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00Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro de Blumenau – BNU Departamento de Ciências Exatas e Educação – CEE Física Experimental III – BLU6210 Questionário e Tabelas Experimento 04 – Leis de Kirchhoff Nome: Eduardo Davila Agostinho Turma: A Nome: Felipe Alfredo Nack Data: 19/04/2018 Nome: Guilherme Philippi Nome: Henrique Eissmann Buzzi Tabela I: Lei das correntes de Kirchhoff Tensão na fonte (V ± ΔV) ± 0,1 I a (mA ± ΔmA) ± 0,1 I b (mA ± ΔmA) I c (mA ± ΔmA) ± 0,1 I d (mA ± ΔmA) ± 0,1 2,0 2,0 0,1912 ± 0,0001 1,6 2,0 6,0 6,1 1,4 ± 0,1 4,6 6,2 10,0 10,2 2,3 ± 0,1 7,7 10,3 Tabela II: Lei das tensões de Kirchhoff Tensão na fonte (V ± ΔV) ± 0,1 V ab (V ± ΔV) V cd (V ± ΔV) V be (V ± ΔV) V ef (V ± ΔV) V fa (V ± ΔV) 2,0 0,684 ± 0,001 0,1582 ± 0,0001 0,1583 ± 0,0001 1,157 ± 0,001 0,685 ± 0,001 6,0 2,0 ± 0,1 0,474 ± 0,001 0,475 ± 0,001 3,5 ± 0,1 2,1 ± 0,1 10,0 3,4 ± 0,1 0,790 ± 0,001 0,791 ± 0,001 5,8 ± 0,1 3,3 ± 0,1 Tratamento de dados e discussão 1) Verifique, considerando uma tolerância de 5 % na diferença percentual nas correntes medidas, se houve conservação da corrente elétrica (apresente os cálculos). Se não houve conservação, explique as possíveis causas. Pela Primeira lei de Kirchhoff, a lei dos nós, sabemos que em qualquer nó, a soma das correntes que o deixam é igual a soma das correntes que chegam até ele. A Lei é uma consequência da conservação da carga total existente no circuito. Ou seja: ∑n i n = 0 Para o primeiro nó, aquele em cima de R 2 , nós temos o seguinte somatório: i a = i b + i c Para o segundo nó, aquele embaixo de R 2 , nós temos o seguinte somatório: i b + i c = i d E para o terceiro nó, a fonte, nós temos o seguinte somatório: i d = i a Então para o primeiro nó temos: Tensão de 2V: 2,0 = 0,1912 + 1,6 2,0 mA = 1,7912 mA Mas, como realizamos uma operação de adição, devemos respeitar os algarismos significativos, então, iremos fazer com que nosso resultado final tenha o mesmo número de algarismos significativos que nossa parcela da adição com menor casas decimais, ou seja, 1,6. Então, nosso resultado final é: 2,0 mA = 1,8 mA Deixaremos avisado que aplicaremos a regra de algarismos significativos da adição para casos reincidentes nos próximos cálculos e questões, sem precisar reexplicar, deixando subentendido. Tensão de 6V: 6,1 = 1,4 + 4,6 6,1mA = 6,0 mA Tensão de 10V: 10,2 = 2,3 + 7,7 10,2 mA = 10,0 mA Então para o segundo nó temos: Tensão de 2V: 0,1912 + 1,6 = 2,0 1,8 mA = 2,0 mA Tensão de 6V: 1,4 + 4,6 = 6,2 6,0mA = 6,2 mA Tensão de 10V: 2,3 + 7,7 = 10,3 10,0 mA = 10,3 mA Então para o terceiro nó temos: Tensão de 2V: 2,0 mA = 2,0 mA Tensão de 6V: 6,1 mA = 6,2 mA Tensão de 10V: 10,2 mA = 10,3 mA Agora, descobrindo a variação percentual por meio de: | Vf Vi − Vi |x 100% Onde Vf é nosso valor final (corrente que sai do nó) e Vi nosso valor inicial (corrente que entra no nó). Então, obtemos diferenças de percentuais de: Tensão (V) ±0,1 Diferença percentual Diferença percentual Diferença percentual Primeiro nó Segundo nó Terceiro nó 2,0 10,00% 11,11% 0,00% 6,0 1,64% 3,33% 1,64% 10,0 1,96% 3% 0,98% Podemos observar, que em grande parte do experimento, estamos dentro da porcentagem permitida (5%), o que reforça a Lei das correntes. Tivemos