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08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 1/6 A contabilidade gerencial possibilita o controle da movimentação do patrimônio com o objetivo de fornecer, por meio de relatórios, informações a cerca da gestão do patrimônio, principalmente aos usuários externos. MARION (2011), CARACTERIZAÇÃO DA CONTABILIDADE GERENCIAL POSSIBILITAR AO ALUNO O PLENO CONHECIMENTO DA CONTABILIDADE GERENCIAL E SUAS PECULIARIDADES DE ATUAÇÃO. AUTOR(A): PROF. ARMINDO APARECIDO EVANGELISTA AUTOR(A): PROF. EDILBERTO PONCE BRACONI A contabilidade gerencial pode ser caracterizada como um enfoque especial conferido a várias técnicas e procedimentos contábeis já conhecidas da contabilidade financeira, na contabilidade de custos, na analise financeira de balanços etc., colocados numa perspectiva diferente, num grau de detalhe mais analítico ou numa forma de apresentação e classificação diferenciada, de maneira a auxiliar os gerentes das entidades em seu processo decisório. campos de conhecimento não circunscritos à contabilidade. Atinge e aproveita conceitos da administração da produção, da estrutura organizacional, bem como da administração financeira, campo mais amplo, no qual a contabilidade empresarial se situa. Para que esses relatórios mereçam fé a favor da organização, devem ser elaborados com base na escrituração contábil oficial e fundamentados em determinações legais e oficiais, não contemplando informações de natureza operacional, que interessam somente aos usuários internos da organização. Dessa forma, a contabilidade gerencial, desobrigada de determinações legais ou regras fixadas como a Comissão de Valores Mobiliários, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis etc., pode ser conceituada como o sistema de informação que tem por objetivo suprir a entidade com informações não só de natureza econômica, financeira, patrimonial, física e de produtividade, como também com outras informações de natureza operacional, para que possa auxiliar os administradores nas suas tomadas de decisão. FUNçõES DA CONTABILIDADE GERENCIAL MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 2/6 A contabilidade gerencial poderá contemplar funções distintas de acordo com a natureza das decisões que objetiva orientar, conforme sua importância ou estagio em que essas funções ocupam na gestão empresarial. Assim, Marion (2011) segrega três importantes funções da contabilidade gerencial: Operacional, Gerencial e Estratégica. Função Operacional – tem por fim orientar o pessoal que trabalha na linha de frente, seja na área de produção ou na área comercial, fabricam ou vendem bens e prestam e vendem serviços. Nesse nível de responsabilidade, as decisões precisam ser tomadas em curtíssimo prazo, quase diariamente, no momento em que os obstáculos surgem. Assim os relatórios elaborados para orientar as tomadas de decisões nesta área normalmente contem informações operacionais quantitativas, ou seja, não financeiras. Exemplos de informações destinadas ao pessoal operacional. A quantidade de materiais, suprimentos, mão de obra e tempo de maquina usado para realizar um serviço; O volume de serviços executado pelo empregado ou por um grupo de empregados; As informações de qualidade, como a proporção de peças com defeitos em relação ao volume produzido no período; O numero de defeitos detectados na execução de serviços. Função Gerencial – tem por fim orientar os gerentes responsáveis pelo comando de uma ou mais áreas ou simplesmente de um grupo de trabalhadores. Normamente os gerentes precisam tomar decisões de curto ou de médio prazo, as quais não envolvem a entidade como um todo, embora toda a entidade sofra o reflexo dessas decisões. Os gerentes têm necessidade de informações que lhes assegurem acompanhar em tempo real o processo operacional de produção ou de prestação de serviços, bem como o resultado final desse processo. Assim os relatórios elaborados para orientar as tomadas de decisões nesta área devem conter não só informações não financeiras como também financeiras e econômicas, envolvendo comparações de custos reais com padrões, rentabilidade por produto ou serviços, etc. Exemplos de informações destinadas aos gerentes: As informações financeiras acerca dos salários de todos os trabalhadores, para avaliar possíveis injustiças que possam provocar descontentamentos por parte de alguns deles; MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 3/6 A contabilidade gerencial como uma parte integral do processo de gestão, adiciona valor distintivamente pela investigação continua sobre a efetividade da utilização dos recursos pelas organizações – na criação de valor para os acionistas, clientes e outros credito. (PADOVEZE, 2012). A qualidade do trabalho executado na produção ou na prestação de serviços, para verificar as tarefas nas quais os trabalhadores estão gerando defeitos, retrabalho e reclamações de clientes; As informações periódicas (semanal ou mensal) sobre os resultados (lucro ou prejuízo) de toda produção ou de cada produto ou serviço; A rentabilidade das operações de produção de bens e serviços. Função Estratégica – tem por fim orientar executivos nas suas tomadas de decisões, a principal preocupação dos executivos é com a rentabilidade do negócio. Essas decisões normalmente são de longo prazo e envolvem o destino da organização. Referem-se à rentabilidade de produtos e serviços, ao perfil, a necessidade e satisfação dos clientes, a ameaça de concorrentes, a inovações tecnológicas, à expansão ou descontinuidade de parte ou do total dos negócios, etc. Aos executivos interessa conhecer a lucratividade do negócio, para saber o tempo de retorno do capital investido, a composição dos custos, bem como a rentabilidade de cada produto, para incentivar o aumento da produção dos mais restáveis e a descontinuidade daqueles que não atingem os propósitos previamente estabelecidos. São exemplos de informações destinadas aos executivos da organização: Informações que possibilitem projetar variações no volume, na quantidade e no preço, com reflexos na produtividade; Relatórios contábeis, englobando as demonstrações financeiras oficiais e também os relatórios extraoficiais como balancetes parciais ou ainda relatórios de custos, utilizando sistemas de custeio não obrigatórios, como o custeio variável/direto;Informações financeiras segregadas por área ou departamento, acerca da rentabilidade de cada produto ou serviço, com detalhamento da composição dos respectivos custos e despesas; Relatórios contendo analise de balanços e de outros documentos e comparação com padrões. ATIVIDADE MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 4/6 Quando a contabilidade gerencial mensura e analisa que o custo por atendimento teve um acréscimo elevado comparando um período com outro período, está montando um informação de que Natureza? A. Financeira B. Econômica C. Física D. Patrimonial E. Produtividade REFERÊNCIA CARDOSO, Ricardo Lopes; Poueri do Carmo Mário; André Carlos Busanelli de Aquino. Contabilidade gerencial: mensuração, monitoramento e incentivos. 1.ed. – 2. reimpr. – São Paulo: Atlas, 2007. CORONADO, Osmar. Contabilidade gerencial básica. 2. Ed – São Paulo: Saraiva, 2012. IUDICIBUS, Sérgio de. Contabilidade gerencial. 6.ed – 11.reimpr. – São Paulo: Atlas, 2008. MARION, José Carlos; Osni Moura Ribeiro. Introdução à contabilidade gerencial. São Paulo: Saraiva, 2011. PADOVEZE, Clóvis Luis. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. 7.ed – São Paulo: Atlas, 2010. MATEMÁTICAFINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 5/6 MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 6/6 MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 1/7 A CONTABILIDADE GERENCIAL COMO SISTEMA DE INFORMAÇÕES DEMONSTRAR QUE É POSSÍVEL FAZER E TER CONTABILIDADE GERENCIAL DENTRO DA EMPRESA DESDE QUE SE CONSTRUA UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL. AUTOR(A): PROF. ARMINDO APARECIDO EVANGELISTA AUTOR(A): PROF. EDILBERTO PONCE BRACONI Para que a informação contábil seja usada no processo de administração, é necessário que essa informação seja desejável e útil para as pessoas responsáveis pela administração da empresa. Para os administradores que buscam a excelência empresarial, uma informação, mesmo que útil, só é desejável se conseguida a um custo adequado e interessante para a empresa, ou seja, a informação não pode custar mais do que ela pode valer para a administração da empresa. Diante desses pressupostos básicos para a informação contábil, torna-se nítido que o caminho a ser adotado para que a contabilidade se transforme em uma ferramenta de ação administrativa e se torne um instrumento gerencial para por uma construção de um sistema de informação contábil. Assim, as informações contábeis gerenciais evidenciam a qualidade dos materiais, produtos e serviços; a mensuração dos períodos de maturação em que os produtos permanecem no processo de fabricação; a capacidade, eficiência e desempenho dos colaboradores; a avaliação da satisfação dos clientes, etc. Dessa forma qualquer que seja a decisão a ser tomada independente da área de atuação, será encontrada na informação contábil gerencial o fundamento necessário para que a opção encontrada seja benéfica possível para o desenvolvimento da organização. Como refinamento dos sistemas de apoio à gestão, existem sistemas específicos desenhados para um auxilio direto à questão das decisões gerenciais. São denominados de Sistemas de Suporte à Decisão – DSS; Sistemas de Informações Executivas –EIS e Business Inteligence – BI. Eles utilizam-se da base de dados dos sistemas operacionais e dos sistemas de apoio à gestão e tem como foco flexibilizar informações não estruturadas para tomadas de decisões. Existe ainda o sistema integrado de gestão empresarial que tem como objetivo fundamental a consolidação e aglutinação de todas as informações necessárias para a gestão do sistema empresa. Esses sistemas unem e integram todos os subsistemas componentes dos sistemas operacionais e dos sistemas de apoio á gestão, através de recursos da tecnologia da informação, de tal forma que todos os processos de negócios da empresa possam ser visualizados em termos de um fluxo dinâmico de informações, que perpassam todos os departamentos e funções. Permitem, assim, uma visão horizontal e de processo, em oposição à visão tradicional verticalizada da hierarquia funcional das empresas. 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 2/7 Os sistemas integrados de gestão empresarial são mais conhecidos pela denominação de Enterprise Resource Planning – ERP e esses sistemas permitem também o acoplamento de outras soluções de tecnologia da informação como o CRM (Customer Relationship Management), cadeia de suprimentos, Workflow, Data Warehouse etc. bem como total interação em rede e com a internet. CONTABILIDADE Objetivamente a contabilidade é um sistema de informação. Sistema de informação gerencial Objetivamente a contabilidade é um sistema de informação e avaliação destinado a prover seus usuários com demonstração e analises de Natureza econômica, financeira, física e de produtividade, com relação a entidade objeto de contabilização. Os objetivos da contabilidade, pois, devem ser aderentes, de alguma forma explicita ou implícita, àquilo que o usuário considera como elementos importantes para seu processo decisório. Esta conceituação é importante para entender os objetivos e a abrangência do sistema de informação contábil gerencial. A informação contábil precisa atender primariamente a dois pressupostos básicos, para que tenha validade integral no processo de gestão administrativa: Sua necessidade como informação; Seu planejamento e controle. Necessidade da informação - A informação deve ser tratada como qualquer outro produto que esteja disponível para consumo. Ela deve ser desejada, para ser necessária. Para ser necessária, deve ser útil. Assim, cabe aos contadores gerenciais, construir essa mercadoria com qualidade e custos competitivos, já que temos plena consciência de sua utilidade e, portanto, de sua extrema necessidade para o gerenciamento dos negócios. A necessidade da informação é determinada pelos usuários finais dessa informação, por seus consumidores. Assim, a informação deve ser construída para atender a esses consumidores e não para atender aos contadores. O contador gerencial é aquele que sabe perfeitamente que a informação que faz parte de seu sistema foi elaborada para atender às necessidades de outros. O contador gerencial deve fazer um estudo básico das necessidades de informações a partir das decisões-chave que serão tomadas baseadas no sistema de informações contábil gerencial. Para que um sistema de informação contábil seja vivo dentro de uma empresa, é preciso do apoio da alta administração empresa. Por conseguinte, a necessidade tem que ser sentida pela cúpula da empresa, fazendo com que, a partir daí, tenhamos tranquilidade para desenvolver e manter adequadamente o sistema de informação. Planejamento e controle - O sistema de informação gerencial exige planejamento para produção dos relatórios atenderem plenamente aos usuários. 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 3/7 É necessário saber o conhecimento contábil de todos os usuários, e construir relatórios com enfoques diferentes para os diferentes níveis de usuários. SISTEMA DE INFORMAçãO CONTáBIL Para Gil (1992) o sistema de informação contábil deve produzir informações que possam atender aos seguintes aspectos: a) Níveis empresariais: 1. Estratégico 2. Tático 3. Operacional b) Ciclo administrativo: 1. Planejamento 2. Execução 3. Monitoramento 4. Controle c) Nível de estruturação da informação: 1. Estruturada 2. Semiestruturada 3. Não estruturada Um olhar sobre a contabilidade gerencial Entre os diversos fatores que se pode observar, a contabilidade gerencial apresenta alguns que são predominantes, vejamos: FATOR DESCRIÇÃO: Usuários dos relatórios: Internos. Objetivo dos relatórios: Facilitar o planejamento, controle, avaliação de desempenho e tomada de decisão internamente. Forma dos relatórios: Orçamentos, contabilidade por responsabilidade, relatórios de desempenho, relatórios de custos, relatórios especiais não rotineiros para facilitar a tomada de decisão. Frequência dos relatórios: Quando necessário pela administração. 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 4/7 Valores ou custos utilizados: Valores históricos e valores previstos. Bases de mensuração usadas para quantificar os dados: Varias bases (moeda corrente, moeda estrangeira, moeda forte, medidas físicas, indexadores, etc.) Restrições nas informações fornecidas: Nenhuma restrição, exceto aqueles determinados pela administração. Arcabouço teórico e técnico: Utilização pesada de outras disciplinas, como economia, finanças, estatística, pesquisa operacional e comportamento organizacional. Características dainformação fornecida: Deve ser relevante e a tempo, podendo ser subjetiva, possuindo menos verificabilidade e menos precisão. Perspectiva dos relatórios: Orientada para o futuro para facilitar o planejamento, controle e avaliação de desempenho antes do fato (para impor metas), acoplada com uma orientação histórica para avaliar os resultados reais (para o controle posterior do fato) Fonte: Adaptado de Padoveze (2010). ATIVIDADE Quando a contabilidade gerencial mensura e analisa que o custo por atendimento teve um acréscimo elevado comparando um período com outro período, está montando um informação de que Natureza? A. Financeira B. Econômica C. Física D. Patrimonial E. Produtividade REFERÊNCIA GIL, Antonio Loureiro. Sistemas de informações contábil/financeiros. São Paulo: Atlas, 1992. 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 5/7 IUDICIBUS, Sérgio de. Contabilidade gerencial. 6.ed – 11.reimpr. – São Paulo: Atlas, 2008. MARION, José Carlos; Osni Moura Ribeiro. Introdução à contabilidade gerencial. São Paulo: Saraiva, 2011. PADOVEZE, Clóvis Luis. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. 7.ed – São Paulo: Atlas, 2010. 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 6/7 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 7/7 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 1/8 O contador gerencial deve ser experiente e versátil, com ilibado conhecimento não só em contabilidade como em administração, matemática financeira, estatística e economia, um profissional que domine bem a analise de balanços e conheça com detalhes as rotinas internas e os objetivos da organização, para que saiba ler os relatórios da contabilidade financeira e da gerencial, e interpreta-los conjugando dados econômicos e financeiros com operacionais, para, assim, apresentar sugestões fundamentadas que auxiliem a organização na tomada das decisões. MARION (2011) É fundamental que o contador gerencial saiba tratar, refinar e apresentar de maneira clara, resumida e operacional os dados esparsos contidos nos registros da contabilidade financeira, de custos, etc. bem como juntar outros conhecimentos não especificamente ligados à área contábil, para suprir a administração em seu processo decisório. IUDICIBUS (2008), Comenta que cada contador é responsável por uma função contábil especializada, como sistemas e métodos, contabilidade financeira, orçamentos e analise orçamentária, relatórios e analises especiais, impostos e contabilidade de custos. WARREN APUD CORONADO (2012) O CONTADOR GERENCIAL APRESENTAR AO ALUNO AS COMPETÊNCIAS, HABILIDADES, FUNÇÕES, PERFIL E DESAFIOS REQUERIDOS PARA O BOM DESEMPENHO DA ATIVIDADE DO CONTADOR GERENCIAL. AUTOR(A): PROF. ARMINDO APARECIDO EVANGELISTA AUTOR(A): PROF. EDILBERTO PONCE BRACONI O contador gerencial é um profissional que identifica, mede, acumula, analisa, prepara, interpreta e relata informações (financeiras e operacionais) para uso da administração de uma empresa, nas funções de planejamento, avaliação e controle de suas atividades e para assegurar o uso apropriado e a responsabilidade abrangente de seus recursos. 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 2/8 O termo competência tem sido utilizado na literatura organizacional com grande frequência a partir das últimas décadas do século XX em virtude do acirramento da competição. BITTENCOURT (2004) COMPETÊNCIAS O conceito de competência passa a fazer parte das preocupações gerenciais O conceito de competência passa a fazer parte das preocupações gerenciais onde é identificado como capabilidades, conhecimentos da organização que possam assegurar algum diferencial no mercado competitivo. Independentes dos diversos significados associados ao termo competência no contexto das organizações existe um consenso quando se trata de competência de que “fatores internos das organizações têm importância para a posição em que elas se localizam no mercado”. Quanto às competências, os contadores gerenciais deverão ser capazes de: Utilizar adequadamente a terminologia e a linguagem próprias das ciências contábeis e atuarias; Demonstrar uma visão sistêmica e interdisciplinar da atividade contábil; Elaborar pareceres e relatórios que contribuam para o desempenho eficiente e eficaz de seus usuários, quaisquer que sejam os modelos organizacionais; Desenvolver, analisar e implantar sistemas de informação contábil e de controle gerencial. HABILIDADES esforço, ética, seriedade e confiança. HABILIDADE A complexidade dos negócios, surgidas com a necessidade de um entendimento mais abrangente dos diversos aspectos relacionados às atividades de uma organização pelos usuários diretamente interessados na situação econômico-financeira das entidades, vem contribuindo para a importante responsabilidade do contador gerencial, que deverão estar munidos das suas principais habilidades: esforço, ética, seriedade e confiança, pois o esse profissional assume uma função que oferece à sociedade vários benefícios, incluindo menores riscos ao investir e a melhor destinação dos recursos. Os contadores gerenciais devem ser capazes de: a) Desenvolver, com motivação e através de permanente articulação, a liderança entre equipes multidisciplinares para a captação de insumos necessários aos controles técnicos, à geração e disseminação de informações contábeis, com reconhecido nível de precisão; 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 3/8 Comenta que o Contador gerencial também deve possuir a habilidade para negociar situações de conflito de forma harmônica e construtiva, pois a negociação é um campo de conhecimentos que visa a conquista de simpatia, credibilidade e confiança das pessoas envolvidas. É um modo de agir que permite desenvolver compreensão, aceitação mútua e respeito. SILVA (2001) O perfil do Contador gerencial moderno é o de uma pessoa de valor que precisa acumular muitos conhecimentos e ter a consciência de que a maior remuneração exige qualidade de trabalho e que esta se consegue com o melhor conhecimento, muito estudo, muita aplicação, ser proativo, íntegro, não pode ter medo de arriscar, não pode ser egoísta, ter boa capacidade de comunicação, compreender a sistemática econômico-financeira, b) Exercer suas funções com expressivo domínio das funções que viabilizem aos agentes econômicos e aos administradores de qualquer segmento produtivo ou institucional o pleno cumprimento da sua responsabilidade quanto ao gerenciamento, aos controles e à prestação de contas da sua gestão perante a sociedade, gerando também informações para a tomada de decisão, organização de atitudes e construção de valores orientados para a cidadania; c) Exercer com ética e proficiência as atribuições e prerrogativas que lhe são prescritas através da legislação específica, revelando domínios adequados aos diferentes modelos organizacionais. PERFIL Conjunto de qualificações deve estar presente no dia-a-dia do contador gerencial. PERFIL No mundo atual, o Contador gerencial tem recebido diversas tarefas que lhe foram atribuídas, sendo assim o profissional para exercer essas funções deve possuir o seguinte perfil: a) Entendimento geral do setor de atividades econômica do qual sua empresa faz parte e das forças políticas, econômicas e sociais diretamente relacionadas; b) Conhecimento amplo de sua própria empresa, sua história, suas políticas, seu programa, sua organização e, até certo ponto, de suas operações; c) Entendimento dos problemas básicos de organização, planejamento e controle;d) Entendimento dos problemas básicos de administração da produção, da distribuição, de finanças e de pessoal; e) Saber analisar e interpretar dados contábeis e estatísticos de tal forma que se tornem à base para a ação; f)Expressar ideias claras por escrito, isto é, na linguagem adequada e; g) Esse conjunto de qualificações deve estar presente no dia-a-dia do contador gerencial para fazer frente às necessidades das organizações. 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 4/8 política e social, em nível local, regional ou mesmo internacional, entender dos aspectos técnicos dos negócios, para isso tem de estar sempre atualizado e procurar estudar a situação das empresas a qual irá prestar assessoria ou consultoria. MOURA (2003) Outro fato que mudou o perfil de todas as profissões e inclusive a do Contador gerencial foi à alta tecnologia, que intensificou os processos de trabalhos de tal maneira que a maioria das rotinas físicas, burocráticas e intelectuais foi absorvida por ela. Dando espaço para um trabalho tipicamente mental e intelectual. SILVA (2001) Sem essas concepções e consciência, o desenvolvimento profissional fica bastante prejudicado. É preciso que o Contador gerencial entenda a organização e sua razão de ser, compreendendo seus modelos de gestão, seus objetivos e políticas e suas inter-relações com o ambiente externo, pois assim terá condições de auxiliar a empresa a crescer, orientando adequadamente seus dirigentes a tomarem as decisões acertadamente. Como os tempos atuais exigem muitos esforços ocasionados pelas repentinas mudanças na vida das organizações, a corrida para disputa dos mercados internacionais e o mercado competitivo não aceitam indecisões, e assim o contador gerencial moderno tem de ter iniciativa, coragem, visão de futuro, habilidade de negociação, agilidade, segurança para resolver os problemas que surgem, capacidade de aprender a lidar com mudanças, ideias de melhoria, flexibilidade, capacidade de inovar e criar, sobretudo na área de sua atuação, interagir e estudar as realidades políticas, sociais e financeiras, saber orientar as empresas para o melhor caminho de forma que elas sobrevivam aos fortes abalos gerados pela globalização da economia, o poder de manipular conhecimentos é o ponto chave das grandes decisões. Nesse contexto as melhores oportunidades serão oferecidas aos Contadores gerenciais que detenham um intelecto bem apurado, ou seja, aqueles que tenham capacidade de abstração desenvolvam o pensamento sistêmico, ao invés da compreensão parcial e fragmentada dos fenômenos, tenham criatividade, curiosidade e capacidade de pensar em múltiplas alternativas para um mesmo problema (desenvolvimento do pensamento divergente), detenha a capacidade de trabalhar em equipe, disposição para procurar e aceitar críticas, possuir disposição para correr determinados riscos e detenham a capacidade de buscar constantemente o conhecimento. Este novo perfil profissional que antes era conhecido como mão de obra pode ser chamado agora de mente de obra, e ao contrário da mão de obra que obtinha uma educação apenas por um período a fim de desempenhar tal função, passa a ser uma educação por toda a vida, sempre desenvolvendo habilidade, tato e sabedoria para poder melhor utilizar o potencial de conhecimento, inteligência e criatividade. Silva (2001) detalha o novo perfil de profissional que deve atuar na nova sociedade, fazendo uma comparação com a sociedade existente até chegarmos no século XXI, aqui ele define como sociedade industrial e sociedade da informação, ou seja, do conhecimento. 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 5/8 Sociedade Industrial: MÃO DE OBRA Sociedade da Informação: MENTE DE OBRA Sociedade Industrial: MÃO DE OBRA Sociedade da Informação: MENTE DE OBRA Visão cartesiana. Visão holística e futurista. Mão de Obra subordinada e especialista. Mente de Obra com liderança e iniciativa, generalista e polivalente com versatilidade. Profissional. Empreendedor de negócios. Obediente. Proativo e dinâmico. Segue rotinas e normas. Toma decisões e assume riscos. Sensibilidade para problemas operacionais. Sensibilidade estratégica para resultados de negócios. Lei de Gerson (vantagem). Valores éticos. Técnico e especialista Culto e polivalente. Rígido. Flexível. Impositor. Negociador, flexível e hábil. Individualista. Sinergético e cooperativo. Compromisso com atividades. Compromisso com resultados de negócios, clientes e mercado. Foco no produto. Foco no cliente. Burocrata. “Micreiro”/usuário de informática. Gerente assumindo as responsabilidades; não o funcionário. Assume responsabilidades e riscos, toma iniciativa e decisões. O gerente atua como facilitador. Acomodação e resignação. Garra e determinação. Bem-mandado. Decide, pensa, analisa e faz. Conhecimento técnico específico. Maior conhecimento do processo de negócios como um todo. Clima de certezas / trabalho estruturado. Clima de incertezas e de mudanças rápidas. Comunicação mais restrita e burocrática. Sabe se expressar com objetividade e clareza; tem bom relacionamento. Análise dos impactos das decisões de atividades no departamento. Análise dos impactos de suas decisões nos clientes e negócios. Tem conhecimento da tecnologia para suporte e operação. Tem domínio de conhecimento para suporte aos negócios e clientes. Falta de equilíbrio emocional e controle, gerando stress e conflito. Equilíbrio físico e emocional através de técnicas de neurolingüística e autocontrole e inteligência emocional. Conservador e tradicional. Agente de mudanças, flexível e colaborador. Atende às expectativas do cliente. Supera as expectativas do cliente. Automação de processo. Transformação de processos. Competência para trabalho individual. Competência para trabalho em equipe, sinergismo e cooperação. Fonte: Silva (2001) MODERNO AMBIENTE DE ATUAÇÃO 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 6/8 O Mercado de trabalho do contador gerencial sempre foi muito privilegiado, face às suas diversidades de campo de atuação, cujas potencialidades estão afetas a todas as empresas, sejam elas de natureza pública, privada ou mistas; como também do porte: micro, pequenas, médias e grandes empresas, sendo elas nacionais e nos tempos atuais mais fortemente nas empresas multinacionais. Todas, sem exceção, necessitam dos préstimos desse profissional, que pode fazê-lo através da relação de emprego efetivo por tempo determinado e indeterminado, temporário, como prestador de serviços autônomo ou empresarial. ATIVIDADE Por que o contador gerencial deve ser um profissional com formação bastante ampla e com conhecimentos específicos? A. Para destacar-se no mercado de trabalho B. Para alcançar os objetivos pessoais C. Para treinar adequadamente as equipes de trabalho D. Para calcular perfeitamente os tributos da empresa E. Para apoiar a melhor tomada de decisão REFERÊNCIA BITTENCOURT, E.;FABRIS,C.C.;ROWE,D.E.O. Gestão de competências em organizações. Universidade Federal de Minas Gerais: Belo Horizonte, 2004. CORONADO, Osmar. Contabilidade gerencial básica. 