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Aeronaves Tiago Giglio Conceitos e Anatomia 2 JETWIND www.jetwind.com.br Módulo 1 – Conceitos Básicos 1.1 Aerodinâmica Definições: 1. palavra complexa originada do grego “ar” (αηρ) e “energia” (δθναμισ). (N.F. Krasnov) 2. ciência, parte da Mecânica, que estuda o ar em movimento; estabelece, em suas bases, leis especiais de interação entre escoamento de ar e corpos sólidos. 4 Nós, dinossauros, manjamos Aerodinâmica! 1.1.1 Aerodinâmica e Projeto de Aeronaves A ferramenta básica para o projeto de aeronaves é a Aerodinâmica que baseia-se em conceitos como: Sustentação; Arrasto; Pressão, temperatura, densidade e viscosidade do ar; Número de Reynolds; Número de Mach; Camada Limite. 5 6 fonte: www.ctie.monash.edu.au/hargrave/cayley.html 1.2 Grandezas e Unidades Grandezas escalares: número + unidade (ex.: massa, tempo, volume) vetoriais: módulo, direção e sentido + unidade (ex.: força, velocidade, aceleração) O Sistemas Internacional de Unidades (SI) convencionou 7 grandezas de base: ❶ comprimento, ❷ massa, ❸ tempo, ❹ corrente elétrica, ❺ temperatura termodinâmica, ❻ quantidade de matéria e ❼ intensidade luminosa. Unidades de base: convenciondas pelo SI derivadas: originadas a partir das fundamentais 7 8 V V V V Vetor Velocidade Unidades comuns em Engenharia Aeronáutica e Aviação são: Velocidade ’ nó [kt], pé/segundo [ft/s], pé/minuto [fpm] 1 kt = 1,852 km/h │ 1 ft/s = 1,09728 km/h Comprimento ’ milha náutica [nm] 1 nm = 1852 m ’ pé [ft] 1 ft = 0,3048 m Massa ’ libra [lb] 1 lb = 0,453592 kg ’ slug 1 slug = 14,693903 kg Volume ’ galão americano [gl] 1 gl (US) = 3,785412 L Pressão ’ atmosfera [atm] ’ milibar [mb] 1 atm = 1013,25 mb ’ milímetro de Mercúrio [mmHg] 1 atm = 760 mmHg ’ psi 1 atm = 14,6959 psi 9 1.2.1 Grandezas e Unidades em Engenharia Aeronáutica e Aviação Pressão Pressão [Pa] ou [N/m2] é componente normal da força F [N] por unidade de área A [m2] definida por: A F =P fonte: www.nicolas.fr fonte: precisionneedles.com 10 Pressão absoluta (vácuo perfeito, “P = 0 Pa”) Pressão manométrica (relativa à pressão local de um sistema) Pressão barométrica [atm] (relativa à atmosfera) Pressão estática Ps [Pa] (ar em repouso) Pressão dinâmica q [Pa] (escoamento com V ≠ 0) ’ tal que: ρ = densidade do ar (1,225 kg/m3 a 15oC, no nível do mar) V = velocidade do corpo em relação ao ar 2ρV 2 1 =q 11 Líquidos e Gases ’ Pressão = colisões entre moléculas [Pa] Temperatura Temperatura [K] é a referência da energia interna de um sistema, ou seja, medida do estado térmico ou estado de agitação das moléculas de um corpo. Densidade Densidade ou massa específica ρ [kg/m3] é definida como a quantidade de massa m encontrada no interior de um volume unitário v. v m =ρ 12 13 “Microtreliça” de níquel cujo volume é 99,99 % ar; ρ = 0,9 mg/cm3 fo nt e: w w w .c ne t. co m /n ew s/ br ea kt hr ou gh -m at er ia l-i s- ba re ly -m or e- th an -a ir/ Aerogel; ρ = 20 mg/cm3 fonte: NASA Viscosidade A viscosidade [Pa.s] ou [N.s/m2] é a medida da resistência ao cisalhamento de um fluido. tal que: τ = tensão de cisalhamento [N] μ = viscosidade dinâmica ou absoluta [N.s/m2] ΔV = gradiente de velocidade do fluido [m/s] Δy = distância entre A e B [m] T = temperatura [K] Com o aumento da temperatura, a viscosidade dos gases aumenta enquanto a dos líquidos diminui. V y A B F V = 0 yΔ VΔ μ=τ 14 (Eq. de Sutherland) 1.2.1.1 Número de Mach 15 Ernst Mach 1.3 Atmosfera Padrão – ISA A Atmosfera Padrão ou ISA (International Standard Atmosphere) é um modelo matemático da atmosfera terrestre publicado em 1962 pela ICAO (International Civilian Aviation Organization). Em 1976 foi publicado um o US Standard Atmosphere atualizado pelo COESA (United States Committee on Extension to the Standard Atmosphere) e instituições americanas associadas que baseados em dados de satélites, foguetes e teoria dos gases perfeitos representaram a densidade e temperatura atmosféricas do nível do mar até 1000 km (3.280.840 ft). 