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Importância da Anatomia Vegetal na análise de drogas - Célula Vegetal e Tecidos. Disciplina: Farmacobotânica – CCS – UFRJ Docente: Juliana Villela Paulino E-mail: jvillelapaulino@pharma.ufrj.br 2015.2 Por que usar a ferramenta histologia vegetal nas Ciências Farmacêuticas? Atributos diagnósticos: Morfologia externa e interna Compreender a estrutura e/ou ultraestrutura das partes produtoras de substâncias de interesse para as Ciências Farmacêuticas ? Exemplo!!! Lippia citriodora H.B.K. é uma planta aromática, cultivada e comercializada, devido a produção de odor nas suas folhas e flores. Lippia citriodora H.B.K. Type E trichomes. (A) Light micrograph. (B) and (C) Scanning electron micrographs of a four and an eight cell head.. (A) Light fluorescent micrograph of a transverse section of a leaf treated with aluminium trichloride. The blue bodies in the vacuoles (arrows) are flavonoids. (B) Mesophyll cells storing tannins in their vacuoles traced with potassium dichromate. The arrows show lightly stained areas within the tannin bodies. ad, adaxial epidermis. (A) flavonoids; (B) terpenoids; (C) lipids; (D) phenolics; (E) carbohydrates; (F) terpenoids; (G) flavonoids; (H) carbohydrates; (I) lipids; (J) flavonoids; (K) terpenoids; (L) phenolics; (M) phenolics; (N) tannins; (O) terpenoids; (P) lipids; (Q) lipids; (R) phenolics; (S) polysaccharides; (T) lipids; (U) lipids; (V) alkaloids. Técnicas histológicas A maioria das preparações de materiais vegetais que se deseja observar à microscopia, deve obedecer às seguintes etapas: Coleta Fixação Inclusão Microtomia Coloração ou Contrastação Observação em microscopia Coleta Material fresco Material fixado Coleta Preservação do material para estudos anatômicos: –Fixador: preservar o material o mais próximo de sua condição in vivo; –Vidros de coleta: armazenamento do material; –Luvas de látex – proteção ao fixador e substâncias produzidas pela planta; –Gilete, pinça: corte e manuseamento do material; –Etiquetas: identificação dos vidros. Material fixado Coleta Material herborizado Coleta Material herborizado Coleta A maioria das preparações de materiais vegetais que se deseja observar à microscopia, deve obedecer às seguintes etapas: Coleta Fixação Microtomia Coleta Microtomia Preparação temporária ou semipermanente Etapas de preparação do corte a mão livre. Colorações dos cortes a mão livre. Coleta Fixação Fixação Passo mais importante! –Bloqueia instantaneamente o metabolismo das células de modo a conservá-las em um estado mais parecido aos que tinham quando estavam vivas. –Qualidades do fixador: •Rápido poder de penetração: O tempo depende do tipo de fixador, das dimensões das peças e sua resistência à penetração do fixador. •Não deve enrugar ou encolher tecidos, nem escurecê-los ou deixá-los quebradiços; •Deve dar dureza suficiente para permitir uma resistência a todas as manipulações dos tecidos sem deformá-los. Fixação Misturas –FAA (Formaldeído – Ácido acético – Álcool etílico) Alguns corantes não penetram nas células vivas: torna-se, necessárias que sejam mortas por fixador para então serem coradas. Para que as células vivas se corem, sem previa fixação, faz-se necessário o emprego de corantes chamados “vitais”; tais como, azul de metileno, vermelho neutro, etc. Preparação temporária ou semi-permanente Coleta Fixação Microtomia Coleta Fixação Microtomia Preparação permanente Inclusão Etapas: 1) Fixação 2) Infiltração 3) Amolecimento (quando necessário) 4) Emblocamento 5) Microtomia 