2. Ed – São Paulo: Saraiva, 2012. IUDICIBUS, Sérgio de. Contabilidade gerencial. 6.ed – 11.reimpr. – São Paulo: Atlas, 2008. MARION, José Carlos; Osni Moura Ribeiro. Introdução à contabilidade gerencial. São Paulo: Saraiva, 2011. MOURA, I.J.L. Perspectivas da profissão contábil no Brasil. Disponível em: http://www.sinescontabil.com.br . Acessado em 04 de setembro.de 2014. SILVA, L.N. Novo perfil de liderança do Terceiro Milênio. 2.ed. Rio de Janeiro: Record, 2001. 08/11/2018AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 7/8 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 8/8 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 1/8 O Produto Interno Bruto representa o total de bens e serviços produzidos pelas unidades produtoras residentes no país num determinado período. Portanto, equivale a soma dos valores adicionados pelos diversos setores, acrescida dos impostos, líquidos de subsídios, sobre produtos não incluídos na valoração da produção. WERNKE (2008) EVOLUÇÃO DOS INDICADORES ECONÔMICOS APRESENTAR OS INDICADORES DE INFLAÇÃO AUTOR(A): PROF. ARMINDO APARECIDO EVANGELISTA AUTOR(A): PROF. EDILBERTO PONCE BRACONI Evolução dos indicadores econômicos O contador gerencial precisa e deve acompanhar a evolução dos indicadores econômicos mais relevantes ou daqueles índices mais estreitamente relacionados com a atividade da empresa que gerencia. Isso é importante porque parâmetros como produto Interno Bruto (PIB), risco-pais, balança comercial, índices de inflação, taxa de cambio, entre outros, sinalizam acerca de como poderão ser os cenários econômicos com os quais a empresa devera lidar futuramente ou ainda o que esta flutuação está ocasionando para a empresa nesse momento. Produto Interno Bruto (PIB) Pode ser conceituado como a soma dos consumos finais de bens e serviços valorados a preço de mercado sendo, igual a soma das rendas primarias.Ou seja, o PIB pode ser expresso em três ângulos: Produção – o PIB é igual ao valor da produção menos o consumo intermediário, mais os impostos, líquidos dos subsídios, sobre produtos não incluídos no valor da produção; Demanda – o PIB é igual à despesa de consumo final, mais a formação bruta do capital fixo, mais a variação de estoques, mais as exportações de bens e serviços, menos as importações de bens e serviços; e Renda – o PIB é igual a remuneração dos empregados mais o total dos impostos, líquidos de subsídios, sobre a produção e a importação, mais o rendimento misto bruto, mais o excedente operacional bruto. MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 2/8 “a taxa Selic se origina de taxas de juros efetivamente observadas no mercado. As taxas de juros relativas às operações em questões refletem, basicamente, as condições instantâneas de liquidez no mercado monetário (oferta versus demanda de recursos). Estas taxas de juros não sofrem influencia do risco do tomador de recursos financeiros nas operações compromissadas, uma vez que o lastro oferecido é homogêneo. Como todas as taxas de juros nominais, por outro lado, a taxa Selic pode ser decomposta “ex post” (juros resultado do calculo sobre a inflação passada), em duas parcelas: taxa de juros reais e taxa de inflação no período considerado”. CONFORME DEFINIçãO DO BANCO CENTRAL A apuração do PIB do Brasil é de responsabilidade do IBGE, que também pode informar o crescimento do PIB setorial (por exemplo: indústria, agropecuária). Ainda é possível identificar a evolução desse indicador sob a ótica da despesa (envolvendo o consumo das famílias, o consumo do governo, as exportações e importações) e por períodos menores que um ano (que é a forma geralmente mais conhecida) entre outros desdobramentos. Assim, o governo, as entidades de classe e as empresas de determinados segmentos podem usar o PIB como um referencial para: Adequar ou direcionar ações futuras no sentido de otimizar resultados; Comparar o desempenho em relação a outros períodos, aos concorrentes ou a outros países; e Principalmente no âmbito empresarial, projetar a demanda dos produtos ou serviços (elaborando o orçamento de vendas) que tenham algum vínculo com a evolução histórica desse indicador. TAXA SELIC A taxa SELIC (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) é considerada a taxa de juros da economia brasileira, sendo estabelecida em reuniões pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil. O Copom tem como objetivos principais implementar a política monetária, definir a meta da taxa Selic e analisa o Relatório de Inflação. A taxa Selic é um importante indicador econômico especialmente por dois motivos:Serve como ponto de partida para definição das de juros – o governo federal necessita financiar suas dividas e recorre ao mercado financeiro para obter os recursos que precisa. Já que o volume de recursos disponíveis no país não é alto, o governo se obriga a pagar taxas mais elevadas para capta-los. MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 3/8 A Inflação pode ser conceituada, como um aumento persistente e generalizado no índice de preço, ou seja, os movimentos inflacionários são aumentos contínuos de preços e não podem ser confundidos com altas esporádicas de preços, devidas a flutuações sazonais. SEGUNDO VASCONCELLOS E GARCIA (2004) Com isso, essa taxa básica acaba norteando o quanto empresas e pessoas físicas terão que pagar para comprar dinheiro dos bancos, ou seja, o banqueiro pode escolher entre vender dinheiro ao governo “X”, ou ao setor privado por taxa mais alta. Assim, a taxa Selic influencia praticamente todas as taxas de juros da economia desde as operações entre bancos até empréstimos para empresas e particulares, pois todas as taxas cobradas tendem a considerar a Selic como a remuneração mínima a ser exigida para concessão de crédito. É um instrumento utilizado pelo Banco Central do Brasil no controle da inflação do País – a partir da adoção da sistemática de metas para inflação em 1999, as decisões do Copom passaram a ter como objetivo cumprir as metas de inflação definidas pelo Conselho monetário nacional (CMN). Assim, quando deseja conter o avanço da inflação, o Copom eleva a taxa básica de juros. Com isso, o credito oferecido pelos bancos às empresas e as pessoas físicas se tornam mais caro, implicando uma menor procura por financiamentos, desaquecendo as vendas e, por consequência, tende a diminuir a inflação do País. Índices de inflação Pode ser mensurada a partir de preços praticados entre comerciantes (chamando-se então de preços por atacado) ou considerando preços pagos por consumidores finais (os índices de inflação mais comuns). Há varias instituições que periodicamente mensuram e divulgam índices inflacionários no Brasil, e as mais conhecidas são: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE [WWW.ibge.org.br] Fundação Getulio Vargas – FGV [WWW.fgv.br] Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE [WWW.fipe.org.br] Departamento intersindical de Estatística e estudos Socioeconômicos – DIEESE [WWW.dieese.org.br] Em relação aos indexadores de inflação, os principais índices brasileiros têm as seguintes características: INPC – índice nacional de preços ao consumidor – este é mensurado pelo IBGE. Sua população abrange as famílias com rendimentos mensais compreendidos entre hum a oito salários mínimos, cujo chefe é assalariado em sua ocupação principal e residente nas áreas urbanas das regiões metropolitanas. MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 4/8 IPCA – índice de preços ao consumidor amplo – também apurado pelo IBGE. Abrangendo as famílias com rendimentos mensais compreendidos entre hum e quarenta salários mínimos, qualquer que seja a fonte de rendimentos, e residentes nas áreas urbanas das regiões metropolitanas.Tanto o INPC como o IPCA abrangem itens de alimentação e bebidas, habitação, vestuário, transportes, saúde, educação e comunicação. IGP-DI – Índice Geral de preços Disponibilidade Interna – este é mensurado pela FGV.É calculada com uma média ponderada envolvendo os preços no atacado através do IPA (índice de preços por atacado) com peso de 60%; os preços no varejo através do IPC (índice de preços ao consumidor) com peso de 30% e os preços na construção civil através do INCC (índice nacional de custo da construção) com peso de 10%. Considerando os dados coletados no período que compreende do dia 1º ao dia 30 do mês em referencia. IPA – Índice de Preços por Atacado – é calculado pela FGV e mede o ritmo evolutivo de preços em nível de comercialização atacadista. Abrange as vinte principais regiões produtoras do País, com mais de quatrocentos e cinquenta produtos e serviços. IPC – Índice de Preços ao Consumidor – é calculado pela FGV e avalia o poder de compra do consumidor. Abrange as variações de preço de um conjunto de mais de quatrocentos tipos de bens e serviços consumidos por famílias com rendimento de hum a trinta e três salários mínimos, em doze capitais brasileiras. INCC – Índice Nacional do Custo da Construção – de responsabilidade da FGV, mede a evolução de custos da construção habitacional. Realizada em doze capitais brasileiras e a amostra abrange mais de sessenta itens, cujos preços são levantados em atacadistas, grandes varejistas, construtoras e sindicatos. IGP-M – Índice Geral de Preços do Mercado – também apurado pela FGV, tem a mesma composição que o IGP-DI, apenas se distinguindo do período de pesquisa, que vai do dia vinte e hum do mês anterior ao dia vinte do mês de referencia. IPC-Fipe - Índice de Preços ao Consumidor- calculado pela Fipe, este índice abrange itens consumidos por famílias residentes no município se São Paulo, que tenha renda mensal entre dois e seis salários mínimos. ICV – Índice de Custo de Vida – o DIEESE é responsável por esse indicador, que monitora a evolução mensal dos produtos e serviços consumidos por famílias paulistanas com renda de hum a trinta salários mínimos. RISCO-PAíS O conceito risco-país geralmente é empregado no mesmo sentido de risco soberano que diz respeito à possibilidade de que as políticas adotadas pelo governo de um país possam afetar a capacidade de nessa nação de honrar sua divida externa. MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 5/8 Nessa direção, o uso de uma escala que mensure o risco-país permite que os investidores avaliem a capacidade de um país cumprir com suas obrigações e fundamentados nesta analise, decidam se vale a pena correr o risco de comprar os títulos daquela nação. É interessante salientar que a avaliação do risco-país considera dois aspectos em especial: 1. Risco de honrar compromissos: a determinação do risco a longo prazo é realizada por agencias de rating (empresas que efetuam a avaliação e a classificação de riscos, que orientam investidores quanto à qualidade dos títulos emitidos por um país ou empresas). Essas empresas publicam minuciosos relatórios periódicos baseados nos fundamentos da economia do país ou da situação financeira de uma empresa, para medir o risco de estes honrarem as suas dividas junto aos credores. 2. Risco de negociação: a avaliação do risco no curto prazo leva em conta atividade de um mercado secundário de títulos governamentais de algumas dezenas de países emergentes (como Brasil, Rússia, México, etc.) Balança comercial A balança comercial registra o resultado das negociações de bens entre um país e o resto do mundo (importações e exportações) num determinado período. Caso o valor das exportações supere o valor das importações, diz-se que a balança comercial apresentou um superávit comercial (saldo positivo). Por outro lado, ocorrendo importações superiores às exportações, o saldo negativo é chamado de déficit comercial (saldo negativo). Taxa de câmbio A expressão taxa de câmbio designa as operações em que ocorre a troca da moeda do país por alguma estrangeira ou vice-versa, por exemplo: um brasileiro que pretende viajar à Europa pode trocar uma quantia de moeda nacional (reias) por euros, com isso o montante em moeda estrangeira que levará na viagem terá ampla aceitação em qualquer estabelecimento comercial europeu. No retorno, caso mantenha algum saldo em moeda estrangeira, pode troca-las por reais novamente no Brasil. No exemplo citado, quando adquirir euros no Brasil, estará pagando um valor relativo à cotação de venda da moeda pelo banco ou instituição credenciada, entretanto na hora de trocar o saldo da viagem pela moeda nacional (reais) será usado um valor relativo à cotação de compra, normalmente o valor de venda é maior que o valor de compra, assim o banco ou instituição credenciada fica com a diferença de valores conhecida como spread, ou seja quanto maior for a diferença de valores entre venda e compra, maior será o spread, maior lucratividade do banco ou instituição credenciada.As taxas de câmbio mais conhecidas no Brasil, atualmente são: Cambio Comercial – os contratos de câmbio comercial são regulamentados e fiscalizados pelo Banco Central, sendo utilizados nas operações de exportação e importação, no pagamento de dívidas externas de dividendos das empresas sediadas fora do Brasil. MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 6/8 Câmbio Negro (ou Paralelo) – representa a cotação de compra ou venda de moedas estrangeiras fora dos canais de conversão aceitos pelo Banco Central. As operações de câmbio realizadas entre mercado são ilegais (assim como a posse de moeda estrangeira sem documentação de origem adequada). Câmbio Turismo (ou Flutuante) – operação de câmbio entre instituições credenciadas pelo Banco Central, fora da sistemática relativa às operações do câmbio comercial, neste caso, na venda do câmbio pela instituição financeira é exigida a identificação do comprador, enquanto na compra de câmbio esse procedimento não é necessário. ATIVIDADE Quando o Governo divulga nos meios de comunicação que naquele período o País obteve um superávit na balança comercial, quer dizer que: A. O país importou mais do que exportou B. O país importou a mesma quantidade do que importou C. O país exportou a mesma quantidade do que exportou D. O país somente exportou E. O país exportou mais do que importou REFERÊNCIA PADOVEZE, Clóvis Luis. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. 7. ed – São Paulo: Atlas, 2010. VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval; GARCIA, Manoel Enriquez. Fundamentos de economia. 2. Ed – São Paulo: Saraiva, 2004. WERNKE, Rodney. Gestão Financeira: ênfase em aplicações e casos nacionais. Rio de Janeiro: Saraiva, 2008. MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 7/8 MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 8/8 MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 1/7 CALCULANDO A INFLAÇÃO NOS CUSTOS DA EMPRESA APRESENTAR OS IMPACTOS DA INFLAÇÃO NOS CUSTOS DA EMPRESA EM DIFERENTES PERÍODOS. AUTOR(A): PROF. ARMINDO APARECIDO EVANGELISTA AUTOR(A): PROF. EDILBERTO PONCE BRACONI INFLAçãO NOS CUSTOS DA EMPRESA A inflação da empresa é a apuração da variação percentual média ponderada dos custos e despesas da empresa de um período para outro. A necessidade de um número que meça com rapidez as alterações nos custos e despesas da empresa é o que fundamenta o calculo da inflação interna da empresa. Isso possibilita á empresa analises comparativas com os diversos índices existentes medidores de inflação. Podendo ser calculados no período em que a empresa julgar importante e necessário para as suasatividades, ou seja, mensalmente, bimestralmente, trimestralmente, semestralmente, anualmente ou a qualquer outro período de medição.Vejamos um exemplo de aplicabilidade do calculo da inflação interna da empresa Modelo S/A que produz dois produtos homogêneos chamados aqui de Produto X1 e o outro de Produto X2, que possuem algumas diferenças em seus pesos e tamanhos. Suas estruturas e custos no mês de referencia julho 2013, são: Itens por unidade: Produto X1 Produto X2 Materiais R$12,00 R$36,00 Mão de obra R$40,00 R$50,00 Outros custos R$10,00 R$12,00 Totais R$62,00 R$98,00 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 2/7 Após o período de um ano, iremos fazer a medição da inflação interna da empresa, assim os índices de inflação para cada um dos insumos (itens por unidade) são os seguintes: Materiais = 12,5%; Mão de obra = 5,5% e Outros custos = 2,0%. Com os dados (itens por unidade) de julho de 2013 e os índices de inflação em julho de 2014 temos a tarefa de calcular o novo valor de custo de cada um, ou seja, aplicar o índice em cada um dos itens: PRODUTO X1 Produto X1 Custo em julho 2013 (a) % de inflação Valor da inflação (b) Custo corrigido em julho 2014 (a +b) Materiais R$12,00 12,5% R$1,50 R$13,50 Mão de obra R$40,00 5,5% R$2,20 R$42,20 Outros custos R$10,00 2,0% R$0,20 R$10,20 Total R$62,00 R$65,90 PRODUTO X2 Produto X2 Custo em julho 2013 (a) % de inflação Valor da inflação (b) Custo corrigido em julho 2014 (a +b) 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 3/7 Materiais R$36,00 12,5% R$4,50 R$40,50 Mão de obra R$50,00 5,5% R$2,75 R$52,75 Outros custos R$12,00 2,0% R$0,24 R$12,24 Total R$98,00 R$105,49 Agora com os valores de custos de cada um dos produtos em julho de 2013 e julho 2014, temos de calcular a variação percentual de cada um deles, para isso usamos a seguinte fórmula matemática: [(valor atual / valor anterior)-1]*100, ou seja, vamos aos números: Produto X1 = [(R$65,90 / R$62,00)-1]*100 = 6,29% Produto X2 = [(R$105,49 / R$98,00)-1]*100 = 7,64% Após calcular a variação percentual da inflação de cada um dos produtos, precisamos juntar os dados de previsão quantitativa dos produtos X1 e X2 a fim de calcular a média ponderar dos custos e medir a inflação interna da empresa MODELO S/A. As mesmas somam 185.000 e 248.800 respectivamente. Produtos: Quantidade MULTIPLICADA pelo custo unitário em julho 2013 Quantidade MULTIPLICADA pelo custo unitário em julho 2014 Produto X1 185.000 X R$62,00 = R$11.470.000,00 185.000 X R$65,90 = R$12.191.500,00 Produto X2 248.800 X R$98,00 = R$24.382.400,00 248.800 X R$105,49 = R$26.245,912,00 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 4/7 TOTAL R$35.852.400,00 R$38.437.412,00 Agora com os valores de custos totais de cada um dos produtos em julho de 2013 e julho 2014, temos de calcular a variação percentual e inflação da empresa no período, para isso também usamos a seguinte fórmula matemática: [(valor atual / valor anterior)-1]*100, ou seja, vamos aos números: Empresa Modelo S/A = [(R$38.437.412,00/ R$35.852.400,00)-1]*100 = 7,21% Resumindo temos o produto X1 com uma inflação interna de 6,29% e o produto X2 com uma inflação interna de 7,64% mas considerando a quantidade prevista de cada um dos produtos e inserindo-as no calculo da variação percentual chegamos a uma inflação interna nos custos da empresa Modelo S/A de 7,21% no período medido. Uma forma interessante de analisar o resultado obtido pela empresa seria identificar o segmento em que ela atua e compara-lo com o índice de inflação medido externamente pelas instituições conhecidas (FGV, IBGE, FIPE, DIEESE), isso traria uma visão mais abrangente para os gestores. Vale dizer que os índices apresentados pelas instituições conhecidas, quando positivos, são inflação, mas quando aparecem negativos são chamados de deflação. Os cálculos a serem efetuados internamente são os mesmos aplicados na empresa Modelo S/A. ATIVIDADE Considerando que a empresa BRIC trabalha com três produtos distintos e que seus custos em maio de 20X4 foram: Produto (A) R$250,00; Produto (B) R$390,00 e Produto (C) R$550,00. O gestor comercial precisa saber quais são os custos atualizados em maio de 20X5, pois pretende fazer algumas promoções para atingir suas metas. Sabe-se que os índices de inflação medidos no mesmo período foram distintos para cada produto, ou seja, Produto (A) inflação de 15,5%; Produto (B) deflação 11,0% e Produto (C) inflação de 13,0%? Os custos em maio de 20X5 são respectivamente? 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 5/7 A. R$288,75; R$432,90; R$621,50 B. R$38,75; R$42,90; R$71,50 C. R$288,75; R$390,00; R$621,50 D. R$250,00; R$390,00; R$550,00 E. R$288,75; R$347,10; R$621,50 REFERÊNCIA PADOVEZE, Clóvis Luis. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. 7. ed – São Paulo: Atlas, 2010. VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval; GARCIA, Manoel Enriquez. Fundamentos de economia. 2. Ed – São Paulo: Saraiva, 2004. WERNKE, Rodney. Gestão Financeira: ênfase em aplicações e casos nacionais. Rio de Janeiro: Saraiva, 2008. 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 6/7 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 7/7 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 1/8 ANALISE DOS RESULTADOS A PARTIR DOS CUSTOS ORIGINAIS, CORRIGIDOS E DE REPOSIÇÃO IDENTIFICAR OS DIFERENTES RESULTADOS FINANCEIROS E GERENCIAIS COM A UTILIZAÇÃO DE METODOLOGIAS DIFERENCIADAS QUE APOIAM A TOMADA DE DECISÃO. AUTOR(A): PROF. ARMINDO APARECIDO EVANGELISTA AUTOR(A): PROF. EDILBERTO PONCE BRACONI O PROBLEMA DAS VARIAçõES DE PREçOS NUMA OPERAçãO SIMPLES Numa simples enunciação de uma operação de compra e venda de mercadorias ou de materiais, com condições variáveis de preço, já se pode caracterizar dramaticamente a limitação da contabilidade de custos originais, para finalidades informativas. Suponha a seguinte situação simplificada: certa empresa, dispondo de um patrimônio líquido de R$100.000,00, em 31 de dezembro de 20X0, inteiramente aplicado em numerário, adquire certa mercadoria, a vista, por R$100.000,00. Nesta primeira data o índice geral de preços (escolhido como melhor indicador das flutuações do poder aquisitivo da moeda) está no patamar de 100 (dado hipotético).Em 31de março de 20X1, primeiro período de relatório, a mercadoria não foi vendida, mas sabe-se que o mesmo índice geral de preços acusa agora o patamar de 107 e que, se quiséssemos comprar a mercadoria agora, teríamos de gastar R$112.000,00. Em 30 de junho de 20X1, 60% do lote físico da mercadoria foram vendidos a vista por R$105.000,00. Sabe-se que, nesta ultima data, o índice geral de preços está no patamar de 116 e que, se quiséssemos repor os 100% do lote físico inicialmente adquirido, teríamos de gastar R$125.000,00. Você, como contador gerencial da empresa, está convidado a apresentar uma versão correta sobre as variações efetivas, decorrentes das operações descritas, do patrimônio liquido da empresa, provavelmente como ponto de referencia, você iniciaria sua analise utilizando os conceitos da contabilidade tradicional. 