores começam a pensar e a agir como se fossem acionistas, considerando o
impacto de longo prazo de suas decisões, em face da necessidade de planejar o fluxo de
dividendos para estipular o valor da empresa;
Possibilidade de analisar de maneira isolada as unidades de negocio, empresas e
produtos, auxiliando a companhia a tomar decisões estratégicas de foco, como
diversificar, ampliar, entre outras.
MARTELANC ET AL (2005)
comenta que a gestão baseada em medidas financeiras sofre muitas criticas de
especialistas, que comparam esse modo de gerenciamento a uma carroça com dois bois,
cujo gestor coloca a carroça a frente dos animais.
LUNKES (2004)
seria o gestor primar pelas causas que geram o resultado financeiro.
Essas críticas são aplicáveis às versões mais simplificadas de calculo do EVA, e enfatizam dois pontos
desfavoráveis a este parâmetro gerencial:
1. Apesar de reconhecer a inadequação dos resultados contábeis tradicionais
para a mensuração do valor do empreendimento, o modelo limita-se a
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Comenta que o fato de o EVA compreender todos os fatores não é somente uma virtude.
SILVA (2005)
ajusta-los globalmente, em vez de tratar as informações à medida que
ocorrem os eventos;
2. A base de resultados globais da empresa impede a identificação da
contribuição gerada por área.
É também uma fraqueza potencial quando aplicado no contexto de unidades descentralizadas.
Se a divisão analisada é uma unidade muito independente, em que o gerente da divisão tem poder de
decisão quase total, inclusive influencia sobre as decisões de investimentos, o EVA pode ser considerado
como a melhor medida de desempenho de curto prazo porque incorpora lucros e produtividade do
capital.Mas duas pressuposições fundamentais sustentam essa afirmativa:
O gerente da divisão tem amplo poder de decisão sobre as atividades operacionais e de investimento e
tanto as alocações de custos como os preços de transferência causam efeito mínimo no EVA da unidade
de negócio; ou
A companhia desenvolveu sistemas confiáveis para alocação de custos e preços de transferência.
Quando essas premissas mostram-se menos validas, o EVA começa a perder poder como medida de
contribuição do gerente da unidade de negócio na geração de valor para o acionista.
ATIVIDADE
A  empresa UniSP tem a possibilidade de ampliar suas instalações e a
seguir são apresentados os dados projetados com a implementação do
projeto:
Divisão AA 
Resultado Operacional Líquido - R$303.000,00 
Ativo Operacional Líquido - R$1.640.000,00 
Custo Médio Ponderado de Capital - 8,5% 
 
Divisão BB 
Resultado Operacional Líquido - R$171.000,00
Ativo Operacional Líquido - R$1.810.000,00
Custo Médio Ponderado de Capital - 8,5% 
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O Valor Econômico Agregado (EVA) para cada divisão com os
respectivos projetos implementados são:
A. Divisão AA = R$110.000,00 e Divisão BB = R$25.000,00
B. Divisão AA = R$120.000,00 e Divisão BB = R$135.000,00
C. Divisão AA = R$150.000,00 e Divisão BB = R$23.000,00
D. Divisão AA = R$160.000,00 e Divisão BB = R$28.150,00
E. Divisão AA = R$163.600,00 e Divisão BB = R$17.150,00
REFERÊNCIA
BRIGHAM, E.F.; GAPENSKI, L.; EHRHARDT, M.C. Administração financeira: teoria e pratica. São Paulo:
Atlas, 2001.
COPELAND, T.; KOLLER, T.; MURRIN, J. Avaliação de empresas "valuation": calculando e gerenciando o
valor das empresas. São Paulo: Makron Books, 2000.
FARIA, A.C.;COSTA, M. de F.G.Gestão de custos logísticos: custeio baseado em atividades (ABC), Balanced
Scorecard (BSC), Valor Economico Agregado (EVA). São Paulo: Atlas, 2005.
LUNKES, R.J. Manual de contabilidade hoteleira.São Paulo: Atlas, 2004.
MARTELANC, R.; PASIN, R.; CAVALCANTE, F. Avaliação de empresas: um guia para fusões e aquisições e
gestão de valor. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.
PADOVEZE, Clóvis Luis. Contabilidade Gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. 7. Ed. –
São Paulo: Atlas, 2010.
SILVA, R.N.; SILVA, R.C.L.; GUIMARAES, E.C.Uma analise da integração entre o EVA e o BSC no setor
petrolífero. X Congresso Internacional de Custos, Florianópolis, novembro de 2005.
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Criação e a gestão de valor da
empresa
ABORDAR AS MAIS DIVERSAS FORMAS E ASPECTOS DE CRIAÇÃO DE VALOR NA EMPRESA
CONSIDERANDO CUSTO DE OPORTUNIDADE E A MELHOR E MAIOR RENTABILIDADE AOS ACIONISTAS E
INVESTIDORES.
AUTOR(A): PROF. ARMINDO APARECIDO EVANGELISTA
AUTOR(A): PROF. EDILBERTO PONCE BRACONI
MEDIDAS DE CRIAÇÃO DE VALOR
O conceito de gestão baseada no valor envolve a mensuração do valor econômico agregado como a principal
referencia para se avaliar o desempenho da empresa.
De posse dessa medida, são definidos direcionadores de valor para seus diversos segmentos de atividades,
de forma a fundamentar suas decisões baseadas nas metas de criação de riqueza previamente definidas e
avaliar os respectivos desempenhos.
O modelo de gestão enfocada no valor vincula responsabilidades e atuação explicita das diversas áreas da
administração da empresa e determinadas metas e riqueza, como elevar o preço de mercado das ações em
certo percentual, gerar um EVA positivo anual aos acionistas, e assim por diante.
Da mesma forma o modelo impõe uma visão mais competitiva da empresa atuando seu pessoal com as
mesmas expectativas e critérios gerenciais dos acionistas.
Todas as decisões financeiras são avaliadas pelo resultado econômico que agregam e não por seu resultado
contábil que não considera o custo de oportunidade do capital próprio e risco do negócio.
A criação da riqueza não é dimensionada pelo valor de mercado de uma empresa, mas pela diferença
encontrada entre seu valor de mercado e o capital investido pelos proprietários.
O valor de uma empresa, assim como variações em seu valor em determinado período, é explicado por sua
capacidade em gerar caixa e nível de risco assumido, o que determina modificações na taxa de desconto.
VALOR ECONOMICO AGREGADO E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
A apuração de medidas de desempenho econômico com base em balanços publicados, como o EVA
(economic value added)traz a ressalva de seus elementos serem registrados segundo os conservadores
princípios da contabilidade, a valores históricos.
Esse procedimento geralmente adotado não permite que os valores contábeis reflitam o potencial de uma
empresa em criar valor, restrigindo-se a explicar o ocorrido em determinado exercício passado.
Dessa forma, toda medida que venha a ser obtida das demonstrações contábeis é baseada em informações
históricas, sem uma adequada conotação com o potencial econômico da empresa em agregar valor.
Nesse aspecto, é fundamental que a contabilidade tradicional se estruture e proceda aos ajustes necessários
para que incorpore as premissas de uma gestão focada no valor, podendo assim chegar à medição da criação
da riqueza das empresas.
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As principais dificuldades encontradas nesse objetivo passam pelas restrições culturais predominantes nas
empresas, que dificultam maiores modificações em seus sistemas de controle e processo decisório, e
também pelo conflito existente entre o conceito de lucro e valor.
RECOMPRA DE AÇÕES E CRIAÇÃO DE VALOR
A recompra de ações consiste na aquisição de valores mobiliários negociados no mercado de emissão da
própria sociedade.
Pode ser considerada como uma estratégia financeira e de criação de valor.Uma empresa, com excesso de
participação de recursos próprios no financiamento de suas atividades, pode adotar a estratégia de levantar
novas dividas e devolver parte dos recursos dos acionistas, através do mecanismo de recompra de suas
próprias ações.
Nessa alternativa, a sociedade recompra suas próprias ações em bolsa de valores, e depois as cancela,
reduzindo o volume físico emitido.Através dessa recompra, a empresa eleva sua alavancagem financeira e
ajusta sua estrutura de capital para um mix de P/PL com baixo custo.
Com isso, é capaz de oferecer um retorno maior sobre o capital próprio, criando valor aos seus acionistas.
É importante destacar que esse mecanismo de alavancagem financeira pela recompra das ações,
recomendado para empresas de alta capitalização, tem atratividade econômica para os acionistas até o
ponto em que o retorno sobre o capital próprio, crescente com a alavancagem, seja superado pela exigência
de maior remuneração determinada pelo mais alto risco financeiro (endividamento).
Quando uma empresa recompra suas próprias ações no mercado, depois as cancela, promove uma redução
de sua base física emitida.
Uma menor quantidade de ações permite que a empresa calcule um maior lucro por ação (LPA), e distribua
também um volume superior de dividendos por ação.
A recompra pode ainda incrementar o preço de mercado das ações, motivada pela redução da oferta de
papéis (a recompra reduz a oferta física de ações no mercado).
É interessante acrescentar ainda, que quando as ações recompradas são canceladas, a quantidade física de
papeis encolhe e o valor econômico da empresa não sofre alteração.
Em consequência, os investidores conseguem obter, de forma proporcional, uma maior participação da
empresa.
POR EXEMPLO
Se um investidor possui 200 ações de um total de 5.000 emitidas, e a empresa recomprar 10% de
suas próprias ações, sua participação no capital da sociedade passa de 4,0% (200 / 5.000), antes da
operação, para 4,44% (200 / 4.500), após a reaquisição (recompra).
A estratégia de recompra de ações pode ser adotada também quando a empresa avalia que seu preço de
negociação no mercado está baixo (subavaliado), inferior ao seu valor econômico justo.
Em outras palavras, o valor de mercado da ação não reflete com equilíbrio os fundamentos econômicos da
empresa.
Configura-se, nessa situação uma boa oportunidade de investimento dos recursos disponíveis de caixa da
empresa. Ao recomprar suas ações, retê-las por um tempo, e depois vendê-las de volta ao mercado, a
empresa espera auferir bons retornos no futuro, quando os papeis se valorizarem pela percepção dos
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investidores de seu efetivo valor.
Esse movimento de recompra de ações, como investimento de excedentes de caixa, é mais pronunciado em
épocas de baixa das bolsas de valores, quando as ações costumam ser negociadas por valores subavaliados.
A empresa espera também que, com essa decisão de recompra, os investidores reajam, elevando o grau de
negociação das ações.
O objetivo da empresa é o de valorizar a cotação de seus papeis, trazendo a um preço considerado justo.
Ao decidir recomprar suas ações nesse ambiente, a sociedade sinaliza ao mercado que considera baixo o
preço de suas ações, inferior ao seu valor intrínseco.
É importante discutir que as empresas possuem informações privilegiadas sobre seus próprios
fundamentos, e apresentam-se mais capazes que o próprio mercado em tomar decisões de adquirir suas
ações.
Como observação, vale dizer que no Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários permite que as empresas
recomprem até 10% de seu capital negociado em bolsa pelo prazo limite de um ano, sendo permitido ainda
manter essas ações em tesouraria ou efetuar seu cancelamento.
VALOR ECONOMICO FUTURO (EFV)
O calculo do EVA, como medida de valor agregado é geralmente desenvolvido a partir de relatórios
contábeis elaborados pelas empresas referentes a períodos passados.
Com isso, apura-se o valor econômico agregado a partir de informações verificadas em anos/períodos
anteriores, que não podem ser alteradas.
Empresas em fase de crescimento de suas atividades, por exemplo, costumam apresentar EVAs baixos ou,
até mesmo, negativos nos períodos de maiores investimentos.
Da mesma forma, setores de atividade que sofrem o impacto de algum desajuste momentâneo da economia
podem também apresentar destruição de valor econômico nos períodos de crise, recuperando-se nos anos
seguintes.
A apuração do EVA alto e positivo pode ter sido determinada por uma período atípico, cujo comportamento
é esperado não se repetir, e não se constitui em padrão futuro para o setor.
Por exemplo, uma forte demanda de produtos siderúrgicos, impulsionada por um crescimento
extraordinário da economia de alguns países emergentes, pode sugerir um perfil de comportamento não
seguido no futuro.
O gestor financeiro deve se preocupar não somente com a riqueza atual e apurada de informações passadas,
mas também principalmente com a riqueza futura esperada.
O valor econômico calculado de um balanço publicado, por melhor que tenha sido a sua metodologia,
reflete somente o que ocorreu no passado, resultado que necessariamente não se repetira no futuro.
Com o intuito de dinamizar o uso de medidas de valor, e inseri-las no desempenho futuro esperado das
empresas, é desenvolvida a medida de Valor Econômico Futuro (EFV).
VALOR ECONôMICO FUTURO
Mede a capacidade futura esperada de geração de riqueza de uma empresa.
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Para desenvolver sua metodologia de calculo, é necessário apurar-se inicialmente o patrimônio Líquido da
empresa e valores de mercado, ou seja, o valor do capital próprio investido, e avaliado com base em
expectativas futuras de geração de benefícios econômicos aos acionistas.
Para a construção do Valor Econômico Futuro, no entanto, pode ser usado, de maneira mais simplificada, o
preço de mercado das ações da empresa.
Se os investidores aceitam pagar um determinado preço por uma ação, eles têm uma expectativa futura de
rendimento que justifique o valor do investimento.
Logo, o valor de uma ação no mercado, em condições de maior eficiência, deve representar o valor presente
das expectativas futuras da empresa, descontado por uma taxa de juros que reflete o risco do investimento.
A formulação de calculodo Valor Econômico Futuro pode ser apresentada pela diferença entre a riqueza
atual gerada e riqueza esperada no futuro, assim o Valor Econômico Futuro é igual a Riqueza Futura
Esperada menos a Riqueza Atual.
PRINCIPAIS CRITÉRIOS PARA APURAR O VALOR DA EMPRESA
O ponto fundamental para a decisão de comprar ou não uma empresa ou participação acionaria, ou avaliar
a continuidade do investimento, esta no valor base para negociação, determinado por alguns critérios de
avaliação.
No caso de negociação, provavelmente o valor final da negociação se situará entre os principais critérios
aplicados à mensuração econômica do empreendimento.
Contudo, seguramente haverá a proeminência dos critérios centrados no fluxo futuro de benefícios.
De qualquer forma, é importante oferecer todos os critérios possíveis.
Quanto ao critério de avaliação pelo fluxo futuro de benefícios, alguns consideram este critério discutível,
pois conta com forte dose de subjetividade.
Os principais critérios de avaliação de empresas são:
Valor contábil;
Valor de mercado;
Cotação da ação ou cota;
Potencial de rentabilidade futura.
O VALOR CONTáBIL
é o valor constante da contabilidade financeira, segundo os princípios contábeis.
VALOR CONTABIL
Tem como fundamento o principio do custo como base de valor e o regime de competência de exercícios.
Como o valor da empresa na contabilidade é evidenciado pelo valor total do Patrimônio Líquido,
automaticamente o valor de uma empresa, segundo a contabilidade, é o total do Patrimônio Líquido.
O valor do Patrimônio Líquido de uma empresa é avaliado sob o postulado contábil da continuidade, assim,
os ativos estão avaliados a custos de aquisição ou produção e os direitos e obrigações estão avaliados com
os encargos e diretos até a data do balanço patrimonial.
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É importante verificar a possibilidade da existência de passivos contingentes não declarados, como avais,
processos judiciais sem deposito, leasings, etc., bem como de ativos intangíveis ou não declarados, como
impostos a recuperar, franchisings etc., que deverão ser excluídos ou adicionados ao valor contábil para
obtenção do valor final.
O VALOR DE MERCADO
normalmente é diferente do valor contábil porque as avaliações contábeis, obtidas de critérios
gerais de avaliação de ativos e passivos.
VALOR DE MERCADO
Fundamentados em documentação existente e valore históricos, por mais acuradas que seja dificilmente
são iguais ao valor que o mercado pode pagar em determinado momento.
O valor de mercado, outrossim, deve levar em consideração o fato de a empresa estar encerrando-se ou não.
Se a empresa esta encerrando suas atividades, provavelmente os valores de seus ativos tem um valor que o
mercado paga como um bem usado.
Caso, porem, a empresa esteja em continuidade, ou seja, em operação, a avaliação do valor de mercado pode
vir a ser diferente.
De qualquer forma, é possível fazer uma avaliação a preços de mercado de todos os ativos e passivos da
empresa, cujos valores podem ser maiores ou menores que os valores constantes da contabilidade.
Nesse critério de avaliação, cada ativo e cada passivo será individualizado para a feitura das avaliações, no
pressuposto de que podem ser vendidos separadamente.
Exemplo de aplicabilidade do valor da empresa: Contábil e de Mercado: primeiramente o Ativo.
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e agora o Passivo:
 