6) Coloração Infiltração 1) Desidratação 2) Diafanização 3) Inclusão Meios: - parafina; - paraplast; - historresina; - araldite. Emblocamento Microtomia Coloração Observação Microscópio de Luz Medidas e escalas Microscopia de Luz Microscopia Eletrônica de Transmissão 1 mm = 1000 µm 1 µm = 1000 nm 1 2 1 2 Unidade de medida Símbolo Valor Micrômetro μm 0,001 mm (milésima parte do milímetro) Nanômetro nm 0,001μm (milésima parte do micrômetro) Planos de corte a) Transversal: Perpendicular ao maior eixo do órgão. b) Longitudinal: Paralelo ao maior eixo do órgão. Quando o órgão cilíndrico, o corte longitudinal pode ser tangencial, tangente ao raio cilindro, ou radial, passando pelo diâmetro ou raio. c) Paradérmico: Paralelo à superfície do órgão. Utilizado principalmente em estudos dos tecidos de revestimento. Órgãos cilíndricos Paradérmico Órgãos planos Célula Robert Hooke (1665) Plano de estudo – Morfologia e Anatomia Vegetal CÉLULA TECIDO ÓRGÃO INDIVÍDUO • estruturas vegetativas: raiz, caule, folha • estruturas reprodutivas: flor, fruto, semente Histórico • 1665 - Robert Hooke: microscópio. “Célula = unidade estrutural e funcional das plantas” wikimedia.org Histórico • 1671 – Nehemiah Grew: descreveu os tecidos vegetais. flickriver.com wikimedia.org Histórico • 1831 – Robert Brown: descobriu o núcleo brianjford.com wikimedia.org Histórico • 1838 – Matthias Schleiden: “todos os tecidos vegetais são formados por células” dipity.com wikimedia.org parede celular + protoplasto citoplasma núcleo 3bscientific.co.uk Definição • Célula Vegetal: parede celular, vacúolo, plastídio Célula Vegetal: parede celular, vacúolo, plastídio Parede celular Vacúolo Cloroplasto Parede Celular Célula meristemática Célula do xilema Parede Celular • Composição química: polissacarídeos • Outras substâncias lipídios Polímeros fenólicos • Estrutura primária secundária celulose hemicelulose pectina cera cutina suberina lignina S1 S2 S3 Lamela média - pectina Parede primária – arranjo entrelaçado das microfibrilas; 65% água, 35% polissacarídeos (celulose, hemicelulose e pectina) e proteínas (extensina e expansina) Parede secundária – arranjo ordenado das microfibrilas; 65% celulose e hemicelulose, 35% lignina Campo primário de pontoação Pontoação Protoplasma •Citoplasma Citossol (matriz citoplasmática) Organelas ribossomos citoesqueleto •Núcleo (entidades envolvidas por membranas) (estruturas não membranosas) (sistemas de membranas) Vacúolo Vacúolo Função dos vacúolos • Pressão de turgor devido ao acúmulo de solutos • Manutenção do pH • Autofagia • Armazenamento (íons, metabólitos secundários, pigmanetos Cristais Antocianinas Compostos Fenólicos Plastídios http://www.herbario.com.br/cie/univers Cloroplastos Tilacóides são originados da membrana interna, são sacos achatados. Pilhas de tilacóide = granum Conjunto de granum = grana Variações: 500 nm Até 25 cm ~ 5 µm Tamanho: Formatos: Tipos celulares EPIDÉRMICA ESTOMÁTICA CONDUTORA DO XILEMA CONDUTORA DO FLOEMA MERISTEMÁTICA PARENQUIMÁTICA COLENQUIMÁTICA ESCLERENQUIMÁTICA SECRETORAMERISTEMÁTICA SECRETORA Histologia - Tecidos vegetais Disciplina: Farmacobotânica – CCS – UFRJ Docente: Juliana Villela Paulino E-mail: jvillelapaulino@pharma.ufrj.br 2015.2 Meristemas Célula meristemática Meristema: célula meristemática • Parede celular primária, vacúolos pequenos, núcleo grande, proplastídios. Meristemas Primários Secundários ou Laterais Apical caulinar Apical radicular Gema reprodutiva Gema adventícia Felogênio Cambio Vascular Tipos de meristemas • Primário: crescimento em