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 2/8Custo Histórico (Original) é o valor original da transação, isto é, quanto custou à empresa adquirir um determinado ativo ou quanto custaram os insumos contidos no ativo, se for fabricado. MARION (2011) As características do Ativo consistem em seus métodos de avaliação, que na observância ao princípio da continuidade e do registro pelo valor original para geração de benefícios futuros, onde os mesmos são avaliados por algum tipo de custo que podem ser: Custo histórico original:é o valor original da transação Custo histórico corrigido: os custos históricos são corrigidos pela variação do poder aquisitivo médio geral da moeda Custo de Reposição: é a maneira onde se coloca o valor do ativo de um bem onde seu custo original e reposto através de uma avaliação do seu custo em uma determinada data. A interpretaçãoda contabilidade a custos originais Receita de Vendas (1) R$105.000,00 (-) Custo das Mercadorias Vendidas (2) (R$60.000,00) = Lucro Bruto (3) R$45.000,00 Desmembrando os valores: (1) O valor da receita de vendas foi proveniente das vendas a vista mencionada no enunciado, assim não é necessário nenhum calculo adicional para se obtiver esse valor. (2) O valor do custo das mercadorias vendidas segue o custo original que foi gasto pela empresa, ou seja, R$100.000,00. Desse montante foram vendidas 60% do lote fi sico, assim calculamos 60% desse valor para se obter o valor do custo da mercadoria vendida. (3) O valor do lucro bruto é resultante da diferença do valor da receita de vendas e o custo da mercadoria vendida. Observe que nessa apuração a contabilidade gerencial não teve esforço adicional pois simplesmente trabalhou com as informações registradas na contabilidade financeira e não considerou nenhuma variação ou flutuação de preços ocorridas externamente, ou seja nem o índice geral de preços e nem tampouco o custo de mercado (de reposição), assim o relatório informacional não apoia a tomada de decisão de maneira eficaz. A interpretação da contabilidade a custos originais corrigidos pelas variações do poder aquisitivo médio da moeda 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 3/8 Custo Histórico Corrigido conserva, basicamente, todas as propriedades do custo histórico somente que, periodicamente, os custos históricos são corrigidos pela variação do poder aquisitivo médio geral da moeda, segundo algum índice geral de preços, como o Índice Geral de Preços (IGP) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), ou o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) do IBGE, ou outros índices gerais que foram ou são indexadores oficiais. MARION (2011) Receita de vendas= (1) R$105.000,00 (-) Custo das mercadorias vendidas (corrigido) (2) (R$69.600,00) = Lucro Bruto (3) R$35.400,00 Desmembrando os valores: (1) O valor da receita de vendas foi proveniente das vendas a vista mencionada no enunciado, assim não é necessário nenhum calculo adicional para se obtiver esse valor. (2) O valor do custo da mercadoria vendida precisa ser ajustado em função da variação do índice geral de preços veja que no momento da aquisição das mercadorias (31 de dezembro de 20X0) o incide correspondia hipoteticamente a 100 e no momento da venda (30 de junho de 20X1) esse índice chegou ao patamar de 116. Isso ocasiona um incremento de 16% por cento que precisa ser aplicado ao custo original, assim temos: (R$60.000,00 * 1,16 = R$69.600,00), ou ainda, calculam-se somente os 16% de R$60.000,00 chegando ao valor de R$9.600,00 e este deve ser somado ao custo original de R$60.000,00, totalizando também o valor de R$69.600,00. (3) O valor do lucro bruto é resultante da diferença do valor da receita de vendas e o custo da mercadoria vendida (ao custo corrigido). Observe que nesta interpretação o Lucro também é, ao mesmo tempo, bruto, operacional, realizado e líquido, da mesma forma que no custo histórico. A única mudança foi ter admitido a variação do poder aquisitivo da moeda e ter expressado os resultados numa moeda de poder aquisitivo da mesma data, isto é, em 30 de junho de 20x1. Nesse caso, aconteceu uma inflação no período, pois o valor de 30 de junho de 20X1 é maior que o valor de 31 de dezembro de 20X0. Se, por ventura, houvesse uma inversão e o valor de 30 de junho de 20X1 fosse menor que o valor de 31 de dezembro de 20X0, a situação seria de deflação. A maneira de calcular não sofreria alteração. O Contador Gerencial ainda não se deu por satisfeito e especula agora sobre a possibilidade de levar em conta de custos de mercado (reposição), desprezando a inflação. A interpretação da contabilidade a custos de reposição 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 4/8 Custo de Reposição pode ter várias conceituações, dependendo da data na qual pensamos fazer a reposição de um ativo por outro em estado de novo. MARION (2011) Receita de vendas (1) R$105.000,00 (-) Custo das mercadorias vendidas (reposição) (2) (R$75.000,00) = Lucro operacional (3) R$30.000,00 + Ganho realizado de estocagem (4) R$15.000,00 = Lucro realizado (5) R$45.000,00 + Ganho não realizado de estocagem (6) R$10.000,00 = Lucro líquido (7) R$55.000,00 Desmembrando os valores (1) O valor da receita de vendas foi proveniente das vendas a vista mencionada no enunciado, assim não é necessário nenhum calculo adicional para se obtiver esse valor. (2) O valor do custo da mercadoria vendida ao custo de mercado (reposição), segundo as informações do exercício, está estipulado em R$125.000,00 para se adquirir 100% do lote físico, como é sabido que vendemos 60% do lote então podemos simplesmente aplicar 60% em cima desse valor total e apurar assim o custo da mercadoria vendida ao custo de mercado (reposição), vejamos R$125.000,00 multiplicado por 60% é igual a R$75.000,00. Outra forma de apurar esse valor seria a seguinte: o custo total de aquisição em 31 de dezembro de 20X0 foi R$100.000,00 e o custo total de aquisição (se fosse adquirir 100% do lote físico) em 30 de junho de 20X1 seria R$125.000,00. Isso acarreta uma variação percentual de 25%, assim ao aplicar essa variação no custo de mercadoria vendida (custo original) de R$60.000,00 chega-se ao valor total de R$75.000,00. (3) O valor do lucro operacional é resultante da diferença do valor da receita de vendas e o custo da mercadoria vendida (ao custo de reposição). Representa em muitos casos, um indicador melhor para avaliação de desempenho de gerentes e empresas do que o lucro bruto no conceito histórico. Representa excesso de do valor corrente de vendas sobre o custo dos fatores, a preços correntes de reposição. Alem do mais, não inclui a parte do lucro realizada por ter a mercadoria subida de preço entre a data da aquisição e a data da venda. (4) Para se apurar o ganho realizado, deve-se calcular a diferença entre o custo total ao custo de reposição e o custo total ao custo original. Dessa diferença aplica-se o percentual de venda do lote físico, veja o calculo: 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 5/8 Custo total ao custo de reposição R$125.000,00 (-) Custo total ao custo original (R$100.000,00) = Diferença de valores R$25.000,00 Percentual de venda do lote físico 60% Valor do ganho realizado em estocagem R$15.000,00 Esse ganho realizado de estocagem, mais propriamente denominado “economia de custo realizada” é o lucro legitimo, realizado pela venda, e representa quanto lucramos por termos adquirido as mercadorias em 31de dezembro de 20X0, em lugar de 30 de junho de 20x1. Como você pode observar o lucro realizado coincide com o lucro bruto total da demonstração a custos originais,entretanto no conceito de custo original o lucrooperacional e ganho de estocagem estão unificados (englobados) e no conceito de custo de reposição separa-se a componente operacional e de estocagem. (5) O valor do lucro realizado é resultante da somatória do valor do lucro operacional com o valor do ganho realizado em estocagem. (6) Para se apurar o ganho não realizado, deve-se calcular a diferença entre o custo total ao custo de reposição e o custo total ao custo original. Dessa diferença aplica-se o percentual do lote físico remanescente nos estoques, ou seja, aquele que não foi vendido veja o calculo: Custo total ao custo de reposição R$125.000,00 (-) Custo total ao custo original (R$100.000,00) = Diferença de valores R$25.000,00 Percentual do lote físico permanecido em estoque 40% Valor do ganho realizado em estocagem R$10.000,00 (7) O valor do lucro líquido é resultante da somatória do valor do lucro realizado com o valor do ganho não realizado em estocagem. ATIVIDADE 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 6/8 Determinada empresa, após a sua constituição, utiliza todo o capital, integralizado em dinheiro, na aquisição de 1.400 unidades de mercadorias para revenda a R$35,00por unidade em 31 de dezembro de 20X4. Em dezembro de 20X5, foram vendidas 1.120 unidades a R$55,00 por unidade. Nesta ocasião, o custo de reposição dos estoques era de R$40,00. Pede-se para calcular e responder qual é o resultado contábil da empresa a custos corrigidos, considerando que a inflação do período tenha sido de 18%. A. R$61.600,00 B. R$49.000,00 C. R$39.200,00 D. R$22.400,00 E. R$15.344,00 REFERÊNCIA IUDICIBUS, Sérgio de. Contabilidade gerencial. 6.ed – 11.reimpr. – São Paulo: Atlas, 2008. MARION, José Carlos; Osni Moura Ribeiro. Introdução à contabilidade gerencial. São Paulo: Saraiva, 2011. 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 7/8 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 8/8 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 1/8 ESTRUTURA DE CAPITAL DA EMPRESA ATENTAR PARA O ASPECTO DE QUE A FORMAÇÃO DA ESTRUTURA DE CAPITAL DA EMPRESA É UM DOS PONTOS RELEVANTES NA TOMADA DE DECISÃO GERENCIAL. AUTOR(A): PROF. ARMINDO APARECIDO EVANGELISTA AUTOR(A): PROF. EDILBERTO PONCE BRACONI Estrutura de Capital da Empresa A estrutura de capital é uma das áreas mais complexas da tomada de decisões financeiras por causa da sua interação com outras variáveis de decisão em finanças. Decisões equivocadas de estrutura de capital podem resultar em um caso de capital elevado, reduzindo, assim o Valor Presente Líquido (VPL) dos projetos e fazendo com que um número maior deles seja inaceitável. Decisões eficazes quanto á estrutura de capital podem reduzir o custo de capital, resultando em VPL maiores e mais projetos aceitáveis, e com isso, aumentar o valor da empresa.A estrutura de capital é a composição das fontes de financiamentos da empresa e podem ter origem externa (capital de terceiros ou passivo exigível) e interna (capital próprio ou patrimônio líquido). Na estrutura do capital não se consideram como fontes de capital os passivos normais decorrentes do financiamento dos custos das operações da empresa, tais como: fornecedores, contas a pagar, salários e encargos sociais, tributos a recolher e adiantamentos de clientes. Esses são denominados passivos de funcionamento, pois não são remunerados explicitamente com juros e os seus prazos de pagamento existem para dar operacionalidade de rotina de pagamentos. Os passivos remunerados com juros, que fazem parte do conceito de estrutura de capital, são denominados passivos de financiamento. Estrutura do capital como opção Para determinação da estrutura de capital existe um grau de liberdade tanto nas decisões iniciais de financiamento dos investimentos, como posteriormente, quando, em um conjunto normal de condições empresariais, há sempre possibilidades de se refazer o perfil da divida, tanto em termos de participações percentuais como de prazos de amortização e taxas de juros.Principais parâmetros norteadores da estrutura de capital: Grau de aversão ao risco; Dilema liquidez versus rentabilidade; MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 2/8 GITMAN, 2010 Mensuração do endividamento. Grau de aversão ao risco As empresas são de propriedade das pessoas e administradas por pessoas que tem comportamentos específicos, que refletem nas varias atividades empresariais dentro dos diversos modelos decisórios. Talvez seja no modelo decisório de financiamento que as variáveis comportamentais ou os elementos culturais, crenças e valores estejam mais presentes. O risco pode ser definido como probabilidade de perda em relação a resultados esperados. Uma decisão inadequada de financiamento pode afetar enormemente outras decisões anteriores de investimentos. Assim, as pessoas têm posturas diferentes em relação aos riscos decorrentes dos negócios. Recursos que apresentam maior chance de perda são considerados mais arriscados do que os que trazem uma chance menor. Em termos mais formais, risco é usado de forma intercambiável com incerteza em referencia à variabilidade dos retornos associados a um determinado recurso.No caso da decisão de financiamento, o risco em questão é o financeiro, que se refere à possibilidade de empresa não resultados positivos operacionais suficientes para honrar seus compromissos de pagamentos das dividas assumidas e seus encargos de juros. O grau de aversão ao risco indica como a empresa vê o risco financeiro, que é evidenciado na sua estrutura de capital. Quanto mais ela se vale de fontes externas de capital, menos aversão ao risco ela tem. A empresa que se vale mais de fontes dos seus acionistas evidencia maior aversão ao risco financeiro. Também dizemos que as empresas com menor grau de aversão ao risco financeiro são mais arrojadas na sua estrutura de capital e as com maior grau são consideradas financeiramente conservadoras. Dilema da liquidez versus rentabilidade A busca de uma estrutura ótima de capital parte do pressuposto de que é possível ter lucros maiores quando se obtém a maior quantidade de fontes baratas de capital. O custo das fontes de capital são os juros e qualquer outra remuneração que se pague aos detentores e cedentes de capital. Quanto menor o custo das fontes de capital, maior lucro a empresa poderá conseguir. Nesse pressuposto, há uma ideia inicial de se buscar a maior quantidade de fontes externas de capital, desde que a um custo menor, que as fontes dos acionistas. Entretanto, a empresa pode não conseguir os resultados esperados, em função de outros riscos existentes e perder parcial ou totalmente, temporária ou definitivamente a condição de honrar o pagamento das parcelas dos juros e das amortizações do principal. Denominamos de liquidez a condição que a empresa tem de honrar todos os seus compromissos financeiros. Quanto maior ela for, mais segurança financeira a empresa terá. Denominamos iliquidez quando a empresa apresenta sem condições de honrar seus compromissos financeiros. Portanto, na busca da maior rentabilidade através do uso intensivo de fontes externas de capital, a empresa pode se ver, no horizonte futuro, às voltas com a possibilidade de perda parcial ou total “em sua acepção mais simples, o risco é a chance de perda financeira”. MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 3/8 Risco financeiro – a possibilidade de que a empresa não seja capaz de fazer frente a suas obrigações. Seu nível é determinado pela previsibilidadedos fluxos de caixa operacionais da empresa e por obrigações financeiras de custo fixo. GITMAN, 2010 de liquidez. Este dilema, não facilmente solúvel, é denominado de dilema liquidez versus rentabilidade. Esta é uma das gestões prioritárias da área financeira e gerencial das empresas. Capital Próprio e Capital de Terceiros A visão tradicional de finanças (denominada abordagem ortodoxa) encara os fornecedores de fontes externas de capital (financiamentos e debêntures) como capital de terceiros, ou seja, seus detentores não fazem parte da gestão da empresa. O valor das fontes dos acionistas, considerados fornecedores internos de capital, é denominada de capital próprio. Em nosso país, enquadram-se os acionistas preferenciais e ordinários. Na literatura norte-americana , as ações preferenciais são consideradas como capital de terceiros. A separação entre capital próprio e capital de terceiros decorre de dois fundamentos: 1. Aspecto jurídico – legalmente os acionistas é que assumem os riscos e as responsabilidades finais pelo empreendimento quando de sua eventual liquidação. 2. Tipo de remuneração – as fontes de capital de terceiros devem ser remuneradas de acordo com os termos contratuais, através dos juros ou prêmios, independentemente de a empresa ter tido ou não lucro suficiente para tanto; são considerados como renda fixa. Já as fontes de capital próprio são remuneradas pelo lucro residual, após o pagamento dos juros aos financiadores externos. No caso da inexistência dos lucros residuais (prejuízo), os acionistas não terão lucros para serem distribuídos. Os lucros que lhe são pagos são denominados de dividendos ou lucros distribuídos e considerados como renda variável por serem lucros residuais. Grau de endividamento e risco financeiro A separação das fontes de capital em capital próprio e capital de terceiros decorre então, do fato de que a empresa, através de seus acionistas, é responsável final do empreendimento, e que os financiadores externos (bancos e debenturistas) devem receber os juros independentemente da existência ou não do lucro. Denomina-se risco financeiro a possibilidade de a empresa não se responsabilizar, temporária ou definitivamente, pelos pagamentos das parcelas do principal e dos juros contratados. Portanto, os financiadores externos tem um risco de não receber em devolução o capital emprestado e seus juros, este é o risco financeiro da empresa. Os financiadores externos adotam como referencia básica para medir o risco financeiro de cada empresa, alem do potencial de geração operacional de lucros, o grau de endividamento atual e futuro, o grau de endividamento é a relação percentual entre o total das fontes de capital de terceiros em relação ao total das MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 4/8 A alavancagem resulta do uso de ativos ou fundos a custo fixo para multiplicar os retornos aos proprietários da empresa. fontes de capital próprio. Veja bem que o Grau de Endividamento é igual a soma do Capital de terceiros dividido pela soma do Capital Próprio. Assim, quanto maior o grau de endividamento, maior será o risco financeiro da empresa, pois há maior utilização do capital de terceiros. Como o capital de terceiros exige uma remuneração fixa, quanto mais empréstimos e debêntures existirem na empresa, maiores serão os comprometimentos financeiros no fluxo de caixa. os financiadores externos sempre estarão atentos a empresas com elevado grau de endividamento, pois, em caso de lucros futuros menores que os esperados, a possibilidade de inadimplência dos compromisso financeiros aumenta. O grau de endividamento também mostra uma relação de garantia. Evidencia qual proporção do negocio os acionistas estão financiando em relação ao capital de terceiros. Quanto mais investem no próprio negócio, mais indicações há de confiança no empreendimento e de que eles dispostos a assumir os riscos operacionais, evidenciando aos donos do capital de terceiros uma garantia adicional. Exemplo de grau de endividamento: Fontes de capital Estrutura A1 Estrutura B1 Estrutura C1 Capital próprio (A) R$1.000.000 R$500.000 R$250.000 Capital de terceiros (B) zero R$500.000 R$750.000 Total das fontes (A + B) R$1.000.000 R$1.000.000 R$1.000.000 Grau de endividamento (B / A) Nulo 1,0 3,0 A estrutura A1 é de uma empresa que não se utiliza de capital de terceiros e, portanto, o grau de endividamento é zero, bem como seu risco financeiro. É também denominada de estrutura financeira não alavancada, absolutamente conservadora. A estrutura B1 mostra uma relação de 1 para 1, ou seja, para cada unidade monetária de capital de terceiros os acionistas também participam da estrutura financeira em montante igual. Logo, o endividamento é igual a 1. A estrutura C1 mostra uma empresa com pouco grau de aversão ao risco e uso intensivo de capital de terceiros, com grau de endividamento igual a 3, pode ser considerada uma estrutura arrojada financeiramente. ALAVANCAGEM FINANCEIRA De modo geral, aumentá-lo resulta em maior retorno e risco, ao passo de reduzi-la, diminui ambos. MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 5/8 GITMAN, 2010 O volume de alavancagem na estrutura de capital da empresa – o mix de divida de longo prazo e capital próprio que ela mantém – pode afetar seu valor de maneira significativa ao afetar o retorno e o risco, ao contrario de algumas fontes de risco, a administração tem controle quase total sobre o risco introduzido pelo uso da alavancagem, em virtude de seu efeito sobre o valor, o administrador financeiro deve saber como medir e avalia-la, especialmente ao tomar decisões referentes a estrutura de capital. Especificamente, a alavancagem financeira significa a possibilidade de os acionistas da empresa obterem maiores lucros para suas ações com o uso mais intensivo de capital de terceiros, ou seja, empréstimos. O fundamento da alavancagem financeira é que os juros são custos fixos e, portanto permitem o fenômeno alavancagem. É fato que no dilema risco versus retorno, a alavancagem baseado em custos fixos, tem a sua contrapartida negativa, que é o risco. Assim a alavancagem financeira traz também o risco financeiro. O fato de os juros serem um custo fixo permite duas possibilidades de alavancagem financeira, a primeira decorre da obtenção de custos de financiamentos das fontes externas em percentual inferior à rentabilidade oferecida pelos ativos da empresa. A segunda alavancagem decorre da natural possibilidade de as empresas aumentarem seu nível de atividade, com vendas e lucros operacionais maiores, e alavancando rentabilidade para os acionistas por manterem fixos os valores pagos ao capital de terceiros. A alavancagem financeira decorrente do aumento do volume é similar à alavancagem operacional e dentro de expectativas de volumes maiores esperados, pode até permitir aceitar taxas de juros maiores, daquelas admissíveis dentro de volumes menores de atividade de vendas. ATIVIDADE Com base nas contas do balanço patrimonial da Cia. Sempre Verde qual é o grau de endividamento no período? Capital Social R$ 10.000,00; Duplicatas a pagar (ELP) R$ 35.000,00; Empréstimos e financiamentos R$ 13.000,00; Fornecedores R$ 20.000,00; Obrigações tributárias R$ 28.820,00; Reservas R$ 93.000,00. A. 46,6% B. 47,4% C. 94,0% D. 111,0% E. 114,6% REFERÊNCIA GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 6/8 PADOVEZE, Clóvis Luis. Controladoria estratégica e operacional: conceitos, estrutura, aplicação. São Paulo: Pioneira Thomson, 2003.WERNKE, Rodney. Gestão Financeira: ênfase em aplicações e casos nacionais. Rio de Janeiro: Saraiva, 2008. MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 7/8 MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 8/8 MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 1/8 CUSTO DE CAPITAL DA EMPRESA DEMONSTRAR O CÁLCULO DO CUSTO DO CAPITAL DA EMPRESA, BEM COMO O CUSTO DO CAPITAL DE TERCEIROS E O CUSTO DO CAPITAL PRÓPRIO. AUTOR(A): PROF. ARMINDO APARECIDO EVANGELISTA AUTOR(A): PROF. EDILBERTO PONCE BRACONI Custo do Capital Nas decisões de investimento e financiamento é importante entender o significado da expressão “custo do capital” que representa o retorno que os investidores e fornecedores de capital exigem por destinarem recursos a um determinado empreendimento ou empresa. O custo de capital pode ser dividido em: Custo do capital de terceiros: representa o custo de captação de recursos que a empresa se sujeita a pagar na compra de dinheiro em instituições financeiras e, geralmente, essa taxa de juros está definida nos contratos firmados com os bancos para essa finalidade. Custo do capital próprio: equivale ao retorno mínimo que o investidor deseja obter por aplicar capital na empresa por prazo indeterminado. Convém salientar que, nos dois casos, o valor a ser considerado numa analise financeira deve priorizar o custo de capital após o imposto de renda, já que na maioria das vezes a empresa pode deduzir o valor pago na captação de recursos quando da apuração da base de calculo desse tributo. Por outro lado, com base na representatividade de cada fonte de recursos (capital de terceiros e capital próprio) utilizada no financiamento de curto e longo prazo da empresa, calcula-se o “Custo Médio Ponderado de Capital” (CMPC). Ou seja, apura-se uma média ponderada dos custos de captação das distintas origens do capital investido na empresa. O CMPC pode ser entendido como o custo de capital que o administrador financeiro deve considerar quando das decisões de financiamento e investimento da empresa. Admita-se que uma empresa tem a estrutura de capital: PASSIVO Valor em R$ % do Total Financiamento bancário R$100.000.00 20,0% PATRIMONIO LÍQUIDO Capital social R$400.000,00 80,0% TOTAL DAS FONTES DE RECURSOS R$500.000,00 100,0% 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 2/8 E que custo do único financiamento bancário é de 10,0% ao ano, enquanto os investidores desejam uma taxa de retorno anual de 15,0%. Neste caso, o CMPC é de 14,0% ao ano, obtido pela seguinte equação: [(20,0% X 10,0% ao ano) + (80,0% X 15,0% ao ano)]. * *desconsiderando os efeitos tributários Com isso, os novos investimentos que a empresa cogita realizar devem propiciar retorno superior ao CMPC para se justificarem. Sob o mesmo raciocínio, as novas captações de recursos devem ter custo máximo limitado ao CMPC para não prejudicarem a rentabilidade final do negócio. Determinação do custo de capital O custo de capital serve como um indicador de retorno mínimo a ser gerado para remunerar credores e acionistas. Para agregar valor o retorno da empresa deve superar o custo de capital, ou seja, remunerar os proprietários das fontes de recursos (externos e internos) no valor exigido, e ainda fornecer um excedente que se constitui no valor econômico agregado. Conforme a formação da estrutura de capital, sendo composta por capital próprio e de terceiros, deve-se apurar o custo de cada uma dessas fontes de financiamento. A abordagem tradicional centra-se na questão de minimizar o custo médio de capital da empresa que podemos denominado com (Ko), assim, define o valor da empresa como o valor de mercado de suas fontes de capital, ou seja, o valor dos empréstimos, financiamentos e ações. Define-se (Ki) como o custo de alavancagem ou custo de empréstimos e de financiamentos e ainda, define- se (Ke) como o custo das ações ou o custo exigido pelos acionistas. O valor dos acionistas é o lucro após os juros, portanto, temos as seguintes equações para trabalhar a estrutura e custo de capital da empresa: (Ki) = custo anual dos juros / valor de mercado das dividas (capital de terceiros) (Ke) = lucro disponível aos acionistas (lucro operacional depois dos juros) / valor de mercado do patrimônio liquido (capital próprio) (Ko) = lucro operacional / valor de mercado da empresa (capital de terceiros + capital próprio) (Ve) Valor da empresa = Capital de terceiros + capital próprio EXEMPLO 1 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 3/8 Uma empresa tem a seguinte carteira de empréstimos: Empréstimos I – R$10.000 a 11% a.a. Empréstimos II– R$20.000 a 10 a.a. Empréstimos III- R$20.000 a 9% a.a. O lucro operacional (antes dos juros) está estimado em R$15.400 e o valor da empresa em R$120.000. Vamos calcular: 1. o custo médio de capital de terceiros (ki); 2. o custo médio de capital dos acionistas (ke); 3. o custo médio de capital da empresa (ko). Custo médio ponderado de capital de terceiros Primeiro calcula-se separadamente cada um dos valores de empréstimo aplicando a sua respectiva taxa de juros, ou seja: Empréstimos I – R$10.000 a 11% aa = R$1.100 Empréstimos II– R$20.000 a 10% aa = R$2.000 Empréstimos III- R$20.000 a 9% aa = R$1.800 Em seguida somam-se os valores das taxas calculadas, nesse caso (R$1.100 + R$2.000 + R$1.800) = R$4.900 e divide-se esse montante de taxa de juros pelo montante do valor total de empréstimos, nesse caso (R$10.000 + R$20.000 + R$20.000) = R$50.000. Aplicando a fórmula obtém-se: Ki = R$4.900 / R$50.000 = 9,8% aa Custo médio de capital dos acionistas Como o exemplo menciona que o valor da empresa é de R$120.000, retiramos desse montante o valor de capital de terceiros que é R$50.000 e o restante podemos considera-lo todo como o valor do capital dos acionistas, ou seja, R$70.000. Continuamos o com o calculo do lucro disponível aos sócios, que é proveniente do lucro operacional deduzindo-se o custo anual dos juros de terceiros, ou seja: Lucro operacional R$15.400 (-) Custo dos juros (R$4.900) = Lucro para os acionistas R$10.500 Assim, aplicando a fórmula obtém-se: Ke = R$10.500 / R$70.000 = 15,0% aa Custo médio de capital da empresa O CMPC (custo médio ponderado de capital) considera todos os valores já conhecidos nessa fase, ou seja, o valor do custo anual dos juros (de terceiros) o valor do lucro disponível para os sócios (próprio), o valor do capital de terceiros e o valor do capital próprio. Ou seja, (R$4.900 + R$10.500) = R$15.400 e (R$50.000 + R$70.00) = R$120.000. Assim, aplicando a fórmula obtém-se: Ko = R$15.400 / R$120.000 = 12,83% aa EXEMPLO 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 4/8 Outra empresa tem um ativo de R$20.000 e um giro de ativo na ordem de 2,2 vezes. Os acionistas possuem 40% do capital total da empresa. Sabe-se que a margem operacional é de 6,5% (antes dos juros). O custo médio de capital de terceiros (ki) é de 18%. Vamos calcular as seguintes situações isoladamente, assim podemos criar resultados distintos em cenários diferentes: Situação 1) Calcular ke e ko. Situação 2) Qual seria o valor da empresa se os acionistas desejassem um custo de capital de 14% aa? Situação 3) Qual poderia ser o custo de capital de terceiros para manter o valor da empresa em R$20.000 e o custo de capital de 14% para os acionistas? Resolução situação1: Resoluções como esta devem sempre ter um ponto de partida, ou seja,o marco zero, assim pode-se voltar a fórmula do (Ke) = lucro disponível aos acionistas (lucro operacional depois dos juros) / valor de mercado do patrimônio liquido (capital próprio) e encontrar o numerador e depois o denominador. Para determinar o valor do lucro operacional começamos com a utilização da fórmula (giro do ativo X valor do ativo), logo temos 2,2 X R$20.000 = R$44.000 que é o valor das vendas ou receita de vendas. Em seguida aplica-se a fórmula (receita de vendas X margem operacional) para apurar-se o valor do Lucro Operacional (antes dos juros), vejamos: R$44.000 X 6,5% = R$2.860. Outra informação recebida é de que o ativo da empresa soma R$20.000, assim por dedução e certeza dizemos que o montante de passivo da empresa também soma os mesmos R$20.000. Os acionistas possuem 40% do capital, logo a divisão do capital fica em 40% para os acionistas e 60% para capital de terceiros. Ou seja, R$20.000 X 40% = R$8.000 de capital próprio e R$20.00 X 60% = R$12.000 de capital de terceiros R$12.000. A informação do custo anual do capital de terceiros também foi dada, retrabalhando a fórmula obtém-se: Ki = R$12.000 X 18% = R$2.160 (custo anual dos juros). Agora temos as informações para calcular o valor do lucro disponível para os acionistas, ou seja, o lucro operacional de R$2.860 (-) custo anual dos juros (R$2.160) = lucro para os acionistas R$700. Assim, aplicando a fórmula obtém-se: Ke = R$700 / R$8.000 = 8,75% a.a. que representa o percentual de retorno oferecido aos acionistas. O custo médio ponderado de capital (CMPC) aplicando-se a fórmula obtém: Ko = R$2.860 / R$20.000 = 14,3% a.a. Resolução situação2: Relembrando a situação é: Qual seria o valor da empresa se os acionistas desejassem um custo de capital de 14% a.a.? Como já foi definido que o valor de lucro disponível aos acionistas soma R$700, ele deve representar 14,0%, assim usamos a famosa regra de três onde dividimos esse valor pela porcentagem que ele representa e chegamos ao valor de R$700 / 0,14 = R$5.000. 