Neste exemplo, pelo critério de avaliação pelo Valor Contábil o valor da empresa é igual a R$8.530, que é o
valor total do Patrimônio liquido pela contabilidade tradicional.
No critério de avaliação pelo Valor de Mercado, o valor da empresa é igual a R$11.700, decorrente da
avaliação individual dos ativos e passivos a preços de mercado, ficando a diferença como valor de Mercado
Residual ou Patrimônio Líquido a Preços de Mercado.
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COTAÇÃO DA AÇÃO
Neste critério, a empresa vale a cotação da ação ou cota no mercado de bolsa de valores ou mercado
de balcão.
COTAÇÃO DA AÇÃO
Sabe-se que, em linhas gerais, os princípios que direcionam o valor da cotação das empresas em bolsas de
valores são conceitos econômicos atrelados do valor a fluxo futuro de dividendos ou lucros, sendo,
portanto, um critério antecipatório do critério mais recomendado de avaliação de empresas.
Para obter o valor da empresa, basta multiplicar a quantidade de ações ou cotas respectivas do capital
social da empresa, pelo valor da cotação da ação ou cota no mercado, por ocasião da negociação ou
momento de mensuração do valor da empresa.
Respeitam-se, obviamente, as diversas classes de ações representativas do capital e suas eventuais cotações
diferenciadas.
Se as ações preferenciais têm valor diferente das ações ordinárias, as diferenças devem ser consideradas
junto às respectivas quantidades.
A demonstração do valor da empresa pelo critério de cotação da ação pode ser assim:
Empresa Gerencialmente S/A
Item: Ação ordinária Ação preferencial Total
Quantidade integralizada 3.200.000 4.500.000 7.700.000
Cotação da Ação (R$) R$1,25 R$1,45  
Valor da Empresa R$4.000.000,00 R$6.525.000,00 R$10.525.000,00
 
POTENCIAL DE RENTABILIDADE FUTURA
Neste conceito, o valor atual da empresa é decorrente de sua rentabilidade futura, em outras
palavras, do fluxo futuro de benefícios, em principio, deve-se projetar os lucros da empresa,
considerando os produtos e mercados atuais, os produtos e mercados futuros, e avaliar sua
rentabilidade, trazendo-os a valor atual por uma taxa de juros de desconto.
POTENCIAL DE RENTABILIDADE FUTURA
Este critério é considerado como o mais adequado para avaliação de uma empresa, pois se
fundamenta no cerne da questão empresarial que é a capacidade de geração de lucros.
A capacidade de geração de lucros é que possibilitará o que se busca em um investimento de risco – a
geração de caixa e, consequentemente, o retorno do investimento.
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Gerando lucros e caixa, a empresa terá condições de distribuir resultados e, com isso, possibilitará tanto
fluxos futuros de dividendos como manter sua atratividade junto aos atuais e potenciais acionistas e
investidores.
A possibilidade real de dividendos futuros influenciará decididamente na avaliação da ação no mercado,
trazendo sua cotação a preços que reflitam o patrimônio da empresa, sua rentabilidade e, portanto, seu
desempenho empresarial.
Dentro desse critério podem-se incluir os seguintes critérios:
Fluxo Futuro de Benefícios;
Fluxo Futuro de Dividendos;
Fluxo Futuro de Lucros;
Fluxo Futuro de Caixa ou Fluxo de Caixa Descontado.
ELEMENTOS PARA AVALIAR A EMPRESA PELO POTENCIAL DE RENTABILIDADE
O valor da empresa no momento, como já vimos, deve ser encarado como sendo o valor atual dos lucros
futuros, até o horizonte, descontado pelo custo de oportunidade do investimento em cada inicio de período
em que se quer gerar lucro, somado ao valor de realização do patrimônio liquido no inicio do horizonte (ou
o provável valor de realização no final do horizonte do tempo considerado), descontados a uma taxa
adequada.
Dessa maneira, os elementos para este critério de avaliação são os seguintes:
1- Horizonte do empreendimento – o numero de anos a serem utilizados para a projeção dos lucros futuros
(em condições de continuidade, a faixa de horizontes mais utilizada situa-se entre cinco e dez anos);
2- Lucro projetado ou fluxo de caixa descontado (para todos os períodos de tempos considerados no
horizonte do empreendimento);
3- Investimento inicial ou valor darealização (valor residual) do investimento ao final do horizonte de
tempo; no caso de empresa em andamento, o valor a ser considerado será o valor residual, ou seja, qual o
provável valor da empresa após a distribuição dos lucros projetados;
4- Taxa de desconto adequada, ou seja, a taxa para descontar os fluxos futuros periódicos, dentro do
conceito de juros compostos, objetivando trazer os valores futuros a valor presente;
5- Surgimento do goodwill, já que, mesmo sob o melhor critério de avaliação individual dos ativos e
passivos existentes, emergirá o valor do goodwill, como o valor que complementa a avaliação global pelo
potencial de rentabilidade em relação à avaliação anterior existente.
ATIVOS INTANGIVEIS E GOODWIL
Uma das questões cruciais na avaliação de empresas é determinar o valor denominados ativos intangíveis.
Ativos intangíveis são elementos patrimoniais que adicionam valor ao empreendimento negocial, mas que
não existem fisicamente, nem são mensurados tradicionalmente pela contabilidade, salvo se houver sido
objeto de uma negociação anterior.
Alguns conceitos expressam bem os ativos intangíveis, pois eles evidenciam elementos que de fato agregam
valor ao negócio, mas não são normalmente mensurados.
São exemplos o goodwill, fundo de comércio, marca de empresa ou de produtos, entre outros.
De modo geral, o conceito de goodwill engloba todos esses aspectos e elementos intangíveis.
Goodwill pode ser entendido como um elemento patrimonial intangível que possibilita um ganho para a
empresa além do normal.
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É importante ressaltar que o goodwill não pode ser mensurado isoladamente, ele só existe em função de
determinados acontecimentos ou aspectos, que fazem com a empresa consiga ganhos acima do normal, ou
seja, sem o goodwill a empresa faturaria e lucraria menos.
De modo geral, o goodwill é um elemento que caracteriza o caráter sinérgico da empresa, ou seja, a
resultante de uma série de fatores coordenados dentro da empresa, em seus aspectos de produtos,
produção, mercados, administração, localização, cultura empresarial e organizacional etc., que empurra a
empurra a empresa para maiores lucros do que os que seriam obtidos após análise puramente técnica dos
elementos tradicionais dos investimentos nos negócios, assim o goodwill está ligado então, a empresa
como um todo.
O goodwill pode ser determinado pela diferença entre o valor de toda a empresa, avaliado pelo potencial de
rentabilidade futura, e o valor dos ativos avaliados individualmente, mesmo que esses ativos sejam,
também, avaliados pelo potencial de serviços futuros especifico de cada um.
 
