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ALONGAMENTOS PASSIVOS E ATIVOS 1. Para realizá-los procure um professor de educação física ou um fisioterapeuta de nível superior ou uma boa academia o mais perto de sua casa para obter auxilio ; 2. Escolha posições seguras para realizá-los mantendo um bom alinhamento corporal; 3. Alongue-se até sentir uma sensação de tensão. Se por acaso sentir dor intensa, a posição deve ser relaxada para evitar microlesões na musculatura. Toda pessoa deve respeitar seus limites e aumentar lenta e gradualmente a intensidade dos exercícios; 4. Mantenha o alongamento de 10-60 segundos por articulação. Evite balançar-se na execução (pois assim estará estimulando um reflexo de contração ao invés do propósito de alongar); 5. Faça um pré-aquecimento (pode ser uma pequena caminhada ou uma pedalada de 5-10 min antes de realizá-los. Os melhores resultados ocorrem quando eles estão mais estimulados, fazendo também no resfriamento após os exercícios; 6. Mantenha uma regularidade de 3-5 vezes por semana a fim de obter bons resultados no ganho de flexibilidade. Objetivos Restaurar a amplitude de movimento normal na articulação envolvida e a mobilidade das partes moles adjacentes a esta articulação; Prevenir o encurtamento ou tensionamento irreversíveis de grupos musculares. Facilitar o relaxamento muscular; Aumentar a amplitude de movimento de uma área particular do corpo ou corporal de forma geral antes de iniciar os exercícios de fortalecimento; Reduzir o risco de lesões músculo-tendinosas (tendinite). Indicações do Alongamento Quando a amplitude de movimento de uma articulação estiver limitada por contratura ou outra anormalidade das partes moles que levam ao encurtamento dos músculos, tecidos conjuntivos, ou tecidos epidermais; Quando as limitações da movimentação da articulação causam deformidades esqueléticas evitáveis que podem influenciar na simetria corporal e postura; Quando músculos tensos ou encurtamentos interferem na atividade de vida diária ou na atividade física; Quando existe um desequilíbrio muscular, ou quando um músculo está fraco e o tecido oposto tenso. Estes músculos precisam ser alongados o suficiente para obter uma significativa amplitude de movimento antes que os exercícios de fortalecimento possam se tornar eficazes. Orientações Gerais: 1) Os Alongamentos devem ser aplicados em oposição direta ao encurtamento ou tensionamento. 2) O praticante deve manter-se relaxado durante a execução e acompanhados de respirações lentas e profundas. 3) Manter um equilíbrio de alongamento entre grupos musculares agonistas e antagonistas; 4) É preferível executar alongamentos estáticos (sem balanceios) em lugar de balanceamentos balísticos; 5) As repetições devem ser no mínimo 10 segundos; 6) Alongar sempre os músculos que serão utilizados na atividade física ou que estão encurtados; 7) Não estresse as articulações e ligamentos no final da amplitude (overstretched) nem 8) Faça sempre um pré-aquecimento antes de iniciar uma sessão de alongamentos (ex: caminhada lenta, movimentos lentos da própria atividade. 4.1 Alongamento manual (passivo ou assistido) Alongamento passivo Existe uma técnica de alongamento que, em muitos casos, resolve de forma definitiva a maioria dessas lesões. É claro que se faz necessário o diagnóstico médico para que possamos ter certeza de que se trata de um problema decorrente de um encurtamento ou desequilibro muscular. Essa técnica é chamada de Alongamento Passivo . O Alongamento Passivo é uma técnica de alongamento onde é necessária a participação de outra pessoa para promover a mobilização do segmento a ser trabalhado. Esse método possibilita alongar com mais precisão a região afetada ou causadora do problema, respeitando os princípios descritos no nosso papo anterior, ou seja, a observação do limite da dor, do bloqueio respiratório, da evolução da amplitude, do relaxamento