16 fonte: http://history.nasa.gov/NP-119/p71.htm 17 a 80.000 m Vsom = 274 m/s 18 a 0 m Vsom = 340 m/s 19 Scaled Composites SpaceShipOne Lançada do Scaled Composites WhiteKnightOne, a SpaceShipOne bateu o recorde altitude do X-15 atingindo 367.422 ft (111.990 m) de altitude em 04/10/2004. fonte: http://w w w .virgingalactic.com /m ultim edia/album /w hiteknightone-and-spaceshipone/ 1.4 Sistema Anemométrico 20 fonte: http://flighttraining.aopa.org/images/ft_magazine/article_art/0304pitotstaticbig.jpg Ptotal = Ps + q O sistema anemométrico tem a função de prover informações elementares para o controle da aeronave em voo. Compreende basicamente tubo(s) de Pitot e tomada(s) de pressão estática cujas medições são enviadas ao velocímetro, climb, altímetro e ADC(s) (Air Data Computer). Os cálculos realizados pelo sistema anemométrico baseiam-se na equação: Pitot 21 Mikoyan-Gurevich MiG-23 SDZ 50 Puchacz Bombardier Global 6000 PITOT PITOT PITOT PITOT Cessna 172 22 ADIRU – Air Data Inertial Reference Unit SAARU – Secondary Attitude Air Data Reference Unit ASI – Air Speed Indicator PFD – Primary Flight Displays ADM – Air Data Module ALT – Altimeter AIMS – Airplane Information Management System fo nt e: w w w .b oe in g. co m /c om m er ci al /a er om ag az in e/ ae ro _0 8/ er ro ne ou s_ st or y. ht m l# sp ec ifi c Arquitetura de um Sistema Anemométrico atual (após 1994) adotado pela Boeing ARINC 429 LINHA PNEUMÁTICA LINHA PNEUMÁTICA FIOS LINHA PNEUMÁTICA 23 Airbus A350 ICE DETECTOR 1 SSA 1 SSA 2 SSA 3 ICE DETECTOR 2 OAT 2 OAT 1 AoA SBP SBSP L SBSP L MFP 1 MFP 2 MFP 3 ISP 1,2 E 3 R ISP 1,2 3 3 L AoA – Angle of Attack ISP – Integrated Static Port MFP – Multifunction Probe OAT – Outside Air Temperature SSA – Side Slip Angle SBP – Standby Pitot SBSP – Standby Static Port 1.5 Escoamento Em Aerodinâmica, escoamento é o ar em movimento e pode ser: bidimensional: descrito por um sistema de 2 coordenadas em um plano para simplificação de determinadas análises como, por exemplo, escoamento em dutos; tridimensional: descrito por um sistema de 3 coordenadas no espaço; 24 Pratt & Whitney F135 laminar; turbulento; compressível: escoamento com densidade ρ variável; incompressível: escoamento densidade ρ constante. 25 1.6 Condição do Escoamento – Número de Reynolds Após experimentos com água e tinta em tubos, Osborne Reynolds estabeleceu em 1833 uma relação entre forças de inércia e viscosas que atuam sobre um escoamento incompressível, o Número de Reynolds Re dado por: onde: V = velocidade do escoamento livre; l = comprimento característico; ρ = densidade do fluido; µ = viscosidade dinâmica. μ ρVl =Re 26 A partir de Re, defini-se os tipos de escoamento: laminar: as camadas defluido “escorregam” umas sobre as outras, a troca de massa entre camadas adjacentes é muito pequena; turbulento: as partículas de fluido se movimentam desordenadamente em todas as direções. fo nt e: w w w .g oo gl e. co m 27 Em dutos, tem-se: Re < 2300 ’ escoamento laminar; Re > 2300 ’ escoamento turbulento. Em aerofólios, tem-se: 2x106 < Re < 3x107 ’ escoamento laminar; Re > 5x107 ’ escoamento turbulento. 28 Wortmann FX 35-135 Wortmann FX 35-135 1.7 Ciência e Aviação – Breve Histórico O estudo das ciências exatas, principalmente a Aerodinâmica, contribuiu para a solução de problemas elementares da Aviação em seus primórdios como: Voo no “mais pesado que o ar” Controle do voo Dispositivos de ensaios 29 1.7.1 O Voo no “Mais Pesado que o Ar” Otto Von Lilienthal voou pela primeira vez em 1891 em seu planador Derwitzer. Tecnicamente, este é o marco do voo em um aparelho “mais pesado que o ar”. Planador Derwitzer Peso: 18 kg Envergadura: 7 m Área de Asa: 8 m2 fonte: www.lilienthal-museum.de 30 fo nt e: w w w .j2 m cl -p la ne ur s. ne t/ db j2 m cl /p la ne ur s- m ac hi ne s/ pl an eu r- fic he _0 in t. ph p? co de =2 56 3 Vaiss Currinthiah! 