Como exemplo do goodwill pode-se ter:
1. Valor da empresa pelo critério de potencial de rentabilidade =
R$13.127.022,00
2. Valor da empresa pelos ativos e passivos avaliados individualmente =
R$11.700.000,00
3. Valor do Goodwill (A – B) = R$1.427.022,00
ATIVIDADE
A empresa DuMont apresenta os seguintes valores em su balanço
patrimonial em uma determinada data:
ATIVO
Caixa e bancos R$1.000
Estoques R$5.000
Clientes R$7.000
Imobilizado R$12.000
(-) Depreciação Acumulada (R$2.000)
PASSIVO
Fornecedores R$2.700
Contas a Pagar R$200
Impostos a Recolher R$100
Empréstimos R$8.000
Capital Social R$10.000
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Reservas R$2.000
 
Pede-se: determinar o valor da empresa com os valores de mercado,
considerando as seguintes premissas:
 
Os estoques a preço de reposição valem a mais 12%;
Os clientes têm embutidas taxas médias de juros de 4%;
O imobilizado a valor contábil está superavaliado em 20%;
A depreciação a preço de mercado deve seguir a proporção do valor
contábil;
Os fornecedores têm embutido taxas médias de juros de 2%;
Os impostos a recolher estão com uma taxa de juros de mora de 10%;
Os empréstimos tem embutido uma taxa média de 5%.
As reservas serão calculadas por diferença.
A. Valor da empresa considerando valores de mercado é R$19.960
B. Valor da empresa considerando valores de mercado é R$20.850
C. Valor da empresa considerando valores de mercado é R$21.320
D. Valor da empresa considerando valores de mercado é R$22.750
E. Valor da empresa considerando valores de mercado é R$23.000
REFERÊNCIA
ASSAF NETO, Alexandre. Finanças Corporativas e Valor. 5. Ed. – São Paulo: Atlas, 2010.
PADOVEZE, Clóvis Luis. Contabilidade Gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. 7. Ed. –
São Paulo: Atlas, 2010.
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Centros de responsabilidade e lucro
residual
APRESENTAR MÉTRICA ESPECIFICA PARA AVALIAR AS VARIAÇÕES ENTRE OS VALORES ORÇADOS E OS
EFETIVOS DE CADA CLASSIFICAÇÃO DOS CENTROS DE RESPONSABILIDADE BEM COMO SUGERIR A
ADOÇÃO DO LUCRO RESIDUAL COMO FORMA DE AVALIAÇÃO DO CENTRO DE INVESTIMENTO.
AUTOR(A): PROF. ARMINDO APARECIDO EVANGELISTA
AUTOR(A): PROF. EDILBERTO PONCE BRACONI
CENTROS DE RESPONSABILIDADE
São denominados nas empresas pelos mais diversos nomes: unidades de negócio,
departamento, células administrativas e até centros de custos.
A rigor, os centros de responsabilidades são microentidades encarregadas de desenvolver determinadas
atividades, tarefas ou funções coordenadas normalmente por um gestor ao qual são delegadas atribuições e
cujo desempenho é mensurado de acordo com as responsabilidades assumidas.
Todos os centros de responsabilidade têm as saídas, isto é, liberam alguma coisa e tem entradas, ou seja,
consomem recursos.
Eles ainda podem ser classificados em quatro características:
1. Centro de custo (ou gasto);
2. Centro de receita;
3. Centro de resultado; e
4. Centro de investimento.
CENTRO DE CUSTO
É centro de responsabilidade em que se controlam os custos, mas não se controlam as receitas nem
o nível de investimento.
Consequentemente, é possível medir de forma objetiva, em termos monetários, as entradas (inputs) do
centro de custo, mas não as saídas (outputs).
Dessa forma as saídas são medidas em unidades físicas de produtos ou pelos seus atributos qualitativos.
O centro de custos divide-se em centro de custo-padrão e centro de custo discricionário.
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Centro de custo-padrão é aquele que tem as seguintes características básicas:
1. Entradas não medidas em termos monetários;
2. As saídas são medidas em termos físicos; e
3. Há uma relação direta entre a entrada e saída – correlação próxima de um.
 
Um exemplo típico de centro de custo-padrão é setor produtivo, cuja eficiência é medida pela quantidade de
insumos consumida para promover o atendimento de determinado nível de demanda, o que é realizado
mediante a análise das variações dos custos reais face aos custos-padrão. Entendendo-se que custo-padrão
é o montante que se espera incorre na produção de um item, num período futuro.
Como o custo padrão é evidenciado de forma analítica (materiais + mão de obra + gastos gerais de
fabricação), ao cotejar o custo padrão com o efetivamente incorrido é viável analisar as variações de cada
uma dessas parcelas:
 
Analise das variações de materiais:
variações de quantidade,
de preço
e de mista;
ou variações de quantidade e de preço, imputando a variação mista à variação de preço.
 
Δ quantidade = (quantidade padrão – quantidade real) X preço padrãoΔ preço = (preço padrão – preço real)
X quantidade padrão
Δ mista= (quantidade padrão – quantidade real) X (preço padrão – preço real)Analise das variações de mão
de obra: variações de eficiência, de taxa e de mista; ou variações de eficiência e de taxa, imputando a
variação mista à variação de taxa;
Δ eficiência = (horas padrão – horas real) X taxa padrão
Δ taxa = (taxa padrão – taxa real) X horas padrão
Δ mista = (horas padrão – horas real) X (taxa padrão – taxa real)Analise das variações dos gastos gerais de
fabricação: variações de volume, de produtividade e de custo.
Δ total = custo padrão – custo real
Δ volume = (volume real – volume padrão) X custo fixo padrão / volume padrão
Δ produtividade = (tempo unitário de produção real – tempo unitário de produção padrão) X (custo variável
total padrão / tempo total de produção padrão) X volume real
 
Centro de custo discricionário é aquele cujas entradas e saídas não guardam uma nítida relação de causa e
efeito (correlação próxima de zero).
É recomendado um mecanismo que analise os atributos qualitativos de suas saídas.
 
Avaliação do centro de custo discricionário
O desempenho do centro de custo discricionário pode ser medido pela analise do gasto autorizado (dotação
orçamentária) com o gasto efetivo, e pela concomitante analise das atividades prestadas (muita das vezes
são serviços a outros departamentos da empresa) com o grau de satisfação dos usuários, prazo de execução,
completude do serviço e outros atributos qualitativos.
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CENTRO DE RECEITA
É o centro de responsabilidade em que se controlam as receitas, mas não se controlam os gastos
nem o nível de investimento.
Nele é possível medir de forma objetiva em termos monetários as saídas (outputs) do centro de receita, mas
não as suas entradas (inputs).
Dessa forma, as entradas são medidas em unidades físicas.
 
Avaliação do centro de receita
O desempenho do centro de receita pode ser avaliado pela analise das variações de preço, volume,
sortimento, participação de mercado e demanda.
CENTRO DE RESULTADO
É o centro de responsabilidade onde os gestores controlam s as receitas e gastos dos bens e serviços
que produzem.
Entende-se por controlar receitas e gastos ter significativa influencia e poder de decisão sobre essas
variáveis.
Podendo-se admitir que os gestores sejam responsáveis pela produção e pela venda, tendo ampla
autonomia sobre, ou seja, decidem sobre o que produzir, como produzir, quanto produzir, o nível de
qualidade, o preço e o sistema de distribuição e de vendas.
Enfim, determina o modo de alocação de recursos disponíveis, o mix de produtos e, portanto, a melhor
combinação entre receitas e despesas.
O responsável pelo centro de resultado será eficaz se alcançar o lucro projetado e para que isso aconteça o
gestor precisa ter autonomia em suas tomadas de decisão de forma descentralizada.
Isso traz algumas vantagens e desvantagens:
 
Dentre as vantagens temos:
Velocidade de decisão – muitas delas não dependerão da administração central;
Liberdade de criação – podem usar suas iniciativas e imaginação para inovar os processos e os produtos;
Isenção – decisão isenta de pressões políticas e de outras variáveis não diretamente relacionadas ao
processo operacional;
Sinalização e incentivos – consiste numa formula simples de demonstrar ao gestor a meta que ele precisa
atingir (sinalização) e com base nessa meta é comum que o gestor receba uma remuneração variação como
um prêmio (incentivos);
Entendimento – o lucro é um termo claro e amplo de fácil compreensão;
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Treinamento para ocupar cargos de maior responsabilidade – ao defrontar-se com os desafios inerentes à
administração de pequenos centros de resultado, os gestores gradativamente vão se acostumando com as
pressões e com o ambiente competitivo que caracterizam a empresa com um todo.
 
Dentre as desvantagens temos:
Assimetria informacional – a administração central pode perder algum controle;
Pressões – a performance competitiva pode levar a tomar decisões em beneficio próprio em detrimento dos
interesses da empresa;
Competição – tal estrutura pode fazer com que as diferentes unidades de negócios, antes cooperativas
entre si, passem a ser competitivas;
Perda do foco – interessado em auferir o maior lucro para o seu centro de resultado, o gestor pode desviar-
se da missão e das estratégias traçadas pela alta administração;
Atritos e ruídos – a competitividade pode gerar atritos entre os gestores dos centros de resultado em
questões como: preço de transferência, rateio em custos comuns;
Ênfase no curto prazo – a busca de resultados imediatos pode colocar em risco a continuidade da empresa;
e
Complexidade do sistema de informações gerenciais – para mitigar algumas das desvantagens citadas são
necessários alguns ajuste ao sistema de informações gerenciais como: redefinição de critérios de rateios,
reestruturação de planos.
 
Avaliação do centro de resultado
Pelo fato de o centro de resultado ser responsável pelas entradas (recursos consumidos e objetivamente
mensurados em termos monetários) e pelas saídas (bens e serviços produzidos, mensuráveis objetivamente
em termos monetários), é viável utilizar métricas de mensuração do desempenho dos centros de custo
(tanto de custo padrão, quanto de custo discricionário) e as métricas de mensuração do desempenho de
centros de receita.
 
Com relação às métricas de mensuração de desempenho dos centros de receita, é necessário fazer ajustes
nas formulas das variações combinada, de sortimento, de volume, de participação de mercado e de
demanda.
A alteração é bem simples: basta apenas substituir o preço orçado pela margem de contribuição unitária
orçada.
 
Δ combinada = (quantidade real – quantidade orçada) X margem de contribuição unitária orçada
Δ sortimento = (proporção real do mix – proporção orçada do mix) X quantidade total real X margem de
contribuição unitária orçada
Δ volume = (quantidade total real – quantidade total orçada) X proporção orçada do mix X margem de
contribuição unitária orçada
Δ participação de mercado = (participação de mercado real – participação de mercado orçada) X demanda
real X margem de contribuição unitária orçada
Δ demanda = (demanda real – demanda orçada) X participação de mercado orçada X margem de
contribuição unitária orçada
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CENTRO DE INVESTIMENTO
É aquele quando os gestores têm as responsabilidades dos centros de resultado e também a
responsabilidade e autoridade para decidir sobre o capital de giro e ativos físicos investidos no
centro.
Quando o gestor percebe a necessidade de atualizar o parque fabril, faz uma tomada de preços e das
condições de pagamento, elabora um plano de negócios, prevendo o incremento de produtividade e analise
financeira do mesmo a fim de apresentar e debater isso tudo com a alta administração.
 
Avaliação do centro de investimento
Além de ser possível a utilização de todos os mecanismos de mensuração do desempenho de centros de
custo, centros de receita e centros de resultado, o desempenho de centros de investimento é avaliado,
principalmente, pelo retorno sobre investimento e pelo valor presente liquido dos fluxos de caixa gerados
(ou esperados).
Portanto, a taxa de retorno ou rentabilidade é a forma mais comum de se medir o desempenho dos centros
de investimentos.
LUCRO COMO MEDIDA DE DESEMPENHO
Lucro é a medida de aferição de desempenho mais usada e conhecida nos negócios.
Há muitas definições para um centro de lucro, porem nenhuma abrange o sentido de encorajamento nas
iniciativas e tomadas de decisões.O lucro simplesmente não é capaz de captar todas as consequências econômicas das atividades de uma
empresa descentralizada, embora possa se conhecer algumas fragilidades de processos ou indicadores,
deve-se ter em conta a necessidade de um sistema de informação com dados contábeis.
LUCRO RESIDUAL
No conceito de lucro residual considera-se apenas a parcela do resultado que exceder a um
predeterminado custo de capital.
A empresa entende que a divisão que gerar um lucro sempre superior ao custo de capital que foi necessário
para financiar os investimentos (ativos) à disposição das divisões.
Dessa maneira, o custo de capital entra como uma despesa da divisão, que é subtraída do lucro antes dos
impostos. o custo de capital é calculado aplicando a taxa predeterminada pela empresa sobre os
investimentos na unidade.
O custo de capital a ser aplicado a cada divisão pode ser uma taxa única para todas as divisões da empresa e
uma taxa especifica para cada uma das divisões.
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O que leva a taxas diferentes para as diversas divisões da empresa é o risco associado a cada unidade de
negócio.
Se os negócios tiverem características bastante diferenciadas, provavelmente haverá riscos
diferentes, podendo-se, então adotar custo de capital diferente para cada divisão.
Se os negócios tiverem características homogêneas, poderá ser utilizada uma taxa única.
Em qualquer uma das situações, nada impede a adoção de uma taxa única se os acionistas
assumirem um custo de oportunidade de capital idêntico para todas as unidades de negocio.
 