muscular, entre outros. Para ser bem aplicada, essa técnica necessita de alguns conhecimentos, como os relacionados com anatomia, fisiologia e cinesiologia, não podendo ser aplicado por qualquer pessoa sob pena de, no mínimo, não se alcançar os resultados desejados. Mas, se aplicada corretamente, é capaz de resolver problemas de forma rápida, segura, e o que é melhor, definitiva, pois se age na causa do problema evitando que o mesmo volte a ocorrer. Muitos dos processos de tendinites, rompimentos musculares e dores na região do joelho são decorrentes de encurtamento dos músculos. Esse encurtamento provoca o aumento da solicitação dos tendões, das fibras musculares ou o aumento da pressão nas estruturas do joelho (tendões, plicas, cartilagens). Já os processos de cicatrização teciduais ou inflamatórios provocam, pela inatividade ou imobilidade da região, uma retração dos tecidos envolvidos. Dessa forma, essa estrutura deve sofrer uma ação mecânica, através dos alongamentos, para que a mobilidade e amplitude ideal possam ser estabelecidas. A. CINTURA ESCAPULAR 1ª Retração 2ª Protração 3ª Rotação Anterior 4ª Rotação Superior 5ª Extensão do Braço b. MEMBROS SUPERIORES 6ª Flexão do Antebraço 7ª e 8ª Flexão e Extensão da Mão c. COLUNA 9ª Flexão 10ª Extensão 11ª Extensão para Portadores de Lordose Variação Variação -- -- Obs.: caso for desejado concentrar-se mais o exercício na parte posterior da coxa e glúteo do que na musculatura dorso lombar, deve-se colocar o pé como no desenho acima. -- -- d. COXOFEMORAL (COXA) 12ª Extensão (variações) 13ª Flexão 14ª Adução 15ª Adução 16ª Abdução - espacato e. JOELHO 17ª Extensão f. COMBINADO 18ª Abdução de pernas, flexão e flexão lateral de coluna. 19ª Flexão do tronco sobre as coxas com as pernas flexionadas e pés unidos. 20ª Abdução de coxa. 4.2 Auto-alongamento (mecânico) O alongamento estático e um método pelo qual o músculo e alongado lentamente ate o tolerado (um alongamento confortável, ainda sem dor), e a posição e mantida com o músculo nesse comprometimento Maximo tolerado. Nessa posição alongada, uma leve tensão deve ser sentida no músculo que esta sendo alongado e deve se evitar a dor e o desconforto. Um alongamento lento e prolongado e usado para reduzir a contração realeza do fuso muscular. Mais especificamente, se o alongamento estático for mantido por um tempo suficientemente longo, qualquer efeito de fibras aferentes do fuso muscular tipo Ia e II pode ser deduzido q um mínimo. Alem disso, como o alongamento estático na posição alongada exerce tensão sobre o tendão, o OTG pode ser facilitado na proteção do músculo que esta sendo alongado. Essa facilitação do OTG faz descarregarem se fibras nervosas tipo Ib, que inibem e relaxam o músculo que esta sendo estendido alongar se, aumentando a flexibilidade muscular. A maior parte da pesquisa que documenta a eficácia do alongamento estático foi realizada nos músculos da extremidade inferior e foram feitas poucas pesquisas sobre a coluna e as extremidades superiores. Gajdosik indica que o uso de um alongamento estático aumenta a flexibilidade dos músculos posteriores da coxa. Há ganhos na AM da abdução do quadril após o alongamento passivo. O alongamento estático e eficaz para aumentar a flexibilidadedos músculos posteriores da coxa. 1. Auto alongamento do músculo peitoral maior. Alongar a porção clavicular 2. Auto alongamento do músculo peitoral maior. Alongar a porção esternal. _____________________________________________________________________________ 3. Auto alongamento da região cervical e pescoço. 4. Auto alongamento da região cervical e pescoço. Alongamento do músculo elevador da escápula. _______________________ 5. Auto alongamento de região anterior de coxa. _____________________________________________________________________________ 6. Auto alongamento ativo da região da coluna lombar 7. Auto alongamento da região anterior da coluna lombar e articulação do quadril. 