apenas diferenças de percentuais acima do permitido, no primeiro e segundo nó usando uma tensão de 2,0 V, que foi onde usamos o ponto B para realizar nossos cálculos. Isso ocorreu pois o ponto em B foi o único que medimos com uma precisão maior que o resto dos pontos, ou seja, ao invés de medirmos corrente em mA foi possível realizar em μA, sendo necessário realizar transformações na medida para utilizarmos todas na mesma unidade. Isso é consequência de que em geral, é possível observar um certo salto no valor das medidas quando mudamos a precisão do multímetro, o que causou esta perturbação nos valores finais. 2) Verifique, considerando uma tolerância de 5 % na diferença percentual, se as quedas de tensão estão coerentes (apresente os cálculos). Se não houver coerência, explique as possíveis causas. A segunda lei de Kirchhof, a lei das tensões, diz que a soma algébrica das quedas de tensão em torno de qualquer malha fechada do circuito é nula. Ou seja, temos que: ∑v = 0 Ou seja, do circuito do experimento (foto acima), podemos obter três malhas diferentes: 1- A malha a->b->e->f->a Para essa malha temos que: ε(V) – Vab – Vbe – Vef = 0 2- A malha a->b->c->d->e->f->a Para essa malha temos que: ε(V) – Vac – Vcd – Vdf = 0 3- A malha b->c->d->e->b Para essa malha temos que: ε(V) – Vbc – Vcd – Vde = 0 Obs: A diferença de potencial entre os pontos a->b, a->c e b->c é a mesma (Vab = Vac = Vbc) Obs: A diferença de potencial entre os pontos d->e, d->f e e->f é a mesma (Vde = Vdf = Vef) Para a primeira malha, temos os seguintes valores: Tensão de 2V: Vab + Vbe + Vef = ε(V) 0,684 + 0,1583 + 1,157 = 2V 1.9993v = 2,0V 1.999V = 2,0V Tensão de 6V: Vab + Vbe + Vef = ε(V) 2,0 + 0,475 + 3,5 = 6,0V 5.975V = 6,0V 6,0V = 6,0V Tensão de 10V: Vab + Vbe + Vef = ε(V) 3,4 + 0,791 + 5,8 = 2,0V 9,991 = 10,0V 10,0V = 10,0V Para a segunda malha, temos os seguintes valores: Tensão de 2V: Vac + Vcd + Vdf = ε(V) 0,684 + 0,1582 + 1,157 = 2V 1,9992V = 2,0V 1.999V = 2,0V Tensão de 6V: Vac + Vcd + Vdf = ε(V) 2,0 + 0,474 + 3,5 = 6V 5,974V = 6,0V 6,0V = 6,0V Tensão de 10V: Vac + Vcd + Vdf = ε(V) 3,4 + 0,790 + 5,8 = 2V 9,99V = 10,0V 10,0V = 10,0V Para a terceira malha, temos os seguintes valores: Tensão de 2V: Vbc + Vcd + Vde = ε(V) 0,684 + 0,1582 + 1,157 = 2V 1,9992V = 2,0V 1.999V = 2,0V Tensão de 6V: Vbc + Vcd + Vde = ε(V) 2,0 + 0,474 + 3,5 = 6V 5,974V = 6,0V 6,0V = 6,0V Tensão de 10V: Vbc + Vcd + Vde = ε(V) 3,4 + 0,790 + 5,8 = 2V 9,99V = 10,0V 10,0V = 10,0V Então, obtemos diferenças percentuais de (com o acerto de algarismos Significativos): Tensão (V) ±0,1 Diferença percentual Primeira malha Diferença percentual Segunda malha Diferença percentual Terceira malha 2,0 0,05% 0,05% 0,05% 6,0 0,00% 0,00% 0,00% 10,0 0,00% 0,00% 0,00% Os valores são sim coerentes e confirmam a segunda lei de kirchhof. As somas algébricas das quedas de tensão deram muito próximas ou iguais a zero em todas as malhas, independentemente da tensão utilizada, o que confirma a teoria. 