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 5/8 O novo valor da empresa deve considerar o valor de capital de terceiros que é R$12.000 e somar o novo capital de acionistas (calculado) de R$5.000, assim a resposta assertiva é Novo Valor da empresa de R$17.000. Resolução situação3: Relembrando a situação é: Valor da empresa volta para R$20.000 com custo (retorno) de capital dos acionistas de 14% a.a. Os acionistas possuem 40% do capital, logo a divisão do capital fica em 40% para os acionistas e 60% para capital de terceiros. Ou seja, R$20.000 X 40% = R$8.000 de capital próprio e R$20.00 X 60% = R$12.000 de capital de terceiros R$12.000. Como o lucro esperado (retorno) para os acionistas é de 14% a.a. aplicamos esse percentual sobre o capital próprio e chegamos ao valor de (R$8.000 X 0,14 = R$1.120), logo esse é o novo valor disponível para os acionistas. Sabemos que o lucro operacional da empresa é de R$2.860 e assim deduzimos o lucro esperado pelos acionistas que é R$1.120 e chegamos ao custo de juros de terceiros R$1.740 (que é o valor máximo), agora é só aplicar a fórmula de Ki = R$1.740 / R$12.000 = 14,5% a.a. Observe que mantendo o valor do lucro operacional e aumentando o percentual de retorno dos sócios reduz-se o custo anual dos juros de terceiros, o contrario também acontece, assim o contador gerencial ou gestor financeiro precisa encontrar os patamares aceitáveis para a sua empresa e isso deve fazer parte do plano estratégico. ATIVIDADE Se a empresa Albuquerque está sendo financiada por três credores: Credor 1 – R$10.000,00 a taxa de 8,5% aa; Credor 2 – R$15.000,00 a taxa de 9,6% aa; Credor 3 – R$12.000,00 a taxa de 13,0 aa. Pergunta-se: Qual é o percentual do custo médio anual de juros sobre o capital de terceiros? A. 31,10% B. 10,37% C. 11,2% D. 10,40% E. 11,47% REFERÊNCIA GITMAN, Lawrence J. Princípios da administração financeira. São Paulo: Pearson Pratice Hall, 2010. 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 6/8 MACHADO, Julio Henrique. Custo de capital ponderado a valor de Mercado: análise de sua influencia na determinação do valor econômico agregado. Revista brasileira de contabilidade. Brasília, v. XXXVIII. Nº 175. p.71-81, jan-fev. 2009. PADOVEZE, Clóvis Luis. Controladoria estratégica e operacional: conceitos, estrutura e aplicação. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003. WERNKE, Rodney. Gestão Financeira: ênfase em aplicações e casos nacionais. Rio de Janeiro: Saraiva, 2008. 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 7/8 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 8/8 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 1/8 Retorno Sobre Investimentos (RSI) ou Return On Investments (ROI) FORNECER UM INDICADOR DE ANALISE DA PERFORMANCE DOS INVESTIMENTOS EMPRESARIAIS, COMBINANDO FATORES DE LUCRATIVIDADE (RECEITAS, CUSTOS E INVESTIMENTOS) TRANSFORMANDO-OS EM UMA TAXA PERCENTUAL E COMPARANDO-OS INTERNA E EXTERNAMENTE AO AMBIENTE DA EMPRESA. AUTOR(A): PROF. ARMINDO APARECIDO EVANGELISTA AUTOR(A): PROF. EDILBERTO PONCE BRACONI Introdução A escassez de recursos, notadamente os financeiros, enseja que os gestores se preocupem em avaliar a aplicação do montante de capital disponível para investimento na empresa, quer seja proveniente de capital próprio ou obtido junto a terceiros. E, independentemente da origem dos recursos, estes somente estarão à disposição dos administradores mediante um custo de captação associado. Como é notório, os detentores de capital que financiam as atividades da empresa são remunerados, em geral, pelas taxas de juros vigentes no mercado financeiro. Por outro lado, os investidores empregam suas economias em determinado empreendimento com a intenção de obter um retorno superior ao que conseguiriam em aplicações financeiras ou outra oportunidade de investimento que eles possuem.Assim, como dispor de capital para utilizar na empresa implica dispêndio de valores para remunerar os financiadores e investidores, cabe que esses recursos sejam aplicados em ativos da forma mais otimizada possível. Com isso, espera-se que propiciem a geração de resultados suficientes para ressarcir as fontes de financiamento e, ainda, proporcionar lucros para reinvestimento na organização. Neste sentido, para averiguar se os ativos estão sendo adequadamente empregados em termos de maximizar o desempenho deles, os gestores financeiros devem preocupar-se em mensurar a produtividade destes ativos. PRODUTIVIDADE DE ATIVOS O ambiente empresarial moderno caracteriza-se pela forte cobrança de resultados, exigindo medidas gerenciais que proporcionem a maximização do retorno do capital disponibilizado pelos investidores à companhia. MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 2/8 Geralmente, o lucro conseguido num período é o parâmetro de avaliação da performance empresarial de maior visibilidade, entretanto, analisar o desempenho da companhia apenas com base no lucro liquido pode prejudicar a interpretação ao não refletir se o resultado gerado no período foi condizente, ou não, com o potencial econômico da companhia. Ou seja, o raciocínio – de que o desempenho da empresa deve ser reconhecido com ênfase no lucro, sem considerar os ativos empregados para gera-los, é um principio inadequado de controle, especialmente nas empresas que atual em setores de uso intensivo de ativos (alta tecnologia, química, metalurgia, transportadoras e bens de consumo). Seguindo essa linha de pensamento, todos os administradores deempresas com finalidades lucrativas deveriam se preocupar com o aumento da rentabilidade do capital investido nos ativos da organização e não apenas com o lucro gerado no período. Isso porque a produtividade dos ativos possibilita identificar a eficácia com o qual os gestores da organização transformam os investimentos efetuados nos ativos em receitas operacionais e lucros. VEJAMOS OS EXEMPLOS A SEGUIR: Duas empresas que atuam no mesmo mercado (portanto, de risco assemelhado) obtiverem lucro de R$100.000,00 em um determinado período, esse resultado não pode ser considerado satisfatório para ambas se o montante investido nelas for muito diferente. Ou seja, se a empresa AA utilizou ativos na ordem de R$1.000.000,00 e a empresa BB exigiu investimentos de apenas R$500.000,00, a produtividade dos ativos da empresa AA é significativamente menor que aquela conseguida pela empresa BB. A consideração do colume de recursos destinados ao ativo de cada empresa é imprescindível para se realizar uma avaliação de desempenho consistente, pois, quanto mais recurso financeiro for investido numa empresa, maior deve ser o lucro gerado por ela. Retorno Sobre Investimentos (RSI) ou Return On Investments (ROI) O indicador conhecido como “retorno sobre investimentos” é um dos instrumentos mais difundidos relativamente à analise da performance dos investimentos empresariais. O interesse por este indicador deve-se ao fato de que este combina fatores de lucratividade (como receitas, custos, despesas e investimentos) e os transforma em uma taxa percentual. Por isso, possibilita que este parâmetro seja comparado com a taxa de retorno de outros investimentos, internos ou externos à companhia. Existem divergências sobre os fatores que devem ser considerados numerador e denominador na formula de calculo deste indicador financeiro. Algumas empresas usam o lucro operacional como numerador e outras empresas usam o lucro liquido. Algumas empresas usam o ativo total no denominador, outras usam o ativo total deduzindo o valor do passivo corrente. Mas a versão mais difundida sobre o calculo do ROI é obtida com a versão entre o numerador “resultado operacional” e o denominador “valor do investimento”. Ou seja, MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 3/8 RSI = lucro operacional (antes do imposto de renda e contribuição social) / investimentos (passivo oneroso + patrimônio liquido) No que tange ao fator “investimentos”, este equivale ao montante de capital voluntariamente obtido de terceiros e dos acionistas (sócios) para aplicação nas atividades da empresa. Assim, o valor a considerar como investimento é constituído pelos recursos captados de terceiros (PC + ELP) de forma onerosa (como empréstimos e financiamentos) e os recursos próprios aplicados pelos proprietários, que são contabilizados no patrimônio liquido. O motivo de computar apenas esses valores que possuem um custo de captação associado reside no fato que representam os recursos aplicados na empresa pelos investidores (acionistas ou sócios), bem como por terceiros (bancos e instituições financeiras). Ao contrario, os demais passivos que estão disponíveis costumeiramente de forma não onerosa (também chamados de passivos de funcionamento) não são recursos efetivamente investidos na empresa por seus credores e acionistas, mesmo que sejam necessários ao funcionamento da organização (como salários, encargos sociais e as dividas perante os fornecedores de insumos ou de serviços públicos). FATORES EMPREGADOS NA EQUAçãO QUE DETERMINA O ROI Em razão dos fatores empregados na equação que determina o ROI, é possível concluir que o desempenho desse indicador melhorará se a empresa conseguir: a) Aumentar o valor do lucro operacional – para essa finalidade devem ser implementadas iniciativas visando redução de custos e despesas, aumento da produtividade dos funcionários e equipamentos, diminuição da capacidade ociosa, entre outras medidas de redução de custos e despesas e ainda uma possível melhora no nível de receitas operacionais. b) Reduzir o valor do investimento (passivo oneroso + patrimônio liquido) – com esse objetivo são cabíveis medidas que reduzam a necessidade de captação de recursos de forma onerosa – que diminuam o valor do ativo total e aumentem o passivo de funcionamento. Uma outra forma de calcular o ROI seria multiplicar a margem de lucro pelo giro do ativo, ou seja. ROI = MARGEM DE LUCRO X GIRO DO ATIVO O primeiro termo da fórmula, a Margem de Lucro é uma medida da capacidade da administração controlar os custos e despesas operacionais em relação as vendas. Quanto menor o custo e a despesa operacional por R$ de vendas, maior a margem de lucro. Assim a margem de lucro é calculada da seguinte forma: MARGEM DE LUCRO =(RESULTADO OPERACIONAL LIQUIDO / RECEITA DE VENDAS LIQUIDAS) X 100 O segundo termo da formula é o Giro do Ativo, calculado da seguinte forma: GIRO DO ATIVO =RECEITA DE VENDAS LÍQUIDAS / MÉDIA DOS ATIVOS OPERACIONAIS O Giro do Ativo é a medida de vendas geradas por R$ investido em ativos operacionais, em termos práticos, é preciso ter cuidado na identificação correta dos ativos à disposição da empresa. MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 4/8 A média dos ativos operacionais deve e pode ser calculada de maneira simples, ou seja, quando se tem dois exercícios somam-se os valores e divide-se por dois, quando for um único exercício somam-se os saldos iniciais e finais e divide-se por dois. Exemplo de aplicabilidade: Considere os seguintes dados: Item: Operação Azul Operação Verde Receita de vendas R$300.000,00 R$270.000,00 Resultado Operacional Líquido R$21.000,00 R$14.850,00 Média dos Ativos Operacionais R$80.000,00 R$30.000,00 E calcule a margem de lucro, o giro do ativo e o ROI das Operações Azul e Verde. Item: Operação Azul Operação Verde Margem de Lucro R$21.000,00 / R$300.000,00 = 0,07 R$14.850,00 / R$270.000,00 = 0,055 Giro do Ativo R$300.000,00 / R$80.000,00 = 3,75 R$270.000,00 / $30.000,00 = 9 ROI 0,07 * 3,75 = 0,262 ou 26,2% 0,055 * 9 = 0,495 ou 49,5% Com os dados calculados, verifica-se que a Operação Verde tendo um volume de ativo médio menor obteve um índice de produtividade melhor que a Operação Azul. Outras análises podem ser retiradas das informações com o propósito de explicitar as variações entre as duas operações (Azul e Verde). VANTAGENS E LIMITAçõES ASSOCIADAS AO RSI/ROI Quando usa-se o ROI como parâmetro de avaliação do retorno do capital investidos, encontram-se opiniões favoráveis e contrarias a respeito na literatura que trata desse assunto. Como pontos positivos e vantajosos acerca deste indicador podem ser elencados os seguintes: 1. Permite comparar o desempenho dos gerentes de cada unidade de negócio da empresa: por abranger fatores como receitas, custos, despesas, resultado do período e recursos investidos em ativos, que são controláveis pelos gerentes de cada divisão da empresa, permite avaliar comparativamente a rentabilidade do investimento conseguida pelos administradores dessas unidades de negocio. O desempenho será maior quanto mais alta for a capacidade dessas unidades de gerar lucro com os ativos disponíveis. MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 5/8 2. Avaliação da performance da empresa em relação a períodos passados e perante a concorrência: o ROI é útil para confrontar o desempenho da empresa a cada período com os resultados anteriormente obtidos e também para comparar com os demais integrantes do mercado no qual a empresa compete. Este comparativo pode trazer informações sobre a adequação daspolíticas comerciais adotadas pela empresa ou pelos concorrentes. 3. Facilidade pata identificar como o desempenho pode ser otimizado: o exame detalhado dos componentes desse indicador mostra que é possível melhorar ser resultado aumentando receitas e lucros, reduzindo custos e despesas e diminuindo o valor destinado a investimentos. No entanto, o ROI possui aspectos que podem ser considerados desfavoráveis à sua utilização e são elencados os seguintes: 1. Por fundamentar-se nas informações oriundas das demonstrações contábeis tradicionais, contem as limitações provenientes dos preceitos contábeis legalmente exigidos ( como a metodologia de avaliação de estoques a preço médio e as taxas de depreciação padronizadas pela legislação que não se côa afeta coadunam com a vida útil efetiva dos bens, entre outros aspectos). Ainda, ignora a política de financiamento da empresa, portanto, despreza a influencia da estrutura de capital no balanceamento dos riscos e retorno, aspecto que afeta o preço da ação. 2. Pode levar a rejeição de projetos com taxa de retorno inferior ao desejado pela direção da empresa: se um administrador tem a incumbência de superar um ROI de 10% em todos os investimentos efetuados, será levado a desprezar uma oportunidade de investimentos que propicie 8%. Se não agir dessa forma, estará diminuindo o retorno total sobre os investimentos da empresa. Contudo, admitindo-se que o custo de captação de recursos seja apenas de 5%, o administrador deve efetuar o investimento porque seu retorno esperado excede o custo do capital investido. 3. Seu resultado também é favorecido pela manutenção de ativos ultrapassados tecnologicamente, pois estes tendem a contribuir com um valor menor para o total de ativos da empresa e comparados com os bens mais atualizados em termos tecnológicos. Como o ativo é o divisor da equação do ROI, quanto menor for esse valor, melhor será o desempenho da unidade de negocio nesse critério. Assim, pode estimular decisões que conduzem à perda de competitividade futura. Em razão disso, algumas empresas utilizam o valor de reposição dos ativos como forma de minimizar as consequências dessa restrição. ATIVIDADE Considerando os dados a seguir, qual é o ROI de cada uma das divisões? Divisão AA Receita de vendas R$405.000,00 MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 6/8 Resultado Operacional Líquido R$71.000,00 Média de Ativos Operacionais R$190.000,00 Divisão BB Receita de vendas R$306.000,00 Resultado Operacional Líquido R$56.000,00 Média de Ativos Operacionais R$135.000,00 A. Divisão AA 17,53% e Divisão BB 18,30% B. Divisão AA 46,91% e Divisão BB 44,12% C. Divisão AA 75,56% e Divisão BB 71,05% D. Divisão AA 62,09% e Divisão BB 33,33% E. Divisão AA 37,34% e Divisão BB 41,54% REFERÊNCIA PADOVEZE, Clóvis Luis. Controladoria estratégica e operacional: conceitos, estrutura e aplicação. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003. WERNKE, Rodney. Gestão Financeira: ênfase em aplicações e casos nacionais. Rio de Janeiro: Saraiva, 2008. MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 7/8 MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 8/8 MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 1/9 Retorno Sobre Ativos (RSA) ou Return On Assets (ROA) DEMONSTRAR QUE OS ATIVOS A DISPOSIÇÃO DA EMPRESA DEVEM SER BENS UTILIZADOS PELOS GESTORES, POIS ESTES TEM A CAPACIDADE DE GERAR RECEITAS DE VENDAS COM CUSTOS E DESPESAS OTIMIZADAS BUSCANDO ASSIM O MELHOR RESULTADO EMPRESARIAL, OU SEJA A MELHOR MARGEM LÍQUIDA E O MELHOR RETORNO SOBRE OS ATIVOS. AUTOR(A): PROF. ARMINDO APARECIDO EVANGELISTA AUTOR(A): PROF. EDILBERTO PONCE BRACONI Introdução A escassez de recursos, notadamente os financeiros, enseja que os gestores se preocupem em avaliar a aplicação do montante de capital disponível para investimento na empresa, quer seja proveniente de capital próprio ou obtido junto a terceiros. E, independentemente da origem dos recursos, estes somente estarão à disposição dos administradores mediante um custo de captação associado. Como é notório, os detentores de capital que financiam as atividades da empresa são remunerados, em geral, pelas taxas de juros vigentes no mercado financeiro. Por outro lado, os investidores empregam suas economias em determinado empreendimento com a intenção de obter um retorno superior ao que conseguiriam em aplicações financeiras ou outra oportunidade de investimento que eles possuem. Assim, como dispor de capital para utilizar na empresa implica dispêndio de valores para remunerar os financiadores e investidores, cabe que esses recursos sejam aplicados em ativos da forma mais otimizada possível. Com isso, espera-se que propiciem a geração de resultados suficientes para ressarcir as fontes de financiamento e, ainda, proporcionar lucros para reinvestimento na organização. Neste sentido, para averiguar se os ativos estão sendo adequadamente empregados em termos de maximizar o desempenho deles, os gestores financeiros devem preocupar-se em mensurar a produtividade destes ativos. PRODUTIVIDADE DE ATIVOS O ambiente empresarial moderno caracteriza-se pela forte cobrança de resultados, exigindo medidas gerenciais que proporcionem a maximização do retorno do capital disponibilizado pelos investidores à companhia. MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 2/9 Geralmente, o lucro conseguido num período é o parâmetro de avaliação da performance empresarial de maior visibilidade, entretanto, analisar o desempenho da companhia apenas com base no lucro liquido pode prejudicar a interpretação ao não refletir se o resultado gerado no período foi condizente, ou não, com o potencial econômico da companhia. Ou seja, o raciocínio – de que o desempenho da empresa deve ser reconhecido com ênfase no lucro, sem considerar os ativos empregados para gera-los, é um principio inadequado de controle, especialmente nas empresas que atual em setores de uso intensivo de ativos (alta tecnologia, química, metalurgia, transportadoras e bens de consumo). Seguindo essa linha de pensamento, todos os administradores de empresas com finalidades lucrativas deveriam se preocupar com o aumento da rentabilidade do capital investido nos ativos da organização e não apenas com o lucro gerado no período. Isso porque a produtividade dos ativos possibilita identificar a eficácia com o qual os gestores da organização transformam os investimentos efetuados nos ativos em receitas operacionais e lucros. Vejamos os exemplos a seguir: Duas empresas que atuam no mesmo mercado (portanto, de risco assemelhado) obtiverem lucro de R$100.000,00 em um determinado período, esse resultado não pode ser considerado satisfatório para ambas se o montante investido nelas for muito diferente. Ou seja, se a empresa AA utilizou ativos na ordem de R$1.000.000,00 e a empresa BB exigiu investimentos de apenas R$500.000,00, a produtividade dos ativos da empresa AA é significativamente menor que aquela conseguida pela empresa BB. A consideração do volume de recursos destinados ao ativo de cada empresa é imprescindível para se realizar uma avaliação de desempenho consistente, pois, quanto mais recurso financeiro for investido numa empresa, maior deve ser o lucro gerado por ela. RETORNO SOBRE ATIVOS (RSA) OU RETURN ON ASSETS (ROA) O indicador conhecido “retorno sobre ativos” evidencia o retorno conseguido com o dinheiro aplicado pela empresa em ativos em um determinado período. O calculo desseíndice provem da junção de duas outras importantes medidas de desempenho: RSA/ROA = Margem X Giro Onde a Margem = Lucro Líquido / Vendas Líquidas (X100) e O Giro = Vendas Líquidas / Ativos O conceito de margem refere-se ao percentual de lucratividade obtido em relação às vendas efetuadas, depois de descontados todos os valores relacionados com custos, despesas, tributos incidentes sobre o faturamento e tributos sobre a renda em um determinado período. Por sua vez, neste contexto a palavra “giro” indica a velocidade com que a empresa consegue vender um montante equivalente ao valor do seu ativo em um mês ou em um ano. Ou seja, ele mostra quantas vezes o ativo girou no prazo determinado. MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 3/9 No caso da equação que mostra a margem, o fator lucro líquido corresponde ao lucro final do período (após a provisão de imposto de renda e tributos afins). Entretanto alguns autores defendem que este valor deve ser ajustado com o acréscimo relativo às despesas financeiras, para melhor representar as atividades cotidianas da empresa. Quanto ao elemento vendas liquida, este deve expressar um valor equivalente à receita operacional liquida (ROL) obtida no período avaliado. Para apurar o giro, considera-se ativos o valor aplicado em bens e direitos da empresa, já descontada a depreciação respectiva. No que tange ao fator vendas líquidas, o valor a considerar também equivalente à receita operacional liquida (ROL) obtida no período avaliado. Pela analise dos componentes do RSA/ROA, é fácil perceber que o resultado desse indicador aumentara se a administração da empresa conseguir executar ações que aumentem a margem de lucro e/ou o giro dos ativos. Para facilitar a escolha das iniciativas a serem aplicadas para melhorar o desempenho do RSA/ROA, é interessante verificar como os fatores margem e giro são afetados. FATORES QUE AUMENTAM A MARGEM E O GIRO Veja alguns fatores que contribuem diretamente para o aumento do retorno sobre o ativo Fatores no calculo do RSA/ROA que permite o aumento da Margem Aumento de vendas – um crescimento das vendas, em especial nos produtos ou segmentos mais lucrativos, ou a venda de resíduos e subprodutos para outras empresas, aos itens que incrementam a margem de lucro final que a empresa obtém em suas atividades comerciais. Redução de custos – iniciativas que contribuam para minimizar o consumo de matérias primas ou diminuam o valor do custo de aquisição respectivo, que reduzam o consumo de energia elétrica ou água na produção, que possibilitem o reaproveitamento de insumos no processo fabril, que baixem os custos ligados à manutenção das operações, entre outras possibilidades, tem o poder de reduzir custos e consequentemente aumentar a margem de lucro da empresa. Diminuição de despesas – implementar ações com o intuito de baixar as despesas administrativas (como telefone, correio, internet, energia elétrica, água, folha de pagamentos, entre outras), as despesas de vendas (como propaganda, comissões, tributos sobre o faturamento, fretes, entre outras) e as despesas financeiras (como tarifas bancarias, juros, entre outras) acarretam efeito idêntico a redução de custos e consequentemente aumentam a margem de lucro da empresa. Fatores no calculo do RSA/ROA que permite o aumento do Giro Aumento das vendas – um crescimento das vendas, em especial nos produtos ou segmentos mais lucrativos, ou a venda de resíduos e subprodutos para outras empresas, aos itens que incrementam o giro final que a empresa obtém em suas atividades comerciais. Redução do Ativo Circulante (AC) – medidas para baixar o volume de recursos empregados nos estoques ou para reduzir o prazo de cobrança das vendas (com a consequente diminuição das contas a receber), por exemplo, contribuem para que o ativo tenha um valor menor no período, o que aumenta o indicador de giroMATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 4/9 dos ativos. Menor aplicação de recursos no Ativo Não Circulante (ANC) – ações que reduzam a capacidade instalada ociosa (como aumentar o numero de turnos de trabalho ou desmobilização de maquinas inativas) ou que causem uma imobilização menor de recursos (venda de imóveis ociosos ou improdutivos; substituição de veículos sofisticados por outros que, mais simples, supram as necessidades da empresa, entre outros). VANTAGENS PROPORCIONADAS PELO RSA/ROA O gestor financeiro ou contador gerencial obtém informações essenciais para melhorar o desempenho da empresa ao utilizar o RSA/ROA. ATIVIDADE Considerando os dados da empresa Juventude Para Sempre calcule e responda quais são os RSA/ROA dos dois anos: ANO 2018 Ativo Circulante R$2.000.000,00 Ativo Não Circulante R$1.400.000,00 Receita de Vendas Líquidas R$12.000.000,00 Resultado Operacional Líquido R$780.000,00 ANO 2017 Ativo Circulante R$1.800.000,00 Ativo Não Circulante R$1.500.000,00 Receita de Vendas Líquidas R$9.000.000,00 Resultado Operacional Líquido R$855.000,00 A. Ano 2018 = 17,53% e Ano 2017 = 18,30% B. Ano 2018 = 46,91% e Ano 2017 = 44,12% C. Ano 2018 = 75,56% e Ano 2017 = 71,05% D. Ano 2018 = 62,09% e Ano 2017 = 33,33% E. Ano 2018 = 22,94% e Ano 2017 = 25,90% ATIVIDADE MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 5/9 Considerando os dados da empresa Juventude Para Sempre calcule e responda quais são os RSA/ROA dos dois anos: ANO 2018 Ativo Circulante R$2.000.000,00 Ativo Não Circulante R$1.400.000,00 Receita de Vendas Líquidas R$12.000.000,00 Resultado Operacional Líquido R$780.000,00 ANO 2017 Ativo Circulante R$1.800.000,00 Ativo Não Circulante R$1.500.000,00 Receita de Vendas Líquidas R$9.000.000,00 Resultado Operacional Líquido R$855.000,00 A. Ano 2018 = 17,53% e Ano 2017 = 18,30% B. Ano 2018 = 46,91% e Ano 2017 = 44,12% C. Ano 2018 = 75,56% e Ano 2017 = 71,05% D. Ano 2018 = 62,09% e Ano 2017 = 33,33% E. Ano 2018 = 22,94% e Ano 2017 = 25,90% Entre os benefícios informativos propiciados por esse parâmetro, alguns pontos merecem destaques: 1. Identifica como a margem de lucro aumenta ou se deteriora: a comparação dos percentuais de custos e despesas em relação as vendas ao longo dos vários períodos (meses ou anos) evidencia as causas da melhoria ou deterioração da margem de lucro. 2. Permite medir a eficiência dos ativos não circulantes em produzir vendas: se os lucros aumentam com o mesmo montante de ativos, a performance está melhorando e vice-versa. 3. Possibilita avaliar a gestão do capital de giro por intermédio de indicadores mensurados em dias, como o prazo de estocagem, o prazo de recebimento das contas a receber, o prazo de pagamento das contas a pagar, entre outras. 4. Faculta o estabelecimento de medidas que aferem a habilidade do gestor para controlar custos e despesas em função do volume de vendas (como a relação percentual de cada fator como a receita, o que permite monitorar a tendência de comportamento desses gastos). 5. Propicia a comparação das medidas de eficiência citadas no item anterior com outras unidades da empresa ou o confrontar com o desempenho da MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 6/9 concorrência. 