8. Auto alongamento de região de coluna torácica e lombar. _____________________________________________________________________________ 9. Auto alongamento de músculo grande dorsal en região lateral do tronco. _____________________________________________________________________________ 10. Auto alongamento da região posterior de membro inferior. 4.3 Alongamentos F.N.P As técnicas de FNP são métodos para promover ou acelerar a resposta de um mecanismo neuromuscular pela estimulação de proprioceptores. Com base nesses conceitos de influenciar a resposta muscular, podem se usar as técnicas de FNP para fortalecer os músculos e aumentar sua flexibilidade. Uma contração breve antes de um alongamento estático breve do músculo e a viga mestra das técnicas de FNP para aumentar a flexibilidade muscular. A terminologia usada para descrever as atividades de alongamento por FNP tem variado amplamente, incluindo o uso dos seguintes termos: contrair relaxar, manter relaxar, manter em reversão lenta relaxar, contração do agonista, contrair relaxar com contração do agonista e manter relaxar com contração do agonista. Alem disso, por vezes se usa o mesmo termo para diferentes técnicas de alongamento por FNP. Por exemplo, contrair e relaxar como envolvendo uma contração isométrica, enquanto a American Academy of Orthopedic Surgeons ( AAOS) descreve o contrair relaxar como usando uma contração concêntrica. A terminologia da facilitação proprioceptiva neuromuscular não pode ser transferida exatamente de técnicas em planos diagonais para aquelas em planos retos. Não há,portanto, nenhuma consistência na terminologia usada para descrever as técnicas de alongamento por FPN. Contrair- relaxar 1 – O profissional move passivamente o membro a ser alongado ate o final da AM. Se os músculos posteriores da coxa vão ser alongados, por exemplo, o profissional flexiona passivamente a extremidade inferior ( com o joelho estendido ) ate a flexão total do quadril. 2 – Uma vez atingido o final da amplitude de movimento, o profissional solicita ao cliente para tentar executar uma contração concêntrica do músculo oposto ao músculo que esta sendo alongado, causando um alongamento maior. Por exemplo, o cliente e solicitado a flexionar ativamente ainda mais o quadril, aumentando a extensão dos músculos posteriores da coxa. Em qualquer grupo muscular sinérgico uma contração do agonista ( flexor do quadril ) causa um relaxamento reflexo do músculo antagonista ( posterior da coxa ), possibilitando ao músculo antagonista relaxar para um alongamento mais eficaz ( inibição recíproca ). 3 – Enquanto o cliente executa a contração concêntrica, causando um alongamento maior, o profissional aproveita qualquer AM que tenha sido ganha. Mantendo o membro na nova posição de alongamento, o profissional pede ao cliente para relaxar e manter a posição por 10 a 15 s. Por exemplo, enquanto o cliente flexiona ativamente o quadril, o profissional mantém as mãos sobre o membro e move o membro pela amplitude de movimento de flexão do quadril que foi ganho, segurando então o membro ai por 10 a 15 s. 4 – Sem abaixar a perna, pode se repetir o processo ( etapas 2 e 3 ) três a cinco vezes. Depois que e executada ultima seqüência, a perna e abaixada. Manter – relaxar 1 – O profissional move passivamente o membro a ser alongado ate o final da AM. Se os músculos posteriores da coxa vão ser alongados, por exemplo, o profissional flexiona passivamente a extremidade inferior ( com o joelho estendido ) ate flexão total do quadril. 2 – Uma vez atingido o final da amplitude de movimento, o cliente aplica um força isométrica contra o profissional por 10s, contraindo assim o músculo. Por exemplo, o cliente contrai os músculos posteriores da coxa estendendo o quadril contra profissional. A contração isométrica do músculo que esta sendo alongado (músculos posteriores da coxa) acarreta um aumento da tensão nesse músculo, o que estimula o OTG. O OTG causa então um relaxamento reflexo do músculo (inibição autógena) antes do músculo ser movido a uma nova posição de alongamento e alongado passivamente (próxima etapa). 