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1ª Avaliação Presencial – 2015/2 
Curso: Licenciatura em Geografia 
Disciplina: História do Pensamento Geográfico 
Coordenadora: Inês Aguiar de Freitas 
 
Aluno (a): ________________________________________________ 
 
1. Qual a importância dos viajantes/naturalistas para o desenvolvimento da 
Geografia? Como se caracterizavam os seus trabalhos? (3 pontos) 
 
Os viajantes/naturalistas partiram em busca do reconhecimento das terras, principalmente 
nas Américas, auxiliando na elaboração de uma nova visão de mundo. Eles procuravam 
identificar e descrever detalhadamente os aspectos físicos e culturais dos povos das “novas 
terras”. Mesmo com poucos recursos, exploraram rios e florestas densas. O seu trabalho 
consistia ainda na coleta e catalogação de espécies de animais e plantas até então 
desconhecidos pelos europeus. Os relatos de viagem, rascunhos e desenhos feitos por eles 
são utilizados até hoje como objeto de pesquisa, pois apresentam uma visão sobre a 
Natureza e a sociedade da época. 
 
 
2. Sobre o Positivismo, responda V (para verdadeiro) e F (para falso). (2 pontos) 
 
a. (V) O pensamento positivista opõe-se ao pensamento iluminista, ao defender que 
a ciência deve ser neutra e ter base em experiências sensíveis. A ciência deve ser 
descritiva e não crítica à realidade. 
 
b. (F) Dentro do contexto histórico do século XIX, o Positivismo foi irrelevante, por se 
diferenciar das formas anteriores de se alcançar o conhecimento e por defender a 
experiência como a única fonte de saber da realidade. 
 
c. (V) O Positivismo rompe com a Igreja, expurgando a religião do campos dos 
saberes, retirando a centralidade do pensamento em Deus e nas escrituras para dar 
passagem ao antropocentrismo, isto é, a centralidade do pensamento no homem. 
 
d. (V) Os positivistas compreendiam a Terra como um corpo e definiram que as 
partes assumiam funções específicas, articuladas entre si e com o todo. À 
Geografia, caberia relacionar e organizar os conhecimentos de todas as outras 
ciências. 
 
 
 
3. Desenvolva um breve texto apresentando as principais características dos 
estudos de Humboldt e Ritter e as suas contribuições para o pensamento 
geográfico. (5 pontos) 
 
Humboldt não se considerava um geógrafo, mas um físico, um naturalista, um químico, um 
botânico, um filósofo da natureza. Porém, certa vez, constatou estar fazendo uma ciência à 
qual poderia chamar de “geografia física”. 
Em busca de um método para a observação da natureza e na tentativa de descobrir as leis 
que regulam seus fenômenos, algumas ações se destacam na contribuição de Humboldt. 
Humboldt dá à geografia descritiva um caráter sistemático e uma metodologia própria, o que 
permitiu que a geografia passasse a ser considerada uma das ciências modernas.Ele 
entendia a geografia como a parte terrestre da ciência do cosmo, isto é, como uma espécie 
de síntese de todos os conhecimentos relativos à Terra. 
Em termos de método, Humboldt propõe o “empirismo raciocinado”, isto é, a intuição a partir 
da observação. Sua obra Cosmos é uma consideração do Universo fundada nesse 
“empirismo raciocinado”: um conjunto de fatos registrados pela ciência e submetido à ação 
de um entendimento que os compara e combina. 
O geógrafo deveria contemplar a paisagem de uma forma quase estética (daí, o título do 
primeiro capítulo do Cosmos: “Dos graus de prazer que a contemplação da natureza pode 
oferecer”). A paisagem causaria no observador uma “impressão”, a qual, combinada com a 
observação sistemática dos elementos que a compõem e filtrada pelo raciocínio lógico, 
levaria à explicação: à causalidade das conexões contidas na paisagem observada. Daí a 
afirmação de Humboldt: “a causalidade introduz a unidade entre o mundo sensível e o 
mundo do intelecto”. Ou seja, algo ao mesmo tempo existente de fato na natureza, porém só 
apreensível pela razão. 
Humboldt estudava diversos assuntos (clima, vegetação etc.) em diferentes escalas, 
comparando regiões e continentes e dando à geografia um caráter de ciência sistemática. 
No estudo dos climas, Humboldt foi o primeiro cientista a unir, mediante linhas, pontos que 
possuem a mesma temperatura média anual, criando isolinhas. 
Em suas observações nos Andes equatoriais, pôde analisar as mudanças da vegetação em 
relação à altitude, assim como as que realizou na Nova Espanha, onde estabeleceu, pela 
primeira vez, a divisão entre terras quentes, temperadas e frias. 
Além disso, calculou, em sua viagem à Ásia Central, as amplitudes térmicas de diferentes 
localidades. Humboldt foi o primeiro a mencionar as paisagens naturais como expressões de 
áreas homogêneas. 
 
Vindo de uma formação religiosa, Ritter acreditava que tudo era obra de um Criador. Sua 
obra é explicitamente metodológica e marcada pelo estudo dos lugares, em busca das 
individualidades destes. Assim, a discussão ritteriana vai se desenvolver prioritariamente no 
plano da Geografia Geral Comparada. Sua proposta é antropocêntrica, pois o homem é o 
sujeito da natureza, regional, devido o estudo das individualidades e empírica. 
Ritter padroniza os conceitos geográficos, define seu objeto e estabelece uma 
sistematização dos conhecimentos acumulados até então, apresentando-os regionalmente, 
a partir de uma divisão continental da superfície terrestre. 
A discussão ritteriana sobre o elemento humano na Geografia é, por muitos autores, 
identificada diretamente com a gênese da “escola determinista”, por outro lado, observa-se 
uma concepção de história bem delineada nas páginas de Ritter. Uma concepção 
evolucionista, linear e finalista, com vistas a uma mundialização da história 
 
 
 
 
Obs: As questões devem ser respondidas na folha de respostas, inclusive a de 
múltipla escolha.