6. Estabelecer o patamar máximo de custo de captação de recursos que a empresa pode suportar. Assim, se conseguir um RSA/ROA superior ao custo de novas dividas, pode contrata-las porque a rentabilidade do seu negocio supera a remuneração exigida por terceiros. Caso contrario, os administradores devem evitar tomar empréstimos ou financiamentos, sob penade ocorrer uma alavancagem financeira inadequada. Demonstrações contábeis sintéticas da empresa AllGreen em 2020. BALANÇO PATRIMONIAL ATIVOS: Circulante R$2.500.000,00 Realizável Longo Prazo R$1.200.000,00 Não Circulante R$1.100.000,00 Total do Ativo R$4.800.000,00 PASSIVOS Circulante R$2.300.000,00 Exigível Longo Prazo R$500.000,00 Patrimônio Líquido R$2.000.000,00 Total do Passivo R$4.800.000,00 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCICIO Receita Operacional Líquida R$32.000.000,00 (-) Custo dos Produtos Vendidos (R$28.000.000,00) = Resultado Operacional Bruto R$4.000.000,00 (-) Despesas Operacionais (R$1.800.000,00) = Resultado Operacional Líquido R$2.200.000,00 (-) Provisão para Imposto de Renda (R$748.000,00) = Lucro Líquido do Exercício R$1.452.000,00 Calculo do RSA/ROA da empresa AllGreen em 2020. Para calcular o RSA/ROA do período da empresa AllGreen, inicialmente será apurada a margem de lucro líquida, que é obtida pela divisão do Lucro Líquido do Exercício pelo montante das vendas líquidas, ou seja, nesse caso, a Receita Operacional Líquida. MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 7/9 Margem = (Lucro Líquido / Vendas Líquidas) X 100 Margem = (R$1.452.000,00 / R$32.000.000,00) X 100, logo Margem = 4,5375% Ou seja, no período calculado a margem foi de 4,5375%, representando que de cada R$100,00 de vendas a empresa AllGreen obteve uma margem de R$4,53. Em seguida, vamos calcular o valor relativo ao giro, que considera a razão entre vendas líquidas, aqui, a Receita Operacional Líquida e Ativos. Com base nas demonstrações contábeis em analise, o valor equivalente ao giro foi: Giro = Vendas Líquidas / Ativos Giro = R$32.000.000,00 / R$4.800.000,00, logo Giro = 6,666667 O resultado do giro alcançado no período representa que os ativos utilizados conseguiram produzir vendas 6,666667 vezes maiores que o respectivo valor investido. Finalmente com os fatores necessários ao calculo do RSA/ROA disponíveis, basta multiplicar esses dois itens, assim teremos: RSA/ROA = Margem X Giro RSA/ROA = 4,5375% X 6,666667, logo RSA/ROA = 30,250002% Esse resultado pode ser interpretado como o limite máximo com o qual a empresa AllGreen pode arcar no tocante à captação de recursos junto a terceiros. Então, se o gestor contratar empréstimos ou financiamentos com taxas de juros que superem o patamar de 30,250002% ao ano estará prejudicando a rentabilidade da empresa. REFERÊNCIA PADOVEZE, Clóvis Luis. Controladoria estratégica e operacional: conceitos, estrutura e aplicação. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003. WERNKE, Rodney. Gestão Financeira: ênfase em aplicações e casos nacionais. Rio de Janeiro: Saraiva, 2008. MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 8/9 MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 9/9 MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 1/10 afirma que, embora seja um conceito antigo, o EVA proporcionou uma contribuição para a analise financeira ao considerar o custo de oportunidade do capital próprio. Valor Econômico Agregado (VEA) ou Economic Value Added (EVA) EVIDENCIAR OS PRINCIPAIS ASPECTOS DO VALOR ECONÔMICO AGREGADO (EVA), COMO CONCEITOS, FORMAS DE CALCULO, BENEFÍCIOS, LIMITAÇÕES, VANTAGENS E DESVANTAGENS, E AINDA DEMONSTRAR QUE O EVA É PERFEITAMENTE APLICÁVEL AO CONTEXTO DAS EMPRESAS. AUTOR(A): PROF. ARMINDO APARECIDO EVANGELISTA AUTOR(A): PROF. EDILBERTO PONCE BRACONI CONCEITO Economic Value Added (EVA) é um conceito contábil que vem ganhando bastante destaque no ambiente financeiro empresarial. Tal notoriedade, provavelmente, tem sua origem no conjunto de informações gerenciais que esse indicador propicia, bem como pela facilidade de identificar os fatores que mais contribuíram para o desempenho mensurado. Os gestores das empresas com finalidades lucrativas costumam ter à disposição um montante de recursos investidos em ativos que pode ser proveniente dos acionistas (capital próprio) ou de financiadores externos (capital alheiro de terceiros). Nas duas formas de financiar as operações da empresa, os administradores devem se preocupar com a remuneração exigida pelos fornecedores de capital. Então, ao aplicar os recursos em um empreendimento, os investidores costumam desejar que esse capital possa propiciar um retorno adequado às suas expectativas. No mesmo sentido, quando a empresa obtém credito de instituições financeiras, esta exige uma remuneração pelo capital emprestado sob a forma de taxa de juros. Assim, cabe aos gestores avaliar o desempenho da empresa, considerando essa estrutura de capital e as respectivas taxas de juros de captação, ou seja, não se deve fundamentar a avaliação unicamente no montante do lucro contábil conseguido no período porque neste se considera somente o custo do capital de terceiros. Dessa maneira, estaria sendo desconsiderado o custo de captar os recursos próprios empregados nas atividades operacionais da empresa. Porem, o lucro deveria ser o resultado da empresa depois de remunerar todos os recursos (dos sócios e de terceiros) aplicados no negócio. PRINCIPAIS ASPECTOS DO Economic Value Added (EVA) MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 2/10 SILVA (2008) pugna que a real medida de desempenho que apropriadamente leva em consideração todas as maneiras pelas quais o valor corporativo pode ser agregado ou perdido é o valor econômico agregado (EVA). STEWART (2005) ressalta o EVA representa o lucro residual que permanece após o custo de todo o capital, incluindo o capital que tenha sido deduzido, enquanto o lucro contábil é determinado sem se colocar uma carga do capital próprio. BRIGHAM (2001) Conforme esse autor, o lucro líquido contábil é constituído depois do cômputo das receitas, custos e despesas, incluindo as receitas e despesas financeiras. Porem, não considera o custo do capital próprio. Assim, de acordo com o conceito do EVA, a empresa só gera valor para os acionistas se seus lucros forem superiores ao custo de todo capital empregado em suas operações. No que tange À conceituação do EVA, O EVA é uma medida de receita residual que subtrai o custo do capital dos lucros operacionais gerados em um empreendimento. A área operacional pode fazer inúmeras coisas individuais para criar valor, mas todas elas devem em algum momento cair em uma das três categorias medidas pelo EVA. Este aumentará se os lucros operacionais puderem ser incrementados sem que seja inserido qualquer outro capital; Se um novo capital for investido em todos e quaisquer projetos que produzirem mais do que o custo total do capital; e Se o capital for desviado ou retirado de atividades negociais que não cubram seus próprios custos de capital. Logo, o EVA é uma estimativa do efetivo lucro econômico da empresa para o período e difere muito do lucro contábil. Na concepção do EVA, o capital próprio tem um custo, pois os fundos aportados pelos acionistas poderiam ser investidos em algum outro lugar onde obtivessem retorno. Os acionistas abrem mão da oportunidade de investir os fundos em outro lugar quando aportam o capital na empresa. O retorno que obteriam de outro modo de investimentos de risco equivalente representa o custo do capital próprio. Segundo os autores, “esse custo é um custo de oportunidade em vez de ser um custo contábil, mas é realmente muito importante”. MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php3/10 mencionam que esse indicador pode ser definido como a diferença entre os resultados operacionais e o custo do capital empregado para gerar tais resultados, ou seja, “o EVA é um resultado operacional liquido depois dos impostos, menos os encargos do capital equivalente à quantia de lucro necessária para cobrir as despesas de juros monetários e prover um retorno adequado aos investidores”. O valor do EVA aumentará se esses resultados operacionais aumentarem sem comprometer capital adicional. FARIA E COSTA (2005) O EVA E A DESTRUIÇÃO DE VALOR O conceito de destruição de valor emerge como conceito inverso ao conceito de adição de valor, considerando o custo de oportunidade de capital. Todas as atividades que tiverem um resultado inferior ao custo de oportunidade do investimento apresentam destruição de valor, pois os acionistas estarão sendo remunerados com rentabilidade inferior ao custo médio de oportunidade do mercado. A distribuição de resultados nessa condição implicaria um processo de destruição do capital da empresa, pois se estaria, na realidade, distribuindo capital dos acionistas e, consequentemente, reduzindo o valor da empresa. EXEMPLO DE CALCULO DO EVA Assumindo um custo de oportunidade exigido pelos acionistas de 12% ao ano, teríamos a seguinte mensuração do valor econômico adicionado para dois exercícios analisados. Item 31/12/20X1 31/12/20X0 Lucro Operacional R$1.145.610 R$1.640.026 (-) Impostos sobre o lucro (34%) = Lucro Operacional Líquido (A) Ativo Operacional Líquido (B) Custo de Oportunidade (12% x B) (C) (R$389.507) R$756.103 R$9.159.467 R$1.099.136 (R$557.609) R$1.082.417 R$8.852.242 R$1.062.269 Valor Econômico Adicionado (A-C) (D) (R$343.033) R$20.148 Rentabilidade Adicional (D/B) -3,75% 0,23% Neste exemplo, verificamos que em 20X0 houve um valor adicionado de R$20.148, que representa uma rentabilidade adicionada de 0,23%. MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 4/10 Citam que existem varias coisas que podem ser feitas para criar valor em uma empresa, mas eventualmente, cairão em uma das três categorias medidas por um aumento de EVA. Em 20X1 não houve valor adicionado, porque a rentabilidade foi inferior à rentabilidade mínima exigida pelo custo de oportunidade dos acionistas. Dentro do enfoque do EVA, não houve agregação de valor, e sim, destruição do valor do acionista, ou seja, destruição de riqueza. Considera-se destruição do valor do acionista quando o valor adicionado é negativo. No ano de 20X1, se o acionista tivesse investido em outro negócio, poderia ter uma rentabilidade mínima de R$1.099.136. Como a empresa só rendeu R$756.103, o acionista deixou de ter a renda de R$343.033; portanto, sua riqueza foi parcialmente destruída. Percentualmente, o investidor perdeu 3,75% no ano, em relação a um custo médio de oportunidade em outros investimentos e empreendimentos. AÇÕES PARA MAXIMIZAR O EVA Apurado o EVA no período, cabe aos administradores averiguar se o resultado alcançado é adequado, ou não, e tentar otimizar o desempenho com medidas que possam aumentar a geração de riquezas.Apesar de em qualquer empreendimento existirem inúmeras atividades que podem ser feitas para criar valor, em algum momento todas elas deverão fazer parte de uma das três categorias medidas por um aumento do EVA. Este crescerá se a eficiência operacional for melhorada, se novos investimentos criadores de valor forem assumidos, e se capital for retirado de atividades não econômicas. Para ser mais especifico, o EVA aumenta quando: 1. A taxa de retorno sobre a base existente de capital cresce, ou seja, se mais lucros operacionais são gerados, sem qualquer nova adição de fundos ao empreendimento; 2. O capital adicional é investido em projetos que dão mais retorno do que o custo de obtenção de capital novo; 3. O capital é liquidado ou ainda, novo investimento é cortado em operações abaixo do padrão nas quais retornos inadequados vem sendo gerados. Veja também que entre as iniciativas que podem ser utilizadas para melhorar o desempenho do EVA, devem ser elencadas as seguintes: 1. Tentar lucrar mais com o mesmo capital – reduzir custos e cortar gastos não prioritários; buscar a elevação do faturamento, aproveitando oportunidades de mercado e necessidades de clientes. 2. Usar menos capital nas operações – revisar métodos e procedimentos, cortar as despesas e custos ligados às atividades operacionais. 3. Investir capital em projetos de alto retorno – utilizar todo ou parte do capital de forma extremante sensata. MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 5/10 FARIA E COSTA (2005) O EVA AUMENTARá QUANDO: A taxa de retorno recebida sobre a base de capital existente melhora, de modo que mais lucros operacionais sejam gerados sem a utilização de mais fundos; Capital adicional é investido em projetos com retorno superior ao custo de garantia do novo capital; Capital é retirado ou são adiados novos investimentos, em operações cujo retorno não é igual ao custo de capital. BENEFICIOS E LIMITAÇÕES INERENTES AO EVA Em relação aos benefícios informativos propiciados pelo EVA, sintetizou-se em dois aspectos: 1. Capacidade de conscientizar rapidamente o gestor sobre as expectativas do investidor em relação a sua atuação; 2. Simplicidade de compreensão. Em relação ao primeiro ponto, a partir do momento em que se define que o administrador deve se esforçar para remunerar os recursos investidos e gerar um valor adicional ao custo ponderado médio de capital, torna-se evidente que os objetivos a serem perseguidos nas diversas áreas da empresa devem ser balizados pela geração de EVA positivo. Com isso, decisões sobre a manutenção de linhas de produção ou comercialização, aumento ou redução de investimentos em unidades ou setores, bem como a analise da atual situação da entidade, passam a ser mais claramente determináveis. Assim, tendo em mente que o almejado é gerar ou aumentar o EVA das operações, cabe ao gestor verificar as unidades, os setores ou as linhas que podem ter seus desempenhos otimizados e encetar iniciativas nesse sentido. No que tange ao de aspecto da compreensão facilitada, tal ponto pode ser explicado em função de que basta o gestor entender que a agregação de valor econômico ocorre quando o EVA é positivo. Nesse caso, as operações da empresa geraram riqueza para o acionista. Ao contrario, quando o EVA é negativo, acontece a destruição da riqueza do investidor. O EVA ainda oferece uma boa medida de extensão pela qual a empresa adicionou valor ao acionista, então, se os gestores fixarem-se no EVA, isso ajudara a assegurar que eles operem de maneira consistente com a maximização da riqueza do acionista. Além disso, o EVA pode ser determinado para divisões, assim como para toda a empresa. Em razão disso, proporciona uma base útil para determinar a remuneração dos gestores em todos os níveis. Como resultado, o EVA esta sendo usado por numero crescente de empresas como a base principal na determinação da remuneração dos gestores. Por outro lado, o EVA possui aspectos que podem ser considerados desfavoráveis à sua utilização porque é um indicador do passado e não considera o risco do negocio. Ou seja, administra-se o negocio por meio de medidas que são resultados de ações, enquanto que o corretoMATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 6/10 menciona como as principais vantagens do EVA os seguintes aspectos: O custo de capital utilizado é explicitamente considerado nas analises de investimentos e desempenho; Os objetivosda empresa são mais bem definidos, permitindo que os administradores trabalhem centrados nos mesmos; Ocorre uma melhor integração entre planejamento estratégico e finanças, possibilitando que todos os administradores trabalhem com os mesmos conceitos, procedimentos, finalidades e focos de ação quanto aos objetivos das empresas; É definida uma taxa de retorno mínima a ser requerida nos projetos novos e atuais. Dessa forma, os objetivos da companhia são definidos de modo claro, objetivo, consistente e quantificável; São colocados em evidencia assuntos como estrutura de capital, custo de capital de terceiros, custo de capital próprio, política de dividendos e custo de manutenção de ativos não operacionais; Permite fixar um critério justo para negociação da remuneração variável dos administradores; Motiva o envolvimento dos administradores na gestão dos negócios, porque oportuniza que cada um disponha de parâmetros para mensurar o valor de sua contribuição na geração de valor aos acionistas; O pessoal que planeja estrategicamente a empresa tem uma visão certa das principais variáveis que provocarão impacto na geração ou destruição de valor da empresa; Os gestores começam a pensar e a agir como se fossem acionistas, considerando o impacto de longo prazo de suas decisões, em face da necessidade de planejar o fluxo de dividendos para estipular o valor da empresa; Possibilidade de analisar de maneira isolada as unidades de negocio, empresas e produtos, auxiliando a companhia a tomar decisões estratégicas de foco, como diversificar, ampliar, entre outras. MARTELANC ET AL (2005) comenta que a gestão baseada em medidas financeiras sofre muitas criticas de especialistas, que comparam esse modo de gerenciamento a uma carroça com dois bois, cujo gestor coloca a carroça a frente dos animais. LUNKES (2004) seria o gestor primar pelas causas que geram o resultado financeiro. Essas críticas são aplicáveis às versões mais simplificadas de calculo do EVA, e enfatizam dois pontos desfavoráveis a este parâmetro gerencial: 1. Apesar de reconhecer a inadequação dos resultados contábeis tradicionais para a mensuração do valor do empreendimento, o modelo limita-se a MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 7/10 Comenta que o fato de o EVA compreender todos os fatores não é somente uma virtude. SILVA (2005) ajusta-los globalmente, em vez de tratar as informações à medida que ocorrem os eventos; 2. A base de resultados globais da empresa impede a identificação da contribuição gerada por área. É também uma fraqueza potencial quando aplicado no contexto de unidades descentralizadas. Se a divisão analisada é uma unidade muito independente, em que o gerente da divisão tem poder de decisão quase total, inclusive influencia sobre as decisões de investimentos, o EVA pode ser considerado como a melhor medida de desempenho de curto prazo porque incorpora lucros e produtividade do capital.Mas duas pressuposições fundamentais sustentam essa afirmativa: O gerente da divisão tem amplo poder de decisão sobre as atividades operacionais e de investimento e tanto as alocações de custos como os preços de transferência causam efeito mínimo no EVA da unidade de negócio; ou A companhia desenvolveu sistemas confiáveis para alocação de custos e preços de transferência. Quando essas premissas mostram-se menos validas, o EVA começa a perder poder como medida de contribuição do gerente da unidade de negócio na geração de valor para o acionista. ATIVIDADE A empresa UniSP tem a possibilidade de ampliar suas instalações e a seguir são apresentados os dados projetados com a implementação do projeto: Divisão AA Resultado Operacional Líquido - R$303.000,00 Ativo Operacional Líquido - R$1.640.000,00 Custo Médio Ponderado de Capital - 8,5% Divisão BB Resultado Operacional Líquido - R$171.000,00 Ativo Operacional Líquido - R$1.810.000,00 Custo Médio Ponderado de Capital - 8,5% MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 8/10 O Valor Econômico Agregado (EVA) para cada divisão com os respectivos projetos implementados são: A. Divisão AA = R$110.000,00 e Divisão BB = R$25.000,00 B. Divisão AA = R$120.000,00 e Divisão BB = R$135.000,00 C. Divisão AA = R$150.000,00 e Divisão BB = R$23.000,00 D. Divisão AA = R$160.000,00 e Divisão BB = R$28.150,00 E. Divisão AA = R$163.600,00 e Divisão BB = R$17.150,00 REFERÊNCIA BRIGHAM, E.F.; GAPENSKI, L.; EHRHARDT, M.C. Administração financeira: teoria e pratica. São Paulo: Atlas, 2001. COPELAND, T.; KOLLER, T.; MURRIN, J. Avaliação de empresas "valuation": calculando e gerenciando o valor das empresas. São Paulo: Makron Books, 2000. FARIA, A.C.;COSTA, M. de F.G.Gestão de custos logísticos: custeio baseado em atividades (ABC), Balanced Scorecard (BSC), Valor Economico Agregado (EVA). São Paulo: Atlas, 2005. LUNKES, R.J. Manual de contabilidade hoteleira.São Paulo: Atlas, 2004. MARTELANC, R.; PASIN, R.; CAVALCANTE, F. Avaliação de empresas: um guia para fusões e aquisições e gestão de valor. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. PADOVEZE, Clóvis Luis. Contabilidade Gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. 7. Ed. – São Paulo: Atlas, 2010. SILVA, R.N.; SILVA, R.C.L.; GUIMARAES, E.C.Uma analise da integração entre o EVA e o BSC no setor petrolífero. X Congresso Internacional de Custos, Florianópolis, novembro de 2005. MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 9/10 MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 10/10 MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 1/12 Criação e a gestão de valor da empresa ABORDAR AS MAIS DIVERSAS FORMAS E ASPECTOS DE CRIAÇÃO DE VALOR NA EMPRESA CONSIDERANDO CUSTO DE OPORTUNIDADE E A MELHOR E MAIOR RENTABILIDADE AOS ACIONISTAS E INVESTIDORES. AUTOR(A): PROF. ARMINDO APARECIDO EVANGELISTA AUTOR(A): PROF. EDILBERTO PONCE BRACONI MEDIDAS DE CRIAÇÃO DE VALOR O conceito de gestão baseada no valor envolve a mensuração do valor econômico agregado como a principal referencia para se avaliar o desempenho da empresa. De posse dessa medida, são definidos direcionadores de valor para seus diversos segmentos de atividades, de forma a fundamentar suas decisões baseadas nas metas de criação de riqueza previamente definidas e avaliar os respectivos desempenhos. O modelo de gestão enfocada no valor vincula responsabilidades e atuação explicita das diversas áreas da administração da empresa e determinadas metas e riqueza, como elevar o preço de mercado das ações em certo percentual, gerar um EVA positivo anual aos acionistas, e assim por diante. Da mesma forma o modelo impõe uma visão mais competitiva da empresa atuando seu pessoal com as mesmas expectativas e critérios gerenciais dos acionistas. Todas as decisões financeiras são avaliadas pelo resultado econômico que agregam e não por seu resultado contábil que não considera o custo de oportunidade do capital próprio e risco do negócio. A criação da riqueza não é dimensionada pelo valor de mercado de uma empresa, mas pela diferença encontrada entre seu valor de mercado e o capital investido pelos proprietários. O valor de uma empresa, assim como variações em seu valor em determinado período, é explicado por sua capacidade em gerar caixa e nível de risco assumido, o que determina modificações na taxa de desconto. VALOR ECONOMICO AGREGADO E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS A apuração de medidas de desempenho econômico com base em balanços publicados, como o EVA (economic value added)traz a ressalva de seus elementos serem registrados segundo os conservadores princípios da contabilidade, a valores históricos. Esse procedimento geralmente adotado não permite que os valores contábeis reflitam o potencial de uma empresa em criar valor, restrigindo-se a explicar o ocorrido em determinado exercício passado. Dessa forma, toda medida que venha a ser obtida das demonstrações contábeis é baseada em informações históricas, sem uma adequada conotação com o potencial econômico da empresa em agregar valor. Nesse aspecto, é fundamental que a contabilidade tradicional se estruture e proceda aos ajustes necessários para que incorpore as premissas de uma gestão focada no valor, podendo assim chegar à medição da criação da riqueza das empresas. 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 2/12 As principais dificuldades encontradas nesse objetivo passam pelas restrições culturais predominantes nas empresas, que dificultam maiores modificações em seus sistemas de controle e processo decisório, e também pelo conflito existente entre o conceito de lucro e valor. RECOMPRA DE AÇÕES E CRIAÇÃO DE VALOR A recompra de ações consiste na aquisição de valores mobiliários negociados no mercado de emissão da própria sociedade. Pode ser considerada como uma estratégia financeira e de criação de valor.Uma empresa, com excesso de participação de recursos próprios no financiamento de suas atividades, pode adotar a estratégia de levantar novas dividas e devolver parte dos recursos dos acionistas, através do mecanismo de recompra de suas próprias ações. Nessa alternativa, a sociedade recompra suas próprias ações em bolsa de valores, e depois as cancela, reduzindo o volume físico emitido.Através dessa recompra, a empresa eleva sua alavancagem financeira e ajusta sua estrutura de capital para um mix de P/PL com baixo custo. Com isso, é capaz de oferecer um retorno maior sobre o capital próprio, criando valor aos seus acionistas. É importante destacar que esse mecanismo de alavancagem financeira pela recompra das ações, recomendado para empresas de alta capitalização, tem atratividade econômica para os acionistas até o ponto em que o retorno sobre o capital próprio, crescente com a alavancagem, seja superado pela exigência de maior remuneração determinada pelo mais alto risco financeiro (endividamento). Quando uma empresa recompra suas próprias ações no mercado, depois as cancela, promove uma redução de sua base física emitida. Uma menor quantidade de ações permite que a empresa calcule um maior lucro por ação (LPA), e distribua também um volume superior de dividendos por ação. A recompra pode ainda incrementar o preço de mercado das ações, motivada pela redução da oferta de papéis (a recompra reduz a oferta física de ações no mercado). É interessante acrescentar ainda, que quando as ações recompradas são canceladas, a quantidade física de papeis encolhe e o valor econômico da empresa não sofre alteração. Em consequência, os investidores conseguem obter, de forma proporcional, uma maior participação da empresa. POR EXEMPLO Se um investidor possui 200 ações de um total de 5.000 emitidas, e a empresa recomprar 10% de suas próprias ações, sua participação no capital da sociedade passa de 4,0% (200 / 5.000), antes da operação, para 4,44% (200 / 4.500), após a reaquisição (recompra). A estratégia de recompra de ações pode ser adotada também quando a empresa avalia que seu preço de negociação no mercado está baixo (subavaliado), inferior ao seu valor econômico justo. Em outras palavras, o valor de mercado da ação não reflete com equilíbrio os fundamentos econômicos da empresa. Configura-se, nessa situação uma boa oportunidade de investimento dos recursos disponíveis de caixa da empresa. Ao recomprar suas ações, retê-las por um tempo, e depois vendê-las de volta ao mercado, a empresa espera auferir bons retornos no futuro, quando os papeis se valorizarem pela percepção dos 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 3/12 investidores de seu efetivo valor. Esse movimento de recompra de ações, como investimento de excedentes de caixa, é mais pronunciado em épocas de baixa das bolsas de valores, quando as ações costumam ser negociadas por valores subavaliados. A empresa espera também que, com essa decisão de recompra, os investidores reajam, elevando o grau de negociação das ações. O objetivo da empresa é o de valorizar a cotação de seus papeis, trazendo a um preço considerado justo. Ao decidir recomprar suas ações nesse ambiente, a sociedade sinaliza ao mercado que considera baixo o preço de suas ações, inferior ao seu valor intrínseco. É importante discutir que as empresas possuem informações privilegiadas sobre seus próprios fundamentos, e apresentam-se mais capazes que o próprio mercado em tomar decisões de adquirir suas ações. Como observação, vale dizer que no Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários permite que as empresas recomprem até 10% de seu capital negociado em bolsa pelo prazo limite de um ano, sendo permitido ainda manter essas ações em tesouraria ou efetuar seu cancelamento. VALOR ECONOMICO FUTURO (EFV) O calculo do EVA, como medida de valor agregado é geralmente desenvolvido a partir de relatórios contábeis elaborados pelas empresas referentes a períodos passados. Com isso, apura-se o valor econômico agregado a partir de informações verificadas em anos/períodos anteriores, que não podem ser alteradas. Empresas em fase de crescimento de suas atividades, por exemplo, costumam apresentar EVAs baixos ou, até mesmo, negativos nos períodos de maiores investimentos. Da mesma forma, setores de atividade que sofrem o impacto de algum desajuste momentâneo da economia podem também apresentar destruição de valor econômico nos períodos de crise, recuperando-se nos anos seguintes. A apuração do EVA alto e positivo pode ter sido determinada por uma período atípico, cujo comportamento é esperado não se repetir, e não se constitui em padrão futuro para o setor. Por exemplo, uma forte demanda de produtos siderúrgicos, impulsionada por um crescimento extraordinário da economia de alguns países emergentes, pode sugerir um perfil de comportamento não seguido no futuro. O gestor financeiro deve se preocupar não somente com a riqueza atual e apurada de informações passadas, mas também principalmente com a riqueza futura esperada. O valor econômico calculado de um balanço publicado, por melhor que tenha sido a sua metodologia, reflete somente o que ocorreu no passado, resultado que necessariamente não se repetira no futuro. Com o intuito de dinamizar o uso de medidas de valor, e inseri-las no desempenho futuro esperado das empresas, é desenvolvida a medida de Valor Econômico Futuro (EFV). VALOR ECONôMICO FUTURO Mede a capacidade futura esperada de geração de riqueza de uma empresa. 