Exemplo de aplicabilidade I
Custo de capital da empresa único = 15% a.a.
Ordem Item Área AA Área BB
a Lucro operacional antes dos impostos R$20.000 R$12.500
b (-) Custo de Capital (R$13.500)* (R$7.500)*
c Lucro Residual R$6.500 R$5.000
d Investimentos (ativos da Área) R$90.000 R$50.000
e ROI (c/d) 7,22% 10,00%
(*) 15% X R$90.000; 15% X R$50.000
 
Exemplo de aplicabilidade II
Custo de capital: 12% a.a. para a Área AA e 16% a.a. para a Área BB
Ordem Item Área AA Área BB
a Lucro operacional antes dos impostos R$20.000 R$12.500
b (-) Custo de Capital (R$10.800)* (R$8.000)**
c Lucro Residual R$9.200 R$4.500
d Investimentos (ativos da Área) R$90.000 R$50.000
e ROI (c/d) 10,22% 9,00%
(*) 12% X R$90.000; (**)16% X R$50.000.
Nesse segundo exemplo de aplicabilidade, a exigência de um custo menor de capital para a Área AA indica
um lucro residual percentual superior ao da Área BB, que tem um custo de capital maior, em decorrência de
que o negócio é mais arriscado.
 
ATIVIDADE
O desempenho de um centro de custo discricionário pode ser medido
por:
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A. Analise patrimonial (adquiriu ou desfez de um patrimônio?)
B. Analise da execução das tarefas (fez o que deveria ter feito?)
C. Analise da tempestividade de suas tarefas (o que deveria ter sido feito
foi feito no prazo?)
D. Análise qualitativa das tarefas ( o que deveria ter sido feito foi feito
dentro dos padrões de qualidade previstos?)
E. Analise da execução orçamentária (gastou o que poderia ter gasto?)
REFERÊNCIA
CARDOSO, Ricardo Lopes; Poueri do Carmo Mário; André Carlos Busanelli de Aquino. Contabilidade
Gerencial: mensuração, monitoramento e incentivos. 1. Ed. – São Paulo: Atlas, 2007.
IUDICIBUS, Sérgio de. Contabilidade Gerencial. 6. Ed. – 11. Reimpr. São Paulo: Atlas. 2008.
PADOVEZE, Clóvis Luis. Contabilidade Gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. 7. Ed. –
São Paulo: Atlas, 2010.
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Transações interdepartamentais e
preços de transferência
PROPORCIONAR UMA FORMA DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DO DEPARTAMENTO CONSIDERANDO A
PRODUÇÃO DE BENS E SERVIÇOS OBTIDOS INTERNAMENTE QUE, POR VENTURA, PODERIAM SER
ADQUIRIDOS EXTERNAMENTE COM PREÇOS COMPARÁVEIS.
AUTOR(A): PROF. ARMINDO APARECIDO EVANGELISTA
AUTOR(A): PROF. EDILBERTO PONCE BRACONI
TRANSAÇÕES INTERDEPARTAMENTAIS
As transações interdepartamentais são aquelas realizadas entre os departamentos de uma mesma
empresa.
Interessante notar que as transações interdepartamentais ocorrem independentemente de serem
mensuradas monetariamente.
Por exemplo, o departamento da manutenção presta serviços para a produção (conserto de maquina) e para
o escritório administrativo (reparo do aparelho de ar-condicionado); o departamento de produção
disponibiliza produtos acabados ao departamento de vendas, que os negocia com o mercado.
Enquanto os centros de responsabilidade forem tratados como centros de custos ou centros de receita, não
há a necessidade de se mensurar monetariamente tais transações.
Pode-se dizer que o grande potencial informativo das transações interdepartamentais está em identificar os
centros geradores de resultados que produzem bens e serviços internamente, transferindo-os para centros
de resultados dentro da própria empresa.
O objetivo da mensuração desses resultados consiste na possibilidade de comparação do resultado dos
produtos e serviços produzidos internamente, em relação a possíveis fornecedores potenciais dos mesmos
produtos e serviços que atuem fora da empresa.
Essa possibilidade de comparação co preços externos caracteriza a adoção do conceito de custo de
oportunidade de preços de mercado e é o ponto referencial para eventual decisão de terceirização
(outsourcing).
Dessa forma, o conceito de contabilizar transações interdepartamentais que produzem e fornecem produtos
e serviços dentro da própria empresa é ponto fundamental de analise de desempenho de seus responsáveis,
incorporando parâmetros externos de avaliação, permitindo, tanto ao responsável do centro transferidor
como o responsável pelo centro recebedor do produto ou serviço produzido internamente, um referencial
de valor econômico da atividade prestada e servida.
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TRANSFERÊNCIA INTERNA
Os produtos e serviços produzidos internamente e transferidos dentro da própria empresa podem
ser identificados nos macroprocessos produtivos ou comerciais
Vejamos alguns exemplos:
Atividades agrícolas ou da pecuária fornecedores de matéria prima para usinas de produção finais (lavoura
de cana de açúcar para produção de álcool ou açúcar, criação de gado leiteiro para produção de lacticínios
etc.);
Atividades de manufatura, fornecedoras de peças e conjuntos para montagem final (fundição fornecendo
para indústria de autopeças, fabricação de componentes fornecendo para montagem de veículos ou bens
duráveis, etc.); e
Atividades de serviços complementares, fornecedoras para produtos finais (setores de pintura fazendo o
acabamento de produtos e de embalagem e expedição concluindo a apresentação final do produto, entre
outros etc.).
PRODUTOS E SERVIçOS DE APOIO
Internamente, há também a produção de bens e serviços de apoio às principais atividades
operacionais.
As unidades produtoras desses serviços também podem ser caracterizadas como centro de resultados.
Como exemplos desses serviços de apoio podemos citar os setores de:
Recursos Humanos – que presta serviços de treinamento, recrutamento e seleção para as demais áreas
operacionais da empresa;
Assistência Técnica – que presta serviços para a área de comercialização;
Tecnologia de Informação – que presta serviços para todas as áreas da empresa;
Manutenção – que pode tanto prestar serviços específicos paraa área industrial como para as demais áreas
da empresa;
Suprimentos – que presta serviços para todas as áreas da empresa.
E assim, todas as áreas da empresa tipificadas como área de apoio também prestam um serviço para outra
área da empresa.
A dificuldade de obtenção de preços de venda para esses serviços tem sido o principal argumento para a não
adoção do conceito de centros de lucros para os setores de apoio.
Contudo, todos os serviços têm um preço de mercado e, portanto, podem ser objeto de contabilidade
interdepartamental.
A eventual dificuldade na obtenção do preço de mercado e, consequentemente, da mensuração da receita
dessas atividades de apoio não pode ser o empecilho para não considera-las como centro de resultados.
A questão principal é a relevância ou não dessas atividades no conjunto das operações da empresa.
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Se elas forem significativas e impactarem os resultados das demais atividades, deverão ser incluídas no
conjunto da contabilidade interdepartamental da empresa, uma vez que atendem os três requisitos
fundamentais, ou seja: tem serviços identificáveis, os serviços são vinculados a uma unidade organizacional
e há gestor responsável pela unidade.
Entretanto, a atribuição de valor monetário às transações interdepartamentais é fundamental, quando se
tratar de centros de resultado e centros de investimento.
Esse valor monetário é denominado preço de transferência.
PREÇO DE TRANSFERÊNCIA
É o valor obtido pelo método de mensuração da receita dos produtos e serviços transferidos
internamente.
Corresponde ao custo de oportunidade de vender internamente, ou seja, o que se deixa de ganhar por não
vender no mercado (ambiente externo a empresa).
Considerando-se que o preço de transferência é utilizado para mensurar o desempenho dos centros de
responsabilidade (e de seus gestores), é razoável supor que haverá disputas entre os gestores para se
estabelecer tal preço.
A intensidade dessas disputas e a busca do autointeresse (oportunismo) podem levar os gestores a
tomar decisões que melhorem o desempenho de seus centros de responsabilidade em detrimento do
desempenho da organização como um todo.
Portanto, especial cuidado deve ser tomado quando do estabelecimento do preço de transferência.
Alguns critérios podem ser considerados para se formar o preço de transferência.
Os principais critérios para preços de transferência são:
Custo real – não é recomendado transferir produtos e serviços mensurando sua receita pelo custo real, pois
não traz nenhuma vantagem informacional ou motivacional. Alem disso, a adoção do conceito do custo real
não permite, em principio, a obtenção de um lucro, já que o total da receita será igual ao dos gastos,
portanto, não permite uma avaliação de eficiência operacional nem eficácia em termos de lucro.
Custo padrão – é uma variação de preço de transferência baseado em custo, e menos problemático que o
custo real, porém com a possibilidade de conter riscos semelhantes. Se os padrões forem construídos
buscando realmente os custos que deveriam ser, em condições de competitividade externa, pelo menos este
critério poderá medir a eficiência operacional.
Custo padrão mais margem de lucro – é uma variação do critério de custo padrão acrescentando ao custo
uma margem padrão de lucratividade, buscando aspectos adicionais de motivação. É um dos critérios
bastante usados nas empresas.
Preço de mercado – é o critério mais indicado, pois praticamente qualquer produto e serviço sejam eles
intermediários ou finais, tem um preço de mercado. É o preço que seria pago caso fosse adquirido de um
fornecedor externo á empresa. Esse critério é objetivo pois é aferido pelo mercado, evita discussões pois o
mercado é dado por entidades externas à empresa e incorpora competitividade, pois dá referencial externo
às atividades internas da empresa.
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Preço negociado – quando existir algum problema grave para a obtenção de preço de mercado, a alternativa
poderá ser a negociação entre as partes envolvidas de um preço de transferência. Como base, poderia ser
usado o custo padrão.
Preço arbitrado – eventualmente, um produto ou serviço intermediário pode não ter preço de mercado (um
produto inédito) assim a administração determina que seja executado internamente. Se não se conseguir o
preço de transferência com nenhum critério já citados, a alta administração deverá arbitrar o preço e
valorar as transferências.
Exemplo de aplicabilidade:
Uma indústria é segmentada por três divisões, com os seguintes dados apurados até o momento: (1) Divisão
de Tecelagem transferiu produtos para a (2) Divisão de Tinturaria, avaliado em R$12.000 e que a (3) Divisão
Tinturaria transferiu produtos para a Divisão Acabamento, avaliados em R$19.200.
Pergunta-se: Qual o resultado final de cada Divisão?
Primeiramente identificam-se os valores apurados de cada divisão com aquilo comprado e vendido com os
fornecedores e clientes externos à empresa.
 
Item: Tecelagem Tinturaria Acabamento
Vendas externas -0- -0- R$25.000
Custos (R$10.000) (R$4.000) (R$3.000)
Resultado I (R$10.000) (R$4.000 R$22.000
 
Considerando a particularidade de cada divisão, apuraram-se os seguintes resultados primários que aqui
chamamos de Resultado I.
Divisão Tecelagem = (R$10.000);
Divisão Tinturaria = (R$4.000); e
Divisão Acabamento = R$22.000.
A Divisão de Tecelagem transferiu produtos para a Divisão de Tinturaria, avaliado em R$12.000, ou seja,
esse valor será considerado receita de venda interna da Divisão de Tecelagem, veja o novo resultado:
 
Item: Divisão Tecelagem
Vendas externas -0-
Custos (R$10.000)
Resultado I (R$10.000)
Transferências / Vendas internas R$12.000
Resultado II R$2.000
 
Percebe-se que a partir do resultado I da Divisão Tecelagem que é (R$10.000) e considerando a receita de
venda externa o resultado II da Divisão Tecelagem passou para R$2.000.
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Já a Divisão de Tinturaria, como comprou os produtos da Divisão Tecelagem custando R$12.000 logo após
processar o seu serviço vendeu/transferiu seus produtos para a Divisão Acabamento, avaliados em
R$19.200. Ou seja, teve um custo interno de R$12.000 e uma receita interna de R$19.200.
 
Item: Tecelagem Tinturaria
Vendas externas -0- -0-
Custos( (R$10.000) (R$4.000)
Resultado I (R$10.000) (R$4.000)
Transferências R$12.000 R$7.200
Vendas internas R$12.000 R$19.200
Compras internas -0- (R$12.000)
Resultado II R$2.000 R$3.200
 
Percebe-se que a partir do resultado I da Divisão Tinturaria que é (R$4.000) e considerando as informações
de transferências internas (compras e vendas) o resultado II da Divisão Tinturaria passou para R$3.200.
Já a Divisão de Acabamento é a atividade final da empresa e não possui vendas internas, mas é um cliente
interno da Divisão de Tinturaria, assim nesse período adquiriu internamente produtos e serviços no
montante de R$19.200.
 