1.7.2 Controle do Voo FRD FRE HÉLICE LEME fonte: Figaro Illustré – no. 144 01/03/1902 ESCOAMENTO Com seu Dirigível No 6, em 1901 Alberto Santos Dumont decolou, contornou a Torre Eiffel e retornou ao ponto de partida. 31 fonte: w w w .google.com Em 1868 Matthew Piers Watt Boulton patenteou o aileron, dispositivo de controle lateral das aeronaves. O 14-bis de Santos Dumont foi uma das primeiras aeronaves a voar com ailerons (1906). 32 Na busca por um dispositivo mais sofisticado Alexandre Gustav Eiffel criou seu primeiro túnel de vento em 1909. Túnel de circuito aberto tipo Eiffel fonte: www.westernberg-engineering.de Escoamento Laminar 33 1.7.3 Dispositivos de Ensaio Túnel de vento do Centro de Pesquisa AMES da NASA fonte: NASA 34 Paulham-Tatin Aero Torpille no 1, uma das aeronaves testadas no túnel de vento de Eiffel por volta de 1911. Motor: Gnome de 7 cilindros / 50 hp Velocidade Máx: 141 km/h 35 1.7.4 Ensaios em Túnel de Vento Certos fenômenos aerodinâmicos são observados e estudados em túnel de vento. Para ensaios de modelo de aeronaves em escala reduzida aplica-se o princípio da Similitude Dinâmica. Segundo este princípio, experimentos envolvendo forças de inércia e viscosas são similares se, e somente se, Re forem iguais, Reprotótipo = Remodelo. Na a impossibilidade de se variar “l”, a solução é variar a densidade e viscosidade da seção de ensaios do túnel. m mmm p ppp μ lVρ = μ lVρ 36 37 Lockheed C-121C Super Constellation Viu o Reynolds? 38 1.8 Evolução do Peso e Velocidade das Aeronaves 39 Tarrant Tabor Peso: 20263 kg 40 41 Macchi MC.72 Velocidade: 709 km/h (383 kt) 1.8.1 Implicação da Velocidade e Peso no Projeto de Aeronaves Uma aeronave em repouso no solo está sob a ação da força da gravidade ou 1 “g”, enquanto que em voo pode ser observado o efeito de múltiplos “g”. Os limites estruturais de uma aeronave são definidos pela velocidade e o Fator de Carga n, a partir dos quais obtém-se e o Diagrama V-n; n (+) ou n (-) adimensional, é dado por: onde: L = Sustentação [N] W = m.g [N] ’ g = 9,81 m/s2 Em geral, n (-) ≤ 0,4.n (+). W L =n 42 43 Sukhoi Su -31M L = 143 kN W = 10,78 kN Diagrama V-n Caso N130HP, aeronave C130A fabricada em 1957 44 VNE n (+) = 7,5 n (-) = 7,5.0,4 = - 3,0 Módulo 2 – Tópicos de Aerodinâmica 2.1 Forças Aerodinâmicas O princípio do voo pode ser explicado pela 3ª Lei de Newton, (ação e reação) que rege as forças surgidas da interação entre corpo sólido e fluido ou forças aerodinâmicas que são: Sustentação L (Lift) [N]: força responsável por manter a aeronave no ar resultante da interação da asa com o escoamento; Arrasto D (Drag) [N]: força de resistência ao movimento da aeronave no ar; Lockheed C-130T Hercules Decolagem Assistida por Foguetes (RATO). fonte: www.richard-seaman.com/Wallpaper/Aircraft/Displays/UsTeams/FatAlbertRato.jpg 46 Outras forças que atuam durante o voo são: Peso W (Weight) [N]: inerente à massa e à gravidade (P = mg); Tração e ou Empuxo T (Thrust) [N]: força gerada pelo(s) motor(es) oposta ao arrasto (exceções: planadores, asas-delta, paragliders). Gossamer Condor – 31,8 kg Mikoyan Gurevich MiG-31 – 15500 kgf de empuxo/motor (razão de subida de 208 m/s) fo nt e: w w w .g oo gl e. co m fonte: www.google.com 47 TRAÇÃO PESO SUSTENTAÇÃO ARRASTO Santos Dumont Demoiselle 48 Schumpp-Hirth Ventus 2 fo nt e: w w w .d us -s po tt er .d e/ in de x. ph p/ Th re ad /1 31 7- 2- Ta ge -F lu gp la tz -G re fra th / PESO SUSTENTAÇÃO ARRASTO 49 2.2 Aerofólio e Perfil Aerofólio é toda superfície capaz de gerar força de sustentação ao interagir com o escoamento. A asa, as superfícies de controle, os estabilizadores horizontal e vertical, e em alguns casos a fuselagem de uma aeronave são tipos de aerofólios. Perfil é secção transversal de um aerofólio cortado por um plano vertical paralelo ao escoamento livre. 