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 4/12 Para desenvolver sua metodologia de calculo, é necessário apurar-se inicialmente o patrimônio Líquido da empresa e valores de mercado, ou seja, o valor do capital próprio investido, e avaliado com base em expectativas futuras de geração de benefícios econômicos aos acionistas. Para a construção do Valor Econômico Futuro, no entanto, pode ser usado, de maneira mais simplificada, o preço de mercado das ações da empresa. Se os investidores aceitam pagar um determinado preço por uma ação, eles têm uma expectativa futura de rendimento que justifique o valor do investimento. Logo, o valor de uma ação no mercado, em condições de maior eficiência, deve representar o valor presente das expectativas futuras da empresa, descontado por uma taxa de juros que reflete o risco do investimento. A formulação de calculodo Valor Econômico Futuro pode ser apresentada pela diferença entre a riqueza atual gerada e riqueza esperada no futuro, assim o Valor Econômico Futuro é igual a Riqueza Futura Esperada menos a Riqueza Atual. PRINCIPAIS CRITÉRIOS PARA APURAR O VALOR DA EMPRESA O ponto fundamental para a decisão de comprar ou não uma empresa ou participação acionaria, ou avaliar a continuidade do investimento, esta no valor base para negociação, determinado por alguns critérios de avaliação. No caso de negociação, provavelmente o valor final da negociação se situará entre os principais critérios aplicados à mensuração econômica do empreendimento. Contudo, seguramente haverá a proeminência dos critérios centrados no fluxo futuro de benefícios. De qualquer forma, é importante oferecer todos os critérios possíveis. Quanto ao critério de avaliação pelo fluxo futuro de benefícios, alguns consideram este critério discutível, pois conta com forte dose de subjetividade. Os principais critérios de avaliação de empresas são: Valor contábil; Valor de mercado; Cotação da ação ou cota; Potencial de rentabilidade futura. O VALOR CONTáBIL é o valor constante da contabilidade financeira, segundo os princípios contábeis. VALOR CONTABIL Tem como fundamento o principio do custo como base de valor e o regime de competência de exercícios. Como o valor da empresa na contabilidade é evidenciado pelo valor total do Patrimônio Líquido, automaticamente o valor de uma empresa, segundo a contabilidade, é o total do Patrimônio Líquido. O valor do Patrimônio Líquido de uma empresa é avaliado sob o postulado contábil da continuidade, assim, os ativos estão avaliados a custos de aquisição ou produção e os direitos e obrigações estão avaliados com os encargos e diretos até a data do balanço patrimonial. 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 5/12 É importante verificar a possibilidade da existência de passivos contingentes não declarados, como avais, processos judiciais sem deposito, leasings, etc., bem como de ativos intangíveis ou não declarados, como impostos a recuperar, franchisings etc., que deverão ser excluídos ou adicionados ao valor contábil para obtenção do valor final. O VALOR DE MERCADO normalmente é diferente do valor contábil porque as avaliações contábeis, obtidas de critérios gerais de avaliação de ativos e passivos. VALOR DE MERCADO Fundamentados em documentação existente e valore históricos, por mais acuradas que seja dificilmente são iguais ao valor que o mercado pode pagar em determinado momento. O valor de mercado, outrossim, deve levar em consideração o fato de a empresa estar encerrando-se ou não. Se a empresa esta encerrando suas atividades, provavelmente os valores de seus ativos tem um valor que o mercado paga como um bem usado. Caso, porem, a empresa esteja em continuidade, ou seja, em operação, a avaliação do valor de mercado pode vir a ser diferente. De qualquer forma, é possível fazer uma avaliação a preços de mercado de todos os ativos e passivos da empresa, cujos valores podem ser maiores ou menores que os valores constantes da contabilidade. Nesse critério de avaliação, cada ativo e cada passivo será individualizado para a feitura das avaliações, no pressuposto de que podem ser vendidos separadamente. Exemplo de aplicabilidade do valor da empresa: Contábil e de Mercado: primeiramente o Ativo. 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 6/12 e agora o Passivo: Neste exemplo, pelo critério de avaliação pelo Valor Contábil o valor da empresa é igual a R$8.530, que é o valor total do Patrimônio liquido pela contabilidade tradicional. No critério de avaliação pelo Valor de Mercado, o valor da empresa é igual a R$11.700, decorrente da avaliação individual dos ativos e passivos a preços de mercado, ficando a diferença como valor de Mercado Residual ou Patrimônio Líquido a Preços de Mercado. 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 7/12 COTAÇÃO DA AÇÃO Neste critério, a empresa vale a cotação da ação ou cota no mercado de bolsa de valores ou mercado de balcão. COTAÇÃO DA AÇÃO Sabe-se que, em linhas gerais, os princípios que direcionam o valor da cotação das empresas em bolsas de valores são conceitos econômicos atrelados do valor a fluxo futuro de dividendos ou lucros, sendo, portanto, um critério antecipatório do critério mais recomendado de avaliação de empresas. Para obter o valor da empresa, basta multiplicar a quantidade de ações ou cotas respectivas do capital social da empresa, pelo valor da cotação da ação ou cota no mercado, por ocasião da negociação ou momento de mensuração do valor da empresa. Respeitam-se, obviamente, as diversas classes de ações representativas do capital e suas eventuais cotações diferenciadas. Se as ações preferenciais têm valor diferente das ações ordinárias, as diferenças devem ser consideradas junto às respectivas quantidades. A demonstração do valor da empresa pelo critério de cotação da ação pode ser assim: Empresa Gerencialmente S/A Item: Ação ordinária Ação preferencial Total Quantidade integralizada 3.200.000 4.500.000 7.700.000 Cotação da Ação (R$) R$1,25 R$1,45 Valor da Empresa R$4.000.000,00 R$6.525.000,00 R$10.525.000,00 POTENCIAL DE RENTABILIDADE FUTURA Neste conceito, o valor atual da empresa é decorrente de sua rentabilidade futura, em outras palavras, do fluxo futuro de benefícios, em principio, deve-se projetar os lucros da empresa, considerando os produtos e mercados atuais, os produtos e mercados futuros, e avaliar sua rentabilidade, trazendo-os a valor atual por uma taxa de juros de desconto. POTENCIAL DE RENTABILIDADE FUTURA Este critério é considerado como o mais adequado para avaliação de uma empresa, pois se fundamenta no cerne da questão empresarial que é a capacidade de geração de lucros. A capacidade de geração de lucros é que possibilitará o que se busca em um investimento de risco – a geração de caixa e, consequentemente, o retorno do investimento. 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 8/12 Gerando lucros e caixa, a empresa terá condições de distribuir resultados e, com isso, possibilitará tanto fluxos futuros de dividendos como manter sua atratividade junto aos atuais e potenciais acionistas e investidores. A possibilidade real de dividendos futuros influenciará decididamente na avaliação da ação no mercado, trazendo sua cotação a preços que reflitam o patrimônio da empresa, sua rentabilidade e, portanto, seu desempenho empresarial. Dentro desse critério podem-se incluir os seguintes critérios: Fluxo Futuro de Benefícios; Fluxo Futuro de Dividendos; Fluxo Futuro de Lucros; Fluxo Futuro de Caixa ou Fluxo de Caixa Descontado. ELEMENTOS PARA AVALIAR A EMPRESA PELO POTENCIAL DE RENTABILIDADE O valor da empresa no momento, como já vimos, deve ser encarado como sendo o valor atual dos lucros futuros, até o horizonte, descontado pelo custo de oportunidade do investimento em cada inicio de período em que se quer gerar lucro, somado ao valor de realização do patrimônio liquido no inicio do horizonte (ou o provável valor de realização no final do horizonte do tempo considerado), descontados a uma taxa adequada. Dessa maneira, os elementos para este critério de avaliação são os seguintes: 1- Horizonte do empreendimento – o numero de anos a serem utilizados para a projeção dos lucros futuros (em condições de continuidade, a faixa de horizontes mais utilizada situa-se entre cinco e dez anos); 2- Lucro projetado ou fluxo de caixa descontado (para todos os períodos de tempos considerados no horizonte do empreendimento); 3- Investimento inicial ou valor darealização (valor residual) do investimento ao final do horizonte de tempo; no caso de empresa em andamento, o valor a ser considerado será o valor residual, ou seja, qual o provável valor da empresa após a distribuição dos lucros projetados; 4- Taxa de desconto adequada, ou seja, a taxa para descontar os fluxos futuros periódicos, dentro do conceito de juros compostos, objetivando trazer os valores futuros a valor presente; 5- Surgimento do goodwill, já que, mesmo sob o melhor critério de avaliação individual dos ativos e passivos existentes, emergirá o valor do goodwill, como o valor que complementa a avaliação global pelo potencial de rentabilidade em relação à avaliação anterior existente. ATIVOS INTANGIVEIS E GOODWIL Uma das questões cruciais na avaliação de empresas é determinar o valor denominados ativos intangíveis. Ativos intangíveis são elementos patrimoniais que adicionam valor ao empreendimento negocial, mas que não existem fisicamente, nem são mensurados tradicionalmente pela contabilidade, salvo se houver sido objeto de uma negociação anterior. Alguns conceitos expressam bem os ativos intangíveis, pois eles evidenciam elementos que de fato agregam valor ao negócio, mas não são normalmente mensurados. São exemplos o goodwill, fundo de comércio, marca de empresa ou de produtos, entre outros. De modo geral, o conceito de goodwill engloba todos esses aspectos e elementos intangíveis. Goodwill pode ser entendido como um elemento patrimonial intangível que possibilita um ganho para a empresa além do normal. 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 9/12 É importante ressaltar que o goodwill não pode ser mensurado isoladamente, ele só existe em função de determinados acontecimentos ou aspectos, que fazem com a empresa consiga ganhos acima do normal, ou seja, sem o goodwill a empresa faturaria e lucraria menos. De modo geral, o goodwill é um elemento que caracteriza o caráter sinérgico da empresa, ou seja, a resultante de uma série de fatores coordenados dentro da empresa, em seus aspectos de produtos, produção, mercados, administração, localização, cultura empresarial e organizacional etc., que empurra a empurra a empresa para maiores lucros do que os que seriam obtidos após análise puramente técnica dos elementos tradicionais dos investimentos nos negócios, assim o goodwill está ligado então, a empresa como um todo. O goodwill pode ser determinado pela diferença entre o valor de toda a empresa, avaliado pelo potencial de rentabilidade futura, e o valor dos ativos avaliados individualmente, mesmo que esses ativos sejam, também, avaliados pelo potencial de serviços futuros especifico de cada um. Como exemplo do goodwill pode-se ter: 1. Valor da empresa pelo critério de potencial de rentabilidade = R$13.127.022,00 2. Valor da empresa pelos ativos e passivos avaliados individualmente = R$11.700.000,00 3. Valor do Goodwill (A – B) = R$1.427.022,00 ATIVIDADE A empresa DuMont apresenta os seguintes valores em su balanço patrimonial em uma determinada data: ATIVO Caixa e bancos R$1.000 Estoques R$5.000 Clientes R$7.000 Imobilizado R$12.000 (-) Depreciação Acumulada (R$2.000) PASSIVO Fornecedores R$2.700 Contas a Pagar R$200 Impostos a Recolher R$100 Empréstimos R$8.000 Capital Social R$10.000 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 10/12 Reservas R$2.000 Pede-se: determinar o valor da empresa com os valores de mercado, considerando as seguintes premissas: Os estoques a preço de reposição valem a mais 12%; Os clientes têm embutidas taxas médias de juros de 4%; O imobilizado a valor contábil está superavaliado em 20%; A depreciação a preço de mercado deve seguir a proporção do valor contábil; Os fornecedores têm embutido taxas médias de juros de 2%; Os impostos a recolher estão com uma taxa de juros de mora de 10%; Os empréstimos tem embutido uma taxa média de 5%. As reservas serão calculadas por diferença. A. Valor da empresa considerando valores de mercado é R$19.960 B. Valor da empresa considerando valores de mercado é R$20.850 C. Valor da empresa considerando valores de mercado é R$21.320 D. Valor da empresa considerando valores de mercado é R$22.750 E. Valor da empresa considerando valores de mercado é R$23.000 REFERÊNCIA ASSAF NETO, Alexandre. Finanças Corporativas e Valor. 5. Ed. – São Paulo: Atlas, 2010. PADOVEZE, Clóvis Luis. Contabilidade Gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. 7. Ed. – São Paulo: Atlas, 2010. 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 11/12 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 12/12 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 1/9 Centros de responsabilidade e lucro residual APRESENTAR MÉTRICA ESPECIFICA PARA AVALIAR AS VARIAÇÕES ENTRE OS VALORES ORÇADOS E OS EFETIVOS DE CADA CLASSIFICAÇÃO DOS CENTROS DE RESPONSABILIDADE BEM COMO SUGERIR A ADOÇÃO DO LUCRO RESIDUAL COMO FORMA DE AVALIAÇÃO DO CENTRO DE INVESTIMENTO. AUTOR(A): PROF. ARMINDO APARECIDO EVANGELISTA AUTOR(A): PROF. EDILBERTO PONCE BRACONI CENTROS DE RESPONSABILIDADE São denominados nas empresas pelos mais diversos nomes: unidades de negócio, departamento, células administrativas e até centros de custos. A rigor, os centros de responsabilidades são microentidades encarregadas de desenvolver determinadas atividades, tarefas ou funções coordenadas normalmente por um gestor ao qual são delegadas atribuições e cujo desempenho é mensurado de acordo com as responsabilidades assumidas. Todos os centros de responsabilidade têm as saídas, isto é, liberam alguma coisa e tem entradas, ou seja, consomem recursos. Eles ainda podem ser classificados em quatro características: 1. Centro de custo (ou gasto); 2. Centro de receita; 3. Centro de resultado; e 4. Centro de investimento. CENTRO DE CUSTO É centro de responsabilidade em que se controlam os custos, mas não se controlam as receitas nem o nível de investimento. Consequentemente, é possível medir de forma objetiva, em termos monetários, as entradas (inputs) do centro de custo, mas não as saídas (outputs). Dessa forma as saídas são medidas em unidades físicas de produtos ou pelos seus atributos qualitativos. O centro de custos divide-se em centro de custo-padrão e centro de custo discricionário. 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 2/9 Centro de custo-padrão é aquele que tem as seguintes características básicas: 1. Entradas não medidas em termos monetários; 2. As saídas são medidas em termos físicos; e 3. Há uma relação direta entre a entrada e saída – correlação próxima de um. Um exemplo típico de centro de custo-padrão é setor produtivo, cuja eficiência é medida pela quantidade de insumos consumida para promover o atendimento de determinado nível de demanda, o que é realizado mediante a análise das variações dos custos reais face aos custos-padrão. Entendendo-se que custo-padrão é o montante que se espera incorre na produção de um item, num período futuro. Como o custo padrão é evidenciado de forma analítica (materiais + mão de obra + gastos gerais de fabricação), ao cotejar o custo padrão com o efetivamente incorrido é viável analisar as variações de cada uma dessas parcelas: Analise das variações de materiais: variações de quantidade, de preço e de mista; ou variações de quantidade e de preço, imputando a variação mista à variação de preço. Δ quantidade = (quantidade padrão – quantidade real) X preço padrãoΔ preço = (preço padrão – preço real) X quantidade padrão Δ mista= (quantidade padrão – quantidade real) X (preço padrão – preço real)Analise das variações de mão de obra: variações de eficiência, de taxa e de mista; ou variações de eficiência e de taxa, imputando a variação mista à variação de taxa; Δ eficiência = (horas padrão – horas real) X taxa padrão Δ taxa = (taxa padrão – taxa real) X horas padrão Δ mista = (horas padrão – horas real) X (taxa padrão – taxa real)Analise das variações dos gastos gerais de fabricação: variações de volume, de produtividade e de custo. Δ total = custo padrão – custo real Δ volume = (volume real – volume padrão) X custo fixo padrão / volume padrão Δ produtividade = (tempo unitário de produção real – tempo unitário de produção padrão) X (custo variável total padrão / tempo total de produção padrão) X volume real Centro de custo discricionário é aquele cujas entradas e saídas não guardam uma nítida relação de causa e efeito (correlação próxima de zero). É recomendado um mecanismo que analise os atributos qualitativos de suas saídas. Avaliação do centro de custo discricionário O desempenho do centro de custo discricionário pode ser medido pela analise do gasto autorizado (dotação orçamentária) com o gasto efetivo, e pela concomitante analise das atividades prestadas (muita das vezes são serviços a outros departamentos da empresa) com o grau de satisfação dos usuários, prazo de execução, completude do serviço e outros atributos qualitativos. 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 3/9 CENTRO DE RECEITA É o centro de responsabilidade em que se controlam as receitas, mas não se controlam os gastos nem o nível de investimento. Nele é possível medir de forma objetiva em termos monetários as saídas (outputs) do centro de receita, mas não as suas entradas (inputs). Dessa forma, as entradas são medidas em unidades físicas. Avaliação do centro de receita O desempenho do centro de receita pode ser avaliado pela analise das variações de preço, volume, sortimento, participação de mercado e demanda. CENTRO DE RESULTADO É o centro de responsabilidade onde os gestores controlam s as receitas e gastos dos bens e serviços que produzem. Entende-se por controlar receitas e gastos ter significativa influencia e poder de decisão sobre essas variáveis. Podendo-se admitir que os gestores sejam responsáveis pela produção e pela venda, tendo ampla autonomia sobre, ou seja, decidem sobre o que produzir, como produzir, quanto produzir, o nível de qualidade, o preço e o sistema de distribuição e de vendas. Enfim, determina o modo de alocação de recursos disponíveis, o mix de produtos e, portanto, a melhor combinação entre receitas e despesas. O responsável pelo centro de resultado será eficaz se alcançar o lucro projetado e para que isso aconteça o gestor precisa ter autonomia em suas tomadas de decisão de forma descentralizada. Isso traz algumas vantagens e desvantagens: Dentre as vantagens temos: Velocidade de decisão – muitas delas não dependerão da administração central; Liberdade de criação – podem usar suas iniciativas e imaginação para inovar os processos e os produtos; Isenção – decisão isenta de pressões políticas e de outras variáveis não diretamente relacionadas ao processo operacional; Sinalização e incentivos – consiste numa formula simples de demonstrar ao gestor a meta que ele precisa atingir (sinalização) e com base nessa meta é comum que o gestor receba uma remuneração variação como um prêmio (incentivos); Entendimento – o lucro é um termo claro e amplo de fácil compreensão; 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 4/9 Treinamento para ocupar cargos de maior responsabilidade – ao defrontar-se com os desafios inerentes à administração de pequenos centros de resultado, os gestores gradativamente vão se acostumando com as pressões e com o ambiente competitivo que caracterizam a empresa com um todo. Dentre as desvantagens temos: Assimetria informacional – a administração central pode perder algum controle; Pressões – a performance competitiva pode levar a tomar decisões em beneficio próprio em detrimento dos interesses da empresa; Competição – tal estrutura pode fazer com que as diferentes unidades de negócios, antes cooperativas entre si, passem a ser competitivas; Perda do foco – interessado em auferir o maior lucro para o seu centro de resultado, o gestor pode desviar- se da missão e das estratégias traçadas pela alta administração; Atritos e ruídos – a competitividade pode gerar atritos entre os gestores dos centros de resultado em questões como: preço de transferência, rateio em custos comuns; Ênfase no curto prazo – a busca de resultados imediatos pode colocar em risco a continuidade da empresa; e Complexidade do sistema de informações gerenciais – para mitigar algumas das desvantagens citadas são necessários alguns ajuste ao sistema de informações gerenciais como: redefinição de critérios de rateios, reestruturação de planos. Avaliação do centro de resultado Pelo fato de o centro de resultado ser responsável pelas entradas (recursos consumidos e objetivamente mensurados em termos monetários) e pelas saídas (bens e serviços produzidos, mensuráveis objetivamente em termos monetários), é viável utilizar métricas de mensuração do desempenho dos centros de custo (tanto de custo padrão, quanto de custo discricionário) e as métricas de mensuração do desempenho de centros de receita. Com relação às métricas de mensuração de desempenho dos centros de receita, é necessário fazer ajustes nas formulas das variações combinada, de sortimento, de volume, de participação de mercado e de demanda. A alteração é bem simples: basta apenas substituir o preço orçado pela margem de contribuição unitária orçada. Δ combinada = (quantidade real – quantidade orçada) X margem de contribuição unitária orçada Δ sortimento = (proporção real do mix – proporção orçada do mix) X quantidade total real X margem de contribuição unitária orçada Δ volume = (quantidade total real – quantidade total orçada) X proporção orçada do mix X margem de contribuição unitária orçada Δ participação de mercado = (participação de mercado real – participação de mercado orçada) X demanda real X margem de contribuição unitária orçada Δ demanda = (demanda real – demanda orçada) X participação de mercado orçada X margem de contribuição unitária orçada 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 5/9 CENTRO DE INVESTIMENTO É aquele quando os gestores têm as responsabilidades dos centros de resultado e também a responsabilidade e autoridade para decidir sobre o capital de giro e ativos físicos investidos no centro. Quando o gestor percebe a necessidade de atualizar o parque fabril, faz uma tomada de preços e das condições de pagamento, elabora um plano de negócios, prevendo o incremento de produtividade e analise financeira do mesmo a fim de apresentar e debater isso tudo com a alta administração. Avaliação do centro de investimento Além de ser possível a utilização de todos os mecanismos de mensuração do desempenho de centros de custo, centros de receita e centros de resultado, o desempenho de centros de investimento é avaliado, principalmente, pelo retorno sobre investimento e pelo valor presente liquido dos fluxos de caixa gerados (ou esperados). Portanto, a taxa de retorno ou rentabilidade é a forma mais comum de se medir o desempenho dos centros de investimentos. LUCRO COMO MEDIDA DE DESEMPENHO Lucro é a medida de aferição de desempenho mais usada e conhecida nos negócios. Há muitas definições para um centro de lucro, porem nenhuma abrange o sentido de encorajamento nas iniciativas e tomadas de decisões.O lucro simplesmente não é capaz de captar todas as consequências econômicas das atividades de uma empresa descentralizada, embora possa se conhecer algumas fragilidades de processos ou indicadores, deve-se ter em conta a necessidade de um sistema de informação com dados contábeis. LUCRO RESIDUAL No conceito de lucro residual considera-se apenas a parcela do resultado que exceder a um predeterminado custo de capital. A empresa entende que a divisão que gerar um lucro sempre superior ao custo de capital que foi necessário para financiar os investimentos (ativos) à disposição das divisões. Dessa maneira, o custo de capital entra como uma despesa da divisão, que é subtraída do lucro antes dos impostos. o custo de capital é calculado aplicando a taxa predeterminada pela empresa sobre os investimentos na unidade. O custo de capital a ser aplicado a cada divisão pode ser uma taxa única para todas as divisões da empresa e uma taxa especifica para cada uma das divisões. 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 6/9 O que leva a taxas diferentes para as diversas divisões da empresa é o risco associado a cada unidade de negócio. Se os negócios tiverem características bastante diferenciadas, provavelmente haverá riscos diferentes, podendo-se, então adotar custo de capital diferente para cada divisão. Se os negócios tiverem características homogêneas, poderá ser utilizada uma taxa única. Em qualquer uma das situações, nada impede a adoção de uma taxa única se os acionistas assumirem um custo de oportunidade de capital idêntico para todas as unidades de negocio. Exemplo de aplicabilidade I Custo de capital da empresa único = 15% a.a. Ordem Item Área AA Área BB a Lucro operacional antes dos impostos R$20.000 R$12.500 b (-) Custo de Capital (R$13.500)* (R$7.500)* c Lucro Residual R$6.500 R$5.000 d Investimentos (ativos da Área) R$90.000 R$50.000 e ROI (c/d) 7,22% 10,00% (*) 15% X R$90.000; 15% X R$50.000 Exemplo de aplicabilidade II Custo de capital: 12% a.a. para a Área AA e 16% a.a. para a Área BB Ordem Item Área AA Área BB a Lucro operacional antes dos impostos R$20.000 R$12.500 b (-) Custo de Capital (R$10.800)* (R$8.000)** c Lucro Residual R$9.200 R$4.500 d Investimentos (ativos da Área) R$90.000 R$50.000 e ROI (c/d) 10,22% 9,00% (*) 12% X R$90.000; (**)16% X R$50.000. Nesse segundo exemplo de aplicabilidade, a exigência de um custo menor de capital para a Área AA indica um lucro residual percentual superior ao da Área BB, que tem um custo de capital maior, em decorrência de que o negócio é mais arriscado. ATIVIDADE O desempenho de um centro de custo discricionário pode ser medido por: 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 7/9 A. Analise patrimonial (adquiriu ou desfez de um patrimônio?) B. Analise da execução das tarefas (fez o que deveria ter feito?) C. Analise da tempestividade de suas tarefas (o que deveria ter sido feito foi feito no prazo?) D. Análise qualitativa das tarefas ( o que deveria ter sido feito foi feito dentro dos padrões de qualidade previstos?) E. Analise da execução orçamentária (gastou o que poderia ter gasto?) REFERÊNCIA CARDOSO, Ricardo Lopes; Poueri do Carmo Mário; André Carlos Busanelli de Aquino. Contabilidade Gerencial: mensuração, monitoramento e incentivos. 1. Ed. – São Paulo: Atlas, 2007. IUDICIBUS, Sérgio de. Contabilidade Gerencial. 6. Ed. – 11. Reimpr. São Paulo: Atlas. 2008. PADOVEZE, Clóvis Luis. Contabilidade Gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. 7. Ed. – São Paulo: Atlas, 2010. 