Item: Tecelagem Tinturaria Acabamento
Vendas externas -0- -0- R$25.000
Custos (R$10.000) (R$4.000) (R$3.000)
Resultado I (R$10.000) (R$4.000) R$22.000
Transferências R$12.000 R$7.200 (R$19.200)
Vendas internas R$12.000 R$19.200 -0-
Compras internas -0- (R$12.000) (R$19.200)
Resultado II R$2.000 R$3.200 R$2.800
 
Percebe-se que a partir do resultado I da Divisão Acabamento que é R$22.000 e considerando as
informações de transferências internas (compras e vendas) o resultado II da Divisão Tinturaria passou para
R$2.800.
Se considerarmos a hipótese de ativos disponíveis para as Divisões Tecelagem, Tinturaria e Acabamento
comos montantes de R$30.00; R$45.000 e R$25.000 respectivamente teríamos os seguintes resultados:
Item: Tecelagem Tinturaria Acabamento
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Resultado II R$2.000 R$3.200 R$2.800
Dividido por / / /
Ativos a disposição R$30.000 R$45.000 R$25.000
ROI 6,7% 7,1% 11,2%
 
Esse tipo de analise é fundamental para avaliar o desempenho dos gestores das diversas áreas da empresa e
juntando as informações de ativos disponíveis em cada área, ou seja, os valores investidos em cada área
pode-se calcular o retorno que cada área está ou não proporcionando para a empresa.
De forma geral, o resultado global da empresa permanece intacto, ou seja, esse trabalho está direcionado a
proporcionar o desempenho exclusivo de cada área, setor ou departamento.
Item: Resultado Global
Vendas externas R$25.000
Custos (R$17.000)
Resultado I R$8.000
Transferências - 0 -
Vendas internas R$31.200
Compras internas (R$31.200)
Resultado II R$8.000
 
ATIVIDADE
A empresa Uniger tem duas Divisões, Sul e Norte. 
A divisão Sul transfere toda a sua produção para a divisão Norte por
R$25,00 a unidade, tendo como custos variáveis unitários R$15,00. A
divisão Norte vende (externamente) toda a sua produção por R$100,00
a unidade, e tem custos variáveis unitários específicos de R$40,00. 
Assim, considerando essas informações e o preço de transferência, o
resultado unitário de cada divisão é:
A. Divisão Sul R$25,00; Divisão Norte R$100,00
B. Divisão Sul R$15,00; Divisão Norte R$40,00
C. Divisão Sul R$125,00; Divisão Norte R$55,00
D. Divisão Sul R$10,00; Divisão Norte R$60,00 
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E. Divisão Sul R$10,00; Divisão Norte R$35,00
REFERÊNCIA
CARDOSO, Ricardo Lopes; Poueri do Carmo Mário; André Carlos Busanelli de Aquino. Contabilidade
Gerencial: mensuração, monitoramento e incentivos. 1. Ed. – São Paulo: Atlas, 2007.
IUDICIBUS, Sérgio de. Contabilidade Gerencial. 6. Ed. – 11. Reimpr. São Paulo: Atlas. 2008.
PADOVEZE, Clóvis Luis. Contabilidade Gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. 7. Ed. –
São Paulo: Atlas, 2010.
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Analise de rentabilidade de produtos
PROPORCIONAR UM ESTUDO SOBRE O PRODUTO - PREÇO - CUSTO - RENTABILIDADE. DE FORMA
UNITÁRIA E FAMÍLIA DE PRODUTOS, BEM COMO O SEU CICLO DE VIDA E SUA RENTABILIDADE.
AUTOR(A): PROF. ARMINDO APARECIDO EVANGELISTA
AUTOR(A): PROF. EDILBERTO PONCE BRACONI
UM DOS TEMAS MAIS COMPLEXOS é A ANALISE
DE RENTABILIDADE DE PRODUTOS
Contudo, este procedimento, que deve ser feito rotineiramente é vital para o acompanhamento das
atividades e dos resultados das empresas. Tendo em vista a complexidade desta analise extraída dos
números sejam embasadas em dados globais nunca em dados unitários ou individuais.
Métodos de custeamento dos produtos
A base conceitual para analise de rentabilidade é o método do custeamento de produtos, ou seja, a
metodologia usada para apuração do custo unitário dos produtos.
A adoção irrestrita de um único método, que não seja o adequado, pode levar a decisões equivocadas e até
danosas para a empresa.
Os principais métodos de custeio unitário dos produtos são:
1. Custeio direto ou variável;
2. Custeio por absorção;
3. Custeio por atividades; e
4. Teoria das restrições.
Sendo que o custeio por atividades é uma variante do custeio por absorção, enquanto a teoria das restrições
é uma variante do custeio variável, veja a estrutura conceitual dos custeios:
 
CUSTEIO POR ABSORÇÃO CUSTEIO ABC CUSTEIO VARIAVEL TEORIA DAS RESTRIÇÕES
Preço de Venda Preço de Venda Preço de Venda Preço de Venda
(-) Custo (-) Custo (-) Custo variáveis (-) Custo dos materiais
Materiais Materiais Materiais = contribuição da produção
Mão de obra direta¨ Mão de obra direta¨ Mão de obra direta¨ (-) despesas operacionais
Custos indiretos absorvidos Custos das atividades = Margem de contribuição Mão de obra direta
MATEMÁTICA FINAN… 2
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custo indireto 1 atividade 1 (-) custo fixo 1 (-) custo fixo 1
custo indireto 2 atividade 2 (-) custo fixo 2 (-) custo fixo 2
custo indireto n atividade n (-) custo fixo n (-) custo fixo n
= Margem liquida = Margem liquida = Margem liquida = Margem liquida
Fonte: Padoveze (2010)
ANáLISE DA RENTABILIDADE UNITáRIA DOS
PRODUTOS
O primeiro tipo de analise de rentabilidade que comumente é solicitado é a analise da rentabilidade
unitária do produto.
Esta analise é extremamente simples porque, utilizado um método de apuração do custo unitário, basta
analisar o custo unitário obtido com o preço de venda.
Obviamente, se estamos com custos padronizados, deveríamos contrapor com preços de venda
padronizados; se estamos com custos orçados, deveríamos contrapor com preços esperados; se estamos
com custos reais, deveríamos contrapor com preços de venda realmente obtidos.
Exemplos de aplicabilidade
Custo unitário pelo custeio por absorção
Item: Produto AA Produto BB
Preço de venda R$100,00 R$60,00
(-) Custos    
Materiais diretos (R$28,00) (R$22,00)
Mao de obra direta (R$12,00) (R$8,00)
Custos indiretos absorvidos (R$42,00) (R$28,00)
(-) Custo total (R$82,00) (R$58,00)
= Margem Operacional R$18,00 R$2,00
% de lucro 18,0% 3,3%
 
Custo unitário pelo custeio ABC
Item: Produto AA Produto BB
Preço de venda R$100,00 R$60,00
(-) Custos    
Materiais diretos (R$28,00) (R$22,00)MATEMÁTICA FINAN… 2
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Mao de obra direta (R$12,00) (R$8,00)
Custos das atividades    
Preparação da maquina (R$21,00) (R$3,75)
Ordem de produção (R$15,20) (R$5,70)
Horas máquina (R$28,00) (R$13,00)
(-) Custo total (R$104,20) (R$52,45)
= Margem Operacional (R$4,20) R$7,55
% de lucro -4,20% 12,6%
 
Custo unitário pelo custeio variável
Item: Produto AA Produto BB
Preço de venda R$100,00 R$60,00
(-) Custos    
Materiais diretos (R$28,00) (R$22,00)
Mao de obra direta (R$12,00) (R$8,00)
(-) Custo total (R$40,00) (R$30,00)
= Margem de contribuição R$60,00 R$30,00
% de lucro 60,0% 50,0%
 
Custo unitário pela teoria das restrições
Item: Produto AA Produto BB
Preço de venda R$100,00 R$60,00
(-) Custo    
Materiais diretos (R$28,00) (R$22,00)
(-) Custo total (R$28,00) (R$22,00)
= Contribuição da produção R$72,00 R$38,00
% de lucro 72,0% 63,3%
 
Partindo dos dados do custo unitário dos produtos AA e BB, fica evidente que a adoção de determinado
critério direcionara a decisão.
Analisando os extremos, se a empresa estiver adotando o custeio ABC, o produto AA poderia ser eliminado,
pois é deficitário. Inversamente, pela analise da teoria das restrições, o produto AA é o mais rentável e
deveria continuar sendo enfatizado. MATEMÁTICA FINAN… 2
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ANáLISE DA RENTABILIDADE TOTAL DOS
PRODUTOS
Normalmente, a análise de rentabilidade unitária é insuficiente para a tomada de decisão.
O próximo passo é analisar os dados de custos unitários, associados aos gastos totais fixos, juntamente com
os volumes produzidos ou vendidos, reais ou esperados, dentro de um período de tempo, normalmente um
ano.
Partindo do pressuposto que o produto AA vende em média 5.000 unidades por ano e o produto BB vende
20.000 unidades porano, e considerando os custos fixos totais de R$770.000,00 faremos uma nova analise,
agora considerando volumes anuais e também os gastos fixos.
Exemplos de aplicabilidade
Custos totais pelo custeio por absorção
Item: Produto AA Produto BB Total
Quantidades anuais 5.000 20.000  
Receita de venda R$500.000,00 R$1.200.00,00 R$1.700.00,00
(-) Custos      
Materiais diretos (R$140.000,00) (R$440.000,00) (R$580.000,00)
Mao de obra direta (R$60.000,00 (R$160.000,00) (R$220.000,00)
Custos indiretos absorvidos (R$210.000,00) (R$560.000,00) (R$770.000,00)
(-) Custo total (R$410.000,00) (R$1.160.000,00) (R$1.570.000,00)
= Margem Operacional R$90.000,00 R$40.000,00 R$130.000,00
% de lucro 18,0% 3,3% 7,65%
Participação % no total do lucro 69,2% 30,8% 100,0%
 
Custos totais pelo custeio ABC
Item: Produto AA Produto BB Total
Quantidades anuais 5.000 20.000  
Receita de venda R$500.000,00 R$1.200.00,00 R$1.700.00,00
Custos      
Materiais diretos (R$140.000,00) (R$440.000,00) (R$580.000,00)
Mao de obra direta (R$60.000,00) (R$160.000,00) (R$220.000,00)
Custos das atividades (R$321.000,00) (R$449.000,00) (R$770.000,00)
Preparação da maquina (R$105.000,00) (R$75.000,00) (R$180.000,00)MATEMÁTICA FINAN… 2
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Ordem de produção (R$76.000,00) (R$114.000,00) (R$190.000,00)
Horas máquina (R$140.000,00) (R$260.000,00) (R$400.000,00)
(-) Custo total (R$521.000,00) (R$1.049.000,00) (R$1.570.000,00)
= Margem Operacional (R$21.000,00) R$151.000,00 R$130.000,00
% de lucro -4,20% 12,6% 7,65
Participação % no total do lucro -16,1% 116,1% 100,0%
 
Custos totais pelo custeio variável
Item: Produto AA Produto BB Total
Quantidades anuais 5.000 20.000  
Receita de venda R$500.000,00 R$1.200.00,00 R$1.700.00,00
(-) Custos      
Materiais diretos (R$140.000,00) (R$440.000,00) (R$580.000,00)
Mao de obra direta (R$60.000,00) (R$160.000,00) (R$220.000,00)
(-) Custo total (R$200.000,00) (R$600.000,00) (R$800.000,00)
= Margem de contribuição R$300.000,00 R$600.000,00 R$900.000,00
(-) Custo fixos - - (R$770.000,00)
= Margem Operacional - - R$130.000,00
% de lucro 60,0% 50,0% 7,65%
Participação % no total da margem de contribuição 33,3% 66,7% 100,0%
 
Custos totais pela teoria das restrições
Item: Produto AA Produto BB Total
Quantidades anuais 5.000 20.000  
Receita de venda R$500.000,00 R$1.200.00,00 R$1.700.00,00
(-) Custos      
Materiais diretos (R$140.000,00) (R$440.000,00) (R$580.000,00)
(-) Custo total (R$140.000,00) (R$440.000,00) (R$580.000,00)
= Contribuição da produção R$360.000,00 R$760.000,00 R$1.120.000,00
(-) Despesas Operacionais      
Mão de obra direta - - (R$220.000,00)
Custos indiretos fixos - - (R$770.000,00)
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Margem Operacional - - R$130.000,00
% de lucro 72,0% 63,33% 7,65%
Participação % no total da contribuição da produção 32,1% 67,9% 100,0%
 