3 – Depois da contração isométrica, o cliente e instruído a relaxar e o membro e movido pelo profissional a uma nova posição de alongamento alem do ponto de partida original. A perna do cliente e então segura na nova posição por 10 a 15 s. Por exemplo, o profissional move passiva e delicadamente o membro a uma flexão maior do quadril, mantendo a posição por 10 a 15 s. 4 – Sem abaixar a perna, pode se repetir o processo ( etapas 2 e 3 ) três a cinco vezes. Depois que e executada a ultima seqüência, o membro e abaixado. 4.4 Alongamento ativo ou balistico O alongamento balístico impõem aos músculos a serem alongados movimentos repetidos de esticar ou puxar. Um exemplo de alongamento balistico e o de tocar os artelhos sentados. O individuo senta se no chão com as pernas estendidas a sua frente (sentada longa) e estica as maos para a frente pelas pernas abaixo ate onde for possível. Inclinando se para frente pela contração dos músculos abdominais, o individuo estica os braços rapidamente em direção aos tornozelos (ou, se possível, alem dos pés) e retorna imediatamente a posição sentada longa original. Esse movimento e repetido 10 a 15 vezes, com cada movimento estendendo os braços um pouco mais. Embora as pesquisas indiquem que o alongamento balístico aumente a flexibilidade muscular, alguns profissionais se preocupam, porque a atividade brusca tem o potencial de causar lesões, especialmente quando houve uma lesão anterior no músculo. Teoricamente, o movimento, o movimento balístico espasmódico rápido pode ultrapassar os limites de extensão do músculo de modo não controlado e ocasionar lesões. Alem disso, o estiramento rápido do músculo distende o fuso muscular. Conforme observado anteriormente, a ativação do fuso muscular envia impulsos sensoriais à medula espinhais através de nervos aferentes tipo Ia, informando ao SNC que o músculo esta sendo estendido. Impulsos que retornam ao músculo por meio de neurônios motores alfa fazem o músculo contrair se, resistindo assim à extensão. Ha preocupação de que a facilitação do fuso muscular que ocorre durante as atividades balísticas possa causar microtraumas no músculo, devido à tensão criada ao estiramento do músculo ·. 4.5 Determinação da flexibilidade através do flexiteste (Dr. Cláudio Gil) • Objetivo Determinar a amplitude articular passiva máxima em 24 movimentos articulares. • Definição Conforme descrito por Monteiro (1998), a flexibilidade é específica para cada articulação e movimento, sendo este opressuposto básico que deve reger os testes que têm por finalidade medir e avaliar esta qualidade física. • Características Este método para a mensuração e avaliação da flexibilidade é simples, rápido, de baixo custo e grande aplicabilidade. Sendo classificado como um teste adimensional (testes onde não existe uma unidade convencional de medida). • Protocolo A medida da flexibilidade é obtida através da comparação entre a amplitude articular obtida em cada um dos movimentos, com desenhos existentes nos mapas de avaliação. Cada movimento é retratado em graduações que variam de 0 a 4, perfazendo um total de cinco valores possíveis de classificação. Somente números inteiros podem ser atribuídos aos resultados, de forma que as amplitudes de movimento intermediárias entre duas graduações são sempre consideradas pelo valor inferior. O teste mede a flexibilidade nas articulações do tornozelo, joelho, quadril, tronco, ombro, cotovelo e punho. Oito movimentos são feitos nos membros inferiores, três no tronco e nove nos membros superiores. A descrição cinesiológica dos movimentos que compõem o flexiteste é encontrada na tabela 1. Padronizou-se a realização dos