comprimento • Secundário: crescimento em espessura buzzle.com Meristema primário Meristema Apical Meristema apical Promeristema Epiderme Floema primário Xilema primário Protoderme Indiferenciado (células iniciais + células derivadas recentes) Procâmbio Meristema fundamental Meristemas primários Tecidos fundamentais Pt Pc Tecidos primários Promeristem a Meristemas laterais ou secundários Meristemas laterais ou secundários Periderme Floema secundário Xilema secundário Felogênio Câmbio vascular Se todas as células do corpo do vegetal são provenientes da células meristemáticas e, portanto, possuem o mesmo material genético, porque as células e os tecidos podem apresentar-se tão especializados e diferentes ao longo do corpo do vegetal? Células meristemáticas constantemente juvenis Células derivadas em diferenciação Células maduras TECIDOS VEGETAIS MERISTEMÁTICOS VASCULARES Xilema Floema REVESTIMENTO Epiderme Periderme FUNDAMENTAIS Parênquima Colênquima Esclerênquima TECIDOS SECRETORES Tecidos de revestimento Protoderme Felogênio Epiderme Periderme Epiderme flickr.com “VELAME” Características Epiderme: funções vcbio.science.ru.nl SciencePhotoLibrary SciencePhotoLibrary Tsiantis & Hay 2003 • Revestimento, proteção, secreção, absorção, trocas gasosas mail.colonial.net Células especializadas ESTÔMATOS Anisocítico Paracítico Tetracítico Em halteres Monocotiledôneas Células especializadas ESTÔMATOS Diacítico Atributos diagnósticos e funcionais cannabisculture.com Cera Tricoma Cutícula Ornamentação Parede anticlinal em vista dorsal Apêndices epidérmicos Periderme e lenticelas Pau-mulato Pau-jacaré Goiabeira Angico do cerrado Caliandra do cerrado TECIDOS VEGETAIS MERISTEMÁTICOS VASCULARES Xilema Floema REVESTIMENTO Epiderme Periderme FUNDAMENTAIS Parênquima Colênquima Esclerênquima TECIDOS SECRETORES Meristema fundamental Parênquima Colênquima Esclerênquima Promeristema Tecidos fundamentais (Preenchimento) (Sustentação) COIFA MF Tecidos fundamentais: origem • Meristema fundamental (meristemas apicais). sbs.utexas botit.botany.wisc.edu PROMERISTEMA PROMERISTEMA MF MF Caule Raiz Parênquima : “esparramado ao lado de” Tecidos de preenchimento • Tecido mais abundante na maioria das plantas. • Células potencialmente meristemáticas, geralmente isodiamétricas, com parede primária fina. Parênquima clorênquima Parênquima amilífero Tecidos de preenchimento Aerênquima Tecidos de sustentação O Colênquima (colla = do grego cola, substância glutinosa, referente à parede brilhante, em cortes histológicos) Vista frontal Vista lateral Colênquima Esclerênquima O Esclerênquima (skleros= do grego duro), é um tecido de sustentação composto por fibras e esclereídes Fibras V is ta f r o n ta l Vista lateral V is ta l a te r a l Esclereídes Pisum sativum Nymphoides sp. M e n ia n th a c e a e Células pétreas Tricoesclereí de Fibras e osteoescrereídes na semente TECIDOS VEGETAIS MERISTEMÁTICOS VASCULARES Xilema Floema REVESTIMENTO Epiderme Periderme FUNDAMENTAIS Parênquima Colênquima Esclerênquima TECIDOS SECRETORES Tecidos de condução Eficiente sistema de transporte de água e seivas. Adaptação ao meio terrestre: Exposição das folhas ao sol – fotossíntese; Disputa por luz em florestas; Crescimento em altura. Tecidos de condução: localização Xilema Células xilemáticas traqueídes Elementos de vaso 1) Células alongadas; 2) Paredes secundárias; 3) Pontuações na parede; 4) Sem protoplasto na maturidade e 5) Lúmen grande Elementos de vaso Perfurações - placas de perfuração Unem-se pelas paredes terminais formando tubos (VASOS) Corte