Com os dados dos custos anuais, a análise de rentabilidade apresenta-se bastante diferente, no custeio
ABC, continua o produto AA com margem negativa, prejudicando o resultado total em 16,1%.
Contudo, no custeio variável e na teoria das restrições, o produto AA, que é o mais rentável unitariamente,
não participa tanto do lucro total como o produto BB, que dado seu volume e preço, contribui para mais de
dois terços do resultado total, para depois cobrir os custos fixos.
ANáLISE DA RENTABILIDADE DOS
INVESTIMENTOS DOS PRODUTOS
Partindo de um pressuposto de que os diversos produtos ou divisões fabricadoras e
comercializadoras de linha de produtos exigem montantes de investimentos diferenciados para o
processo produtivo da rentabilidade dos investimentos associados aos produtos, no conceito do ROI
(Return On Investment).
Igualmente, sabe-se que dentro de uma empresa nem todos os investimentos (ativos) são passiveis de ser
identificados diretamente aos produtos, pois existem investimentos (ativos) de utilização geral e não
especifica, tais como ativos dos setores de administração, recursos humanos, manutenção, almoxarifados,
entre outros.
Desta maneira, a analise da rentabilidade anual dos investimentos deve ser bem conduzida, sob pena de
também induzir a decisões não adequadas.
Para esse tipo de analise, os métodos de custeio que mais tem condições de oferecer uma informação
razoável são os custeios por absorção e o custeio ABC, pois esses métodos alocam os custos indiretos. Nos
demais métodos, a analise pode ser prejudicada.
Supondo que a empresa deste exemplo tenha ativos à disposição do produto AA de R$300.000,00 e à
disposição do produto BB de R$600.000,00, alem de R$300.000,00 de ativos de uso geral, pode-se
efetuar uma analise de rentabilidade dos investimentos dos produtos.
Item: Produto AA Produto BB Outros Tota
Ativos a disposição R$300.000,00 R$600.000,00 R$300.000,00 R$1.200.000,00
Lucro Líquido        
Custeio Por absorção R$90.000,00 R$40.000,00 - R$130.000,00
ROI anual 30,0% 6,67% - 10,83%
Custeio ABC (R$21.000,00) R$151.000,00 - R$130.000,00
ROI anual -7,0% 25,17% - 10,83%
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Margem de Contribuição        
Custeio variável R$300.000,00 R$600.000,00 - R$130.000,00*
ROI anual 100,0% 100,0% - 10,83%
Contribuição da Produção        
Teoria das restrições R$360.000,00 R$760.000,00 - R$130.000,00*
ROI anual 120,0% 126,67% - 10,83%
*Lucro Liquido final após os custos fixos/despesas operacionais
 
Nesta análise, o produto AA pelo custeio por absorção apresenta ótima rentabilidade, enquanto o produto
BB apresenta uma rentabilidade positiva, mas fraca. No custeio ABC, o produto BB apresenta ótima
rentabilidade também.
ANáLISE DA RENTABILIDADE DO CICLO DE VIDA
DOS PRODUTOS
Em adição ao aprofundamento da analise de rentabilidade, é necessário verificar também em
quanto tempo os produtos estarão disponíveis ao mercado.
Todo produto tem seu ciclo de vida de nascimento, maturação e morte.
Denomina-se a esse ciclo, ciclo de vida dos produtos, tempo em que os investimentos efetuados para sua
produção e comercialização sejam recuperados.
Assim, grandes investimentos em produtos de ciclos de vida rápidos devem ter altas taxas anuais de
retorno. O oposto é valido.
Produtos de longo ciclo de vida podem ter uma rentabilidade anual de investimento menor, pois
durarão mais tempo e poderão recuperar o investimento em maior quantidade de anos.
Esta analise é também denominada de rentabilidade do projeto.
Identicamente à analise de rentabilidade dos investimentos dos produtos, esta analise é muito
prejudicada quando se utiliza os métodos de custeio variável e da teoria das restrições, sendo
apenas razoável para os outros dois métodos.
Saliente-se ainda que, não necessariamente os ativos desses produtos, quando do termino de seu
ciclo de vida, serão inutilizados.
O mais comum, ao contrario, é a continuidade de sua utilização para outros produtos, ou como é
frequente, para produtos similares ou substitutos dos atuais.
Quando dessa ocorrência, o adequado seria refazer os cálculos, alongando o ciclo de vida,
considerando os produtos substitutos, bem como adicionar aos ativos os novos investimentos para
modernização ou ampliação dos ativos à disposição dos produtos.
Continuando nosso exemplo, faremos a suposição de que o produto AA tenha um ciclo de vida
estimado de 3,5 anos e o produto BB um ciclo de vida estimado em 10 anos.
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Partindo da premissa que as rentabilidades anuais sejam mantidas, bastamultiplicar a
rentabilidade anual pelo numero de anos previsto para o ciclo de vida de cada produto, dividindo o
resultado pelos ativos à disposição.
Em principio, o retorno deve ser substancialmente maior do que 100% para garantir o retorno dos
investimentos.
 
Item: Produto AA Produto BB Outros Total
Ativos a disposição R$300.000,00 R$600.000,00 R$300.000,00 R$1.200.000,00
Ciclo de vida em anos 3,5 10,0 - 10,0*
Lucro Líquido        
Custeio Por absorção R$315.000,00 R$400.000,00 - R$1.300.000,00
ROI do projeto 105,0% 66,67% - 108,33%
Custeio ABC (R$73.500,00) R$1.510.000,00 - R$1.300.000,00
ROI do projeto -24,5% 251,67% - 108,33%
Margem de Contribuição        
Custeio direto R$1.050.000,00 R$6.000.000,00 - R$1.300.000,00
ROI do projeto 350,0% 1.000,0% - 108,33%
Contribuição da Produção        
Teoria das restrições R$1.260.000,00 R$7.600.000,00 - R$1.300.000,00*
ROI do projeto 420,0% 1.266,67% - 108,33%
*considerou-se 10 anos para o total, partindo do pressuposto de que o substituto do produto AA
dará uma rentabilidade anual semelhante.
 
Nesta analise, o produto AA que tinha uma boa rentabilidade anual no método por absorção (um ROI de
30,0% ao ano) apresenta pouca rentabilidade de projeto, pois seu ciclo de vida é muito curto para os
investimentos necessários.
Por esse mesmo método, também o produto BB poderia ser descontinuado, pois sua rentabilidade é
negativa (não alcançou o retorno de 100% em 10 anos).
Contudo, se considerarmos as rentabilidades de projeto pelo custeio variável ou a teoria das restrições,
ambos os produtos são altamente rentáveis.
Nesse caso, para aceitar essa consideração, deve-se ter o pressuposto que os custos fixos serão permanentes
e necessários para qualquer tipo de produto que a empresa vá fazer no futuro.
Com relação ao retorno final do lucro liquido total, já descontados os custos e despesas
operacionais fixas, 108,33% de rentabilidade de projeto é muito baixo, já que, em 10 anos, por
exemplo, uma taxa de 12% ao ano, composta anualmente, a mínimo a ser esperado seria um retorno
de 310,58%.
ATIVIDADE MATEMÁTICA FINAN… 2
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Considere que a empresa Patrocinio S/A produz e vende um único
produto denominado VENCE com as seguintes informações ( ativos à
disposição do produto R$1.000.000,00; preço de venda unitário
R$100,00; custo variável unitário R$30,00; quantidade vendida no ano
5.000 unidades; ciclo de vida de 4 anos) calcule e responda, pelo
método do custeio direto: qual é o ROI anual e qual é o ROI do projeto?
A. ROI anual de 25,0% e ROI do projeto de 400,0%
B. ROI anual de 70,0% e ROI do projeto de 35,0%
C. ROI anual de 45,0% e ROI do projeto de 100,0%
D. ROI anual de 55,0% e ROI do projeto de 140,0%
E. ROI anual de 35,0% e ROI do projeto de 140,0%
REFERÊNCIA
IUDICIBUS, Sérgio de. Contabilidade Gerencial. 6. Ed. – 11. Reimpr. São Paulo: Atlas. 2008.
PADOVEZE, Clóvis Luis. Contabilidade Gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. 7. Ed. –
São Paulo: Atlas, 2010.
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Método de análise de investimentos
através do valor presente líquido
(VPL)
ANALISAR A MELHOR VIABILIDADE DE INVESTIMENTO EM PROJETOS COM A FERRAMENTA VPL , OU
SEJA , TRAZER A VALOR PRESENTE AQUILO QUE SERÁ DESEMBOLSADO NO FUTURO E AVALIAR SE É
BENÉFICO OU NÃO, E ASSIM TOMAR A DECISÃO MAIS ASSERTIVA.
AUTOR(A): PROF. ARMINDO APARECIDO EVANGELISTA
AUTOR(A): PROF. EDILBERTO PONCE BRACONI
CONCEITO
O método do Valor Presente Líquido (VPL) determina o valor líquido do investimento, descontado
com a Taxa Mínima de Atratividade (TMA) na data zero.
Através deste método pode-se avaliar o investimento no momento presente.
Quando se analisa receitas e despesas, o VPL representa o valor do retorno do investimento ajustado a
valor presente. No entanto, quando o objetivo da analise for essencialmente custos do investimento, o VPL
passa a representar o valor do investimento ajustado para a data presente.
O VPL representa, portanto, o valor líquido, logo, deve-se considerar as entradas com sinal positivo,
enquanto os desembolsos deverão ser considerados com sinal negativo.
Quando analisar-se apenas o custo de um projeto, todos os valores de desembolso poderão ser considerados
com o sinal positivo, tornando-se com sinal negativo eventual recuperação de custo, com valor residual,
redução de perdas e outras eventuais recuperações.
Um projeto é considerado atrativo quando o VPL for positivo, sendo que o projeto que apresenta maior VPL
representa o projeto mais atrativo. Já quando analisa-se apenas os custos de investimentos, a melhor
alternativa é a que apresentar o menor custo na condição de VPL.
O VPL poderá ser calculado através das fórmulas de Valor Presente = PV com capitalização composta ou
séries de prestações, pela calculadora financeira ou planilha eletrônica, a saber:
Para calculo do Valor Presente de uma única parcela: 
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Aplicabilidade do VPL
Uma empresa cuja TMA (Taxa Mínima de Atratividade) é de 12% ao ano pretende efetuar um investimento
de R$10.000,00 que tem retorno projetado conforme a seguir:
1º ano = R$1.000,00
2º ano = R$2.500,00
3º ano = R$2.500,00
4º ano = R$2.500,00
5º ano = R$3.500,00
6º ano = R$4.500,00
 
Determinar o VPL.
Diagrama:
 
Cálculo do VPL com uso de fórmula
Considerando que o valor do retorno anual representa uma serie não uniforme, será necessário calcular o
Valor Presente de cada valor isoladamente para posteriormente determinar-se o VPL, considerando o sinal
de cada elemento do fluxo de caixa e utilizando a seguinte fórmula:
 
 
 
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1º ano:
PV = R$1.000,00 * (1 + 0,12) ¯¹
PV = R$1.000,00 * 0,89286
PV = R$892,96
 
2º ano:
PV = R$2.500,00 * (1 + 0,12) ¯²
PV = R$2.500,00 * 0,79719
PV = R$1.992,98
 
3º ano:
PV = R$2.500,00 * (1 + 0,12) ¯³
PV = R$2.500,00 * 0,71198
PV = R$1.779,45
 
4º ano:
PV = R$2.500,00 * (1 + 0,12) ¯4
PV = R$2.500,00 * 0,63552
PV = R$1.588,80
 
5º ano:
PV = R$3.500,00 * (1 + 0,12) ¯5
PV = R$3.500,00 * 0.56743
PV = R$1.985,99
 
6º ano:
PV = R$4.500,00 * (1 + 0,12) ¯6
PV = R$4.500,00 * 0,50663
PV = R$2.279,84
 
Resumo:
Datas Valor Presente
0 (R$10.000,00)
1 R$892,96
2 R$1.992,98
3 R$1.779,45
4 R$1.588,80
5 R$1.985,99
6 R$2.279,84
VPL R$519,92
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Assim, o calculo demonstra que o Valor Presente Líquido do investimento é de R$519,92, ou seja, o
investimento é atrativo, pois o valor presente dos retornos é superior ao valor presente dos desembolsos.
CáLCULO DO VPL COM USO DE CALCULADORA
FINANCEIRA HP 12C
Para calculo do VPL através da calculadora financeira HP 12c, é necessário utilizar a lógica de fluxo
de caixa (CF) em que serão utilizadas as seguintes funções:
Cfo = valor data zero
CFj = valor do fluxo de caixa a partir da data 1, em sequencia
Nj = números de parcelas iguais em sequencia.  Quando o valor for único, não há necessidade de
informar a quantidade, pois a calculadora assume automaticamente o número 1
i = Taxa Mínima de Atratividade (TMA)
NPV = Valor Presente Líquido
 
Assim,utilizando os dados do nosso exemplo de aplicabilidade, temos:
10.000 CHS gCFo
1.000 g CFj
2.500 g CFJ 3 gNj
3.500 g CFj
4.500 g CFj
12 i
fNPV R$519,92
 
CáLCULO DO VPL COM USO DE PLANILHA
ELETRôNICA MICROSOFT EXCEL
Com o uso da planilha eletrônica Microsoft Excel, é necessária determinar o fluxo de caixa,
conforme já demonstrado, e o VPL através da função financeira do Excel.
Para o calculo do VPL basta informar os dados do investimento na planilha respeitando os sinais positivos e
negativos, relativos a entradas e saídas do caixa e clicar em:
 
fx
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Financeira
VPL
 
Com este comando, a planilha solicita a parametrização das informações do investimento, a saber:
Taxa: informar a célula onde foi informada na planilha a Taxa Mínima de Atratividade (TMA).
Valores: basta clicar no valor do fluxo de caixa liquido da data 1, arrastando-o até o valor do ultimo
período.
 