50 Superfícies que podem atuar como aerofólios BORDO DE ATAQUE BORDO DE FUGA EXTRADORSO INTRADORSO Douglas DC-3 51 PERFIL 2.3 Geometria do Perfil fonte: Aerodynamic of the Airplane – Hermann Schlichiting and Erich Truckenbrodt c = corda t = espessura h = máximo arqueamento xt = posição da máxima espessura xh = posição do máximo arqueamento rN = raio do bordo de ataque 2τ = ângulo do bordo de fuga zu = superfície superior zi = superfície inferior 52 2.3.1 Espessura do Perfil x Velocidade fonte: NASA Vmáx = 440 km/h Vmáx = 985 km/h Vmáx = 2124 km/h 53 fonte: www.google.com Lockheed F-104 Starfighter A espessura de sua asa nas raízes é 10,7 cm e nas pontas de 2,5 cm. Junkers G38 A espessura de sua asa nas raízes de quase 2 m permitiam a acomodação de passageiros e carga! O G38 atingia Vmáx = 225 km/h fo nt e: w w w .g oo gl e. co m 54 fonte: http://newscenter.sdsu.edu/engineering/news-2013_sdsu-doctoral-student-explores.aspx O Arrasto Total D, desprezando-se os efeitos de compressibilidade do ar, é a somatória de 2 componentes: Arrasto Induzido Di ou Arrasto de Vórtice: inerente à sustentação, é função do AoA e da atuação de superfícies de controle (trim drag); 55 2.4 Arrasto fo nt e: w w w .g oo gl e. co m fonte: w w w .google.com 56 Arrasto Parasita Do : somatória das componentes de arrasto que não geram sustentação (arrasto de interferência asa- fuselagem, de perfil, de fricção, de pressão e de onda). Do é também denominado arrasto de sustentação zero (zero lift drag), ou seja, arrasto para CL = 0. antenas radome Lockheed U-2D 57 2.4.1 Arrasto Parasita Arrasto Parasita Arrasto de Perfil Arrasto de Pressão Arrasto de Base Arrasto de Motor Arrasto de Resfriamento Arrasto de Fricção Arrasto de OndaArrasto de Interferência 58 O Arrasto Parasita é gerado por diversas fontes e pode ser subdividido em: Melmoth 2 Abaixo, é apresenta uma tabela de referência de CDo. 59 Tipo de Aeronave CDo Bimotor à pistão 0,022 – 0,028 Turbohélice de grande porte 0,018 – 0,024 Pequena aeronave com trem retrátil 0,02 – 0,03 Pequena aeronave com trem fixo 0,025 – 0,04 Aeronave agrícola com sistema de spray 0,07 – 0,08 Aeronave agrícola sem sistema de spray 0,06 – 0,065 Jato subsônico 0,014 – 0,02 Jato supersônico 0,02 – 0,04 Planador 0,012 – 0,015 fo nt e: w w w .a le xa nd er -s ch le ic he r. de ASW-22 CDo = 0,016 Boeing 747-8 CDo = 0,018 – 0,023 60 2.4.1.1 Arrasto de Pressão e Fricção A distribuição da pressão estática sobre um corpo depende de sua forma que pode implicar em descolamento indesejado da Camada Limite (ΔP). 61 fonte: www.google.com Myasishchev VM-T Boeing E-3 Sentry fonte: www.polska-kaliningrad.ru VAIH CUЯINTHIEV 2.4.1.2 Arrasto de Onda e Jatos Executivos 62 63 0,8 < M < 1,2 ’ Regime Transônico 2.5 Camada Limite Conceito criado por Ludwig Prandtl em 1904 define Camada Limite como uma fina lâmina de fluido imediatamente adjacente à superfície de um corpo sólido imerso em um escoamento. fonte: www.google.com 2.5.1 Camada Limite Laminar e Turbulenta A Camada Limite pode transicionar de laminar para turbulenta e até se “descolar” da superfície do corpo, implicando em prejuízos aerodinâmicos (ex.: arrasto, perda de sustentação e controle). 2 mm Transição da Camada Limite sobre uma placa plana. 28 mm 100 m/s 2 m Transição da camada limite sobre um aerofólio. fonte: www.google.com 66 α Camada Limite Turbulenta Camada Limite Turbulenta 2.5.1 Separação da Camada Limite Devido ao expressivo aumento de pressão no sentido do escoamento, parte das partículas de fluido tem sua direção de movimento invertida dentro da Camada Limite o que resultará em sua separação ou “descolamento” após o que são geradas esteiras de turbulência. Esteira Ponto de “descolamento” 67 fonte: www.google.com 2.6 Curva CL x α Uma forma conveniente de se descrever as características aerodinâmicas de um aerofólio ou de uma aeronave é a plotagem da denominada Curva de Sustentação ou CL x α. Nesta curva, CL aumenta linearmente com α até atingir seu valor máximo, ou CLmáx, a partir do qual ocorre a perda de sustentação ou estol para um dado ângulo de ataque αestol. Após o estol, CL decresce tendendo a se nivelar em valores menores, para valores maiores de α. 68 69 2.7 Estol O aumento de α implica em aumento de CL até o ponto de inflexão CLmáx da curva CL x α a partir do qual tem-se a perda de sustentação ou estol. Fisicamente, o estol é o descolamento da Camada Limite. A velocidade de estol Vestol pode ser um requisito fundamental para o projeto de uma aeronave, particularmente quando projetada para operação em pistas curtas ou emprego em instrução. 