longitudinal Corte transversal Outras células que formam o xilema: - Fibras - Parênquima Tipos celulares • Células condutoras – células crivadas e elementos crivados •Células companheiras • Célula parenquimática • Célula esclerenquimática - fibra Floema • Célula crivada: longas, com áreas crivadas Células floemátias Células floemátias Elemento de tubo crivado Características: Paredes primárias Áreas e placas crivadas na parede Protoplasto vivo na maturidade unem-se pelas paredes terminais formando tubos Elemento de tubo crivado e célula-companheira Placas crivadas CT CL Célula companheira Características: • Célula viva com muitos plasmodesmas • Derivada da mesma célula-mãe do e.t.c. Funções: 1. manutenção de vida para o elemento de tubo crivado 2. liberação de substâncias informacionais e ATP para o elemento de tubo crivado Placa crivada Célula companheira Element o de tubo crivado Outras células que formam o floema: •Parenquimática • Fibra •Esclereíde Associação dos tecidos vasculares em feixes Sinapomorfia de Monocotiledônea atactostelo Eudicotiledôneas = eustelo Aboboreira Cucurbitaceae Erva-doce Apiaceae Cordyline sp. Feixe vascular colateral Feixe vascular bicolateral Feixe vascular concêntrico Associação dos tecidos vasculares em feixes Myrtales Floema interno Sinapomorfia de Myrtales Tecido secretor Nas plantas podemos encontrar: Células secretoras Tecidos ou estruturas secretores Célula meristemática – meristema Célula epidérmica – epiderme Célula colenquimática – colênquima Fibras e esclereídes – esclerênquima Elementos de vaso e traqueídes – xilema Elementos de tubo crivado / célula companheira e célula crivada - floema COMO RECONHECÊ-LOS? Células meristemáticas, epidérmicas, colenquimáticas, elementos de tubo crivado e célula companheira possuem parede 1ária Fibras, esclereídes, elementos de vaso e traqueídes possuem paredes 1ária e 2ária. POSIÇÃO, FORMA E TIPO DE PAREDE Tricomas e estômatos A epiderme pode exibir cutícula e estruturas anexas A periderme pode exibir estruturas anexas lenticelas Desenvolvimento do corpo primário da Planta - Caule em estrutura primária. Raiz em estrutura primária Docente: Juliana Villela Paulino Disciplina: Farmacobotânica Curso: Farmácia 2015.1 Caule em estrutura primária. Corpo primário da planta - Caule As primeiras fases do desenvolvimento culmina no estabelecimento da estrutura primária do corpoda planta. Organização dos tecidos primários: epiderme córtex sistema vascular Medula Epiderme – É o tecido de revestimento, que tem como principal função a proteção do caule primário e forma a superfície externa das plantas herbáceas que não passarão por crescimento secundário. Córtex – compreende a região entre a epiderme e o cilindro vascular. Cilindro vascular – formado por feixes vasculares constituídos de floema e xilema primários delimitados pelo periciclo externamente. * Medula - porção mais interna do caule, sendo formada por células parenquimáticas não clorofiladas ou esclerenquimáticas. * Ausente nas Monocotiledôneas Corpo primário da planta - Caule Origem Meristema Apical Caulinar Ginny Williams vcbio.science.ru.nl Tsiantis & Hay (2003) MAC Meristema Apical Caulinar vcbio.science.ru.nl sy-stem.ethz.ch TÚNICA CORPO wikimedia.org * PROMERISTEMA Meristema Apical Caulinar Epiderme Córtex Cilindro vascular Medula Meristema Tecidos primários Protoderme Procâmbio Meristema fundamental Organização dos feixes vasculares no caule em estrutura primária Estrutura do Caule primário: Eudicotiledônea Córtex Cilindro vascular Medula Epiderme