movimentos do lado direito, mas se for necessário, o flexiteste poderá ser aplicado bilateralmente. O teste é realizado sem aquecimento e recomenda-se que os movimentos sejam conduzidos lentamente, a partir da posição demonstrada no desenho (usualmente 0). Indo até o ponto onde haja dor ou grande restrição mecânica ao movimento. As medidas são avaliadas de acordo com a seguinte escala: • Muito pequena = 0; • Pequena = 1; • Média = 2; • Grande = 3; • Muito grande = 4. Tabela 1. Descrição cinesiológica dos movimentos do flexiteste. Movimento Descrição I flexão do tornozelo II extensão do tornozelo III flexão do joelho IV extensão do joelho V flexão do quadril VI extensão do quadril VII adução do quadril VIII abdução do quadril IX flexão do tronco X extensão do tronco XI flexão lateral do tronco XII flexão do punho XIII extensão do punho XIV flexão do cotovelo XV extensão do cotovelo XVI adução posterior do ombro com 180° de abdução XVII extensão com adução posterior do ombro XVIII extensão posterior do ombro XIX rotação lateral do ombro com 90° de abdução e cotovelo flexionado a 90° XX rotação medial do ombro com 90° de abdução e cotovelo flexionado a 90° Apesar de a análise do flexiteste ser feita para cada movimento isoladamente, é possível somar os resultados e obter um índice geral de flexibilidade, denominado flexíndice, variando de 0 a 80. A descrição deste índice é feita da seguinte forma: Classificação Pontuação Muito pequena <21 Pequena 21 a 30 Média (-) 31 a 40 Média (+) 41 a 50 Grande 51 a 60 Muito grande >60 Para facilitar a coleta dos dados, recomenda-se a execução do teste na seguinte ordem: I — II — V — III —VI — X — XI — XII — XIII — XIX — XX — VIII — IX — VII — XVI — XII — XII — XIV — XV — IV. Descrição dos movimentos Os movimentos são descritos para execução no lado direito do avaliado, podendo-se, todavia, adaptar facilmente a drescrição para a medida dos movimentos no lado esquerdo. Movimento I (flexão do tornozelo) Avaliado Sentando, com sua perna direita estendida e a esquerda fletida. Avaliador Ajoelhado ou agachado, em um plano perpendicular ao do avaliado, com sua mão direita, apoiando imediatamente acima do joelho direito, e a esquerda executando a flexão dorsal do tornozelo direito do avaliado, apoiando-se na região metatarsiana, fazendo um ângulo reto entre os eixos longitudinais da sua mão e do pé do avaliado. Observação Deve-se eliminar qualquer tensão muscular contrária ao movimento por parte do avaliado; um ângulo reto entre o pé e a perna ainda corresponde ao valor de um, é comum levantar um pouco o calcanhar do solo na execução do movimento, e isto não interfere na avaliação; o avaliador observa pela face interna do pé do avaliado. Movimento II (extensão do tornozelo) Avaliado A mesma posição do movimento I. Avaliador A mesma posição do movimento I, modificando-se a perna a posição da sua mão esquerda, que, neste movimento, é colocada na região anterior do pé direito do avaliado, de modo a poder executar a flexão plantar do tornozelo. Observação Não se ater à observação dos artelhos, pois a articulação estudada é o tornozelo; quando a região metatarsiana toca o solo equivale ao valor 4; observar para que o joelho não se flexione, o que acarretaria erro de medida; tal como no movimento anterior, o avaliador observa a face interna (medial) do pé do avaliado. Movimento III (flexão do joelho) Avaliado Deitado em decúbito ventral, com os braços estendidos naturalmente, à frente do corpo, com o joelho fletido. Avaliador Ajoelhado ao lado da perna esquerda do avaliado, exatamente na posição de realizar a flexão do joelho direito, colocando a sua mão direita na parte anterior distal e a esquerda na parte anterior proximal da perna direita do avaliado. Observação Não é necessário ocorrer à superposição completa para ser obtido o valor 3; para se obter o valor 4 é preciso deslocar lateralmente a perna em relação à coxa; não se deve fixar a observação pela posição do pé direito do avaliado. Movimento IV (extensão do joelho) Avaliado Sem pé, com os pés juntos, forçando a extensão do joelho, sem, contudo realizar uma anteversão <!Ver esse termo!