70 Vestol [m/s] é dada por: onde: ρ∞ = densidade do ar [kg/m3]; S = área da asa [m2]; W = peso da aeronave [N]. Vestol é função: altitude (ar rarefeito); Carga Alar (W/S); CLmáx. Lmáx∞ estol C 1 . S W . ρ 2 =V 71 Zenair STOL CH 801, Vestol = 56 km/h Northrop F-5E, Vestol = 230 km/h 72 73 NASA C-8 QSRA Vestol = 92,6 km/h (50kt) 2.8 Teoria da Sustentação: Newton e Bernoulli 74 “The original Bernoulli theory was also unable to account for the fact that aircraft are perfectly capable of generating lift from wings with symmetrical cross sections. Whereas the Newtonian air deflection argument relating to angle of attack (...) can. The Newtonian theory of lift also enables us to understand why aircraft are able to fly upside down!” 75 Esse aviãozinho empurra ar pra baixo? Truco! Tupolev Tu-95M, envergadura = 51,10 m e MTOW = 185000 kg. 76 E aí falastrão? 6!!! Módulo 3 – Anatomia das Aeronaves Convencionais 3.1 Partes Básicas de uma Aeronave Convencional 1. Hélice 2. Trem de pouso 3. Montante 4. Asa 5. Aileron direito 6. Flap direito 7. Fuselagem 8. Estabilizador Horizontal 9. Deriva 10. Leme 11. Profundor 12. Flap esquerdo 13. Aileron esquerdo 14. Porta 15. Assento 16. Para-brisas 17. Carenagem do motor 18. Spinner 19. Carenagem da roda 20. Luz de pouso 21. Luz de ponta de asa fonte: FAA APA-158-91 The Main Parts of an Airplane 78 3.2 Asa Superfície responsável por gerar a força de sustentação principal da aeronave. Para estudos de Aerodinâmica, a asa pode ser: bidimensional (2D): envergadura “infinita”; tridimensional (3D): envergadura finita. ASA 2D ASA 3D 79 3.3 Geometria da Asa Geometricamente, a asa é definida por: perfil envergadura Relação de Aspecto Enflechamento Diedro Área de Asa Afilamento 80 3.3.1 Área de Asa Área de Asa S é a área de sua projeção em planta, prolongada no interior da fuselagem. Define-se ainda Área Molhada Swet(w) como a área em contato com o escoamento dada por: Swet(w) = Sexp.[1,977+0,52(t/c)] ’ t/c > 0,05 onde: Sexp = S – Sprolongamento na fuselagem 81 Sexp 3.3.2 Envergadura e Relação de Aspecto envergadura (b): distância entre as pontas da asa; Relação de Aspecto (RA) ou Alongamento, é dada por: ou tal que: b = envergadura [m] S = área da asa [m2] = corda média geométrica [m] S b =RA 2 c b =RA 82 c b S =c Antonov An-225 Mrya b b b = 88,4 m S = 905 m2 RA = 8,6 83 Schleicher ASH 30 Mi b = 26,5 m S = 17,1 m2 84 RA.e.π C =C 2 L Di 3.3.2.1 Coeficiente de Arrasto Induzido e RA 85 3.3.3 Pontas de Asa fonte: www.google.com 86 3.3.3.1 Vórtices de Ponta de Asa Os vórtices resultam da diferença de pressão do escoamento sobre a asa (alta pressão do intradorso “+” baixa pressão do extradorso). Vórtices das pontas da asa são a componente CDi de CD (ver 4.3). 87 3.3.3.2 End Plates e Winglets As primeiras pesquisas de “superfícies verticais nas pontas da asa” datam do final de 1800 realizadas pelo aerodinamicista britânico Frederick W. Lanchester. Uma asa com end plates apresenta comportamento similar a uma asa 2D, consequentemente com Coeficiente de Sustentação maior e CDi menor. 