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 8/9 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 9/9 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 1/9 Transações interdepartamentais e preços de transferência PROPORCIONAR UMA FORMA DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DO DEPARTAMENTO CONSIDERANDO A PRODUÇÃO DE BENS E SERVIÇOS OBTIDOS INTERNAMENTE QUE, POR VENTURA, PODERIAM SER ADQUIRIDOS EXTERNAMENTE COM PREÇOS COMPARÁVEIS. AUTOR(A): PROF. ARMINDO APARECIDO EVANGELISTA AUTOR(A): PROF. EDILBERTO PONCE BRACONI TRANSAÇÕES INTERDEPARTAMENTAIS As transações interdepartamentais são aquelas realizadas entre os departamentos de uma mesma empresa. Interessante notar que as transações interdepartamentais ocorrem independentemente de serem mensuradas monetariamente. Por exemplo, o departamento da manutenção presta serviços para a produção (conserto de maquina) e para o escritório administrativo (reparo do aparelho de ar-condicionado); o departamento de produção disponibiliza produtos acabados ao departamento de vendas, que os negocia com o mercado. Enquanto os centros de responsabilidade forem tratados como centros de custos ou centros de receita, não há a necessidade de se mensurar monetariamente tais transações. Pode-se dizer que o grande potencial informativo das transações interdepartamentais está em identificar os centros geradores de resultados que produzem bens e serviços internamente, transferindo-os para centros de resultados dentro da própria empresa. O objetivo da mensuração desses resultados consiste na possibilidade de comparação do resultado dos produtos e serviços produzidos internamente, em relação a possíveis fornecedores potenciais dos mesmos produtos e serviços que atuem fora da empresa. Essa possibilidade de comparação co preços externos caracteriza a adoção do conceito de custo de oportunidade de preços de mercado e é o ponto referencial para eventual decisão de terceirização (outsourcing). Dessa forma, o conceito de contabilizar transações interdepartamentais que produzem e fornecem produtos e serviços dentro da própria empresa é ponto fundamental de analise de desempenho de seus responsáveis, incorporando parâmetros externos de avaliação, permitindo, tanto ao responsável do centro transferidor como o responsável pelo centro recebedor do produto ou serviço produzido internamente, um referencial de valor econômico da atividade prestada e servida. 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 2/9 TRANSFERÊNCIA INTERNA Os produtos e serviços produzidos internamente e transferidos dentro da própria empresa podem ser identificados nos macroprocessos produtivos ou comerciais Vejamos alguns exemplos: Atividades agrícolas ou da pecuária fornecedores de matéria prima para usinas de produção finais (lavoura de cana de açúcar para produção de álcool ou açúcar, criação de gado leiteiro para produção de lacticínios etc.); Atividades de manufatura, fornecedoras de peças e conjuntos para montagem final (fundição fornecendo para indústria de autopeças, fabricação de componentes fornecendo para montagem de veículos ou bens duráveis, etc.); e Atividades de serviços complementares, fornecedoras para produtos finais (setores de pintura fazendo o acabamento de produtos e de embalagem e expedição concluindo a apresentação final do produto, entre outros etc.). PRODUTOS E SERVIçOS DE APOIO Internamente, há também a produção de bens e serviços de apoio às principais atividades operacionais. As unidades produtoras desses serviços também podem ser caracterizadas como centro de resultados. Como exemplos desses serviços de apoio podemos citar os setores de: Recursos Humanos – que presta serviços de treinamento, recrutamento e seleção para as demais áreas operacionais da empresa; Assistência Técnica – que presta serviços para a área de comercialização; Tecnologia de Informação – que presta serviços para todas as áreas da empresa; Manutenção – que pode tanto prestar serviços específicos paraa área industrial como para as demais áreas da empresa; Suprimentos – que presta serviços para todas as áreas da empresa. E assim, todas as áreas da empresa tipificadas como área de apoio também prestam um serviço para outra área da empresa. A dificuldade de obtenção de preços de venda para esses serviços tem sido o principal argumento para a não adoção do conceito de centros de lucros para os setores de apoio. Contudo, todos os serviços têm um preço de mercado e, portanto, podem ser objeto de contabilidade interdepartamental. A eventual dificuldade na obtenção do preço de mercado e, consequentemente, da mensuração da receita dessas atividades de apoio não pode ser o empecilho para não considera-las como centro de resultados. A questão principal é a relevância ou não dessas atividades no conjunto das operações da empresa. 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 3/9 Se elas forem significativas e impactarem os resultados das demais atividades, deverão ser incluídas no conjunto da contabilidade interdepartamental da empresa, uma vez que atendem os três requisitos fundamentais, ou seja: tem serviços identificáveis, os serviços são vinculados a uma unidade organizacional e há gestor responsável pela unidade. Entretanto, a atribuição de valor monetário às transações interdepartamentais é fundamental, quando se tratar de centros de resultado e centros de investimento. Esse valor monetário é denominado preço de transferência. PREÇO DE TRANSFERÊNCIA É o valor obtido pelo método de mensuração da receita dos produtos e serviços transferidos internamente. Corresponde ao custo de oportunidade de vender internamente, ou seja, o que se deixa de ganhar por não vender no mercado (ambiente externo a empresa). Considerando-se que o preço de transferência é utilizado para mensurar o desempenho dos centros de responsabilidade (e de seus gestores), é razoável supor que haverá disputas entre os gestores para se estabelecer tal preço. A intensidade dessas disputas e a busca do autointeresse (oportunismo) podem levar os gestores a tomar decisões que melhorem o desempenho de seus centros de responsabilidade em detrimento do desempenho da organização como um todo. Portanto, especial cuidado deve ser tomado quando do estabelecimento do preço de transferência. Alguns critérios podem ser considerados para se formar o preço de transferência. Os principais critérios para preços de transferência são: Custo real – não é recomendado transferir produtos e serviços mensurando sua receita pelo custo real, pois não traz nenhuma vantagem informacional ou motivacional. Alem disso, a adoção do conceito do custo real não permite, em principio, a obtenção de um lucro, já que o total da receita será igual ao dos gastos, portanto, não permite uma avaliação de eficiência operacional nem eficácia em termos de lucro. Custo padrão – é uma variação de preço de transferência baseado em custo, e menos problemático que o custo real, porém com a possibilidade de conter riscos semelhantes. Se os padrões forem construídos buscando realmente os custos que deveriam ser, em condições de competitividade externa, pelo menos este critério poderá medir a eficiência operacional. Custo padrão mais margem de lucro – é uma variação do critério de custo padrão acrescentando ao custo uma margem padrão de lucratividade, buscando aspectos adicionais de motivação. É um dos critérios bastante usados nas empresas. Preço de mercado – é o critério mais indicado, pois praticamente qualquer produto e serviço sejam eles intermediários ou finais, tem um preço de mercado. É o preço que seria pago caso fosse adquirido de um fornecedor externo á empresa. Esse critério é objetivo pois é aferido pelo mercado, evita discussões pois o mercado é dado por entidades externas à empresa e incorpora competitividade, pois dá referencial externo às atividades internas da empresa. 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 4/9 Preço negociado – quando existir algum problema grave para a obtenção de preço de mercado, a alternativa poderá ser a negociação entre as partes envolvidas de um preço de transferência. Como base, poderia ser usado o custo padrão. Preço arbitrado – eventualmente, um produto ou serviço intermediário pode não ter preço de mercado (um produto inédito) assim a administração determina que seja executado internamente. Se não se conseguir o preço de transferência com nenhum critério já citados, a alta administração deverá arbitrar o preço e valorar as transferências. Exemplo de aplicabilidade: Uma indústria é segmentada por três divisões, com os seguintes dados apurados até o momento: (1) Divisão de Tecelagem transferiu produtos para a (2) Divisão de Tinturaria, avaliado em R$12.000 e que a (3) Divisão Tinturaria transferiu produtos para a Divisão Acabamento, avaliados em R$19.200. Pergunta-se: Qual o resultado final de cada Divisão? Primeiramente identificam-se os valores apurados de cada divisão com aquilo comprado e vendido com os fornecedores e clientes externos à empresa. Item: Tecelagem Tinturaria Acabamento Vendas externas -0- -0- R$25.000 Custos (R$10.000) (R$4.000) (R$3.000) Resultado I (R$10.000) (R$4.000 R$22.000 Considerando a particularidade de cada divisão, apuraram-se os seguintes resultados primários que aqui chamamos de Resultado I. Divisão Tecelagem = (R$10.000); Divisão Tinturaria = (R$4.000); e Divisão Acabamento = R$22.000. A Divisão de Tecelagem transferiu produtos para a Divisão de Tinturaria, avaliado em R$12.000, ou seja, esse valor será considerado receita de venda interna da Divisão de Tecelagem, veja o novo resultado: Item: Divisão Tecelagem Vendas externas -0- Custos (R$10.000) Resultado I (R$10.000) Transferências / Vendas internas R$12.000 Resultado II R$2.000 Percebe-se que a partir do resultado I da Divisão Tecelagem que é (R$10.000) e considerando a receita de venda externa o resultado II da Divisão Tecelagem passou para R$2.000. 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 5/9 Já a Divisão de Tinturaria, como comprou os produtos da Divisão Tecelagem custando R$12.000 logo após processar o seu serviço vendeu/transferiu seus produtos para a Divisão Acabamento, avaliados em R$19.200. Ou seja, teve um custo interno de R$12.000 e uma receita interna de R$19.200. Item: Tecelagem Tinturaria Vendas externas -0- -0- Custos( (R$10.000) (R$4.000) Resultado I (R$10.000) (R$4.000) Transferências R$12.000 R$7.200 Vendas internas R$12.000 R$19.200 Compras internas -0- (R$12.000) Resultado II R$2.000 R$3.200 Percebe-se que a partir do resultado I da Divisão Tinturaria que é (R$4.000) e considerando as informações de transferências internas (compras e vendas) o resultado II da Divisão Tinturaria passou para R$3.200. Já a Divisão de Acabamento é a atividade final da empresa e não possui vendas internas, mas é um cliente interno da Divisão de Tinturaria, assim nesse período adquiriu internamente produtos e serviços no montante de R$19.200. Item: Tecelagem Tinturaria Acabamento Vendas externas -0- -0- R$25.000 Custos (R$10.000) (R$4.000) (R$3.000) Resultado I (R$10.000) (R$4.000) R$22.000 Transferências R$12.000 R$7.200 (R$19.200) Vendas internas R$12.000 R$19.200 -0- Compras internas -0- (R$12.000) (R$19.200) Resultado II R$2.000 R$3.200 R$2.800 Percebe-se que a partir do resultado I da Divisão Acabamento que é R$22.000 e considerando as informações de transferências internas (compras e vendas) o resultado II da Divisão Tinturaria passou para R$2.800. Se considerarmos a hipótese de ativos disponíveis para as Divisões Tecelagem, Tinturaria e Acabamento comos montantes de R$30.00; R$45.000 e R$25.000 respectivamente teríamos os seguintes resultados: Item: Tecelagem Tinturaria Acabamento 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 6/9 Resultado II R$2.000 R$3.200 R$2.800 Dividido por / / / Ativos a disposição R$30.000 R$45.000 R$25.000 ROI 6,7% 7,1% 11,2% Esse tipo de analise é fundamental para avaliar o desempenho dos gestores das diversas áreas da empresa e juntando as informações de ativos disponíveis em cada área, ou seja, os valores investidos em cada área pode-se calcular o retorno que cada área está ou não proporcionando para a empresa. De forma geral, o resultado global da empresa permanece intacto, ou seja, esse trabalho está direcionado a proporcionar o desempenho exclusivo de cada área, setor ou departamento. Item: Resultado Global Vendas externas R$25.000 Custos (R$17.000) Resultado I R$8.000 Transferências - 0 - Vendas internas R$31.200 Compras internas (R$31.200) Resultado II R$8.000 ATIVIDADE A empresa Uniger tem duas Divisões, Sul e Norte. A divisão Sul transfere toda a sua produção para a divisão Norte por R$25,00 a unidade, tendo como custos variáveis unitários R$15,00. A divisão Norte vende (externamente) toda a sua produção por R$100,00 a unidade, e tem custos variáveis unitários específicos de R$40,00. Assim, considerando essas informações e o preço de transferência, o resultado unitário de cada divisão é: A. Divisão Sul R$25,00; Divisão Norte R$100,00 B. Divisão Sul R$15,00; Divisão Norte R$40,00 C. Divisão Sul R$125,00; Divisão Norte R$55,00 D. Divisão Sul R$10,00; Divisão Norte R$60,00 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 7/9 E. Divisão Sul R$10,00; Divisão Norte R$35,00 REFERÊNCIA CARDOSO, Ricardo Lopes; Poueri do Carmo Mário; André Carlos Busanelli de Aquino. Contabilidade Gerencial: mensuração, monitoramento e incentivos. 1. Ed. – São Paulo: Atlas, 2007. IUDICIBUS, Sérgio de. Contabilidade Gerencial. 6. Ed. – 11. Reimpr. São Paulo: Atlas. 2008. PADOVEZE, Clóvis Luis. Contabilidade Gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. 7. Ed. – São Paulo: Atlas, 2010. 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 8/9 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 9/9 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 1/11 Analise de rentabilidade de produtos PROPORCIONAR UM ESTUDO SOBRE O PRODUTO - PREÇO - CUSTO - RENTABILIDADE. DE FORMA UNITÁRIA E FAMÍLIA DE PRODUTOS, BEM COMO O SEU CICLO DE VIDA E SUA RENTABILIDADE. AUTOR(A): PROF. ARMINDO APARECIDO EVANGELISTA AUTOR(A): PROF. EDILBERTO PONCE BRACONI UM DOS TEMAS MAIS COMPLEXOS é A ANALISE DE RENTABILIDADE DE PRODUTOS Contudo, este procedimento, que deve ser feito rotineiramente é vital para o acompanhamento das atividades e dos resultados das empresas. Tendo em vista a complexidade desta analise extraída dos números sejam embasadas em dados globais nunca em dados unitários ou individuais. Métodos de custeamento dos produtos A base conceitual para analise de rentabilidade é o método do custeamento de produtos, ou seja, a metodologia usada para apuração do custo unitário dos produtos. A adoção irrestrita de um único método, que não seja o adequado, pode levar a decisões equivocadas e até danosas para a empresa. Os principais métodos de custeio unitário dos produtos são: 1. Custeio direto ou variável; 2. Custeio por absorção; 3. Custeio por atividades; e 4. Teoria das restrições. Sendo que o custeio por atividades é uma variante do custeio por absorção, enquanto a teoria das restrições é uma variante do custeio variável, veja a estrutura conceitual dos custeios: CUSTEIO POR ABSORÇÃO CUSTEIO ABC CUSTEIO VARIAVEL TEORIA DAS RESTRIÇÕES Preço de Venda Preço de Venda Preço de Venda Preço de Venda (-) Custo (-) Custo (-) Custo variáveis (-) Custo dos materiais Materiais Materiais Materiais = contribuição da produção Mão de obra direta¨ Mão de obra direta¨ Mão de obra direta¨ (-) despesas operacionais Custos indiretos absorvidos Custos das atividades = Margem de contribuição Mão de obra direta MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 2/11 custo indireto 1 atividade 1 (-) custo fixo 1 (-) custo fixo 1 custo indireto 2 atividade 2 (-) custo fixo 2 (-) custo fixo 2 custo indireto n atividade n (-) custo fixo n (-) custo fixo n = Margem liquida = Margem liquida = Margem liquida = Margem liquida Fonte: Padoveze (2010) ANáLISE DA RENTABILIDADE UNITáRIA DOS PRODUTOS O primeiro tipo de analise de rentabilidade que comumente é solicitado é a analise da rentabilidade unitária do produto. Esta analise é extremamente simples porque, utilizado um método de apuração do custo unitário, basta analisar o custo unitário obtido com o preço de venda. Obviamente, se estamos com custos padronizados, deveríamos contrapor com preços de venda padronizados; se estamos com custos orçados, deveríamos contrapor com preços esperados; se estamos com custos reais, deveríamos contrapor com preços de venda realmente obtidos. Exemplos de aplicabilidade Custo unitário pelo custeio por absorção Item: Produto AA Produto BB Preço de venda R$100,00 R$60,00 (-) Custos Materiais diretos (R$28,00) (R$22,00) Mao de obra direta (R$12,00) (R$8,00) Custos indiretos absorvidos (R$42,00) (R$28,00) (-) Custo total (R$82,00) (R$58,00) = Margem Operacional R$18,00 R$2,00 % de lucro 18,0% 3,3% Custo unitário pelo custeio ABC Item: Produto AA Produto BB Preço de venda R$100,00 R$60,00 (-) Custos Materiais diretos (R$28,00) (R$22,00)MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 3/11 Mao de obra direta (R$12,00) (R$8,00) Custos das atividades Preparação da maquina (R$21,00) (R$3,75) Ordem de produção (R$15,20) (R$5,70) Horas máquina (R$28,00) (R$13,00) (-) Custo total (R$104,20) (R$52,45) = Margem Operacional (R$4,20) R$7,55 % de lucro -4,20% 12,6% Custo unitário pelo custeio variável Item: Produto AA Produto BB Preço de venda R$100,00 R$60,00 (-) Custos Materiais diretos (R$28,00) (R$22,00) Mao de obra direta (R$12,00) (R$8,00) (-) Custo total (R$40,00) (R$30,00) = Margem de contribuição R$60,00 R$30,00 % de lucro 60,0% 50,0% Custo unitário pela teoria das restrições Item: Produto AA Produto BB Preço de venda R$100,00 R$60,00 (-) Custo Materiais diretos (R$28,00) (R$22,00) (-) Custo total (R$28,00) (R$22,00) = Contribuição da produção R$72,00 R$38,00 % de lucro 72,0% 63,3% Partindo dos dados do custo unitário dos produtos AA e BB, fica evidente que a adoção de determinado critério direcionara a decisão. Analisando os extremos, se a empresa estiver adotando o custeio ABC, o produto AA poderia ser eliminado, pois é deficitário. Inversamente, pela analise da teoria das restrições, o produto AA é o mais rentável e deveria continuar sendo enfatizado. MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 4/11 ANáLISE DA RENTABILIDADE TOTAL DOS PRODUTOS Normalmente, a análise de rentabilidade unitária é insuficiente para a tomada de decisão. O próximo passo é analisar os dados de custos unitários, associados aos gastos totais fixos, juntamente com os volumes produzidos ou vendidos, reais ou esperados, dentro de um período de tempo, normalmente um ano. Partindo do pressuposto que o produto AA vende em média 5.000 unidades por ano e o produto BB vende 20.000 unidades porano, e considerando os custos fixos totais de R$770.000,00 faremos uma nova analise, agora considerando volumes anuais e também os gastos fixos. Exemplos de aplicabilidade Custos totais pelo custeio por absorção Item: Produto AA Produto BB Total Quantidades anuais 5.000 20.000 Receita de venda R$500.000,00 R$1.200.00,00 R$1.700.00,00 (-) Custos Materiais diretos (R$140.000,00) (R$440.000,00) (R$580.000,00) Mao de obra direta (R$60.000,00 (R$160.000,00) (R$220.000,00) Custos indiretos absorvidos (R$210.000,00) (R$560.000,00) (R$770.000,00) (-) Custo total (R$410.000,00) (R$1.160.000,00) (R$1.570.000,00) = Margem Operacional R$90.000,00 R$40.000,00 R$130.000,00 % de lucro 18,0% 3,3% 7,65% Participação % no total do lucro 69,2% 30,8% 100,0% Custos totais pelo custeio ABC Item: Produto AA Produto BB Total Quantidades anuais 5.000 20.000 Receita de venda R$500.000,00 R$1.200.00,00 R$1.700.00,00 Custos Materiais diretos (R$140.000,00) (R$440.000,00) (R$580.000,00) Mao de obra direta (R$60.000,00) (R$160.000,00) (R$220.000,00) Custos das atividades (R$321.000,00) (R$449.000,00) (R$770.000,00) Preparação da maquina (R$105.000,00) (R$75.000,00) (R$180.000,00)MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 5/11 Ordem de produção (R$76.000,00) (R$114.000,00) (R$190.000,00) Horas máquina (R$140.000,00) (R$260.000,00) (R$400.000,00) (-) Custo total (R$521.000,00) (R$1.049.000,00) (R$1.570.000,00) = Margem Operacional (R$21.000,00) R$151.000,00 R$130.000,00 % de lucro -4,20% 12,6% 7,65 Participação % no total do lucro -16,1% 116,1% 100,0% Custos totais pelo custeio variável Item: Produto AA Produto BB Total Quantidades anuais 5.000 20.000 Receita de venda R$500.000,00 R$1.200.00,00 R$1.700.00,00 (-) Custos Materiais diretos (R$140.000,00) (R$440.000,00) (R$580.000,00) Mao de obra direta (R$60.000,00) (R$160.000,00) (R$220.000,00) (-) Custo total (R$200.000,00) (R$600.000,00) (R$800.000,00) = Margem de contribuição R$300.000,00 R$600.000,00 R$900.000,00 (-) Custo fixos - - (R$770.000,00) = Margem Operacional - - R$130.000,00 % de lucro 60,0% 50,0% 7,65% Participação % no total da margem de contribuição 33,3% 66,7% 100,0% Custos totais pela teoria das restrições Item: Produto AA Produto BB Total Quantidades anuais 5.000 20.000 Receita de venda R$500.000,00 R$1.200.00,00 R$1.700.00,00 (-) Custos Materiais diretos (R$140.000,00) (R$440.000,00) (R$580.000,00) (-) Custo total (R$140.000,00) (R$440.000,00) (R$580.000,00) = Contribuição da produção R$360.000,00 R$760.000,00 R$1.120.000,00 (-) Despesas Operacionais Mão de obra direta - - (R$220.000,00) Custos indiretos fixos - - (R$770.000,00) MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 6/11 Margem Operacional - - R$130.000,00 % de lucro 72,0% 63,33% 7,65% Participação % no total da contribuição da produção 32,1% 67,9% 100,0% Com os dados dos custos anuais, a análise de rentabilidade apresenta-se bastante diferente, no custeio ABC, continua o produto AA com margem negativa, prejudicando o resultado total em 16,1%. Contudo, no custeio variável e na teoria das restrições, o produto AA, que é o mais rentável unitariamente, não participa tanto do lucro total como o produto BB, que dado seu volume e preço, contribui para mais de dois terços do resultado total, para depois cobrir os custos fixos. ANáLISE DA RENTABILIDADE DOS INVESTIMENTOS DOS PRODUTOS Partindo de um pressuposto de que os diversos produtos ou divisões fabricadoras e comercializadoras de linha de produtos exigem montantes de investimentos diferenciados para o processo produtivo da rentabilidade dos investimentos associados aos produtos, no conceito do ROI (Return On Investment). Igualmente, sabe-se que dentro de uma empresa nem todos os investimentos (ativos) são passiveis de ser identificados diretamente aos produtos, pois existem investimentos (ativos) de utilização geral e não especifica, tais como ativos dos setores de administração, recursos humanos, manutenção, almoxarifados, entre outros. Desta maneira, a analise da rentabilidade anual dos investimentos deve ser bem conduzida, sob pena de também induzir a decisões não adequadas. Para esse tipo de analise, os métodos de custeio que mais tem condições de oferecer uma informação razoável são os custeios por absorção e o custeio ABC, pois esses métodos alocam os custos indiretos. Nos demais métodos, a analise pode ser prejudicada. Supondo que a empresa deste exemplo tenha ativos à disposição do produto AA de R$300.000,00 e à disposição do produto BB de R$600.000,00, alem de R$300.000,00 de ativos de uso geral, pode-se efetuar uma analise de rentabilidade dos investimentos dos produtos. Item: Produto AA Produto BB Outros Tota Ativos a disposição R$300.000,00 R$600.000,00 R$300.000,00 R$1.200.000,00 Lucro Líquido Custeio Por absorção R$90.000,00 R$40.000,00 - R$130.000,00 ROI anual 30,0% 6,67% - 10,83% Custeio ABC (R$21.000,00) R$151.000,00 - R$130.000,00 ROI anual -7,0% 25,17% - 10,83% MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 7/11 Margem de Contribuição Custeio variável R$300.000,00 R$600.000,00 - R$130.000,00* ROI anual 100,0% 100,0% - 10,83% Contribuição da Produção Teoria das restrições R$360.000,00 R$760.000,00 - R$130.000,00* ROI anual 120,0% 126,67% - 10,83% *Lucro Liquido final após os custos fixos/despesas operacionais Nesta análise, o produto AA pelo custeio por absorção apresenta ótima rentabilidade, enquanto o produto BB apresenta uma rentabilidade positiva, mas fraca. No custeio ABC, o produto BB apresenta ótima rentabilidade também. ANáLISE DA RENTABILIDADE DO CICLO DE VIDA DOS PRODUTOS Em adição ao aprofundamento da analise de rentabilidade, é necessário verificar também em quanto tempo os produtos estarão disponíveis ao mercado. Todo produto tem seu ciclo de vida de nascimento, maturação e morte. Denomina-se a esse ciclo, ciclo de vida dos produtos, tempo em que os investimentos efetuados para sua produção e comercialização sejam recuperados. Assim, grandes investimentos em produtos de ciclos de vida rápidos devem ter altas taxas anuais de retorno. O oposto é valido. Produtos de longo ciclo de vida podem ter uma rentabilidade anual de investimento menor, pois durarão mais tempo e poderão recuperar o investimento em maior quantidade de anos. Esta analise é também denominada de rentabilidade do projeto. Identicamente à analise de rentabilidade dos investimentos dos produtos, esta analise é muito prejudicada quando se utiliza os métodos de custeio variável e da teoria das restrições, sendo apenas razoável para os outros dois métodos. Saliente-se ainda que, não necessariamente os ativos desses produtos, quando do termino de seu ciclo de vida, serão inutilizados. O mais comum, ao contrario, é a continuidade de sua utilização para outros produtos, ou como é frequente, para produtos similares ou substitutos dos atuais. Quando dessa ocorrência, o adequado seria refazer os cálculos, alongando o ciclo de vida, considerando os produtos substitutos, bem como adicionar aos ativos os novos investimentos para modernização ou ampliação dos ativos à disposição dos produtos. Continuando nosso exemplo, faremos a suposição de que o produto AA tenha um ciclo de vida estimado de 3,5 anos e o produto BB um ciclo de vida estimado em 10 anos. MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 8/11 Partindo da premissa que as rentabilidades anuais sejam mantidas, bastamultiplicar a rentabilidade anual pelo numero de anos previsto para o ciclo de vida de cada produto, dividindo o resultado pelos ativos à disposição. Em principio, o retorno deve ser substancialmente maior do que 100% para garantir o retorno dos investimentos. Item: Produto AA Produto BB Outros Total Ativos a disposição R$300.000,00 R$600.000,00 R$300.000,00 R$1.200.000,00 Ciclo de vida em anos 3,5 10,0 - 10,0* Lucro Líquido Custeio Por absorção R$315.000,00 R$400.000,00 - R$1.300.000,00 ROI do projeto 105,0% 66,67% - 108,33% Custeio ABC (R$73.500,00) R$1.510.000,00 - R$1.300.000,00 ROI do projeto -24,5% 251,67% - 108,33% Margem de Contribuição Custeio direto R$1.050.000,00 R$6.000.000,00 - R$1.300.000,00 ROI do projeto 350,0% 1.000,0% - 108,33% Contribuição da Produção Teoria das restrições R$1.260.000,00 R$7.600.000,00 - R$1.300.000,00* ROI do projeto 420,0% 1.266,67% - 108,33% *considerou-se 10 anos para o total, partindo do pressuposto de que o substituto do produto AA dará uma rentabilidade anual semelhante. Nesta analise, o produto AA que tinha uma boa rentabilidade anual no método por absorção (um ROI de 30,0% ao ano) apresenta pouca rentabilidade de projeto, pois seu ciclo de vida é muito curto para os investimentos necessários. Por esse mesmo método, também o produto BB poderia ser descontinuado, pois sua rentabilidade é negativa (não alcançou o retorno de 100% em 10 anos). Contudo, se considerarmos as rentabilidades de projeto pelo custeio variável ou a teoria das restrições, ambos os produtos são altamente rentáveis. Nesse caso, para aceitar essa consideração, deve-se ter o pressuposto que os custos fixos serão permanentes e necessários para qualquer tipo de produto que a empresa vá fazer no futuro. Com relação ao retorno final do lucro liquido total, já descontados os custos e despesas operacionais fixas, 108,33% de rentabilidade de projeto é muito baixo, já que, em 10 anos, por exemplo, uma taxa de 12% ao ano, composta anualmente, a mínimo a ser esperado seria um retorno de 310,58%. ATIVIDADE MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 9/11 Considere que a empresa Patrocinio S/A produz e vende um único produto denominado VENCE com as seguintes informações ( ativos à disposição do produto R$1.000.000,00; preço de venda unitário R$100,00; custo variável unitário R$30,00; quantidade vendida no ano 5.000 unidades; ciclo de vida de 4 anos) calcule e responda, pelo método do custeio direto: qual é o ROI anual e qual é o ROI do projeto? A. ROI anual de 25,0% e ROI do projeto de 400,0% B. ROI anual de 70,0% e ROI do projeto de 35,0% C. ROI anual de 45,0% e ROI do projeto de 100,0% D. ROI anual de 55,0% e ROI do projeto de 140,0% E. ROI anual de 35,0% e ROI do projeto de 140,0% REFERÊNCIA IUDICIBUS, Sérgio de. Contabilidade Gerencial. 