Philodendron sp (Araceae, imbé) Córtex Cilindro central Estrutura do Caule primário: Monocotiledônea Epiderme Philodendron sp Parênquima cortical Epiderme Esclerênquima Estrutura secretora Córtex Cilindro central Córtex • Geralmente constituído por feixes. Cilindro Vascular Zea mays Cucurbita sp. COLATERAL BICOLATERAL CONCÊNTRICO anficrival a n fi v a s a l Cilindro Vascular Medula esclerenquimática Endoderme Polo de protoxilema Parênquima cortical Estrutura secretora Cilindro central Periciclo Metaxilema Floema Cilindro central C ó rt e x Cilindro Vascular Maturação dos Feixes vasculares Endarco Metaxilema Protoxilema Metaxilema Protoxilema Maturação dos Feixes vasculares Endarco Auxilia na diferenciação entre caule e raiz • Feixes em um ou mais ciclos concêntricos. Zea mays EUDICOTILEDÔNEA MONOCOTILEDÔNEA Cilindro Vascular (eustelo) (actostelo) • Feixes dispersos. Medula Fargesia sp. Caule fistuloso Caule maciço • posição do protoxilema, endarco no caule • disposição do xilema e do floema em feixes no caule • Grande grupo taxonômico (mono x eudico): eustélico nas eudico e atactostélico nas mono. Atributos diagnósticos Para reconhecimento de família e taxa infrafamiliares (gênero, espécie): combinação de caracteres = Boa diagnose: - n° de camadas na epiderme - presença e tipo de idioblastos cristalíferos - composição do córtex - organização do colênquima no caule, se contínuo (alecrim) ou descontínuo formando feixes (lavanda) - presença e tipo de estrutura secretora (tricomas secretores sésseis em Lamiaceae, cavidades secretoras em Rutaceae, idioblastos oleíferos em Lauraceae, laticíferos em Moraceae) - tipo e localização de feixes vasculares (bicolateral em Cucurbitaceae, Solanaceae), cortical e medular em Cactaceae, ausência de feixes corticais em suculentas não cactáceas (Apocynaceae, Asteraceae, Crassulaceae, Didieriaceae, Euphorbiaceae, Geraniaceae, and Vitaceae) - presença ou ausência de medula - presença de parênquima de reserva no córtex/medula Atributos diagnósticos Desenvolvimento do corpo primário da Planta - Raiz em estrutura primária Docente: Juliana Villela Paulino Disciplina: Farmacobotânica Curso: Farmácia 2015.2 Raiz em estrutura primária. Corpo primário da planta - Raiz Organização dos tecidos primários: epiderme córtex sistema vascular Córtex Epiderme Cilindro vascular Corpo primário da planta - Raiz Origem DIVISÃO CELULAR MATURAÇÃO CELULAR ALONGAMENTO CELULAR COIFA COIFA PM COIFA • Divisão celular intensa • Centro quiescente: QC COIFA COIFA Origem – Raiz Origem – Raiz COIFA PM • Aumento no tamanho da células • Vacuolização celular COIFA PM RDC RDC Origem – Raiz COIFA PM • Diferenciação dos tecidos primários RAC Origem – Raiz Origem – Raiz Epiderme Córtex Cilindro Vascular Estrutura da Raiz primária - Epiderme • Geralmente unisseriada • Cutícula fina • Pelos absorventes: - Expansões tubulares - Absorção de água e íons Epiderme • Entre a epiderme e o cilindro vascular (EXODERME) ENDODERME Estrutura da Raiz primária – Córtex • Especializações: parênquima de reserva AR AMIDO Raiz primária – Córtex Córtex - Exoderme • Endoderme: estrias de Cáspary: lignina/suberina Raiz primária – Córtex Raiz primária – Endoderme • Endoderme: estrias de Cáspary: lignina/suberina Raiz primária – Endoderme • Endoderme: estrias de Cáspary: lignina/suberina • Endoderme: células de passagem Raiz primária – Endoderme Estrutura da Raiz primária – Cilindro vascular Cilindro Vascular: Xilema Floema Periciclo Estrutura da Raiz primária – Cilindro vascular • Periciclo e tecidos vasculares EN