88 Airbus A380 Os end plates do A380 têm 2,4o m de altura, os maiores já construídos. fonte: w w w .google.com Os winglets precisam ser posicionados nas pontas da asa com um mínimo AoA em relação ao escoamento para que possam gerar sustentação. Ao gerarem sustentação, os winglets aumentam a região de baixa pressão em seu extradorso e melhoram a distribuição de sustentação, isto é, aproximando-a da distribuição de uma asa elíptica, efeito do aumento de RA. 89 90 + + + + + - - - - - - - O emprego de winglets e end plates implica no aumento de Arrasto de Fricção e de Interferência e pode facilmente aumentar o Arrasto Total D. São aerodinamicamente viáveis quando a redução de CDi é maior que a somatória dos Arrastos de Fricção e Interferência. 91 Boeing P-8A Poseidon com haked wingtips que aumentam a envergadura em 3,96 m (1,98 m x 2) . fonte:www.freerepublic.com/focus/news/2852874/posts fonte: www.boeing.com 92 Raked Wingtips “melhoram” CD e CL (vantagem sobre winglet) mais eficiente estruturalmente que winglets 3.3.4 Enflechamento Enflechamento é o ângulo ʌ, no plano horizontal, entre o eixo perpendicular ao escoamento livre e a linha que une os pontos das seções da asa situados a uma distância do bordo de ataque igual a 25% da corda. 93 94 Learjet 75 Mach 0.81 Falcon 7X Mach 0.81 Falcon 8X Mach 0.90 95 English Electric Lightning Asas com enflechamento de 30o projetadas para voos a Mach 2. fonte: www.flightglobal.com/blogs/aircraft-pictures/2008/10/thunder-city-lightning/ 3.3.5 Diedro O diedro Γ é o ângulo formado entre o plano das semi-asas e o plano horizontal; observa-se Γ iguais na vista frontal da aeronave. Se as pontas da asa estão acima de sua raiz Γ é positivo; se estão abaixo, Γ é negativo (ver 3.3.5.1); em algumas aeronaves Γ = 0. Γ está relacionado à estabilidade latero-direcional da aeronave e à sua manobrabilidade. 96 Г Г Airbus A380 – Diedro (+). 97 3.3.5.1 Anedro O anedro (Γ < 0) diminui a tendência à estabilidade lateral e, portanto, aumenta a capacidade de manobra. Caças e aeronaves de grande porte, geralmente de transporte militar com asa alta, apresentam anedro. Antonov An-124 fonte: w w w .google.com 98 Г Г McDonnel Douglas AV8B – Harrier II – Anedro Г = - 12o. 99 Vought F4U Corsair fonte: http://walls4joy.com/walls/aircrafts-planes/vought-f4u-corsair-aircraft-military-planes-326582-3504x2336.jpg E agora...diedro ou anedro??? 100 3.3.6 Afilamento O Afilamento λ é a razão entre a corda na extremidade da asa pela corda em sua raiz: onde: cE = corda na extremidade da asa cR = corda na raiz da asa R E c c =λ 101 Piper PA-38 Tomahawk Asa retangular (Hershey’s bar wing). λ = 1 cR cE Shorts Tucano 102 3.3.7 Carga Alar e Área da Asa A Carga Alar W/S [N/m2] é a relação peso/área da asa. Em função de W/S calcula-se Vestol, razão de subida, distâncias de pouso e decolagem e desempenho em curva; quanto menor W/S menor Vestol. 103 Mikoyan Gurevich MiG – 23MF Mosca S1 = 37,35 m2 S2 = 34,16 m2 MTOW = 18030 kg 104 Dmitriev X-14 3,5 4,74.103 Quanto maior a Carga Alar, maior a Vestol!!! 105 Lmáx∞ estol C 1 . S W . ρ 2 =V T-27 Tucano F-5M Asa Reta – Pilatus PC6 Asa Enflechada – MiG 17 Asa Elíptica – Spitfire Mk PR Asa Delta – Mirage 2000 Asa de Geometria Variável – Sukhoi Su-24 106 3.3.8 Forma em Planta da Asa Asa Afilada – Citation II 3.3.8.1 Forma em Planta da Asa e Distribuição da Sustentação A distribuição de sustentação ao longo da envergadura é função da forma em planta da asa; em projetos, busca-se obter distribuição de sustentação próxima a de uma asa elíptica. fonte: Principles pf Flight for Pilots, Swatton, Peter J. 107 Boeing F/A-18C Ar condensado sobre a asa mostrando a distribuição de sustentação. 108 3.3.8.2 Forma em Planta da Asa e Progressão do Estol 109 3.3.9 Posicionamento da Asa em Relação à Fuselagem A posição vertical da asa em relação à fuselagem implicará em características da aeronave como: estabilidade latero-direcional; aerodinâmica; estrutura. As configurações atuais são: asa baixa, média ou alta. Devido aos novos materiais e recursos computacionais, projetos de biplanos e triplanos, da era strut and wire de 1900, são bastante raros. 