6. Ed. – 11. Reimpr. São Paulo: Atlas. 2008. PADOVEZE, Clóvis Luis. Contabilidade Gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. 7. Ed. – São Paulo: Atlas, 2010. MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 10/11 MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 11/11 MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 1/10 Método de análise de investimentos através do valor presente líquido (VPL) ANALISAR A MELHOR VIABILIDADE DE INVESTIMENTO EM PROJETOS COM A FERRAMENTA VPL , OU SEJA , TRAZER A VALOR PRESENTE AQUILO QUE SERÁ DESEMBOLSADO NO FUTURO E AVALIAR SE É BENÉFICO OU NÃO, E ASSIM TOMAR A DECISÃO MAIS ASSERTIVA. AUTOR(A): PROF. ARMINDO APARECIDO EVANGELISTA AUTOR(A): PROF. EDILBERTO PONCE BRACONI CONCEITO O método do Valor Presente Líquido (VPL) determina o valor líquido do investimento, descontado com a Taxa Mínima de Atratividade (TMA) na data zero. Através deste método pode-se avaliar o investimento no momento presente. Quando se analisa receitas e despesas, o VPL representa o valor do retorno do investimento ajustado a valor presente. No entanto, quando o objetivo da analise for essencialmente custos do investimento, o VPL passa a representar o valor do investimento ajustado para a data presente. O VPL representa, portanto, o valor líquido, logo, deve-se considerar as entradas com sinal positivo, enquanto os desembolsos deverão ser considerados com sinal negativo. Quando analisar-se apenas o custo de um projeto, todos os valores de desembolso poderão ser considerados com o sinal positivo, tornando-se com sinal negativo eventual recuperação de custo, com valor residual, redução de perdas e outras eventuais recuperações. Um projeto é considerado atrativo quando o VPL for positivo, sendo que o projeto que apresenta maior VPL representa o projeto mais atrativo. Já quando analisa-se apenas os custos de investimentos, a melhor alternativa é a que apresentar o menor custo na condição de VPL. O VPL poderá ser calculado através das fórmulas de Valor Presente = PV com capitalização composta ou séries de prestações, pela calculadora financeira ou planilha eletrônica, a saber: Para calculo do Valor Presente de uma única parcela: 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 2/10 Aplicabilidade do VPL Uma empresa cuja TMA (Taxa Mínima de Atratividade) é de 12% ao ano pretende efetuar um investimento de R$10.000,00 que tem retorno projetado conforme a seguir: 1º ano = R$1.000,00 2º ano = R$2.500,00 3º ano = R$2.500,00 4º ano = R$2.500,00 5º ano = R$3.500,00 6º ano = R$4.500,00 Determinar o VPL. Diagrama: Cálculo do VPL com uso de fórmula Considerando que o valor do retorno anual representa uma serie não uniforme, será necessário calcular o Valor Presente de cada valor isoladamente para posteriormente determinar-se o VPL, considerando o sinal de cada elemento do fluxo de caixa e utilizando a seguinte fórmula: 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 3/10 1º ano: PV = R$1.000,00 * (1 + 0,12) ¯¹ PV = R$1.000,00 * 0,89286 PV = R$892,96 2º ano: PV = R$2.500,00 * (1 + 0,12) ¯² PV = R$2.500,00 * 0,79719 PV = R$1.992,98 3º ano: PV = R$2.500,00 * (1 + 0,12) ¯³ PV = R$2.500,00 * 0,71198 PV = R$1.779,45 4º ano: PV = R$2.500,00 * (1 + 0,12) ¯4 PV = R$2.500,00 * 0,63552 PV = R$1.588,80 5º ano: PV = R$3.500,00 * (1 + 0,12) ¯5 PV = R$3.500,00 * 0.56743 PV = R$1.985,99 6º ano: PV = R$4.500,00 * (1 + 0,12) ¯6 PV = R$4.500,00 * 0,50663 PV = R$2.279,84 Resumo: Datas Valor Presente 0 (R$10.000,00) 1 R$892,96 2 R$1.992,98 3 R$1.779,45 4 R$1.588,80 5 R$1.985,99 6 R$2.279,84 VPL R$519,92 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 4/10 Assim, o calculo demonstra que o Valor Presente Líquido do investimento é de R$519,92, ou seja, o investimento é atrativo, pois o valor presente dos retornos é superior ao valor presente dos desembolsos. CáLCULO DO VPL COM USO DE CALCULADORA FINANCEIRA HP 12C Para calculo do VPL através da calculadora financeira HP 12c, é necessário utilizar a lógica de fluxo de caixa (CF) em que serão utilizadas as seguintes funções: Cfo = valor data zero CFj = valor do fluxo de caixa a partir da data 1, em sequencia Nj = números de parcelas iguais em sequencia. Quando o valor for único, não há necessidade de informar a quantidade, pois a calculadora assume automaticamente o número 1 i = Taxa Mínima de Atratividade (TMA) NPV = Valor Presente Líquido Assim,utilizando os dados do nosso exemplo de aplicabilidade, temos: 10.000 CHS gCFo 1.000 g CFj 2.500 g CFJ 3 gNj 3.500 g CFj 4.500 g CFj 12 i fNPV R$519,92 CáLCULO DO VPL COM USO DE PLANILHA ELETRôNICA MICROSOFT EXCEL Com o uso da planilha eletrônica Microsoft Excel, é necessária determinar o fluxo de caixa, conforme já demonstrado, e o VPL através da função financeira do Excel. Para o calculo do VPL basta informar os dados do investimento na planilha respeitando os sinais positivos e negativos, relativos a entradas e saídas do caixa e clicar em: fx 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 5/10 Financeira VPL Com este comando, a planilha solicita a parametrização das informações do investimento, a saber: Taxa: informar a célula onde foi informada na planilha a Taxa Mínima de Atratividade (TMA). Valores: basta clicar no valor do fluxo de caixa liquido da data 1, arrastando-o até o valor do ultimo período. O VPL determinado por este procedimento ainda não considerou o valor da data zero. Para determinar o VPL final, é necessário adicionar o valor da data zero. Para adicionar o valor da data zero, basta clicar F2 no teclado (editar fórmula) e adicionar o valor da célula do fluxo de caixa da data zero. Poderá ser efetuado também o calculo de cada valor isoladamente, através da função VP, demonstrada na coluna de Valor Presente, totalizando-se os valores, conforme modelo demonstrado com o uso da fórmula. Calculo do VPL Planilha de investimento - TMA de 12% ao ano Período Valor Valor Presente 0 (R$10.000.00) (R$10.000.00) 1 R$1.000.00 R$892,96 2 R$2.500.00 R$1.992,98 3 R$2.500.00 R$1.779,45 4 R$2.500.00 R$1.588,80 5 R$3.500.00 R$1.985,99 6 R$4.500.00 R$2.279,84 Total R$6.500.00 R$519,92 VPL R$519,92 Assim, o calculo demonstra que o Valor Presente Líquido do investimento é de R$519,92, ou seja, o investimento é atrativo, pois o valor presente dos retornos é superior ao valor presente dos desembolsos. MAIS UMA FORMA DE APLICABILIDADE DO VPL Analisando o VPL como investidor de uma máquina ou equipamento (bens de capital) Suponha que a empresa Feliz da Silva está estudando a alternativa de aquisição de um caminhão para executar o transporte entre as filiais da empresa, o investidor tem a alternativa de aquisição de um caminhão novo ou de um caminhão usado para executar este serviço. 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 6/10 A TMA (taxa mínima de atratividade) da empresa é de 18% ao ano para um período de cinco anos de uso do caminhão. As informações de aquisição e custos anuais com consumo de combustível e manutenção dos caminhões são: Dados: Caminhão novo Caminhão usado Custo de aquisição R$145.000,00 R$65.000,00 Valor residual R$65.000,00 R$30.000,00 Custo anual R$30.000,00 R$45.000,00 Para desenvolvimento do exemplo citado, podem-se utilizar calculadora financeira, planilha eletrônica ou fórmulas, no entanto, neste exemplo estaremos utilizando apenas a planilha eletrônica. Calculo do VPL com o "Caminhão Novo" TMA de 18% ao ano n Investimento Custo Líquido 0 R$145.000,00 - R$145.000,00 1 R$30.000,00 R$30.000,00 2 R$30.000,00 R$30.000,00 3 R$30.000,00 R$30.000,00 4 R$30.000,00 R$30.000,00 5 (R$65.000,00) R$30.000,00 (R$35000,00) VPL TOTAL R$210.403,00 Ou seja, use a função financeira VPL – insira a taxa anual de 18% - a seguir insira os valores líquidos dos períodos 1 a 5 – depois some a célula com o valor do investimento inicial. Chegará ao valor do VPL calculado. Calculo do VPL com o "Caminhão Usado" TMA de 18% ao ano n Investimento Custo Líquido 0 R$65.000,00 R$65.000,00 1 R$45.000,00 R$45.000,00 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 7/10 2 R$45.000,00 R$45.000,00 3 R$45.000,00 R$45.000,00 4 R$45.000,00 R$45.000,00 5 (R$30.000,00) R$45.000,00 R$15.000,00 VPL TOTAL R$192.609,00 Ou seja, use a função financeira VPL – insira a taxa anual de 18% - a seguir insira os valores líquidos dos períodos 1 a 5 – depois some a célula com o valor do investimento inicial. Chegará ao valor do VPL calculado. Análise das alternativas: Mesmo considerando que o custo operacional anual do caminhão usado é 50% superior ao custo do caminhão novo, em função do valor do investimento do caminhão novo, a melhor alternativa é o caminhão usado, pois representa o menor Valor Presente Líquido (VPL). Essa é a melhor alternativa de investimento, pois trata apenas de saídas de caixa e o VPL equivale ao somatório do valor de todos os desembolsos efetuados, trazidos a valor presente para a data-base considerada. Neste tipo de decisão deve ser descartada a opção com o maior VPL, de vez que o investidor estará buscando o melhor preço de aquisição entre as alternativas apresentadas. ATIVIDADE Considere que um investidor dispõe de R$25.000,00 para investir em um imóvel, a uma TMA de 24% ao ano e você precisa ajuda-lo a decidir sobre o melhor VPL, assim responda qual seria a VPL da opção AA e da opção BB: Item: Opção AA Entradas R$7.000,00 Ano 1 R$6.000,00 Ano 2 R$6.000,00 Ano 3 R$6.000,00 Total da opção R$25.000,00 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 8/10 Opção BB Entradas R$4.000,00 Ano 1 R$7.000,00 Ano 2 R$7.000,00 Ano 3 R$7.000,00 Total da opção R$25.000,00 A. Opção AA = R$20.000,00 e Opção BB = R$21.000,00 B. Opção AA = R$25.674,00 e Opção BB = R$32.555,00 C. Opção AA = R$18.888,00 e Opção BB = R$17.869,00 D. Opção AA = R$33.000,00 e Opção BB = R$28.500,00 E. Opção AA = R$17.445,00 e Opção BB = R$18.443,00 REFERÊNCIA KUHNEN, Osmar Leonardo. Matemática financeira empresarial. São Paulo: Atlas, 2006. PADOVEZE, Clóvis Luis. Controladoria estratégica e operacional: conceitos, estrutura e aplicação. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003. WERNKE, Rodney. Gestão Financeira: ênfase em aplicações e casos nacionais. Rio de Janeiro: Saraiva, 2008. 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 9/10 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 10/10 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 1/10 “[...] a taxa interna de retorno é aquela que iguala o valor atual das entradas líquidas de caixa ao valor atual dos desembolsos relativos ao investimento líquido”. BRAGA (1998) COMENTA QUE, Método de análise de investimentos através da taxa interna de retorno (TIR) ANALISAR A MELHOR VIABILIDADE DE INVESTIMENTO COM A FERRAMENTA TIR , OU SEJA , EXPRESSAR A RENTABILIDADE RELATIVA (PERCENTUAL) DE UM PROJETO DE INVESTIMENTO EM TERMOS DE UMA TAXA DE JUROS EQUIVALENTE PARA O PERÍODO E ASSIM TOMAR A DECISÃO MAIS ASSERTIVA. AUTOR(A): PROF. ARMINDO APARECIDO EVANGELISTA AUTOR(A): PROF. EDILBERTO PONCE BRACONI CONCEITO A TIR (taxa interna de retorno) representa a taxa de juros que torna nulo o fluxo de caixa líquido. Ela representa também a taxa efetiva recebida no investimento, desde que os valores de retorno sejam reaplicados pela TIR, podendo ser calculada ao ano, ao mês ou qualquer outro período. Esta taxa expressa a rentabilidade relativa (percentual) de um projeto de investimento em termos de uma taxa de juros equivalente para o período (normalmente, é calculada de forma anual). Para a determinação da TIR, é fundamental que todos os valores referentes a ingresso de recursos financeiros seja considerados com o sinal positivo, enquanto as saídas de recursos deverão ser consideradas com sinal negativo.Logo, só é possível a determinação da TIR quando no projeto forem analisadas as receitas, custos e despesas, não sendo possível a determinação da TIR quando só forem conhecidos valores de custo do projeto de investimentos. A TIR poderá ser calculada de um projeto isolado ou em alternativas de investimentos, sendo fundamental que a taxa seja calculada para a mesma periodicidades nas diversas alternativas de investimento. Mesmo com diversas alternativas de investimento, a TIR é calculada com a vida útil de cada investimento isoladamente. MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 2/10 A aceitação ou rejeição do investimento baseado neste método é definida pela comparação feita entre a TIR encontrada e a taxa de mínima de atratividade exigida pela empresa ou seu custo de capital. Sendo a TIR superior à TMA ou ao custo de capital, a análise deve recomendar o investimento no projeto, caso contrário o projeto não deve ser recomendado. A taxa interna de retorno representa a taxa média periódica de retorno de um projeto suficiente para repor, de forma integral e exata, o investimento realizado. Ressalte-se que a taxa média periódica de retorno representa a medida de rentabilidade de um determinado projeto de investimento em termos de uma taxa de juros equivalente para o período. O calculo TIR independe de qualquer informação externa ao próprio fluxo de caixa do projeto de investimento. Assim, a TIR iguala as saídas e as entradas de um projeto de investimento, produzindo, consequentemente, um VPL, igual a zero. Para analisar a TIR, basta compara-la com a TMA (taxa mínima de atratividade). Se a TIR for superior a TMA ou ao custo de capital, a analise deve recomendar o investimento do projeto, caso contrário o projeto não deve ser aceito, pois apresentará prejuízo efetivo. Aplicabilidade do TIR (taxa interna de retorno) Uma empresa cuja TMA (Taxa Mínima de Atratividade) é de 12% ao ano pretende efetuar um investimento de R$10.000,00 que tem retorno projetado conforme a seguir: Determinar a TIR (taxa interna de retorno). Diagrama: Cálculo da TIR com uso de fórmula MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 3/10 A determinação da TIR é quase impraticável com o uso de fórmulas, a não ser em casos muito simples, em que temos apenas um valor de investimento e um valor de retorno no final do período, muito incomum em investimentos. A TIR é uma taxa que torna nulo o fluxo de caixa, e é necessário determinar o VPL do investimento, utilizando uma taxa de juros que torne verdadeira esta afirmação, o que só é possível através de muitas tentativas, tornando-se quase inviável a sua aplicação. Para determinar a TIR, temos que determinar o Valor Presente de cada valor, isoladamente, utilizando o procedimento de capitalização composta, com a seguinte fórmula: Assim, para determinar a TIR, temos: 0 = -R$10.00,00 + R$1.000,00 * (1 + i) ¯¹ + R$2.500,00 * (1 + i) ¯² + R$2.500,00 * (1 + i) ¯³ + R$2.500,00 * (1 + i) ¯4 + R$3.500,00 * (1 + i) ¯5 + R$4.500,00 * (1 + i) ¯6 Logo, para determinar a TIR, é necessário aplicar uma taxa, até que o VPL do fluxo de caixa seja efetivamente igual a zero, podendo ser necessário efetuar inúmeras tentativas, necessitando-se de muito tempo e transpiração para encontrar a TIR. Assim, é fundamental o uso de calculadoras financeiras ou planilhas eletrônicas para a determinação da TIR. Cálculo da TIR com uso de calculadora financeira HP 12c Para calculo da TIR através da calculadora financeira HP 12c, é necessário utilizar a lógica de fluxo de caixa (CF) idêntica ao procedimento para determinar o VPL, utilizando a função IRR para determinação da TIR. Cfo = valor data zero CFj = valor do fluxo de caixa a partir da data 1, em sequencia Nj = números de parcelas iguais em sequencia. Quando o valor for único, não há necessidade de informar a quantidade, pois a calculadora assume automaticamente o número 1. IRR = Taxa Interna de Retorno Assim, utilizando os dados do nosso exemplo de aplicabilidade, temos: MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 4/10 Quando se calcula a IRR, eventualmente a calculadora poderá apresentar o ERROR 3, que significa que, face à dificuldade da analise do fluxo de caixa, é necessário informar uma estimativa, facilitando assim a lógica do calculo. Normalmente, se informarmos a TMA no “i”, já conseguirá chegar ao resultado. Logo que a calculadora exibir o ERROR 3, deve-se efetuar o seguinte procedimento: informar uma taxa (TMA) na função “i” e na sequencia pressionar as teclas “RCL” “g” “R/S”. No exemplo em analise, a IRR foi determinada sem o procedimento citado, pois se trata de um fluxo de caixa simples, com poucos elementos. Cálculo da TIR com uso de planilha eletrônica Microsoft Excel Com o uso da planilha eletrônica Microsoft Excel, é necessária determinar o fluxo de caixa, conforme já demonstrado, e a TIR através da função financeira do Excel. Para o calculo da TIR, basta utilizar essa função no Excel, clicando no valor líquido da data zero e arrastando-o até a data “n”. Para a determinação da TIR, também poderá ser necessária a informação de uma estimativa, bastando informar a TMA como estimativa. Raramente o Excel necessita desta informação, pois só será indispensável em fluxos muito complexos, envolvendo muitos períodos. A TIR do projeto de investimento é de 13,503% ao ano, ou seja, o investimento é atrativo, pois a TIR excede o mínimo estabelecido através da TMA, ou seja, 12% ao ano. No entanto, a TIR implica em replicarmos os retornos periódicos pela mesma taxa, ou seja, TIR. Mais uma forma de aplicabilidade da TIR Um investidor tem duas propostas para investimento financeiro e precisa de ajuda para tomar a decisão mais assertiva possível. Seguem as informações: Proposta número um – investir R$200.000,00 no ato e receber nos primeiros cinco anos parcelas anuais de R$37.500,00 e nos outros cinco anos restantes outras cinco parcelas anuais de R$44.500,00. Ou seja, oMATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 5/10 fluxo de caixa receberá os recursos em dez anos consecutivos. Proposta número dois – investir R$120.000,00 no ato e receber nos primeiros cinco anos parcelas anuais de R$24.000,00 e nos outros cinco anos restantes outras cinco parcelas anuais de R$28.000,00. Ou seja, o fluxo de caixa receberá recursos em dez anos consecutivos. Considerando uma TMA (taxa mínima de atratividade) de 16% ao ano – calcule a proposta mais assertiva e que deverá ser aceita pelo investidor. Resumo: Resolução através da calculadora financeira HP12C: Proposta número um: R$200.000,00 CHS g CFo R$37.500,00 g CFj 5g Nj R$44.500,00 g CFj 5g Njf IRR = 15,% ao ano Proposta número dois: R$120.000,00 CHS g CFo R$24.000,00 g CFj 5g Nj R$28.000,00 g CFj 5g Njf IRR = 16,5% ao ano Resolução através da planilha eletrônica Microsoft Excel: Proposta número um: MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 6/10 Proposta número dois: Resposta: Com os resultados apresentados apenas a proposta número dois que apresentou uma TIR (taxa interna de retorno) de 16,5% é atraente, pois supera a TMA (taxa mínima de retorno) que é de 16,0%. Já a proposta de número um apresentou uma TIR (taxa interna de retorno) de 15,0% deve ser desconsiderada, pois apresentou-se abaixo da TMA (taxa mínima de retorno), assim causaria um prejuízo na comparação. Portanto, o investidor deverá investiros seus recursos na proposta de número dois. ATIVIDADE MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 7/10 Considere que um investidor dispõe de R$25.000,00 para investir e receberá os recursos aplicados em três anos consecutivos sendo que na proposta XYZ receberá três parcelas anuais de valores iguais e que na opção XPTO receberá valores alternados. Você precisa ajuda-lo a decidir sobre a melhor TIR (taxa interna de retorno), assim responda qual é a TIR da opção XYZ e da opção XPTO: Opção XYZ Investimento Ano 0 - R$25.000,00 Ano 1- R$10.000,00 Ano 2 - R$10.000,00 Ano 3 - R$10.000,00 TIR da opção XYZ - ? Opção XPTO Investimento Ano 0 - R$25.000,00 Ano 1 - R$12.000,00 Ano 2 - R$10.000,00 Ano 3 - R$8.000,00 TIR da opção XPTO - ? A. Opção XYZ = 12,50% e Opção XPTO = 13,25% B. Opção XYZ = 8,25% e Opção XPTO = 11,90% C. Opção XYZ = 10,6% e Opção XPTO = 9,60% D. Opção XYZ = 9,70% e Opção XPTO = 10,45% E. Opção XYZ = 12,0% e Opção XPTO = 14,50% REFERÊNCIA BRAGA, Roberto. Fundamentos e técnicas de administração financeira. 1ª ed., São Paulo: Atlas, 1998 KUHNEN, Osmar Leonardo. Matemática financeira empresarial. São Paulo: Atlas, 2006. PADOVEZE, Clóvis Luis. Controladoria estratégica e operacional: conceitos, estrutura e aplicação. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003. WERNKE, Rodney. Gestão Financeira: ênfase em aplicações e casos nacionais. Rio de Janeiro: Saraiva, 2008. MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 8/10 MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 9/10 MATEMÁTICA FINAN… 2 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 10/10 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 1/8 Método de análise de investimentos através do tempo de recuperação do capital (PAYBACK) ANALISAR A MELHOR VIABILIDADE DE INVESTIMENTO COM A FERRAMENTA PAYBACK , OU SEJA, USAR O MÉTODO QUE DETERMINA O PRAZO DE TEMPO EM QUE O CAPITAL APLICADO EM UM PROJETO SERÁ RECUPERADO OU RETORNARÁ AO CAIXA. AUTOR(A): PROF. ARMINDO APARECIDO EVANGELISTA AUTOR(A): PROF. EDILBERTO PONCE BRACONI RECUPERAÇÃO DO CAPITAL OU PAYBACK TIME Método que determina o prazo (tempo) em que o capital aplicado em um empreendimento (ou projeto) será recuperado (ou retornará ao caixa do investidor). Para isso, faz-se simplesmente o somatório das parcelas posteriores ao investimento inicial. O período em que o total dessas parcelas futuras se iguala ao capital investido na data base (base-zero) é denominado, então, payback time. Por exemplo: supondo um fluxo de caixa anual projetado a seguir, qual o tempo de recuperação do capital investido? Como o investimento inicial foi de R$600, com o lucro do primeiro ano o investidor recupera apenas R$200 e fica faltando R$400. Portanto, o capital inicial ainda não foi recuperado totalmente ao final do primeiro período. 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 2/8 No segundo período, o fluxo de caixa positivo é de R$400, que somado ao ingresso do primeiro ano “R$200” iguala o valor investido na data-base (data-zero). Com isso, pode ser dito que o payback time do exemplo é de dois anos, pois levou esse prazo para recuperar todo o capital inicialmente aplicado “R$600”. Para considerar o investimento (projeto) viável, deve ser comparado esse prazo de recuperação com o padrão estabelecido pelo investidor. Se o payback time for maior que esse padrão, descarta-se o projeto, sendo igual ou inferior ao prazo padronizado, mantém o investimento (projeto). Em alguns casos, porem, é necessário recorrer a um procedimento adicional para calcular o tempo de recuperação. Por exemplo, considerando o fluxo de caixa a seguir, qual é o payback time do investimento? Observa-se que os dois primeiros períodos, as entradas de caixa totalizaram R$150 (R$50 + R$100). Para atingir o total investido falta R$50, uma quantia menor que o valor obtido até o final do terceiro período. Logo o payback time deve ser menor que “3” e maior que “2”. Para calcular basta dividir o valor faltante peço total do período final para encontrar a fração correspondente, ou seja, [R$50 / R$250 = 0,20]. Conclui-se que o prazo de recuperação é de 2,20 períodos (2 + 0,20). É interessante ressaltar que, quando se comparam dois ou mais projetos de investimentos, costumam ser priorizadas as alternativas de investimento que proporcionam a recuperação mais rápida do capital empregado. Assim, projetos de horizonte mais amplo tendem a ser descartados quando comparados a empreendimentos de prazo menor, o que nem sempre é interessante do ponto de vista da otimização do resultado econômico. Aplicabilidade do payback simples Uma empresa cuja TMA é de 12% ao ano pretende efetuar um investimento de R$10.000,00 que tem retorno projetado conforme a seguir: 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 3/8 Para determinar o payback simples, basta calcular a média aritmética dos retornos periódicos, dividindo-se o valor do investimento inicial pela média periódica. Assim, temos: Média = somatório de 1 a n/n Média = (R$1.000,00 + R$2.500,00 + R$2.500,00 + R$2.500,00 + R$3.500,00 + R$4.500,00) / 6Média = R$16.500,00 / 6 = R$2.750,00 Assim, o payback simples médio é: Payback simples médio = PV / n Payback simples médio = R$10.000,00 / R$2.750,00 = 3,64 anos. Aplicabilidade do payback simples ACUMULADO Para determinar o payback simples acumulado, basta efetuar o fluxo de caixa acumulativo, veja: Considerando que o valor do retorno nos primeiros anos é abaixo da média, o payback simples acumulado irá ocorrer entre o 4º e o 5º anos, ou seja, 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 4/8 em 4,43 anos (4 + R$1.500,00 / R$3.500,00) e não 3,64 anos, conforme demonstrado. No entanto, o retorno nos últimos anos é superior à média. Aplicabilidade do payback AJUSTADO O payback ajustado determina em quanto tempo o capital inicial investido maia a taxa mínima de atratividade (TMA) retornam. Pode-se determinar o payback ajustado através do valor periódico equivalente dos retornos comparados com o investimento inicial ou pela evolução do saldo de caixa acumulado. Alguns autores tratam o valor residual de um bem como o valor da venda do bem em qualquer data, este procedimento facilita o calculo, no entanto, o valor residual representa o valor de venda de um bem no final da vida útil,logo considerar este valor para qualquer data representa um erro de analise, pois com o uso um bem pode sofrer maior ou menor valor de revenda. Assim, o valor residual devera sempre ser considerado no final da vida útil. Para calcular o payback ajustado acumulado, basta encontrar o valor presente de cada valor do fluxo de caixa com base na taxa mínima de atratividade (TMA) e depois efetuar o fluxo de caixa acumulativo, veja: Resposta: o payback ajustado é de 5,59 anos, enquanto o payback acumulativo é um pouco superior, ou seja, 5,77 anos, face ao maior valor de retorno no ultimo ano. O payback ajustado ou vida de retorno do investimento representa o tempo em que o capital mais o retorno referente a taxa mínima de atratividade (TMA) seja realizado. Quanto menor for o payback, melhor será o investimento. ATIVIDADE Considere investimento de R$200,00 para investir e receberá os recursos aplicados em três períodos consecutivos sendo R$50,00; R$100,00 e R$250,00. Mas com a TMA (taxamínima de atratividade) de 10,0% ao período. Responda qual é payback ajustado acumulativo do investimento: 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 5/8 Período 1: F REG F FIN 50 CHS FV 1 N 10 i PV = R$45,45 Período 2: F REG F FIN 100 CHS FV 2 N 10 i PV = R$82,64 Período 3: F REG F FIN 250 CHS FV 3 N 10 i PV = R$187,83 A. 3,0 anos B. 2,58 anos C. 3,5 anos D. 2,38 anos E. 2,42 anos REFERÊNCIA KUHNEN, Osmar Leonardo. Matemática financeira empresarial. São Paulo: Atlas, 2006. PADOVEZE, Clóvis Luis. Controladoria estratégica e operacional: conceitos, estrutura e aplicação. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003. 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 6/8 WERNKE, Rodney. Gestão Financeira: ênfase em aplicações e casos nacionais. Rio de Janeiro: Saraiva, 2008. 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 7/8 08/11/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 8/8