CÓRTEX C I L I N D R O V A S C U L A R MACIÇO - PROTOSTELO OCO - SIFONOSTELO EUDICOTILEDÔNEA MONOCOTILEDÔNEA • Tipos de cilindro vascular: XILEMA F F F MEDULA F F X Raiz primária – Cilindro Vascular Raiz primária – Cilindro Vascular • Raiz protostélica - Eudicotiledônea (XILEMA EXARCO) Raiz primária – Cilindro Vascular XILEMA EXARCO Ranunculus cilindro central Tetrarca Botrychium http://www.biologia.edu.ar http://www.hiperbotanica.net Actaea Poliarca Diarca Triarca Zea mays http://www.biologia.edu.ar • Monocotiledônea Raiz primária – Cilindro Vascular • Periciclo: geralmente unisseriado • Periciclo: origina raiz lateral Raiz primária – Cilindro Vascular • posição do protoxilema, exarco na raiz – distingue raiz de caule. • A utilização de corantes como Floroglucina acidificada em CT permite distinguir raízes de eudicots e mono em estrutura primária. Raízes de eudicots são protostélicas, exibem a região central ocupada pelo xilema 1ário, formando arcos de 2 a vários polos (protostélo), e nas de mono a região central é ocupada por medula (sifonostélo). Atributos diagnósticos Para reconhecimento de família e táxons infrafamiliais (gênero, espécie): Combinação de caracteres = Boa diagnose: - n° de camadas na epiderme - estrutura do córtex - presença e tipo de estrutura secretora - n° de polos do protoxilema - presença, forma e tipo de desenvolvimento de nódulos radiculares - tipo de estelo Docente: Juliana Villela Paulino Disciplina: Farmacobotânica Curso: Farmácia 2015.2 Anatomia Foliar EUDICOTILEDÔNEAS Meristema apical caulinar MONOCOTILEDÔNEAS Folha – origem Folha – arquitetura O vegetal é um organismo modular... Folha – arquitetura ... e os módulos se repetem. Folha – desenvolvimento Folha – desenvolvimento Fluxo diferencial do hormônio auxina.P2 P1 Folha – orientação Em relação ao eixo da planta. Folha – orientação Em relação ao eixo da planta. ADAXIAL ABAXIAL Folha – partes BAINHA ESTÍPULA PECÍOLO LIMBO FOLÍOLO Folha – tecidos Protoderme epiderme Meristema fundamental tecidos fundamentais Procâmbio tecidos vasculares Folha – estrutura interna Anatomia do pecíolo Pecíolo: epiderme, tecidos fundamentais/vascular Folha – anatomia do pecíolo Especializações Folha – anatomia do pecíolo PARÊNQUIMA COLÊNQUIMA EPIDERME Folha – estrutura interna Anatomia do limbo Face adaxial da epiderme Face abaxial da epiderme Folha – Epiderme Epiderme: unisseriada ou multisseriada E P I D E R M E Folha – Epiderme Epiderme: estômatos Folha epistomática Folha hipostomática Folha anfistomática Folha – Epiderme Epiderme: tricomas secretores e tectores Folha – estrutura interna Epiderme: glândula de sal e hidatódio Folha – Epiderme Epiderme: células buliformes Folha – Epiderme Epiderme: cutícula e cera PC Folha – Sistema Vascular Folha – Sistema Vascular FLOEMA XILEMA Bainha do feixe Folha – Sistema Vascular Distribuição dos feixes vasculares Folha – Sistema Vascular Folha – Mesofilo Mesofilo: parênquima clorofiliano (cloroplastos) EPIDERME Folha – Mesofilo Tipos de Parênquima Folha – Mesofilo Folha – Mesofilo Mesofilo: tipos (dorsiventral x isobilateral) Folha – Mesofilo P L Folha – Mesofilo PARALELA RETICULADA ÚNICA Mesofilo: tecidos vascular (feixes) Folha – especializações 1. Quanto à luminosidade SOMBRA SOL Folha – especializações 2. Quanto à disponibilidade de água XEROFÍTICAS Limbo ou lâmina: epiderme e mesofilo Folha – estrutura interna CRESCIMENTO EM ESPESSURA DO CAULE E DA RAIZ (= ESTRUTURA SECUNDÁRIA) Profa. Juliana Villela Paulino DPNA – Faculdade de Farmácia – UFRJ jvillelapaulino@pharma.ufrj.br 