110 Asa baixa – Honda Jet Asa alta – Ilyushin Il-76 Asa média – Piaggio Avanti P180 111 fonte: www.google.com Asa Parassol – Elbit Hermes 450 Certa vez, perguntaram ao Barão Vermelho: - sua “máquina” é asa baixa, média ou alta??? Putzfhudeuh! Fokker DR.1 (réplica) 112 Quando perturbadas por uma rajada de vento, por exemplo, as aeronaves de asa alta apresentam Momento de Rolagem Estabilizante (+) e as de asa baixa Momento de Rolagem Desestabilizante (-); em aeronaves de asa média o Momento = 0. 113 fonte: Aircraft Stability and Automatic Control 3.3.9.1 Estabilidade Látero-Direcional 3.3.9.2 Posicionamento da Asa em Relação à Fuselagem – Outras Considerações Em projetos de aeronaves, dentre os aspectos considerados para o posicionamento vertical da asa estão: distância entre motores e solo; layout para cumprimento de missão; projeto de trem de pouso. 114 3.4 Fuselagens Especiais Algumas fuselagens são projetadas especificamente para transportar cargas volumosas, gerar sustentação ou garantir “invisibilidade”; fuselagens existentes podem ser modificadas para o cumprimento de missões especiais. De Havilland DH-106 Comet C4 AEW fonte: http://1951club.files.wordpress.com/2011/01/comet-g-alyp.jpg Martin Marietta X-24A Conceito “lifting body”. 115 Airbus A300-600ST Beluga A fuselagem dos Beluga foi projetada para o transporte de cargas volumosas de até 47 t; suas dimensões são: diâmetro 7,31 m, largura máxima de 3,70 m e comprimento de 37,7 m. fonte: www.flickr.com 116 Lockheed SR-71 Blackbird A fuselagem frontal do SR-71 continha chines que contribuíam para a sustentação em altos AoA Os painéis da fuselagem se alinhavam apenas em voo e os bordos de ataque atingiam 300º C. fonte: www.walpapervortex.com 117 Lockheed F-117 Nighthawk A fuselagem do F-117 foi projetada para atender ao conceito Stealth demandando em um sistema de controle fly by wire robusto; a “finesse” aerodinâmica foi relegada ao segundo plano. fonte: www.google.com 118 Módulo 4 – Motores Aeronáuticos 4.1 Tipos de Motores Aeronáuticos Um dos aspectos determinantes do desempenho de uma aeronave é seu sistema de propulsão. A especificação de um motor deve considerar o ambiente operacional (oxigênio, densidade do ar, temperatura e pressão). Os motores aeroespaciais são classificados em: Motores Aeroespaciais Dependentes da Admissão de Ar Pistão Reação Scramjet Ramjet Pulsojeto Turbina à Gás Turboramjet Turbofoguete Independentes da Admissão de Ar Motor Foguete 120 fonte: http://www.lycoming.com/Lycoming/PRODUCTS/Engines/Certified/235Series.aspx Lycoming 235 Series – 115 hp. fonte: w w w .google.com Cessna 152 Aerobat 4.1.1 Motor à Pistão 121 4.1.2 Turbohélice 122 ht tp :// w w w .a vi at io ne xp lo re r. co m /A irc ra ft _E ng in es .h tm l Bombardier Q300 Motor turbo-hélice Pratt Whitney PW 123, 2380 shp. fonte: http://www.aircraftit.com/MRO/eJournals/eJournal/Aircraft-IT-MRO-MarchApril-2014/Reviews/Early-Adaptors-S1000D.aspx Rolls Royce Trent 900 – 77.000 lbf bypass 8,5:1 Airbus A-380 4.1.3 Turbofan 123 124 fonte: http://aviationweek.com/bca/ge-honda-hf120-h1a-turbofans GE-Honda HF120 – 2.095 lbf bypass 2,9:1 125 fo nt e: w w w .4 56 fis .o rg /W H A T' S_ A _S CR A M _J ET .h tm DARPA X-51 WaveRider Demonstrador de tecnologia com motor scramjet que voou a Mach 5 em 2010. 4.1.4 Scramjet 126 fo nt e: w w w .g oo gl e. co m fonte: www.habu.org/sr-71b/index.html Motor Turboramjato Pratt &Whitney J58 Empregado no Lockheed SR-71 Blackbird. Consumo: 8000 gal/h 4.1.5 Turboramjet 4.2 Propulsão e Desempenho de Aeronaves A propulsão (ex.: tipo, número de motores,T/W) e as características aerodinâmicas) de uma aeronave determinam seu desempenho. Em alguns casos, aeronaves existentes são remotorizadas para aumento de desempenho como, por exemplo: Piper Matrix e Medirian; O mesmo grupo motopropulsor pode resultar em desempenhos diferentes quando instalado em aeronaves com características estruturais e aerodinâmicas distintas como no caso: Lancair Evolution e DeHavilland Turbo Otter. 