> do quadril. Avaliador Ver observação abaixo. Observação Este é o único item do flexiteste em que o movimento é normalmente feito pelo avaliado (ativo), sem qualquer ação do avaliador; em situações especiais, tais como, recém-natos, deficientes físicos ou mentais, ou ainda, em qualquer outro tipo de avaliado em que não é possível contar com sua cooperação, o avaliador deve forçar a extensão do joelho e só então fazer a medida; a posição neutra corresponde ao valor 2. Movimento V (flexão do quadril) Avaliado Deitado em decúbito dorsal, com os braços colocados naturalmente acima da cabeça, perna esquerda estendida e direita flexionada, tentando colocar a coxa sobre o tórax. Avaliador Em pé, usando sua mão direita para manter o joelho esquerdo do avaliado estendido e com a esquerda colocada no terço proximal anterior da perna direita, executa a flexão do quadril direito do avaliado. Observação Em alguns casos, pode ser necessário que o avaliador se aproveite do peso do seu corpo para conseguir a amplitude passiva máxima no movimento, usando para isto as duas mãos sobre a perna direita do avaliado e o seu joelho direito para manter a perna esquerda do avaliada estendida; para alcançar amplitudes correspondentes aos valores 3 e 4, é preciso executar uma pequena abdução do quadril avaliado; é muito importante evitar que haja rotação de quadril, o que pode ser detectado pela perda de contato entre a nádega esquerda e o solo. Movimento VI (extensão do quadril) Avaliado A mesma do movimento III. Avaliador Posicionado lateralmente ao avaliado, agachado ou ajoelhado, executando a extensão do quadril direito do mesmo, colocando sua mão esquerda pr baixo do joelho direito e a direita, de modo a empurrar a crista-ilíaca direita do avaliado contra o solo. Observação A parte mais difícil deste movimento é manter a espinha ântero-superior da crista-ilíaca em contanto com o solo; não se considera a posição do pé no julgamento; é útil pedirao avaliado para que inicie o movimento, o que diminui a necessidade de emprego de força por parte do avaliador. Movimento VII (adução do quadril) Avaliado Sentado, com o tronco e os quadris bem encostados em uma parede, perna esquerda estendida enquanto a direita é semifletida (aproximadamente 90°), realizando o movimento de adução do quadril. Avaliador Ajoelhado ou agachado à frente do avaliado, apoiando sua mão esquerda no quadril direito, de modo a impedir sua rotação usando a direita colocada sobre o terço distal anterior da coxa para executar o movimento de adução do quadril. Observação É de fundamental importância evitar a rotação do quadril do avaliado para um julgamento correto; a posição do pé direito do avaliado não é importante para a avaliação, devendo apenas seguir o movimento natural da perna; normalmente, quando o joelho direito do avaliado cruza a linha mediana do corpo, temos um valor 2 na superposição entre a face interna da coxa e o tórax do avaliado, consideramos como valor 4. Movimento VIII (abdução do quadril) Avaliado Deitado em decúbito lateral esquerdo, mantendo os braços estendidos naturalmente acima da cabeça, a perna esquerda deve estar completamente estendida e a direita semifletida, fazendo um ângulo reto entre a coxa e a perna, mantendo ainda o pé em sua posição natural. Avaliador Ajoelhado, tendo o corpo do avaliado entre as suas pernas, executando o movimento de abdução do quadril direito. A sua mão direita é colocada na parte distal da perna e a esquerda indiferentemente no terço distal da coxa ou no terço proximal da perna direita do avaliado. Observação Para alcançar os valores de três e 4 é necessário que o avaliador recline um pouco o seu tronco, de