2015.2 Período Devoniano As primeiras plantas a desenvolver crescimento secundário (= em espessura) e hábito lenhoso devem ter sido as samambaias. No Devoniano a paisagem era desprovida de vegetação superior à altura da cintura. Sem a evolução de um sistema vascular robusto, maiores alturas não podia ser alcançada. Como resposta à pressão evolutiva constante para melhorar a captação de luz para a fotossíntese e a dispersão de esporos e sementes as plantas desenvolveram tecido lenhoso para atingir grandes alturas. A planta cresce em altura devido à atividade dos meristemas apicais do caule e subapicais da raiz Promeristema Protoderme Meristema fundamental Procâmbio Epiderme Tecidos fundamentais Tecidos vasculares A planta aumenta em espessura devido à atividade dos meristemas laterais (secundários) do caule e da raiz Os tecidos resultantes do crescimento secundário: Tecido Vascular Secundário Periderme Tecido Vascular Secundário Periderme A planta aumenta em espessura devido à atividade dos meristemas laterais (secundários) do caule e da raiz Câmbio vascular Floema 2ário Xilema 2ário Restos de procâmbio Periciclo PERIDERME Tecidos vasculares secundários CÂMBIO VASCULAR Células do câmbio vascular PERIDERME Felogênio Feloderme Súber Tecidos corticais PERIDERME Felogênio Feloderme Súber PERIDERME Tecido de revestimento e cicatrização Pode conter estruturas secretoras Tem valor na identificação de espécies CAULE Remanescentes de procâmbio Células do periciclo câmbio Xilema secundário Floema secundário Caule de Johanesia princeps Protoxilema Metaxilema Caule – estabelecimento do crescimento secundário Feloderme Felogênio Súber epiderme Caule de Johanesia princeps Sambucus sp. (Caprifoliaceae) - Sabugueiro Estrutura Secundária Jovem Xilema secundário Estrutura Secundária madura O lenho e a casca Lenho = xilema 2ário Casca = todos os tecidos externos ao câmbio (raios floemáticos + periderme) Cerne X Alburno Cerne = xilema 2ário inativo, mais interno Alburno = xilema 2ário ativo, mais externo Crescimento em anel Tilia americana Caule com 24 anéis anuais Floresta temperada Floresta tropical RAIZ Phaseolus vulgaris Seta = câmbio Seta = câmbio Seta = raios vasculares câmbio Xilema secundário Floema secundário Raiz Johanesia princeps CARACTERÍSTICAS DO CRESCIMENTO EM ESPESSURA • Formação de raios contendo células de parênquima de reserva – estes raios são contínuos no xilema e floema. • Produção de grande quantidade de tecido xilemático: funções de transporte de água, sais e também sustentação. • Muitos tecidos presentes na estrutura primária permanecem em pequena quantidade na estrutura secundária, dependendo da espécie. •Monocotiledôneas: ausência de restos de procâmbio; pode haver espessamento do caule por atividade do periciclo – formação de parênquima ou de feixes vasculares adicionais – e formação de periderme. Docente: Juliana Villela Paulino Disciplina: Farmacobotânica DPNA – Faculdade de Farmácia – UFRJ e-mail: jvillelapaulino@yahoo.com.br Drosera capensis * São células, tecidos ou estruturas que produzem, armazenam e/ou liberam metabólitos especiais. Os compostos químicos secretados pelos tecidos secretores possuem atividade biológica diversa, possivelmente como resultado de co-adaptação de plantas e patógenos, herbívoros, polinizadores e outros organismos. Para as CF Produtos naturais * Tricoma: Stryphnodendron adstringens Idioblasto: Stryphnodendron adstringens Barbatimão é um fitoterápico indicado para inflamações em geral e cicatrização. Ele é indicado para tratar as inflamações