127 fonte: http://journey.beechcraft.com/types-of-business-aircraft/ Velocidade Alcance Altitude 128 129 fo nt e: w w w .p ip er .c om fo nt e: w w w .p ip er .c om Envergadura: 43 ft (31,1 m) Comprimento: 29,6 ft (9,0 m) Altura: 11,3 ft (3,40 m) Volume da Cabine: 201 ft3 (5,7 m3) Piper Meridian Motor P & W PT-6A-42A 500 shp Piper Matrix Motor Lycoming TIO-540 AE2A 350 hp 130 fonte: www.piper.com Lancair Evolution PT6A-135 750 hp Vmáx: 256 kt Vestol: 76 kt Teto: 28000 ft Alcance: 1300 nm MTOW: 4550 lb Carga Paga: 800 lb Razão de Subida: 4000 fpm Dist. Decolagem: 1200 ft Dist. Pouso: 1200 ft DeHavilland DHC-3 Turbo Otter PT6A-135 750 hp Vmáx: 129 kt Vestol: 51 kt Teto: 20000 ft Alcance: 610 nm MTOW: 8000 lb Carga Paga: 3300 lb Razão de Subida: 1200 fpm Dist. Decolagem: 1725 ft Dist. Pouso: 500 ft fonte: www.lancair.com fonte: w w w .lancair.com w w w .seaplanes.org/m am bo/index.php?option=com _content& task= view & id=351& Item id=359 fonte: http://mistyfjordsair.com/gallery.html 250 132 133 Tiago Giglio Rodrigues MScAE, BScEE – Diretor Executivo tgr@jetwind.com.br JETWIND Slide Number 1 Slide Number 2 Slide Number 3 1.1 Aerodinâmica 1.1.1 Aerodinâmica e Projeto de Aeronaves Slide Number 6 1.2 Grandezas e Unidades Slide Number 8 Slide Number 9 1.2.1 Grandezas e Unidades em Engenharia Aeronáutica e Aviação Slide Number 11 Temperatura Slide Number 13 Viscosidade 1.2.1.1 Número de Mach 1.3 Atmosfera Padrão – ISA Slide Number 17 Slide Number 18 Slide Number 19 1.4 Sistema Anemométrico Slide Number 21 Slide Number 22 Slide Number 23 1.5 Escoamento Slide Number 25 1.6 Condição do Escoamento – Número de Reynolds Slide Number 27 Slide Number 28 1.7 Ciência e Aviação – Breve Histórico 1.7.1 O Voo no “Mais Pesado que o Ar” 1.7.2 Controle do Voo� Slide Number 32 Slide Number 33 Slide Number 34 Slide Number 35 1.7.4 Ensaios em Túnel de Vento Slide Number 37 Slide Number 38 Slide Number 39 Slide Number 40 Slide Number 41 1.8.1 Implicação da Velocidade e Peso no Projeto de Aeronaves Slide Number 43 Diagrama V-n Slide Number 45 2.1 Forças Aerodinâmicas Slide Number 47 Slide Number 48 Slide Number 49 2.2 Aerofólio e Perfil Slide Number 51 2.3 Geometria do Perfil 2.3.1 Espessura do Perfil x Velocidade Slide Number 54 Slide Number 55 Slide Number 56 Slide Number 57 2.4.1 Arrasto Parasita Slide Number 59 Slide Number 60 Slide Number 61 2.4.1.2 Arrasto de Onda e Jatos Executivos Slide Number 63 2.5 Camada Limite 2.5.1 Camada Limite Laminar e Turbulenta Slide Number 66 2.5.1 Separação da Camada Limite 2.6 Curva CL x α Slide Number 69 2.7 Estol Slide Number 71 Slide Number 72 Slide Number 73 2.8 Teoria da Sustentação: Newton e Bernoulli Slide Number 75 Slide Number 76 Slide Number 77 3.1 Partes Básicas de uma Aeronave Convencional 3.2 Asa 3.3 Geometria da Asa 3.3.1 Área de Asa 3.3.2 Envergadura e Relação de Aspecto Antonov An-225 Mrya Slide Number 84 3.3.2.1 Coeficiente de Arrasto Induzido e RA 3.3.3 Pontas de Asa 3.3.3.1 Vórtices de Ponta de Asa 3.3.3.2 End Plates e Winglets Slide Number 89 Slide Number 90 Slide Number 91 Slide Number 92 3.3.4 Enflechamento Slide Number 94 Slide Number 95 3.3.5 Diedro Slide Number 97 3.3.5.1 Anedro Slide Number 99 Slide Number 100 3.3.6 Afilamento Slide Number 102 3.3.7 Carga Alar e Área da Asa Slide Number 104 Slide Number 105 3.3.8 Forma em Planta da Asa 3.3.8.1 Forma em Planta da Asa e Distribuição da Sustentação Slide Number 108 3.3.8.2 Forma em Planta da Asa e Progressão do Estol 3.3.9 Posicionamento da Asa em Relação à Fuselagem Slide Number 111 Slide Number 112 Slide Number 113 3.3.9.2 Posicionamento da Asa em Relação à Fuselagem – Outras Considerações 3.4 Fuselagens Especiais Slide Number 116 Slide Number 117 Slide Number 118 Slide Number 119 4.1 Tipos de Motores Aeronáuticos 4.1.1 Motor à Pistão 4.1.2 Turbohélice 4.1.3 Turbofan Slide Number 124 Slide Number 125 Slide Number 126 4.2 Propulsão e Desempenho de Aeronaves Slide Number 128 Slide Number 129 Slide Number 130 Slide Number 131 Slide Number 132 Slide Number 133