3) Considerando os valores de resistência dos resistores R1, R2, R3 e R4 e os valores de tensão na fonte, utilize as leis de Kirchhoff (das tensões e das correntes) para calcular cada uma das correntes no circuito elétrico investigado. Ilustre esquematicamente o que ocorre com as correntes e mostre todos os cálculos realizados. Temos o circuito Onde R1: 330 ohms, R2: 100 ohms, R3: 330 ohms e R4: 570 Ohms A resistência equivalente é calculada por: Req = r1 + (r2xr3/r2+r3) + r4 Req = 330 + 76.74 + 570 Req = 976.74 ohms Calculando a corrente para 2 V, temos: U = R I, i = U / Req I = 2/976.74 I = 2,05 mA Como o circuito foi transformado em série, temos: P/ R1: U = RI, logo U = 330 X 2,05mA = 0,677 V P/ R2, R3: U = RI, o que dá U = 76.74 X 2,05mA = 0,157V P/ R4: U = RI, por tanto U = 570 X 2,05mA = 1,168 V No R2 temos 2 resistores em paralelo Logo a corrente é dada por U=RI => I = U/R P/ resistor 2: I = 0.157 / 100 = 1,57 mA P/ resistor 3: I = 0.157 / 330 = 0,48 mA Portanto temos as seguintes correntes (teóricas) nos segmentos: Ab = 2,05mA; Be = 1,57mA; Cd = 0,48mA; Ef = 2,05mA Calculando a corrente para 6 V, temos: U = R I, i = U / Req I = 6/976.74 I = 6,14 mA Como o circuito foi transformado em série, temos: P/ R1: U = RI, U = 330 X 6,14mA = 2,03 V P/ R2, R3: U = RI, U = 76.74 X 6,14mA = 0,47 V P/ R4: U = RI, U = 570 X 6,14 mA = 3,50 V No R2 temos 2 resistores em paralelo Logo a corrente é dada por U=RI => I = U/R P/ resistor 2: I = 0.47 / 100 = 4,7 mA P/ resistor 3: I = 0.47 / 330 = 1,42 mA Portanto temos as seguintes correntes (teóricas) nos segmentos: Ab = 6,14 mA; Be = 4,7 mA; Cd = 1,42 mA; Ef = 6,14 mA Calculando a corrente para 10 V, temos: U = R I, i = U / Req I = 10/976.74 I = 10,24 mA Como o circuito foi transformado em série, temos: P/ R1: U = RI, U = 330 X 10,24 mA = 3,38 V P/ R2, R3: U = RI, U = 76.74 X 10,24 mA = 0,79 V P/ R4: U = RI, U = 570 X 10,24 mA = 5,84 V No R2 temos 2 resistores em paralelo Logo a corrente é dada por U=RI => I = U/R P/ resistor 2: I = 0.79 / 100 = 7,90 mA P/ resistor 3: I = 0.47 / 330 = 2,39 mA Portanto temos as seguintes correntes (teóricas) nos segmentos: Ab = 10,24 mA; Be = 7,90 mA; Cd = 2,39 mA; Ef = 10,24 mA 4) Verifique se os dados teóricos estão de acordo com os dados experimentais: compare os valores de corrente obtidos na questão anterior com aqueles obtidos experimentalmente a partir da tabela I. Para isso, calcule a diferença percentual entre eles. Conforme a questão anterior, possuímos correntes teóricas em segmentos do circuito. Pode-se encontrar as correntes medidas no experimento através da tabela II, conhecendo o valor das resistências, a partir da lei de ohm Segue na tabela abaixo o valor das correntes experimentais seguindo a equação acima: Tensão I A-B (A) I B-E (A) I C-D (A) I E-F (A) 2V 0,00207 0,00158 0,000479 0,00203 6V 0,00606 0,00475 0,001436 0,00614 10V 0,0103 0,00791 0,002393 0,01017 De posse destes valores experimentais, pode-se calcular a diferença percentual distes com os valores teóricos retirados da questão anterior. Tal diferença se dará pela formula Segue tabela abaixo contendo as diferenças percentuais obtidas Tensão I A-B I B-E I C-D I E-F 2V 0,97% 0.63% 0.21% 0.98% 6V 1.32% 1.05% 1.11% 0,00% 10V 2.09% 0.13% 0.12% 0.69% Vale ressaltar que utilizou-se o valor da tabela II ao invés da tabela I pois fora calculado na questão anterior correntes a partir de segmentos que se encaixavam mais com a tabela II. Note que com isso continua-se com o objetivo de validar a medida experimental com a teórica, porém, com a medida de forma indireta, facilitando o processo.