O VPL determinado por este procedimento ainda não considerou o valor da data zero.
Para determinar o VPL final, é necessário adicionar o valor da data zero.
Para adicionar o valor da data zero, basta clicar F2 no teclado (editar fórmula) e adicionar o valor da célula
do fluxo de caixa da data zero.
Poderá ser efetuado também o calculo de cada valor isoladamente, através da função VP, demonstrada na
coluna de Valor Presente, totalizando-se os valores, conforme modelo demonstrado com o uso da fórmula.
Calculo do VPL
Planilha de investimento - TMA de 12% ao ano
Período Valor Valor Presente
0 (R$10.000.00) (R$10.000.00)
1 R$1.000.00 R$892,96
2 R$2.500.00 R$1.992,98
3 R$2.500.00 R$1.779,45
4 R$2.500.00 R$1.588,80
5 R$3.500.00 R$1.985,99
6 R$4.500.00 R$2.279,84
Total R$6.500.00 R$519,92
  VPL R$519,92
 
Assim, o calculo demonstra que o Valor Presente Líquido do investimento é de R$519,92, ou seja, o
investimento é atrativo, pois o valor presente dos retornos é superior ao valor presente dos desembolsos.
MAIS UMA FORMA DE APLICABILIDADE DO VPL
Analisando o VPL como investidor de uma máquina ou equipamento (bens de capital)
Suponha que a empresa Feliz da Silva está estudando a alternativa de aquisição de um caminhão para
executar o transporte entre as filiais da empresa, o investidor tem a alternativa de aquisição de um
caminhão novo ou de um caminhão usado para executar este serviço.
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A TMA (taxa mínima de atratividade) da empresa é de 18% ao ano para um período de cinco anos de uso do
caminhão.
As informações de aquisição e custos anuais com consumo de combustível e manutenção dos caminhões
são:
 
Dados: Caminhão novo Caminhão usado
Custo de aquisição R$145.000,00 R$65.000,00
Valor residual R$65.000,00 R$30.000,00
Custo anual R$30.000,00 R$45.000,00
 
Para desenvolvimento do exemplo citado, podem-se utilizar calculadora financeira, planilha eletrônica ou
fórmulas, no entanto, neste exemplo estaremos utilizando apenas a planilha eletrônica.
 
Calculo do VPL com o "Caminhão Novo"
TMA de 18% ao ano
 
n Investimento Custo Líquido
0 R$145.000,00 - R$145.000,00
1   R$30.000,00 R$30.000,00
2   R$30.000,00 R$30.000,00
3   R$30.000,00 R$30.000,00
4   R$30.000,00 R$30.000,00
5 (R$65.000,00) R$30.000,00 (R$35000,00)
    VPL TOTAL R$210.403,00
 
Ou seja, use a função financeira VPL – insira a taxa anual de 18% - a seguir insira os valores líquidos dos
períodos 1 a 5 – depois some a célula com o valor do investimento inicial. Chegará ao valor do VPL
calculado.
 
Calculo do VPL com o "Caminhão Usado"
TMA de 18% ao ano
 
n Investimento Custo Líquido
0 R$65.000,00   R$65.000,00
1   R$45.000,00 R$45.000,00
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2   R$45.000,00 R$45.000,00
3   R$45.000,00 R$45.000,00
4   R$45.000,00 R$45.000,00
5 (R$30.000,00) R$45.000,00 R$15.000,00
    VPL TOTAL R$192.609,00
 
Ou seja, use a função financeira VPL – insira a taxa anual de 18% - a seguir insira os valores líquidos dos
períodos 1 a 5 – depois some a célula com o valor do investimento inicial. Chegará ao valor do VPL
calculado.
 
Análise das alternativas:
Mesmo considerando que o custo operacional anual do caminhão usado é 50% superior ao custo do
caminhão novo, em função do valor do investimento do caminhão novo, a melhor alternativa é o caminhão
usado, pois representa o menor Valor Presente Líquido (VPL).
Essa é a melhor alternativa de investimento, pois trata apenas de saídas de caixa e o VPL equivale ao
somatório do valor de todos os desembolsos efetuados, trazidos a valor presente para a data-base
considerada.
Neste tipo de decisão deve ser descartada a opção com o maior VPL, de vez que o investidor estará
buscando o melhor preço de aquisição entre as alternativas apresentadas.
ATIVIDADE
Considere que   um investidor dispõe de R$25.000,00 para investir em
um imóvel, a uma TMA de 24% ao ano e você precisa ajuda-lo a decidir
sobre o melhor VPL, assim responda qual seria a VPL da opção AA e da
opção BB:
Item:
Opção AA
Entradas R$7.000,00
Ano 1 R$6.000,00
Ano 2 R$6.000,00
Ano 3 R$6.000,00
Total da opção R$25.000,00
 
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Opção BB
Entradas R$4.000,00
Ano 1 R$7.000,00
Ano 2 R$7.000,00
Ano 3 R$7.000,00
Total da opção R$25.000,00
A. Opção AA = R$20.000,00 e Opção BB = R$21.000,00
B. Opção AA = R$25.674,00  e Opção BB = R$32.555,00
C. Opção AA = R$18.888,00  e Opção BB = R$17.869,00
D. Opção AA = R$33.000,00  e Opção BB = R$28.500,00
E. Opção AA = R$17.445,00  e Opção BB = R$18.443,00
REFERÊNCIA
KUHNEN, Osmar Leonardo. Matemática financeira empresarial. São Paulo: Atlas, 2006.
PADOVEZE, Clóvis Luis. Controladoria estratégica e operacional: conceitos, estrutura e aplicação. São
Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003.
WERNKE, Rodney. Gestão Financeira: ênfase em aplicações e casos nacionais. Rio de Janeiro: Saraiva, 2008.
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“[...] a taxa interna de retorno é aquela que iguala o valor atual das entradas líquidas de
caixa ao valor atual dos desembolsos relativos ao investimento líquido”.
BRAGA (1998) COMENTA QUE,
Método de análise de investimentos
através da taxa interna de retorno
(TIR)
ANALISAR A MELHOR VIABILIDADE DE INVESTIMENTO COM A FERRAMENTA TIR , OU SEJA ,
EXPRESSAR A RENTABILIDADE RELATIVA (PERCENTUAL) DE UM PROJETO DE INVESTIMENTO EM
TERMOS DE UMA TAXA DE JUROS EQUIVALENTE PARA O PERÍODO E ASSIM TOMAR A DECISÃO MAIS
ASSERTIVA.
AUTOR(A): PROF. ARMINDO APARECIDO EVANGELISTA
AUTOR(A): PROF. EDILBERTO PONCE BRACONI
CONCEITO
A TIR (taxa interna de retorno) representa a taxa de juros que torna nulo o fluxo de caixa líquido.
Ela representa também a taxa efetiva recebida no investimento, desde que os valores de retorno sejam
reaplicados pela TIR, podendo ser calculada ao ano, ao mês ou qualquer outro período.
Esta taxa expressa a rentabilidade relativa (percentual) de um projeto de investimento em termos de uma
taxa de juros equivalente para o período (normalmente, é calculada de forma anual).
Para a determinação da TIR, é fundamental que todos os valores referentes a ingresso de recursos
financeiros seja considerados com o sinal positivo, enquanto as saídas de recursos deverão ser consideradas
com sinal negativo.Logo, só é possível a determinação da TIR quando no projeto forem analisadas as receitas, custos e
despesas, não sendo possível a determinação da TIR quando só forem conhecidos valores de custo do
projeto de investimentos.
A TIR poderá ser calculada de um projeto isolado ou em alternativas de investimentos, sendo fundamental
que a taxa seja calculada para a mesma periodicidades nas diversas alternativas de investimento.
Mesmo com diversas alternativas de investimento, a TIR é calculada com a vida útil de cada investimento
isoladamente. MATEMÁTICA FINAN… 2
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A aceitação ou rejeição do investimento baseado neste método é definida pela comparação feita entre a TIR
encontrada e a taxa de mínima de atratividade exigida pela empresa ou seu custo de capital.
Sendo a TIR superior à TMA ou ao custo de capital, a análise deve recomendar o investimento no projeto,
caso contrário o projeto não deve ser recomendado.
A taxa interna de retorno representa a taxa média periódica de retorno de um projeto suficiente para repor,
de forma integral e exata, o investimento realizado.
Ressalte-se que a taxa média periódica de retorno representa a medida de rentabilidade de um determinado
projeto de investimento em termos de uma taxa de juros equivalente para o período.
O calculo TIR independe de qualquer informação externa ao próprio fluxo de caixa do projeto de
investimento.
Assim, a TIR iguala as saídas e as entradas de um projeto de investimento, produzindo, consequentemente,
um VPL, igual a zero.
Para analisar a TIR, basta compara-la com a TMA (taxa mínima de atratividade).
Se a TIR for superior a TMA ou ao custo de capital, a analise deve recomendar o investimento do projeto,
caso contrário o projeto não deve ser aceito, pois apresentará prejuízo efetivo.
Aplicabilidade do TIR (taxa interna de retorno)
Uma empresa cuja TMA (Taxa Mínima de Atratividade) é de 12% ao ano pretende efetuar um investimento
de R$10.000,00 que tem retorno projetado conforme a seguir:
Determinar a TIR (taxa interna de retorno).
 
Diagrama:
 
Cálculo da TIR com uso de fórmula
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A determinação da TIR é quase impraticável com o uso de fórmulas, a não ser em casos muito simples, em
que temos apenas um valor de investimento e um valor de retorno no final do período, muito incomum em
investimentos.
A TIR é uma taxa que torna nulo o fluxo de caixa, e é necessário determinar o VPL do investimento,
utilizando uma taxa de juros que torne verdadeira esta afirmação, o que só é possível através de muitas
tentativas, tornando-se quase inviável a sua aplicação.
Para determinar a TIR, temos que determinar o Valor Presente de cada valor, isoladamente, utilizando o
procedimento de capitalização composta, com a seguinte fórmula:
 
 
Assim, para determinar a TIR, temos:
0 = -R$10.00,00 + R$1.000,00 * (1 + i) ¯¹ + R$2.500,00 * (1 + i) ¯² + R$2.500,00 * (1 + i) ¯³ + R$2.500,00 * (1 +
i) ¯4 + R$3.500,00 * (1 + i) ¯5 + R$4.500,00 * (1 + i) ¯6
 
Logo, para determinar a TIR, é necessário aplicar uma taxa, até que o VPL do fluxo de caixa seja
efetivamente igual a zero, podendo ser necessário efetuar inúmeras tentativas, necessitando-se de muito
tempo e transpiração para encontrar a TIR.
Assim, é fundamental o uso de calculadoras financeiras ou planilhas eletrônicas para a determinação da
TIR.
 