modo a não limitar a amplitude máxima; é muito importante não permitir qualquer rotação do quadril neste movimento; o angulo reto entre o tronco e a coxa direta corresponde ao valor três. Movimento IX (flexão de tronco) Avaliado Deitado em decúbito dorsal, com os quadris enconchados a uma parede, e as pernas completamente estendidas, assumindo um ângulo reto com o tronco; as mãos devem estar entrelaçadas na altura da nuca. Avaliador Ajoelhado por detrás do avaliado, com suas mãos nas costas do avaliado, escoltando a flexão do tronco. Observação É conveniente que o avaliado inicie o movimento, de modo a diminuir o emprego da força por parte do avaliador; também é melhor para o avaliador, colocar suas mão supinadas na região das escápulas e no oco axilar do avaliado; é extremamente importante encostar bem as nádegas na parede, assim como evitar a flexão dos joelhos; quando somente se descola do a coluna cervical, temos o valor um, enquanto que a mesma situação para a coluna lombar corresponde a 3, e com a superposição completa do tórax as partes anteriores das coxas são atribuídas o valor 4; no caso em que o avaliado não consegue sequer assumir a posição para a realização do movimento, consigna-se o valor zero. Movimento X (extensão do tronco) Avaliado Deitado em decúbito ventral, com ambas as pernas estendidas e as mãos entrelaçadas na altura da nuca. Avaliador Ajoelhado com o corpo do avaliado entre as pernas, apoiando as mãos nos ombros do mesmo, realizando a extensão do tronco do avaliado. Observação Tal como no anterior, é conveniente que o avaliado inicie o movimento; eventualmente para os valores 3 e 4, será necessário que o avaliador recline seu tronco permitindo, assim, a obtenção de uma amplitude maior; para o julgamento o importante é a extensão da coluna e não a posição da cabeça ou dos braços do avaliado. Movimento XI (flexão lateral do tronco) Avaliado A mesma posição do movimento X. Avaliador A mesma posição do movimento X, exceto que, para facilitar a flexão lateral do tronco é desejável que a sua mão direita seja colocada no braço direito do avaliado. Observação Tal como nos outros movimentos do tronco já apresentados, o avaliado deverá iniciar movimento, é também válido se orientar pela linha da coluna quando executar o movimento de indivíduos com as costas descobertas; o movimento deverá ser realizado sem que o avaliado execute simultaneamente uma extensão da coluna, isto é, mantendo o tórax rente ao solo. Movimento XII (flexão do punho) Avaliado Em pé, com o membro superior direito à frente do corpo na posição pronada, mantendo o cotovelo estendido. Avaliador Em pé, de lado para o avaliado, mantendo com sua mão direita supinada e o braço direito do avaliado completamente estendido, e com sua mão esquerda executando a flexão do punho; o apoio da mão esquerda é feito sobre a região metacarpiana posterior, observando um ângulo reto entre os eixos longitudinais de sua mão e a do avaliado. Observação É importante não permitir a flexão do cotovelo para um julgamento correto; não se deve exercer pressão sobre os dedos e sim, na região metacarpiana; na realidade, os dedo não devem ser levados em consideração para a avaliação; o membro superior do avaliado está estendido à frente do corpo, sem qualquer abdução do ombro correspondente; o avaliador observa o movimento pelo lado medial do membro superior avaliado. Movimento XIII (extensão do punho) Avaliado A mesma posição do movimento XII. Avaliador A mesma posição do movimento XII, só que a mão esquerda do avaliador é agora posicionada na região da palma da mão do avaliado, de modo a executar a extensão do punho. Observação As mesmas obcecações do movimento XII. Movimento XIV (flexão do cotovelo) Avaliado A mesma posição dos movimentos XII e XIII, exceto que o cotovelo direito é agora fétido. Avaliador A mesma posição dos movimentos XII e XIII, exceto pela posição das