de útero, ovário, reumatismo, depurativo do sangue, limpa o canal da urina, cicatriza feridas em geral e é indicado para gastrite O barbatimão ajuda a cicatrizar feridas no útero e também é indicado para ajudar a tratar inflamação da próstata. http://www.natuforce.com.br/ Os taninos são adstringentes e hemostáticos e, portanto, suas aplicações terapêuticas estão relacionadas com essas propriedades. Características da célula secretora •Núcleo evidente e central •Citoplasma denso •numerosas vesículas •muitas mitocôndrias •numerosos vacúolos •dictiossomos •RE proliferado •amiloplastos •Paredes finas com muitos plasmodesmos (aumento de superfície) PAREDE PRIMÁRIA DELGADA, PLASMODESMOS, CITOPLASMA COM ASPECTO DENSO, VACÚOLO PEQUENO, NÚCLEO GRANDE Holócrina (resultado de desintegração celular) * Merócrina (sem desintegração celular) X I. suffruticosa formação de vesículas - invaginação da plasmalema com/sem fusão com a membrana da vesícula sem formação de vesículas Secreção Merócrina *Para onde vai a secreção? *Para fora da planta *Para os espaços intercelulares *Entre a parede celular e a cutícula *Permanece na célula (citoplasma ou vacúolo) *Para fora da planta *Para os espaços intercelulares *Entre a parede celular e a cutícula *Permanece na célula (citoplasma ou vacúolo) *Para fora da planta *Para os espaços intercelulares *Entre a parede celular e a cutícula *Permanece na célula (citoplasma ou vacúolo) **Para fora da planta *Para os espaços intercelulares *Entre a parede celular e a cutícula *Permanece na célula (citoplasma ou vacúolo) *Para fora da planta *Para os espaços intercelulares *Entre a parede celular e a cutícula *Permanece na célula (citoplasma ou vacúolo) Unicelulares Estruturas secretoras: Multicelulares Idioblasto Tricomas Hidatódio Glândulas de sal Cavidades Canais Laticíferos Interna Externa Estruturas secretoras internas: * O que são idioblastos secretores? Indigofera sabulicola (Moraes et al., 2006) Tilia sp. Carpelo de Swartzia dipetala Mill. * Estruturas secretoras internas: Profundos Alongados x isodiamétricos Pinus, Eucalyptus x Citrus, Mangifera Células epiteliais delimitam um lúmen e são responsáveis pela síntese e secreção de substâncias O que são cavidades e dutos secretores? Laranja-amarga * Desenvolvimento da cavidade secretora Copaifera trapezifolia Copaifera trapezifolia * * Estruturas secretoras internas: O que são laticíferos? Células individualizadas ou agrupadas (formando vasos). Ocorrem por toda a planta, geralmente próximos ao floema. Secreção: látex - suspensão de partículas (óleos, resinas, ceras e borracha) num líquido contendo açúcares, ácidos orgânicos, enzimas, alcalóides. Descritos em 12500 espécies, 900 gêneros, 20 famílias Coloração: branco leitoso, castanho- amarelado, laranja ou transparente. O que são laticíferos? Estruturas secretoras externas: * O que são tricomas secretores? • Superficiais • Anatomia: pedúnculo e cabeça secretora Desenvolvimento dos tricomas secretores Glândulas Das Plantas Carnívoras Captura da presa, secreção de enzimas digestivas e absorção dos produtos da digestão. Ocorrem em 400 espécies e cerca de 6 famílias Formada por tricomas que secretam mucilagem e enzimas digestivas Ambiente: habitats com altas umidade e acidez e baixos níveis de Nitrogênio e outros nutrientes. Drosera Drosera * * •Áreas restritas •Ocorre em partes do perianto •Secreção modificada: óleos voláteis Bulbophyllum sp. – Orchidaceae (Teixeira et al. 2004) Exostyles sp. – Leguminosae (Vidal & Teixeira, 2004) Estruturas secretoras externas: *