Cálculo da TIR com uso de calculadora financeira HP 12c
Para calculo da TIR através da calculadora financeira HP 12c, é necessário utilizar a lógica de fluxo de caixa
(CF) idêntica ao procedimento para determinar o VPL, utilizando a função IRR para determinação da TIR.
Cfo = valor data zero
CFj = valor do fluxo de caixa a partir da data 1, em sequencia
Nj = números de parcelas iguais em sequencia. Quando o valor for único, não há necessidade de informar a
quantidade, pois a calculadora assume automaticamente o número 1.
IRR = Taxa Interna de Retorno
 
Assim, utilizando os dados do nosso exemplo de aplicabilidade, temos:
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Quando se calcula a IRR, eventualmente a calculadora poderá apresentar o ERROR 3, que significa que, face
à dificuldade da analise do fluxo de caixa, é necessário informar uma estimativa, facilitando assim a lógica
do calculo.
Normalmente, se informarmos a TMA no “i”, já conseguirá chegar ao resultado.
Logo que a calculadora exibir o ERROR 3, deve-se efetuar o seguinte procedimento: informar uma taxa
(TMA) na função “i” e na sequencia pressionar as teclas “RCL” “g” “R/S”.
No exemplo em analise, a IRR foi determinada sem o procedimento citado, pois se trata de um fluxo de
caixa simples, com poucos elementos.
 
Cálculo da TIR com uso de planilha eletrônica Microsoft Excel
 
Com o uso da planilha eletrônica Microsoft Excel, é necessária determinar o fluxo de caixa, conforme já
demonstrado, e a TIR através da função financeira do Excel.
Para o calculo da TIR, basta utilizar essa função no Excel, clicando no valor líquido da data zero e
arrastando-o até a data “n”.
Para a determinação da TIR, também poderá ser necessária a informação de uma estimativa, bastando
informar a TMA como estimativa.
Raramente o Excel necessita desta informação, pois só será indispensável em fluxos muito complexos,
envolvendo muitos períodos.
 
 
 
A TIR do projeto de investimento é de 13,503% ao ano, ou seja, o investimento é atrativo, pois a TIR excede
o mínimo estabelecido através da TMA, ou seja, 12% ao ano.
No entanto, a TIR implica em replicarmos os retornos periódicos pela mesma taxa, ou seja, TIR.
 
Mais uma forma de aplicabilidade da TIR
Um investidor tem duas propostas para investimento financeiro e precisa de ajuda para tomar a decisão
mais assertiva possível.
Seguem as informações:
Proposta número um – investir R$200.000,00 no ato e receber nos primeiros cinco anos parcelas anuais de
R$37.500,00 e nos outros cinco anos restantes outras cinco parcelas anuais de R$44.500,00. Ou seja, oMATEMÁTICA FINAN… 2
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fluxo de caixa receberá os recursos em dez anos consecutivos.
Proposta número dois – investir R$120.000,00 no ato e receber nos primeiros cinco anos parcelas anuais
de R$24.000,00 e nos outros cinco anos restantes outras cinco parcelas anuais de R$28.000,00. Ou seja, o
fluxo de caixa receberá recursos em dez anos consecutivos.
Considerando uma TMA (taxa mínima de atratividade) de 16% ao ano – calcule a proposta mais assertiva e
que deverá ser aceita pelo investidor.
Resumo:
 
 
Resolução através da calculadora financeira HP12C:
 
Proposta número um:
R$200.000,00 CHS g CFo
R$37.500,00 g CFj 5g Nj
R$44.500,00 g CFj 5g Njf
IRR = 15,% ao ano
 
Proposta número dois:
R$120.000,00 CHS g CFo
R$24.000,00 g CFj 5g Nj
R$28.000,00 g CFj 5g Njf
IRR = 16,5% ao ano
 
Resolução através da planilha eletrônica Microsoft Excel:
Proposta número um:
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Proposta número dois:
Resposta: Com os resultados apresentados apenas a proposta número dois que apresentou uma TIR (taxa
interna de retorno) de 16,5% é atraente, pois supera a TMA (taxa mínima de retorno) que é de 16,0%.
Já a proposta de número um apresentou uma TIR (taxa interna de retorno) de 15,0% deve ser
desconsiderada, pois apresentou-se abaixo da TMA (taxa mínima de retorno), assim causaria um prejuízo
na comparação.
Portanto, o investidor deverá investiros seus recursos na proposta de número dois.
ATIVIDADE
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Considere que  um investidor dispõe de R$25.000,00 para investir e
receberá os recursos aplicados em três anos consecutivos sendo que na
proposta XYZ receberá três parcelas anuais de valores iguais e que na
opção XPTO receberá valores alternados. Você precisa ajuda-lo a
decidir sobre a melhor TIR (taxa interna de retorno), assim responda
qual é a TIR da opção XYZ e da opção XPTO:
Opção XYZ 
Investimento Ano 0 - R$25.000,00
Ano 1- R$10.000,00
Ano 2 - R$10.000,00
Ano 3 - R$10.000,00 
TIR da opção XYZ - ?
 
Opção XPTO 
Investimento Ano 0 - R$25.000,00
Ano 1 - R$12.000,00
Ano 2 - R$10.000,00
Ano 3 - R$8.000,00
TIR da opção XPTO - ?
A. Opção XYZ = 12,50% e Opção XPTO = 13,25%
B. Opção XYZ = 8,25% e Opção XPTO = 11,90%
C. Opção XYZ = 10,6% e Opção XPTO = 9,60%
D. Opção XYZ = 9,70% e Opção XPTO = 10,45%
E. Opção XYZ = 12,0% e Opção XPTO = 14,50%
REFERÊNCIA
BRAGA, Roberto. Fundamentos e técnicas de administração financeira. 1ª ed., São Paulo: Atlas, 1998
KUHNEN, Osmar Leonardo. Matemática financeira empresarial. São Paulo: Atlas, 2006.
PADOVEZE, Clóvis Luis. Controladoria estratégica e operacional: conceitos, estrutura e aplicação. São
Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003.
WERNKE, Rodney. Gestão Financeira: ênfase em aplicações e casos nacionais. Rio de Janeiro: Saraiva, 2008.
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Método de análise de investimentos
através do tempo de recuperação do
capital (PAYBACK)
ANALISAR A MELHOR VIABILIDADE DE INVESTIMENTO COM A FERRAMENTA PAYBACK , OU SEJA, USAR
O MÉTODO QUE DETERMINA O PRAZO DE TEMPO EM QUE O CAPITAL APLICADO EM UM PROJETO SERÁ
RECUPERADO OU RETORNARÁ AO CAIXA.
AUTOR(A): PROF. ARMINDO APARECIDO EVANGELISTA
AUTOR(A): PROF. EDILBERTO PONCE BRACONI
RECUPERAÇÃO DO CAPITAL OU PAYBACK TIME
Método que determina o prazo (tempo) em que o capital aplicado em um empreendimento (ou
projeto) será recuperado (ou retornará ao caixa do investidor).
Para isso, faz-se simplesmente o somatório das parcelas posteriores ao investimento inicial.
O período em que o total dessas parcelas futuras se iguala ao capital investido na data base (base-zero) é
denominado, então, payback time.
Por exemplo: supondo um fluxo de caixa anual projetado a seguir, qual o tempo de recuperação do capital
investido?
 
 
Como o investimento inicial foi de R$600, com o lucro do primeiro ano o investidor recupera apenas R$200
e fica faltando R$400.
Portanto, o capital inicial ainda não foi recuperado totalmente ao final do primeiro período.
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No segundo período, o fluxo de caixa positivo é de R$400, que somado ao ingresso do primeiro ano “R$200”
iguala o valor investido na data-base (data-zero).
Com isso, pode ser dito que o payback time do exemplo é de dois anos, pois levou esse prazo para recuperar
todo o capital inicialmente aplicado “R$600”.
Para considerar o investimento (projeto) viável, deve ser comparado esse prazo de recuperação com o
padrão estabelecido pelo investidor.
Se o payback time for maior que esse padrão, descarta-se o projeto, sendo igual ou inferior ao prazo
padronizado, mantém o investimento (projeto).
Em alguns casos, porem, é necessário recorrer a um procedimento adicional para calcular o tempo de
recuperação.
Por exemplo, considerando o fluxo de caixa a seguir, qual é o payback time do investimento?
 
 
Observa-se que os dois primeiros períodos, as entradas de caixa totalizaram R$150 (R$50 + R$100).
Para atingir o total investido falta R$50, uma quantia menor que o valor obtido até o final do terceiro
período. Logo o payback time deve ser menor que “3” e maior que “2”.
Para calcular basta dividir o valor faltante peço total do período final para encontrar a fração
correspondente, ou seja, [R$50 / R$250 = 0,20].
Conclui-se que o prazo de recuperação é de 2,20 períodos (2 + 0,20).
É interessante ressaltar que, quando se comparam dois ou mais projetos de investimentos, costumam ser
priorizadas as alternativas de investimento que proporcionam a recuperação mais rápida do capital
empregado.
Assim, projetos de horizonte mais amplo tendem a ser descartados quando comparados a empreendimentos
de prazo menor, o que nem sempre é interessante do ponto de vista da otimização do resultado econômico.
Aplicabilidade do payback simples
Uma empresa cuja TMA é de 12% ao ano pretende efetuar um investimento de R$10.000,00 que tem retorno
projetado conforme a seguir:
 
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Para determinar o payback simples, basta calcular a média aritmética dos retornos periódicos, dividindo-se
o valor do investimento inicial pela média periódica.
Assim, temos:
 
Média = somatório de 1 a n/n
 
Média = (R$1.000,00 + R$2.500,00 + R$2.500,00 + R$2.500,00 + R$3.500,00 + R$4.500,00) / 6Média =
R$16.500,00 / 6 = R$2.750,00
Assim, o payback simples médio é:
 
Payback simples médio = PV / n
 
Payback simples médio = R$10.000,00 / R$2.750,00 = 3,64 anos.
Aplicabilidade do payback simples ACUMULADO
Para determinar o payback simples acumulado, basta efetuar o fluxo de caixa acumulativo, veja:
 
Considerando que o valor do retorno nos primeiros anos é abaixo da média, o payback simples acumulado
irá ocorrer entre o 4º e o 5º anos, ou seja,
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em 4,43 anos (4 + R$1.500,00 / R$3.500,00) e não 3,64 anos, conforme demonstrado.  No entanto, o
retorno nos últimos anos é superior à média.
 
Aplicabilidade do payback AJUSTADO
O payback ajustado determina em quanto tempo o capital inicial investido maia a taxa mínima de
atratividade (TMA) retornam.
Pode-se determinar o payback ajustado através do valor periódico equivalente dos retornos comparados
com o investimento inicial ou pela evolução do saldo de caixa acumulado.
Alguns autores tratam o valor residual de um bem como o valor da venda do bem em qualquer data, este
procedimento facilita o calculo, no entanto, o valor residual representa o valor de venda de um bem no final
da vida útil,logo considerar este valor para qualquer data representa um erro de analise, pois com o uso um
bem pode sofrer maior ou menor valor de revenda. Assim, o valor residual devera sempre ser considerado
no final da vida útil.
Para calcular o payback ajustado acumulado, basta encontrar o valor presente de cada valor do fluxo de
caixa com base na taxa mínima de atratividade (TMA) e depois efetuar o fluxo de caixa acumulativo, veja:
 
 
Resposta: o payback ajustado é de 5,59 anos, enquanto o payback acumulativo é um pouco superior, ou
seja, 5,77 anos, face ao maior valor de retorno no ultimo ano.
O payback ajustado ou vida de retorno do investimento representa o tempo em que o capital mais o retorno
referente a taxa mínima de atratividade (TMA) seja realizado.
Quanto menor for o payback, melhor será o investimento.
ATIVIDADE
Considere investimento de R$200,00 para investir e receberá os
recursos aplicados em três períodos consecutivos sendo R$50,00;
R$100,00 e R$250,00. Mas com a TMA (taxamínima de atratividade) de
10,0% ao período. Responda qual é payback ajustado acumulativo do
investimento:
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Período 1:
F REG F FIN
50 CHS FV
1 N
10 i
PV = R$45,45
 
Período 2:
F REG F FIN
100 CHS FV
2 N
10 i
PV = R$82,64
 
Período 3:
F REG F FIN
250 CHS FV
3 N
10 i
PV = R$187,83
A. 3,0 anos
B. 2,58 anos
C. 3,5 anos
D. 2,38 anos
E. 2,42 anos
REFERÊNCIA
KUHNEN, Osmar Leonardo. Matemática financeira empresarial. São Paulo: Atlas, 2006.
PADOVEZE, Clóvis Luis. Controladoria estratégica e operacional: conceitos, estrutura e aplicação. São
Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003.
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WERNKE, Rodney. Gestão Financeira: ênfase em aplicações e casos nacionais. Rio de Janeiro: Saraiva, 2008.
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