mãos e que o avaliador é agora posicionado externamente em relação; a mão direita continua por sob o cotovelo, enquanto que a esquerda executa a flexão do cotovelo, enquanto que a esquerda executa a flexão do cotovelo direito do avaliado, apoiando-se no terço distal do antebraço. Observação A superposição completa do antebraço sobre o braço corresponde ao valor 3; para obter o valor 4 é necessário, tal como ocorreu no movimento III (flexão do joelho), deslocar lateralmente o antebraço em relação ao cotovelo; o avaliador observa o movimento pelo lado externo do braço do avaliado. Movimento XV (extensão do cotovelo) Avaliado A mesma posição dos movimentos XII e XIII. Avaliador A mesma posição do movimento XIV, exceto que sua mão direita executa agora a extensão do cotovelo direito do avaliado. Observação A posição neutra corresponde ao valor 2; não se deve valorizar a posição da mão ou dos dedos na avaliação do movimento; novamente, a visualização do movimento é pelo lado externo do braço do avaliado. Movimento XVI (adução posterior do ombro com 180º de abdução) Avaliado Em pé, com o tórax colocado contra uma parede e o braço direito em adução posterior, partir da abdução de 180° do ombro. Avaliador Em pé, atrás do avaliado, apoiando o tórax deste contra a parede, com a sua mão esquerda executando o movimento com a direita, que é colocada para esta finalidade no terço distaldo braço. Observação Quando o braço direito do avaliado está paralelo ao eixo longitudinal do seu corpo, atribui-se o valor 1 e quando o cotovelo direito se encontra sobre a linha mediana do corpo, temos só valor 2. Movimento XVII (extensão com adução posterior do ombro) Avaliado Deitado em decúbito ventral, com as pernas estendidas e os braços abduzidos e estendido, com as palmas das mãos voltadas para o solo. Avaliador medido A mesma posição dos movimentos X e XI, segurando com suas mãos as palmas das mãos do avaliado e executando o movimento. Observação Quando existe um ângulo de 90° entre os braços e o corpo do avaliado temos o valor 2; quando existe superposição dos punhos, o valor atribuído é 3, sendo 4 o valor quando se verifica a superposição dos cotovelos. Movimento XVIII (extensão posterior do ombro) Avaliado A mesma posição do movimento XVII, exceto pela posição dos braços que não são abduzidos. Avaliador A mesma posição do movimento XVII, podendo segurar as mãos ou o terço distal dos antebraços do avaliado, para a execução do movimento. Observação Para iniciar o movimento, o avaliador deve assumir a posição equivalente ao zero, com os braços do avaliado sem qualquer abdução; é aconselhável realizar este movimento de modo especialmente lento, reduzindo assim o risco de luxação acidental. Movimento XIX (rotação lateral do ombro com 90° de abdução e cotovelo fletido a 90°) Avaliado Deitado em decúbito ventral, com o braço direito abduzido a 90° e o cotovelo também fletido a 90°, estando o ombro em rotação lateral de 90°; o braço esquerdo fica estendido e colocado naturalmente ao lado do corpo. Avaliador Agachado ou ajoelhado lateralmente ao avaliado, realizando o movimento com a sua mão direita colocada no terço distal do antebraço direito do avaliado, enquanto sua a mão esquerda impede o deslocamento do ombro direito do avaliado do solo. Observação O importante para se considerar na avaliação é o ângulo entre o antebraço direito e o corpo do avaliado, sem levar em consideração a posição da mão ou dos dedos; deve-se verificar cuidadosamente se o ombro direito não está perdendo contato com o solo. Movimento XX (rotação medial do ombro com 90° de abdução e o cotovelo fletido a 90°) Avaliado Mesma posição do movimento XIX, exceto que o ombro se encontra em rotação medial de 90°. Avaliador A mesma posição do movimento XIX, exceto que agora a sua mão direita executa a torção medial do ombro direito do avaliado. Observação As mesmas observações do movimento XIX.